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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇAO EM SERVIÇO SOCIAL

THAIS FRANCIELLE ALVES DE MESQUITA


MÁRCIA BARROS DO NASCIMENTO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO ESTADO DE PERNAMBUCO E A


CONTRIBUIÇÃO DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

RECIFE
2021
THAIS FRANCIELLE ALVES DE MESQUITA
MÁRCIA BARROS DO NASCIMENTO

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO ESTADO DE PERNAMBUCO E A


CONTRIBUIÇÃO DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

Monografia apresentada ao Curso de


Graduação de Serviço Social do Centro
Universitário Maurício de Nassau do estado de
Pernambuco, como pré-requisito para obtenção
de nota da disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso, sob orientação da Professor(a): Ms.
Pollyana Fausta Pimentel de Medeiros.

RECIFE
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO ESTADO DE PERNAMBUCO E A


CONTRIBUIÇÃO DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

THAIS FRANCIELLE ALVES DE MESQUITA


MÁRCIA BARROS DO NASCIMENTO

Monografia julgada para obtenção do título de


Bacharel em Serviço Social, defendida e __________
por unanimidade em __/__/__ pela Banca
Examinadora:

Orientador:

‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗
Prof. Ms. Pollyana Fausta Pimentel de Medeiros
UNINASSAU

Banca Examinadora:

‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗
Prof. Titulação. Nome
Local de trabalho

‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗
Prof. Titulação. Nome
Local de trabalho
AGRADECIMENTOS

Nós, Thais Francielle e Márcia Barros, agradecemos primeiramente a Deus que nos
permitiu chegar até aqui, por ter nos dado saúde e força para superar as
dificuldades, mais uma conquista alcançada pela sua infinita graça sobre nossas
vidas. Foram inúmeras experiências que levaremos por toda a vida.

Agradecemos a nossas famílias que são os presentes mais preciosos que


possuímos e que sempre nos incentivaram e estiveram conosco nesta caminhada.
A todas as pessoas que de alguma forma direta ou indiretamente fizeram parte da
nossa formação.

Deixamos nossos sinceros agradecimentos a nossa orientadora Pollyanna, pelas


orientações, paciência e incentivos na construção do nosso trabalho de conclusão
de curso.

A todos nossos professores que tivemos o prazer em conhecermos e compartilhar


grandes conhecimentos, pela excelência qualidade técnica de cada um. E pela
contribuição para nossa formação.

As minhas colegas de turma, pela convivência e apoio ao longo desses anos.


Essa monografia é a prova de que por mais difícil que seja, todo esforços gera
grandes conquistas.
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

RESUMO EXPANDIDO 12

CAPÍTULO I – Violência Contra Mulher Como Expressão do Patriarcado. 12

1.1 Desigualdade de gênero. 12

1.2 Aspectos históricos conceituais da cultura patriarcal. 14

1.3 Conceituações sobre os diferentes tipos de violências e a violência contra a


mulher. 19

CAPITULO II: Lei Maria da Penha e as Bases Estruturantes da Política Nacional de


Enfrentamento e Prevenção a Violência Contra Mulher. 23

2.1 Construção da Lei Maria da Penha e Política Nacional de Enfrentamento e


Prevenção a Violência Contra Mulher. 23

2.2 A política e os serviços de atendimento as mulheres vítimas de violência no


Estado Pernambuco. 23

2.3 Avanços e desafios trazidos pela Lei. 23

CAPITULO III: Atuação do Serviço Social no Enfrentamento a Violência Contra


Mulher. 23

3.1 Reflexão sobre o Código de Ética do assistente social e a instrumentalidade de


trabalho no Enfrentamento a Violência Contra Mulher. 23

3.2 Intervenção e desafios no exercício profissional do Assistente Social na


prevenção e atendimento as mulheres vítimas de violência. 23

REFERÊNCIAS 24
8

INTRODUÇÃO

De acordo com Mendonça (2018) desde o início do desenvolvimento da categoria


profissional até os dias atuais o Serviço Social é composto majoritariamente por
profissionais do sexo feminino. Ainda segundo a autora essa predominância
feminina não é algo natural ou espontâneo é uma característica imposta pela
sociedade, historicamente patriarcal que vincula a mulher ao papel de “cuidado”,
fazendo com que haja uma predominância feminina em profissões como serviço
social, enfermagem, pedagogia e outras áreas ligadas à idéia de “cuidado”.

A ruptura dessa concepção da categoria profissional composta apenas por mulheres


exigiu uma conscientização e quebra da idéia do serviço social vinculado à caridade,
benemerência e ao assistencialismo. Após o movimento de reconceituação, o
serviço social estabelece um novo projeto ético-político-profissional. “Dentro desse
novo contexto, o assistente social passa a intervir nas expressões das questões
sociais, a exemplo da luta pela igualdade de gênero e no enfretamento das diversas
formas de violência contra a mulher” (OLIVIERI et. al, 2016, p. 8).

De acordo com Guerreiro et. al, (2020) a violência contra mulher é uma temática
cotidiana para o profissional do serviço social, cabe a esse profissional identificar e
conhecer as formas de violência que se desenvolve na sociedade e no ambiente
familiar. Os casos de violência que tem na mulher sua vítima mais comum, não se
limitam apenas a agressão corporal, vai além, sendo composta por outras formas de
violência que agravam ainda mais a situação de vulnerabilidade da mulher.

A violência contra a mulher não é um fenômeno atual, na realidade, o atual


contexto se apóia na cultura de dominância masculina, que coloca a mulher
na posição de subordinação em relação ao homem, estabelecida desde as
primeiras civilizações e mesmo atualmente após todas as lutas e conquistas
dos movimentos feministas, que alcançaram grandes progressos em
relação à liberdade e os direitos femininos, ainda há no ceio da sociedade
um cultura patriarcal e dominadora às vezes imposta de maneira subjetiva e
em algumas regiões até mesmo imposta de maneira clara e integrada a
legislação desses locais (MENDONÇA, 2018, p. 4).

Segundo Silva e Tavares (2017) a violência afeta de forma direta e indireta o bem-
estar e o desenvolvimento emocional, social, familiar e profissional das mulheres.
Além da vítima direta, a violência de gênero, atinge suas famílias, a comunidade,
9

como também o país, pois é um comportamento que tem enormes custos, desde
gastos com saúde e despesas legais, perdas de produtividade podendo impactar
nos orçamentos nacionais e o desenvolvimento global. Neste sentido, nosso
trabalho foi desenvolvido a partir da seguinte questão problemática: Em que medida
o Estado de Pernambuco tem intervido no enfrentamento e prevenção a violência
contra mulher e quais as contribuições da atuação do Assistente Social na área de
violência contra mulher?

Justifica-se para o desenvolvimento dessa Monografia contribuir com a pesquisa


sobre o serviço social e a política de enfrentamento a violência contra mulher na
qual se entende que em diferentes proporções e ao longo da história da
humanidade, a violência sempre esteve presente na sociedade. Observando a forma
como a sociedade é estruturada, através das relações nos mais diversos aspectos
que engloba as desigualdades entre homens e mulheres.

Analisando os conceitos histórico de violência, que envolve questões de


desigualdade de gênero, observando as lutas e conquistas por direitos, e
compreender que ainda se necessita de mais redes de apoio no atendimento as
mulheres que sofrem violência, vítima do cotidiano da sociedade.

Para Oliveira (2016) a violência diante da realidade afeta desde a percepção da


mulher sobre si mesma, refletida no sentimento de insegurança e impotência, até
suas relações com o meio social. Podendo assumir diversas formas, na maioria das
vezes em casos onde os agressores são homens que fazem das suas mulheres
vítimas.

Segundo Oliveira (2016), a violência contra a mulher se expressa de várias formas,


graus e métodos, com diferentes tipos de severidade. Essas barbaridades fazem
parte de um conjunto crescente de episódios, do qual, o feminicídio é o ápice. Ainda
segundo os referidos do autor, uma conquista importante diante do panorama da
violência, e também conhecida pelo nome, Lei Maria da Penha.

Sendo assim o objetivo geral da pesquisa: Buscará identificar as intervenções da


política de enfrentamento à violência contra mulher no Estado de Pernambucano.
10

Tendo como objetivos específicos: Descrever o surgimento da desigualdade de


gênero, e da sociedade patriarcal. Analisar a política de enfrentamento as mulheres
vítimas de violência no Estado Pernambuco. E identificar as possibilidades de
atuação do serviço social no enfretamento à violência contra mulher.

A metodologia utilizada para ao longo do desenvolvimento da Monografia trata-se de


uma revisão de pesquisa bibliográfica descritiva/documental que é um procedimento
exclusivamente teórico que viabiliza uma revisão de literaturas na área do
conhecimento em estudo. O levantamento bibliográfico foi realizado a partir de
fontes secundárias através de análise e leitura de diferentes autores que abordam o
tema em questão: “Violência contra mulher no Estado de Pernambuco e a
contribuição da atuação do Assistente Social”. Em foco identificar as intervenções da
política de enfrentamento à violência contra mulher no Estado de Pernambuco.

A abordagem foi qualitativa, pois ocorreram por meio de leitura, interpretação e


relacionamento de ideias do conteúdo em estudo. E como instrumento para coleta
de informações, registros e dados para o desenvolvimento deste projeto, foi
realizado levantamento de referências teóricas analisadas e publicadas por meio
escritos e sites: como: livros, artigos científicos e páginas na web sites totalmente
confiáveis, durante o período de 2006 a 2020.

No primeiro capitulo foi realizada uma análise do contexto histórico conceituais,


sobre violência contra mulher e os respectivos tipos de violências. Analisando as
desigualdades de gênero de maneira relacional a subordinação da mulher ao
homem, e o que se ressalta a cultura patriarcal.

No segundo capitulo, é abordada a Lei 11.340/06, que recebeu o nome de Lei Maria


da Penha, essa lei é uma das bases estruturantes da política nacional de
enfrentamento e prevenção a violência contra mulher, sendo demostrada a sua
importância por meio da análise dos dados registrados antes e após a entrada em
vigor da lei, mostrando seus impactos nos índices de violência contra mulher bem
como na punição aos agressores.
11

O capítulo ainda trata das principais políticas estaduais para o combate e a


prevenção da violência contra mulher, como a criação da Secretaria da Mulher de
Pernambuco (SecMulher-PE) em 2007, analisando os principais benefícios gerados
por essas políticas e os seus reflexos na redução dos índices de violência.

No terceiro capitulo o estudo também busca identificar da atuação do serviço social


no enfrentamento a violência contra mulher, analisando a violência como expressão
da questão social. Sendo assim, esse estudo fez uma análise da atuação dos
assistentes sociais nos espaços ocupacionais na prevenção à violência contra
mulher, no atendimento das múltiplas demandas da população usuária dos serviços
sociais.

Por fim, nas considerações finais, serão abordados os principais resultados e


conclusões obtidos a partir desse estudo, fazendo uma analise dos objetivos
atingidos com essa pesquisa.
12

Neste primeiro capitulo é apresentado o contexto histórico para o surgimento das


desigualdades de gênero, como a cultura patriarcal da sociedade, e como essa
desigualdade é responsável pela atual cultura de violência contra a mulher. Ainda
serão abordados os principais conceitos relacionados ao tema, assim como, os tipos
de violência contra a mulher.

CAPÍTULO I – Violência Contra Mulher Como Expressão do Patriarcado.

1.1 Desigualdade de gênero.

A desigualdade de gênero se constitui diante de vários fatores no qual envolve


determinantes históricos, sociais, políticos e econômicos. Para compreender a
história da humanidade, a compreensão de gênero e sociabilidade advém da análise
estruturalista da sociedade, (BEAUVOIR, 1980) em seu clássico trecho quanto à
mutabilidade de tornar-se mulher determina a visão presente nesta pesquisa. Isto é,
o gênero é visto como uma construção social e que não é determinado pelo sexo
biológico do indivíduo. Após essa perspectiva histórica, ficam explícitas as limitações
que o gênero feminino foi atribuído ao longo da história da sociedade.

“A humanidade é masculina, e o homem define a mulher não em si, mas


relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo (BEAUVOIR,
1980, p. 10).”

Como referido anteriormente, no que se refere ao conceito de gênero, podemos


dizer que o mesmo enfatiza uma noção de cultura, tangendo a esfera social, que vai
divergir diretamente do conceito de sexo. De acordo com Scott (1995), o feminismo
americano tomou como “gênero” o conceito para se referirem as relações sociais
entre os sexos e os símbolos significativos que dão às funções sociais. Isto é, o
conceito de gênero rejeita todo e qualquer determinismo biológico que possam
existir no termo “sexo” (SCOTT, 1980, p. 75) Através dessa reflexão, é possível
entender o sexo como um determinante em plano biológico, mas que pouco interfere
no conceito de gênero, tendo em vista que gênero se refere às relações sociais,
negando existência de dominante ou subordinação feminina no plano natural.

O termo "gênero" torna-se, antes, uma maneira de indicar "construções


culturais" - a criação inteiramente social de ideias sobre papéis adequados
aos homens e às mulheres. Trata-se de uma forma de se referir às origens
exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e de
mulheres. "Gênero" é segundo essa definição, uma categoria social imposta
13

sobre um corpo sexuado. Com a proliferação dos estudos sobre sexo e


sexualidade, "gênero" tornou-se uma palavra particularmente útil, pois
oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis sexuais atribuídos
às mulheres e aos homens (SCOTT, 1995, p. 75).

Ao longo da história da sociedade as mulheres receberam um papel de submissão,


enquanto os homens trabalhavam fora e poderia ter seus direitos exercidos à mulher
apenas cuidava da casa e dos filhos. E essa desigualdade de gênero na sociedade era
explicada de forma natural (BEAUVOIR, 1980, p.108). Fazendo com que a
superioridade financeira masculina potencializava a dependência da mulher e
limitava o seu poder de escolha. Nesse sentido, a submissão da mulher não é algo
casual ou científico, mas uma situação que se obteve formalidade através do tempo
e até nos institutos sociais como norma de conduta social.

No Brasil, por exemplo, a mulher era vista como uma propriedade ou passível de
violência por seu marido em caso de acato a sua desonra afirma Ramos, (2012).
Além disso, a compreensão da determinação de gênero, não resultante de estudos
biológicos que falam diretamente do sexo (reprodução, pois tal fato importa para as
ciências naturais), é importante para a delimitação de noção instrumental. A cultura
de um povo representa seus principais costumes e condutas, dessa forma, como
supracitado, a mulher ocupa posição de submissão em diversos locais da sociedade
e a cultura acaba tornando-se um tradutor dessa opressão por diversas vias: a
comportamental, a linguística e a psicológica.

No entanto, o gênero não se resume a uma construção apenas social e cultural,


assim como a questão racial, mais também é submetido a um sistema de controle
chamado patriarcado. Para Pateman (1993), a relação de gênero com o patriarcado
é um conceito tão próprio quanto o conceito de capitalismo, e ele possui relação com
a perspectiva estrutural, isto é, uma estrutura de dominação de condutas resultante
de poderes políticos que gera consequências nas relações entre homens e
mulheres.

Neste contexto, Bourdieu (1995), estruturou a idéia de que o mundo poderia ser
dividido a partir das diferenças biológicas, tendo em vista a existência do mundo do
trabalho e da reprodução humana, sendo elas consideradas ilusões coletivas. Ou
seja, o gênero poderia estruturar uma percepção de uma organização concreta e
14

simbólica de uma vida social e tendo como finalidade as distribuições de poder em


que um gênero se torna envolvido em uma concepção e na construção de um poder
sobre sua existência. Saffiotti (1997), configura o gênero assim como os conceitos
de raça/etnia e classe, não apenas se fechando como categorias de alguma análise,
operando inteiramente numa realidade como categorias históricas e sociais.

Nesta vertente as relações de gênero trazem diversas semelhanças de controle que


o patriarcado insere nas condutas dos indivíduos e na sociedade. Dessa forma,
considera-se que o gênero está inserido nesse sistema em que o comportamento
deve ser regulado, assim como a moral social e a ética individual. Compreendendo
os conceitos que reflete na sociedade, é impossível abandonar os comportamentos
e o funcionamento que inclui gênero e por consequência também o patriarcado entre
os indivíduos.

Entretanto o gênero serve como uma forma de identificação de posição social que é
resultante de ideias patriarcais em que a família surge justamente como uma
instituição de controle liderada geralmente por um homem e que a não realização de
algumas práticas, fazem com que gere certo ônus para a mulher. Na qual as
problemáticas de gênero são intensificadas também a questão racial e com a
questão econômica. Sendo assim, a questão da raça é importante no que refere as
relações de gênero dentro de um sistema patriarcal, além disso, a questão da classe
também funciona como um grau determinante, mas não único, que impede a
resolução de periódicos de dominação, no entanto, neste momento é importante
compreender os graus de vivência entre os indivíduos.

O conceito de gênero tornou-se amplamente utilizado para caracterizar as


relações entre homens e mulheres, partindo do pressuposto de que a
formulação de uma história das mulheres necessita obrigatoriamente acerca
das inter-relações entre os dois sexos (FOLLADOR, 2009, p.10).

1.2 Aspectos históricos conceituais da cultura patriarcal.

Em termos gerais, entende-se o patriarcado como um sistema ou uma organização


da sociedade que tem como finalidade padronizar condutas que tangenciam a
mulher em relação ao homem, o trabalho e a família. Há diversas formas de se
enxergar o patriarcado como para o sociólogo Weber que se refere o patriarcado
15

como um período anterior a ascensão do Estado moderno, isto é, a forma como


funcionava as normas romanas pode ser considerada uma sociedade patriarcal,
contudo, não se admite esse conceito na presente peça textual.

Antes do século XIX da aparição de um sentido ligado à organização global da


sociedade, o patriarcado designava da igreja, seguindo a uso dos autores sagrados,
para os quais patriarcas são os primeiros chefes de família. (DELPHY apud HIRATA,
2009, p.173).

Embora haja diversas concepções contemporâneas do que se trata o patriarcado


como um sistema de controle, há um caráter histórico que demarca os limites
sociológicos desse sistema social. Em síntese antes da concretização das
instituições sociais, houve uma construção simbólica dos poderes ao longo do
desenvolvimento da história. Ao passar uma linha do tempo sobre as sociedades
antigas, é possível notar que dali já surgia uma idealização do que seria dignidade
social. É no berço da sociedade ocidental, Grécia, em que se pode observar o
primeiro dado que constrói o princípio básico do patriarcado: a mulher como outro,
como um ser estranho ao saber.

Nesta sobreposição, o patriarcado possui uma relação sistemática em que o homem


ocupa a centralidade dos institutos sociais. O homem representa a autoridade
máxima, na medida em que a conduta da mulher se encontra subordinada as
decisões do homem. De acordo com Cunha (2014), o sistema patriarcal é uma
relação de gênero estabelecendo regras de dominação e subordinação.

O patriarcado é, por conseguinte, uma especificidade das relações de


gênero, estabelecendo, a partir delas, um processo de dominação-
subordinação. Este só pode, então, se configurar em uma relação social.
Pressupõe-se, assim, a presença de pelo menos dois sujeitos: dominador
(es) e dominado(s) (CUNHA, 2014, p. 149).

O patriarcado surge na relação que existe entre desigualdades sociais entre homens
e mulheres. E principalmente, no que tange as violências praticadas contra as
mulheres (CUNHA, 2014, p. 150).

O patriarcado aparece justamente do sistema que surge como um instrumento de


poder e arbítrio sobre o destino daqueles que seriam comandados por um
determinado líder. Neste caso, as mulheres seriam comandadas pelos homens. Isto
16

porque, fica evidente que até em construção, as mulheres pareciam ocupar posições
de fragilidade ou que as reduzissem apenas a fertilidade ou sexualidade (CISNE,
2012, p. 114-115).

Não é mistério algum que as mulheres ocupavam um espaço limitado na


antiguidade, ou a pureza de uma mãe ou a impulsividade e sexualidade
extrema. (SAFFIOTI, 2004, p. 106).

Essas posições apenas expressam a construção de uma cultura no inconsciente


social. O patriarcado não é apenas um sistema de opressão, mas de controle
subjetivo e objetivo que determina diversos fatores internos do indivíduo.
Como supracitado, o patriarcado toma forma de espectro que permeia sobre as
condutas, as normas sociais. E a soberania do patriarcado nada tem a ver com a
validação externa, mas a invasão do pensamento e do comportamento que limita o
sexo feminino em determinadas situações ou ocasiões, tendo em vista que há um
excesso de julgamentos a que podem determinar como e quando a mulher deve agir
e se seu “agir” poderá ser válido ou não sobre o olhar de um patriarca, ou seja, um
homem que a domine em determinada situação.

Logo quando surge o conceito de propriedade privada, o homem passa a ter o


princípio do “ser” e do “dever ser” bastante inserida no contexto social. O conceito de
propriedade material é um debate que pode ser ignorado ao fato de que a
propriedade subjetiva do sexo feminino como produto de uma relação de poder
acaba transformando as mulheres em apenas objetos sociais. É na ascensão do
direito privado que se pode analisar como o sexo feminino passa a ser limitado por
diversas normas sociais da época (SCOTT, 1995, p.75).

“A sociedade feudal, por exemplo, foi, sem dúvida, patriarcal e, para muitos
autores, estaríamos falando de uma época histórica na qual as mulheres
estavam obrigadas a circular exclusivamente na esfera privada. E, ainda
assim, estaríamos falando de uma circulação somente permitida dentro dos
limites da casa paterna, da casa marital ou do convento” (NASCIMENTO,
1997, p. 82).

Entende-se que patriarcado não é apenas um sistema social, mas uma instituição
subjetiva que influencia condutas, pensamentos e ideologias políticas. Em
continuidade, a compreensão do patriarcado em seu contexto social funciona como
um auxílio para com as relações entre os indivíduos. Por exemplo, no contexto da
escravidão no Brasil, o patriarcado parece assumir uma posição violenta e discreta
17

ao mesmo tempo, adaptando-se com outros sistemas de opressão, como o


escravismo e o racismo (PATEMAN, 1988). Isto é, se subdividia em graus quanto a
sua violência sobre a conduta feminina, tendo em vista que a liberdade era
restringida para todas as mulheres, no entanto, a perspectiva sobre aos corpos
negros e brancos eram divididos em violência explícita e violência implícita.

No Brasil, assim como em várias outras partes da América Latina, durante o período
colonial e no século XIX, esses papéis improvisados utilizados como recurso de
sobrevivência principalmente nas áreas urbanas, fizeram com que estudiosos
repensassem o sistema patriarcal e a rígida divisão de tarefas e incumbências entre
os sexos (...). Sem dúvida, nesse tempo, as mulheres não estavam envolvidas em
movimentos de reforma social e seus protestos eram individuais com aspirações de
melhorias na sua vida pessoal (SAMARA, 2009, p.89).

Portanto o patriarcado vem dessa construção ideológica e social de como há de


serem condutas femininas e familiares diante de um olhar masculino dominante, ou
seja, a mulher e as crianças sendo submissas às leis informais que o pai institui
dentro do ambiente familiar. E assim como a lei, quando não há seu cumprimento,
há punições que podem ser morais ou físicas. Entendendo o conceito geral, sendo o
patriarcado e suas ramificações, as implicações de gênero também são essenciais
como pressuposto de um fenômeno social problemático e entender todos os
detalhes do funcionamento desse sistema, sendo gênero e sexo conceitos
importantes para compreensão da dinâmica existente.

A família, por exemplo, é resultado da construção patriarcal na história da


organização humana. Para Engels (1884), a investigação antropológica indica que a
família é uma necessidade material de sobrevivência, mas não como a necessidade
de alimento, uma necessidade subjetiva, sendo a família inventada ao longo da
história. No entanto, antes do patriarcado delimitar o tipo de família aceitável,
existiram diversos modelos de famílias e as relações sexuais sequer eram
monogâmicas, tendo em vista que o sociólogo afirma ter sido encontrado em tribos
de povos originário membros que se se envolviam uns com os outros e que as
relações eram bastante igualitárias. A mulher passou a ser controlada quando fora
instituído a família monogâmica, a divisão sexual e social do trabalho, instaurando-
se assim o patriarcado.
18

É na família, que o papel da mulher é intensificado como um tipo de submissão


social em que a mulher é figurada como um personagem alheio a sua independência
de sua real posição. Em configuração patriarcal, o sexo feminino é visto sobre uma
perspectiva normativa apenas no ambiente familiar.

Cabe mencionar que o patriarcado não designa o poder do pai, mas sim o poder do
sexo masculino, enquanto categoria social. O patriarcado é uma forma de
organização social na qual as relações são regidas por dois princípios básicos: as
mulheres estão hierarquicamente subordinadas aos homens e, os jovens estão
hierarquicamente subordinados aos homens mais velhos. A supremacia masculina
ditada pelos valores do patriarcado atribuiu um maior valor às atividades masculinas
em detrimento das atividades femininas; legitimou o controle da sexualidade, da
autonomia feminina; e, estabeleceu papéis sexuais e sociais nos quais o masculino
tem vantagens e prerrogativas (SCOTT, 1995, p. 59).

Para Pateman (1993, p.167) os homens possuem um poder natural dos homens
como indivíduos abarcam todos os aspectos da vida civil, considerando a sociedade
civil como patriarcal. O pensamento que constrói o patriarcado envolve as
proposições de que tomam o poder do pai na família como origem e modelo de
todas as relações de autoridade. Um exemplo disso é o discurso histórico a nomear
líderes como “pais” de determinadas ocasiões, como Vargas, considerado “pai” dos
pobres, sendo um jogo linguístico e semântico que traz a percepção de poder.

Uma das formas instrumentais do patriarcado utilizar sua força sobre o sexo
feminino é a misoginia, no entanto, é necessário compreender que o machismo
também é fruto do sistema patriarcal (SAFFIOTI, 2001, p.18), a misoginia vai além
pregando o ódio ou a aversão às mulheres. Contudo, a misoginia é a base
fundamental para a opressão de mulheres em sociedades patriarcais, pois é
manifestada em diferentes formas de violência contra mulher na sociedade. A família
patriarcal é fundada sobre essa autoridade absoluta do patriarca ou chefe de família,
sendo o homem uma figura que representa o poder absoluto do ambiente. A
naturalização do abismo discriminatório voltado para os gêneros evidencia diversas
manifestações da dominação como a violência contra mulher.
19

1.3 Conceituações sobre os diferentes tipos de violências e a violência contra


a mulher.

A violência é vista como uma transgressão do poder disciplinador do homem,


convertendo a diferença de gênero numa desigualdade de poder (RIBEIRO, 2009,
p.14). Ademais, a violência não é uma exclusividade de um determinado grupo
social, mas a mesma atingiu todos os países e culturas de formas variadas. E
também, tem característica interpessoal é um processo de completa objetivação da
vítima, reduzindo-a a condição de objeto de tratamento abusivo, uma forma de
violação dos direitos essenciais. Também é um fenômeno universal e humano,
sendo um problema multifacetado e de acordo com a psicologia e antropologia,
nenhuma causa isolada pode explicá-la por completo. Exista uma dificuldade para
se fazer uma definição teórica do que se é a violência porque é um fenômeno que
provoca uma grande carga emocional e pode variar de sociedade para sociedade,
sendo um fenômeno biopsicossocial (PINHEIRO, 2003, p. 14).

De acordo com D’Oliveira (1996), a violência passa a ser reconhecida como uma
questão pública a partir do século XIX no mundo, através de estudos sociais, não
por sua intensidade, mas pelo surgimento do discurso moral e ético que ocasionou
diversas tentativas de compreender o fenômeno que vincula a idéia moderna de
igualdade social.

Neste sentido, a violência é uma força intencional que busca provocar danos contra
o outro e pode ser expressa através da opressão, do abuso da força, da
discriminação, da ameaça, da violência física ou psicológica, entre outras formas. No
entanto, no contexto tratado, isto é, na sociedade patriarcal, a violência contra as
mulheres possui uma referência diferente dos outros tipos de violência porque o
sofrimento causado e as agressões estão enraizados na vida social e são
percebidos como normais ou até mesmo naturais.

Diante dos fatos históricos, a violência contra a mulher não é algo novo e existe por
muito tempo na história e um tanto naturalizada pela sociedade, criando certa
tolerância quanto ao fenômeno.
20

Assim, foi sendo construída a forma de perceber a violência, e a maneira de


coibi-la, com base nas desigualdades de sexo, classe social e cor
(PITANGUY, 2003, p. 47).

A aceitação da sociedade civil quanto às diversas violências contra as mulheres em


plano real dificulta a inserção da Lei em plano espacial. Isto é, a amplitude da
naturalização das diversas violências de um pensamento misógino cria uma
aceitação social e cultural em que até as próprias mulheres não conseguem se
enxergarem como vítimas de uma determinada situação. Contudo a LEI n°11.340 de
2006, conhecida como Lei Maria da Penha traz um conceito normativo que define a
violência contra a mulher de forma que se entenda objetivamente:

(...) qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I
- no âmbito da unidade doméstica (...) II - no âmbito da família (...) III - em
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação (BRASIL,
2006, p. 1 e 2).

Fica evidente, portanto, que o sexo feminino não está incluído, culturalmente, nas
prioridades de defensivas porque a violência e a dominação estão naturalizadas no
consciente coletivo da sociedade. A omissão funciona como um instrumento cultural
de opressão, utilizado por uma idéia patriarcal em que “briga de marido e mulher,
não pode se intrometer” tendo em vista que a relação de subordinação entre o
marido e a esposa se dá justamente pela superioridade, idealizada, do homem.

Portanto, que a violência está inserida nesse fenômeno diverso e complexo. Existem
muitas formas de violência. E elas estão tão presentes em nosso cotidiano que se
tornam, muitas vezes, algo banalizado, “naturalizado” ou até mesmo ignorado.
Araújo (1995) aponta para a gravidade desse processo de banalização e
naturalização. Para definir a violência, tendo em vista que esse fenômeno pode se
dar como violência de gênero, violência doméstica ou violência intrafamiliar e que
pode ser cometida por parceiros, ex-parceiros e até mesmo pais. Tal fenômeno é
atualmente reconhecido como um tópico social porque o movimento feminista deixou
em evidência sua importância para com a sociedade para sanar a dor e a angústia
das diversas gerações de famílias e mulheres.

Cabe mencionar ainda que a violência seja uma forma de regulação de conduta para
que se busque a internalização de um determinado comportamento através da força
21

de um homem que ocupa a posição de parceiro ou familiar com a mulher. Essas


ideias de dominação são comuns diante da subordinação do sexo feminino para
com o homem e que suas forças serão medidas de acordo com sua posição social,
isto é, se o homem for provedor da família ou não, não importa sua condição de
posição sempre será superior ao sexo feminino. Em nível subjetivo, o homem pode
também exteriorizar tipos de violência subjetiva que vão menosprezar o tipo moral
da mulher e até mesmo inferiorizar sua posição.

O primeiro mito ocorre da idéia que o ambiente familiar é um ambiente seguro. Isso
porque há uma naturalização na violência em que acaba sendo um pouco mais
complexo favorecendo a continuidade da dinâmica. De acordo com a pesquisa do
CNJ (2018), maridos, companheiros e ex-namorados são os principais autores da
violência contra mulher, causando lesões ou agravos à saúde; aliás, tais lesões não
são descritas como expectativas podendo ser de pequeno ou altíssimo grau e até
mesmo levando a morte.

Uma importante questão a ser considerada nesse contexto é a dificuldade em


romper com mitos e parâmetros históricos culturais que constroem e reforçam a
submissão das mulheres as imposições dos homens. Estudos mostram que as
mulheres em situação de violência psicológica “[...] muitas vezes negam a situação,
encobrem, escondem, não demonstram em público, ficam reclusas, não saem de
casa, limitam-se socialmente restringindo as amizades, vivendo praticamente em
condições de confinamento” (LUCENA, 2016, p. 139-146).

Além disso, a violência parece se manifestar de formas complexas no Brasil


Contemporâneo, podendo se utilizar de instrumentos de opressão que são
subjetivos como a violência psicológica ou de por meio de outras interações que vão
intermediar as relações entre os homens e as mulheres. Essas relações se tornam
mais complexas e são oriundas de um sistema de opressão que já fora supracitado
em diversos períodos históricos.

Há outras características que é relevante como a condição socioeconômica das


mulheres que é considerado a dificuldade para romper com as relações violentas
porque tal fator tem total ligação ao recebimento de salários inferiores ao dos
22

homens, mesmo que realizem a mesma função que os denunciados por violência.
Neste sentido, não se encontra contradição quanto ao sentido do objeto que tange a
pesquisa, isto porque a violência contra a mulher é um problema que afeta diversas
classes da sociedade e preocupa diretamente a possibilidade de garantia ao direito
a vida.

Diante de tal problemática, a justiça brasileira buscou promover e preparar o seu


sistema de acordo com as necessidades dessas mulheres que são vítimas de
violência em todos os graus. As criações de tais institutos que buscam apaziguar os
litígios sociais são de uma essencialidade legislativa e de necessidade social, no
entanto, nem sempre tais serviços se mostram firmes na solução do problema e há
uma necessidade direta de políticas de enfrentamento dessa violência
(ALBUQUERQUE JR., 2003, p. 87).

CAPITULO II: Lei Maria da Penha e as Bases Estruturantes da Política Nacional


de Enfrentamento e Prevenção a Violência Contra Mulher.

2.1 Construção da Lei Maria da Penha e Política Nacional de Enfrentamento e


Prevenção a Violência Contra Mulher.
23

2.2 A política e os serviços de atendimento as mulheres vítimas de violência


no Estado Pernambuco.

2.3 Avanços e desafios trazidos pela Lei.

CAPITULO III: Atuação do Serviço Social no Enfrentamento a Violência Contra


Mulher.

3.1 Reflexão sobre o Código de Ética do assistente social e a


instrumentalidade de trabalho no Enfrentamento a Violência Contra Mulher.

3.2 Intervenção e desafios no exercício profissional do Assistente Social na


prevenção e atendimento as mulheres vítimas de violência.

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