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e do Desenvolvimento
Profa Ana Carolina de Moura
ana.c.moura@anhanguera.com
1º semestre - 2021
# Observação : Ao lado de cada 2tulo
de aula consta a Unidade e Seção do
conteúdo que será trabalhado
naquele encontro.
4.1
4.2
4.3
4.1 Fecundação, 1ª e 2ª Semanas do
Desenvolvimento Embrionário
• Fecundação.
• Clivagem do zigoto.
• Formação do blastocisto.
• O movimento deles do colo do útero para a tuba uterina ocorre pelas contrações
musculares do útero e da tuba uterina, e muito pouco por sua própria propulsão.
FERTILIZAÇÃO
• A viagem desde o colo do útero até o oviduto pode ocorrer rapidamente, em 30 min
ou até 6 dias. Após alcançarem o istmo, os espermatozoides se tornam menos
móveis e param sua migração.
• Na oocitação, eles se tornam móveis novamente, talvez por causa dos quimiotá%cos
produzidos pelas células do cúmulo que cercam o oócito e nadam pela ampola, onde
a fer%lização normalmente ocorre.
As fímbrias
coletam os oócitos
e os encaminham
para a tuba
uterina.
FerGlização
• A capacitação é um período de condicionamento no sistema genital feminino que, nos seres
humanos, dura aproximadamente 7 horas. Assim, chegar logo à ampola não é uma vantagem,
uma vez que a capacitação ainda não ocorreu e esses espermatozoides não conseguem fer?lizar
o oócito.
• A maior parte desse condicionamento durante a capacitação acontece na tuba uterina e
envolve as interações epiteliais entre os espermatozoides e a superCcie mucosa da tuba.
Durante esse período, uma camada de glicoproteínas e proteínas plasmá?cas seminais é
removida da membrana plasmá?ca que recobre a região acrossômica do espermatozoide.
• Apenas os espermatozoides capacitados podem passar pelas células da coroa radiada e sofrer a
reação acrossômica. A reação acrossômica, que ocorre após a ligação à zona pelúcida, é
induzida por proteínas da mesma. Essa reação culmina na liberação das enzimas necessárias
para a penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina.
FerGlização
• 1. Reações cortical e de zona: Como resultado da liberação dos grânulos corticais dos
oócitos, que contêm enzimas lisossomais, a membrana do oócito se torna impenetrável a
outros espermatozoides, e a zona pelúcida altera sua estrutura e sua composição para
evitar a ligação e a penetração do espermatozoide. Essas reações evitam a poliespermia
(penetração de um ou mais espermatozoides no oócito).
• 2. Continuação da segunda divisão meiótica: O oócito termina sua segunda divisão
meiótica imediatamente após a entrada do espermatozoide. Uma das células-filhas, que
recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra
é o oócito definitivo ou óvulo. Seus cromossomos (22 mais X) se dispõem em um núcleo
vesicular conhecido como pró-núcleo feminino.
• 3. Ativação metabólica do óvulo: O fator de ativação provavelmente é carregado pelo
espermatozoide. A ativação inclui eventos moleculares e celulares associados ao início da
embriogênese.
FerGlização
• Enquanto isso, o espermatozoide se move para frente até que fique próximo do pró-núcleo feminino.
Seu núcleo se torna aumentado e forma o pró-núcleo masculino; a cauda se desprende e degenera.
Morfologicamente, os pró-núcleos masculino e feminino não são disAnguíveis e, por fim, ficam em
contato ínAmo e perdem seus envelopes nucleares.
• Durante o crescimento dos pró-núcleos masculino e feminino (ambos haploides), cada pró-núcleo
deve replicar seu DNA. Se isso não ocorrer, cada célula do zigoto no estágio de duas células terá
apenas metade da quanAdade normal de DNA. Imediatamente após a síntese de DNA, os
cromossomos se organizam no fuso em preparo para a divisão mitóAca normal.
• Os 23 cromossomos maternos e os 23 paternos (duplicados) separam-se longitudinalmente no
centrômero, e as cromáAdes-irmãs se movem para polos opostos, fornecendo às duas primeiras
células do zigoto a quanAdade diploide de cromossomos e de DNA. Conforme as cromáAdes-irmãs se
movem para polos opostos, aparece um sulco profundo na superRcie da célula, dividindo o citoplasma
gradualmente em duas partes.
A. Oócito
imediatamente antes
da oocitação,
mostrando o fuso da
segunda divisão
meió8ca.
B. Um
espermatozoide
penetrou o oócito,
que terminou a
segunda divisão
meió8ca. Os
cromossomos do
oócito estão
dispostos no pró-
núcleo feminino, e as
cabeças de vários
espermatozoides
estão presas na zona
pelúcida.
C. Pró-núcleos
masculino e feminino.
D e E. Os
cromossomos ficam
dispostos no fuso,
separam-se
longitudinalmente e
se movem para polos
opostos.
F. Estágio de duas
células.
A. Visão em contraste de fase do estágio pró-nuclear de um oócito humano fer?lizado com
pró-núcleos masculino e feminino.
B. Estágio de duas células do zigoto humano.
FerGlização
Os principais resultados da fertilização são:
■Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da
mãe - Assim, o zigoto contém uma nova combinação cromossômica diferente de
ambos os pais .
■Determinação do sexo do novo indivíduo - Um espermatozoide carregando um X
produz um embrião feminino (XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um
embrião masculino (XY). Assim, o sexo cromossômico do embrião é determinado na
fertilização
■Início da clivagem - Sem a fertilização, geralmente o oócito degenera 24 h após a
oocitação.
CLIVAGEM
• Uma vez que o zigoto tenha alcançado o estágio de duas células, ele passa por
uma série de divisões mitóticas, aumentando o número de células. Essas
células, que se tornam menores a cada divisão de clivagem, são conhecidas
como blastômeros.
• Até o estágio de oito células, elas formam um grupo sem associações entre si.
Entretanto, após a terceira clivagem, os blastômeros maximizam seus contatos
uns com os outros, formando uma bola compacta de células mantidas unidas
por junções de oclusão.
CLIVAGEM
• Esse processo, a compactação, segrega as células internas, que se comunicam
intensamente por junções comunicantes, das células externas. Aproximadamente 3
dias após a fer%lização, as células do embrião compactado se dividem novamente,
formando uma mórula de 16 células (que lembra uma amora).
No estado não compactado, os contornos de cada blastômero são disAntos, enquanto, após a
compactação, os contatos célula-célula são maximizados, e os contornos celulares são indisAntos.
A. Corte de um blastocisto humano de 107 células, mostrando as da massa celular interna e do trofoblasto.
B. Representação esquemáKca de um blastocisto humano recuperado da cavidade uterina em aproximadamente
4,5 dias. Em azul, a massa celular interna ou embrioblasto; em verde, o trofoblasto.
C. Representação esquemáKca de um blastocisto no sexto dia do desenvolvimento, mostrando as células
trofoblásKcas no polo embrionário do blastocisto penetrando a mucosa uterina. O blastocisto humano começa a
adentrar a mucosa uterina por volta do sexto dia do desenvolvimento.
Desenvolvimento de um embrião humano, da fer5lização à implantação:
-A compactação do
embrião humano
ocorre no dia 4, na
etapa de 10 células.
-O embrião
“eclode” da zona
pelúcida ao a?ngir
o útero.
-Durante a sua
migração para o
útero, a zona
impede a adesão
prematura do
embrião no oviduto
para que possa
viajar para o útero.
O ÚTERO NO MOMENTO DA IMPLANTAÇÃO
• Juntas, essas camadas formam um disco achatado. Ao mesmo tempo, aparece uma
pequena cavidade no epiblasto, que aumenta para se tornar a cavidade amnió?ca. As
células epiblás?cas adjacentes ao citotrofoblasto são chamadas de amnioblastos; junto com
o resto do epiblasto, eles se alinham na cavidade amnió?ca.
• O blastocisto produz, então, uma pequena protrusão no lúmen uterino. O trofoblasto é caracterizado por
espaços lacunares no sincício, que formam uma rede intercomunicante, a qual é parKcularmente evidente no
polo embrionário; no polo abembrionário, o trofoblasto ainda é consKtuído principalmente por células
citotrofoblásKcas.
• Conforme o trofoblasto conKnua a abrir cada vez mais sinusoides, o sangue materno começa a fluir pelo sistema
trofoblásKco, estabelecendo a circulação uteroplacentária.
SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
• Nesse ínterim, uma nova população de células aparece entre a superfície interna do
citotrofoblasto e a superfície externa da cavidade exocelômica.
• Essas células, derivadas do saco vitelínico, formam um tecido conjuntivo frouxo e delicado, o
mesoderma extraembrionário, que acaba preenchendo todo o espaço entre o trofoblasto
externamente e o âmnio e a membrana exocelômica internamente.
• Logo depois, grandes cavidades se formam no mesoderma extraembrionário e, quando
convergem, dão origem a um novo espaço denominado cavidade extraembrionária ou
cavidade coriônica.
• Esse espaço circunda o saco vitelínico primitivo e a cavidade amniótica, exceto no local onde
o disco germinativo se conecta ao trofoblasto.
• O mesoderma extraembrionário que reveste o citotrofoblasto e o âmnio é denominado
mesoderma extraembrionário somático, e o revestimento do saco vitelínico é conhecido
como mesoderma extraembrionário esplâncnico.
Blastocisto humano
de aproximadamente
12 dias:
As lacunas
trofoblás?cas no polo
embrionário estão em
conexão com os
sinusoides maternos
no estroma
endometrial.
O mesoderma
extraembrionário
prolifera e preenche o
espaço entre a
membrana
exocelômica e a
camada interna de
citotrofoblasto.
Blastocisto humano
de 12 dias
completamente
implantado (100×):
Observe as células
sanguíneas
maternas nas
lacunas, a
membrana
exocelômica que
reveste a vesícula
vitelínica primitiva,
o hipoblasto e o
epiblasto.
SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
• Até o décimo terceiro dia do desenvolvimento, o defeito na superCcie do endométrio já se
regenerou. Algumas vezes, entretanto, ocorre sangramento no local da implantação, como
resultado de aumento do fluxo sanguíneo para os espaços lacunares.
• Como esse sangramento ocorre próximo ao vigésimo oitavo dia do ciclo menstrual, pode ser
confundido com sangramento menstrual normal e, desse modo, causar inexa?dão na
determinação da data provável do parto.
• A cavidade vitelina é muito menor que a cavidade exocelômica original ou cavidade vitelina
primiAva. Durante sua formação, grandes porções da cavidade exocelômica são pinçadas para fora,
sendo representadas pelos cistos exocelômicos, que são encontrados frequentemente no celoma
extraembrionário, ou cavidade coriônica.
• Nesse período, o celoma extraembrionário se expande e forma uma grande cavidade, a cavidade
coriônica. O mesoderma extraembrionário que reveste o interior do citotrofoblasto e sua camada é
conhecido como placa coriônica. O único local onde o mesoderma extraembrionário atravessa a
cavidade coriônica é no pedúnculo embrionário. Com o desenvolvimento dos vasos sanguíneos, o
pedúnculo se transforma no cordão umbilical.
Blastocisto humano de 13 dias:
• Existem lacunas trofoblás?cas
nos polos abembrionário e
embrionário, e a circulação
uteroplacentária já se iniciou.
• Observe as vilosidades
primárias e o celoma
extraembrionário, ou cavidade
coriônica.
• A vesícula vitelínica secundária
está inteiramente reves?da
por endoderma.
Corte do sítio de implantação de um embrião de 13 dias:
-Repare a cavidade amniótica, a vesícula vitelínica e a cavidade coriônica.
-A maior parte das lacunas está preenchida por sangue.
Referências:
-Lauer, Garcia, Sonia M., e Fernandez, Casimiro Gárcia. Embriologia. Grupo A, 2012.
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