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7 N REPUBLICA DA OS Niro) * GUINE-BISSAU WW BOLETIM OFICIAL Terga-feira, 23 de Fevereiro de 2011 Numero & ‘Dos aseunio para pubeagio ne “Bolen Oca", ever ser envagoe © ‘engin ¢ 0 dupcade, devanents auentcados pela enldace responsive 4 DirecgSo-Gerl de Funcdo Pubica — Reparicho de Pubcagses — erie conn an 72658 608 2.°SUPL ‘pecs ce asin ou rimeres awe 0pm Ola deve se dilens 4 Decco Comercial da INACEP — Inpranss Nacional, Empresa Publica — versa Bra, Apwtaga 287 — "204 issu Cader. — Beai-Guné Bara (Contac Tr 527124 2 1429-72988 12- Era aca, mgersayacacom be EMENTO SUMARIO PARTE! Consetho de Ministros: Decreto Let n° 6/2011 Aptovado 0 Regulamento da Nacionalidade guineense, que consta do seu anexo e que dele faz parle Integran: Decreto Lei n.* 7/2011. @orovedo a nova Lel Organica do Ministrio da Justca, Decreto n.° 15/2011 ‘Aprovada Le! Orgtnica da Direcs80 Gerat dos Servos Pr slonais. . PARTE | CONSELHO DE MINISTROS Decreto-Lei n.° 06/2011 *~ de 23 de Fevereiro A Lei n.° 2/92, de 06 de Abril que estabelece as condigées de atribuicdo, aquisigao, perda e reaquisicao da nacionalidade guineense deter- mina ao Governo, no seu artigo 25.°, a sua regu- lamentagdo, no prazo de 180 dias a contar da data da sua publicagdo, o que, por razées de varia ordem, nao acontéceu ao longo de quase duas décadas. _——: Nesse quadro, atentos aos ‘Riingipios infor- madores da Lei da Nacionalidase®#rvigor, com, as alteragées introduzidas pela Lei n.° 06/2010, de 21 de Junho, impunha-se, com urgéncia, pro- ceder a sua regulamentagao. Assim, sob proposta do Ministro da Justica, © Governo decreta, nos termos da alinea d) do 12 1 do attigo 100.° da Constituigao da Republi- ca, 0 seguinte: ARTIGO 1° Objecto O presente Decreto-Lei aprova o Regulamen- to da Nacionalidade Guineense, que consta do seu anexo € que dele faz parte integrante. ARTIGO 2.° Norma revogatoria Sao revogadas todas as disposiges tegais que contrariem 0 disposto no regulamento apro- vado pelo presente Decreto-Lei ARTIGO 3.° Entrada em vigor © presente Decreto-Lei entra em vigor 30 dias apés a sua publicagao e aplica-se aos pro- cessos pendentes. Aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Novembro de 2010. — O Primeiro Ministro, Carlos Gomes Junior. — O Ministro da Justi- ga, Mamadu Sallu Jal6 Pires. 2 2.° SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPUBLICA DA GUINE-BISSAU N° 8 Promu(gado em 22 de Fevereiro de 2041 Publique-se. © Presidente da Republica, Malam Bacai Sa- nha. REGULAMENTO DA NACIONALIDADE GUINEENSE TITULOI DA NACIONALIDADE GUINEENSE CAPITULO T ATRIBUIGAO, AQUISIGAO E PERDA DA NACIONALIDADE ARTIGO 1.9 Atribuicdo, aquisigdo e perda da nacionalidade 4. A nacionalidade guineense pode ter como fundamento a atribuig&a, por efeito da lei ou da vontade ou a aquisicao, por efeito da vontade, da adopeao plena ou da naturalizagao. 2. A perda da nacionalidade guineense 56 pode ter lugar por efeita de declaragao de von- tade SECCAO | ATRIBUIGAO DA NACIONALIDADE SUBSECGAO | DISPOSIGOES COMUNS ARTIGO 2.° Nacionalidade originaria A atribuigao da nacionalidade guineense po- de resultar de mero efeito da iei ou de declaracao de vontade e produz efeitos desde 0 nascimen- to, SUBSECGAO II NACIONALIDADE ORIGINARIA POR EFEITO DALE! ARTIGO 3.° Atribuigdo da nacionalidade por efeito da tei S&o guineenses de origem: a) Os individuos nascides no territério da Gul- né-Bissau, filhos de mae guineense ou de pai guineense; b) Os individuos nascido no estrangeiro de cujo assento de nascimento conste a men- 80 de que a me ou pai se encontrava ao serviga do Estado Guineense, 4 data do nascimento. ©) Os individuos nascidos no ternitorie da Gui- né-Bissau de cujo assento de nascimento conste a mengdo especial de que néo pos- suem outra nacionaligade. ARTIGO 4° Apatridia 1. Nos assentos de nascimento ocorridos na Guiné-Bissau de individuos que prover nao pos- suir outta nacionalidade é especialmente men- cionada esta circunstncia, como elemento de identificagao do interessado, mediante averba- mento autorizado nos termos do numero seguin- te 2. Coligida a prova de apatridia, o conserva- dor ou 0 oficial dos registos remete-a, com infar- magao sobre o seu mérito e acompanhada de certidao do assento de nascimento respectivo, a0 conservador dos Registos Centrais. que auto- tiza ou indefere o averbamento, podendo deter- minar as dilig€ncias prévias compfementares, que julgue necessarias ARTIGO 5° Progenitor ao Servigo da Estado Guineense 1, Nos agsentos de nascimentos ocorridos no estrangeiro de filttos de mae guineense ov de pai guineense que ao tempo se encontrassem ao servico do Estado Guineense é feita mengao es-fecial desta circunstancia como elemento de identificacdo do interessado. 2. O declarante deve apresentar documento comprovativo da circunstancia referida no né- mero anterior, passado pelo departamento es- tatal a que o progenitor prestava servigo no es- trangeito. 3. A apresentagao do documento referido no numero anterior é dispensada sempre que o funcionario tenha conhecimento oficial de que progenitor se encontrava no estrangeiro ao servi- ¢0 do Estado guineense SUBSECGAO III NAGIONALIDADE ORIGINARIA POR EFEITO DE VONTADE ARTIGO 6° Atribulgao da nacionalidade por efeito da vontade a nascidas no estrangeiro 1. Os filhos de mae guineense ou de pai gui- neense nascidos no estrangeiro que pretendem que Ihes'seja atribuida a nacionalidade guineen- se devem manifestar a vontade de serem gui- neenses por uma das seguintes formas: a) Declarar que querem ser guineenses; b) Inscraver o nascimento no registo civil gui neense mediante deciaragao prestada pe- los préprios, sendo capazes, ou pelos seus. legals representantes, sendo incapazes. 23 DE FEVEREIRO DE 2011 2. A declaragao ou 0 pedido de inscrigéo sao instruidos com prova de nacionalidade guineen- se de um dos progenitores ARTIGO 7.2 Inserig&o de nascimento 1. A inscrigéo de nascimento, nas condigdes previstas na alinea b) don. 1 do artigo anterior, 6 efectuada nos servigos consulares guineen- ses ou na Conservatéria dos registos Centrais. 2. Nos casos em que 0 interessado, maior de 14 anos, nao se identifique com documento bas- tante e nao apresente certidao do assento estran- geiro do seu nascimento, é exigida a intervengao de duas testemunhas e, se possivel, deve ser exi- bido documento que comprove a exactidao da declaracao, podendo o conservador ou 0 oficial @ “05 registos promover as diligéncias necessa- rias ao apuramento dos factos alegados. 3. As declaragdes necessarias a inscricao de nascimento na Conservatéria dos Registos Centrais so prestadas por intermédio dos ser- vigos consulares guineenses e de conservaté- rias do registo civil. ARTIGO 8.° Composigao do nome Os individuos a quem for atribufda a naciona- lidade guineense podem manter a composi¢ao originaria do seu nome SECGAO! AQUISIGAO DA NAGIONALIDADE SUBSECGAO | DISPOSIGOES COMUNS ARTIGO 9.° Fundamente da aquisi¢ao da nacionalidade A aquisi¢ao da nacionalidade guineense po- de ter como fundamento a declaragao de vonta- de do interessado, a adop¢ao plena ou a natura- lizagao e 86 produz efeitos a partir da data do registo. SUBSECGAO II AQUISIGAO DA NACIONALIDADE POR EFEITO DA VONTADE ARTIGO 10° 0 por filhos incapazes medianto declaragao de vontade 1. Os filhos incapazes de mae ou de pai que adquira a naciorialidade guineonse, se também a quiserem adauirir. devem deciarar, por intermé- dio dos sous representantes legais, que preten- dem ser guineense. 2. Na declaragao ¢ identificado 0 registo de aquisigao da nacionalidade da mae ou do pal Aqui ARTIGO 11. Aquisigdo em caso de casamento mediante declaracao de vontade 1, Oestrangeiro casado ha mais de trés anos com nacional guineense se, na constancia do matriménio, quiser adquirir a nacionalidade, de- ve deciara-lo. 2. A declaragao prevista no numero anterior & instruida com certidao do assento de casamen- to e com certidao do assento de nascimento do cOnjuge guineense. ARTIGO 12° Aquisicgao mediante dectaragao de vontade apés perda da nacionalidade durante a incapacidade 1. Os que tiverem perdido a nacionalidade gui- neense por efeito de declaracao prestada duran- te a sua incapacidade e quiserem adquiri quando capazes, devem deciara-lo 2. Na declaragao deve ser identificado o re- gisto de perda da nacionalidade e ser feita prova da capacidade, SUBSECGAO III AQUISIGAO DA NACIONALIDADE POR EFEITO DA ADOPGAO PLENA ARTIGO 13.° Aquisicao por adopgao plena Adquirem a nacionalidade guineense, por mero efeito da lei, os adoptados plenamente por nacional guineense. ARTIGO 14.° Prova de nacionalidade guineense do adoptante 1. A petigéo do processo para a adopgao ple- na de um estrangeiro por guineense é instruida com prova da nacionalidade guineense do adop- tante, devendo a mengao desta nacionalidade constar da decisao ou ‘acto em que a filiagéo adoptiva vier a ser ostabolecida, bem como da comunicag&o desta para averbamento ao as- sento de nascimento. 2. Amengao a que se refere o numero ante- rior deve igualmente constar, como elemento de identificacao do interessado, do averbamento, de adopcao, a efectuar na sequéncia do assento de nascimento. 3. O disposto nos numeros anteriores é apli- cavel, com as necessarias adaptagOes, a con- vorsdio da adopgao restrita em adopgao plena. 4 2° SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPUBLICA DA GUINE-BISSAU N.° 8 SUBSECCAO IV AQUISIGAO DA NACIONALIDADE POR EFEITO DA NATURALIZAGAG ARTIGO 15° Aquisigao da nacionalidade por naturalizagio 1. Aquele que pretende adquirir a nacional dade guineense por naturalizagao, pode apre- sentar o respectivo requerimento, dirigido a0 Mi- nistro da Justiga, na Conservatéria dos Registos Centrais 2. Orequerimento para anaturalizagao é efec- tuado pelo interessado, por si ou por procurador bastante, sendo capaz, ou pelos seus reprasen- tantes legais, sendo incapaz. 3. O requerimento é redigido na lingua oficial da Guiné-Bissau e, além do fundamento do pedi- do e de outras circunstancias que 0 interessado considere relevantes, deve conter os seguintes elementos: a) O nome completo, data do nascimente, es- tado civil, naturalidade, nacionalidade, filia- 980, profissao e residéncia actual, bem co- mo a indicagao dos paises onde tenha re- sidido anteriormente; b) © nome completo e residéncia actua) dos representantes legais, caso o interessado Seja incapaz, ou do procurador; ©) Amengao do numero, data e entidade emi tente do titulo ou autorizagao de residéncia, Passaporte ou documento equivalente do interessado, bem como do representante legal ou do procurador, se os houver; 4) A assinatura do requerente, reconhecida presenciaimente. 4. Quando 0 procurador seja Advogado, sera suficiente, para a confirmagao da assinatura, a indicagao do numero da cédula profissional. ARTIGO 16° Naturalizagao de estrangeiros residentes no territério guineense © Governo concede a nacionalidade guine- ense, por naturalizagao, aos estrangeiros quan- do satisfagam os seguintes requisitos: a) Sejam maiores a face da lei guineense; ) Residam legalmente no territétio guineen- se ha pelo menos 6 anos; ¢) Conhegam minimamente a lingua oficial da Guiné-Bissau ou a lingua nacional crioula; 4) Nao tenham sido condenados, com transito em julgado da sentenga, pela pratica de crime punivel com pena de prisio de maxi- ma igual ou superior a trés anos, segundo a lei guineense. 2. O requerimento é instruido com os sequin- tes documentos: a) Certidao do registo de nascimento; b) Documento emitido pelos servigos de mi- gtagao e frontelras, comprovative de que reside legalmente no territério guineense ha pelo menos seis anos ao abrigo do titulo de autorizagao de residéncia; ¢) Documento comprovativo de que conhece minimamente a lingua oficial da Guiné-Bis- ‘Sau ou a fingua nacional crioula; 4) Certificados de registo criminal emitidos pelos servigos competentes guineenses, do pais da naturalidade e da nacionalida- de, bem como dos paises onde tenha tido residéncia. ARTIGO 17.2 Prova de residéncia e do conhecimento da lingua oficiat ou a fingua nacional crioula 1. Os servigos de estrangeiros da Direccao Geral de Migragao e Fronteitas podem emitir o documento comprovativo da residéneia legal no territério guineense com base nos elementos nele arquivados ou em averiquasées realizadas para o efeito. 2. A prova de conhecimento da lingua oficial da Guiné-Bissau ov da lingua crioula pode ser feita por uma das seguintes formas: a) Certificado de habilitagao literdria emitido por estabetecimento de ensino oficial ou de ensino particular ou cooperativo reconhe- cido nos termos legais de qualquer dos pat- ses de lingua oficial portuguesa; b) Declaragao emitida pela Direcgao Geral da Cultura, confirmando que ointeressado fala a lingua nacional crioula e que conhece mi nimamente a cultura guineense. 3. Tratando-se de menor de idade inferior a 10 anos ou de pessoa que nao saiba ler nem escre- ver, a prova do conhecimento da lingua oficial do pais ou a lingua nacional crioula deve ser ade- quada @ sua capacidade pata adquirir ou de- monstrar conhecimentos das mesmas Iinguas. ARTIGO 18.° Dispensa de documentos Em casos especiais, o Ministro da Justiga po- de dispensar, a requerimento fundamentado do interessado, a apresentagéo de qualquer docu- mento que deva instruir o pedido de naturatiza- go, desde que nao existam duvida sobre a veri- ficagdo dos requisitos que esse documento se destinava a comprovar. 23DE FEVEREIRO DE 2011 ARTIGO 19.° Tramitacao do procedimento de naturalizagao 1. Recebido 0 requerimento deve o proceso, no prazo de 30 dias a contar da data da sua re- cepgao, ser sumariamente analisado pela Con- servatéria dos Registos Centrais que procedera a0 seu indeferimento liminar nos seguintes ca- 508: @. Quando nao contenha os elementos previs- tos no n.° 3 do Artigo 15.°; b. Quando nao seja acompanhado dos docu- mentos necessdrios para comprovar os factos que constituem 0 fundamento do pe- dido; 2. Se o conservador dos Registos Centrais concluir que o requerimento deve ser liminarmen- te indeferido, notifica o interessado dos funda- mentos que conduzem ao indeferimento para que este se pronuncie, no prazo de 15 dias. 3. Apés a recep¢ao da prontincia do interes- sado ou 0 decurso do prazo previsto no n.° an- terior € proferida decisdo fundamentada pelo conservador. 4. Nao ocorrendo indeferimento liminar, a Conservatéria dos Registos Centrais emite pa recer, no prazo de 30 dias, sobre a verificagéo dos pressupostos do pedido, sendo 0 processo submetido a parecer do Director geral da identi- ficagao civil, registos e notariado. 5. Caso o parecer do director geral da identifi- cago civil, registos e notariado seja favoravel & pretensdo do interessado, o proceso é, imedia- tamente, submetido a decisao do Ministro da Justia que o remete a presidéncia do Conselho de Ministros para a decisdo do Governo. 6. Tratando-se de pedido de naturalizagao por casamente, filiagao @ adopgdo plena, caso 0 pa- recor do director geral da odentificacao civil re- gistos e notariado seja favordvel a pretensao do interessado, 0 processo sera de imediato sub- Metido a deciséio do Ministro da Justica 7. Se 0 parecer for no sentido de indeferimen- to do pedido, 0 interessado € notificado do seu contouido para que, no prazo de 15 dias, se pro- nuncie, devendo essa notificacao constar a hora @ o local onde 0 processo pode ser consultado. 8. Decorrido 0 prazo previsto no n.° anterior. € apés ter sido analisada a eventual resposta do interessado, 0 processo é submetido a decisao, do Ministro da Justica. 9. Adecisao do Minisiro da Justiga que conce- de a naturalizagao 6 objecto de registo a lavrar oficiosamente na Conservatoria,dos Registos Centrais 10. Se 0 pedido de naturalizagao for indefe- rido, a decisao 6 notificada ao interessado. SECGAO Il PERDA DA NACIONALIDADE ARTIGO 202 Perda da nacionalidade Perda a nacionalidade guineense quem, sen- do nacional de outro Estado, declare que nao quer ser guineense. ARTIGO 21.° Declaragao de perda da nacionalidade 1, Quem, sendo nacional de outro Estado, nao quiser ser guineense pode declaré-lo, 2. Subsiste a nacionalidade guineense em relago aos que adquirem outra nacionalidade, salvo se declararem 0 contrario. 3. A declarago é instrufda com documento comprovativo da nacionalidade estrangeira do interessado. TITULO II DISPOSIGOES PROCEDIMENTAIS COMUNS CAPITULO | PROCEDIMENTOS COMUNS A ATRIBUICAO, AQUISIGAO E PERDA DA NACIONALIDADE SECGAO! DECLARAGAO PARA FINS DE NACIONALIDADE ARTIGO 22.2 Declaragées para fins de nacionalidade 1. As declaragées para fins de atribuigao, aq sigao © perda da nacionalidade guineense sao prestadas pelas pessoas a quem respeitem, por siou por procurador bastante, sendo capazes, ou pelos seus representantes legais, sendo incapa- zes. 2. A procuragao com poderes especiais para fins de atribui¢éo, aquisigao da nacionalidade Por efeito da vontade, por adopgao ou por natu: ralizago e perda da nacionalidade obedece & forma prevista no cédigo de registo civil, salvo se for passada a advogado. ARTIGO 23.° Forma das declaracées 1. As declaragdes aque se refereon.°1 doar- tigo anterior devem ser prostadas nos servigos da Conservatoria dos Registos Centrais 2, Salvo tratando-se de atribuicéo de naciana- lidade mediante inscrigao de nascimento no re- gisto civil guineense, as declaragées referidas ho Numero anterior podem ainda constar de im- presso, de modelo a aprovar por despacho do Mi- nistro da Justiga, sob proposta do director geral da Identificagao civil, registos e notariado. 6 2.° SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPUBLICA DA GUINE-BISSAU N.° 8 3. As declaragbes efectuadas nos termos previstos no numero anterior s6 se consideram prestadas na data da sua recep¢ao na Conser- vatoria dos Registos Centrais, devendo ser ob- jecto de indeferimento liminar, no prazo de 20 dias, nos seguintes casos: a. Quando nao constem do impresso de mo- delo aprovado para esse efeito, ou sejam omitidas mengées ou formalidades nele pre- vistas: b. Quando nao sejam acompanhadas dos do- cumentos necessérios para comprovar.os factos que constituem o fundamento do pe- dido; 4. Se 0 Conservador dos Registos Centrais, concluir que a declaracao deve ser liminarmen- te indeferida notifica o interessado dos funda- mentos que conduzem ao indeferimento para que este se pronuncie, no prazo de 15 dias. 5. Em caso de indeferimento liminar, as decla- rages nao produzem efeito, sendo proferida de- cisao fundamentada por parte do Conservador dos Registos Centrais. 6. Sendo 0 indeferimento abjecto de recurso hierérquico ov de reacgéio contenciosa, 0 prazo para a dedugao de oposigao & aquisigao da na- cionalidade 86 comega a contar a partir da data da decisao do referido recurso ou do transito em julgado da sentenga que se tiver pronunciado sobre esse acto de indeferimento, consideran- existente. ARTIGO 24° Conteddo de autos de declaragses 4. Os autos de dectaragdes de nacionatidade que nao sejam para inscrigao do nascimento devem conter: a. A data ¢ 0 lugar em que sao lavrados: b. Onome completo do conservador, do oficial dos registos ou de agente consular e ares- pectiva qualidade: c. Onome completo, data do nascimento, es- tado, naturalidade, nacionalidade, filiagao e residéncia actual do interessado, bem co- mo a indicac&o dos paises onde tenha resi- dido anteriormente e a profissdo, quando se trate de deciaragae para fins de aquisicao danacionalidade; + gd. Ontimero @ ano do assento de nascimento Wo inferessado o a indicag&o da conserva~ toria om que se eneontra, quando lavrada no registo civil guineense; e. O nome completo do representante legal, caso o interessado sejaincapaz, ou do pro- curador; : fA mengéo da forma como foi verificada iden- tidade do declarante; g. 08 factos declarados 0 fim da declaragao e © pedido do respectivo regist h. Aassinatura do declarante, se souber e pu- der assinar, e a do consetvador, oficial dos registos ou agente consular. 2. O auto de declaragées para inscrigéo de hascimento contém as mengées previstas no Cédigo do Registo Civil ARTIGO 25.° Verificagéo da identidade nos autos de dectaragées, 1. A verificagao da identidade do declarante pode ser feita a. Pelo conhecimenta pessoal do funcionario perante quem s&o prestadas as declara- gdes; b. Pela exibigao do Bilhete de Identidade, ti- tulo de autorizagao de residéncia, passa- porte ou documento de identificagao equi~ valente do declarante; c. Supletivamente, pela abonagao de duastes- temunhas idéneas. 2. Se a identidade for verificada nos termos da_alinea b) do numero anterior, deve mencio- nar-se no auto o numero, data e entidade emiten- te do documento de identificagao. 3. No caso de abonagao testemunhal, as tes- temunhas oferecidas devem exibir um dos do- cumentos de identificagao referidos na alinea b) do n.° 1 e ser identificadas no auto, que assinam depois do declarante e antes do funcionario. 4. Pode intervir como testemunhas, além das pessoas autorizadas pela Jei geral, os parentes ou 08 afins das partes e do préprio funciondrio. ARTIGO 26° Contetido das declaragées constantes de impresso de modelo aprovado 1. As declaragoes para fins de atribuigao, aqui- sig&o e perda da nacionalidade guineense, pres- tadas nos'termos previstos no n° 2 do artigo 23.° devem conter obrigatoriamente a. Os elementos previstos nas alineas c), e) 9) dan 1 do artigo 24.%; b. A declaragao sobre os factos susceprivels de fundamentarem a oposicao a aquisigao da nacionalidade guineense; c. A indicagao dos elementos que permitam identificar o registo de nascimento do inte- ressado, bem como os registos que com- provam o fundamento do pedido, designa- damente o local de nascimento ou de casa- 23 DE FEVEREIRO DE 2011 mento, arespectiva data e, se fordo seu co- nhecimento, a conservatéria do registo ci- vil onde se encontram arquivados, bem co- mo o respectivo numero e ano, sempre que seja dispensada a apresentagao de certi- des desses registos; d. A relagao dos documentos apresentados; e. A assinatura do declarante, reconhecida presencialmente, salvo se for feita na pre- senga de funcionario de servigo. 2. Quando as declaragées forem prestadas por advogado é suficiente, para a confirmagaoda assinatura, a indicagao do numero da respectiva cédula profissional ARTIGO 27° Prova da apatrida A apatrida prova-se, para os fins do presente diploma, pelos meios estabelecidos em conven- go e, na sua falta, por documentos emanados das autoridades dos paises com os quais 0 inte- ressado tenha conexées relevantes, designada- mente dos paises de origem e da ultima nacio- naiidade ou da nacionalidade dos progenitores. ARTIGO 28.° Instrugdo das declaragées e requerimentos 1. As declaragées @ os requerimentos para efeitos de nacionalidade sao instruidos com os documentos necessario para a prova das cir- cunstancias de que dependa a atribuicao, aquisi Ao ou perda da nacionalidade guineense e com 0s demais documentos necessérios para a pré- tica dos correspondentes actos de registo civil obrigatério. . 2. Os documentos apresentados para instruir as daclaragées e os requerimentos, quando es- critos em lingua estrangeira que néo sejaalingua oficial do pais, sao acompanhados de tradugao feita ou certificada, nos termos da lei. 3. As certidées de actos de registo civil, na- cional ou estrangeiro, destinadas a instruir decla- ragées © os requerimentos sao, se possivel, de integral e emitidas por fotocépia do as- 4. A apresentagéo de certid6es de assentos que devam instruir declaragées ou requerimen- tos para fins de atribuigao, aquisigao ou perda da nacienalidade é dispensada, se os correspon- dentes actos dé registo se encontrarem arquiva- dos na Conservatéria dos Registos Centrais 5. Sem prejuizo do que se encontre estabele- cido em convengées internacionais e leis espe~ ciais,certiddes de actos de registo civil emi 7 das no estrangeiro sao legalizadas nos termos previstos no Cédigo de Processo Civil. 6. Em caso de duvida sobre a autenticidade do contetido de documentos emitidos no estran- geiro, pode ser solicitada as autoridades emi- tentes a confirmagao da sua autenticidade, sen- do os encargos dai resultantes suportados pelos interessados ARTIGO 28.° Postos de atendimento Por despacho do Ministro da Justiga podem ser criados postos de atendimento da Conser- vatéria dos Registos Centrais, que constituem extenstes da mesma entidade, junto de outras pessoas colectivas publicas. SECGAO II TRAMITAGAO DOS PROCEDIMENTOS ARTIGO 29° Tramitagao e deciséo dos pedidos A conservatoria dos Registos Centrais, no prazo de 30 dias contados a partir da data da re- cepgao das declaragées para fins de atribuica aquisigao ou perda da nacionalidade: a. Analisa sumariamente 0 processo e, caso © auto de declaragdes contenha deficién- cias ou ndo se mostre devidamente instrut- do com os documentos necessarios, notifi- cao interessado para, no prazo de 15 dias, suprir as deficiéncias existentes, bem co- mo promove as diligéncias que considere necessérias para proferir a decisao; b. Analisa sumariamente as declarages que tenham sido prestadas nos termos previs- tos no n.°2 do artigo 23.° e, no sendo caso de indeferimento liminar, procede de acor- do com 0 previsto na alinea anterior. 2, Conclulda a instrugao, o conservador profe- re decisao, no prazo de 30 dias, autorizando a feitura do registo, sendo caso disso. 3. Se, pela analise do processo, o conserva dor concluir que vai ser indeferida a feitura do registo, notifica o interessado dos fundamentos que conduzem ao indeferimento do pedido para, no prazo de 15 dias, este dizer o que se Ihe ofe- recer, devendo dessa notificagao constar a hora @ 0 local onde o processo pode ser consultado, 4, Decorrido 0 prazo previsto no némero an- terior, 6 apés tor sido analisada a eventual res- posta do interessado, 0 conservador profere do- cisdo fundamentada, autorizando ou indeferindo a feitura do registo. 5. Nos casos de aquisigao da nacionalidade, por efeito da vontade ou por adopeao, 0 disposto 8 2.° SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPUBLICA DA GUINE-BISSAU N.° 8 nos numeros anteriores é aplicdvel, com as ne- cessérias adaptacdes, de forma a nao ser preju- dicado o direito de oposigao. 6. Sem prejuizo do disposto nos ntimeros an- teriores, aos processas de atribuicao da naciona- lidade, neles se incluindo a inscrigéo de nasci- mento no registo civil guineense, bem como de aquisigao da nacionalidade por efeito da vontade ou por adopgao e de perda da nacionalidade, é aplicavel, com as necessarias adaptagées, 0 dis- posto no Cédigo do Registo Civil. ARTIGO 30° \géncias oficiosas 1. Sempre que tenha sido requerida a atribui- ¢80, aquisicao ou perda da nacionalidade, pode o conservador dos Registos Centrais determinar as diligéncias que considere necessarias para proferir a decisdo 2. Caso se verifique estar pendente acgao de que dependa a validade do facto que serve de fundamento a nacionalidade que se pretende re- gistar, é sustada a feitura do registo, até que seja apresentada certidao da sentenca judicial com transito em julgado. 3. Pode, de igual modo, ser sustado 0 procedi- mento de atribuicdo ou aquisicao da nacional dade guineense sempre que se suscitem divi das fundadas sobre a autenticidade de docu- mentos emitidos no estrangeiros ou se encon- trem pendentes diligéncias oficiosamente pro- movidas pelo conservador. 4. A verificagao dos requisitos de que depen- de a aquisigao da nacionalidade guineense por efeito da vontade, por adop¢ao au por natural zagdo pode ser objecto de diligencias para a sua confirmagao até a0 momento da decisao final SECGAQ III ENCARGOS DOS ACTOS E CERTIFICADOS DE NACIONALIDADE ARTIGO 31.2 Emolumentos Pelos actos relativos a atribuigao e perda da nacionalidade so cobrados os emolumentos previstos na tabela aprovada pelo Ministro da Justiga ARTIGO 32° Certificado de nacionalidade 1. Os certificados de nacionalidade sao pas- sados pela Conservatoria dos Registos Centrais a requerimento dos interessados. 2. Havendo registo de nacionalidade, o certi- ficado é passado com base no respective regis- to. 3. Se ndo existir registo de nacionalidade, o certificado ¢ passado com base no assento de nascimento do interessado. 4, No caso previsto no numero anterior, 0 re- querimento é instrufdo com certidao do registo de nascimento. 5. Nos certificados de nacionalidade é feita expressa referéncia 4 natureza do registo em face do qual so passados. 6. Sempre que o registo de nascimento ou de nacionalidade enferme de irregularidade ou defi- ciéncia, ainda nao sanada, que possa afectar a prova da nacionalidade, no cettificado é mencio- nada essa circunstancia CAPITULO II REGISTO CENTRAL DA NACIONALIDADE ARTIGO 33° Actos sujeitos 2 registo obrigatério E obrigatorio o registo, na Conservatoria dos Registos Centrais, das declaracées para atri- buigda, aquisigaio e perda da nacionalidade, bem como da naturalizagio de estrangeiros ARTIGO 34° Registo da nacionalidade © registo da nacionalidade pode ser efectuado emlivro ou em suporte informatica, sendo aplica- vel, com as necessarias adaptagées, o disposto no Cédigo do Registo Civil ARTIGO 35° Forma de lavrar os registos 1. Os registos de atribuigao, aquisigao e per- da da nacionalidade sao efectuados por aver- bamento quando 0 registo de nascimento seja simultaneamente lavrado na Conservatoria dos Registos Centrais ou ia se encontre arquivado, 2. Fora do caso previsto no nlimero anterior, 0 registos de atribuicdo. aquisi¢ao e perda da nacionalidade sao lavrados por assento. 3. O nos numeros anteriores nao se aplica & atribuigdo da nacionalidade mediante inscricao de nascimento no registo civil guineense ou & aquisi¢&a mediante adopgao, por efeito da lel ARTIGO 36.° Assentos de nacionalidade 1. Os assentos de nacionalidade sao lavrados por transcrigéo, sem intervengao dos interessa- dos. 2. Os ragistos de nascimento, ainda que atri- butivos da nacionalidade e os registos de nacio- nalidade sao assinados por conservador ou por oficial dos registos. 23 DE FEVEREIRO DE 2011 ARTIGO 37° Transcri¢go e Inscrigao do registo de nascimento 1. Excepto nos casos em que 0 hascimento do interessado ja conste do registo civil guineense,, 6 transcrita a certidao do seu registo estrangei- ro de nascimento, a fim de que, seguidamente, seja efectuado 0 registo da nacionalidade. 2. Se aquele que adquiriu a nacionalidade nao puder obter a certidao.a que se refere o nt- mero anterior, pode requerer a inscrigéo do seu nascimento mediante declaragao. 3. Além do registo de nascimento, sao obriga- toriamente transcritos no registo civil guineen- se todos os actos de estado civil lavrados no es- trangeiro ¢ referentes a individuos a quem tenha sido atribuida a nacionafidade guineense ou @ 2¥2 2 tenha adquitido ARTIGO 38.° Requisitos dos assentos © texto dos assentos de nacionalidade con- tem a. Ndmero de ordem, dia, més e ano em que 80 lavrados, bem como a designagao da conservatéria; b. Onome completo, anterior e posterior alte- raga da nacionalidade, quando diversos, data donascimento, filiagdo, naturalidade e nacionatidade anterior do interessado, se conhecida; ¢. O nimero e ano do assento de nascimento do interessado e a indicagao da conserva- t6ria em que se encontra, quando lavrado no registo civil guineense; 4. O facto registado, 0 seu fundamento legal 08 seus efeitos; ©. A categoria do funcionario que os subscre- ve ¢@ sua assinatura ARTIGO 39° Requisitos dos averbamentos Quando forem lavrados por averbamento, 03 registos de nacionalidade contém: ‘a. O facto registado, 0 seu fundamento legal e 08 seus efeitos; b, © nome completo anterior ou posterior a alteragao da nacionalidade, quando sejam diversos 6. A categoria do funcionario que os subscre- ve € a sua assinatura ARTIGO 40.° Mengées dos registos em’caso de naturalizacao Nos registos de aquisi¢ao da nacionaiidade, por naturalizagao, 6 mencionada a deciséo que tenha concedido a nacionalidade e a respectiva data ARTIGO 41.° Averbamento ao assento de nascimento Sempre que sejam lavrados por assento, os registos de nacionalidace sao averbados na se- quéncia do assento de nascimento. ARTIGO 42° Rectificagao, declaracdo de inexisténcia ou de nulidade e cancelamento dos registos 1. Aos registos de nacionalidade, ainda que mediante inscrigao de nascimento no registo civil guineense, a sua rectificacao, declaracaode ine- xisténcia ou de nulidade, bem como ao seu can- celamento so subsidiariamente aplicaveis as. disposigdes contidas no Cédigo do Registo Civil. 2. Quando no ambite da rectificagao, deciara- a0 de enexisténcia ou de nulidade ¢ cancela mento dos registos se suscitem dividas quan- to & identidade do titular, s40 competentes os tri- bunais administrativos, sempre que esteja em causa a nacionalidade do interessado. 3. Adecisao do conservador, proferida em pro- cesso de justificacao, é objecto de reace3o con. tenciosa para os tribunais administrativos, nos termos do Cédigo de Processo nos Tribunais Ad- ministrativos, sempre que esteja em causa a na- cionatidade do interessado. TITULO IH OPOSIGAO A AQUISIGAO DA NACIONALIDADE POR EFEITO DA VONTADE OU DA ADOPGAO E CONTENCIOSO DA NACIONALIDADE CAPITULO | OPOSIGAO A AQUISIGAO DA NACIONALIDADE. ARTIGO 43° Fundamento, legitimidade e prazo 1. © Ministério Publico promave nos tribunais administrativos a acgao judicial para efeito de ‘oposigan a aquisico da nacionalidade, por efel to da vontade ou por adop¢do, no prazo de um ano a contar da data do facto da que depende a aquisi¢ao da nacionalidade. 2. Canstituem fundamento de oposicdo a aquisigao da nacionalidade guineense, por ef to da vontade ou adopgao: a. Ainoxisténcia de ligagao efectiva a comuni- dade nacional: b. A condenagao, com transito em julgado da sentenga, pela pratica de crime punivel com pena de prisio de maximo igual ou superior um ano, segundo a lei guineense. c. Oexercicio de fungées publicas sem carac- ter predominantemente técnico ou a pres- 10 2.° SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA REPUBLICA DA GUINE-B/SSAU N.° 8 tag&o de servica militar nao obrigatério a Estado estrangeiro. ARTIGO 44° Declaragdes e documentos relatives aos factos que constituem Fundamento de oposicao 1. Quem requeira a aquisigao da nacionalida- de guineense, por efeito da vontade ou por adop- 40, deve pronunciat-se sobre a existéncia de fi- gacao efectiva a comunidade nacional e sobre o disposto nas alineas b) e c) do n.° 2 do artigo anterior. 2. Exceptua-se do disposto no numero ante- rior a aquisigao da nacionalidade por parte de quem a tenha perdido, no dominio do direito an- terior, por efeito do casamento ou da aquisigao voluntaria de nacionalidade estrangeira. 3. Para efeito do disposto no numero 1, 0 in- teressado deve: a. Apresentar certificados do registo criminal emitidos pelos setvicos competentes do pais da naturalidade e da nacionalidade, bem como dos paises onde tenha tido e tenha a sua residéncia; b. Apresentar documentos que comprovem a natureza das fungdes puiblicas ou do sen 0 militar prestados a Estado estrangeiro, sendo caso disso. 4. A declaragao é ainda instrulda com certifi cado do registo criminal guineense. 5. Ministro da Justiga pode, mediante reque- rimento do interessado, fundamentado na im- possibilidade pratica de apresentagao dos docu- mentos reteridos na alinea a) do n.° 3, dispensar a sua jungdo, desde que nao existam indicios da verificacdo do fundamento de oposigao a aquisi- Ao da nacionalidade, que esses documentos se destinavam a comprovar. 6. Sempre que o conservador dos Registos Gentrais ou qualquer outra entidade tiver conhie- cimento de factos susceptiveis de fundamen- tarem a oposi¢ao a aquisi¢ao da nacionalidade, por efeito da vontade ou por adopgao, deve par- ticipa-los ao Ministério Publico, junto do compe- tente tribunal administrativo, remetendo-Ihe to- dos 08 elementos de que dispuser. 7. O Ministério Publico deve deduzir oposi- 680 nos tribunais administrativos quando rece- pagdo prevista no numero anterior. ARTIGO 45.° Tramitacao Aprasentada a peticao pelo Ministério Pabl co, 0réué citado para contestar, nao havenda tu- gar a mais articulados ou alegagoes escritas ARTIGO 46° Decisao 1, Findos os articulados, é 0 pracesso, sem mais, submetido a julgamento, excepto se 0 juiz ou telator determinar a realizagao de quaisquer diligéncias. 2. Concluindo-se pela procedéncia da oposi- 40 deduzida, ordena-se 0 cancelamento do re- gisto da nacionalidade, caso tenha sido lavrado. ARTIGO 47.2 Meio processual Em tudo 0 que nao se achar regulado nos artigos anteriores, a oposigdo segue os termos da acgao administrativa especial, prevista no Cédigo de Processo nos Tribunals Administrati- vos. CAPITULO II e CONTENCIOSO DA NACIONALIDADE ARTIGO 48.° . Legitimidade e prazo 1. Tem legitimidade para reagir contenciosa- mente contra os actos e omissées praticadas no Ambit dos procedimentos de atribuisao, aquisi- 0 ou perda da nacionalidade, sem sujei¢ao a pra-zo, quem alegue ser titular de um interesse directo e pessoal e o Ministério Publico, excepto no que respeita & reac¢ao contenciosa contra indeferimento liminar, 2. O indeferimento liminar pode ser objecto de reaceao contenciosa para os tribunais admi nistrativos, nos tetmos do Cédigo de Processo nos Tribunais Administrativos. ARTIGO 49.° Meio processual ‘Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, a reaceao contenciosa contra quaisquer actos re- lativos a atribuigao, aquisicao ou perda da nacio- nalidade quineenso segue os termos da accao. administrativa especial, regulada no Cédigo de Processo nos Tribunais Administratives. ARTIGO 50° Poderes de pronancia do tribunal Sempre que o tribunal decida em contrario da nacionalidade que resulta de registo de nasci- mento ou de nacionalidade deve ordenar 9 can- celamento ou a rectificagao do registo, conforme caso CAPITULO III OISPOSIGOES FINAIS ARTIGO 51° Resolugao de duvidas ‘As duvidas que surgirem na interpretacao e aplicagao do presente regulamento serao resol- vidas pelo Ministro da Justica.

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