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Sumário
Introdução ........................................................................................................ 3
Ponto .......................................................................................................... 13
Formas de representação do ponto ........................................................ 14
Linha .......................................................................................................... 15
Classificação .......................................................................................... 15
A forma ...................................................................................................... 18
Formas básicas ...................................................................................... 18
Tom ............................................................................................................ 24
Fundamentos da composição ........................................................................ 25
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 29
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NOSSA HISTÓRIA
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Estética Da Arte
Introdução
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conceito de estética ficou durante muito tempo atrelado a beleza, atualmente, ocorreu
um rompimento, tornando-se supérfluo, pois a questão do belo depende da cultura
em que o indivíduo está inserido.
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A estética ao longo da história
Cada época, cada movimento artístico, cada filosofia, logo que surgiam novas
concepções era substituída, revista ou rejeitada, por novos conceitos sobre forma e
conteúdo em arte, desse modo, falar de estética é demasiado complexo. Na tentativa
de analisar e compreender os conceitos estéticos convém retomar os conceitos de
estética construídos historicamente de maneira a apresentar suas principais
manifestações.
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arte, tal qual como a política, a guerra, a medicina, a justiça etc, principalmente pelo
caráter virtuoso das narrativas.
Para Aristóteles, o belo é visto como algo de bom, ao lado do belo moral
encontra-se o belo formal, assim, o belo e a moral é uma estética do bem. Ele foi
influenciado pelas teorias matemáticas de Pitágoras, considerava a percepção da
beleza ocorre entre os sentidos e o intelecto e resulta de um perfeito equilíbrio de uma
série de elementos. Assim, considerava que só existe beleza se há simetria; que as
formas supremas do belo são está em conformidade com as leis, da simetria e da
determinação. Aristóteles, criou duas importantes concepções que influenciou a
reflexão sobre estética: a arte é uma imitação (mímesis) da natureza e a arte é um
meio de purificação (catharsis) dos sentimentos.
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Inicialmente, apresenta-se a concepção de Leibniz, segundo Bayer (1978), a
filosofia europeia foi influenciada pelas concepções de Leibniz. Ele considerava que
é na harmonia que percebemos o belo e o universo é apenas o reflexo da própria
harmonia interior do homem, sendo o universo, “um conjunto harmonicamente
acabado, pois, todo o universo é dominado por uma visão estética e reintegra o
novamente o sentido de Belo e que o domínio estético não é um domínio original,
mas, conhecimento do perfeito” (Idem, p.174) .
Na verdade, Leibniz criou suas teorias dentro de uma psicologia estética, para
ele, o estado artístico surge das próprias pessoas e toda estética dá sempre à forma
em lugar importante e a substância formadora apela para uma estética, a criação.
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regras para beleza estética e o estudo do que experimenta-se perante a arte
percepção, sensação, considerou que a estética é a “ciência do conhecimento
sensível”. Para ele o artista, ao criar, altera intencionalmente a natureza, adicionando
elementos de sentimento a realidade percebida por estes.
Para Kant, o prazer estético, quanto à sua natureza, não é igual a nenhum
outro tipo de prazer, porém existe uma diferença, pois, as “duas das faculdades
intelectuais, habitualmente divergentes, estão de acordo aqui: imaginação e o
entendimento. Esta coincidência inabitual causa-nos prazer; e esse prazer, é prazer
estético; e por isso ele é desinteressado e na o precisa de posse material” (idem, p.
201).
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A base para toda razão moral é a capacidade do homem de agir racionalmente.
O fundamento para esta lei de Kant é a crença de que uma pessoa deve comportar-
se de forma igual a que ela esperaria que outra pessoa se comportasse na mesma
situação, tornando assim seu próprio comportamento uma lei universal (HÖGE, 2000,
p. 38).
O século XIX, foi um período marcado por grandes transformações, entre eles
o aparecimento do movimento romântico, na arte romântica ocorre o recomeço de
atividade da Idéia. Na estética alemã deste período aparece Schiller, que discute a
objetividade e sua cultura, mostra muita consciência, sobre as possibilidades da arte
e seus recursos, porque, para ele o fim estético era o de tornar o “instinto em arte e o
inconsciente em saber” (BAYER, 1978, p. 293).
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o belo artístico é um produto do espírito, por isso só o podemos encontrar nos seres
humanos e nas obras que eles produzem.
Avançado para o século XX, a estética ganha uma vasta dimensão, pois esse
período foi marcado por grandes revoluções na estética. Na teoria da educação
destaca- se o filósofo Herbert Read, que considerava a importância do conhecimento
intelectual para o processo educativo e John Dewey, a importância da interação dos
elementos psicológicos e sociais.
Herbert Read, no final do século XIX, foi influenciado pelas teorias de Platão e
Schiller, ele considerava que “o objetivo da educação pode ser apenas o de devolver,
ao mesmo tempo em a singularidade, a consciência social ou reciprocidade do
indivíduo”. No campo da educação artística, ele afirmava que a arte deve ser a base
para educação. Para Herbert Read a criação artística deve ser pensada por meio de
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métodos, pois, são fenômenos de auto-revelação, “ideais para revelar ao homem sua
personalidade (READ, 1956, p. 18).
A teoria estética Dewey, nem sempre coloca uma separação entre o estético e
artístico, ele entendia o estético como o gozo, e o artístico como atividade produtora.
Ele era veementemente contra a filosofia idealista, pois e compreendia, que a estética
deveria servir para realizar a vida de um povo, e jamais ser “a arte pela arte”. Em seus
escritos considera a arte inspiradora, porque une o possível e o real, gerando uma
forma concreta, ele afirmou que, “uma emoção estética, é um fato distinto, porém,
não muito afastado de outras experiências naturais” (BAYER, 1978. p. 434).
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democrática. Nesse sentido, participava ativamente na crítica social, mas, não como
um mero expectador de exercícios abstratos de contemplação, dissociados da
moralidade prática.
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objetiva, o reflexo dos homens sociais em suas relações recíprocas, no seu
intercâmbio social com a natureza, é um elemento de mediação – ainda que
indispensável –, é simplesmente um meio para provocar este crescimento do sujeito
(1978, p. 295-6).
Ponto
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Formas de representação do ponto
Qualquer ponto tem grande poder de atração visual, quando juntos eles são
capazes de dirigir o olhar do espectador. Essa capacidade de conduzir o olhar é
intensificada pela maior proximidade dos pontos, ou seja, quanto mais próximos uns
dos outros estiverem os pontos, mais rápido será o movimento visual.
Nas artes visuais um único ponto não é capaz de construir uma imagem. Porém
com um conjunto de pontos podemos obter imagens visuais casuais ou organizadas.
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Georges Seurat.
Linha
Classificação
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Em artes Visuais, estudaremos as linhas geométricas gráficas que são
classificadas quanto ao formato em SIMPLES e COMPLEXAS. As linhas simples
podem ser retas ou curvas. Observe:
As linhas nascem do poder de abstração da mente humana, uma vez que não
há linhas corpóreas no espaço natural. Elas só se tornam fato físico quando são
representadas pela mão humana.
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Independente de onde seja utilizada, a linha é o instrumento fundamental da
pré-visualização, ou seja, ela é o meio de apresentar em forma palpável, concreta,
aquilo que só existe na imaginação.
Nas artes visuais, a linha é o elemento essencial do desenho, seja ele feito a
mão livre ou por intermédio de instrumentos. Segundo ARNHEIM (1994) as linhas
apresentam-se basicamente de 3 modos diferentes nas artes visuais:
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Significados expressos pelas linhas
A forma
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esmero; ao triângulo ação, conflito, tensão; ao círculo,
infinitude, calidez, proteção. Todas as formas básicas são figuras planas e simples,
fundamentais, que podem ser descritas e construídas verbalmente ou visualmente.
Plano e superfície
Textura
Textura, nas artes plásticas, é o elemento visual que expressa a qualidade tátil
das superfícies dos objetos (DONDIS, 1997). A palavra textura tem origem no ato de
tecer. Existem várias classificações para a textura, segundo diferentes autores que
tratam do assunto. Para começar, ela pode ser classificada como natural – quando
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encontrada na natureza – ou artificial - quando produzida pelo ser humano (simula
texturas naturais ou cria novas texturas).
A textura natural de alguns animais, como o camaleão, pode ser modificada
quando ele simula outra cor de pele. O homem também simula texturas naturais em
suas vestimentas (como é o caso dos soldados camuflados). As texturas podem
também ser divididas em visuais (óticas) e táteis.
A textura visual ou ótica possui apenas qualidades óticas. Ela simula as
texturas táteis. Ex.: Uma pintura que crie o efeito da maciez de uma pétala de rosa,
ou o pêlo do cachorrinho. A textura tátil possui tanto qualidades visuais quanto táteis.
Existe textura tátil em todas as superfícies e esta nós podemos realmente sentir
através do toque ou do contato com nossa pele.
Quanto à forma de apresentação a textura pode ser geométrica ou orgânica. Nas
artes gráficas pode ser reproduzida através de desenhos, pinturas, impressões,
fotografia, etc.
Podemos representar as texturas em forma de trama de sinais, pontos, traços,
manchas com os quais se realizam as mais variadas atividades gráficas e artísticas.
Exemplos:
A textura é tão importante quanto a forma, tamanho, cor, etc. Existem várias
técnicas para se criar texturas nas artes plásticas. O pintor, por exemplo, utiliza uma
infinidade de técnicas para reproduzir ou criar a ilusão de textura tátil da vida real em
suas obras.
Entre as técnicas mais conhecidas estão a tinta diluída e o empasto (uso livre
de grossas camadas de tinta para dar efeito de relevo). Outra técnica conhecida é a
frotagem. A palavra “Frottage” é de origem francesa - frotter, que significa “esfregar”.
Consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície áspera, que contém
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alguma textura, e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de giz de cera, por
exemplo, para que a textura apareça na folha.
No campo da arte, essa técnica foi usada pela a primeira vez pelo o pintor,
desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos fundadores
do movimento “Dada” e posteriormente um dos grandes nomes do Surrealismo.
Os abstracionistas utilizam uma grande variedade de técnicas como a colagem
com pedaços de jornais e materiais “expressivos” como madeira, papelão, barbante,
areia, pedaços de pano etc.
Os artistas recorrem às texturas para:
Traduzir visivelmente o sentido de volume e os efeitos de superfície;
Representar graficamente o claro e o escuro, a luz e a sombra.
Na escultura os artistas utilizam texturas diferentes conforme os padrões
estéticos do período ou movimento artístico a que pertencem. No Renascimento
observamos texturas lisas e suaves, enquanto que no Impressionismo percebemos
superfícies inacabadas como nas obras de Rodin.
Além das artes visuais a textura ocorre também em diferentes espaços da vida.
No cotidiano nós a observamos nos utensílios domésticos, nas roupas, nos calçados,
nos papéis, nos vidros, na decoração de interiores, etc. A tecnologia favoreceu a
criação de uma variedade muito grande de texturas. A tinta de parede, por exemplo,
é encontrada em diversos tipos e para as mais diversas aplicações. Essas por si só
já permitem efeitos de texturização.
A cor
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observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor
em muitas cores. A luz branca contém todas as cores.
No caso da Cor-Pigmento a luz é que, refletida pelo material, faz com que o
olho humano perceba esse estímulo como cor. Os pigmentos podem ser divididos em
dois grupos diferentes: os transparentes e os opacos. As cores pigmento
transparentes são mais utilizadas nas artes gráficas, nas impressoras coloridas entre
outros meios de produção.
As cores pigmento opacas são geralmente utilizadas nas artes plásticas, são
mais populares, portanto, são mais conhecidas pelos estudantes da escola básica.
Os dois extremos da classificação das cores são: o branco, ausência total de cor, ou
seja, luz pura; e o preto, ausência total de luz, o que faz com que não se reflita
nenhuma cor.
Essas duas "cores" portanto não são exatamente cores, mas características
da luz, que convencionamos chamar de cor.
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Cores terciárias - são obtidas pela mistura de uma primária com uma
secundária ou a partir das primárias em proporções desiguais.
As cores terciárias são: As cores terciárias são:
• Vermelho-alaranjado=combinação do vermelho+laranja.
• Amarelo-alaranjado=combinação do amarelo+laranja.
• Amarelo-esverdeado=combinação do amarelo+verde.
• Azul-esverdeado=combinação do verde+azul.
• Azul-arroxeado=combinação do azul+roxo.
• Vermelho-arroxeado=combinação do roxo+vermelho.
Cores neutras - o preto e o branco, embora sejam consideradas como
ausência e totalidade das cores-luz respectivamente, no entendimento das cores-
pigmento são também conhecidas, juntamente com o cinza, como cores neutras. Não
aparecem no círculo cromático.
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Outras são mais escuras e tristes, que classificamos de cores frias, que
classificamos de cores frias, e transmitem a calma, o repouso, o frio, a sombra. As
cores quentes são derivadas do vermelho e as frias derivam do azul.
A cor amarela é equilibrada. Os tons de roxo podem ser classificados como
quentes ou frios, pois apresentam tanto azul como o vermelho.
Tom
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Fundamentos da composição
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Tensão: oposto do equilíbrio, a tensão vem desestruturar a referência do eixo
sentido da linha vertical e da linha-base horizontal causando uma instabilidade na
observação do objeto ou situação. Passa a existir então uma relação entre o equilíbrio
e a tensão, num jogo de forças que atuam no campo de visão percebido pelo ser
humano.
Estas influências no modo de como percebemos a imagem são chamadas de
forças de movimento por que agem sobre um ponto de aplicação, sob uma direção e
com certa intensidade na percepção visual. Este jogo de forças pode e deve ser usado
para causar sensações, impressões e efeitos diversos na linguagem visual, cabendo
adequar sua ação para um fim específico.
O dinamismo e a atividade, de uma imagem carregada de tensão, contrastam
com a calma e estase de outra que possua equilíbrio. Estes dois fundamentos,
equilíbrio e tensão, funcionam como opostos necessários já que um é referência para
o outro no campo da percepção visual.
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Ângulo de visão: quando o ser humano, de modo geral, efetua o ato de
observar, ele tende a ter um direcionamento no olhar. Este direcionamento o modo
que percebemos e entendemos os objetos e imagens fazendo uma leitura daquilo
que é alvo da observação.
Este direcionamento é registrado como sendo, em sua maioria, da esquerda
para a direita e de cima para baixo, como que se entrasse, passeasse e saísse da
imagem, fazendo uma varredura do que ela contém. Esta ação é facilmente verificada
nas culturas ocidentais e no modo como as pessoas leem. Quando sabemos como
as pessoas observam a imagem podemos compor seus elementos de maneira que
atraiam a sua atenção e a mensagem visual seja transmitida e expressada da maneira
como desejamos.
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agrupamento é a união que a visão faz dos elementos iguais ou semelhantes,
relacionando-os numa configuração. Este fundamento se baseia em uma tendência
de completar os elementos que “faltam” numa figura.
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REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de
Filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 1992.
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STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno.
Tradução: Ângela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
READ, Herbert. A educação pela arte. Tradução Ana Maria Rabaça e Luis
Felipe Silva Teixeira. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
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