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TUTORIA

PROBLEMA I – FECHAMENTO II
1. DESCREVER AS FASES DA FECUNDAÇÃO.
Fase reprodutiva:
 Ato sexual
 Gametogênese, ciclos reprodutivos femininos (ovariano e menstrual)
 Transporte dos gametas: ovócitos pelos cílios e peristalse da tuba uterina, auxilio do liquido
folicular. Espermatozoide com a emissão e ejaculação (expelido pela uretra através do óstio uretral
externo; isso é resultado do fechamento do esfíncter vesical no colo da bexiga, da contração do
músculo uretral e da contração dos músculos bulboesponjosos) do sêmen. As prostaglandinas
(substâncias fisiologicamente ativas) no sêmen parecem estimular a motilidade uterina (contrações)
no momento da relação sexual e auxiliam na movimentação dos espermatozoides até o local da
fecundação na ampola da tuba uterina.
 Capacitação dos espermatozoides: incapazes de realizar a fecundação logo após a ejaculação,
são necessárias cerca de 7 horas para estarem capacitados por substâncias vaginais e uterinas.
na fertilização in vitro, a capacitação é induzida pela incubação dos espermatozoides em um meio
específico por várias horas. A capacitação vai permitir a reação acrossomica (acrossomo e
membrana plasmática do espermatozoide) quando encontrar com a coroa radiata e permitindo a
liberação da hialuronidase para perfurar a zona pelúcida. uma camada de glicoproteínas e
proteínas plasmáticas seminais é removida da membrana plasmática que recobre a região
acrossômica do espermatozoide.
 Viabilidade dos gametas: Estudos dos estágios iniciais do desenvolvimento indicam que os oócitos
humanos são geralmente fecundados dentro de 12 horas após a ovulação, não sendo fecundados
após 24 horas, degeneram-se.
 homens cujo sêmen contenha 20 milhões de espermatozoides por mililitro ou 50 milhões no sêmen
total são provavelmente férteis. Um homem com menos de 10 milhões de espermatozoides por
mililitro de sêmen é menos provável de ser fértil, especialmente quando a amostra contém
espermatozoides imóveis e defeituosos.

 Normalmente, o local da fecundação é a ampola da tuba uterina. Se o oócito não for fecundado na
ampola, ele passa lentamente pela tuba e chega ao corpo do útero, onde se degenera e é
reabsorvido. Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba, ela não ocorre no
corpo do útero. Sinais químicos (atrativos) secretados pelos oócitos e pelas células foliculares
circundantes guiam os espermatozoides capacitados (quimiotaxia dos espermatozoides) para o
oócito. A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se
inicia com o contato entre um espermatozoide e um oócito e termina com a mistura dos
cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto (embrião
unicelular), dando início ao desenvolvimento humano. Essa célula altamente especializada,
totipotente (capaz de diferenciar-se em qualquer tipo celular), marca o início de cada um de nós
como indivíduo único. Alterações em qualquer estágio na sequência desses eventos podem causar
a morte do zigoto. O processo da fecundação leva aproximadamente 24 horas.
 FASES:
 Passagem de um espermatozoide através da corona radiata:
Dispersão das células foliculares que circundam a zona pelúcida dos ovócitos a partir da enzima
acrossômica, hialuronidase. A tuba uterina também auxilia a partir de enzimas da mucosa e o
movimento da cauda dos espermatozoides.
 Penetração na zona pelúcida:
A formação de uma passagem também é resultado da ação de enzimas acrossômicas. As enzimas
esterase, acrosina e neuraminidase parecem causar a lise (dissolução) da zona pelúcida, formando
assim uma passagem para o espermatozoide penetrar o oócito. A mais importante dessas enzimas
é a acrosina, uma enzima proteolítica. O acrossoma se liga a glicoproteína ZP3 da zona pelúcida.
 Reação zonal: após a penetração na zona pelúcida, é uma alteração nas suas propriedades,
tornando-a impermeável a outros espermatozoides. A composição dessa cobertura glicoproteica
extracelular muda após a fecundação. Acredita-se que a reação zonal é o resultado da ação de
enzimas lisossomais (de digestão intracelular, peptidases – aminoácidos -, nucleases – ácidos
nucleicos-, lipases – lipídios-) liberadas por grânulos corticais próximos a membrana plasmática do
oócito. O conteúdo desses grânulos, que são liberados no espaço perivitelino (entre a zona P e
citoplasma), também provoca alterações na membrana plasmática tornando-a impermeável a
outros espermatozoides.
A permeabilidade da zona pelúcida se altera quando a cabeça do
espermatozoide contata a superfície do oócito. Esse contato resulta na liberação das enzimas
lisossomais dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana plasmática do oócito. Por sua
vez, essas enzimas alteram as propriedades da zona pelúcida (reação da zona), para evitar a
penetração do espermatozoide e inativar os locais de receptores específicos de espécies para o
espermatozoide na superfície da zona.
 Fusão da membrana plasmática dos oocitos e do espermatozoide:
As membranas plasmáticas ou celulares do oócito e do espermatozoide se fundem e se rompem
na região da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito), mas a
membrana celular espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não entram.
A adesão inicial do espermatozoide ao oócito é mediada parcialmente pela interação entre
integrinas do oócito e seus ligantes, desintegrinas, no espermatozoide. Após a adesão, as
membranas plasmáticas do espermatozoide e do oócito se fundem (Figura 3.5). Como a
membrana plasmática que cobre a cabeça acrossômica desaparece durante a reação
acrossômica, a fusão de fato é alcançada entre a membrana do oócito e a membrana que recobre
a região posterior da cabeça do espermatozoide (Figura 3.5). Nos seres humanos, tanto a cabeça
quanto a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática é
deixada para trás, na superfície do oócito. Tão logo o espermatozoide entre no oócito, este
responde de três maneiras:
 Término da segunda divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino:
Quando o espermatozoide penetra o oócito, este é ativado e termina a segunda divisão meiótica
formando um oócito maduro e um segundo corpo polar. Em seguida, os cromossomos maternos
(22 mais X) se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino.
 Formação do pronúcleo masculino.
Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronúcleo
masculino, e a cauda do espermatozoide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e
feminino são indistinguíveis. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam seu DNA-1 n
(haploide), 2 c (duas cromátides). O oócito contendo os dois pronúcleos haploides é denominado
oótide.
 Fusão dos prónucleos:
se fundem em um único agregado diploide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto. Os
cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem imediatamente, em preparação
para as sucessivas divisões do zigoto.
Clivagem: o zigoto ou célula ovo efetua uma sé- rie de divisões mitóticas consecutivas, dando
origem a multicelu- laridade do embrião. Cada uma das células resultantes da clivagem do zigoto
é denominada de blastômeros.
 O zigoto é geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e a outra metade é
paterna. O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos diferente da combinação das
células paternas. Esse mecanismo é a base da herança biparental e da variação da espécie
humana. A meiose possibilita a distribuição aleatória dos cromossomos paternos e maternos entre
as células germinativas. O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos
cromossomos paterno e materno “embaralha” os genes, produzindo uma recombinação do material
genético. O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação dependendo do tipo de
espermatozoide (X ou Y) que fecunde o oócito. A fecundação por um espermatozoide que carrega
o cromossomo X produz um zigoto 46,XX, que se desenvolve em um embrião feminino; já a
fecundação por um espermatozoide que carrega o cromossomo Y gera um zigoto 46,XY, que se
desenvolve em um embrião masculino.
PRÉ SELEÇÃO DO SEXO- DIFERENCIAÇÃO X E Y:
 As diferenças na capacidade natatória dos espermatozoides X e Y.
• A diferença de velocidade de migração dos espermatozoides em um campo elétrico.
• As diferenças na forma dos espermatozoides X e Y.
• A diferença no DNA entre os espermatozoides X (2,8% mais DNA) e Y.

INFERTILIDADE
A infertilidade ocorreem 15% a 30%doscasais. A infertilidade masculina pode ser resultado de
número e/ou mobilidade insuficiente de espermatozoides. Normalmente,o volumeejaculadovariade
2a6ml, com até100milhõesdeespermatozoidespor mililitro. Os homenscom
20milhõesdeespermatozoidespor mililitrooucom 50milhõesdeespermatozoidespor ejaculação
habitualmentesão inférteis. A infertilidade feminina pode ter várias causas, incluindo oclusão das
tubas uterinas (comumente causada por doença inflamatóriapélvica), mucocervical hostil,
imunidadeaosespermatozoides,ausênciadeoocitação,entreoutras. O citrate de clomifeno éum
medicamentousadopara aumentar as concentraçõesde FSH a fim de estimular aoocitação. É
administrado no início do ciclo menstrual para fazer com que a mulher que não ovula ou não o faz
regularmente ovule. É empregado ainda afim de estimular o desenvolvimento
doóvuloparausoemprocedimentosdefertilizaçãoinvitro.

Quando tem poucos espermatozoides (oligozoospermia) ou nenhum (azoospermia), pode ser


utilizada a técnica de injeção introcitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Maior risco de defeitos
congênitos.

REPRODUÇÃO ASSISTIDA
IN VITRO E TRANSFERENCIA DE EMBRIOES
Os folículos ovarianos são estimulados a se desenvolverem e a amadurecerem pela administração
de citrato de clomifeno ou gonadotrofina (superovulação).
• Vários oócitos maduros são aspirados de folículos ovarianos maduros durante uma laparoscopia.
Os oócitos também podem ser colhidos de dentro dos folículos por uma agulha guiada por
ultrassonografia inserida através da vagina.
• Os oócitos são colocados em uma placa de Petri contendo um meio de cultura especial e
espermatozoides capacitados.
• A fertilização dos oócitos e a clivagem dos zigotos são monitoradas microscopicamente por 3 a 5
dias.
• Dependendo da idade da mãe, de um a três embriões formados (no estágio de quatro a oito
células ou blastocistos iniciais) são transferidos para o interior do útero introduzindo-se um cateter
através da vagina e do colo uterino. Qualquer embrião remanescente é armazenado em nitrogênio
líquido para uso posterior. O período mais longo de criopreservação de espermatozoides e que
resultou em um procedimento bem- sucedido foi de 21 anos.
• A paciente permanece em posição supina (face para cima) por várias horas. Após a FIV, as
chances De gravidez múltipla (gemelar) são maiores, assim como a incidência de abortos
espontâneos.

FERTILIZAÇÃO IN VIVO: são coletados oocitos igual na in vitro, porém, são injetados
separadamente na ampola, tendo sua fecundação em local normal.

MÃES SUBSTITUTAS: desenvolvem o oocito mas não tem útero, histerectomia, ou não
conseguem desenvolver. Implanta este em outra mulher.

Vários estudos apontaram uma alta incidência de nascimentos defeituosos, incluindo tumores
embrionários e alterações cromossômicas (mutações genéticas), em crianças concebidas como
resultado de tecnologias reprodutivas assistidas. O acompanhamento a longo prazo e a avaliação
dessas crianças fornecerão mais informações para pais e médicos.
A prole dessas Concepções apresenta aumentode prematuridade (37semanasde gestação),
baixopesoao nascer (2.500g), muito baixo peso ao nascer (1.500 g) e alguns tipos de defeitos
congênitos. A maioria desses desfechos adversos é causada pela taxa aumentada de
gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos etc.)

2. EXPLICAR OS EVENTOS QUE OCORREM DA 1º SEMANA ATÉ A NIDAÇÃO (2º SEMANA).

1ª SEMANA
 CLIVAGEM DO ZIGOTO:
A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um aumento rápido
do número de células (blastômeros) que tornam-se menores a cada divisão, mantendo o zigoto
dentro da zona pelúcida.
Inicia cerca de 30 horas após a fecundação e ocorre na passagem do zigoto da tuba para o útero.
Compactação: fenômeno que ocorre após a formação de 9 células, quando os blastômeros
mudam sua forma, se unindo e formando uma bola compacta, possibilitando uma maior interação
entre as células, as internas, massa celular interna vai formar os tecidos do embrião e a externa, o
trofoblasto e a posterior separação das células que formarão o embrioblasto (massa da cavidade
interna, agrupamento de células) do blastocisto. Unidas por junção de oclusão

Mórula: 12 a 32 blastômeros. As células internas da mórula são circundadas pelas células


trofoblásticas, que vão fazer a ligação com o endométrio. A mórula se forma aproximadamente 3
dias após a fecundação e chega ao útero 4 dias após a fecundação.
Não há aumento do embrião até o fim da zona pelúcida.
Trofoblasto: vai dar origem posteriormente à placenta.
A separação do trofoblasto e embrioblasto é ajudada pela sinalização da via hippo

Mosaicismo: relacionado a não disjunção, onde o cromossomo adicional pode ser perdido durante
a divisão inicial do zigoto. Indivíduos assim são menos gravemente afetados.

 FORMAÇÃO BLASTOCISTO (BLASTOGÊNESE)

Após a mórula chegar ao útero, o liquido uterino atravessa as paredes da zona pelúcida e forma no
interior da mórula um espaço que é preenchido por esse, a cavidade blastocística, a blastocele. O
aumento do liquido divide os blastômeros em duas partes:
• Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto, parede epitelial do blastocisto, (Grego trophe,
nutrição), que formará a parte embrionária da placenta
• Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o embrioblasto (massa celular interna), que
formará o embrião

Uma proteína imunossupressora, o fator de gestação inicial, é secretada pelas células


trofoblásticas e aparece no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator de
gestação inicial é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento.

Após 2 dias flutuando nas secreções uterinas e se nutrindo pelas secreções de suas glândulas, a
zona pelúcida é degenerada e permite o crescimento rápido do blastocisto.
Aproximadamente 6 dias após a fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o
blastocisto adere ao epitélio endometrial, que se encontra na fase secretória ou progestacional,
pelos trofoblastos, normalmente adjacente ao polo embrionário, polo que contém o embrioblasto. A
ligação inicial é feita pela Selectina L das células trofoblásticas, proteínas dos leucócitos que
capturam os carboidratos presentes na superfície endotelial, após isso, é o trabalho da integrina
(mediadoras de interações intercelulares) dos trofoblastos e as moléculas extracelulares
laminina e fibronectina (A laminina é uma glicoproteína que é formada por três cadeias
polipeptídicas dispostas em cruz. Sua função é a de ancorar as células epiteliais à ECM, da qual
faz parte, através de associações a outras proteínas como as integrinas, o colágeno, a elastina e a
fibronectina.)
Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se
diferencia em duas camadas:
 Uma camada interna, o citotrofoblasto.
• Uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática
multinucleada na qual nenhum limite celular pode ser observado. Aos 7 dias: o sinciciotrofoblasto
penetrou o epitélio e começou a invadir o tecido conjuntivo endometrial.
As células mitóticas são encontradas no citotrofoblasto, mas não no sinciciotrofoblasto. Assim, as
células do citotrofoblasto se dividem e migram para o sinciciotrofoblasto, no qual se fusionam e
perdem suas membranas celulares individuais.

As células tronco embrionárias (CTEs): são retiradas do embrioblasto e como são pluripontentes
podem se diferenciais em qualquer tipo celular ou tecidual, tendo o potencial de curar inúmeras
doenças, diabetes, Alzheimer, Parkinson, anemia.

Diagnóstico genético pré-implantação: nos casos de FIV, permite a partir da retirada de um


blastômero, de 3 a 5 dias, determinar o sexo do embrião, antes da transferência para o útero, para
analisar pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e pelas técnicas de hibridização in situ por
fluorescência (FISH), em casos do embrião masculino ter grandes chances de problemas
genéticos.

Embriões anormais e abortos espontâneos: Muitos zigotos, mórulas e blastocistos abortam


espontaneamente. A implantação inicial do blastocisto representa um período crítico do
desenvolvimento que pode falhar devido à produção inadequada de progesterona e de estrogênio
pelo corpo lúteo, responsáveis pela preparação do endométrio, dilatação dos vasos e artérias para
maior disponibilização de sangue para região.
Acredita-se que a taxa de aborto espontâneo precoce seja de aproximadamente 45%, acontecendo
muitas vezes sem que a mulher perceba, quando ela relata atraso da menstruação e um posterior
fluxo menstrual maior e incomum, houve um aborto.
O aborto espontâneo precoce ocorre por uma série de razões, uma delas é a presença de
anomalias cromossômicas, mais da metade, indicando uma forma de seleção natural a mal
formações congênitas.

Fatores intrínsecos e da matriz extracelular modulam em sequências cuidadosamente


programadas a diferenciação do trofoblasto, como o fator de crescimento transformador b (TGF –
B) que regula a proliferação e a diferenciação do trofoblasto a partir de quinases proteicas
serina/treonina.

Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio


endometrial e invadem o tecido conjuntivo a partir da erodição desse por enzimas da camada. No
final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do
endométrio e obtém a sua nutrição dos tecidos maternos erodidos. As células endometriais
também participam controlando a profundidade da penetração do sinciciotrofoblasto.
Por volta de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto (endoderma primário do saco vitelínico),
aparece na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística . Dados embriológicos
comparativos sugerem que o hipoblasto surge por delaminação (separação em camadas) dos
blastômeros do embrioblasto.

PROBLEMAS CLÍNICOS:
 Blastomeros da mórula com conjunto extra de cromossomos: Uma mórula com um conjunto extra
de cromossomos em suas células é chamada de embrião triploide. Essa anormalidade
cromossômica geralmente resulta da fecundação de um oócito por dois espermatozoides
(dispermia). Um feto pode se desenvolver a partir de uma mórula triploide e nascer vivo; entretanto,
isto não é comum. A maioria dos fetos triploides é abortada espontaneamente; se nascem vivos, os
recém-nascidos triploides morrem em poucos dias
 Infertilidade: O bloqueio das tubas uterinas resultante de uma infecção é uma das principais causas
da infertilidade nas mulheres. Uma vez que a oclusão impede o oócito de ter contato com o
esperma, a fecundação não pode ocorrer. A infertilidade em homens geralmente resulta de defeitos
na espermatogênese. Os testículos que não desceram são uma das causas da aspermatogênese
(falha da formação dos espermatozoides); no entanto, os testículos normalmente posicionados
podem não produzir um número adequado de espermatozoides ativamente móveis.
 Pessoas com células de 46 e de 47: O mosaicismo resulta da não separação dos cromossomos de
cromátides duplas, mais frequentemente durante a clivagem precoce de um zigoto do quedurante a
gametogênese. Como consequência, o embrião tem duas linhas de células com diferentes
números de cromossomos. As pessoas que se desenvolvem a partir desses embriões
cromossomicamente anormais são mosaicos. Aproximadamente 1% das pessoas com síndrome de
Down são mosaicos. Elas têm características relativamente leves da síndrome e são mentalmente
menos deficientes do que o habitual. O mosaicismo pode ser detectado antes do nascimento por
estudos citogenéticos após uma amniocentese ou amostragem das vilosidades coriônicas.

2ª SEMANA
 nidação o processo de implantação do óvulo fecundado no endométrio, tecido que reveste a
parte interna do útero.

À medida que a implantação do blastocisto ocorre, mudanças morfológicas no embrioblasto


produzem um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto e pelo hipoblasto. O disco
embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião.
As estruturas extraembrionárias que se formam durante a segunda semana são a cavidade
amniótica, o âmnio, a vesícula umbilical conectada ao pedículo e o saco coriônico.

 TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO:


A implantação do blastocisto termina durante a segunda semana. Ela ocorre durante um período
restrito entre 6 e 10 dias após a ovulação e a fecundação. Conforme o blastocisto se implanta (Fig.
3-1A), mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia nas duas camadas já
conhecidas.

Mecanismos moleculares de implantação:


 Microvilosidades das células endometriais, pequenas projeções do citoplasma
 Moléculas de adesão celular (integrinas, mediadoras de relações intercelulares), citocinas (liga-se a
receptores específicos da membrana das células – alvo), prostaglandinas (aumentam a
permeabilidade capilar e tem o poder de quimiotaxia, contração e relaxamento do músculo,
dilatação e constrição dos vasos, controle da pressão sanguínea)
 Hormônios gonadotrofina coriônica (HCG) e progesterona
Obs: HCG – produzido no início da gravidez e objetivando as boas condições do endométrio até após
o parto. Produzido e secretado pelas células do trofoblasto, também chamadas de coriônicas,
mandado para circulação sanguínea através dos vasos nas camadas mais profundas do endométrio.
Sua função é chegar até os ovários e manter o corpo lúteo para a continuação da produção de
progesterona que gera as boas condições do endométrio para gravidez. Atinge seu pico com 9
semanas e continua um mês pós parto. Pode indicar presença de algumas doenças, como câncer

 Proteínas quinase, torna o endométrio mais receptivo

No local de implantação, as células começam a produzir e acumular muito glicogênio e lipídios e a ser
incorporadas pelo sinciciotrofoblasto, as chamadas células deciduais, que vao servir como grande fonte
nutritiva para o embrião. O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na
circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto
 FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DO DISCO EMBRIONÁRIO E DA VESÍCULA
UMBILICAL (SACO VITELÍNICO)

Oitavo dia: Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no


embrioblasto; o primórdio da cavidade amniótica. Logo, as células amniogênicas (formadoras do
âmnio, células que revestem a cavidade amniótica), os amnioblastos, se separam do epiblasto, que
são adjacentes ao citotrofoblasto, e formam o âmnio, que reveste a cavidade amniótica.
Concomitantemente, ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto (massa celular da qual se
desenvolve o embrião) que resultam na formação de uma placa bilaminar, quase circular, de
células achatadas. O disco embrionário, que é formado por duas camadas:
• O epiblasto, uma camada mais espessa, constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a
cavidade amniótica.
• O hipoblasto, composto de células cuboides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica.
O hipoblasto, junto com a membrana exocelômica reveste e forma a vesícula umbilical primitiva.
Cavidade blastocística – cavidade exocelômica – vesícula primitiva
As células do endoderma da vesícula produzem uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma
extraembrionário, que passa a envolver o âmnio e a vesícula umbilical. A vesícula umbilical e a
cavidade amniótica possibilitam os movimentos morfogenéticos das células do disco embrionário.
Nono dia: Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e a vesícula umbilical aparecem
lacunas (pequenos espaços) no sinciciotrofoblasto. As lacunas são preenchidas por um mistura de
sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e os restos celulares das
glândulas uterinas erodidas. Esse fluido dos espaços lacunares, o embriotrofo, chega ao disco
embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião. – estágio lacunar
Circulação uteroplacentária primitiva: A comunicação dos capilares endometriais rompidos com
as lacunas no sinciciotrofoblasto. O sangue materno, a partir das lacunas, fornece oxigênio e
nutriente ao embrião. Sangue oxigenado pela artérias endometriais espiraladas e pouco oxigenado
é retirado das lacunas pelas veias endometriais.
No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio
uterino. Inicialmente, existe uma falha superficial no epitélio endometrial que logo é fechada por um
tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso
11° - 12° dia: o epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão. Isso resulta parcialmente
da sinalização de AMPc (adenosina monofosfato cíclica estimulada pelo FSH) e progesterona.
Assim que o concepto se implanta, as células do tecido conjuntivo endometrial continuam
passando por transformações, erudição, é a reação decidual. As células incham devido ao
acúmulo de glicogênio e lipídios no citoplasma. A principal função da reação decidual é fornecer
nutrientes para o embrião e um local imunologicamente privilegiado para o concepto.
as lacunas sinciociotrofoblásticas adjacentes se fusionam para formar a rede lacunar, dando ao
sinciciotrofoblasto uma aparência esponjosa.
As redes lacunares, particularmente ao redor do polo embrionário, são os primórdios dos espaços
intervilosos da placenta. Os capilares endometriais ao redor do embrião implantado se tornam
congestos e dilatados, formando os sinusoides maternos, vasos terminais de paredes finas e
mais largos do que os capilares normais. A formação dos vasos sanguíneos no estroma
endometrial (estrutura de tecido conjuntivo) está sob a influência do estrogênio e da progesterona,
proteína conexina 43.
Os sinusoides são erodidos pelo sinciciotrofoblasto e o sangue materno flui livremente para dentro
da rede lacunar. O trofoblasto absorve o fluido nutritivo proveniente da rede lacunar, que é
transferido para o embrião. – circulação uteroplacentária
O crescimento do disco embrionário bilaminar é lento quando comparado com o crescimento do
trofoblasto. O embrião implantado de 12 dias produz uma leve elevação na superfície endometrial
que se projeta para a cavidade uterina.
Até o décimo terceiro dia do desenvolvimento, o defeito na superfície do endométrio já se
regenerou. Algumas vezes, entretanto, ocorre sangramento no local da implantação, como
resultado de aumento do fluxo sanguíneo para os espaços lacunares. Como esse sangramento
ocorre próximo ao vigésimo oitavo dia do ciclo menstrual, pode ser confundido com sangramento
menstrual normal e, desse modo, causar inexatidão na determinação da data provável do parto.
Celoma extraembrionário: com as mudanças, o mesoderma extraembrionário aumenta e
aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados, cavidades, dentro dele que se fundem e
formam o celoma, cavidade com fluido com envolve o amnio e a vesícula umbilical, menos onde
estão aderidos ao córion, membrana fetal mais externa, onde o disco germinativo se conecta ao
trofoblasto,pelo pedículo de conexão.
celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: o mesoderma
somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio; e o mesoderma esplâncnico
extraembrionário em torno da vesícula umbilical.
Com a formação do celoma extraembrionário, a vesícula umbilical primitiva diminui e se forma a
vesícula umbilical secundária um pouco menor. Essa vesícula menor é formada por células
endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto do interior da vesícula umbilical
primitiva. Durante a formação da vesícula umbilical secundária, uma grande parte da vesícula
umbilical primitiva se desprende, deixando uma vesícula remanescente. A vesícula umbilical dos
humanos não contém vitelo; entretanto, possui funções importantes – por exemplo, ela é o local de
origem das células germinativas primordiais .ela pode ter função também na transferência seletiva
de nutrientes para o embrião.
Durante sua formação, grandes porções da cavidade exocelômica são pinçadas para fora, sendo
representadas pelos cistos exocelômicos, que são encontrados frequentemente no celoma
extraembrionário, ou cavidade coriônica
O único local onde o mesoderma extraembrionário atravessa a cavidade coriônica é no pedúnculo
embrionário. Com o desenvolvimento dos vasos sanguíneos, o pedúnculo se transforma no cordão
umbilical.
.
DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO:

 Córion: O córion é uma membrana bastante vascularizada e que envolve tanto o embrião
como todos os demais anexos embrionários, fornecendo proteção e nutrição. O embrião
humano liga-se ao córion por uma estrutura precursora do cordão umbilical
 Final da segunda semana, aparecimento das vilosidades coriônicas primárias (proliferações do
trofoblasto
 As extensões celulares crescem para dentro do sinciciotrofoblasto e são induzidas pelo
mesoderma somático extraembrionário
 Primeiro estágio de vilosidades coriônicas da placenta
Saco coriônico: O espaço revestido pelo cório é o saco coriônico; ele contém o embrião, assim
como o saco amniótico e a vesícula umbilical. As últimas três estruturas estão conectadas ao cório
pelo pedículo de conexão. O celoma extra-embrionário é a partir de então, conhecido como
cavidade coriônica.
O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion
(membrana fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico (Fig. 3-5A e B). O embrião,
o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de
conexão. (O termo vesícula umbilical é mais apropriado porque o saco vitelino não contém vitelo
em humanos.) O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica.
Obs: A ultrassonografia transvaginal (endovaginal) é usada para medir o diâmetro do saco
coriônico (Fig. 3-7). Essa medida é importante para a avaliação do desenvolvimento embrionário
inicial e da progressão da gestação.
Um embrião de 14 dias ainda tem o formato de um disco embrionário bilaminar plano (Figs. 3-8B e
3-5C), mas as células hipoblásticas de uma área localizada são agora cilíndricas e formam um
região circular espessada, a placa pré-cordal (Fig. 3-5B e C). Essa placa indica o local da boca e é
um importante organizador da região da cabeça.
PLACENTA PRÉVIA: blastocisto no óstio interno do colo do útero, cria uma placenta pra cobrir total
ou parcialmente essa área. Pode causar sangramentos pelo descolamento precoce

ABORTO:
Ameaça de aborto (sangramento com possibilidade de aborto) é uma complicação em
aproximadamente 25% das gestações clinicamente aparentes, metade acontece
Aborto espontâneo é o termino da gestação que ocorre naturalmente antes da 20a semana de
gestação. É muito comum durante a terceira semana após a fecundação. Aproximadamente 15%
das gestações terminam em aborto espontâneo, normalmente durante as primeiras 12 semanas.
Aborto habitual: expulsão espontânea em 3 ou mais gestações consecutivas
Aborto induzido: antes de 20 semanas
Aborto retido
PROBLEMAS CLÍNICOS

 MULHER TOMA MUITO ESTROGENIO:A implantação é regulada por um delicado equilíbrio entre
estrogênio e progesterona. As grandes doses de estrogênio iriam perturbar esse equilíbrio. A
progesterona faz com que o endométrio cresça mais espesso e mais vascularizado para que o
blastocisto possa incorporar-se e ser nutrido adequadamente. Quandoa mídia se referem à “pílula
do aborto”, geralmente estão se referindo a RU486 (mifepristona). Esse fármaco interfere na
implantação do blastocisto, bloqueando a produção de progesterona pelo corpo lúteo. A gestação
pode ser detectada no fina lda segunda semana após a fecundação usando testes de gravidez
altamente sensíveis. A maioria dos testes depende da presença de um fator gestacional precoce
no soro materno. A gravidez precoce também pode ser detectada por ultrassonografia.
 As mulheres com mais de 40 anos de idade são mais suscetíveis de terem um bebê com um
defeito congênito, como a síndrome de Down; no entanto, as mulheres com mais de 40 anos
também podem ter filhos normais. O diagnóstico pré-natal (p. ex.,usando biópsia das vilosidades
coriônicas ou amniocentese) dirá se o embrião possui anomalias cromossômicas graves (p.
ex.,trissomia do 13) que causariam sua morte logo após o nascimento. O exame ultrassonográfico
do embrião pode também ser realizado para a detecção de certas anomalias morfológicas (p. ex.,
defeitos dos membros e do sistema nervoso central). Na maioria dos casos, o embrião é normal e a
gestação prossegue até o final.
3. DESCREVER A GRAVIDEZ ECTÓPICA (CAUSAS E COMPLICAÇÕES.

LOCAIS DE IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO:

 Região superior mais na parede posterior


 A implantação do blastocisto pode ser detectada por ultrassonografia e por
radioimunoensaio altamente sensíveis para hCG, já no final da segunda semana

 Os blastocistos se implantam fora do útero


 95% a 98% das implantações ectópicas ocorrem nas tubas uterinas, mais frequentemente na
ampola e no istmo – principal causa de morte materna no primeiro trimestre
 A tríade clássica de sintomas de GE é dor,amenorreia e sangramento vaginal anormal. A dor
abdominal é a mais comum.
 Nas GEs, como a invasão trofoblástica é menor, a produção de -HCG também é menor. Podemos
usar sua medida seriada para corroborar o diagnóstico.
 Locais de implantação do blastocisto. O local usual na parede posterior do útero está indicado por
um X. A ordem aproximada de frequência de implantações ectópicas está indicada alfabeticamente
(A, mais comum; H, menos comum). A-F, gestações tubárias; G, gestação abdominal; H, gestação
ovariana. As gestações tubárias são o tipo mais comum de gestação ectópica. Embora
apropriadamente incluída como um local de gravidez uterina, a gravidez no colo é frequentemente
considerada uma gravidez ectópica.
 Esse aumento na incidência é bastante associado ao aumento da incidência de doença
inflamatória pélvica (DIP), o principal fator de risco para essa patologia.
 o risco de gravidez ectópica entre as mulheres afro-descendentes e outras minorias é 1,6 vezes
maior do que o risco das mulheres brancas.
 Segundo Peterson e colaboradores, em artigo publicado em 1997, a falha dos métodos
contraceptivos também aumenta o risco para GE. O risco de falha da ligadura tubária (LT), durante
o primeiro ano, varia entre 0,1 e 8%; aproximadamente um terço é gestação ectópica. O risco é
maior naquelas mulheres esterilizadas antes dos 30 anos e quando a técnica empregada é a
coagulação bipolar.
 O envelhecimento resulta em perda progressiva da atividade mioelétrica ao longo da tuba, o que
pode explicar a maior incidência de GE em mulheres na perimenopausa. Esse controle hormonal
também pode explicar a maior incidência de GE associada a falhas da pílula do dia seguinte e dos
DIUs medicados e à indução da ovulação, controle do estrogênio progesterona
 Tabagismo: a alteração na motilidade tubária mediada pela exposição à nicotina, o que pode
aumentar a implantação em nível tubário, e a diminuição na imunidade humoral e celular, que pode
alterar a resposta do epitélio tubário à inflamação.
 Uma mulher com gestação tubária apresenta os sintomas e sinais de gravidez. Ela pode também
apresentar dor e sensibilidade abdominal devido à distensão da tuba uterina, ao sangramento
anormal e à irritação do peritônio pélvico (peritonite). A dor pode ser confundida com apendicite se
a gestação acontecer na tuba uterina direita. A gestação ectópica produz β-hCG mais lentamente
do que as gestações normais; consequentemente as dosagens de β-hCG podem dar um resultado
falso-negativo, quando realizadas muito cedo. A ultrassonografia transvaginal é muito útil na
detecção precoce de gestações ectópicas tubárias (Fig. 3-9). Existem várias causas para uma
gestação tubária e elas estão frequentemente relacionadas a fatores que atrasam ou impedem o
transporte do zigoto em clivagem para o útero, por exemplo, por aderência na mucosa da tuba
uterina ou por obstrução da tuba causada por cicatriz resultante de doença inflamatória pélvica.
Geralmente, a gravidez ectópica tubária leva à ruptura da tuba uterina e à hemorragia na cavidade
abdominal durante as primeiras oito semanas, seguida de morte do embrião. São removidos
cirurgicamente
 Um blastocisto que se implanta na ampola ou nas fímbrias da tuba uterina pode ser expelido para a
cavidade peritoneal, onde normalmente ele se implanta na bolsa retrouterina (uma bolsa formada
por uma dobra do peritônio entre o reto e o útero). Em casos excepcionais, uma gestação
abdominal pode chegar a termo e o feto pode ser removido com vida por meio de uma laparotomia.
Normalmente, entretanto, a placenta se adere aos órgãos abdominais (Fig. 3-10G), o que causa
sangramento intraperitoneal bastante considerável. 7x pior que a tubária.
 Obs: em casos incomuns um concepto morre e não é detectado, calcificando e formando o “feto de
pedra”, litopédio, tecidos se ressecam sem a irrigação de sangue e começam a ficar impregnados
de cálcio. Segundo o obstetra, a calcificação do feto pode demorar de 23 a cem anos para
ocorrer
 As gestações heterotópicas (intrauterina e extrauterina simultaneamente) são raras, a incidência é
maior em mulheres tratadas com fármacos; que induzem a ovulação como parte das tecnologias
de reprodução assistida. A gestação ectópica é mascarada inicialmente pela presença da gestação
uterina. Normalmente, a gestação ectópica pode ser interrompida por remoção cirúrgica da tuba
uterina envolvida sem interferir na gestação intrauterina
 As implantações cervicais (no colo uterino) são raras (Fig. 3-10); em alguns casos, a placenta se
adere fortemente ao tecido fibromuscular do colo uterino, frequentemente resultando em
sangramento, o que requer intervenção cirúrgica subsequente, tais como a histerectomia (excisão
do útero).
 As GEs de localização cervical são melhor tratadas com metotrexato local ou injeção de
substâncias hipertônicas.
 Tratamento medicamentoso: metotrexato, antagonista do ácido fólico, inibe a síntese de DNA e
RNA e, consequentemente, a replicação celular.


INIBIÇÃO DA IMPLANTAÇÃO
 A administração de doses relativamente altas de progesterona e/ou estrogênio (“pílula do dia
seguinte”) durante vários dias, começando logo após uma relação sexual não protegida,
geralmente não impede a fecundação, mas frequentemente impede a implantação do blastocisto.
Uma alta dose de dietilestilbestrol, administrado diariamente durante 5 a 6 dias, também pode
acelerar a passagem do zigoto em clivagem ao longo da tuba uterina. Normalmente, o endométrio
chega até a fase secretora do ciclo menstrual enquanto o zigoto se forma, sofre as clivagens e
entra no útero. A grande quantidade de estrogênio perturba o equilíbrio normal, entre estrogênio e
progesterona, que é necessário para a preparação do endométrio para a implantação do
blastocisto.
 O dispositivo intrauterino (DIU), inserido no útero através da vagina e do colo, geralmente interfere
na implantação por causar uma reação inflamatória local. Alguns desses dispositivos intrauterinos
contêm progesterona, que é lentamente liberada e interfere no desenvolvimento do endométrio de
modo que, geralmente, não ocorre à implantação. Outros dispositivos possuem um envoltório de fio
de cobre. O cobre é tóxico para os espermatozoides e também induz as células endometriais
uterinas a produzir substâncias que também são tóxicas para os espermatozoides.

REFERÊNCIAS
Embriologia clínica, 10ª edição, moore
Dr. Joao dias, HCG
Embriologia médica, 13ª edição, langman
Rotinas em obstetrícia, 6ª edição, Fernando Freitas

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