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Data: _____/_____/______ Período: _____________________

Acadêmico:___________________________________________________________________.

Profª.Nayane Wohnrath Pereira

Instruções para realização do roteiro de Fisiologia II:

 Os roteiros deverão ser respondidos previamente às aulas a fim de que seja explicado
e sanadas as possíveis dúvidas. Desse modo, não haverá realização de roteiro durante
a aula.
 A nota de participação é individual, desse modo a nota é dada ao discente que
participar da discussão dos roteiros.
 Aos discentes que faltarem, os roteiros deverão ser entregues MANUSCRITOS, na aula
subsequente que o discente estiver presente.

Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino

 Referência bibliográfica:
- Capítulo 83-Gravidez e Lactação- Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de
Janeiro: Elsevier, 13ª edição.

ROTEIRO DE ESTUDOS

1.Como ocorre a maturação do óvulo?


Enquanto ainda no ovário, o óvulo se encontra no estágio de oócito primário. Pouco
antes de ser liberado do folículo ovariano, seu núcleo se divide por meiose e o primeiro
corpo polar é expelido do núcleo do oócito. O primeiro oócito em seguida torna-se o
segundo oócito. Neste processo, cada um dos 23 pares de cromossomos perde um de
seus componentes, que se incorpora no corpo polar que é expelido, deixando 23
cromossomos sem par no oócito secundário. É nesse momento que o óvulo, ainda no
estágio de oócito secundário, é expelido para a cavidade abdominal. Em seguida, ele
penetra quase imediatamente na terminação fimbriada de uma das trompas de
Falópio.

2.Como ocorre a fecundação do óvulo?


Entrada do Óvulo na Trompa de Falópio (Tuba Uterina).
Quando ocorre a ovulação, o óvulo, em conjunto com centena ou mais de células
anexas da granulosa que constituem a coroa radiada, é expelido diretamente para a
cavidade peritoneal e deve então entrar em uma das trompas de Falópio (também
denominadas tubas uterinas) para chegar à cavidade uterina. As terminações
fimbriadas de cada trompa de Falópio repousam naturalmente ao redor dos ovários.
As superfícies internas dos tentáculos fimbriados são revestidas por epitélio ciliado e
os cílios são ativados pelo estrogênio ovariano, que faz com que eles batam na direção
da abertura, ou óstio, da trompa de Falópio envolvida. Na verdade, é possível ver
corrente de líquido fluindo lentamente na direção do óstio. Assim, o óvulo entra em
uma das trompas de Falópio.
Embora possa ser suspeitado que muitos óvulos não consigam entrar nas trompas de
Falópio, estudos da concepção sugerem que até 98% tenham sucesso nessa tarefa. Na
verdade, em alguns casos registrados, mulheres que tiveram um ovário e a trompa de
Falópio oposta removidos deram à luz vários filhos com relativa facilidade na
concepção, demonstrando assim que os óvulos conseguem entrar até mesmo na
trompa de Falópio oposta.

Fertilização do Óvulo.
Depois que o homem ejacula sêmen na vagina da mulher durante a relação sexual,
alguns espermatozóides são transportados em 5 a 10 minutos na direção ascendente
da vagina e através do útero e das trompas de Falópio até as ampolas das trompas de
Falópio próximas às terminações ovarianas das
trompas. Esse transporte dos espermatozóides é
auxiliado por contrações do útero e das trompas de
Falópio, estimuladas por prostaglandinas no líquido
seminal masculino e também por ocitocina liberada
pela hipófise posterior da mulher durante o seu
orgasmo. De cerca da metade dos bilhões de
espermatozóides depositados na vagina, alguns
milhares conseguirão chegar a cada ampola.
A fertilização do óvulo ocorre normalmente na
ampola de uma das trompas de Falópio, pouco
depois do espermatozóide e o óvulo entrarem na
ampola. Entretanto, antes que o espermatozóide
consiga entrar no óvulo, ele precisa primeiro
penetrar nas múltiplas camadas de células da
granulosa anexadas ao exterior do óvulo (a coroa
radiada) e em seguida se fixar e penetrar na zona
pelúcida que circunda o óvulo.
Uma vez que o espermatozóide tenha entrado no óvulo (que ainda se encontra no
estágio de desenvolvimento de oócito secundário), o oócito se divide mais uma vez
formando o óvulo maduro, mais um segundo corpo polar, que é expelido. O óvulo
maduro ainda carrega em seu núcleo (agora denominado pro-núcleo feminino) 23
cromossomos. Um desses cromossomos é o cromossomo feminino, conhecido como
cromossomo X.
Nesse ínterim, o espermatozóide fertilizador também passou por alterações. Ao entrar
no óvulo, sua cabeça incha formando o pro-núcleo masculino, ilustrado na Figura 82
1D. Posteriormente, os 23 cromossomos sem pares do pro-núcleo masculino e os 23
cromossomos sem pares do pro-núcleo feminino alinham-se para formar o
complemento final de 46 cromossomos (23 pares) no ovo fertilizado (Fig. 82-1).

3.Como ocorre o transporte do ovo fertilizado na trompa de falópio?


Depois de ocorrida a fertilização, normalmente são
necessários outros 3 a 5 dias para o transporte do ovo
fertilizado pelo restante da trompa de Falópio até a
cavidade uterina. Esse transporte é feito, basicamente,
pela fraca corrente de líquido na trompa, decorrente da
secreção epitelial mais a ação do epitélio ciliado que
reveste a trompa; os cílios sempre batem na direção do
útero. Contrações fracas da trompa de Falópio também
podem ajudar a passagem do ovo.
As trompas de Falópio são revestidas por superfície
criptoide rugosa que impede a passagem do óvulo a
despeito da corrente de líquido. Além disso, o istmo da
trompa de Falópio (os últimos 2 centímetros antes da entrada da trompa no útero)
permanece espasticamente contraído por cerca dos primeiros 3 dias após a ovulação.
Depois desse tempo, a progesterona secretada cada vez mais rapidamente pelo corpo
lúteo ovariano primeiro promove mais receptores de progesterona nas células do
músculo liso da trompa de Falópio; em seguida, a progesterona ativa os receptores,
exercendo efeito de relaxamento tubular que permite a entrada do ovo no útero.
Esse transporte lento do ovo fertilizado pela trompa de Falópio permite a ocorrência
de diversos estágios de divisão celular antes que ele —agora denominado blastocisto
com cerca de 100 células —entre no útero. Durante esse tempo, as células secretoras
da trompa de Falópio produzem grande quantidade de secreções usadas para nutrir o
blastocisto em desenvolvimento.
4.Como ocorre a implantação do blastocisto no útero?
Depois de atingir o útero, o blastocisto em
desenvolvimento geralmente permanece na
cavidade uterina por mais 1 a 3 dias antes de se
implantar no endométrio; assim, a implantação de
grosso modo ocorre em torno do quinto ao sétimo
dia depois da ovulação. Antes da implantação, o
blastocisto obtém sua nutrição das secreções
endometriais uterinas, denominadas “leite uterino”.
A implantação resulta da ação das células trofoblásticas que se desenvolvem na
superfície do blastocisto. Essas células secretam enzimas proteolíticas que digerem e
liquefazem as células adjacentes do endométrio uterino. Parte do líquido e dos
nutrientes liberados é transportada ativamente pelas mesmas células trofoblásticas no
blastocisto, dando mais sustento ao crescimento. A Figura 82-3 mostra um blastocisto
humano recém-implantado com pequeno embrião. Uma vez tendo ocorrido a
implantação, as células trofoblásticas e outras células adjacentes (do blastocisto e do
endométrio uterino) proliferam rapidamente, formando a placenta e as diversas
membranas da gravidez.

5.Como se dá nutrição inicial do embrião?


A progesterona secretada pelo corpo lúteo ovariano durante a última metade de cada
ciclo sexual mensal tem efeito sobre o endométrio uterino, convertendo as células do
estroma endometrial em grandes células
inchadas contendo quantidades extras de
glicogênio, proteínas, lipídios e mesmo de
alguns minerais necessários ao
desenvolvimento do concepto (o embrião
e suas partes adjacentes ou membranas
associadas). Então, quando o concepto se
implanta no endométrio, a secreção
contínua de progesterona faz com que as
células endometriais inchem ainda mais e
armazenem mais nutrientes. Essas células
são agora chamadas células decíduas, e a
massa total de células é denominada
decídua.
À medida que as células trofoblásticas
invadem a decídua, digerindo-a e
embebendo-a, os nutrientes armazenados
na decídua são usados pelo embrião para
crescimento e desenvolvimento. Durante a primeira semana após a implantação, esse
é o único meio pelo qual o embrião consegue obter nutrientes; ele continua a obter
pelo menos parte da sua nutrição dessa forma por até 8 semanas, embora a placenta
também comece a prover nutrição, depois do 16-dia após a fertilização (pouco mais de
1° semana depois da implantação). A Figura 82-4 mostra esse período trofoblástico da
nutrição, que gradualmente vai dando lugar à nutrição placentária.

6. Quais as funções da gonadotropina coriônica humana?


Gonadotropina Coriônica Humana Causa Persistência do Corpo Lúteo e
Evita a Menstruação
A menstruação normalmente ocorre em mulher não grávida cerca de 14 dias depois da
ovulação, época em que grande parte do endométrio uterino se descarnou da parede
uterina e foi expelido para fora do útero. Se isso ocorresse após a implantação do ovo,
a gravidez seria terminada. Entretanto, isso é evitado pela secreção de gonadotropina
coriônica humana pelos tecidos embrionários em desenvolvimento do modo seguinte.
Simultaneamente ao desenvolvimento das células trofoblásticas do ovo recém-
fertilizado, o hormônio gonadotropina coriônica humana é secretado pelas células
trofoblásticas sinciciais para os líquidos maternos. A secreção desse hormônio pode
ser medida no sangue pela primeira vez, 8 a 9 dias após a ovulação, pouco depois do
blastocisto se implantar no endométrio. Em seguida, a secreção aumenta
rapidamente, atingindo nível máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação e
diminuindo novamente a valor baixo, em torno de 16 a 20 semanas de gestação,
continuando nesse nível elevado pelo restante da gravidez.

Sua função mais importante é evitar a involução do corpo lúteo no final do ciclo sexual
feminino mensal. Ele efetivamente faz com que o corpo lúteo secrete quantidades
ainda maiores de seus hormônios sexuais — progesterona e estrogênio— pelos
próximos meses. Esses hormônios sexuais impedem a menstruação e fazem com que o
endométrio continue a crescer e armazenar grandes quantidades de nutrientes em vez
de descamar-se no produto menstrual. Por conseguinte, as células semelhantes as
células deciduais que se desenvolvem no endométrio durante o ciclo sexual feminino
normal tornam-se na verdade células deciduais verdadeiras —bastante inchadas e
nutritivas— mais ou menos na mesma época em que o blastocisto se implanta
Sob a influência da gonadotropina coriônica, o corpo lúteo no ovário materno cresce
cerca de duas vezes o seu tamanho inicial em mais ou menos 1 mês depois do início da
gravidez e sua secreção continua de estrogênio e progesterona mantem a natureza
decídua do endométrio uterino, o que é necessário para o desenvolvimento inicial do
feto.
Se o corpo lúteo for removido antes de aproximadamente 7 semanas de gestação,
quase sempre ocorrerá aborto espontâneo, as vezes até a 12° semana. Depois dessa
época, a placenta secreta quantidades suficientes de progesterona e estrogênios para
manter a gravidez pelo restante do período gestacional. O corpo lúteo, involui
lentamente depois da 13° a 17° semana da gestação.

Efeitos do HCG sobre os testículos fetais


A gonadotropina coriônica humana também exerce um efeito estimulador das células
intersticiais sobre os testículos do feto masculino, resultando na produção de
testosterona em fetos masculinos até o nascimento. Essa pequena secreção de
testosterona durante a gestação é o que faz com que os órgãos sexuais masculinos
cresçam no feto, em vez de órgãos genitais femininos. Perto do final da gestação, a
testosterona secretada pelos testículos fetais também faz com que os testículos
desçam para o saco escrotal.

7.Como ocorre a secreção de estrogênio pela placenta? E qual a função


do estrogênio na gravidez?
A placenta, assim como o corpo lúteo, secreta tanto estrogênios quanto progesterona.
Estudos histoquímicos e fisiológicos mostram que esses dois hormônios, como a
maioria dos hormônios placentários, são secretados pelas células sinciciais
trofoblásticas da placenta.
A secreção de estrogênios placentários é diferente daquela secretada pelos ovários e
os estrogênios secretados pela placenta não são sintetizados de novo a partir de
substratos básicos da placenta. Em vez disso, eles são formados quase inteiramente a
partir dos compostos esteroides androgênicos, DHEAS e 16-
hidroxidesidroepiandrosterona, que são formados tanto nas glândulas adrenais da
mãe como nas do feto. Esses androgênios são produzindo pelo feto, transportados até
a placenta e convertidos pelas células trofoblásticas em estradiol, estriol e estrona.

Função do estrogênio na gravidez


Durante a gravidez, as quantidades extremas de estrogênio causam (1) aumento do
útero materno, (2) aumento das mamas maternas e crescimento da estrutura dos
ductos da mama, e (3) aumento da genitália externa feminina da mãe.
Os estrogênios também relaxam os ligamentos pélvicos da mãe, de maneira que as
articulações sacroilíacas tornam-se relativamente maleáveis e a sínfise púbica elástica.
Essas mudanças facilitam a passagem do feto através do canal do parto.

8. Como ocorre a secreção de progesterona pela placenta? E qual a


função da progesterona na gravidez?
A progesterona é também essencial para uma gravidez boa sucedida. Além de ser
secretada em quantidades moderadas pelo corpo lúteo no inicio da gravidez, é
secretada posteriormente em quantidades enormes pela placenta, aumentando em
media cerca de 10x durante o curso da gravidez.
Os efeitos especiais da progesterona essenciais a progressão normal da gravidez são os
seguintes:
1- A progesterona faz com que células decíduas desenvolvam-se no endométrio
uterino, e essas células tem um papel importante na nutrição do embrião
inicial.
2- A progesterona diminui a contratilidade do útero gravido, evitando assim que
contrações uterinas causem aborto espontâneo
3- A progesterona contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes
da implantação, pois especificamente aumenta as secreções das trompas de
Falópio e do útero, proporcionando material nutritivo apropriado para o
desenvolvimento da mórula e do blastocisto.
4- A progesterona secretada durante a gravidez ajuda o estrogênio a preparar as
mamas da mãe para a lactação

9. Qual a função do hormônio somatomamotropina coriônica humana na


gravidez?
Esse hormônio começa a ser produzido por volta da quinta semana de gestação. Sua
secreção aumenta de forma progressiva durante a gravidez em proporção direta ao
peso da placenta. Embora as funções da somatomamotropina coriônica sejam incertas,
ela é secretada em quantidades muitas vezes maiores do que todos os outros
hormônios da gravidez combinados, e tem diversos possíveis efeitos importantes.
1. Causa desenvolvimento parcial das mamas — sendo por isso chamado primeiro
de lactogênio placentário humano.
2. Tem ações semelhantes ao hormônio do crescimento, causando a formação de
tecidos proteicos.
3. Diminui a sensibilidade a insulina e a utilização de glicose pela mãe, gerando
assim quantidades maiores de glicose para o feto para promover energia para o
seu crescimento.
4. Promove a liberação de AGLs, proporcionando fonte alternativa de energia
para a mãe.

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