Unidade 1

Seção 1

Estética e História da
Arte
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 Webaula 1
Estética e Arte: conceitos introdutórios

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 Primórdios da Arte e da
Antiguidade
Nesta webaula trataremos dos conceitos de
Estética e da Arte separadamente para você
compreender a distinção e a
complementariedade entre as duas
abordagens. Afinal, estudar arte a partir da
Estética e da História é fundamental para
construirmos uma visão crítica sobre os
aspectos artísticos e estéticos de nossa vida
profissional.

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 Estética
Compreender a abordagem da Estética e da
História da Arte, e mesmo compreender o que
é arte, fará você olhar de maneira mais
consciente para sua experiência estética
cotidiana. A experiência estética nos tira da
ordinária vida do cotidiano. Ela nos propicia o
uso pleno da nossa imaginação para sentir
uma manifestação ou objeto cultural que nos
tenha tocado a sensibilidade.
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Portanto, sentir é o dado fundamental para
compreender, quando falamos em Estética. As
manifestações artísticas são, em geral, o que
mais facilmente pode nos provocar essas
reações, porém tais reações não são
exclusividade do universo artístico. Segundo a
História da Filosofia, podemos dizer que há
dois momentos sobre a teorização da arte: a
abordagem que trata a arte como poética e
depois, a partir do século XVIII, a que trata
como estética.
 O material que a Estética pode analisar vai além
do que consideramos arte, mas refere-se a
tudo o que a mão humana faz e toca a
sensibilidade. A Estética pode analisar tanto as
produções artísticas quanto as culturais de
modo geral. Assim, essa abordagem pode olhar
criticamente para além da arte, isto é, para
áreas como a arquitetura, publicidade, moda,
design (de produto, gráfico, digital etc.), entre
outras. No entanto, sem dúvida, são as artes
que ocupam o lugar central nos estudos de
Estética.
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A Estética debruça-se sobre o
julgamento provocado a partir de algo
que toca a sensibilidade, como colocado
anteriormente, a arte é o objeto mais
exemplar desse tipo de debate, mas não
é o único. A Estética possui vários
sentidos, dependendo do período sobre
o qual vamos nos debruçar; assim, cada
definição acaba por demonstrar
diferentes formas históricas da
disciplina.
 Arte
O conceito depende de variantes socioculturais para estabelecer o que será chamado ou não
de arte, por exemplo, do contexto histórico da produção artística à sua função social, de
como está sendo feita em termos técnicos em relação ao tema tratado. E. H. Gombrich inicia
seu livro A História da Arte afirmando: “nada existe realmente a que se possa dar o nome de
Arte” (1993, p. 3). Este autor, sem mais delongas, desmorona qualquer verdade absoluta
sobre o que é ou não arte. Gombrich quer, com essa afirmação, nos dizer que o que define
um objeto ou uma manifestação como arte é o contexto original e a maneira como hoje nos
relacionamos com essa manifestação.

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 Marcel Duchamp, Fountain, 1917.
A obra A Fonte (1917), do artista Marcel
Duchamp, questiona os pressupostos
tradicionais sobre o que é arte e tornou-se um
dos grandes símbolos da arte contemporânea.
É preciso entender que a apreciação da arte
parte da compreensão de que nem toda
manifestação artística tem como intenção
maior ser ou falar sobre o belo. Primeiro porque
a noção de belo muda conforme o contexto e,
segundo, há diversas manifestações que se
construirão e/ou se expressarão por caminhos
que não buscam a beleza.

Fonte: https://goo.gl/NmLISW. Acesso em: 2 mai. 2017.

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 A traição das imagens
Um objeto artístico é um artefato e/ou um
artifício (CHAUÍ, 2008, p. 283). Isto significa que
é uma ação humana, que pode ou não tentar
imitar a natureza ou algo natural, porém, é
sempre algo feito pela mão de um ser humano
para registro a outro humano. Na obra A
traição das imagens (1928-9), de René
Magritte, o cachimbo pintado não é um
cachimbo real, a palavra cachimbo (em francês:
pipe) também não é em si mesma um
cachimbo. Clique na imagem a seguir.
Fonte: https://goo.gl/ynJCt4. Acesso em: 17 jun. 2017.

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 Teoria da arte: a teoria da arte busca definir o que é arte – e seu valor – a partir de argumentos
filosóficos. Para a Filosofia, a arte é mimese, forma e expressão. Mesmo que essas noções
tenham se desenvolvido ao longo da história da Filosofia da arte, isso não significa que uma
suplanta as outras, apenas que novas abordagens filosóficas vão sendo construídas ao longo da
história. Clique nas abas a seguir e conheça as definições a seguir.

Noção de
mimese

Noção de forma

Noção de arte
como expressão

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 Arte como linguagem
A linguagem é a capacidade humana de
dar significados a um sistema de signos
(um objeto, fenômeno ou ação que, por
convenção, representa ou substitui outra
coisa. O signo representa algo, isto é,
sinaliza alguma coisa) e coordená-los
dentro de regras, de maneira a passar uma
mensagem para outras pessoas
compreenderem.
Clique aqui para saber mais
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A linguagem artística, como outra
qualquer manipulada pelos homens, vive
pousada em um contexto sociocultural.
Hoje em dia reagimos a cores, formas,
sons, cheiros, texturas, movimentos, que
podem ser encontrados pelas ruas e
dentro de casa; assim, de modo geral, é
possível compreender a linguagem do
design, da arquitetura, da publicidade, da
moda etc., ou seja, da linguagem
imagética, visual e sensorial, dentro de
contexto mais amplo, do qual a arte
também faz parte.
 Possíveis origens da arte
O homem da Pré-História, assim como alguns povos/etnias
específicos que não compartilhem os valores socioculturais
da maioria dos países na contemporaneidade, não têm a
nossa concepção ou se quer conhece o termo arte.
Contudo, ele, muito provavelmente, também vivia, como
nós, cercado de estímulos. É lógico que, em sua grande
maioria, esses estímulos eram naturais. Assim, esse homem
percebeu formas, cores e sons da natureza; esta também
deve ter causado sentimentos ambíguos de medo e
admiração.

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 Criar meios de sobreviver à natureza exigiu da
humanidade engenhosidade para tentar
controlá-la e dominá-la, o que fez a
humanidade gerar conhecimento científico e
tecnológico. Antropologicamente, a arte não
é vital para um grupo cultural, porém ela
revela e faz o grupo sentir, vivenciar e
aperfeiçoar valores de sua sociedade. A arte
materializa uma forma de viver (uma visão de
mundo) e traz isso para o mundo dos objetos,
tornando-o passível de sensibilizar o todo.
Portanto a arte, provavelmente desde a Pré-
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História, é uma interpretação do mundo e da
humanidade feita pelas mãos e pelos
pensamentos humanos. Outro fator
importante que devemos levar em
consideração para pensar os possíveis inícios
da arte, é que nunca saberemos de fato a real
intenção e significado que um homem, na
Pré-História, deu ou foi impulsionado ao
desenhar nas paredes de cavernas ou pedras,
a empilhar pedras ou esculpir um pedaço de
osso, madeira ou pedra.
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 Bons estudos!
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