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A Constituição Federal de 1988, prevê, em seu artigo 6º, o direito a saúde como inerente a todo

cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando
se observa a incidência de bulimia e anorexia causadas pela busca por padrões de beleza idealizados,
prejudicando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa
perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro, para assim, resolvê los

Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater as
consequências causadas pela busca por padrões de beleza idealizados. Nesse sentido, mesmo o Estado
tendo a obrigação de provê saúde para a população brasileira, ele não a cumpri, quando se observa a
falta de projetos sociais que levem informações e tratamentos para pessoas que passam por doenças
causadas por essa busca a uma imagem inalcançável, atrasa, dessa forma, a integridade da população
afetada por essa enfermidade. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke,
configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de
garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a saúde, o que infelizmente é
evidente no país.

Além disso, é inegável como a manipulação midiática alicerça a busca por padrões de beleza
idealizados. Isso acontece porque os veículos de comunicação, pautados em uma perspectiva lucrativa,
valorizam o engajamento de seus conteúdos, marginalizando, assim, a abordagem de situações que não
evocam a atenção do público, tal como acontece com os problemas sociais sem visibilidade. Dessa
maneira a análise da conjuntura precária, que cerca a busca por padrões de beleza idealizados, é
silenciada na mídia por não ser um assunto atrativo e que envolva a maior parte do público-alvo desses
veículos. Essa reflexão encontra forças na afirmação de Zigmunt Bauman, para quem “Na era da
informação, a invisibilidade é equivalente à morte” já que a pouca visibilidade midiática direcionada
para essa problemática leva à ignorância das consequências causadas por essa caça de um corpo
idealizado, ocorrendo o sacrifício da saúde em troca da estética prejudicial.

Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que
o ministério da justiça -órgão responsável pela defesa da ordem jurídica-, por intermédio de ações
jurídicas, faça a mídia realizar programas e entrevistas com profissionais acerca das consequências dessa
busca por um corpo idealizado, a fim de reduzir as doenças causadas por esse comportamento
prejudicial. Assim, se consolidará uma sociedade mais segura para a população, onde o Estado
desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.
Ademais, é fundamental apontar a manipulação midiática como impulsionador do uso de celulares pelas
crianças sem verificação de um adulto no Brasil. Segundo Zigmunt Bauman, “Na era da informação, a
invisibilidade é equivalente à morte”. Diante de tal exposto os veículos de comunicação, pautados em
uma perspectiva lucrativa, abordam apenas situações que evocam a atenção do público,marginalizando,
assim, a abordagem do uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças causando,
dessa forma, à ignorância das consequências causadas por essa prática, como o sedentarismo e a
reclusão em casa, sendo esses comportamentos terras férteis para a depressão . Logo, é inadmissível
que esse cenário continue a perdurar.

Além disso, a problemática encontra terra fértil no individualismo e na falta de


empatia. Isso é devido ao fato de que as empresas de sites de uso adulto pautados em uma
perspectiva lucrativa nao monitoram a idade de quem entra no seu já que se feito uma
entrada mais rigorosa poderiam perder acessos. Na obra "Modernidade Líquida", Zygmunt
Bauman defende que a pós-modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. Em
virtude disso, há, como consequência, . Assim, essa liquidez que influi sobre a questão do
(TEMA) funciona como um forte empecilho para sua resolução.

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