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REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

",BOLET
Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009
OFIC Número 52
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à Direcção-Geral da Função Pública - Repartição de Publicações -, a Pública -, Avenida do Brasil, Apartado 287 -1204 Bissau Codex. - Bissau
fim de se autorizar a sua publicação. Guiné-Bissau.

3.0SUPLEMENTO
sUMÁRIO Entretanto, a experiência da aplicação dos vários diplo-
mas reformadores aprovados, revelou o fracasso na
PARTE I
implementação da política de manutenção rodoviária, devido,
Conselho de Ministros:
por um lado, à indisponibilidade de receitas arrecadadas e
Ministério das Infra-Estruturas: consignadas aos fins para que foram criadas, e, por outro, à
.Aprovado o novo Estatutos do Fundo de Conservação Rodoviária. necessidade de definição clara e precisa das competências
do Fundo Rodoviário, dando particular ênfase à participação
******************************* dos utentes na gestão dos Fungo Rodoviário.
PARTE I A fim de fazer face a esses constrangimentos, e em virtude
CONSELHO DE MINISTROS da nossa inserção no contexto da sub-região aque perten-
cemos e da consequente partilha e comunhão de níveis
MINISTÉRIO DAS INFRA-ESTRUTURAS
deploráveis de transitabilidade das nossas vias viárias e o
DIRECÇÃOEXECUTlVA DO FUNDO DE CONSERVAÇÃO consequenteimpacto nefasto nas performancesdo
RODOVIARIA desenvolvimento das economias, registou-se a necessidade
Decreto-Lei n.O 2/2009 de adopção de um Fundo Rodoviário de 28 geração.

A falta de manutenção e conservação das infra-estru- Assim é que a transposição do Fundo Rodoviário de 1a
turas rodoviárias tem sido a principal causa da sua degra- geração que vigorava até ai, para o de 28 geração materia-
dação, constituindo factor de grande custo de exploração lizou-se por via da aprovação do Decreto-Lei nO,5/2004, de 14
de veiculos e de transportes de bense pessoas no território de Fevereiro, que criou o Fundo de Conservação Rodoviária,
nacional. adiante designado por Fundo Rodoviário. EsseDiploma dotou
o Fundo Rodoviário de autonomia administrativa e financeira,
Porém, esta situação tem merecido a preocupação dos
dotando-o de um modelo de Organização de forma a aclarar as
governantes, tendo sido, pela primeira vez, em 1984,.criado o suas competências, dando particular ênfase à participação
Fundo Rodoviário, com oobjectivo de fazer comparticipar os dos utentes tanto do sector público como do sector privado
utentes de vias nos custos da sua manutenção. na gestão do Fundo Rodoviário.
De 1984 aos nossos dias, o Fundo Rodoviário atraves- O objectivo é o de fazer demodo a que o Fundo Rodoviário
sou várias etapasda sua actividade. Houve necessidade da aplique as suas receitas directamente e de forma imediata
sua reformulação, principalmente em matéria da identificação nos programas de manutenção e conservação das vias,
de novas fontes de receitas. cumprindo assim o objectivo para que tinha sido criado.
2 3.o SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N. o 52

No entanto, a
experiência destes anos de vigência do ,ESTATUTOS DO FUNDO DE CONSERVAÇÃO
Decreto-lei pré-citado mostrou-nos que, pese embora todo o RODOVIÁRIA
esforço efectuado pelo Fundo Rodoviário, para cumprir este
CAPíTULO I
objectivo, o que na prática nunca reuniu as características
DENOMINACÃO, SEDE E OBJECTO
fundamentais para ser considerado/um verdadeiro Fundo,
Rodoviário de 2a Geração. ARTIGO 1.°
(Denominação)
Não que a sua estrutura Orgânica não corresponda ao
seu modelo, mas por falta de alguma autonomia financeira, O Fundo de Conservação Rodoviária, adiante designado
proveniente da não entrada de uma grande parte de-receitas o Fundo Rodoviário, é uma pessoa colectiva de direito pú-
provenientes da percentagem do valor CIFde importação de blico, dotada de autonomia administrativa e financeira, re-
carburantes, tal como é definido nos Estátutos do Fundo gendo-se pelos presentes estatutos e pelas normas que em
Rodoviário. sua exe-cução vierem a serpublicadas.

Estasreceitas nunca foram transferidas em tempo útil para ARTIGO 2.°


a conta aberta para o efeito, o que vinha causando grandes (~de)
constrangimentos ao Fundo Rodoviário, vendo-se este muitas O Fundo ROdoviário tem a sua Sede em Bissau, na Ave-
vezes impossibilitado de honrar os seus compromissos pe- nida Pansau Na lsna, n." 14, podendo abrir delegações em
rante o programa de manutenção e conservação da rede viária. qualquerparte do território nacional.
Assim: ARTIGO 3.°
Com apossível criação do Instituto ou Agência de Estradas, (Objecto)
que irá, entre outras, assegurar a manutenção e aexploração 1 - O Fundo Rodoviário tem por objecto a rnobilização e
das estradas e Pontes nacionais sob a suajurisdição; gestão dos Fundos devidos pelos utentes, e destinados,
Com o novo sistema de transferência directa para a conta essencialmente, à manutenção da rede rodoviária prioritária.
<;10 Fundo Rodoviário da percentagem do valor CIF consagrado 2 - Para a prossecução do seu objecto, o Fundo Rodoviário
no Despacho do Primeiro-Ministro, de 23 de Março de 2009, tem por missão colectar e arrecadar os fundos destinados
publicado no Suplemento ao Boletim Oficial N°12, de 24 de ao financiamento das seguintes actividades:
Marçode 2009;
a) Trabalhos de manutenção corrente;
Com a alteração dós Estatutos do Fundo Rodoviário, dando- b) Trabalhos de manutenção periódica;
Ihes uma versão maissimplificada e mais voltada para o seu
c) Trabalhos de melhoramento da segurança e circu-
objectivo de entidade gestora de Fundos e p~gamento de
lação rodoviária;
Serviços, em conformidade com as deliberações da UEMOA
djOperação limitada de restabelecimentode ligação
sobre a manutenção corrente de Estradas inter-comuni-
tárias; '. de urgência na rede rodoviária, tais como estradas
e obras de arte;
Nestacoriformidade, e ouvidos os Ministros dás lnfra-
e) Estudos e prestações ligados à exploração e qestão
Estruturas e dasfinanças;' '
da rede rodoviària:
O Governo decreta, nos termos do artigo 100°, n.° 1, alínea
f) Funcionamentodo próprio Fundo Rodoviário.
d), da Constituição, o seguinte: ,,'
ARTIGO 4.°
ARTIGO 1.°
(Tutela)
É aprovado o novo texto dos Estatútos' do Fundo de
O Fundo Rodoviário exerce a sua actividade sob tutela
Conservação Rodoviária, que se publica em anexo e faz parte
do Ministro encarregue do sector das lnfra-estruturas
inteqrante do presente diploma,
Rodovlárias.
ARTfG02° ARTIGO 5:°
, ,

O presente diploma entra imediatamente em vigor. (Competência da tutela)

Aprovado em Conselho de ~.inistros,qe tode, De~~mbrode Compete ao Ministro da Tutela aprovar, com vista à sua
2009. -O Primeiro Ministro, Car!~$G9m~sJÚni~r.;' OMinistro ,submissão ao Conselho de Mini~tros, no quadro da apróvação
das' Infra-estrutlJfás,E~gÓ J9~éAQté)liiopa CI:tlzA.lmeida. -O, ", do Orçamento Geral do Estado, as propostas feitas 'pelo
Ministro dasFillanÇéls, Dr.JoséMário Vazo ' ,Conselho de Atímtnistraçâodo'Fundo Rodoviário nas sê~'
prOmulgadoe~ 31 de Deze';br~~e:2009; ~,,' ' guintes matérias:
,a) Estruturade receitas;
Publique-se'":
";::"
b) Montante de 'contribuição a pagar pelos utentes em
O Presidente da República, Matam Bacai Sanhá. percentagem de Carburantes sobre o valor de
31 DE DEZEMBRO DE 2009 3

importação CIF, Bissau ou Alfandega de outro ponto várias Associações Regionais, designado pelas
do território autorizado; mesmas;
c) Portagens nas pontes e nas estradas; h) Um Representante da Câmara do Comércio, In-
dústria e Agricultura;
d) Multas por excesso de carga de veículos comerciais
e de danos causados à rede rodoviária; i) Um Representante do Sindicato dos Motoristas;
e) Licenças de circulação anuais e outros encargos j) Um Representante das Organizações de Utentes
que vierem a ser adoptados. privados que forem surgindo.
ARTIGO 6° ARTIG09.0
(Poderes da Tutela) (Nomeação de Membros e Eleição do Presidente)
1 - O Ministro da tutela pode anular as deliberações do 1- Os membros do Conselho de Administração do Pundo
Conselho de Administração do Fundo Rodoviário, desde que Rodoviário, em representação das instituições estatais
contrárias às leis e regulamentos em vigor. e orqanizações privadas, são nomeados por despacho do
2 - Em caso da anulação, a decisão é cornunicada pelo Ministro da Tutela, por indicação das respectivas instituições
Ministro da Tutelaao Conselho de Administração do Fundo ou organizações.
Rodoviário. 2 - O Presidente do Conselho de Administração do Fundo
3 - O não exercício da competência prevista no n.? 1 deste Rodoviário é eleito entre os seus membros e nomeado pelo
artigo, no prazo de 15 dias, a contar da recepção, no Gabinete Conselho de Ministros, sob proposta do Ministro da Tutela.
do Ministro, das deliberações do Conselho de Admínis- 3- O mandato dos membros do Conselho de Administração
tração do Fundo Rodoviário, tem por efeito a aprovação ou é de 4(quatro) anos, renovável, uma sóvez.
homologação tácitas, conforme o caso, das mesmas.
ARTIGO 10.0
CAPiTULO I! (Critérios da escolha de Membros do ~onselho
ÓRGÃOS DO FUNDO RODOVIARIO de Administração)

1 - Os membros do Conselho de Administração do Fundo


ARTIG07.0
Rodoviário são escolhidos em função das suas compe-
(Órgãosdo Fundo Rodoviário)
tências em matéria de gestão administrativa,financeira,
São órgãos do Fundo Rodoviário: comercial ou técnica e não podem estar ligados com o Fundo
a) O Conselho de Administração; Rodoviário por nenhum contrato de trabalho.

b)ADirecção Executiva. 2 - Não podem ser membros do Conselho de Administração


os proprietários, sócios e accionistas, trabalhadores de
SEcçAol empresas que intervenham na conservação emanutenção
CONSELHO DE ADMINISTRACÃO rodoviárias ou que representem materiais ou equipamentos
utilizados nessas actividades.
ARTIGO 8°
(Composição) 3- Perde a qualidade de membro do Conselho de
Administração, o indivíduo que deixe de exercer funções
O Conselho de Administração do Fundo Rodoviário é nas suas instituições ou organismos que estiveram na ori-
composto pelos seguintes membros, representando as
gem da sua nomeação.
instituições estatais e privadas seguintes:
4 - As vagas deixadas pelos membros do Conselho de
a) Um representantedo Ministro da Tutela..
Administração são preenchidas por via de substituição, no
b) Um representante do Ministério das Finanças; prazo de 15 dias, a contar da data emque a ausência ou a
c) Um Representante do Ministério da Administração impossibilidade se verificarem.
Territorial; 5 - O mandatodo membro substituto será aquele que ao
d) Um Representante da Secretaria de Estado dos seu antecessor faltar por concluir.
Transportes e das Comunicações;
ARTIG011.0
e) Um Representante da Administração do Poder (Abonos e demais Compensações)
local;
1 -O exercício das funções de Presidente ou membro do
f) Um Representante dos Importadores. de Com- Conselho de Administração dá direito a um abono fixo atri-
bustíveis; buído por cada sessão presenciada.
g) Dois Representantes da Associação dos Transpor- 2~O montante de abono é fixado pordespacho do Ministro
tadores' devendo 11m ser Representante das da Tutela.
4 3. o SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N. o 52

3 - Nenhuma outra retribuição ou compensação em 4 - Em caso da ausência do Presidente, o portador do seu


espécie ou material pode ser atribuída ao membro do Con- mandato de representação presidirá a reunião e gozará ie
selho de Administração, pelo Fundo Rodoviário, quer directa, todos os direitos, nomeadamente, o direito de voto de quali-
quer indirectamente, nomeadamente por empréstimo, dade em caso de empate na votação.
adiantamento em conta corrente, caucionamento ou vale a
interpostas pessoas. ARTIGO 140
ARTIGO 12.0 (Deliberações)
(Reuniões) 1 - O Conselho de Administração delibera validamente
com a maioria simples de membros presentes. Em caso de
1- O Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente,
empate, o Presidente tem o voto de qualidade.
de seis em seis meses, por convocação do seu presidente, e
extraordinariamente, sempre que for convocado por iniciativa 2 - As deliberações do Conselho de Administração devem
do seu Presidente, ou por solicitação de 2/3 dos seus membros, constar da acta assinada pelo Presidente e pelo Secretário da
pelo Ministro de Tutela ou a pedido do Director Executivo respectiva sessão ou reunião depois de lida e aprovada pelos
quando o assunto relativamente gestão do Fundo Rodoviário,
à
membros presentes na reunião.
pela sua gravidade, o justifique.
2 - As convocatórias para as reuniões quer ordinárias quer ARTIGO 15.0
extraordinárias do Conselho de Administração, deverão conter (Atribuições e Competências do Conselho
a agenda ou ordem de trabalhos a ser endereçadas aos de Administração)
membros acompanhadas de documentos, caso existirem, com 1- Salvo as competências atribu ídas ao Director Executivo
antecedência mínima de 07 dias. do Fundo Rodoviário pelo presente diploma, o Conselho de
3 - O Director Executivo do Fundo Rodoviário assiste às Administração é o único órgão competente para deliberar em
reuniões e assegurará o secretariado, sem direito a voto e todas as matérias, em nome do Fundo Rodoviário.
nessa qualidade procederá, nomeadamente, à preparação e 2- Compete nomeadamente, ao Conselho de Adminis-
ao envio da correspondência, convocatórias das reuniões tração:
ordinárias e extraordinárias, dando outros apoios de que o
a) Aprovar o Plano de actividades e os documentos
Conselho de Administração venha a necessitar.
de prestação de contas do Fundo Rodoviário. A
4- Por convite do Conselho de Administração, o Director aprovação deverá ocorrer no prazo de 15 dias
Geral de Estradas e Pontes ou qualquer técnico ligado à após a data da respectiva entrega pelo Director
Manutenção Rodoviária podem assistir ás reuniões como Executivo;
observadores, mas sem direito a voto.
b) Analisar e aprovar o Plano Anual de Manutenção
5 - As actas de reuniões são redigidas pelo seu Secre- Corrente de Estradas remetido pela instituição
tário e assinadas pelos membros do Conselho de Admi- encarregue da manutenção de infra-estruturas
nistração presentes na sessão depois de lidas e aprovadas. rodoviárias;
6 - Nos 15 dias seguintes à realização da sessão, o
c) Fixar o regime de remuneração e de gestão de.
secretariado do Conselho de Administração enviará ao Mi-
pessoal, nos termos da legislação e da regu-
nistro da Tutela, cópias das actas ou extractos das mesmas,
lamentação em vigor;
carecendo da verificação de conformidade pelo Presidente do
Conselho de Administração ou seu substituto. d) Dar anuência, com base no respectivo concurso
público, a nomeação do pessoal da Direcção
ARTIGO 130
Executiva e a fixação das suas remunerações;
(Quórum)
e) Nomear e exonerar o Director Executivo do
1 - O Conselho de Administração só se reunirá com a
Fundo Rodoviário;
presença de pelo menos 2/3 dos seus membros.
2 - Quando o quórum não estiver preenchido, a reuniãodo f) Garantir e assegurar a utilização de verbas des-
Conselho de Administração é adiada e uma nova reunião tinadas à manutenção r~doviária eao funciona-
deverá ter lugar dentro de sete dias a contar da data do mento do Fundo Rodoviário;
adiamento, podendo deliberar validamente por maioria dos g) Solicitar auditorias técnica e.financeira às acti-
membros presentes ou representados, qualquer que seja o vidades e contas do Fundo Rodoviário;
seu número.
h) Propor ao Ministro da Tutela, que posteriormente
3 - O membro do Conselho de Administração, impossi-
bilitado de assistir à reunião, pode fazer-se representar por a submeterá para análise e aprovação do Governo,
outro membro, mediante procuração escrita. Em nenhum a actualização das taxas a pagar pelos utentes da
caso um membro pode ser detentor de mais de um mandato rede Rodoviária e portagens, sempre que as
de representação. condições o exijam, mediante um estudo prévio;
6 3. o SUPLEMENTO AO BOLETIM. OFICIAL DA REPÚBLICA.. DA GUINÉ-BISSAU N. o. 52
\

CAPíTULO 111 da tutela e do Ministro das Finanças, sob proposta do Conselho


RECURSOS DO FUNDO RODOVIARIO de Administração.
ARTIG021.0 3- As propostas de alteração serão fundamentadas na
(Receitas próprias do Fundo Rodoviário) base da evolução das condições económicas e das neces-
sidades de manutenção da rede rodoviária.
1- ConstituemReceitas próprias do Fundo Rodoviário:
4- O valor devido pelos importadores será por estes
a) A percentagem sobre o valor CIF de Importação de
depositado directamente na conta do Fundo Rodoviário
Combustíveis;
aberta num dos Bancos Comerciais para oefeito.
b) As taxas de exploração comercial de estradas,
pagas ao Fundo Rodoviário, semestral e anual- ARTIGO.23.0
mente, pelos proprietários de veículos comerciais, (Taxa de Exploração Comercial de Estradas)
particulares e demais utentes das vias rodoviárias; 1- A Taxa de Exploração Comercial de Estradas é paga
c) O Valor das contrapartidas pago nas portagens semestralmente pelos utentes de veículos comerciais
pela utilização de estradas e pontes, serviços de ligeiros e pesados e anualmente pelos utentes de veículos
jangadas e dos Ferry boats; particulares.

d) As multas pagas pelos utentes para a reparação 2- Entende-se por veículos comerciais os seguintes:
de estradas por danos causados no domínio pú- a) Transporte Colectivo urbano e interurbano, no-
blico rodoviário e por excesso da carga admitida meadamente, mini bus ou "toca-toca, candongas e
por eixo; autocarros;
e) As dotações que lhe sejam especialmente atri- b) Transporte público urbano, em serviço de táxi;
buídas pelo Orçamento Geral do Estado, doações de
c) Veículos de aluguer de transporte de mercadorias.
Instituições Internacionais;
3- Compreende-se por veículos semi e pesados, os que têm
f) Os juros de mora e outros rendimentos resultan-
peso de 3,5 a 8 e superior a8 toneladas respectivamente;
tes da aplicação dos recursos financeiros; .
4- Os veículos particulares são todos os veículos não
g) Os donativos que lhe sejam afectos e neces-
contemplados no n." 2 deste artigo.
sários à realização dos objectivos do Fundo
Rodoviário; CAPíTULO IV
h) A taxa devida por cada entrada de veículo auto- I ENCARGOS DO FUNDO RODOVIARIO
móvelligeiro,semi-pesado e pesado no país e SECÇÃOI
matriculado no estrangeiro. ORÇAMENTO
2- As receitas próprias do Fundo Rodoviário são deposi- ARTIGO 24.°
tadas numa conta bancária, aberta para o efeito num dos (Encargos)
bancos comerciais, em nome do Fundo Rodoviário;.
1 - Constituem encargos do Fundo Rodoviário:
<3- A decisão de abertura de conta (s) bancária (s) em
a) As despesas relativas às prestações de serviço
nome do Fundo Rodoviário é da competência exclusiva do
de obras indicadas no artigo 3.° dos presentes
Conselho de Administração, bem como a escolha da Insti-
estatutos;
tuição Bancária.

4· Os movimentos dessa conta só pedem ser mediante b) As despesas com o pessoal;


duas assinaturas de entre os três assinantes da conta, c) As despesas de funcionamento, em geral.
indicados pelo Conselho de Administração;
2- Não são consideradasdespesasdo Fundo Rodoviário,
5- O Fundo Rodoviário não está autorizado' a fazer as que se prendem coma reabilitação e construção de
empréstimos ou a beneficiar de descobertos bancários. novas estradas, por seremsuportadas pelo orçamento de
ARTIGO 22.° investimento do Estado· ou da Administração do Poder
local.
(Taxa sobre Importação de Combustíveis)
1- A percentaqem.sobre o valor CIE das importações é ARTIGO 25.°
destinada à manutenção das estradas, paga em adianta- (Anual idade, Exercício e Programação)
mento, pelos importadores que depois serão reembolsados 1 - O ano económico, para efeitos do presente diploma,
na venda nas bombas, pelos utentesdas estradas, sendo a sua coincide com o ano civil e delimita o exercício económico
contribuição para a manutenção das vias. do Fundo Rodoviário.
2- A percentagem do valor sobre a importação de carbu- 2 - Os donos de obras deverão, em cada ano, prepararum
rantes poderá ser alterada por despacho conjunto do Ministro programa físico e financeiro de manutenção da rede rodoviária,
31 DE DEZEMBRO DE 2009 7

em função da estratégia da manutenção acordada com as ARTIGO 30.°


autoridades da administração pública, tendo em conta o estado (Relatório de Prestação de Contas)
das infra-estruturas, o tráfico e o interesse económico e social.
1 - O Director Executivo do Fundo Rodoviário, no final
3- No programa deve-se fazer realçar a repartição de do exercício económico, elabora o relatório de execução do
intervenções entre as estradas interurbanas, rurais vias e orçamento, os documentos de prestação de contas e a pro-
urbanas. posta de aplicação de resultados.
4- No caso de estradas, a cargo da administração local, o 2 - O relatório deve, obrigatoriamente, conter todos os .\.
financiamento do Fundo Rodoviario está condicionado ao elementos de informação relacionados com o desempenho
financiamento local. de actividades do Fundo Rodoviário, durante o exercício
findo.
ARTIG026.0
(Orçamento) 3- O relatório será remetido:

1- O projecto de orçamento de exercícioeconómico do a) Ao Técnico de Contas, para verificação e pa~


ano seguinte é preparado pela Direcção Executiva do recer, nos termos do artigo 32.° dos presentes
Fundo Rodoviário que o submete ao Conselho de Admi- estatutos;
nistração, até :10 de Novembro do ano anterior, para efeitos b) Ao Conselho de Administração do Fundo Ro-
de aprovação, o mais tardar até 31 de Dezembro. doviario, após parecer favorável do Técnico de
contas, para apreciação e votação;
2- No caso da sua não aprovação, será alterado e/ou
corrigido no prazo de 15 dias, em função das orientações, antes 4 - O conjunto dos procedimentos previstos nos nú-
da sua reapreciação pelo Conselho de Administração. meros anteriores deverá estar concluído, o mais tardar, até
final de Abril do ano seguinte;
3- O Orçamento é remetido ao Ministro da Tutela, para
informação. 5-No fim de cada exercício económico, 6 Director Exe-
cutivo faz o fecho das contas do exercícioeconómico do
SECCÃO II ano cessante.
GESTÃO DO FUNDO RODOVIARIO
CAPíTULO V
ARTIGO 27.° CONTROLO FINANCEIRO·
(Contabilidade)
ARTIG031.0
1- A contabilidade do Fundo Rodoviário está sujeita às (Auditoria e Controlo de Contas)
regras e normas gerais da contabilidade pública em vigor no 1- Anualmente, as contas do Fundo Rodoviário devem
paíse às normas impostas pela UEMOA. ser submetidas à Auditoria Externa, solicitada pelo Con-
2 - A contabilidade é mantida devidamente organizada selho de Administração através de concurso público.
para permitir:
2- Os custos inerentes à realização das auditorias cons-
a) O controlo regular de execução das previsões de tituem encargos do Fundo Rodoviário.
receitas aprovadas por cada exercício;
3- oreratóno do auditor deve ser comunicado. ao Con-
b) A apreciação a todo o momento da situação do selho de Administração.
balanço do FundoRodoviário.
4- Os projectos, convenções, contratos e concursos do
ARTIGO 28.° Fundo Rodoviário estão sujeitos à regulamentação e
(Depósito Bancário) aos procedimentos de concursos públicos aplicados aos
serviços públicos.
As receitas próprias do Fundo Rodoviário, incluindo as
doações, devem ser depositadas numa conta aberta num dos 5 - As contas do Fundo Rodoviário estão sujeitas ao con-
bancos da República da Guiné-Bissau, em nome do Fundo trolo permanente do técnico de contas, nomeado por Des-
Rodoviário. pacho do Ministro da Tutela, sob proposta do Conselho de
ARTIGO 29.° Administração, para um mandato de dois anos, renovável
(Engajamento de Despesas) uma vez.

1- As despesas do Fundo Rodoviário podem ser assu- 6 - O técnico de contas é encarregue da fiscalização e
midas unicamente pelo Director Executivo do Fundo Rodo- do controlo da contabilidade do Fundo Rodoviário, assim
viário ou pelo seu colaborador delegado. como das contas de fim do exercício.
2 - O Director Executivo ou o Delegado, por si designado, 7 - Durante o exercício anual, o técnico de contas faz as
deve co-assinar todos os documentos de pagamentos a$Si- verificações e o controlo que julgar oportuno e, em qual-
nados pelo Chefe de Serviços Administrativo e Financeiro. quer momento, pode solicitar informações ou elementos

J
31 DE DEZEMBRO DE 2009 7

em função da estratégia da manutenção acordada com as ARTIGO 30.°


autoridades da administração pública, tendo em conta o estado (Relatório de Prestação de Contas)
das infra-estruturas, o tráfico e o interesse económico e social.
1 - O Director Executivo do Fundo Rodoviário, no final
3- No programa deve-se fazer realçar a repartição de do exercício econômico. elabora o relatório de execução do
intervenções entre as estradas interurbanas, rurais e vias orçamento, os documentos de prestação de contas e a pro-
l .
urbanas. .. posta de aplicação de resultados.
4- No caso de estradas, a ca-rgodaadministração local, o 2 - O relatório deve,obrigatoriamente, conter todos os .\
financiamento do Fundo Rodoviario está condicionado ao elementos de informação relacionados como desempenho
financiamento local. . de ac.:tividades do Fundo Rodoviário, durante o exercício
findo.
ARTIGO 26.°
(Orça mento) 3 - O relatório será remetido:

1 - O projecto de orçamento de exercício econômico do a) Ao Técnico de' Contas, para verificação e pa-
ano seguinte é preparado pela Direcção Executiva do recer, nos termos do artigo 32.° dos presentes .
Fundo Rodoviário que o submete ao Conselho de Admi- estatutos;
nistração, até:1O de Novembro do ano anterior, para efeitos b) Ao Conselho de. Administração do Fundo Ro-
de aprovação, o mais tardar até 31 de Dezembro. doviario, após parecer favorável do Técnico de
2- No caso da sua não aprovação, será alterado elou contas, para apreciação e votação;

corrigido no prazo de 15 dias, em função das orientações, antes 4 - O conjunto dos procedimentos previstos nos nú-
da sua reapreciação pelo Conselho de Administração. meros anteriores deverá estar concluído, o mais tardar, até
finalde Abril do ano seguinte;
3- O Orçamento é remetido ao Ministro da Tutela, para
informação. 5-No fim de cada exercício económico, o Director Exe-
cutivo faz o fecho das contas do exercícióeconómico do
SECCÃO" ano cessante.
GESTÃO DO FUNDO RODOVIARIO
CAPíTULO V
ARTIG02P . CONTROLO FINANCEIRO
(Contabilidade)
ARTIG031.0
1- A contabilidade do Fundo Rodoviário está sujeita às (Auditoria e Controlo de Contas)
regras e normas gerais da contabilidade pública em vigor no
1- Anualmente; as contas do Fundo Rodoviário devem
pais e às normas impostas pela UEMOA. ser submetidas à Auditoria Externa, solicitada pelo Con-
2 - A contabilidade é mantida devidamente organizada selho de Administração através de concurso público.
para permitir:
2- Os custos inerentes à realização das auditorias cons-
a) O controlo regular de execução das previsões de tituem encargos do Fundo Rodoviário.
receitas aprovadas por cada exercício;
3- O relatório do auditor deve ser comunicado ao Con-
b) A apreciação a todo o momento da situação do selho de Administração.
balanço do FundoHodoviário.
,.,. . . 4- Os projectos, convenções, contratos e concursos do
ARTIGO 28.° Fundo Rodoviário estão sujeitos à regulamentação e
(Depósito Bancário) aos procedimentos de concursos públicos aplicados aos
serviços públicos.
As receitas próprias do Fundo Rodoviário, incluindo as
doações, devem ser depositadas numa conta aberta num dos 5 - As contas do Fundo Rodoviário estão sujeitas ao con-
bancos da República da Guiné-Bissau, em nome do Fundo trolo permanente do técnico de contas, nomeado por Des-
Rodoviário. pacho do Ministro da Tutela, sob proposta do Conselho de
ARTIGO 29.° Administração, para um mandato de dois anos, renovável
(Engajamento de Despesas) uma vez.

1- As despesas do Fundo Rodoviário podem ser assu- 6 - O técnico de contas é encarregue da fiscalização e
midas unicamente pelo Director Executivo do Fundo Rodo- do controlo da contabilidade do Fundo Rodoviário, assim
viário ou pelo seu colaborador delegado. como das contas de fim do exercício.
2 - O DirectorExecutivo ou o Delegado, por si designado, 7 - Durante o exercício anual. o técnico de contas faz as
deve co-assinartodos os documentos de paqamentos.assi- verificações e o controlo que julgar oportuno e, em qual-
nados pelo Chefe de Serviços Administrativo e Financeir(). quer momento, pode solicitar informações ou elementos
8 3.0 SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU N. o 52

que achar necessários e indispensáveis para o cabal ARTIGO 34.°


desempenho das suas funções. (Regime jurídico)

8 - O técnico de contas deve comunicar ao Conselho O regime jurídico do pessoal do Fundo Rodoviario é
o definido na Lei Geral do Trabalho da República da Guiné-
de Administração a irregularidade detectada no âmbito da
Bissau.
sua actividade.
ARTIGO 35.°
9 - Para o efeito do disposto no número anterior, o técnico (Requisição)
de contas elabora e submete ao Conselho de Administração, 1- O Fundo Rodoviário pode solicitar à Administração
o mais tardar até 31 de Maio, um relatório sobre as refe- Pública, nomeadamente, ao Ministério da Tutela, as pres-
ridas contas dando o seu parecer sobre a regularidade das tações de serviço por requisição de pessoal qualificado da
operações e a qualidade da gestão. administração julgadas necessárias nos domínios
especializados.
10- O Conselho de Administração deverá, o mais tardar
até final do quinto mês depois do fecho de cada exercício, 2- O pessoal da Administração Pública requisitado
para executar funções inteiramente ligadas às neces-
enviar os documentos referidos no artigo anterior aos Mi-
sidades do Fundo Rodoviário, conserva o seu estatuto de
nistros da Tutela edas Fjnanças.
funcionário público e seu salário continua a ser suportado
ARTIGO 32° pelo Orçamento Geral do Estado.
(Técnico de Contas) 3- Sem prejuízo do disposto no número anterior do
1- Os honorários do técnico de contas constituem en- presente artigo, o pessoal da Administração Pública a que
ele se refere, pode receber subsídios atribuídos pelo Fundo
cargos do Fundo Rodoviário.
Rodoviário.
2- As funções do técnico de contas terminam somente 4- O Conselho de Administração determina o montante
com a aprovação das contas do terceiro ano de exercício, de subsídios e indemnizações, bem como as modalidades
pelo Conselho de Administração. da sua concessão.
ARTIGO 36°
3- Não obstante o disposto no número anterior, o técnico
(Recrutamento)
de contas pode, a qualquer momento, ser demitido das
suas funções pelo Conselho de Administração, por incum- 5 - Para os empregos especiallzados. os candidatos
primento dos termos das disposições contratuais. devem provar as qualificações e experiências requeridas,
nos termos e condições definidos pelo Conselho de
CAPiTULO VI Administração.
PESSOAL DO FUNDO RODOVIARIO CAPITUlOVH
ARTIGO 33.° DISPOSJCÓES FiNAIS
.(Pessoal)
ARTIGO 37.°
O Conselho de Administração determina a natureza, o (legislação Revogada)
número e o nível de remuneração e a categoria dos traba- São revogados:
lhadores permanentes ou temporários do Fundo Rodo- a) O Decreto n.? 2/97, de 8deAbrH;
IIiario, tendo em conta as necessidades e os recursos b) O Decreto n." 3/97, de 8de Abril;
financeiros disponíveis. c) O Decreto n.05/04, de 23 de Dezembro.

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