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Transtornos alimentares

e somatoformes

Módulo 11: Prática de Enfermagem IV -


Enfermagem em Saúde Mental e
Enfermagem Geriátrica

Curso de Enfermagem Geral


Transtornos alimentares e
somatoformes

 Transtornos alimentares;
 Transtornos somatoformes/hipocondríase

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Objectivos de aprendizagem

 Ao final desta sessão os


estudantes deverão ser capazes
de:
 Enumerar os principais transtornos
alimentares e somatoformes;
 Citar sinais e sintomas desses
transtornos.

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TRANSTORNOS
ALIMENTARES
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Transtornos alimentares
 Dos transtornos mentais que levam a dificuldades
na alimentação, talvez o mais freqüente e grave
seja a anorexia nervosa.
 Nesse transtorno, a pessoa não consegue comer,
emagrece exageradamente e entra, muitas vezes,
em estado de desnutrição grave.
 Muitos casos necessitam de internação para um
tratamento adequado.

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Anorexia nervosa
 A pessoa se olha no
espelho e, embora
extremamente
magra, se vê obesa.
 Com medo de
engordar, exagera
na atividade física,
jejua, vomita, toma
laxantes e
diuréticos.

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Anorexia nervosa
 É um transtorno que se manifesta principalmente
em mulheres jovens, embora sua incidência esteja
aumentando também em homens.

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Anorexia nervosa
 Às vezes, os pacientes anoréxicos chegam
rapidamente à caquexia, um grau extremo
da desnutrição e o índice de mortalidade
chega a atingir 15% a 20% dos casos.

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Sinais e sintomas da anorexia
nervosa
 Perda exagerada de peso em curto espaço de
tempo sem nenhuma justificativa. Nos casos mais
graves, o Índice de Massa Corpórea (IMC) chega a
ser inferior a 17;
 Recusa em participar das refeições familiares. Os
anoréxicos alegam que já comeram e que não
estão mais com fome;
 Preocupação exagerada com o valor calórico dos
alimentos. Esses pacientes chegam a ingerir
apenas 200kcal por dia;
 Interrupção do ciclo menstrual (amenorréia) e
regressão das características femininas;

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Sinais e sintomas da anorexia
nervosa
 Atividade física intensa e exagerada;
 Depressão, síndrome do pânico, comportamentos
obsessivo-compulsivos;
 Visão distorcida do próprio corpo. Apesar de
extremamente magras, essas pessoas julgam-se
com excesso de peso;
 Pele extremamente seca e coberta por lanugo
(pelos parecidos com a barba de milho).

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Causas da anorexia nervosa
 Fatores que favorecem o aparecimento da
doença:
 Predisposição genética; e a existência de
alterações neuroquímicas cerebrais,
especialmente nas concentrações de serotonina
e de noradrenalina.
 O conceito atual de moda que determina a
magreza absoluta como símbolo de beleza e
elegância;
 A pressão da família, de conjuge e do grupo
social.

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Bulimia
 Outro transtorno
alimentar comum é a
bulimia, que se
caracteriza pela ingestão
de grande quantidade de
alimentos, seguida por
uma acção
compensatória (a pessoa
provoca o vômito após a
ingestão de comida) pelo
medo de ganhar peso,
sendo comum entre as
modelos e as atletas.

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Bulimia

 Pessoas com bulimia têm vergonha de seus


sintomas, portanto, evitam comer em
público e evitam lugares como praias e
piscinas onde precisam mostrar o corpo.
 À medida que a doença se desenvolve,
essas pessoas só se interessam por
assuntos relacionados à comida, peso e
forma corporal.

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Causas de bulimia
 Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma
síndrome multideterminada por uma mescla de
fatores biológicos, psicológicos, familiares e
culturais.
 A ênfase cultural na aparência física pode ter um
papel super importante.
 Simples desejo de emagrecer e se manter de
acordo com os preceitos sociais e da moda –
escravatura da beleza.
 Problemas familiares.
 Baixa auto-estima e conflitos de identidade também
são fatores envolvidos no desfecho desses quadros.

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Prevenção do transtorno
alimentar
 Uma diminuição na ênfase da aparência
física, tanto no aspecto cultural quanto
familiar, pode eventualmente reduzir a
incidência desses quadros.
 É importante fornecer informações a
respeito dos riscos de regimes rigorosos
para obtenção de uma silhueta "ideal", já
que os mesmos desempenham papel
fundamental no desencadeamento dos
transtornos alimentares.

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Hiperfagia
 É a fome insaciável, fazendo com que a pessoa
coma compulsivamente. A única diferença da
bulimia é que o indivíduo não pensa em vomitar;
 A hiperfagia têm causas múltiplas: predisposições
genéticas e constitucionais, influências
socioculturais e vulnerabilidades psicológicas
pessoais.

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Hiperfagia

 A cobrança exagerada do controle alimentar por


familiares, vigilância insistente sobre a dieta,
críticas pretensamente construtivas, comparações
maldosas com pessoas “esbeltas e elegantes”
acabam, muitas vezes, causando efeito contrário
do que esperavam esses familiares, ou seja, a
pessoa vigiada acaba desenvolvendo algum
transtorno alimentar e, entre eles, com muita
freqüência a hiperfagia.

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TRANSTORNOS
SOMATOFORMES OU
HIPOCONDRIASE
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Transtornos somatoformes
 Os pacientes com esse tipo de transtorno são
aqueles que vão repetidamente à clínica geral,
com queixas de problemas físicos que não são
identificados como de causa orgânica, o que não
lhes satisfaz, fazendo com que solicitem
continuamente novas investigações, mudando de
um médico para outro.
 Só conseguem identificar seu “mal estar” como
tendo origem no corpo, o que faz com que,
geralmente, resistam a um encaminhamento para
o setor de Saúde Mental, ou se sintam, até
mesmo, ofendidos.

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Transtornos somatoformes
 O paciente pode apresentar queixas de dores que
não passam, problemas gastrintestinais,
cardiovasculares, respiratórios, sexuais,
menstruais e outros.
 Em muitos casos, podem aparecer problemas na
pele.
 Nesse grupo de transtornos, um dos mais graves é
o transtorno hipocondríaco, de difícil tratamento,
no qual a pessoa se encontra “convencida” de
estar portando grave doença (câncer, Sida),
buscando todos os recursos para confirmá-la. Em
muitos casos, estes pacientes chegam ao cúmulo
de serem submetidos à cirurgia, sem necessidade.
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Causas de hipocondria
 A hipocondria pode surgir subitamente sem
nenhum desencadeante identificado, e ser estável
ao longo do tempo, ou manifestar-se em
sequência de um período mais vulnerável.
 Surge muitas vezes em pessoas que sofreram uma
doença orgânica durante a infância ou que
contactaram durante muito tempo com familiares
doentes, sobretudo, se houve um desfecho fatal.
 Outros factores são os desapontamentos, as
rejeições, as perdas, o stress, a ansiedade, e a
própria personalidade do utente, com traços de
baixa auto-estima, introversão e obstinação.

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