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TRABALHO
REINSERTION SOCIAL OF WOMEN CONVICTED OF CRIMES
INTO THE WORK MARKET
Resumo:
Com base no art. 5º, inc. I, da Constituição Federal: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza [...] I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição”, como um sistema prisional que, pensado e desenvolvendo, inicialmente, para homens, como
forma de punição como ideia de privar o detento de liberdade, ingressa uma mulher, ex-detenta, no mercado
de trabalho, tendo em vista que, o processo prisional para uma mulher acaba sendo mais árduo, já que,
muitas vezes, se tem questões de filhos, o estigma e a descriminação por ser mulher, elencada com o fato
de ser egressa? Como a desigualdade entre um o homem e uma mulher afeta, não somente dentro do sistema
prisional, como na reintegração ao mercado trabalhista? Quais as atividades exercidas no sistema
presidiário que podem utilizadas como elementos de reintegração das egressas? No tocante à questão em
torno do mote de gênero, o presente artigo, vem tratar da questão de como, as mulheres, ex-detentas
(egressas) do sistema prisional, se respaldam na vida após o retorno para a sociedade.
Palavras-chave: Desigualdade. Ex-Detenta. Projetos Sociais.
Abstract: Based on article 5º incised I of the Federal Constitution: “All are equal before the law without
distinction of any kind [...]. I - men and women are equal in rights and obligations under this Constitution”
as a prison system thought and developed, initially, for men as a form of punishment as an idea of depriving
the detainee of liberty, incorporates women, ex-convictenters, to labor market considering that the prison
process for a woman ends up being more arduous since there are often issues of children, stigma and
discrimination for being a woman summed with the fact of being a ex-convictenters? How does inequality
between a man and a woman affect not only the prison system but also the reintegration into the labor
market? What are the activities carried out in the prison system that can be used as elements of reintegration
of former prisoners? Regarding the issue around the theme of gender, this article deals with the question of
how women, ex-detainees (egresses) from the prison system, support themselves in life after returning to
society.
Keywords: Inequality. Ex-Inmates. Social Projects.
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trabalho por preconceito. Assim, com todos esses fatores, muitas acabam por voltarem
para a vida do crime.
Esta pesquisa, tem por norteamento, o objetivo primário de discutir o trabalho de
ressocialização, apresentando a importância dos projetos sociais brasileiros com as
mulheres egressa. Ademais, será abordado uma reflexão sobre o que é ressocialização, e
assim, demonstrar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para se reestabelecerem na
sociedade. Além disso, demonstrar a importância dos projetos sociais na ressocialização
das egressas.
Assim, portanto, às contribuições dos resultados juntados por esta pesquisa,
ajudaram, e acrescentaram para desmistificação de que egressas do sistema prisional não
tem espaço para voltar a fazer parte da sociedade, bem como de que não podem
reestabelecer sua cidadania, visto que a pesquisa mostra que com a ajuda da sociedade,
existe certa facilidade para que essas mulheres consigam sair da vida do crime.
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Entretanto é comum surgirem dificuldades em conseguir se inserir no mercado de
trabalho e até mesmo de serem vistas como cidadãs pelo alto preconceito existente na
sociedade.
³ QUEIROZ, Nana. PRESOS QUE MENSTRUAM: A brutal vida das mulheres – tratadas como
homens – nas prisões brasileiras. -1ª Ed. - Rio de Janeiro: Record, 2015. (livro digital)
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Sul. — Lá, as ensinavam a bordar, cozinhar e depois as mandavam de volta
para a sociedade, para arrumar um bom partido para casar.” (QUEIRO, 2015,
págs. 112 e 113)
Nota-se que, por muitos anos, as mulheres foram tratadas na sociedade como
quase inexistentes, sem pensar em suas necessidades. Um sistema deveras esquematizado
para o masculino, que não estava preparado para os dilemas femininos. Fato é que já
houveram bastante avanços nos últimos anos, e muitos campos, contudo, ainda existe um
longo caminho a percorrer.
5. O PRECONCEITO SOCIAL
Como restou demonstrado acima, as questões relacionadas às mulheres, ainda,
estar muito ligada a uma sociedade patriarcal, onde fica claro o preconceito de gênero
que, segundo Novo (2019) “é a ideia de que uma pessoa, por pertencer a um determinado
gênero, possui menos valores ou capacidades do que outras.”. Neste caso, em específico,
por se tratar de egressas, existe ainda uma intolerância da sociedade em relação a elas
quanto ao que diz respeito a convivência, onde essa sociedade, tão pouco, chega a crer
nas transformações de ex-detentos.
Nesse sentido Cerneka nos mostra que:
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recebe seu alvará de soltura. Agora ela tem um novo desafio: retomar sua vida
com o estigma de ser uma mulher ex-presidiária. Para uma mulher que já
acumula diversas desvantagens ao colocar-se no mercado de trabalho, tais
como, baixa escolaridade, falta de apoio financeiro de membros da família,
única responsável pelos filhos etc., a passagem pela prisão pode apresentar-se
enquanto elemento definitivo na sua permanência nas fileiras mais baixas do
precariado.”
Por norma, já é algo estruturado que, mulheres que passaram pelo sistema
carcerário, por vezes, somatizam outros estigmas sociais, onde, geralmente, está ligado a
extrema pobreza, falta de instrução, cultura territorial, e principalmente o ambiente em
que vivem, o que leva a aumentar preconceito e a discriminação social, tornando-os mais
cruéis (Leandro, Córdova, Castro & Kern, 2018). O que pode se tornar ainda mais
dificultoso, caso essa mulher não possua qualificações profissionais, sofrendo com a
incerteza do mercado de trabalho (Oliveira & Nunes, 2018).
Uma outra dificuldade encontrada e talvez o fator de maior sofrimento para as
presidiárias, é a forma como são tratadas, pois, mais do que os homens, são moral e
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socialmente condenadas, pela sociedade e principalmente pela família (Ribeiro, 2017). O
que pode gerar problemas de autoestima e abandono e desconforto social.