Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução...................................................................... 3
2. Gestação........................................................................ 3
3. Parto..............................................................................10
4. Lactação.......................................................................13
Referências Bibliográficas .........................................25
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 3
1. INTRODUÇÃO 2. GESTAÇÃO
As funções reprodutivas femininas Se o óvulo for fertilizado, ocorrerá
podem ser divididas em duas fases nova sequência de eventos, denomi-
principais: (1) a preparação do cor- nada gestação ou gravidez, e o óvulo
po da mulher para a concepção e a fertilizado acabará se desenvolvendo
gravidez; e (2) o período da gravi- em um feto a termo.
dez em si.
Em relação ao ciclo menstrual femini- Maturação e Fertilização do Óvulo
no, a cada 28 dias, aproximadamen-
te, hormônios gonadotrópicos da hi- Enquanto ainda no ovário, o óvulo se
pófise anterior fazem com que cerca encontra no estágio de oócito primá-
de 8 a 12 novos folículos comecem rio. Pouco antes de ser liberado do
a crescer nos ovários. Um desses fo- folículo ovariano, seu núcleo se divide
lículos finalmente se desenvolve ao por meiose, e o primeiro corpo polar
seu estágio final e ovula no 14 o dia é expelido do núcleo do oócito, que
do ciclo. Durante o crescimento dos passe se oócito primário a oócito se-
folículos, é secretado, principalmen- cundário. Nesse processo, cada um
te, estrogênio. Depois da ovulação, as dos 23 pares de cromossomos per-
células secretoras dos folículos resi- de um de seus componentes, que se
duais se desenvolvem em corpo lúteo incorpora no corpo polar que é expe-
que secreta grande quantidade dos lido, deixando 23 cromossomos sem
principais hormônios femininos, es- par no oócito secundário.
trogênio e progesterona. Depois de Quando ocorre a ovulação, o óvulo é
outras duas semanas, o corpo lúteo expelido diretamente para a cavidade
degenera, quando, então, os hormô- peritoneal e deve, então, entrar em uma
nios ovarianos, estrogênio e proges- das trompas de Falópio (tubas uterinas)
terona, diminuem bastante, iniciando para chegar à cavidade uterina. As ter-
a menstruação. Um novo ciclo ovaria- minações fimbriadas de cada trompa
no, então, se segue. Caso haja a fe- de Falópio repousam naturalmente ao
cundação do óvulo, o corpo lúteo se redor dos ovários. As superfícies inter-
mantém, secretando progesterona e nas dos tentáculos fimbriados são re-
dando sequência à gestação e ao de- vestidas de epitélio ciliado, e os cílios
senvolvimento do embrião. são ativados pelo estrogênio ovariano,
que faz com que eles batam na direção
da abertura, ou óstio, da trompa de Fa-
lópio envolvida, permitindo com que o
óvulo a adentre (Fig. 1).
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 4
Pregas tubárias
Fímbrias
A fertilização do óvulo ocorre normal- mais uma vez, formando o óvulo ma-
mente na ampola de uma das tubas duro, e mais um segundo corpo po-
uterinas, pouco depois de o esper- lar, que é expelido. O núcleo do óvu-
matozoide e o óvulo entrarem na am- lo, ainda contendo 23 cromossomos,
pola. Entretanto, antes que o esper- passa a ser chamado de pronúcleo
matozoide consiga entrar no óvulo, feminino. Neste mesmo momento o
ele precisa primeiro penetrar a coroa espermatozoide fertilizador também
radiada e, em seguida, se fixar e pe- passa por alterações. Ao entrar no
netrar a zona pelúcida que circunda o óvulo, sua cabeça incha, formando o
óvulo. pronúcleo masculino.
Uma vez que o espermatozoide tenha Posteriormente, os 23 cromossomos
entrado no óvulo o oócito se divide sem pares do pronúcleo masculino
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 5
Coroa
Coroa radiada dispersada
radiada
A B
Espermatozoide Espermatozoide
Pronúcleo
masculino
Pronúcleo
C D feminino E Centrossomo
Figura 2. Fertilização do óvulo. A, O óvulo maduro cercado pela coroa radiada. B, Dispersão da coroa radiada. C, En-
trada do espermatozoide. D, Formação dos pronúcleos masculino e feminino. E, Reorganização do complemento total
de cromossomos e início da divisão do óvulo. Fonte: Tratado de Fisiologia Médica. Guyton e Hall, 2017.
Zigoto Trompa de
Falópio
Blastocisto
chega ao
útero (dias
Ovulação 4-5)
Óvulo Ovário Blastocisto
A implanta-se
(dias 5-7)
Cavidade Útero
amniótica
Células
trofoblásticas
invadindo o
B endométrio
Figura 3. A, Ovulação, fertilização do óvulo na trompa de Falópio e implantação do blastocisto no útero. B, Ação das
células trofoblásticas na implantação do blastocisto no endométrio uterino. Fonte: Tratado de Fisiologia Médica. Guy-
ton e Hall, 2017.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 7
SAIBA MAIS!
A secreção da gonadotropina coriônica pode primeiro ser medida no sangue, 8 a 9 dias após
a ovulação, pouco depois do blastocisto se implantar no endométrio. Em seguida, a secreção
aumenta rapidamente, atingindo nível máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação e
diminuindo novamente a valor mais baixo, por volta de 16 a 20 semanas, continuando nesse
nível pelo restante da gravidez.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 8
GESTAÇÃO
Maturação e Fertilização
Hormônios
do Óvulo
Estrogênio
Oócito secundário 1. Corpo lúteo
Progesterona
Estrogênio
Ovulação
Somatomamotropina
Progesterona
Trompas de Falópio
Espermatozoide
SAIBA MAIS!
Muito embora animais hipofisectomizados ainda consigam ter seus filhotes a termo, o traba-
lho de parto é prolongado devido à ausência de ocitocina, provocando déficit nas contrações
uterinas.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 11
Contrações Musculares
Abdominais Durante O Trabalho
De Parto
Quando as contrações uterinas se
tornam fortes durante o trabalho de
parto, sinais de dor originam-se tan-
to do útero quanto do canal de parto.
Esses sinais provocam reflexos neu-
rogênicos na medula espinal para os
músculos abdominais, causando con-
trações intensas desses músculos. As
contrações abdominais acrescentam
muito à força que provoca a expulsão
do bebê.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 13
PARTO
Distensão ou irritação
Ocitocina
do colo uterino
Hormônios Fetais
Ligamentos suspensores
da mama (de Cooper)
Ductos lactíferos
Seios lactíferos
Gordura subcutânea
Lóbulos da glândula mamária
Tecido conjuntivo
Ductos
galactóforos
Figura 6. Glândula mamária no estado de repouso. Fonte: Histologia Básica. Junqueira, 2013.
SAIBA MAIS!
A primeira secreção das glândulas mamárias após o parto é chamada colostro. Contém me-
nos gordura e mais proteína que o leite regular e é rico em anticorpos (predominantemente
lgA secretora), que fornecem algum grau de imunidade passiva ao recém-nascido, especial-
mente no lúmen intestinal.
Capilar
Capilar
Célula mioepitelial
Figura 8. Células secretoras da glândula mamária. Note da esquerda para a direita o acúmulo e a extrusão de
lipídios e proteínas. As proteínas são liberadas por exocitose. Fonte: Histologia Básica. Junqueira, 2013.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 19
Ductos
intralobulares
Abertura externa:
Células epiteliais Epitélio estratificado
Ducto interlobular epitélio estratificado
secretoras colunar ou cuboide
pavimentoso
Anatomia e
Histologia da
Alvéolos lactíferos Lóbulos Ducto lactífero Papilas mamárias
Glândula Mamária
e Mamas
SAIBA MAIS!
Quando uma mulher está amamentando, a ação mecânica da sucção do mamilo estimula re-
ceptores táteis, resultando em liberação de ocitocina da neuro-hipófise. Este hormônio causa
a contração das células mio epiteliais nos alvéolos e ductos, resultando em expulsão do leite
(reflexo de ejeção do leite). Estímulos emocionais negativos, como frustração, ansiedade ou
raiva, podem se refletir no funcionamento do hipotálamo e inibir a liberação de ocitocina, pre-
venindo, assim, o reflexo.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 22
FISIOLOGIA DA
LACTAÇÃO
Cortisol Insulina
Insulina GH
GH Somatomamotropina
Prolactina Paratormônio
Cortisol
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 24
Somatomamotropina
Hormônios Fetais
Prolactina Insulina GH Paratormônio
Oócito primário
Anatomia e
Gestação Histologia da Glândula Ductos
Oócito secundário Mamária e Mamas intralobulares
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Hall, John E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Keith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M.R. Agur. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed.
Rio de Janeiro: Koogan, 2014.
Junqueira, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.
GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 26