Erisipela em MID.
Sintomas:
Os sintomas só irão manifestar-se, se houver tempo
da pequena população bacteriana que entrou pela
lesão da pele multiplicar-se e produzir quantidade
razoável de toxinas. A presença de toxinas nos
vasos provoca reações como: tremores, mal-estar,
náusea, vômitos, enjôo, febre alta. A lesão cutânea
é uma placa eritematosa, edematosa, quente e
dolorosa, de limites bem definidos. Nos MMII
observa-se vesículas e bolhas, geralmente flácidas,
de conteúdo translúcido e, por vezes, com
dimensões significativas (erisipela bolhosa).
Recentemente foi descrita uma variante clínica de
erisipela dos membros inferiores – erisipela
hemorrágica – caracterizada pela presença de
intenso eritema e aspecto equimótico acentuado.
Erisipela bolhosa.
Erisipela hemorrágica.
Diagnóstico.
O diagnóstico é feito apenas pelo exame clínico,
analisando os sinais e sintomas apresentados pelo
paciente. Não há necessidade de nenhum exame de
sangue ou de outro exame especial da circulação, a
não ser para acompanhar a evolução do paciente.
Critérios de diagnóstico: Início súbito de Febre
≥38º C, arrepios, mal-estar, placa eritematosa,
edematosa, dolorosa e de limites bem definidos.
Ausência de necrose,
Adenopatia(íngua) e/ou linfangite.
Na erisipela facial, o
mecanismo de
transmissão não é
conhecido, mas a
bactéria parece originar-
se das vias aéreas
superiores do próprio
paciente.
Tratamento:
O tratamento da erisipela consiste na instituição de
antibioterapia empírica tendo em conta a epidemiologia
desta infecção. Adicionalmente, devem ser instituídas
medidas de caráter geral (repouso com elevação do
membro afetado, pode ser necessário o enfaixamento da
perna para diminuir o edema mais rapidamente,
punção de bolhas). A utilização de antimicrobianos
tópicos pode ser útil nas formas bolhosas. Fechamento
da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de
pele e as frieiras. Limpeza adequada da pele,
eliminando o ambiente adequado para o crescimento
das bactérias. Uso de medicação de apoio, como
antiinflamatórios, antitérmicos, analgésicos e outros que
atuam na circulação linfática e venosa. O tratamento da
erisipela precisa ser seguido criteriosamente para evitar
crises de repetição que podem ter conseqüências graves.
Prevenção.
A correta abordagem terapêutica das frieiras, infecção
com elevada prevalência na população geral, assume
particular importância uma vez que a sua erradicação
permitiria evitar cerca de 60% das erisipelas. Na
grande maioria dos casos a etiologia é dermatofítica e o
seu tratamento inclui: medidas de higiene (secagem
dos espaços interdigitais, uso de calçado arejado e
meias de algodão), eliminação dos reservatórios de
dermatófitos (unhas) e tratamento antifúngico tópico
ou sistémico.
Por fim, em doentes com múltiplas recidivas, pode estar
indicada a instituição de antibioterapia profiláctica
(penicilina benzatínica ou eritromicina). Esta
prevenção deve ser prolongada, dado que o seu efeito é
unicamente supressivo (eliminar).