INTRODUÇÃO ........................................................................................ 2
1 ADMINISTRAÇÃO ........................................................................... 3
2 GESTÃO FINANCEIRA ................................................................... 4
3 O PAPEL DO GESTOR FINANCEIRO ............................................ 5
3.1 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO GESTOR FINANCEIRO .............................. 6
4 ANÁLISES DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA............ 10
4.1 AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA FUTURA DA EMPRESA ........ 11
5 PLANEJAMENTO NA ÁREA DE FINANÇAS ............................... 13
6 ORÇAMENTO ................................................................................ 14
7 FINANÇAS ..................................................................................... 15
7.1 RELACIONAMENTO COM A ECONOMIA .......................................... 16
7.2 FATORES MICROECONÔMICOS .................................................... 16
7.3 FATORES MACROECONÔMICOS ................................................... 17
8 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E INFLAÇÃO ........................... 18
9 RELACIONAMENTO COM A CONTABILIDADE .......................... 20
9.1 NATUREZA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................... 21
9.2 BALANÇO PATRIMONIAL .............................................................. 22
9.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE ............... 25
9.4 FLUXO DE CAIXA ....................................................................... 27
10 ADMINISTRAÇÃO DA ESTRUTURA DOS ATIVOS ..................... 31
11 ADMINISTRAÇÃO DA ESTRUTURA DOS PASSIVOS ................ 32
12 INDICES DE LIQUIDEZ ................................................................. 33
12.1 LIQUIDEZ GERAL ........................................................................ 34
12.2 LIQUIDEZ CORRENTE .................................................................. 34
12.3 LIQUIDEZ SECA .......................................................................... 35
13 INDICADORES DE RETORNO...................................................... 36
13.1 RETORNO SOBRE AS VENDAS (RSV) .......................................... 37
13.2 GIRO DO ATIVO (GA) ................................................................. 38
13.3 RETORNO SOBRE O ATIVO (RSA) ............................................... 39
13.4 RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RSPL) ....................... 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 41
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................... 42
1
INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2
1 ADMINISTRAÇÃO
Aquele velho ditado popular que diz: “de Médico e Louco todo mundo tem
um pouco”, deviria ser: “de Médico, Louco e Administrador todo mundo tem um
pouco”, pois a Administração é inerente a todos, ou seja, sem que percebamos
temos que usá-la na nossa casa, nas nossas finanças pessoais, enfim, na nossa
vida. Podemos observar a Administração atual, que faz-se presente desde o
sorveteiro até o um Presidente de uma Multinacional, pois ambos utilizam-se das
funções e ferramentas da administração, mas cada um em proporções
diferentes, com o mesmo objetivo, verem seus negócios prosperando.
“As semelhanças dos seres vivos, pode-se dizer que as empresas são
organismos com vida (possuem até uma “cultura interna”) em
constante transformação (evolução das espécies), sujeitos às leis de
Mercado (da natureza)”. Tubino (1999 apud BEZERRA, 2015, p. 3)
3
em outra, pois as oportunidades, ameaças, cultura organizacional, estrutura
empresarial, objetivos, etc. exigem um tratamento particular e diversificado, por
isso “velhas receitas” não são garantias de sucesso.
2 GESTÃO FINANCEIRA
Fonte: gazetainformativa.com.br
Atualmente com este cenário tão instável onde vários fatores abalam a
economia, tais como: uma declaração de um presidencial, eleições, guerra no
Exterior, ou seja, qualquer fato no mundo é imprescindível e de alta relevância
4
para uma empresa, e o administrador está se deparando com a globalização.
Onde tem que se atualizar constantemente, pois a área de finanças está mais
complexa e desafiante.
Quem pode melhor explicar este cenário é Gitman (2002 apud BEZERRA,
2015, p. 4), que diz: “A área de Finanças está muito mais complexa e avança a
passos mais rápidos atualmente. Os Mercados financeiros estão voláteis, as
taxas de juros podem subir ou cair acentuadamente, num período de tempo
muito curto. Essas mudanças afetam as decisões financeiras, ademais, há hoje
muito mais estratégias financeiras possíveis, e novos produtos financeiros que
surgem a todo instante”. E segundo Milani (2001 apud BEZERRA, 2015, p. 5),
“Em um Mundo dinâmico, com rápidas mudanças e grandes incertezas com
relação ao futuro, a decisão de como utilizar seus recursos ao longo do tempo,
com o objetivo de garantir a sobrevivência da organização, bem como, maximizar
a riqueza dos acionistas, é de suma importância para as empresas”.
O administrador financeiro tem a “obrigação” de se especializar
constantemente, pois ferramentas utilizadas a três, seis meses não são mais
receitas de sucesso e as melhores fontes de recursos. Tem que ser além de tudo
flexível e generalista, pois deve conhecer as várias funções e ambientes que o
cercam sendo a cada dia mais exigido e em várias pequenas organizações tem
as funções de proprietário a contador. De acordo com Gitman (2002 apud
BEZERRA, 2015, p. 5), “Embora essas necessidades tornem as funções do
administrador financeiro mais exigente e complexas, podem propiciar carreiras
mais recompensadoras e interessantes”.
5
permita conhecer a situação financeira da empresa e tomar as decisões mais
adequadas, maximizando seus resultados.
As atividades do gestor financeiro têm com base de estudo e análise
dados retirados dos relatórios financeiros, tais como balanço patrimonial,
demonstração de resultados, análise de contas e principalmente do fluxo de
caixa da empresa que reflete a real situação de seu disponível circulante para
financiamento e novas atividades.
O gestor passou a ter um papel de grande importância, e o mercado
espera um profissional com ampla visão dos ambientes interno (empresa) e
externo (mercado).
6
O planejamento estratégico é muito importante nas organizações, embora
possa ter vida curta, os benefícios do planejamento são de longo prazo e
produzem efeitos duradouros, além de melhorar a coordenação.
O primeiro passo para o planejamento consiste na definição dos objetivos
para a organização. Objetivos são resultados específicos que se pretende
atingir. Uma vez definido, os programas são estabelecidos para o alcance de
maneira sistemática e racional. Ao selecionar os objetivos, o gestor financeiro
deve considerar sua viabilidade aceitação por todo o corpo organizacional.
Os diferentes departamentos das organizações, em que cada um tem
uma variedade de objetivos, precisam ser adequadamente coordenados, de
modo que todos, interligados, alcancem o objetivo geral da organização. Todos
os departamentos, tais como: marketing, vendas, produção, etc. devem estar em
sintonia com o departamento financeiro, para que possam estabelecer e validar
uma meta e um percurso comum a todos. Sem a integração o planejamento pode
não passar do papel ou das apresentações corporativas. O planejamento
também melhora o controle e a administração do tempo. O controle envolve
medição e avaliação dos resultados do desempenho e a tomada de ação
corretiva, a fim de melhorar os processos e garantir que os resultados sejam
positivos. Assim administrar o tempo disponível para atender as
responsabilidades e aproveitar as oportunidades é essencial para o gestor
financeiro, que vive em um mundo de constantes mudanças no ambiente
financeiro.
Como principal decorrência do planejamento estão os planos que facilitam
a organização no alcance de suas metas e objetivos. Além disso, os planos
funcionam como guias para assegurar os seguintes aspectos:
Os planos definem os recursos necessários para alcançar objetivos
organizacionais;
Servem para integrar os vários objetivos a serem alcançados em
um esquema organizacional que proporciona coordenação e
integração;
Os planos permitem que as pessoas trabalhem em diferentes
atividades consistentes com os objetivos definidos. Eles dão
7
racionalidade ao processo, servem para alcançar adequadamente
o objetivo traçado
Os planos permitem que o alcance dos objetivos possa ser
continuamente monitorado e avaliado em relação a certos padrões
ou indicadores a fim de permitir a ação corretiva necessária quando
o progresso não for satisfatório.
8
Tomada de decisões de Financiamentos
Objetivos e Compromissos
9
concorrência, proporcionando, deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi
investido para a realização das atividades da mesma, estabelecendo
crescimento financeiro e satisfação aos investidores. O gestor tem o
compromisso de agir com ética profissional, lealdade, motivação, respeito e
legalmente, pois o ambiente em que se trabalha sobre mentiras e falsas
informações não é propicio ao sucesso.
Identificar o objetivo da empresa também é uma das funções do gestor
financeiro, ele precisa traçar um perfil para sua administração.
Fonte: coachfinanceiro.com
10
Ativo e no Passivo, na DRE e DFC, verifica-se a participação dos custos na
formação do lucro e a participação das saídas na formação do caixa. Na análise
horizontal, o foco é mostrar a evolução dos dados por períodos.
Para o agrupamento dos índices financeiros, toma-se a classificação
utilizada por Hoji (2004 apud BITTENCOURT, PALMEIRA, 2012, p. 7) por
entendê-la como mais simples e prática, embora a maioria dos autores utilizem
classificação semelhante. Para Hoji (2004 apud BITTENCOURT, PALMEIRA,
2012, p. 7) os indicadores financeiros podem ser divididos em quatro grupos:
Índices de estrutura de capital: os índices de estrutura de capital
mostram como o capital está sendo alocado na empresa e também
a origem desse capital.
Índices de liquidez: demonstram a condição financeira da empresa,
e a capacidade de quitar suas dívidas.
Índices de rotação: os índices de rotação mostram o giro dos ativos
da empresa, são usados para analisar a forma mais eficiente de
usar o capital de giro, buscando diminuir a necessidade de capital
de giro, das empresas.
Índices de rentabilidade: verificam o retorno dos capitais investidos,
são indicadores vitais para a análise do desempenho das
empresas, através desses indicadores é possível saber se as
empresas são viáveis operacionalmente.
11
empresa e a nível interno para a formação da estratégia futura, existem
numerosos exemplos de empresas que embarcaram em ambiciosos projetos e
que posteriormente descobriram que o seu portfólio de projetos não podia ser
financiado em termos aceitáveis. O resultado mais comum para estas situações
é o abandono do projeto antes da conclusão do mesmo, tendo já incorrido
em consideráreis custos financeiros e organizacionais para a empresa,
distribuidores, colabores e credores.
O aspecto fundamental que se deve ter em conta quando se pretende
avaliar a situação financeira da empresa em longo prazo é descobrir se os
objetivos, as estratégias de marketing, os investimentos necessários e as fontes
de financiamento estão ajustados.
Cada empresa deve ter definida uma missão a qual é realizada através
do seu posicionamento competitivo em determinados mercados. A estratégia
da empresa centra-se precisamente sobre estes posicionamentos. Assim
enquanto que para alguns negócios, devido a sua maturidade e fraca
rentabilidade, a empresa terá como estratégia abandoná-los, para os outros
representando a maioria, a decisão será de manter a posição atual, ou fortalece-
la em face de concorrência direta. Deste modo a estratégia competitiva pretende
fazer com o crescimento da empresa seja, pelo menos semelhante ao do
mercado onde se encontra a competir, deste modo à taxa de crescimento das
vendas deve acompanhar ou exceder a taxa de crescimento esperada
para o mercado.
O diagnóstico da saúde financeira futura de uma empresa deve basear-
se na investigação dos objetivos para a empresa e para cada um dos seus
negócios e/ou produtos, na estratégia delineada para cada negócio na provável
reação da concorrência e no desenvolvimento da posição competitiva e nas
características dos mercados onde a empresa se encontra ou pretende entrar.
O analista financeiro deve dedicar uma atenção especial a estas áreas uma vez
que a situação financeira da empresa é fortemente influenciada pelo
enquadramento econômico e competitivo dos mercados onde opera. A
estratégia e o crescimento das vendas da empresa para cada um dos produtos/
negócios vai determinar em larga medida os investimentos em ativos
necessários para suportar as estratégias estabelecidas. E a eficácia desta
12
combinada com a resposta da concorrência, vai determinar a performance
competitiva e financeira da empresa e os excessos aos fundos necessários para
o financiamento dos investimentos em ativos.
Fonte: acomsistemas.com.br
13
de suas atividades e também pode ser feito quando começam as dificuldades
financeiras.
É fundamental que no momento do planejamento sejam levados em conta
todos os aspectos financeiros que são visíveis e também observar se não
existem aspectos financeiros que são invisíveis. É muito comum em finanças
você não lembrar de tudo que irá gastar. Geralmente são lembrados dos gastos
mais comuns e evidentes, ficando esquecidos aqueles gastos que você somente
irá lembrar na hora de pagar.
Outro ponto também que devemos sempre tomar cuidado é que, na hora
de pesquisar e planejar fica estabelecido um determinado valor e na hora de
pagar acabam aparecendo outros valores.
Para Santos (2011 apud FILHO, 2012, p. 23), o planejamento financeiro
empresarial pode ter início em qualquer etapa do empreendimento. O mais
recomendado é que seja feito mesmo antes de iniciar e fundar o
empreendimento e/ou empresa, deve levar em consideração todos os aspectos
financeiros calculados para o monitoramento.
Segundo Mandelli (2009 apud FILHO, 2012, p. 23), o conceito de
planejamento financeiro deve ser fragmentado em planejamento e finanças. Pelo
dicionário, planejamento é traçar metas, elaborar planos direcionados a
peculiaridades do projeto que se almeja colocar em prática. Já as finanças, pode-
se dizer que são um método de administração dos recursos disponíveis,
encaixando- -se no meio empresarial ou particular, discutindo-se a distribuição e
aplicação dos recursos.
6 ORÇAMENTO
14
Toda empresa deveria elaborar o seu orçamento com antecedência.
Anotando quais serão as receitas e os gastos dos períodos futuros. Essa
orçamentação deve ser feita com base em previsões. Pode ser usado também
aquilo que aconteceu em um período passado, mas nunca se limitando a copiar
o que já aconteceu. É muito importante não se basear apenas no passado para
definir o futuro de uma empresa.
Outro ponto relevante é que um orçamento deve ser realista e equilibrado.
Na hora do preenchimento os valores devem aproximar ao máximo da realidade.
Caso a diferença seja muito alta, entre aquilo que foi gasto e o valor orçado, quer
dizer que o orçamento foi mal elaborado.
Para Nascimento (2006, p. 6 apud FILHO, 2012, p. 26), “Orçamento é um
instrumento de formalização. Neste intuito, representa a quantificação das metas
e objetivos da empresa, através de modelos contábeis prospectivos. Estes
relatórios abrangem dados de caráter financeiro ou de caráter quantitativo,
podendo ter um caráter operacional ou estratégico”.
7 FINANÇAS
15
decisões. A emergência dos novos instrumentos financeiros, tais como futuros
financeiros, opções e outros direitos condicionados sobre passivos, supre os
administradores com os métodos mais sofisticados e efetivos para avaliar e,
quando necessário, alterar decisões financeiras.
16
quando as mudanças de direção devem ser feitas. Entretanto, essa tarefa não é
das mais fáceis. Os fatores econômicos não podem ser previstos com precisão
e muitas projeções estão sujeitas a grandes erros. Bons administradores,
todavia, podem modificar previsões de demanda e oferta para aproximá-las
razoavelmente dos resultados reais.
17
8 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E INFLAÇÃO
Fonte: istoe.com.br
18
uma moeda que não servia como padrão de medida e reserva de valor naquele
período.
Normalmente, toda reflexão financeira se concentra na pressuposição de
inexistência de inflação e/ou que esta variável esteja inclusa na taxa nominal “i”
normalmente usada. Assim, todos os conceitos consideram a moeda usada
como estável ao longo do tempo.
Esta hipótese, porém, é meramente teórica, pois o fenômeno da inflação
existe em todos os países, ainda que com taxas reduzidas. Em conjunturas
inflacionárias normalmente são usadas as expressões “a valores ou preços
constantes e/ou reais” e “a preços ou valores correntes e/ou nominais”.
A primeira expressão corresponde a informações de uma única data,
normalmente transportados ao início do fluxo de caixa, enquanto a segunda
corresponde a preços e/ ou valores das respectivas datas em que ocorrem os
fluxos de caixa, por isso chamado de valores nominais. A convenção de “preços
constantes” para “correntes” e vice-versa é feita por meio de índices e/ou
indexadores, que procuram refletir a perda do poder aquisitivo da moeda
provocada pela inflação, ou seja, pela variação persistente e generalizada dos
preços na economia. Os índices e indexadores mais usualmente utilizados no
Brasil são:
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI);
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M);
Índice Geral de Preços por Atacado (IPA, na condição DI e M);
Índice de Preços ao Consumidor (IPC, na condição DI e M);
Índice Nacional do Custo da Construção (INCC, também na
condição DI e M).
19
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE), sob
responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), sob
responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
Taxa Referencial (TR), sob responsabilidade do Banco Central; e
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), sob responsabilidade do
Banco Central.
20
avaliação dos méritos relativos aos diferentes projetos de investimentos. Essas
informações permitem aos administradores determinarem os fluxos de caixa
incrementais, capacitando-os assim a estabelecer uma fixação da taxa de
lucratividade mais precisa de investimentos específicos. Essas informações são
inclusas pelos contadores sob orientações dos administradores, nos relatórios
internos, para que possam tomar as melhores decisões de investimentos
possíveis.
21
9.2 Balanço Patrimonial
22
Exemplo de Balanço Patrimonial simplificado conforme a Lei 6.404/76:
23
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;
no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
24
do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos
previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 da Lei
6.404/76.
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela
apropriação de lucros da companhia (Reservas Legal, Estatutárias, para
Contingências, de Incentivos Fiscais e de Lucros a Realizar, além da reserva
para Retenção de Lucros).
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.
25
Vale ressaltar que na determinação do resultado do exercício serão
computados:
as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente da sua realização em moeda; e
os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
26
9.4 Fluxo De Caixa
27
aliada à simultânea projeção do Balanço Patrimonial e da Demonstração de
Resultado do Exercício – DRE – que se poderá conhecer previamente o
comportamento e evolução do caixa e respectivos efeitos sobre o resultado e
sobre a estrutura patrimonial. Possibilita desta forma uma programação eficiente
e permite a definição de estratégias de ação para o perfeito equilíbrio financeiro
da organização.
Para que a área financeira possa desempenhar eficazmente sua função,
o gestor deverá ser amparado por sistemas de informações que lhe permitam
planejar suas ações, objetivando manter estável o nível de liquidez e, ainda,
contribuir para a consecução de lucro adequado ao nível dos investimentos
realizados.
A projeção do fluxo de caixa, apoiando-nos em Zdanowicz (2004 apud
KUHN, 2012, p. 76), depende de vários fatores, como o tipo de atividade
econômica, o porte da empresa, o processo de produção e/ou comercialização,
além das fontes de caixa, que podem ser internas e/ou externas.
Há que se considerar que o fluxo de caixa não deve e não pode ser visto
como um substituto da contabilidade, mas um indispensável complemento para
as tomadas de decisão, até porque os relatórios contábeis serão sempre fontes
de informação para a própria formação do fluxo de caixa.
Os principais objetivos do fluxo de caixa são:
Saldar as obrigações da empresa na data do vencimento;
Buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa
da empresa;
Evitar desembolsos vultosos pela empresa, em época de baixo
encaixe;
Desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a
receber pela empresa.
28
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as
demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os
usuários a avaliar as mudanças nos ativos líquidos de uma entidade, sua
estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para
alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças
nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos de caixa são
úteis para avaliar a capacidade da entidade gerar recursos dessa natureza e
possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor
presente de futuros fluxos de caixa de diferentes entidades. A demonstração dos
fluxos de caixa também melhora a comparabilidade dos relatórios de
desempenho operacional para diferentes entidades porque reduz os efeitos
decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis para as mesmas
transações e eventos.
Informações histórica dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas
como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos
de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas
passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre
lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços.
Exemplo legal simplificado da DFC:
29
A Demonstração dos Fluxos de Caixa pode ser apresentada de duas
maneiras: na forma direta e na forma indireta.
O método direto consiste em realizar uma narrativa das entradas e saídas
de caixa e equivalentes de caixa. Já o método indireto visa mostrar a variação
do caixa e dos equivalentes de caixa através das variações ocorridas nas outras
contas patrimoniais, com seus respectivos ajustes.
Conforme o CPC 03, “Caixa” compreende numerário em espécie e
depósitos bancários disponíveis. “Equivalentes de caixa” são aplicações
financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante
risco de mudança de valor.
Modelos simplificados de DFC:
30
10 ADMINISTRAÇÃO DA ESTRUTURA DOS ATIVOS
31
Destaca-se a preocupação em identificar as oportunidades de
investimento cujo retorno em valor para a empresa seja superior ao seu custo de
aquisição. Denota, portanto, uma expectativa com o quanto se espera receber,
em termos monetários, quando se espera recebê-lo e com a probabilidade de
que seja recebido. Conforme Ross, Westerfield e Jordan (1998 apud KUHN,
2012, p. 14), a avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos
fluxos de caixa futuros é a essência do orçamento de capital, aspecto
fundamental a ser considerado na decisão financeira de um empreendimento.
32
indicadores de capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a partir da
comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades”. Para Braga (1995
apud KUHN, 2012, p. 16), se as empresas deixarem de liquidar seus
compromissos financeiros nas datas convencionadas, elas sofrerão restrições
de crédito e terão dificuldades na manutenção do ritmo normal de suas
operações.
A rentabilidade expressa a otimização da remuneração sobre o capital
investido pelos acionistas, ou a maximização da riqueza dos proprietários. O
sucesso sempre é julgado pelo valor da empresa. Ainda nos apoiando em Silva
(2005 apud KUHN, 2012, p. 16), destacamos que a rentabilidade é medida e
quantificada pelos índices de retorno, que, “também conhecidos por índices de
lucratividade ou mesmo rentabilidade, indicam qual o retorno que o
empreendimento está propiciando”.
12 INDICES DE LIQUIDEZ
33
12.1 Liquidez geral
Onde:
LG = Liquidez geral
AC = Ativo circulante
RLP = Realizável a longo prazo (subgrupo dentro do Ativo não circulante)
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo não Circulante
A interpretação desse índice é no sentido de “quanto maior, melhor”,
mantidos constantes os demais fatores.
O índice de liquidez geral, é um indicador que subentende que, se a
empresa fosse parar suas atividades naquele momento, deveria pagar suas
dívidas com seu dinheiro (disponibilidades) mais seus realizáveis, sem precisar
envolver o ativo permanente ou os imobilizados.
O cálculo, em verdade, não expressa uma situação de liquidez, mas de
solvência. Este fato decorre de estarem sendo incluídos no denominador todos
os passivos de curto e longo prazos. Normalmente uma empresa apenas liquida
todas as suas obrigações se estiver sendo cogitada sua extinção, pois se não
for essa a situação o cálculo desse índice deixa de ser significativo.
34
LC = Liquidez corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
LS = Liquidez seca
AC = Ativo Circulante
Est = Estoques
PC = Passivo Circulante
35
São parâmetros cuja observação é necessária, mas não suficientes para
conclusão acerca da robustez financeira da empresa.
Outros índices de liquidez que aparecem na literatura financeira, porém
usados com menor frequência nas avaliações da liquidez das empresas, são o
Capital Circulante Líquido (CCL = AC – PC) e a Liquidez imediata, que relaciona
as disponibilidades e aplicações financeiras com o passivo circulante.
Estes são índices complementares e que podem auxiliar numa análise
mais detalhada da estrutura de liquidez.
13 INDICADORES DE RETORNO
36
Esta avaliação pode ser obtida mediante a análise das demonstrações
financeiras (BP – Balanço Patrimonial e DRE – Demonstração do Resultado do
Exercício) relacionando contas e/ou grupos de contas destas demonstrações.
Os indicadores tradicionais são: Retorno sobre as Vendas, Retorno sobre o Ativo
Total e Retorno sobre o Capital Próprio, conciliados ao giro dos ativos.
37
13.2 Giro do Ativo (GA)
38
relacionando informações de resultado, portanto de um período, com
informações de patrimônio, ou seja, de um momento.
39
sobre as ações preferenciais, os quais são tão obrigatórios quanto
as participações estatutárias.
No caso do cálculo do PL, o ideal é corrigir o saldo inicial mais os
acréscimos do período e calcular a média ponderada pelo tempo
de permanência dos recursos. Porém, na maioria das vezes não
temos acesso a estas informações, especialmente se assumimos
uma posição de analista externo à empresa.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2005.
41
BIBLIOGRAFIA
42