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PROJETO MULTIDISCIPLINAR

Introdução a estética
Autor – Maisa Alves De Almeida Rocha
Curso do Centro Universitário ETEP
em Convênio Interinstitucional com a Faculdade UniBF
Curso: Estética e Cosmética
Data de início no curso: 12/01/2023
Data de envio do trabalho: 14/08/2023

RESUMO
A estética no sentido filosófico e como a estética é entendida nos dias de hoje .
Como a sociedade no decorrer dos anos se compara e se preocupa cada dia mais
em alcançar um padrão que a cada dia fica mais longe da realidade da maioria , e
assim , acabando com sua saúde mental .

Palavras-chave: estética; mental ; padrões

1 INTRODUÇÃO

Introdução a estética

A palavra estética deriva do grego “aisthesis”, significando faculdade de sentir ou


compreensão pelos sentidos, ou ainda percepção totalizante.
Neste sentido, a estética é o ramo da filosofia que se ocupa da interpretação
simbólica do mundo, simultaneamente é uma ciência autônoma que tem por objeto o juízo
de apreciação que distingue o belo e o feio.
No entanto, a área é ainda mais ampla, pois possui subdivisões, como a estética
teórica, a qual procura características comuns na percepção do objeto, o que o torna, por
exemplo, universalmente agradável.
A estética estuda também a arte, estabelecendo uma critica a estrutura e
construção do objeto, dentro do âmbito da estética prática ou particular.
Pensando assim, podemos afirmar que a estética discuti o gosto, um conceito
ligado ao julgamento dos objetos pela sensibilidade, conhecimento e reconhecimento.
Concepções categorizadas pelo senso comum como preferência, mas que depende
de valores, contextos, momentos históricos; estando subordinada igualmente à política e
ideologia.
O gosto, por sua vez, remete a questão da definição de belo, uma discussão
filosófica que se arrasta desde a antiguidade.
A questão da beleza, embora envolva uma grande relatividade, com respostas
diferentes para cada individuo, instigou os filósofos ao longo da história, fundando
algumas tradições que influenciaram a conceituação em torno do belo até hoje.
Segundo a corrente platônica, o belo existiria em si, a partir de uma essência ideal,
objetiva, independente do gosto.
Esta tendência compôs o ideal universal de beleza, dominando a arte da
antiguidade até o século XVII.
Em oposição, no século XVII, os empiristas originaram outra tradição, o belo
tornou-se relativo, subjetivo, circunscrito ao gosto de cada um, a maneira como cada
sujeito percebe o objeto.
O que criou uma oposição que seria resolvida parcialmente por Kant, no século
XVIII, para quem a objetividade está no objeto e a subjetividade no sujeito.
Portanto, o belo existe em si, no objeto, mas nem sempre é percebido por aquele
que não foi educado para apreciar a beleza, tal como um critico de arte.

2 CORPO DO TRABALHO

O aumento na procura do corpo perfeito

No decorrer da história da humanidade, os padrões de beleza se alternaram. Um clássico


exemplo são as artes renascentistas, que mostram, por exemplo, corpos de mulheres
com o quadril largo, seios grandes e ombros largos.

Nos dias atuais, porém, há uma forte valorização de corpos magros, principalmente pela
mídia, que muitas das vezes são padrões difíceis de serem alcançados pelas pessoas.

Sendo assim, a indústria estética vem lucrando cada vez mais, procurada por pessoas
que buscam fazer parte desse padrão de beleza idealizado pela sociedade.

Incentivar a transformação do corpo para que a sociedade viva pela beleza e pelo
consumo não é novidade. Seja para pertencer a um grupo, parecer saudável ou agradar
aos outros, a geração atual está cada vez mais adepto de melhorar sua aparência por meio
de mudanças invasivas.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A influência das redes sociais com o aumento da procura por


procedimentos estéticos

No Brasil, são realizadas, por ano, cerca de 1,5 milhão de cirurgias plásticas como o
implante de prótese mamária, rinoplastia e lipoaspiração. Além delas, são também
realizados mais de 1 milhão de procedimentos pouco invasivos como a aplicação de
toxina botulínica, preenchimento facial e bioestimuladores de colágeno. Cerca de 8 em
cada 10 pessoas que realizam algum procedimento, cirúrgico ou não, são mulheres. E
um dos motores para esse alto índice de intervenções corporais é a mídia digital,
apontam especialistas da Medicina e Desenvolvimento Web.
As identidades são “naturalmente fragmentadas e as mídias sociais vieram como uma
forma de relacionamento que contempla a construção dessas personas”, sintetiza Larissa
na monografia. Desse modo há influência nas ‘duas vidas’, e uma busca por se
enquadrar no contexto maior.
Hoje, é no espaço virtual que circulam os mais diversos conteúdos sobre beleza,
estética, maquiagem, procedimentos, cirurgias, entre outros. Isso tudo influencia para
que as mulheres, principalmente, estejam insatisfeitas com a aparência.
As redes sociais contam com um conjunto de regrinhas, os chamados algoritmos, que
são responsáveis por determinar quais conteúdos aparecem para cada usuário em
específico. Um algoritmo, por exemplo, considera os tipos de leituras que você fez no
passado e os links que está mais propenso a clicar para escolher os conteúdos que
aparecerão em sua linha do tempo, feed ou timeline. Se você interagir com algo
relacionado a procedimentos de beleza ou maquiagem, por exemplo, recomendará
publicações sobre isso com frequência.
A construção da identidade pessoal tem muito a ver com a estética hoje em dia e a
partir do momento em que se vê outras pessoas mostrando o próprio rosto e corpo o
tempo todo, isso estimula a dúvida sobre como está seu próprio corpo.
As redes sociais deixaram de ser apenas uma forma das pessoas se manterem em
contato, e passaram a ser fonte de informação, publicidade e entretenimento.
Essas redes sociais têm relação íntima com uma das profissões que mais se
popularizou nos últimos anos, a dos chamados influencers. Essas pessoas têm seu
público a partir do segmento que adotam , seja falando sobre moda, maquiagem, estilo
de vida ou outros assuntos ,e podem exercer influência na tomada de decisão de seus
seguidores. Por isso eles têm sido contratados por empresas, que vão de grandes marcas
a pequenas lojas e brechós, para divulgar produtos e serviços.
Hoje é comum ver propagação de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos,
principalmente quando as próprias influenciadoras passam por esses tipos de
intervenções. Nas postagens elas relatam a seus seguidores como foi o processo, qual
médico a realizou, quais os valores e até apresentam fotos de antes e depois do
procedimento, algo que os próprios médicos são proibidos de fazer.
Cirurgias plásticas e procedimentos estéticos podem trazer benefícios como a
melhora da autoestima e do humor ou mesmo uma maior segurança em relação a sua
aparência, porém, os riscos precisam ser igualmente avaliados

4 CONCLUSÃO

A perca da saúde mental para a conquista de um padrão criado pela


sociedade

Hoje, dispomos de inúmeros recursos como iluminação, filtro e aplicativos que


manipulam a imagem. Qualquer pessoa agora pode ter uma barriga mais sarada, um
rosto lisinho e sem imperfeições, nariz fininho e empinado e lábios mais carnudos em
poucos cliques.
Sabemos que as redes sociais raramente são reais, especialmente quando há
dinheiro envolvido. Isso não serve apenas para fotos de corpos “ideais”, serve para
fotografias de viagens incríveis, pratos de comida ou alguma coisa bacana.
A linha entre a motivação para uma vida melhor e a inferiorização é muito tênue.
Mesmo sabendo que a vida na internet é apenas um trecho, nos deixamos enganar e
acreditar que aquela perfeição exposta é real e acabamos definindo um ideal
inalcançável.
A estética tem os dois extremos. Ela possibilita corrigir imperfeições fazendo
com que a pessoa tenha melhor autoestima, mas quando há uma distorção ou exagero,
passa a ser prejudicial trazendo desconforto psicológico.
Cada pessoa possui características únicas (tipo de pele, hábitos de vida, peso, altura e
genética) e querer replicar um ponto físico de alguém também é muito complicado. A
cirurgia plástica visa corrigir imperfeições, apresentando a melhor versão do paciente.
Essa análise é necessária principalmente no caso da população brasileira, que tem
uma origem através de uma miscigenação de povos; os indígenas, africanos e europeus.
Com essa miscigenação é difícil estabelecer somente um padrão de beleza.
muitas vezes, ao tratar transtornos dismórficos e alimentares, depressão e tantos
outros problemas do tipo, a vontade de fazer uma plástica pode desaparecer .
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.nsctotal.com.br/noticias/redes-sociais-influenciam-a-busca-por-
procedimentos-esteticos

https://fsssacramento.br/arquivos/trabalhos/psi/tcc12.pdf

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