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Obstetrícia
Fertilização
Maturação Oocitária
Ex.: o ciclo estral da vaca é de 21 dias e esta passa 21 dias se preparando para
liberar um ovócito (célula feminina especializada para ser fertilizada para continuar o
desenvolvimento do embrião).
01-Nuclear
02-Citoplasmática
03-Expansão Cumulus
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Formação da Estrutura de Bloqueio
Maturação Espermática
Espermatozóide 30 a 48 72 a 120 30 a 48 34 a 72
Oócito 20 a 24 6a8 16 a 24 8 a 10
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A fertilização em mamíferos requer eventos críticos como: migração
espermática entre as células do cumulus oophorus, união espermática e migração
através da zona pelúcida e fusão das membranas plasmáticas do espermatozoide e do
oócito.
Local de Interação
Local: ampola.
União do Espermatozóide
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Figura 2. Interação do espermatozoide com o oócito.
Clivagem
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Duas células
Quatro células
Oito células
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Dezesseis células
Mórula
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Jovem blastocisto
Blastocisto
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Blastocisto expandido
Blastocisto em eclosão
Blastocisto eclodido
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Reconhecimento Materno da Gestação
Espécies Sinal
Equinos PGE2
Bovino 16 e 17
Ovino 12 a 13
Suíno 10 a 12
Equino 12 a 16*
01-Ruminantes
Período crítico: entre o 15º e 18º dia devido a fase de liberação de PGF2α.
02-Suínos
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Período: 10 a 15 dias que os conceptos produzem estrógeno em quantidade
necessária para desencadear a sinalização inicial para o reconhecimento da gestação. O
segundo período de alta produção de estrógeno ocorre entre os dias 15 e 25-30. Estas
duas fases de secreção são necessárias para consolidar o redirecionamento exócrino
prolongado de PGF2α.
03-Equinos
04-Caninos e Felinos
Implantação Embrionária
Requerimento básico para nutrição e proteção do concepto. O blastocisto tem
capacidade de implantação devido ao trofectoderma de anexar e aderir ao epitélio
luminal.
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Implantação Embrionária
Alongamento do blastocisto
*Equino não faz o alongamento, mantém sua forma esférica até os dias 17 e 19, quando
se adapta à forma da luz uterina.
Ocorre no 11º dia em ovinos, no 13º dia em bovinos e no 10º dia em suínos.
02-Aposição
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Há intima associação entre o trofectoderma e as células do endométrio, até uma
adesão estável. Tem-se progressiva interdigitação entre os microvilos dos epitélios
luminal e do trofoblasto.
03-Adesão e Pré-Implantação
Placenta
Formação da Placenta
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Tabela 4. Classificação das placentas nas diferentes espécies.
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Metabolismo: é fonte de nutrientes e energia para o embrião. Reserva fetal de
glicogênio até o 3º mês e possui atividades anabólicas e catabólicas comparáveis ao
parênquima hepático.
Membranas Extraembrionárias
-Cório e membrana cório-alantóide: placenta.
-Cavidade alantoide
-Cavidade amniótica
-Saco vitelínico
-Cordão umbilical
Líquidos Fetais
*Os líquidos fetais também tem a função de lavar e lubrificar o canal do parto.
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Volumes
Cordão Umbilical
Gestação
Definição
Tipos
-Normal ou patológica;
-Única ou múltipla;
-Tópica ou ectópica.
Duração
Tabela 5. Duração da gestação nas diferentes espécies.
O período de gestação da vaca pode variar entre 270 a 290 dias, entretanto, a
média é de 284 dias.
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Para calcular a provável data do parto pode-se empregar a seguinte fórmula: a
partir da data de cobertura subtrair 3 meses e adicionar 14 dias.
Manutenção da Gestação
Suínos e Caprinos: o corpo lúteo é essencial para durante todo o período da gestação.
Bovinos: o corpo lúteo é essencial até os 150 – 215 dias de gestação, posteriormente a
produção de progesterona é assumida pela placenta.
Equinos: há presença de corpos lúteos acessórios a partir dos 40 dias de gestação, por
estímulo do eCG. Com 140 dias de gestação os corpos lúteos original e acessórios
regridem. A gestação então é mantida mesmo com baixos níveis de progesterona.
Ectoderme:
Mesoderma:
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Desenvolvimento Fetal
Diagnóstico de Gestação
-Importância: diferenciação do estado gestacional fisiológico de alterações patológicas,
evitando erros iatrogênicos.
Sinais Diagnósticos
Comportamento Materno:
-Aumento do apetite;
Sinais Clínicos:
Palpação Abdominal:
-Balotamento fetal;
Palpação Retal:
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-Ovários: presença de corpo lúteo;
Vaginoscopia:
Testes Laboratoriais:
-Microscopia:
-Bioquímica:
01.1-Palpação Retal:
-Útero:
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4º mês: fase de descida, útero relaxado e com claro balotamento.
Ligamento largo distendido com ovários tracionados em posição medial;
-Ovários:
01.2-Ultrassonografia:
10º ao 14º dia: observa-se vesícula gestacional, está vesícula migra pelo útero (5mm);
14º ao 20º dia: observa-se vesícula vitelínica com 15mm e com parada na migração.
41º ao 60º dia: feto em posição ventral na vesícula (verifica-se movimentos fetais);
01.3-Hormonal:
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-Estrógenos (gônada fetal): teste de Cuboni (fluorescência na urina) e deve ser
feito a partir do 100º dia;
-Cérvix:
-Útero:
-2º mês: leve assimetria do corno gestante com efeito de dupla parede,
feto já pode ser palpado;
-Ovários:
02.2-Ultrassonografia:
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-20º ao 24º dia: observa-se o embrião;
-Progesterona: pelos testes de RIA ou ELISA com soro u leite e é realizado entre
o 20º e 25º após a cobertura (100% de confirmação);
03.5-Hormônios:
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-Sulfato de Estrona: detectável no leite, soro ou urina por RIE ou ELISA entre o
40º e 50º dia;
03.6-Métodos Ultrassônicos:
04.2-Hormônios:
04.3-Métodos Ultrassônicos:
-Glândula mamária:
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-35º dia: ruborização da base dos mamilos (tetas engurgitadas);
-28º ao 30º dia: verifica-se regiões esféricas, facilmente palpáveis (1,5 a 3,5cm);
-Após o 31º dia: os istmos que separam as ampolas se dilatam, não sendo
possível a individualização das mesmas;
05.3-Auscultação: somente nos últimos 15 dias de gestação (ritmo de galope e entre 180
e 240bpm);
05.4-Hormônios:
05.6-Ultrassônicos:
Até 40 dias:
IG = (6 x DVG) + 20
IG = (3 x CCC) + 27
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Acima de 40 dias:
IG = (15 x DCA) + 20
IG = (7 x DCO) + 29
Classificação
Ocorrência
Hidroalantóide: 85 a 90%;
Hidroâmnio: 2 a 3 %;
Etiologia
Fatores Predisponentes
Sinais Clínicos
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Forma moderada: abdômen em forma típica de tonel (pelo aumento de volume
uterino e compressão de órgãos), taquipnéia, dispneia, taquicardia e distúrbios
digestivos.
Hidroalantóide
Hidroâmnio
-Abdome com distensão lenta (semanas a meses), com forma de pera e pouco
tenso. Maior facilidade de palpar feto e placentomas.
-Placenta normal.
Complicações
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Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
02-Molas
Definição
Etiologia
Tipos
Diagnóstico
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Tratamento
03-Amorphous globosus
Definição
É uma estrutura de pele e pelos coberta por uma estrutura que contém gordura,
tecido conjuntivo e pode ter cartilagem e osso. Parecem ser um zigoto imperfeito e são
parasitos na placenta de um gêmeo normal.
Ocorrência
Etiologia
-Traumática;
Complicações
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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-Macroscopia dos envoltórios fetais.
-Microbiológico;
-Sorologia;
Tratamento
Preventivo.
06-Pseudociese (Pseudogestação)
Definição
Ocorrência
Etiologia
Especula-se que sua manifestação seja uma característica evolutiva herdada pelo
cão doméstico, que em matilha mostrava-se vantajosa, permitindo que a fêmea
dominante fosse capaz de caçar enquanto seus filhotes eram amamentados por outras
fêmeas do grupo.
Patogenia
Sinais Clínicos
Tratamento
Por se tratar de uma condição autolimitante muitas vezes não requer tratamento,
ou o tratamento pode ser apenas conservativo fazendo uso de um colar elizabetano, para
evitar que o animal estimule a secreção láctea pela lambedura das mamas, ou pela
restrição da ingestão hídrica por 5 a 7 noites, devendo-se avaliar a função renal
previamente.
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Nos casos de comportamentos maternos exacerbados, a atenção do animal deve
ser desviada com estímulo à atividade física. Nas situações em que os animais se
mostrem agressivos, deve-se realizar tranquilização, evitando drogas do grupo dos
fenotiazínicos.
Etiologia
-Divisão embrionária;
-Monozigóticos;
Sinais Clínicos
Formas
-Primária
-Secundária.
Evolução
Neoplacentação.
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Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
-Palpação transretal.
-Radiografia ou ultrassonografia.
Tratamento
Prognóstico
Desfavorável.
08-Prenhes Ectópica
Etiologia
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
-Palpação transretal;
-Radiografia;
Prognóstico
Desfavorável;
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Patologias da Gestação de Origem Materna
Ocorrência
Etiologia
-Decúbito prolongado;
-Tenesmos;
-Cistos ovarianos;
Classificação
Grau I: verifica-se apenas uma prega e pode ser que não haja irritação das
mucosas. É visível em decúbito.
Grau II: verifica-se prolapso mas sem visualização da cérvix. Visível em estação
e decúbito.
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Sinais Clínicos
Complicações
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Prolapso de bexiga com ou sem ruptura vaginal (égua), cistos das glândulas de
Bartolin e hematoma de vulva.
Tratamento
02-Torção Uterina
Definição
Etiologia
Ocorrência
Tipos
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Ligeira: até 90º de rotação.
Sinais Clínicos
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
-Palpação transretal;
Tratamento
Etiologia
Sinais Clínicos
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
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-Palpação Retal;
Prognóstico
Reservado a ruim.
Tratamento
01-Mortalidade Embrionária
Etapas
Etiologia
-Fatores químicos;
-Fatores imunológicos;
01.1-Mumificação Fetal
Definição
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Tipos
-Papirácea;
-Hemática;
Ocorrência
Etiologia
-Traumatismos;
-Deficiência na placentação;
Patogenia
Sinais Clínicos
Vacas apresentam gestação prolongada e não tem parição, anestro e vaca com
aparência de prenha devido a influência da progesterona.
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
-Ultrassonografia;
Tratamento
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-Remoção manual do feto via vaginal com lubrificação (difícil remoção);
-Cesariana;
-OSH em cadelas;
-Descarte do animal;
Prognóstico
01.2-Maceração Fetal
Definição
Patogenia
Sinais Clínicos
Diagnóstico
-Sinais Clínicos;
-Exames Complementares:
-Vaginoscopia;
-Radiografia;
Tratamento
-PGF2α;
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-OSH em cadelas e gatas;
Prognóstico
Reservado à ruim.
01.3-Feto Enfisematoso
Definição
Sinais Clínicos
Tratamento
02-Monstros Fetais
Patologias
-Schistosoma reflexum.
-Agnathia.
-Perosomus elmbis.
-Parasitic limbs.
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03-Outros
-Hidrocefalia;
-Anasarca;
-Hemimelia tibial
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03-Fase de expulsão dos envoltórios fetais: perda da circulação placentária, ocorre a
deiscência e separação placentária, continuam as contrações uterinas e abdominais e a
placenta é expelida.
-Expulsão do feto.
Fisiologia do Parto
Vias Fetais
Égua: parto rápido, pelve é curta e tem porção plana no assoalho, o canal do
parto é circular e facilita a passagem do feto.
Vaca: canal do parto com formato oval, comprido, assoalho somente na porção
caudal e útero tem que fazer um ‘caminho’ subindo o que predispões a distocia.
02-Via fetal mole: compostas de 3 barreiras (cérvix, anéis circulares e rima vulvar).
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Orientação do Feto no Momento do Parto
01-Apresentação: relação entre o eixo longo do feto e o eixo longo da fêmea (posição
da coluna).
02-Posição: superfície do canal do parto materno sobre o qual a coluna vertebral do feto
se apoia.
Dorsal;
Ventral;
Estendido;
Flexionado;
01-Bovinos:
Posição: dorsal.
Atitude: estendida.
02-Ovinos e Caprinos
Posição: dorsal.
Atitude: estendida.
03-Suínos
Posição: dorsal.
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04-Cadela e Gata
Posição: dorsal.
Atitude: estendida.
Bovinos: bezerro nasce cerca de 2 horas após o aparecimento do âmnio na vulva. Feto
sobrevive por até 8 horas durante o segundo estágio. A partir de 2 horas pode ter risco
para o bezerro.
A indução do parto pode ser feita com aplicação de PGF2α (em torno de 20 a 30
horas antes da data requerida para o parto) e ocitocina.
Égua: tem-se sinal de proximidade do parto muito rápido e pode ter secreção nas bordas
do teto. A expulsão é rápida, cerca de 30 minutos no máximo e a placenta demora entre
1 a 3 horas para ser expulsa.
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Referências Bibliográficas
MARTINS L.R. LOPES M.D. Pseudociese Canina. Rev Bras Reprod Anim, Belo
Horizonte, v.29, n.3/4, p.137-141, jul./dez. 2005.
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