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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIATUBA

CURSO DE ENFERMAGEM

ANDRESSA ALMEIDA DE FREITAS

DESNUTRIÇÃO INFANTIL

GOIATUBA – GO
2022
Introdução

• O local de realização dos encontros do estágio é foi no Hospital Municipal de Morrinhos.

• A coleta de dados com a paciente H.A.S, foi realizada no dia 06/04/2022.

• O mesmo encontra-se com diagnóstico de desnutrição infantil com peso de 1520g.

• A desnutrição é um grave problema de Saúde Pública no mundo, sendo a segunda causa de morte
em crianças menores de cinco anos.
Introdução

• O percentual de óbitos por desnutrição grave em nível hospitalar, se mantém em torno de 20%,
muito acima dos valores recomendados pela OMS (inferiores a 5%).

• Desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança, tornando-se crônica e levando a óbito, caso
não seja tratada adequadamente.
Introdução

• Pode começar precocemente na vida intrauterina (baixo peso ao nascer);

• Frequentemente cedo na infância;

• Outros fatores de risco na gênese da desnutrição incluem problemas familiares relacionados com
a situação sócio econômica, precário conhecimento das mães sobre os cuidados com a criança
pequena (alimentação, higiene e cuidados com a saúde de modo geral) e o fraco vínculo mãe e
filho.
Introdução

• A desnutrição pode ser leve, moderada ou grave, segundo a intensidade das perdas de peso nas
crianças e adultos e do crescimento linear em crianças.

• Quanto á intensidade da DEP, podemos dividi-la em graus (Classificação de Gomez): 1º grau ou


leve: perda de peso de mais de 10% até 25%. 2º grau ou moderada: perda de peso de mais de 25%
até 40%. 3º grau ou grave: perda de peso superior a 40%.
Introdução

Complicações decorrentes da desnutrição podem ser:

• Anemia severa;

• Diminuição da secreção do ácido clorídrico;

• Resposta muito lenta do sistema imunológico;

• Perda de massa por parte de vários músculos, no caso do coração, isto pode acarretar em morte.
Introdução

• Quando há casos de desnutrição não grave o paciente deve ser tratado em casa (principalmente no
caso de crianças);

• Porém, o quadro do paciente é crônico ou ele habita um lugar com condições deploráveis de vida,
ele deve ser imediatamente hospitalizado, neste caso, a pessoa pode apresentar sintomas como:
hipotermia, hipoglicemia, anemia grave, taquicardia, tendências hemorrágicas, pneumonia,
desidratação, sarampo, icterícia (aspecto amarelado da pele) e sinais de colapso circulatório (mãos
e pés frios, pulso fraco e consciência diminuída)
Introdução

• Contudo que o tratamento para desnutrição é realizado por meio de reeducação alimentar,
Tratamento hospitalar, Suplementação, Medicamentos.

• Entanto existe formas de prevenir a desnutrição infantil como o aleitamento materno, oferecer
alimentos de qualidade, realizar consultas periódicas e a realização de politicas publicas para
reduzir a fome.

• Conclui – se então que a desnutrição infantil ainda se encontra muito presente na população,
requer atenção dos profissionais da saúde para possível intervenção, para um diagnostico e
tratamento correto.
Objetivos
• 1.1 Objetivos geral

• Intervir com cuidados de enfermagem na melhora do quadro clinico do paciente;

• Conhecer a doença;

• Implementar a SAE.
Referencial teórico
• 2.1 Etiologia

• Portanto os fatores etiológicos mais importantes são o baixo nível socioeconômico (pobreza-
privação nutricional) e seus acompanhantes intrínsecos: más condições ambientais, que
frequentemente levam a infecções e hospitalização, e baixo nível educacional e cultural, que
muitas vezes leva á negligência infantil.
Referencial teórico
• 2.2 Fisiopatologia

• A primeira alteração fisiológica da desnutrição é a diminuição do da atividade física, notada pela


apatia, desanimo do paciente, isso acontece em decorrência da baixa ingestão de nutrientes
fornecedores de energia. Se a carência de alimentos persistir, o paciente irá diminuir a velocidade
de crescimento em altura e cessará o ganho de peso como forma de adaptação. Os tecidos adiposos
e muscular são os mais afetados, mas todos os tecidos corporais sofrem alterações na desnutrição.
Referencial teórico
• 2.3 Diagnósticos clínicos

• Para diagnosticar a desnutrição infantil, devem ser investigadas as medidas antropométricas,


exames laboratoriais, manifestações clínicas e alimentares. Os indicadores antropométricos são
mais utilizados, sendo muito comum a denominação de desnutrido quando a criança tem baixo
peso para a idade ou para a estrutura.
Referencial teórico

As formas de manifestação clinica da desnutrição são:

• Kwashiorkor;
• Marasmo;
• Kwashiorkor- marasmático.
Referencial teórico

2.4 Complicações

A desnutrição infantil pode gerar algumas complicações que incluem:

• Baixa imunidade;

• Problemas de crescimento;

• Deficiência de nutrientes específicos;

• Falência dos órgãos – A desnutrição infantil grave torna os órgãos disfuncionais

• Início de Doenças Nocivas.


Referencial teórico
A desnutrição infantil também pode levar a outros efeitos adversos como:

• Desenvolvimento comportamental lento;


• Retardo mental;
• Sarcopenia, ou perda constante de massa corporal;
• Dificuldades de aprendizagem;
• Problema de crescimento (nanismo);
• Redução das capacidades de resolução de problemas;
• Redução das habilidades sociais;
• Transtorno de déficit de atenção;
• Desordens digestivas;
• Desenvolvimento de linguagem reduzida;
• Perda de peso severa.
Referencial teórico

2.5 Tratamento

• O tratamento para a desnutrição infantil pode variar conforme a gravidade do problema e a sua
causa, que pode estar associada a questões alimentares ou outras doenças.
Diagnóstico médico

• A paciente deu entrada na unidade de saúde relatando de dor persistente em baixo ventre, em
trabalho de parto, procurou a unidade de saúde para possível inversão medica e melhora dos
sintomas. Após ser avaliada pelo médico, queixando todos os sintomas apresentados, e realização
de exames clínicos. Foi encaminhada para trabalho de parto.

• Rn nasceu de 35 semanas, pré-termo, 1520g, baixo peso, PIG. Onde foi diagnosticado com
desnutrição.
Processo de enfermagem

4.1 LEVANTAMENTO DE DADOS


• • Anamnese
• RN
• H.A.S, 15 dias de vida, Dn: 15/03/2022, sexo masculino, brasileiro, natural de Morrinhos – Go.
• Prematuro, PIG, Baixo peso, desnutrição, ectericia neonatal prolongada.
• Mae RN
• Sexo feminino, brasileira, do lar. Não realiza exames com regularidade. Tagagista, faz uso de
maconha. “SIC” Fuma maconha de 1h em 1h. Mora em uma residencia juntamente com seu
companheiro, que como relatado pela paciente não é o pai de seu filho, e com 3 filhos, os outros
filhos da mesma, mora com outras pessoas, nao relatada pela paciente. Paciente positiva para
sifilis, G7P6A1. Paciente um pouco colaborativa, porem foi somente oque conseguimos obter de
dados. Apresenta-se consistente, agitada, orientada em tempo e espaço, e deambulando.
Processo de enfermagem
• Exame físico

Ao exame físico, faces simétricas, normal, hipocorada e icterica 1+14+. Crânio com tamanho e
formato normal, fontonelas bregmáticas lomboide normotensas. Cabelos hidratados e com higiene
preservada. Glóbulos oculares normais, cílios normais, escleróticas conjuntivas normocoradas, olhos
castanhos sem alterações e sobrancelhas normais. Superfície do nariz simétrica, mucosa integra e
seios paranasais e sem hipersensibilidade. Ouvidos simétricos, quantidade de cerume normal e sem
alterações e má formações. Lábios hidratados e hipocorados, e sem mal formações na cavidade oral.
Garganta, mucosa, dentes e gengiva não foram possíveis de serem analisados pela condição da
paciente por ser RN. Higiene preservada e sem presença de saburra ou halitose. Pescoço com
tamanho e mobilidade normais, sem linfonodos palpáveis, sem lesões, frémito ausente e
movimentação preservada. 12. Tórax normal, sem alterações, pelos ausentes, mamas simétricas, sem
lesões, secreções ou nódulos. Exame cardíaco FC: 148bpm, ritmicos, sem alterações e pulsos
Processo de enfermagem
Tórax com pele íntegra, sem alterações anatômicas, com expansão torácica normal, mamas
simétricas, ausência de nódulos palpáveis, afirma ter realizado exame das mamas a cerca de um ano
sem alterações anormais. Ausculta pulmonar com MV+ bilateral, oxigenação ambiente. Coração
rítmico, com bulhas cardíacas normofonéticas. Abdome indolor a palpação, plano, com RHA
presentes, cicatriz umbilical presente, centralizada. SIC, geniturinário sem alterações anatômicas,
micção espontânea, ausência de lesões aparentes, porém paciente recusa visualização. Nádegas
íntegras, com musculatura preservada, anus não visualizado. MMSS com sensibilidade e força
motora preservados em todas as extremidades, pulsos periféricos palpáveis. MMII, com
sensibilidade e força motora preservada em todas as extremidades, pulsos periféricos palpáveis,
ausência de edemas ou anormalidades anatômicas. Escala de glasgow:15.

FC: 148 bpm; FR: 30 irpm; T: 35 C; SPO2 98%. Peso: 1520g.


Processo de enfermagem

4.2 AGRUPAMENTO DE DADOS

• Portanto o paciente, apesar da paciente apresentar bem fisicamente, devido ao seu quadro clinico,
pode estar sujeito a riscos que necessitam de atenção e cuidado assistencial.
Processo de enfermagem

• 4.3 Diagnósticos de enfermagem


Processo de enfermagem
• 4.4 Planejamento de enfermagem
Processo de enfermagem
• 4.4 Planejamento de enfermagem
Processo de enfermagem
• 4.4 Planejamento de enfermagem
Processo de enfermagem
• 4.4 Evolução de enfermagem

• Ao final do turno, foi observado que o paciente apresentava melhoras em seu quadro clínico.
Paciente se mostrou adepto as orientações realizadas. não se encontrava com alta programada. E
continua em uso de medicamentos prescritos pelo médico.
Conclusão

Conclui-se então que a realização corretada SAE é de suma importância para a detecção de doenças,
suas etiologias e fisiopatologias encontradas no organismo do paciente. Além da relevância da eficiência na
assistência de enfermagem na prevenção de agravos e realização das orientações que possibilitem a
melhora na qualidade de vida dos pacientes.

Portanto a SAE, possibilita a equipe a descoberta de patologias e prevenção de complicações. Alguns


indícios encontrados na realização correta deste procedimento, previnem a hospitalização prolongada do
paciente e os altos custos com recuperação da saúde.

Complementando - se a desnutrição infantil mostrou-se uma doença social. O fator etiológico mais
importante é a condição socioeconómica, pelo que a prevenção e o controle só serão alcançados pela
elevação do padrão de vida da população atingida. O enfrentamento de tal realidade deve passar pela
resolução dos seus determinantes sociais e das politicas públicas promotoras de equidade
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• NANDA. Diagnósticos de enfermagem na NANDA: definições e classificação 2021-2023. Porto Alegre. P. 01-468. Artmed, 2021.
• Catraio, I., Gorete, B., & Pereira, A. M. G. R. (2020). A desnutrição infantil e fatores associados: um estudo em crianças menores de cinco anos de
idade no município de Benguela. RevSALUS Revista Científica Internacional da RACS, 70-70.
• MINISTERIO DA SAÚDE. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_desnutricao_criancas.pdf. Acesso em 11 de Maio de 2022.
• PELLETIER, D. L. et al. The effects of malnutrition and child mortality in developing countries. Bull World Health Org, [S.l.: s.n.], n. 73, p. 443-448,
1995.
• SCHOFIELD C; ASHWORTH A. Why have mortalite rates for severe malnutrition remain so high? World Health Organization, [S.l.: s.n.], n. 74, p.
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• INFO ESCOLA. Desnutrição. Disponível em: https://www.infoescola.com/doencas/desnutricao/. Acesso em 11 de Maio de 2022
• SO NUTRIÇÃO. Desnutrição infantil. Disponível em: https://www.sonutricao.com.br/conteudo/artigos/desnutricao/#:~:text=Para%20diagnosticar%20a
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Acesso em 11 de Maio de 2022.
• TROCANDO FRALDAS. Desnutrição infantil – causas, sintomas e tratamento. Disponível em: https://www.trocandofraldas.com.br/desnutricao-
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2022

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