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Estamos perante um sociedade comercial onde vigora o principio da

tipicidade, rege o principio da liberdade contratual mas dentro dos perímetros


consagrados na lei, é uma sociedade comercial porque tem como objecto a pratica
de actos de comercio e adopta um dos tipos de sociedades disposto no art. 1º nº 2
csc.
Para encontrarmos uma definição de soc. Comercial temos que recorrer ao
art. 980º CC (soc. civil) cuja diferença será no objecto, que é a prática de actos de
comércio e na forma, pois adoptam 1 das 4 formas descritas no art.1º nº2 do CSC,
ou seja: Anónimas, Quotas, Nome colectivo, Comandita.
A escritura pública das sociedades é um acto constitutivo das sociedades.
Podem também ser constituídas por decretos-lei, sentença judicial e contrato
particular.
Dos elementos de contrato devem constar os requisitos do disposto no art.
9º csc.
Neste caso em concreto falamos de uma sociedade … art. 9º nº 1 b) csc
que remete para o art. 1º nº 2 csc.
S.Q. tem um capital social de … dividido em x quotas com o valor y por z sócios.
S.A. tem um capital social de … dividido em x acções com um valor nominal de y.
(art.276º csc)

Verificamos do nome/firma da sociedade comercial que é uma sociedade x


(S.Q. sigla “Lda.” art. 200º; S.A. sigla S.A. art. 275º), art. 9º nº 1 c) csc) conjugado
com o art. 54º rnpc. Os requisitos encontram-se no art.10º conjugado com o art. 37º
rnpc.
A sociedade tem como objecto comercial, isto é, como actividade
principal geradora de lucros …, art. 9º nº1 d) conjugado com o art. 11º csc
O regime da responsabilidade vem consagrado no art. (S.Q. 197º csc);
(S.A. 271º csc), há uma divisão do capital social em (quotas ou acções), existe uma
responsabilidade dos sócios pelas entradas na altura do acto constitutivo (art.20º a)
csc). Vigora o principio da autonomia patrimonial, quer dizer, apenas o património
social responde pelas dividas da sociedade, a sociedade passa a ter património
próprio, sendo ele e só ele que responde pelo cumprimento das obrigações, fazendo
a separação da personalidade jurídica dos sócios em relação à da sociedade (art.
197º nº 3 csc – S.Q. // art. 271º csc - S.A.).
O montante mínimo do capital social é de…(S.Q. – art. 201º csc - valor
nominal mínimo por quota art.219º nº3 csc // S.A. – art. 276º nº 3 csc – valor
nominal mínimo por acção art.276º nº2 csc), é um dos requisitos essenciais porque
vem consagrado no art. 9º nº1 f) csc => art. 14º csc, tem que ser expresso em
moeda com curso legal em Portugal. O valor nominal da (quota/acção)
integralmente realizada (art. 25º csc) foi em (numerário ou numerário e espécies),
já que não são permitidos sócios de indústrias (S.Q. – art. 202º csc // S.A. – art.
277º csc). O número mínimo de partes vem consagrado no art. 7º csc sendo para as
S.Q. duas pessoas (excepto: S.A. cinco pessoas – art. 273º nº1 csc // S.U. – art.
270-A nº1 csc).

Como outro elemento essencial temos, também, a sede (art. 9º nº1 e) csc),
que é o centro de actividade principal da sociedade. Os requisitos constantes deste
elemento vêm consagrados no art. 12º csc e deve ser registada na conservatória da
área do concelho da sede da sociedade.

Relativamente aos sócios, como partes da constituição de uma sociedade,


têm que possuir capacidade e personalidade jurídica.
Nomeadamente as sociedades também adquirem capacidade e
personalidade jurídica. Personalidade (Art.5º csc), A personalidade jurídica fica
dependente de todo o processo de registo e só depois de concluído é que a
sociedade ganha personalidade. Após o registo a sociedade passa a ser considerada
como comerciante, tem o seu nome (firma), órgãos, estatutos (lei interna). Para
além disso é dotada de um património próprio e autónomo, diferente do dos seus
sócios e que serve para a prossecução dos seus fins;
Capacidade (Art.6 csc + 160º cc), A capacidade jurídica é a medida dos
direitos e obrigações de que as sociedades podem ser titulares. A sociedade tem
capacidade jurídica para demandar e ser demandada em juízo (âmbito também da
personalidade).
Princípio da especialidade (art.160º cc + 67º cc), o primeiro artigo
estabelece a ideia da capacidade das pessoas colectivas ser limitadas à prossecução
do seu fim e o art.6º csc vai também nesse sentido.
Qualquer acto praticado fora do nº1 e 2 do art.6º csc é nulo, o mesmo já
não se passa quando o acto sai fora do âmbito do órgão que o praticou, já que uma
coisa é um órgão praticar um acto para o qual não está autorizado, este não vincula
a sociedade enquanto esta não o ratificar ou então a sociedade não tem capacidade
para praticar esse acto.

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