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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS CECA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Maria Izabel Costa Francelino


Pedro Levi Nascimento Oliveira
Rhósula Maria Feitoza Sandes

TRABALHO DE EMBRIOLOGIA GERAL


Fecundação

Maceió,
2022
Maria Izabel Costa Francelino
Pedro Levi Nascimento Oliveira
Rhósula Maria Feitoza Sandes

TRABALHO DE EMBRIOLOGIA GERAL


Fecundação

Trabalho sobre a matéria de


Embriologia Geral do 2º Período do
Curso em Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Alagoas , para
a obtenção de nota de trabalho.
Orientador: Professor Lázaro Wender
Oliveira de Jesus

Maceió,
2022
RESUMO

No presente trabalho apresentam-se a disposição de eventos antes e durante o período


de fecundação do ovócito feminino pelo espermatozoide masculino, o qual necessita
atravessar a corona radiata e a zona pelúcida a fim de obter sucesso, para tal propósito é
guiado por sinais químicos e gradiente térmico com destino ao caminho até o ovócito na
tuba uterina, de modo que posteriormente complete a segunda divisão meiótica
resultando assim na variação das espécies. Por fim, há a restauração do número diploide
de cromossomos com a formação do zigoto que após iniciar o processo de clivagem,
segue em direção ao útero para realizar a nidação. Alterações em qualquer estágio na
sequência desses eventos podem causar morte deste zigoto.

Palavras-chave: Fecundação. Ovócito. Espermatozoide. Zigoto


SUMÁRIO
FECUNDAÇÃO................................................................................................................4
FASES DA FECUNDAÇÃO...........................................................................................................5
ZIGOTO.....................................................................................................................................7
FORMAS ALTERNATIVAS DE FECUNDAÇÃO.........................................................8
TECNOLOGIAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA............................................................................8
FECUNDAÇÃO EXTERNA...........................................................................................................8
REFERÊNCIAS................................................................................................................9
FECUNDAÇÃO

A fecundação é o encontro e a união dos gametas femininos (ovócito) e


masculinos (espermatozoide) que resulta em uma célula diploide diferente. Essa fusão
ocorre na ampola da tuba uterina, todavia, se o ovócito não for fecundado, ele passa da
tuba para o corpo do útero, onde se degenera e é eliminado com a descamação do
endométrio gerando a menorreia.

O corpo regula fatores que ajudam o ejaculado e o guia por esse caminho na
tuba. Um deles é o processo de quimiotaxia dos espermatozoides, que consiste na
liberação de sinais químicos, como o líquido folicular liberado pelas células de Graaf do
ovócito que atraem os espermatozoides. Além disso, o gradiente térmico presente na
tuba é atraente, uma vez que a ampola é 2°C mais quente que o istmo do útero, ou seja,
forma um microambiente mais agradável. Outro fator que influência essa corrida é a
ação da progesterona, pois este hormônio ativa o canal de CatSper presente nos
espermatozoides, o qual permite a entrada de cálcio e resulta nos movimentos do
flagelo.

O processo de fecundação leva aproximadamente 24 horas para acontecer. Os


ovócitos conservam sua viabilidade por cerca de 12-18 horas depois da ovulação na
maioria dos animais domésticos, ao passo que os retêm a capacidade de fecundar por
24-48h em vacas, ovelhas, cabras e porcas, até 90h em cadelas e por 120h em éguas.

Figura 1 - Representação do processo de fecundação/nidação.

Fonte: Site Google seção Reprodução Humana (2009)1

1
Disponível em: https://sites.google.com/site/reproducaohumana2009/Home/conteudos/fecundacao-
nidacao. Acesso em: 25 jun. 2022
4
FASES DA FECUNDAÇÃO

Durante a passagem do gameta masculino através da corona radiata, a enzima


hialuronidase é liberada para dispersar as células foliculares e a zona pelúcida do
ovócito. Os movimentos com a cauda do espermatozoide também são importantes para
a penetração na corona radiata. Nesse contexto, para penetrar a zona pelúcida e dar
início a fecundação é necessário o auxílio de enzimas como a acrosina, a esterase e a
neuramidase, de modo que elas causem lise da zona pelúcida e permita a entrada do
androgamenta.

A poliespermia é deletéria ao desenvolvimento normal do zigoto, por isso logo


após a entrada do espermatozoide acontece uma reação zonal, na qual a zona pelúcida
torna-se impermeável a outros espermatozoides. Para isso, acontece dois tipos de
bloqueio: o rápido e passageiro, bem como o vagoroso e definitivo. O bloqueio rápido e
passageiro é marcado pela despolarização da membrana, em que o Na+ entra no ovo e o
K+ sai, portanto o potencial de membrana que antes era de -70mV sobe para +20mV. Já
o bloqueio vagoroso e definitivo conta com a ação de enzimas lisossômicas liberadas
pelos grânulos corticais próximos a membrana plasmática do ovócito.

Em seguida, as membranas plasmáticas dos dois gametas fusionam-se e se


rompem no lugar da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide adentram ao
citoplasma do ovócito, porém a membrana celular do espermatozoide e as mitocôndrias
são rejeitadas. Essa penetração ativa ovócito fecundado a realizar a primeira divisão
meiótica e formar um ovócito maduro e um segundo corpo polar (produto da divisão
assimétrica). Paralelamente, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do
ovócito maduro torna-se o pró-núcleo feminino.

Associadamente, o núcleo do espermatozoide aumenta e forma o pró-núcleo


masculino, enquanto a cauda é degenerada. Durante o crescimento dos pró-núcleos, eles
replicam seus DNAs e o ovócito contendo dois pró-núcleos haploides passa a ser
chamado de oótide. Esse agregado único de cromossomos torna-se um zigoto (célula
diploide) e seus cromossomos arrumam-se em um fuso de clivagem para divisão do
zigoto.

5
Figura 2 - Ilustração dos processos ocorridos durante a fecundação.

Fonte: A Vida de Zuleide (2016)2

Figura 3 - Etapas da fecundação.

Fonte: Embriologia clínica / Keith L. Moore, 10. ed – 2016.

2
Disponível em: http://avidadezuleide.blogspot.com/2016/10/fecundacao_82.html. Acesso em: 25 jun.
2022.

6
ZIGOTO

O zigoto é único geneticamente por ter metade de seus cromossomos da mãe e


metade do pai. Ele é responsável por carregar a herança biparental e da variabilidade
entre as espécies. Já que a meiose possibilita a distribuição independente dos
cromossomos, apesar de determinados genes só se manifestarem por virem
especificadamente do pai ou da mãe. O crossing over da meiose é um processo da
prófase I, o qual mistura os genes e produz um material genético recombinado.

O sexo cromossômico do embrião é determinado de acordo com o


espermatozoide da fecundação, pelo tipo X ou Y que penetre o ovócito no processo de
fecundação. Após a série de eventos da fertilização, o zigoto permanece na tuba de 3 a 4
dias, iniciando o processo de clivagem e seguindo rumo ao útero. Qualquer alteração
que venha ocorrer durante todo esse processo pode acarretar na morte do zigoto e
interrupção do que iria tornar-se um ser vivo.

Figura 4 - Processos para a formação do zigoto.

Fonte: Embriologia clínica / Keith L. Moore, 10. ed – 2016.

FORMAS ALTERNATIVAS DE FECUNDAÇÃO


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TECNOLOGIAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

A Inseminação artificial é o processo em que os espermatozoides são injetados


diretamente no útero da mulher para que encontrem o ovócito e o fecunde. Já a Injeção
Intracitoplasmática de Espermatozoide é uma técnica de reprodução assistida a qual
injeta um único espermatozoide no citoplasma do ovócito maduro. Essa técnica tem
maior taxa de sucesso dentre os casais com poucos espermatozoides viáveis e que
obtiveram falha com a inseminação artificial ou com a fertilização in vitro

Nessa perspectiva, é necessário diferenciar o tratamento por fecundação in


vitro, uma vez que é a transferência de zigotos já em processo de clivagem para o útero.
Esse processo é marcado pelo estímulo nos folículos ovarianos para amadurecê-los e
aspira-los, em seguida, o posicionamento deles em uma placa de Petri em meio de
cultura de espermatozoides capacitados. A fecundação e a clivagem dura cerca de 3 a 5
dias e os blastocitos iniciais são transferidos para o interior do útero da mãe.

FECUNDAÇÃO EXTERNA

Alguns animais, principalmente os aquáticos, como peixes, anfíbios e


invertebrados liberam seus gametas no ambiente e a fecundação ocorre externamente
aos indivíduos. Para que ocorra, é necessário a liberação de grandes quantidades de
gametas já maduros em locais próximos, de modo que seja possível assegurar a
durabilidade e a viabilidade. A forma de quimiotaxia pode variar de espécie para
espécie, no entanto, em todos os seres ela é essencial para haver o reconhecimento
específico de espermatozoide-ovo, visto que no ambiente podem coexistir diferentes
tipos de gametas.

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REFERÊNCIAS

BRESSAN, C.M. ; DIAS, P.F. . Embriologia. 1. ed. Florianópolis: UFSC/EAD, 2009.


267.p.;

GARCIA, S. M. L. ; FERNANDÉZ, C. G. . Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,


2012;

MORE, K. L. et al. Embriologia Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.


Tradução;

REECE, W. O. et al. Dukes Fisiologia dos Animais Domésticos. 13. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2017. Tradução.

Fonte: REPRODUÇÃO HUMANA. Fecundação/Nidação, 2009. Disponível em:


https://sites.google.com/site/reproducaohumana2009/Home/conteudos/fecundacao-
nidacao. Acesso em: 25 jun. 2022.

Fonte: A VIDA DE ZULEIDE. Fases da Fecundação. 21 out. 2016. Disponível em:


http://avidadezuleide.blogspot.com/2016/10/fecundacao_82.html. Acesso em: 25 jun.
2022.

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