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HANSENÍASE tátil
Lesões “em raquete” = placa infiltrada da qual
Doença infecciosa causada pelo Mycobacterium
emerge filete nervoso superficial espessado
hanseniasee/leprae
Compromete a PELE e os NERVOS PERIFÉRICOS
Evolução crônica interrompida por surtos
reacionais (reação hansênica)
O contágio ocorre de indivíduo para indivíduo,
sendo as vias de eliminação e entrada dos bacilos
ÁREAS LESADAS DA PELE OU DAS MUCOSAS e as
VIAS RESPIRATÓRIAS SUPERIORES
Possui formas Paubacilares (forma indeterminada
e tuberculoide) e multibacilares (dimorfa e
virchowianna)
a) HANSENÍASE TUBERCULOIDE
“Abscesso do nervo” = necrose caseosa do nervo
O material necrótico das lesões pode migrar pela
Resulta da evolução lenta ou rápida do tipo bainha do nervo ou fistulizar-se, formando
indeterminado ÚLCERAS CUTÂNEAS
Acometimento intenso dos troncos nervosos pode
MORFOLOGIA
levar a incapacidade permanente
As lesões são constituídas por PEQUENOS Os nervos periféricos, especialmente o NERVO
AGRUPAMENTOS DE CÉLULAS EPITELOIDES ULNAR, são espessados e facilmente palpáveis
COM ESBOÇO GRANULOMATOSO, formando as As alterações neurológicas são representadas por
denominadas LESÕES DE TRANSIÇÃO ou
distúrbios:
MACULOANESTÉSICAS - Sensoriais (parestesias, paralisias, amiotrofias,
mão em garra, pé caído)
- Tróficos (mal perfurante, reabsorções ósseas,
mutilações)
- Vasomotores (acrocianose)
Há presença de inflamação granulomatosa situada
na DERME
Lesões neurais são mais precoces, assimétricas e
agressivas
Inicia com lesões maculoanestésicas (em A inflamação lesa os nervos cutâneos das
raquete) que desenvolvem formas irregulares com proximidades, axônios e células de Schwann por
margens hiperpigmentadas, endurecidas, meio de reação de reversão – imunidade
elevadas e centros pálidos deprimidos exacerbada
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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5
Fibrose no endoneuro e perineuro pequenas, localizadas na face das crianças,
Nervos mais envolvidos: ulnar, tibial posterior e FILHAS DE PAIS COM A FORMA VIRCHOWIANNA
fibular Tendem a regressão espontânea em 5 ou 6 meses,
deixando área atrófica residual
A baciloscopia geralmente é negativa, podendo
ser paucibacilar
Não há alterações de sensibilidade e os troncos
nervosos não são afetados
MICROSCOPIA
Granulomas, principalmente ao redor de
“Mão em garra” glândulas sudoríparas, vasos, nervos e músculos
Quando próximos à epiderme, podem atingir suas
porções inferiores, produzindo exocitose
Os granulomas são formados por células
epiteliodes agrupadas compactamente, com halo
linfocitário denso
Outras vezes, há predomínio de células
Abscesso do nervo epitelioides com pequeno número de linfóticos na
periferia
Células gigantes não são raras
É bastante sugestiva a disposição perineural dos
granulomas, destruindo, ou mesmo substituindo,
as fibras nervosas
Só o achado de bacilos pode assegurar o
diagnóstico definitivo, exceto nos casos com
comprometimento neural evidente
MICROSCOPIA
Epiderme atrófica e retificada na maioria dos
casos
Derme subjacente desprovida de infiltrado
inflamatório (FAIXA DE UNNA)
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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5
A SÍNDROME DE RAMSAY-HUNT consiste em
envolvimento ipsolateral dos nervos facial e
auditivo, levando a paralisia facial, dor auricular,
surdez e vertigem. As lesões cutâneas cicatrizam
em 3 a 4 semanas, deixando máculas residuais ou
cicatrizes
Caracteriza-se por ERUPÇÃO VESICULAR
CIRCUNSCRITA À UM DERMÁTOMO, ou seja,
o território inervado por uma raíz;
É quase sempre unilateral;
A área atingida tem FORMA DE FAIXA OU
c) HERPES ZÓSTER
HEMICINTURÃO (daí o nome: zoster em grego
significa cinto);
Erupção vesicobolhosa produzida pelo
Herpesvirus varicellae (HHV3), que infecta
humanos na infância e leva ao quadro clínico de
varicela
Após a fase de disseminação hematogênica pela
qual atinge a pele, o vírus caminha pelos nervos
periféricos até se instalar em gânglios nervosos,
neles podendo permanecer latente por toda a vida
Por estímulos diversos, pode retornar à pele, onde
provoca o quadro típico de herpes-zóster
É excepcional o paciente apresentar quadro de
herpes-zóster após contato com paciente com
varicela ou zoster, o que falaria a favor de
reinfecção
Crianças podem ter varicela após contato com
portador de zoster
Indivíduos imunodeficientes, pela AIDS,
iatrogenicamente ou por linfomas, podem
apresentar herpes-zóster generalizado
No território do nervo trigêmeo geralmente é
O quadro clínico é denominado por VESÍCULAS
afetado só um dos segmentos (p.ex., nervo
DISPOSTAS EM GRUPOS NO TRAJETO DE
oftálmico);
NERVOS SENSORIAIS, sendo mais frequente o
As lesões são acompanhadas de dor, prurido e
acometimento dos NERVOS INTERCOSTAIS
grande desconforto local;
(herpes-zóster torácico) e TRIGÊMEO (herpes-
A duração dos sintomas é de 1-4 semanas, mas em
zóster oftálmico)
cerca de um quarto dos pacientes a regressão da
Em 20% dos pacientes, pode ocorrer nevralgia
dor é lenta;
intensa e persistente, que é mais comum em
A neuralgia pós-herpética pode arrastar-se por
pacientes idosos ou debilitados (nevralgia pós-
anos e ser extremamente rebelde.
herpética)
Acometimento do nervo facial pode levar a
distorção da face (PARALISIA DE BELL)
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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5
MICROSCOPIA
Do ponto de vista anotomo-patológico observa-se
no gânglio afetado intenso infiltrado linfocitário;
Necrose de neurônios e neuronofagia;
Proliferação reacional das células satélites;
Necrose e trombose de pequenos vasos
intraganglionares;
Como o vírus se estende à medula espinal via raíz
posterior, o segmento correspondente ao gânglio
acometido pode mostrar mielite aguda.