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Introdução
Olá,
Bons estudos!
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Princípios e Linguagem Visual
A palavra visagismo vem de visage que em francês significa “rosto” e surgiu em Paris,
no ano de 1937, através do francês Fernand Aubry, que foi um cabeleireiro e maquiador
muito conceituado, foi quem definiu o visagismo como arte, através do seu trabalho
que buscava combater a uniformização da imagem, indo contra a imposição da moda
e das tendências. Porém, sabe-se muito pouco a respeito, pois ele não deixou quase
nada escrito, não tem matérias, livros, apenas algumas frases escritas, ou seja, temos
pouco conteúdo literário referente às suas ideias frente à essa arte.
Existem nas literaturas várias definições para o termo Visagismo e, dentre elas, podemos
conceituá-lo, de maneira breve, como a arte de se criar imagem personalizada de uma
pessoa, através da aplicação de técnicas específicas capazes de traçar as diversas
características pessoais com o intuito de promover o embelezamento e bem-estar
nas pessoas através de uma promoção da conexão com o seu interior e exterior. No
decorrer do nosso estudo, vamos nos aprofundar no conhecimento dessas técnicas,
por meio da análise de alguns conceitos importantes, pertinentes ao visagismo,
como a história da imagem pessoal, conceitos de beleza e estilo, de personalidade,
temperamento, pessoas e, também, da análise mais focada do temperamento, que é
fundamental para o sucesso no resultado final da aplicação desta arte, o Visagismo.
As grandes cidades em seus contextos com seu cenário voltado para o crescimento
da cultura em massa, diretamente relacionados ao aumento da produção industrial e
ao capitalismo, isto é, o contexto das grandes cidades com suas fábricas e circulação
de produtos e de pessoas, possibilitaram uma “audiência em massa”, juntamente com
a atmosfera de excitação visual e sensorial” (CHARNEY; SCHWUARTZ, 2004).
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Essa classe começou a se posicionar contra a cultura, ou seja, apresentavam ideias que
iam contra a classe dominante, questionando qual o estilo eles iriam ter, expressando
seus próprios princípios e valores, diferenciando-os da classe dominante.
Linguagem Visual
A linguagem visual teve seu início no século VI a.C. pelos gregos da Antiguidade, que
buscavam algo a mais além das imagens simbólicas usadas nos rituais pelos egípcios.
Os artistas europeus foram os primeiros a utilizarem os novos conhecimentos, os
italianos do Quattrocento (período referente ao século XV). Logo após, os artistas
florentinos como Leonardo da Vinci (1952-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael
Sanzio (1483-1520), com a arte do realismo, através de novas descobertas: cor,
luz e anatomia, criando pela primeira vez imagens com muito realismo, volume e
profundidade.
Formatos de rosto
• Rosto oval
• Rosto redondo
• Rosto quadrado e retangular
• Rosto triangular
• Rosto hexagonal
• Rosto em losango
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As Cores no Visagismo
Outro conceito importante da linguagem visual é o das cores. A construção da
harmonização de um indivíduo é construída a partir do estudo relacionado às cores,
as tonalidades de maquiagem, aos tons de pele e de cabelo, o corte do cabelo e
sobrancelhas. Segundo Hallawell (2009), “existe uma relação entre o tom de pele, a cor
natural dos cabelos, a cor dos olhos, o temperamento da pessoa e, ainda, o formato do
rosto, que na consultoria de beleza, sugere-se que se faça”.
Posteriormente, Robert Door (1905-1980) criou outro sistema de cor, denominado Color
Key (1930), classificando as cores no visagismo em duas categorias de temperatura:
a quente e fria. No entanto, essa classificação serve apenas para peles claras. Para
as peles negras, essa classificação de cores deve ser adaptada. Em seu livro, Jean
Patton classifica a pele negra em seis grupos: nilo, blues e saara (frias), calipso, jazz
e spike (quentes).
As peles brancas também são classificadas pelas estações: verão e inverno (peles
frias), primavera e outono (peles quentes).
Hallawell (2009) afirma que os profissionais que mexem com a imagem, especialmente
na área da imagem pessoal, não têm escolha; seu trabalho afetará as pessoas
psicologicamente, podendo mudar até o seu comportamento, de forma positiva ou
negativa.
Desde o início do século XXI, o culto pela beleza vem se ampliando significativamente
pelas mulheres e passa a ser também desenvolvido pelos homens que buscam cada
vez mais os estabelecimentos de beleza e de estética para melhorar sua imagem
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pessoal. Adolescentes e crianças, em número também crescente, aumentam as
estatísticas do culto à beleza e à estética (Silva et al., 2007).
Por sua vez, Aristóteles discorda de Platão, pois, para ele, o conceito de belo está
relacionado à proporcionalidade, à claridade e a simetria, ou seja, belo é tudo aquilo
que não é desproporcional, tudo que é claro e simétrico.
Já na era Medieval, temos o filósofo Santo Agostinho, que entende o belo assim como
Platão, mas de maneira adaptada ao cristianismo: considera tudo que é belo aquilo
que se aproxima do divino, ou seja, quanto mais próximo de Deus mais se reflete a
beleza do divino, e quanto mais longe de Deus, menor o reflexo.
O escritor italiano Tomás de Aquino foi um filósofo cristão, que entende o belo da
mesma forma que Aristóteles: belo é tudo o que é completo, simétrico, nítido ou claro.
Beleza e o Iluminismo
Para Kant, o conceito do belo é inquestionável, ele diferencia o belo do sublime, ou seja,
o belo não depende da minha interpretação, é belo em si mesmo, para todo mundo é
algo inquestionável.
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Beleza e o Romantismo
Estilo
O conceito de estilo tem origem no termo latim stills, que vem do grego. Pode ser usada
em vários conceitos, reportando-se ao desenho, à arte, ao modo de se expressar, moda,
decoração, manifestações culturais (hippie, rock), informática, arquitetura (estilos de
construções).
Em outras palavras, estilo pode ser caracterizado por uma característica, um traço ou
uma escolha; é um conjunto de tendências em uma época específica, porém não são
obrigatórias, podendo essas tendências serem constantemente revistas e adaptadas
à cada pessoa.
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Temperamento
Personalidade
Análise do Temperamento
Segundo Hallawell et al. (2009), os temperamentos são conceitos fundamentais na
prática do visagismo na caracterização das pessoas. Entre os conhecimentos desta
área existe um específico, que caracteriza as pessoas em tipos cromáticos, cuja
nomenclatura está ligada às estações do ano − classificação esta realizada conforme
algumas características físicas. Cada tipo cromático, por sua vez, é relacionado com
um determinado temperamento (sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático).
Através desta relação, é possível particularizar as características individuais e facilitar
o trabalho do visagista ao expressá-las através da imagem.
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No entanto, parece que há realmente uma correlação entre a aparência de
uma pessoa e sua personalidade. Tanto que, como já foi visto, o sistema de
classificação das cores das pessoas em tipos quentes e tipos frios surgiu
da observação de Johannes Itten de que as pessoas geralmente pintam
com as cores que correspondem ao seu tipo físico. (HALLAWELL, 2009)
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Atenção
Ao classificarmos as pessoas em visual, cinestésica e auditiva,
perceba que há uma relação entre essa classificação e as cores
de pele. Os tipos frios – verão e inverno – podem ser considerados
intelectuais, no tipo visual; enquanto os tipos quentes – primavera
e outono – são intuitivos ou emocionais, o que corresponde aos
tipos auditivos e cinestésico.
Observar
Abstrair
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Reconhecer padrões
Estabelecer analogias
Evocar imagens
Formar Padrões
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Pensar com o corpo
Pensar com o corpo são pensamentos que podem ser sentidos e compreendidos
como conceitos, mas não podem ser explicados verbal ou visualmente.
É a materialização do que se sente, do conceito, expressas em formatos,
temperaturas, textura daquilo que foi desenhado. Tudo isso é pensar com o
corpo.
Brincar
Criar modelos
Sentir empatia
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Transformar
Sintetizar
Para finalizar, é importante que o visagista seja criativo, através da busca por
conhecimento e interesses variados, combinando os interesses adquiridos
de várias áreas diferentes. Uma característica de pessoas criativas é ter o
interesse e conhecimentos variados, pois proporcionam uma maior quantidade
de informação e possibilidade de usar informações de uma área na outra.
Saiba mais
Philip Hallawell é um artista plástico e não tinha envolvimento com
a área da beleza e mesmo assim iniciou sua trajetória de sucesso
com o Visagismo no Brasil a partir de um convite que, segundo
ele, despretensioso, feito pelo Senac (SP), de criar uma apostila
de estudos sobre o Visagismo. Philip fez um trabalho tão bom que
a sua apostila acabou se tornando um livro, editado pela própria
editora Senac.
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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de:
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Referências
FISCHER, A. F.; PHILLIPI, K.; MACEDO, C. A. A importância do visagismo para a
construção da imagem pessoal. 2010. Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/
Ana%20Flavia%20Fischer,%20Karine%20Phillipi.pdf. Acessado em: 21 fev. 2020.
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