Você está na página 1de 4

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

CURSOS: ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS


ARQUITETURA E DIREITO

EXAME ESPECIAL
DISCIPLINA: DIVERSIDADE NA SOCIEDADE BRASILEIRA
PROFESSOR(A): ADRIANA M. AMADO COSTA DE ANDRADE UNIDADE: CBA/CSA/BP
TURMAS: FB-1A1BN | FB-2A1BN | FB-3A1BN | FB-1C1BN | FB-2C1BN | FB-3C1BN | FB-3C1N |
FP-5A1BN |  FP-6A1BN | FC-7A1BN I MI-1AU1BPN | MI-2AU1BPN | MII-3AU1BPN | MII-3D1BN | MI-2D1BN
VALOR: 100,0 PONTOS NOTA:

ALUNO(A):

LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO


01 – A atividade é INDIVIDUAL.
02 – Tem um total de 8 questões valendo 12,5 cada.
03 – Reveja sua atividade antes da postagem e certifique-se que está postando o arquivo correto.
04 – Leia com atenção os enunciados e propostas das questões.
05 – Respostas iguais às dos colegas serão penalizadas com nota o (ZERO) para ambos os alunos.
06 – O entendimento das questões faz parte da resolução dos problemas.
07 – Coloque o seu nome na Prova e no nome do arquivo ao postá-lo.
08 – Baixe a atividade e responda as questões. Após salvar o arquivo com as respostas, poste
conforme orientado no sistema Moodle. Você terá o período de 19:15h até as 23h para postagem.

QUESTÃO 1
A entrada de imigrantes europeus no Brasil integrou uma política chamada de engenharia
social, sendo o seu principal motivo a questão econômica das lavouras cafeeiras. A grande
demanda por escravos acabou os transformando em uma mercadoria de alto valor que
encurtava o lucro dos cafeicultores. Dessa forma, o emprego da mão de obra imigrante
europeia se transformou na alternativa mais barata e viável. A partir da década de 1870, a
entrada de trabalhadores europeus no Brasil passou a ser oficialmente organizada pelo
governo. Aproveitando das conturbações políticas no Velho Mundo, o império
propagandeava as oportunidades de trabalho existentes no Brasil. Além disso, a elite
brasileira negava o caráter miscigenado da população, formada em grande parte por
pessoas negras e mulatas que representavam o lado “negativo” do povo brasileiro.

Em meados do século XIX, a engenharia social era um termo utilizado popularmente na era
do positivismo sociológico, apontando a intervenção científica na sociedade. Acreditava-se
que o envolvimento de cientistas nas relações humanas aceleraria o processo de evolução
humana, tornando-nos mais civilizados rapidamente. Durante esta época também foi
reconhecida como "Engenharia Cultural".

Quando seu uso em Sociologia deixou de ser popular, o termo Engenharia Social ganhou
novo significado dentro do campo da Psicologia. Dentro deste cenário a palavra passou a
ganhar a conotação mais próxima do que representa hoje, sendo utilizada para definir a
manipulação social. Sua utilização era tipicamente aplicável em discursos de ciência política
e psicologia social, tratando de intervenções com o intuito de mudar os costumes sociais e
culturais de um povo.
(SOUSA, Rainer Gonçalves. "A chegada dos imigrantes"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-chegada-dos-imigrantes.htm. Acesso em 26 Mai. 2022)
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

Sobre o disposto acima, analise as afirmativas abaixo em Verdadeiro ou Falso, justificando


aquela (s) que julgar falsa (s):

I. ( ) Tentando copiar a sociedade europeia, os intelectuais brasileiros visavam ao


embranquecimento do povo brasileiro através do processo de imigração.
II. ( ) A engenharia social foi uma estratégia de copiar a sociedade europeia como o
modelo ideal de civilização para a sociedade brasileira.
III. ( ) A engenharia social fez parte da política de aumentar o processo de miscigenação
do Brasil, o que aumentou significativamente a diversidade da população.
IV. ( ) A engenharia social adotada no Brasil da época tratou-se de intervenções com o
intuito de mudar os costumes sociais e culturais do povo brasileiro.

QUESTÃO 2
No artigo de Marques é relatado a morte da tripulação na nave espacial Challenger em
28/01/1986.

“Na manhã de 28 de janeiro de 1986, a nave espacial Challenger explodiu ao ser lançada no
Kennedy Space Center na Flórida (USA). Setenta e três segundos depois, milhões de
pessoas viram na TV o foguete desintegrando-se e a cápsula mergulhar no Oceano
Atlântico. A morte dos sete membros da tripulação, incluindo uma mulher (Professora
Christa Mc Aulifla) chocou os americanos. Como se ficou sabendo no decorrer dos meses
seguintes, a tragédia poderia ter sido evitada. O presidente Reagan nomeou uma comissão
para determinar as causas do acidente. O coordenador da equipe para a revisão dos
procedimentos assegurou que os pontos sensíveis haviam sido devidamente rastreados.
Todavia, um dia antes, alertou que uma das alavancas, segundo os testes, estava
apresentando temperaturas fora dos padrões exigidos. Várias equipes foram chamadas a
discutir em teleconferência, estes e outros problemas de segurança. Os executivos do
Projeto, porém, resolveram desconsiderar as recomendações contrárias ao lançamento e
encaminhar o relatório para sua decisão final (Griffin, 1997; Esser & Linoerfer, 1989).

Irving Janis (então professor de Psicologia Social da Universidade de Yale – falecido em


1990) ficou sumamente interessado pela questão de como um grupo de alta competência
pudesse chegar a uma decisão de consequências tão funestas”.
(MARQUES, Juracy C. Pensamento de Grupo: O risco de decisões equivocadas e a diversidade de
perspectivas na solução de problemas. Psicol. Argum., Curitiba, v. 27, n. 57, p. 141-149, abr./jun. 2009.
Disponível em https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/19889/19189 )

Como a teoria do pensamento de grupo explica as causas da tragédia?

QUESTÃO 3
O ensino religioso é mais do que aparenta ser, isto é, um componente curricular em escolas.
Por trás dele se oculta uma dialética entre secularização e laicidade no interior de contextos
históricos e culturais precisos. Nas sociedades ocidentais e mais especificamente a partir da
modernidade, a religião deixou de ser o componente da origem do poder terreno (deslocado
para a figura do indivíduo) e, lentamente, foi cedendo espaço para que o Estado se
distanciasse das religiões. O Estado se tornou laico (CURY, 2004).

O que significa dizer que o Estado se tornou laico?


CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

Leia o texto abaixo e responda às QUESTÕES 4 e 5


JEITINHO BRASILEIRO
O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por
exemplo: estou na fila; chega uma senhora, que parece preocupada, precisando pagar sua
conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa
forma de “jeitinho”, que seria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países
conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai
mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação
ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto
de que essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos
integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu
dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou
parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.
O “jeitinho” se confunde com corrupção e é transgressão, porque desiguala o que deveria
ser obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece hoje no Brasil não é a
existência do jeitinho como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra,
mas sim a persistência de um estilo de lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de
certa forma, induz o chefe, o diretor, o dono, o patrão, o governador, o presidente a passar
por cima da lei. A mídia tem um papel básico na discussão desses casos de amortecimento,
esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito que insiste em situar
certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e pela
mesma lógica de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres)
implacavelmente debaixo da lei.
(Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Disponível em: <https://maniadehistoria/ wordpress.com/o-jeitinho-
brasileiro>. Adaptado.)

QUESTÃO 4
Ao citar o fato: “Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos
funcionários públicos do meu país”, o que o autor quer dizer?

QUESTÃO 5
Quando o autor diz: “A mídia tem um papel básico na discussão desses casos de
amortecimento, esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito”,
responda:
Qual seria esse velho hábito?

QUESTÃO 6
A moderna civilização ocidental, ao comparar com base em critérios universais ou absolutos,
trata as pessoas como objetos, proclamando-as ora como iguais, ora desiguais. Quando
fazemos comparação, estamos incorrendo em etnocentrismo. Clifford Geertz, em “Os usos
da diversidade” (1999), nos apresenta que o problema com o etnocentrismo não é que ele
nos comprometa com nossos próprios compromissos. O problema é que ele nos impede de
descobrir em que tipo de ângulo nós nos postamos em relação ao mundo.

A este respeito, explique os termos abaixo:


a) Etnocentrismo
b) Diversidade
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

QUESTÃO 7
A concentração de pessoas que vivem em situação de pobreza no Nordeste é a maior entre
as cinco regiões brasileiras, conforme atesta a pesquisa mais recente publicada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 25. O estudo “Perfil
das despesas no Brasil: Indicadores selecionados” integra a Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF) e consultou indivíduos de todas as regiões do Brasil entre 2017 e 2018.
Tem a data 15 de janeiro de 2018 como referência para a análise e compilação dos dados.

O levantamento estatístico aponta que a região Nordeste concentra um valor proporcional a


47,9% da concentração da pobreza no Brasil. Em seguida, também com índice alto, vem a
região Norte, com 26,1%. O Sudeste é a terceira região, com 17,8%. Por fim, Centro-Oeste
(2,5%) e Sul (5,7%) apresentam as menores taxas percentuais do país, com pouca
concentração de pobreza, em relação às demais regiões.
(CÉSAR, Davi. Região Nordeste possui quase metade de toda a pobreza no Brasil, segundo IBGE. 20 de
novembro de 2020. Disponível em <https://www.fecop.seplag.ce.gov.br/2020/11/20/regiao-nordeste-possui-
quase-metade-de-toda-a-pobreza-no-brasil-segundo-ibge/>. Acesso em 13 Fev. 2022)

Explique o que vem a ser pobreza, linha da pobreza e extrema pobreza.

QUESTÃO 8
Por volta de 1820, pouco antes da Independência, o Brasil era mais rico do que a Austrália e
quase tão rico quanto a Suécia. Passados três séculos, australianos e suecos lideram os
rankings de desenvolvimento humano e vivem em sociedades que estão entre as mais
avançadas do mundo. No Brasil, o desenvolvimento ficou pela metade. Pelo critério do PIB
per capita (a divisão do total produzido anualmente no país divido pelo número de
habitantes), o país ocupa uma posição intermediária. Isso sem falar que, além de
relativamente pobre, o Brasil permanece profundamente desigual.

Por que o Brasil ficou para trás? Por que não enriqueceu como os Estados Unidos, um país
também de passado colonial escravocrata? Na avaliação do economista Alexandre Rands
Barros, a verdadeira causa da pobreza brasileira em relação a europeus e americanos foi o
atraso no desenvolvimento do capital humano.
(GUANDALINI, Giuliano. Economista explica o atraso no desenvolvimento do Brasil. Revista Veja, Brasil,
Economia. 25 set 2016. Disponível em <https://veja.abril.com.br/economia/economista-explica-o-atraso-no-
desenvolvimento-do-brasil/>. Acesso em 25 Mai. 2022).

Demonstre como o economista Rands explica o atraso no desenvolvimento do capital


humano como a verdadeira causa da pobreza brasileira em relação a europeus e
americanos.

Você também pode gostar