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DIAGNÓSTICO DE HIPERQUILOMICRONEMIA FAMILIAR: UM


RELATO DE CASO
Letícia Barbosa de Magalhães Mauricio1 , Juliane Gonzaga Baltieri1 , Bruna Larissa da Silva Santos1,
Gabriela Rocha Lima Sotero1 Dyeego de Matos Machado2, Camila Cruz Soares Cristino3, Kelly
Cristina Lira de Andrade4
1
Acadêmica de Medicina (Centro Universitário Cesmac)
2
Clínico médico e Endocrinologista (HCFMRP\USP)
3
Clínica médica e Endocrinologista (HCFMRP\USP)
4
Fonoaudióloga (UNCISAL)
leticiabarbosamm@gmail.com, juliane.baltieri@hotmail.com, brunalarissa0509@gmail.com,
gabisoteroo@gmail.com, kellyclandrade@gmail.com

RESUMO 
INTRODUÇÃO: A síndrome de hiperquilomicronemia familiar (SQF) é uma doença
autossômica recessiva rara causada por mutações na via da lipoproteína lipase que
levam ao acúmulo de quilomícrons no plasma e hipertrigliceridemia. Os sinais,
sintomas e complicações são diversos e incluem a pancreatite aguda, que pode ser
fatal, e episódios repetidos de dor abdominal. O objetivo do estudo é relatar um caso
de síndrome de hiperquilomicronemia familiar e realizar uma breve revisão da
literatura sobre o tema. MÉTODO: Relato de caso clínico e revisão bibliográfica.
DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 15 anos, realizou exames
laboratoriais de rotina. Ao exame, não apresentava queixas, no entanto, suas taxas
de triglicerídeos e colesterol apresentavam-se elevadas. Após isso, foi encaminhada
ao endocrinologista e iniciou tratamento com Sinvastatina e Fenofibrato, além de
mudanças no estilo de vida. Em 2017, iniciaram-se crises de pancreatite aguda,
precisando ser internada. Em 2019, houve agravamento do quadro, com episódios
de pancreatite 3 vezes no ano, quando foi encaminhada ao geneticista, obtendo o
diagnóstico de síndrome de hiperquilomicronemia familiar (SQF). Atualmente, possui
37 anos, é acompanhada por um endocrinologista do Centro Ambulatorial do
Cesmac e faz uso de Fenofibrato, Ômega 3, Orlistat, Vitamina D, Cloridrato de
Metformina de liberação prolongada (Glifage XR) e Rosuvastatina cálcica, sente
dores em pontadas na barriga ao ingerir alimentos gordurosos, porém sem crises
pancreáticas, mantendo a restrição alimentar. CONCLUSÃO: Neste caso, o
acompanhamento clínico e laboratorial comprovou-se eficiente para uma abordagem
terapêutica adequada e menos invasiva, preservando a qualidade de vida da
paciente.
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PALAVRAS-CHAVE: Hiperlipoproteinemia Tipo I. Pancreatite Aguda.


Hipertrigliceridemia.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Familial hyperchylomicronemia syndrome (FHS) is a rare


autosomal recessive disease caused by mutations in the lipoprotein lipase pathway
that lead to plasma chylomicron accumulation and hypertriglyceridemia. Signs,
symptoms and complications are diverse and include acute pancreatitis, which can
be fatal, and repeated episodes of abdominal pain. The aim of the study is to report a
case of familial hyperchylomicronemia syndrome and to perform a brief review of the
literature on the topic. METHODS: Clinical case report and literature review. CASE
DESCRIPTION: Female patient, 15 years old, underwent routine laboratory tests. On
examination, she had no complaints; however, her triglycerides and cholesterol
levels were high. After that, she was referred to an endocrinologist and started
treatment with Sinvastatin and Fenofibrate, in addition to lifestyle changes. In 2017,
crises of acute pancreatitis began, requiring hospitalization. In 2019, her condition
worsened, with pancreatitis episodes 3 times a year, and she was referred to a
geneticist, who diagnosed her with familial hyperchylomicronemia syndrome (FHS).
Currently, she is 37 years old, is monitored by an endocrinologist at the Cesmac
Outpatient Center and takes Fenofibrate, Omega 3, Orlistat, Vitamin D, Metformin
hydrochloride with prolonged release (Glifage XR) and Rosuvastatin calcium. She
feels pain in the stomach when eating fatty foods, but no pancreatic crisis, and she
maintains food restriction. CONCLUSION: In this case, clinical and laboratory follow-
up proved efficient for an adequate and less invasive therapeutic approach,
preserving the patient's quality of life.

KEY WORDS: Type I Hyperlipoproteinemia. Acute pancreatitis. Hypertriglyceridemia.


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INTRODUÇÃO

A síndrome de hiperquilomicronemia familiar (SQF) ou Hiperlipoproteinemia


tipo I é uma doença autossômica recessiva rara causada por mutações na via da
lipoproteína lipase - devido a mutações genéticas, autoanticorpos ou causas não
identificadas - que levam ao acúmulo de quilomícrons no plasma e
hipertrigliceridemia (FALKO, 2018).

Os sinais, sintomas e complicações da hiperquilomicronemia familiar incluem


xantomas eruptivos, lipemia retiniana, hepatoesplenomegalia, fadiga, dispneia e
sintomas neurológicos. Além disso, causa a pancreatite aguda que pode ser fatal, e
episódios repetidos de dor abdominal podem levar à intolerância à gordura na dieta
e déficit de crescimento e desenvolvimento. Nesse sentido, altos níveis de
quilomícrons no plasma aumentam a viscosidade da microcirculação pancreática e
prejudicam o fluxo sanguíneo pancreático, exacerbando ainda mais a inflamação. A
predisposição genética também pode contribuir para a patogênese (OKAZAKI et. al,
2021). A forma poligênica da síndrome também pode estar associada a um risco
aumentado de doença cardiovascular (BRAHM; HEGELE, 2015).

Para obter diagnóstico e tratamento precoces da hiperquilomicronemia, são


necessários critérios simples que possam ser prontamente realizados na prática
geral. Nesse sentido, exames laboratoriais são de extrema importância visto que
todos os pacientes com níveis de triglicerídeos acima de 1.000 mg/dL devem ser
suspeitos de hiperquilomicronemia. Além disso, deve-se avaliar os níveis séricos em
pacientes com abdome agudo – inclusive suspeitas de pancreatite - , bem como em
gestantes e familiares de pacientes portadores da síndrome (OKAZAKI et. al, 2021).

 Esta síndrome resulta da combinação, em várias proporções, de variantes


predisponentes que vão desde mutações heterozigóticas de perda de função até
prováveis variantes patogênicas em genes candidatos com comorbidades
conhecidas por aumentar os Triglicerídeos plasmáticos (diabetes não controlado,
hipotireoidismo, gravidez) e fatores ambientais (abuso de álcool, dieta pouco
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saudável) e certos medicamentos (como glicocorticóides, etinilestradiol,


neurolépticos) (MOULIN, 2018).

Segundo a base de dados ORPHANET, a Hiperquilomicronemia familiar é


muito rara e sua frequência é estimada em 1 a 9 por milhão na população geral.  O
objetivo do presente estudo é relatar um caso de síndrome de hiperquilomicronemia
familiar diagnosticado em uma mulher adulta e realizar uma breve revisão da
literatura sobre o tema.

MÉTODOS 

O presente estudo é um relato de caso. A paciente assinou um Termo de


Consentimento Livre e Esclarecido autorizando o relato para fins científicos. As
informações foram obtidas por meio da revisão dos prontuários médicos disponíveis
no Centro de Especialidades Integradas de Saúde do Centro Universitário CESMAC
(CEIS), além do depoimento da paciente e exames complementares. O estudo foi
submetido e aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sobretudo, sendo ofertada
assistência integral à paciente por qualquer dano que possa acometê-la durante ou
após a coleta de dados.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente do sexo feminino, realizou exame laboratorial aos 15 anos como


rotina. Ao momento da realização do exame, não apresentava nenhum sintoma,
apenas relatou hiperidrose em pés e mãos. No entanto, apesar de não possuir
queixas associadas, suas taxas de triglicerídeos e colesterol se apresentavam muito
elevadas. Na época, a paciente não fazia uso de nenhum medicamento, praticava
exercícios físicos regularmente e mantinha uma alimentação balanceada.
         Após a série de exames, foi encaminhada para um médico endocrinologista,
iniciou tratamento com alguns medicamentos como Sinvastatina e Fenofibrato, além
de ser orientada sobre a necessidade de mudança no estilo de vida.
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A sinvastatina é um fármaco pertencente do grupo das estatinas, que atua


inibindo a hidroximetilglutaril coenzima A redutase. Indicada para o tratamento de
dislipidemias, tendo como objetivo a redução dos níveis de colesterol LDL e
triglicerídeos e aumento do colesterol HDL no sangue (LIPIDIL® fenofibrato 160 mg
[Bula]).

Já o Fenofibrato é um derivado do ácido fíbrico cujos efeitos de modificação


de lipídios relatados em seres humanos são mediados através da ativação dos
Receptores Ativados da Proliferação de Peroxissomos (PPARα). Através da ativação
do PPARα, o Fenofibrato aumenta a lipólise e a eliminação de partículas
aterogênicas ricas em triglicérídes do plasma por ativação da lipoproteína lipase e
redução da produção da apoproteína CIII. A ativação do PPARα também induz o
aumento da síntese das apoproteínas AI e AII. Tais efeitos levam a uma redução
das frações de baixa densidade (VLDL e LDL) contendo a apoproteina B e um
aumento das frações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) contendo as
apoproteinas AI e AII. (Sinvastatina [Bula]).
Em 2017 iniciaram-se crises de pancreatite aguda, na qual a paciente foi
internada por 7 dias com quadros de êmese, náuseas e dores abdominais intensas
em forma de pontada. Durante esses episódios, recebeu, EV,  Butilbrometo de
Escopolamina, Dipirona e Cloridrato de Tramadol, com suspensão da ingesta hídrica
por 3 dias. A paciente observou agravamento quando, em 2019, teve o mesmo
quadro de pancreatite 3 vezes no ano, com intervalo de 3 meses entre eles,
chegando a sua quinta crise no total.
Em virtude dessa situação, em 2020 foi encaminhada ao médico geneticista, o
qual, após o exame “Painel de pancreatite e Quilomicronemia familial (SQF)”, a
diagnosticou com a síndrome de hiperquilomicronemia familiar (SQF) através da
análise molecular, onde foi identificada uma homozigose no gene GPIHBP1. Trata-
se de uma condição com padrão de herança autossômico recessivo e recomenda-se
o aconselhamento genético. Na imagem 1, comprova-se a realização e resultado do
Exame Painel de Pancreatites e Quilomicronemia Familiar (SQF). Os métodos
descritos no laudo do exame foram: Captura de regiões alvo utilizando sondas.
Sequenciamento de nova geração com tecnologia Illumina. Alinhamento e
identificação de variantes utilizando protocolos de bioinformática, tendo como
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referência a versão GRCh37 do genoma humano. Análise médica orientada pelas


informações que motivaram a realização deste exame.
A análise molecular por sequenciamento de nova geração foi realizada para
investigar se existem variantes potencialmente patogênicas nos genes listados. Foi
identificada, em homozigose, no gene GPIHBP1 (Glycosylphosphatidylinositol
Anchored High Density Lipoprotein Binding Protein 1, OMIM * 612757). A variante
Chr8:144.297.211 C>T (ou alternativamente c.373C>T - ENST00000622500),
promovendo a substituição do aminoácido glutamina na posição 125 por um códon
de parada (p.GIn125*). Esta variante é bastante rara, está ausente em cerca de 141
mil indivíduos da população mundial e não foi previamente descrita na literatura. A
combinação do mecanismo molecular, com interrupção precoce da tradução
proteica, e correlação deste gene com os sintomas clínicos indicam que esta
variante é patogênica.Variantes patogênicas em homozigose ou heterozigose
composta no gene GPIHBP1 estão associadas a hiperlipoproteinemia que se
caracteriza clinicamente por xantomas, lipemia retinalis, hepatoesplenomegalia e
pancreatite aguda. Do ponto de vista bioquímico, observa-se hipertrigliceridemia
grave (quilomicronemia) e baixos níveis plasmáticos de lipoproteína lipase (LPL).
Estudos recentes mostraram que a proteína GPIHBP1 desempenha um papel
essencial no transporte da lipoproteína lipase (LPL) e serve como uma plataforma
para a lipólise dos triglicerídeos nas células endoteliais (BEIGNEUX, 2010). Trata-se
de condição com padrão de herança autossômico recessivo.
Desde então, tem sido acompanhada por um endocrinologista do Centro
Ambulatorial do Cesmac. A paciente possui atualmente 37 anos e o tratamento atual
consiste em uso de Fenofibrato, Ômega 3, Orlistat, Vitamina D, Cloridrato de
Metformina de liberação prolongada (Glifage XR) e Rosuvastatina cálcica, sem mais
crises pancreáticas relatadas pela paciente após ter iniciado tal tratamento.
Atualmente, sente dores em pontadas na barriga apenas ao ingerir alimentos
gordurosos e sua restrição alimentar inclui a redução de carboidratos e gorduras. Na
tabela 1, observa-se um comparativo dos exames laboratoriais solicitados em um
período de aproximadamente 3 meses.
Imagem 1. Exame Painel de Pancreatites e Quilomicronemia Familiar (SQF)
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      Tabela 1. Comparativo de exames laboratoriais


DATA MARÇO/2022 JUNHO/2022
Vitamina D (25 HIDROXI) 13,2 ng/mL 13,6 ng/mL
Creatinofosfoquinase (CPK) 225 U/L 230 U/L
Colesterol Total 366 mg/dL 492 mg/dL
Colesterol HDL 50 mg/dL 57 mg/dL
Colesterol LDL - 181 mg/dL -
Triglicerídeos 3.330 mg/dL 4.285 mg/dL

DISCUSSÃO

Esse estudo é um relato de caso de hiperquilomicronemia familiar, confirmado


através de exames laboratoriais e moleculares. Segundo Lahoz e Mostaza (2021),
observou-se que, durante décadas, a quilomicronemia familiar (SQF) foi considerada
uma entidade específica caracterizada por um aumento de partículas de lipoproteína
de muito baixa densidade (VLDL) e um padrão de herança autossômico dominante.
Contudo, na era genômica, foi demonstrado que a SQF embora pudesse ser
agrupado em famílias, tinha uma herança poligênica em que o fenótipo seria
determinado por fatores ambientais concomitantes.
Em relação ao diagnóstico, as literaturas apresentam divergências, uma vez
que se enquadra como uma doença rara, a qual pode ser perdida ou mal avaliada
devido às lacunas de conhecimento sobre o estado da doença. Porém, Mijares et al.
(2011) refere que apenas a partir do aumento dos triglicerídeos plasmáticos (entre
250 e 500 mg/dl) e do VLDL fecha-se o diagnóstico para hipertrigliceridemia. Em
relação a hipertrigliceridemia familiar, o mesmo autor mostra que a doença ocorre
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por deficiência de lipoproteína lipase (LPL) ou a de seu principal cofator,


apolipoproteína (apo) C-I.
Além disso, segundo Brahm et al (2015), quando um paciente apresenta as
características clínicas da síndrome, deve-se descartar causas secundárias como
diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2 não controlada, hipotireoidismo, má alimentação,
uso de álcool, síndrome nefrótica ou uso de medicamentos associados. No caso de
pacientes jovens com poucos ou nenhum fator secundário, pode-se direcionar a
pesquisa para a deficiência de LPL, que é a causa genética mais provável. Todavia,
no passado, os estudos bioquímicos para determinar as atividades de LPL ou apoC-
II foram deficientes, mas atualmente, o sequenciamento genético é o método
diagnóstico de escolha. A nível de DNA, pacientes com hiperquilomicronemia
monogênica têm homozigose ou heterozigosidade composta quando possuem
mutações raras de perda de função em genes causadores, como LPL, APOC2,
APOA5, LMF1 e GPIHBP1 (sendo o responsável pela síndrome na paciente do caso
descrito).
Portanto, o exame de genotipagem sistemática mostrou-se um grande aliado
dos geneticistas por conseguir observar os genes e identificar em qual deles há
alteração, nesse caso em questão, a paciente apresenta alteração no gene
GPIHBP1, gerando uma condição com padrão de herança autossômico recessivo
(BROWN et. al, 2018). Como métodos de avaliação de eficácia do tratamento, os
exames laboratoriais, sobretudo a dosagem de triglicerídeos, configuram-se como
grandes aliados dos médicos endocrinologistas.
Acerca dos cuidados necessários, Brahm et al (2015), refere que a base
terapêutica para pacientes com a quilomicronemia familiar é uma dieta muito pobre
em gorduras, na qual resolveria possíveis sintomas característicos como a
hepatoesplenomegalia, dor abdominal, xantomas e redução do risco de pancreatite.
Porém, uma dieta tão extrema é difícil para manutenção a longo prazo, o que
corroborou com o depoimento da paciente em questão, a qual referia muitas
dificuldades para quantificar, identificar as composições alimentares, calcular a
ingestão calórica bem como de macro e micronutrientes mesmo com
acompanhamento de um profissional da nutrição. Sendo assim, a paciente faz uso
das medicações anteriormente citadas - Fenofibrato, Ômega 3, Orlistat, Vitamina D,
Cloridrato de Metformina de liberação prolongada (Glifage XR) e Rosuvastatina
cálcica - para auxiliar no tratamento.
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CONCLUSÃO

No presente caso, o acompanhamento clínico e laboratorial comprovou-se


eficiente para uma abordagem terapêutica adequada e menos invasiva, preservando
a qualidade de vida da paciente. Além disso, é imprescindível a orientação sobre
mudanças no estilo de vida, incluindo uma dieta adequada – reduzida em
carboidratos e gorduras – e a prática regular de exercícios físicos. Assim, os
portadores da Síndrome de Hiperquilomicronemia Familiar necessitam de
acompanhamento periódico multidisciplinar como nutricionistas, nutrólogos e
principalmente com o médico endocrinologista para reavaliação de sintomas e taxas
laboratoriais a fim de evitar possíveis complicações e desenvolvimento de patologias
associadas.

REFERÊNCIAS
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lipoproteins. Clin Lipidol, v. 5, ed. 4, p. 572-582, 2010.

BRAHM, Amanda J.; HEGELE, Robert A. Chylomicronaemia—current diagnosis and


future therapies. Nature Reviews Endocrinology, v. 11, ed. 6, p. 352-362, 2015.
10

BROWN, William Virgil; GOLDBERG, Ira; DUELL, Barton; GAUDET, Daniel.


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management. Journal of Clinical Lipidology, 2018.

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Disponível em: <https://drogariasp.vteximg.com.br/arquivos/714313---lipidil-160mg-
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chylomicronaemia syndrome (FCS): Expert panel recommendations and proposal of
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