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NUTRIÇÃO E AUTISMO
INSTITUTO DE PESQUISA, ENSINO E GESTÃO EM
SAÚDE (IPGS)
O CÉREBRO DA
HISTÓRIA E DIAGNÓSTICO E
EPIDEMIOLOGIA CRIANÇA
DEFINIÇÃO DO TRATAMENTO
E CLASSIFICAÇÃO AUTISTA: SINAIS
AUTISMO MÉDICO
E SINTOMAS
MÓDULO 2
DISFUNÇÃO
METAIS PESADOS E
MITOCONDRIAL NO INTESTINO E AUTISMO
XENOBIÓTICOS
AUTISMO
MÓDULO 3
ALERGIAS AVALIAÇÃO
AUTISMO E O HÁBITO
ALIMENTARES E NUTRICIONAL DA
ALIMENTAR
AUTISMO CRIANÇA AUTISTA
MÓDULO 4
BRASIL: 6-8%
DAS CRIANÇAS
ATÉ 3 ANOS
FONTE: ABAI, 2014.
FOOD ALLERGY
LEAP STUDY
IMEDIATAS OU TARDIAS
SINAIS DE DESNUTRIÇÃO
SINTOMAS CLÍNICOS
✓ Deficiência na produção
INTESTINO PERMEÁVEL enzimática de DPPIV
✓ Má digestão de peptídeos: glúten
(gliadinomorfina) e caseína
(caseomorfina)
✓ Deficiência na sulfatação
(glicosaminoglicanos)
✓ Intestino permeável
✓ Alteração da barreira hemato-
cefálica
SINTOMAS
• Movimentos estereotipados, restritos e repetitivos
• Dificuldade de comunicação verbal e interpessoal
• Coceiras e urticárias
• Alteração do funcionamento intestinal
• Quebra incompleta de proteínas: glúten e caseína
DSM V,2014.
OPIÓIDES • DISBIOSE INTESTINAL
CEREBRAIS: • PERMEABILIDADE INTESTINAL
GLÚTEN/CASEÍNA • MÁ-ABSORÇÃO DE
NUTRIENTES (OPIÓIDES E
INVESTIGAR ALERGIAS OU ANTICORPOS)
INTOLERÂNCIAS • RECAPTAÇÃO DE DA
SEROTONINA (CARÊNCIA DE
NUTRIENTES)
• BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
• SÍNDROME AUTÍSTICA
GHALICHI F.et al., 2016. Effect of gluten free diet on gastrointestinal and A dieta pode trazer benefícios no sintomas intestinais e
behavioral indices for children with autism spectrum no comportamento de crianças autistas.
disorders: a randomized clinical trial. World J Pediatr.
HYMAN S.L. et al.,2016. The Gluten-Free/Casein-Free Diet: A Double-Blind O estudo conclui que os dados são inconclusivos e sem
Challenge Trial in Children with Autism. J Autism Dev evidências para dar suporte à dieta GFCF.
Disord.
Elimination diets' efficacy and mechanisms in attention O complexo mecanismo microbiota, intestino e cérebro
LY V. et al., 2017. deficit promove interações entre sistemas metabólicos,
hyperactivity disorder and autism spectrum disorder. endócrinos e neuronais, e sugere novas aplicações
Eur Child Adolesc Psychiatry. práticas e futuros direcionamentos clínicos sobre a
eficácia da dieta no TEA E TDAH.
IMPACTO DIETA GFCG
Redução no
Menor consumo de
consumo de
cálcio e vitamina D
calorias
Consumo de
Menor consumo de
gorduras de melhor
vitaminas do
qualidade
complexo B
(suplementação)
Pode favorecer
redução de peso
RUSKIN D.N. et al., 2017. Ketogenic diet improves behaviours associated Os camundongos alimentados com fórmulas
wih autismo spetrum disorder in a sex-specific cetogênica a partir de 5 semanas de idade. A
manner in the el mouse. Physiology & dieta cetogênica melhorou as características
Behavior. 168: 138 –14, 2017. comportamentais do transtorno do espectro
autista, melhorou as múltiplas medidas de
sociabilidade e reduziu o comportamento
repetitivo em camundongos fêmeas. (p0,01 e
0,001).
KASPROWSKA-LIŚKIEWICZ D. et al., 2017. The ketogenic diet affects the social behavior Os machos de quatro semanas de idade foram
of young male rats. Physiology & Behavior. tratados com o KD por 4 semanas
179: 168–177, 2017. subseqüentes. Os ratos alimentados com o KD
mostraram uma maior exploração social
porém sem alterações no nível de interações
sociais.
ESTUDOS EXPERIMENTAIS COM DIETA
CETOGÊNICA E AUTISMO
AUTOR TÍTULO RESULTADO
EVANGELIOU A., 2003. Application of a ketogenic N= 30 crianças 4-10 anos com TEA. DC aplicada por
diet in children with autistic behavior: pilot study. 6 meses com 4 semanas de seguimento e 2
J Child Neurol. 18(2):113-8, 2003. semanas sem dieta. 18 crianças mantiveram a
dieta e com a CARS melhora de 60% nos sintomas.
ESTUDOS COM SERES 2 pctes: pré-Escala 35,00 ± 1,41 [média ± DP]
HUMANOS redução >12 pontos 8 pctes: pré-Escala 41,88 ±
3,14 [média ± DP]: redução >8-12 pontos 8 pctes:
pré-escala 45,25 ± 2,76 [média ± DP]: redução 2-8
pontos.
Conclusão: Existem algumas evidências de que a
dieta cetogênica pode ser usada no
comportamento autista como terapia adicional
ou alternativa
FRYE et al., 2011. Traditional and non-traditional treatments for N= 146 crianças com TEA e epilepsia. Dieta
autism spectrum disorder with seizures: an online cetogênica por 6 meses. Pais responderam à um
survey. BMC Pediatrics . 11:37, 2011. questionário sobre frequência das crises e sobre
fatores clínicos (sono, comunicação,
comportamento, atenção e humor). Dieta
cetogênica reduziu crises convulsivas e alterou
alguns comportamentos autísticos.
SPILIOTI M., 2013. Evidence for treatable inborn errors of metabolism N=6 pctes (4-14 anos). DC por meses com pré e
in a cohort of 187 Greek patients with autism pós CARS. Todos os pacientes apresentaram
spectrum disorder (ASD). Front Hum Neurosci. melhora nos domínios, porém 1 paciente
24;7:858. 2013. apresentou melhora significativa na escala pré e
pós dieta (41 para 21).
HERBERT M. R.; BUCKLEY J.A., 2013. Autism and dietary therapy: case report and N= 1 com 4 anos de idade com diagnóstico pela
review of the literature. J Child Neurol. 28(8):975- GARS e ADHD-IV RATING SCALE. DC com avaliação
82, 2013. de CARS e coeficiente de inteligência. Resultados
após DC: CARS (49/17); Coeficiente de inteligência:
aumentou 70 pontos. Melhora cognitiva,
habilidades sociais, melhora no comportamento e
na resolução de estereótipos.
• Grupo 1: 15 pacientes com DAM com 60% de LIP, 30% de PTN
e 10% CHO (8-10g/dia)
• Cálculo da dieta individual (calorias, CHO, PTN e LIP) e
suplementação de vitaminas e minerais
• Medições de cetose urinária diária.
• Grupo 2: 15 pacientes com dieta GFCF.
• Grupo 3: 15 pacientes em grupo controle recebendo dieta
saudável.
• Diagnóstico: DSM-5.
• CARS e ATEC foram aplicados antes da dieta e após 6 meses.
• ATEC (domínios avaliados): fala, linguagem e comunicação,
sociabilidade, capacidade cognitiva e sensorial.
P<0,05
~
PLANEJAMENTO DA DIETA DA CRIANÇA AUTISTA
PLANEJAMENTO DA TERAPIA
NUTRICIONAL
ALIMENTAÇÃO
ALERGIAS,
INTOLERÂNCIAS
CH: SEM GLÚTEN ???? OU
DOENÇA
PTN: SEM PROTEÍNA CELÍACA
LÁCTEA???
VEGETAIS E FRUTAS: LIVRES
VEGETAIS FOLHOSOS:
FONTES DE FIBRAS
LIPÍDEOS: ÔMEGA-3
SUPLEMENTAÇÃO B6, CA,
VITAMINA D E COMPLEXO B.
PLANEJAMENTO DA TERAPIA
NUTRICIONAL
RECEITAS
ACOMPANHAMENTO QUINZENAL
OU MENSAL
¼ de xícara
MODELO DE CARDÁPIO DIETA SEM
GLÚTEN E SEM CASEÍNA
REFEIÇÃO ALIMENTO
CAFÉ-DA-MANHÃ Leite vegetal com cacau e banana
Pão sem glúten com requeijão adaptado
LANCHE-DA-MANHÃ Abacate batido com leite de coco
ALMOÇO Arroz integral colorido (cenoura e tomate), feijão
enriquecido com beterraba e folha de couve,
nhoque de abóbora ao sugo, bife ou frango
grelhado.
LANCHE-DA-TARDE Bolo de laranja com farinha de arroz, maçã assada
com canela e àgua de coco.
JANTAR Panqueca s/glúten de espinafre à bolonhesa
CEIA Salada de frutas com granola sem glúten
DIETA CETOGÊNICA CLÁSSICA
APORTE DE PROTEÍNAS
• A recomendação de proteínas deve ser de no mínimo
1g/kg peso/dia, podendo chegar a 1,5g/kg/dia
• Em bebês se utiliza aporte maior
KOSSOF et al. Optimal clinical management of children receiving the ketogenic diet: Recommendations of the International Ketogenic Diet Study Group. Epilepsia. 50(2):304–317, 2009.
ALBERTI J.A. Recommendations for the clinical management of children with refractory epilepsy receiving the ketogenic diet. Arch Argent Pediatr. 114(1):56-63, 2016.
DIETA CETOGÊNICA CLÁSSICA
LIPÍDEOS
• Pode-se utilizar todos os tipos de óleo vegetal.
• Azeite de oliva, óleos de canola e linhaça ( ↑ ômega 3)
• TCM em problemas absortivos ( não usar como fonte
exclusiva)
KOSSOF et al. Optimal clinical management of children receiving the ketogenic diet: Recommendations of the International Ketogenic Diet Study Group. Epilepsia. 50(2):304–317, 2009.
ALBERTI J.A. Recommendations for the clinical management of children with refractory epilepsy receiving the ketogenic diet. Arch Argent Pediatr. 114(1):56-63, 2016.
ETAPAS DA DIETA CLÁSSICA
Primeira Semana
Quarta semana
Kossoff EH, Doward JL. A dieta de Atkins modificada. Epilepsia. 49 (8): 37-41, 2008.
DIETA ATKINS MODIFICADA
• CARBOIDRATOS
Consenso Nacional de dieta Atkins Modificada. Rev Neurol. 62 (8): 371-376, 2016.
EXEMPLO DE CARDÁPIO DAM
REFEIÇÃO ALIMENTO TOTAL CARBOIDRATOS
(CHO)
CAFÉ DA MANHÃ Omelete especial 2g
TOTAL 10g
ORIENTAÇÕES PARA SITUAÇÕES
ESPECÍFICAS NO TEA
• INFLAMAÇÃO INTESTINAL (alergias, intolerâncias ou DC)
➢ Remover alimentos que inflamam: glúten, caseína, soja, amendoim
➢ Introduzir alimentos que reduzem inflamação: óleo de peixe, sementes de
linhaça, abacate, chá verde, legumes e frutas de coloração avermelhada e/ou
roxa ( fontes de w-3 e compostos fenólicos)
➢ Uso de prebióticos ou probióticos: manipulados ou na forma de leites e
iogurtes fermentados
• DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES
➢ Qualidade e digestibilidade dos nutrientes: prato saudável
➢ Disfarçar os vegetais em caso de recusa (seletividade): caldos, sopas, sucos,
molhos, muffins, panquecas, sanduíches, etc.
➢ Suplementação: multivitamínica ou enzimática
➢ Evitar gorduras trans e hidrogenadas: priorizar ARA, EPA, DHA)
BANDINI, L.G. et al. Food Selectivity in Children with Autism Spectrum Disorders and
Typically Developing Children. J Pediatr. v. 157, n. 2, p. 259-264, 2010.
KAWICKA A.; REGULSKA-ILOW B. HOW NUTRITIONAL STATUS, DIET AND DIETARY
SUPPLEMENTS CAN AFFECT AUTISM. A REVIEW. Rocz Panstw Zakl Hig. 64(1):1-12, 2013.
CURTIN, C. et al. Food Selectivity, Mealtime Behavior Problems, Spousal Stress, and Family
Food Choices in Children with and without Autism Spectrum Disorder. J Autism Dev
Disord. v. 45, n. 10, p. 3308-15, 2015.
PRESENÇA DE FUNGOS
Aumenta a fermentação e
gases
Não testado em cças BURRUS C.J. A biochemical rationale for the interaction between gastrointestinal yeast
and autism. Med Hypotheses. 79(6):784-5,2012.
SEMON B.A. Dietary cyclic dipeptides, apoptosis and psychiatric disorders: a hypothesis.
Med Hypotheses. Jun;82(6):740-3, 2014.
METILAÇÃO E SULFATAÇÃO
COMPOSTO
INSOLÚVEL
ORIENTAÇÕES PARA SITUAÇÕES
ESPECÍFICAS NO TEA
➢ METILAÇÃO E SULFATAÇÃO DE DNA (XENOBIÓTICOS E METAIS PESADOS)
➢ Remover corantes e alimentos artificiais (derivados petróleo) ou fontes de
salicilatos (frutas vermelhas, roxas e oleaginosas)
➢ Retirar glutamato monossódico, aspartame e aditivos químicos
➢ Evitar toxinas: panelas de alumínio, plásticos em microondas
➢ Preferir alimentos orgânicos
➢ Nutrientes antioxidantes: beta caroteno, vitamina A, complexo B, vit. C, E,
glutationa
➢ Suplementação: magnésio, zinco, B6 e B12 reparadores de DNA
NUTRACÊUTICOS E AUTISMO
✓ Vitamina D
✓ Ômega-3
✓ N-acetilcisteína
✓ Vitamina C
✓ Methyl B12
PROCESSOS DE ACEITAÇÃO
RECUSA
ACEITA
OBSERVA
EXPLORA
CONSOME
NUTRIÇÃO E AUTISMO
PROF. NATÉRCIA FERREIRA
NUTRICIONISTA CLINICA E MATERNO INFANTIL
EDUCADORA EM DIABETES
MESTRE EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - UFPR