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Maria Eduarda Camossi LII 1

Oftalmologia Esclera: branco do olho; resistência; fibrosa; 1mm;


abertura posterior para nervo optico
Anatomia e fisiologia ocular
Córnea: transparente; cristal; hipérbole; avascular
Anatomia ocular nutrição pelo humor aquoso; apresenta 5 camadas

O globo ocular apresenta 3 túnicas:

Elas englobam os meios

Epitélio: a mais externa; contato com lágrima e


meio ambiente; tem de 3 a 4 camadas de cel: mais ext
é achatada, com microvilosidades as quais a lágrima e
o muco preenchem, seguinte com wing cells, seguinte
camada de células basais que vão produzindo novas
células, essas migram até a camada externa

Membrana de Bowmann: força e resistência;


mantem a curvatura do olho (fio de arame)

Estroma: da espessura, seco (se inchar fica


branco e perde visão); lâmina de colágeno; ajusta
índice de refração

Membrana de Descemet: suporte para cel


endoteliais
1.Fibrosa Endotélio: transporte ativo do humor aquoso
para a córnea; camada única de célula; vamos
perdendo conforme envelhecemos (pq não se
renovam)

Oxigênio vem do meio externo

Trauma que passa pela membrana de Bowmann deixa


sequela se for no eixo visual

2.Média ou vascular
É a camada mais externa

Composta pelas:
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Músculo relaxado: fibras e cápsula do cristalino tensas


(se contraído, fibras e cápsula relaxadas)

Íris: tecido que da cor aos olhos; prolongamento


membranoso da coroide; controla a qntd de luz que
entra; face anterior tem uma camada de cel epiteliais;
relevo diferente de pessoa para pessoa; face posterior
tem duas camadas de cel cheias de melanócitos para
proteger melhor (olho escuro breca maior qntd de luz);
as fibras circulares são também chamadas de esfíncter
da pupila e quando se contraem a fecham

Coroide: leva sangue para a retina, maior volume


sanguíneo do corpo; 3 camadas; muitos melanócitos
para absorver o excesso de luz (vislumbre)

Miose: contrai, musc esfíncter (circular),


parassimpático, colinérgico
Corpo ciliar: produção de humor aquoso; tem 3 partes
plana/lisa, rugosa com invaginações (trazem e filtram o Midríase: dilata, musc longitudinais (radial), simpático,
sangue para córnea -passa líquido com glicose e adrenérgico
nutrientes=humor aquoso) e muscular dos corpos Ação do sist nervoso autônomo na pupila e na íris:
ciliares que mudam as fibrilas; h aquoso é produzido e
drenado toda hora, se parar perde a pressão do olho O estímulo parassimpático libera uma subst. chamada
(12-20mmHg); nutrir e eliminar resíduos, sai pelo de Ach (por isso colinérgico), ela contrai o esfíncter da
sistema trabeculado -> canal de Schlem pupila (musc circular) e relaxa os dilatadores (long)

O estímulo simpático libera noradrenalina (por isso


Musculo ciliar enfraquece com 40 anos (óculos bifocal)
adrenérgico), ela relaxa o esfíncter da pupila (circular)
e contrai os dilatadores (long)

O bloqueio do sist. parassimpático é feito por drogas


chamadas atropínicas, que relaxam o esfíncter e
contraem a musc dilatadora

O bloqueio do sist. simpático é feito por drogas


chamadas bloqueadores adrenérgicos, que contraem o
esfíncter e relaxam a musc dilatadora
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As células ganglionares são os neurônios que levarão o


impulso nervoso para o cérebro (lobo occipital)

4 arcadas, cada uma com uma arterial e veia centrais

2 e 3° neurônio laterais, macula mais fina, luz passa


melhor no centro

Centro da retina só tem cone, não tem vaso

Anatomia da retina: Anatomia x Clínica


Humor aquoso
Mácula = polo posterior
Funções:
Fóvea = mácula
• Manter a pressão intraocular (PIO)
• PIO de 12 a 20 mmHg Fóveola = umbo
• Nutrir
• Eliminar resíduos

3.Nervosa: retina

Mácula: 2 ou mais camadas de cel ganglionares;


xantofila; EPR (mais denso e pigmentado)

Retina: pedaço do sistema nervoso central dentro do Fóvea: cones


olho; neurônios que transformam luz em imagem
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Fovéola: sem camada nuclear interna e ganglionar

Zona avascular da fóvea

Cones: específicos, detalhes, menor qntd (6 milhões),


centro, cores, leitura, 3 tipos (pigmento verde,
vermelho e azul)

Bastonetes: campo visual, maior qntd (120 milhões),


periferia, sensíveis a luz, receptores da luz no
crepúsculo e na noite

(Luz em impulso elétrico)

Células bipolares: 2° neurônio; tem como função


integrar as informações luminosas recebidas; 126
Anatomia da fóvea: milhões de cones e bastonetes; 1 milhão de fibras
nervosas

Visão central: mácula, centro, cones

Visão periférica: bastonetes

Nervo optico: conj. de axônios que saem das cel.


ganglionares (3° neurônio)

E 4 meios refringentes:

Epitélio pigmentar: origem diencéfalo, bem Estímulos luminosos passam por eles até chegarem na
justapostas para não extravasar sangue, cel retina
fotorreceptoras (cones e bastonetes) tem seu
1.Câmara anterior
metabolismo pelo epitélio
Espaço entre a parte posterior da córnea e a parte
anterior da íris e cristalino; preenchida pelo humor
aquoso
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Composto por 99% água e 1% ac hialurônico, fibrilas de


colágeno e hialócitos (os quais fazem a síntese dos
componentes do humor, além de realizarem
fagocitose)

Músculos extraoculares:

2.Câmara posterior

É todo espaço entre a íris e a capsula anterior do


cristalino; é preenchida pelo humor aquoso

3.Cristalino

Lente natural, age igual bexiga, as fibras puxam, curva


anterior e posterior, estrutura transparente,
discretamente amarelada e com forma de lente
biconvexa

Está suspenso por várias fibras zonulares


Conjuntiva:
A acomodação é um processo fisiológico para manter
as imagens focadas na retina Tec revestimento, protege esclera e região do tarso
4.Humor vítreo

É 2/3 do volume e peso ocular; gel claro e transparente;


mantém o tamanho e a forma do globo
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Produzida pelas cel de revestimento, mantem contato


íntimo com as mesmas

Preenche as microvilosidades, estabilizando e


aplainando a superfície

Composição glicoproteica

Camada aquosa:

É a mais espessa

Composta por solução aquosa de íons como sódio,


cloro, potássio e bicarbonato; também tem glicose,
ureia e proteínas

Entre as proteínas existem enzimas como a lisozima


com ação antibacteriana

Aparelho lacrimal:

Secreção líquida; composição complexa (lipídica,


aquosa e mucoide); produzida por glândulas anexas;
função de proteção e nutrição da parte do olho exposta
ao ambiente

Funções da lágrima:

1.Proteção mecânica: remoção de partículas e


microrganismos que atingem o olho (fluxo lacrimal) Camada lipídica:

Formada por pequenas gotículas de gordura (micelas)


• Enzimática: lisozima (digere patógenos)
em emulsão na camada aquosa
• Imunológica: IgA
• Umidificação do globo Apesar de muito fina, impede a evaporação das demais
camadas quando o olho está aberto
2.Nutrição: oxigenação da córnea (glicose, sais
minerais e outros nutrientes via humor aquoso) Mulher perde camada lipídica na menopausa
3.Função óptica: homogeneização da interface ar-
cornea, regularizando as microvilosidades das cel.
chatas do ep corneano

Para cumprir essas funções a lágrima forma uma fina


camada que recobre o olho: filme lacrimal

Camada mucoide:
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Índice relativo de refração de uma substância: ar ou


qualquer outro meio

Refração em oftalmo:

Boa visão: via visual neurológica intacta+ olho


estruturalmente saudável+ foco apropriado

Erro refrativo: necessidade do uso de lentes corretivas


para corrigir o foco para uma boa visão

Glândulas: Refração ocular ou refratometria: procedimento onde


o erro refratário é caracterizado e quantificado; pode
ser objetiva ou subjetiva

Objetiva: o médico mede, manual ou máquina

Subjetiva: como o paciente responde

Emetropia:

Foco ideal para boa visão

Comprimento axial= 22 a 35 mm
Mucosa: cel caliciformes da conjuntiva, gland Manz,
Córnea= 44 D (maior índice de refração/ desvio)
criptas de Henle
Cristalino= 18 D
Aquosa: gland lacrimais (principal e acessória)
Total= 68 D
Lipídica: gland Meibomius e Zeiss
Ponto próximo (PP)= 25 cm
Ametropias
Acomodação visual= desde PP até o infinito
Refração: fenômeno óptico que ocorre quando um
feixe de luz, incidindo obliquamente sob determinada Ponto remoto (PR)
superfície, muda de direção quando passa de um meio
Celular no mínimo a 25cm, força os músculos retos
transparente para outro transparente, que apresenta
veloc da luz diferente do primeiro

O que devemos saber: a importância clínica da


refração; insuficiência visual; sintomas visuais, oculares
e referidos; optica fisiológica; hipermetropia; miopia;
astigmatismo; afacia; presbiopia

Índice de refração:

O desvio que a luz sofre quando passa de um meio para


outro, depende da velocidade da luz nos dois meios

A veloc. da luz no vácuo é c=300 mil km/s

A grandeza física que relaciona as veloc. nos dois meios


é o índice de refração relativo

• N=V1/V2
• N vácuo= 1
Ametropia:
• N ar= 1.00032
Erro de refração
Índice absoluto de refração de uma substância: vácuo
Medida desproporcional do olho
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Tipos: 1.Miopia

1.Axial “olho fechado”

Comprimento do globo ocular aumentado (miopia) ou Visão ruim de longe e boa de perto
diminuído (hipermetropia)
35% da pop ocidental
2.De curvatura (córnea e cristalino)
Fatores de risco: hereditariedade, stress visual
Curvamento anormal das superfícies refringentes da excessivo e prolongamento para a visão de perto
córnea/ cristalino, muito curva (miopia) ou muito plana
Diagnóstico na infância e adolescência
(hipermetropia)
Apertar o olho
3.De índice (perda de transparência de algum meio)
Se início no adulto: pode estar relacionado a diabetes
Índice anormal de refração dos meios (córnea, humor
descompensada (alto índice glicêmico fere cristalino)
aquoso ou cristalino, e humor vítreo), elevado e baixo
ou catarata
(miopia) ou baixo e elevado (hipermetropia, ex afacia)
Uso excessivo de aparelhos eletrônicos
4.Posicionamento anormal do cristalino (subluxação e
luxação) Olho alongado ou córnea muito curva/alongada (sua
córnea pode já ser muito elástica, se ficar coçando ela
Para frente (miopia) ou para trás (hipermetropia)
alonga de vez)
Sintomas:

• Diminuição da acuidade visual


• Cefaleia
• Sonolência
• Tonturas
• Hiperemia conjuntival, lacrimejamento,
ardência, dor e ressecamento
Causas:
Medida da acuidade visual:
• Aumento da curvatura da córnea
• Longe: 6m (infinito optico)
• Alteração axial: olho grande ou achatado
• Perto: 20 a 40cm
• Cristalino alterou o índice de refração (miopia
Tabela de Snellen (medida por pés/passadas): longe; E de índice)
em várias posições usada para crianças até 3 anos ou
Simples: fundo do olho normal
analfabetos
Patológica: coroidose miopitica, predisponente ao
descolamento de retina e a atrofia macular

Olho cresceu como um todo, mas não tem


aperfeiçoamento das estruturas, atrofia da coroide,
retina fina

As células fotorreceptoras atrofiam

Não tem como evitar, genético (automiope)


Tabela de Jaeger: perto
Correção:
Refrator:
• Lentes divergentes
• Aparelho que faz a refração ocular • Lentes de contato
• Automático (objetiva) • Cirurgia: PRK ou LASIK (aplanamento da
• Manual (objetiva e subjetiva) córnea)
• Em crianças usa-se uma caixa com 180 lentes
2.Hipermetropia
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Olho pequeno (comprimento antero-posterior, córnea Misto


e profundidade da câmara anterior)
Miópico simples (mais grau de miopia e menos de
Alterações dos meios refratários: afacia astigmatismo)

Pode ser latente ou manifesta: corrigida ou não pela Miópico composto (menos miopia e mais
acomodação astigmatismo)

“enxerga mal de perto e bem de longe” Sintomas:

Enxerga mal de longe também, mas como tem boa • Visão borrada
acomodação parece que está bom • Astenopia
• Fadiga
Presente na maioria das crianças quando nascem
• Dores de cabeça
Predisposto ao glaucoma de ângulo estreito e
estrabismo convergente

50% das pessoas depois dos 20 anos

Ver fluxo do humor aquoso

Correção:

• Lente convergente
Tratamentos:
• Lentes de contato
• Cirurgia refrativa (não é tão eficaz, tem que • Óculos com lentes cilíndricas
provocar uma curva na córnea, mas na maioria • Lentes de contato rígidas gás permeáveis ou
das pessoas a córnea retorna na sua posição acrílicas
anterior/normal) • Cirurgia: LASIK ou LASIK personalizada (até 4 D)
• Outras causas: calázio, TU (correção da causa)
3.Astigmatismo
Presbiopia
Alteração de curvatura: córnea e cristalino
Não faz parte das ametropias
Raios de luz paralelos são convergidos para vários focos
Pacientes acima dos 40 anos: 93%
Visão ruim para perto e longe (não vê nem mal nem
bem) Perda de acomodação: que é a capacidade do olho de
fiscalizar na retina imagens de objetos situados a
Pode estar associado ou não à miopia, hipermetropia
diferentes distâncias
ou presbiopia
Perda da elasticidade do cristalino
Classificação:
Perda da função do musculo ciliar
Em relação a estrutura ocular: corneal ou lenticular
(cristalino)

Em relação aos meridianos principais: regular


(meridiano horizontal) ou irregular (meridiano vertical
e oblíquos)

Em relação ao foco dos meridianos principais:

Simples (tamanho normal, mas curvatura da córnea


Curvatura maior do cristalino quando apertamos olho
não)
para tentarmos enxergar
Hipermetrópico composto (grau é maior do que o grau
Visão: falta de nitidez para objetos próximos
esférico)
Correção:
Hipermetrópico simples
• Óculos para leitura
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• Óculos bifocais Tratamento deve ser precoce (antes dos 6 anos)


• Óculos multifocais
Afacia: olho sem cristalino
• Lentes de contato bifocais ou multifocais
Pseudo-facia: olhos com LIO
Tabelinha para óculos pronto da farmácia:
Deficiência visual:
Determinar a refração para longe

40 anos-> adição de 0,5 D

45 anos-> adição de 1,0 D

50 anos-> adição de 1,5 D

55 anos-> adição de 2,0 D

60 anos-> adição de 2,5 D

65 anos-> adição de 3,0 D

Testa-se a adição para perto, considerando-se as


necessidades visuais de perto do paciente e refina-se CD: conta dedos (só vê a 1 m de distância)

Critérios de contraindicação para cirurgia refrativa Entre grau 4 e 5: movimento de mãos (vê se a mão
mexe)
Ametropia total acima de 12D
PL: percepção de luz (pessoa acompanha a
Hipermetropia acima de 5D luz/lanterna)
Astigmatismo acima de 6D Para fazer a cirurgia de catarata, o paciente precisa ter
Ceratocone diagnosticado ou suspeito pela topografia percepção de luz e diferenciar luz azul e amarela

Opacificação do cristalino com ou sem perda de Grau 5: acontece no glaucoma


acuidade visual

Candidatos presbiras que não aceitam a possibilidade


de ter que usar correção optica para perto após a
cirurgia refrativa

Candidatos com instabilidade refracional ou idade


inferior a 18 anos

Gravidez e lactação

Presença de patologias oculares, ectasias corneanas


etc.

Situação em que a relação risco/benefício da cirurgia


parece não ser satisfatória para o candidato ou para o
médico oftalmologista
Fundo de olho
Anisometropia
Reconhecer e identificar as estruturas retinianas
Diferença significativa de grau entre um olho e outro durante o exame de fundo de olho
Pode desenvolver ambliopia: deficiência do Macroscópica
desenvolvimento normal do sistema visual e um ou
ambos os olhos os olhos no período de maturação do
SNC sem lesão orgânica

Tende a permanecer até a idade adulta


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Fovéola x fóvea

->não tem células; vimos um vale; depressão central


medindo de 2 a 3mm

Umbo x não conseguimos ver

->bem centralizado; maior poder de acurácia visual

Outras estruturas:

• Veias corticosas
• Nervos ciliares
• Ora serrata: serrinha na borda

Nervo óptico

Coloração amarelada, composto por axônios; avaliar a


cor, os limites, a escavação e a rima; presença de
hemorragias e edemas

Retina neurossensorial

Vasinhos amarelos laterais: por onde sai o sangue que Se desenvolve a partir da parede interna do cálice
chega na retina optico (diencéfalo, origem neuro ectodérmica)

Espessura varia de 560 micras no polo posterior a 100


micras na ora serrata

Formada por nove camadas + epitélio pigmentar


retiniano

Camadas da retina:

1. Camada de fotorreceptores
2. Membrana limitante externa
Mácula: visão fina 3. Camada nuclear externa
4. Camada plexiforme externa
Classificação anatômica x biomicroscópica
5. Camada nuclear interna
6. Camada plexiforme interna
7. Camada de cel ganglionares
8. Camada de fibras nervosas
9. Membrana limitante interna

1)camada mais externa; constituída pelo segmento


externo dos fotorreceptores; repousa sobre o epitélio
Área central x polo posterior pigmentar retiniano

->duas camadas de cel ganglionares; região com limites


imprecisos compreendida pelas arcadas temporais
superior e inferior

Fóvea x mácula

->reflexo elíptico; seis camadas de cel ganglionares;


macroscopicamente é a região do polo posterior
delimitada por um reflexo elíptico, o reflexo
paramacular
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2)composta por plexos juncionais das cel de Muller; A coroide nutre EPR até a porção externa da camada
encontra-se entre os segmentos internos e externos nuclear interna
dos fotorreceptores

3)formada pelos segmentos internos dos


fotorreceptores; é onde se encontram os núcleos
dessas cel; 1° neurônio da via óptica

4)sinapse entre os axônios dos fotorreceptores e


dendritos das cel bipolares; sua espessura é maior na
fóvea

5)constituída pelos núcleos das cel bipolares (que


constituem o 2° neurônio das vias ópticas), e ligam os Carótida interna-> oftálmica-> art central retiniana
fotorreceptores as cel ganglionares; encontram-se os
Epitélio pigmentar retiniano
núcleos das principais cel gliais da retina (cel
horizontais, amácrinas e cel de Muller) Origem neuro ectodérmica, como a retina, mas que se
diferencia em epitélio secretor

Estende-se das margens do nervo à ora serrata

Em contato íntimo com o segmento externo do


fotorreceptor

Cel de Muller: organizam os neurônios

6)onde ocorre a sinapse entre os axônios das bipolares


e os dendritos das ganglionares

7)contém os corpos celulares das cel ganglionares, o 3° Barreira hematorretiniana:


neurônio da via óptica
• Interna: composta pelo endotélio dos vasos
8)formada pelos axônios das cel ganglionares; tem retinianos
espessura aumentada no sentido posterior, onde as • Externa: composta pelo epitélio pigmentar
fibras convergem para formar o nervo óptico retiniano (zona ocludens)
9)camada mais interna da retina; íntima relação com Efetiva: não passa antibiótico
hialoide

Tomografia de coerência óptica

Exame complementar que avalia as camadas da retina

Funções:

Circulação retiniana • Barreira hematorretiniana


• Absorção de luz
Artéria central retiniana é responsável pela nutrição da
• Transporte de nutrientes
retina interna, ou seja, da limitante interna à nuclear
• Fagocitose
interna
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• Função secretora
• Cicatrização

Membrana de Brunch

1. Membrana basal do EPR


2. Camada espessa de colágeno
3. Camada de fibras elástica Definição
4. Camada fina de colágeno
5. Membrana basal do endotélio da coriocapilar Doença vascular da retina secundária aos longos
períodos de hiperglicemia que decorem da ausência
Coróide parcial ou completa da insulina
Porção mais posterior da túnica vascular Epidemiologia
Protege a retina contra o superaquecimento devido a 1 a 3% da pop mundial
concentração de luz pelo cristalino
45% diabetes tipo I
Responsável pela nutrição do EPR e da retina sensorial
externa 17% diabetes tipo II

Maior fluxo sanguíneo do corpo Corresponde de 20 a 30% dos cegos no mundo


(principal causa)
Camadas:
Após 20 anos de diabetes:
1. Haller (artérias ciliares)
2. Satler 90 a 98% dos diabéticos tipo I são acometidos
3. Coriocapilar 60% do tipo II

Patogenia

Decorre da hiperglicemia ocasionada pelo decréscimo


ou ausência dos níveis de atividade da insulina

Hiperglicemia produz um efeito na estrutura e


fisiologia dos capilares promovendo sua incapacidade
anatômica e funcional
Circulação coroidiana:
Fatores que auxiliam na gênese da retinopatia:
Artérias ciliares posteriores curtas (de 10 a 20 arterias)
• Viscosidade sanguínea e plaquetas
Arteriais ciliares posteriores longas (2) • Aldose redutase
Arterias ciliares anteriores curtas (ramos das aa • Hormônio do crescimento
musculares) Hiperglicemia-> perda dos pericitos
Drenagem pelas vorticozas (4 a 5) (microaneurismas)-> perda da barreira
hematorretiniana interna-> edema

“Glicemia em excesso-> aldose redutase-> glicose em


sorbitol-> tóxico para o vaso-> dilatação-> micro
aneurisma-> líquido acumula na retina”

Hiperglicemia-> aumento da adesão e agregação


plaquetária-> hiperviscosidade sanguínea-> hipoxia
tecidual-> retinopatia diabética

Retinopatia diabética Fatores de risco:

Diabético tem que ser examinado anualmente pelo • Tempo de evolução do diabetes
oftalmo • Controle metabólico
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• Tipo e tratamento do diabetes


• Genética
• Hipertensão arterial
• Nefropatia
• Fatores oculares
• Gravidez

Diagnóstico
• IRMAS
Feito através do exame de fundo de olho com
oftalmoscópico indireto (principalmente) e direto
(excepcionalmente)

Consiste em identificar os achados típicos da


retinopatia diabética

Achados da retinopatia diabética:

• Micro aneurismas
• Neovasos

• Hemorragias profundas e superficiais


Classificação

Retinopatia diabética não proliferativa=

1) RDNP muito leve

1 ou 2 microaneurismas em ambos os olhos ou 4 ou


mais microaneurismas em um olho

2) RDNP leve
• Exsudatos duros
Múltiplos microaneurismas em ambos os olhos e
hemorragias intrarretinianas leves em menos de 4
quadrantes

3) RDNP moderada

Microaneurismas e/ou hemorragias intrarretinianas


em 4 quadrantes e presença de alterações venosas em
1 quadrante (irmas, venous looping ou venous
• Manchas algodonosas beading)

4) RDNP severa e muito severa

Microaneurismas e/ou hemorragias intrarretinianas


em 4 quadrantes, alterações venosas em no mínimo 2
quadrantes ou irmas em mais de um quadrante

5) RDNP muito grave

• Venous loop e beading Duas ou mais características de RDNP grave


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6) RDP • Isquemia
• IRMAS
• Neovasos

7) RDP de alto risco

Presença de neovasos: criados pelo baixo e insuficiente


fluxo sanguíneo ocular OCT

Características de alto risco: hemorragia prerretiniana,


neovaso ocupando mais de 50% do nervo optico e
descolamento de retina

Edema macular

Edema macular focal (acumula gordura), difuso


Tratamento
(inchaço sem gordura) e edema misto
• Controle da glicemia
Focal
• Fotocoagulação a laser

Age de 3 formas:

laser pontual no aneurisma

neovaso porque chegava pouco sangue, então o laser


mata os fotorreceptores laterais, diminui o consumo
de sangue
Difuso x Normal vazamento difuso, laser na macula para reativá-la

Exames complementares

Angioflouresceinografia retiniana no diabetes:

• Micro aneurismas
• Hemorragias • Anti-VEGF
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Lucetins, Eylia, Avastin Óculo-plástica

Triancinolona Ozurdex Patologias conjuntivais: tratadas por especialista em


doença ocular externa

Distúrbios rotacionais oculares: tratados por


estrabólogos

Patologias das pálpebras, vias lacrimais e órbita:


tratadas pela plástica ocular ou oculoplástica (nova)

1.Pálpebras:

Transtorno da dinâmica palpebral

• Blefaroptoses (congênito e adquirido)


• Vitrectomia posterior via pars plana • Retrações
3 aberturas (fibra, tesoura, bisturi), retira tudo o que • Blefaroespasmo
está causando o deslocamento Anomalias marginais posicionais
Indicações: • Ectrópios
✓ Hemorragia vítrea pré-retiniana • Entrópios
✓ Deslocamento de retina Anomalias marginais ciliares
✓ Retinopatia em progressão pós laser
✓ Edema macular por tração • Triquíase
• Distiquíase
• Ptose ciliar

Infecções e inflamações

• Blefarites

Tumores

Seguimento • Benignos: nevos, papilomas, molusco, verruga,


cistos, xantelasma, hemangiomas
RDNP leve e muito leve: anual • Malignos: carcinoma, sarcoma e melanoma
RDNP leve a moderada sem edema: 6 a 12 meses 2.Órbitas
RDNP leve a moderada com edema: 4 a 6 meses Síndromes inflamatórias agudas
RDNP grave: 3 a 4 meses
• Celulites pré septal e orbitaria
RDNP muito grave: considerar tratamento • Síndromes inflamatórias idiopáticas
(pseudotumores)
RDP: tratar
Doenças linfoproliferativas
Durante a gravidez: cada trimestre
• Hiperplasias linfoides reacionais
Olho vermelho: doenças oculares externas • Linfomas
Alterações dos anexos oculares Orbitopatia distireoidiana
Anexos: estruturas relacionadas ao olho Fraturas
• Pálpebras Neoplasias não linfoides
• Orbita (paredes e conteúdo)
• Vias lacrimais 3.Vias lacrimais
• Músculos extraoculares Obstrução do ducto nasolacrimal
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• Congênita e adquirida • Se a queixa aumenta: usuários de LC

Inflamações Crianças: somente se a lesão for extensa ou recorrente,


senão, o uso de anestesia geral (obrigatória) não se
• Canaliculites, dacriocistites aguda ou crônica
justifica
Pálpebras: blefarites
Se pequeno e pouco incomodo, oriente e dê alta
Anterior: estafilocócica ou seborreica
Órbita: conjuntivites
• Acúmulo de crostas vermelhas espessadas na Processo inflamatório da conjuntiva bulbar ou
base dos cílios e margens palpebrais; evolução palpebral, caracterizada por hiperemia, edema e
com madarose, triquíase, hordéolo, ceratite, secreção. Pode ser causada por agentes tóxicos,
instabilidade do filme lacrimal alergias, bactérias ou vírus
• Crônico com exacerbações agudas
• Sintomas: lacrimejamento e prurido Sintomas: lacrimejamento, fotofobia, sensação de
corpo estranho, dor ocular, prurido e embaçamento
Posterior: disfunção da glândula (fosfolípides > ácidos visual. A secreção pode ser aquosa, mucoide,
graxos) mucopurulenta ou purulenta
• Evolução com instabilidade filme lacrimal, 1.Bacteriana:
calázios, ceratites etc.
Contato direto do olho com secreções contaminadas
Tratamento: higiene com água morna, AB tópico
pomada e VO, esteroides, lubrificantes Staphylococus aureus, Streptococcus pneumoniae,
Moraxella catarrhalis e Haemophilus infuenzae
Pálpebras: hordéolo
Neisseria gonorrhoeae pode invadir epitélio intacto
Hordéolo ou terçol: abcesso inflamatório agudo do
folículo piloso e de sua glândula de Zeis Edema, injeção conjuntival, erosões epiteliais,
secreção mucopurulenta bilateral, período de
Tratamento: calor local, pomada de AB e anti- incubação 2-4 dias, evolução 9–12 d
inflamatório, drenagem e epilação do cílio
Tratamento:
Pálpebras: calázio
Compressas frias
Inflamação idiopática, crônica e estéril com obstrução
da secreção sebácea da glândula meibomiana (cisto Cloranfenicol 1% col. ou pom. 4x/dia A.O. 10 dias ou
meibomiano) outro Abc (aminoglicosídios ou quinolonas)

Pode se infectar por bactérias Se não houve resposta em 5 dias: colete material com
swab para bacterioscopia e antibiograma
• Externo: face externa da pálpebra
• Interno: face interna da pálpebra Se suspeita de Clamídia (tracoma: folicular
• Marginal: na extremidade livre mucopurulenta com pannus epitelial): Tetraciclina 1%
pom. oft. 4x/dia + tetraciclina VO 250 mg 4x/dia + trat.
Tratamento: dos parceiros
1.Conservador: 2.Viral:
• Regressão espontânea em 60% Início abrupto: lacrimejamento, fotofobia, dor ocular,
• Compressas mornas com massagem vigorosa gânglio satélite
• Colírio ou pomada de esteroide e AB 4x/d
Hipertrofia folicular, hiperemia, pseudo-membrana,
• Injeção de esteroides hemorragia sub conjuntival
Crianças: conservador Febre faringoconjuntival: adenovírus tipo 3 (alta
contaminação)
2.Cirurgia e curetagem:
Ceratoconjuntivite epidêmica: AV tipo 8- ceratite
• Se falhar a terapêutica ou episódios punctiforme e após 10 d, opacidades subepiteliais até
recorrentes 2a
Maria Eduarda Camossi LII 18

Tratamento: Fatores predisponentes: uso crônico de CC, LC, DM,


imunossupressão, trauma
• Espontâneo 2-3 sem.
• Compressas frias, higienização adequada, Tratamento: anti fúngicos tópicos e sistêmicos
suspensão de LC
3.Viral:
• Colírio de cloranfenicol 4X/d, 15 d
• Col. lubrificantes 4 x/dia Herpes simples ou zoster
• Col. esteróides se necessário
Úlceras de forma geográfica, dendrítica;
3.Alérgica: frequentemente redicivantes e recorrentes
Diminuição da sensibilidade corneana, esclerite,
Sazonal: prurido, vermelhidão e hipertrofia papilar uveite, defeito epitelial
associado a espirros e secreção nasal
Única ou múltiplas
Ceratoconjuntivite vernal: lacrimejamento, fotofobia,
queimação, hipertrofia de papilas e muco. Sensação Tratamento:
de corpo estranho, relacionado a LC
• Aciclovir pomada
Tratamento: • Ciclopentolato
• Antiviral VO
• Compressas frias • Colírio de AB se necessário
• Resolução de 5 a 7 dias, manter por 21 dias
• Lubrificantes e antialérgicos tópicos e VO,
esteroide se necessário 4.Associada a afecções palpebrais:

Órbita: úlceras de córnea Bleferite


Rosácea
• Bacteriana
• Fúngica Úlceras na borda corneana (maginal)
• Viral: úlcera dendrítica
• Associada a afecções palpebrais Relacionada a endotoxinas

1.Bacteriana: Tratamento:

Uso de lente de contato • Pomada AB 4x/d por 7d


• Ciclopentolato 1% de 12/12h, se o olho estiver
Deve haver lesão ou trauma prévio ou alterações de
doloroso
superfície (olho seco)
• Resolução corticosteroides tópicos 3x/dia por
Padrão denso: geralmente com secreção, opacidade 7 dias
branca e elevada • Tratamento de blefarite

Tratamento: Órbita: pinguécula

• Coleta de material para pesquisa Degeneração das fibras de colágeno do estroma


bacteriológica: lâmina estéril ou swab conjuntival na região interpalpebral
• Coleta de material para pesquisa para vírus:
swab Efeito da radiação UV
• Cefuroxina 5% colírio
Tratamento:
• Gentamicina colírio fortificado
• Atropina colírio 1%
• Colírio anti-inflamatório
• Excisão quando inflamação crônica
2.Fungo:
Mais comum: cândida Órbita: pterígio

Aspecto supurativo, denso, amarelo-esbranquiçado, Prega de conjuntiva e tecido fibrovasular que invade a
de evolução rápida córnea
Maria Eduarda Camossi LII 19

Degeneração elastótica subepitelial da conjuntiva por Hiperemia setorial e leve desconforto


exposição UV
Tratamento:
A camada de Bowman pode ser destruída pelo tecido
invasor • Esteroide tópico fraco ou AINH

Tratamento: Estrabismos

• Colírio anti-inflamatório e lubrificantes “olhar vesgo”


• Indicada excisão quando compromete o eixo 3-4% da pop pré-escolar
visual
Causa de ambliopia e de BAV
Alteração do índice de recidiva pós cirurgia
Diagnóstico precoce
Órbita: olho seco

Sintomas: fotofobia, sensação de corpo estranho

Menor produção pelas glândulas lacrimais, evaporação


maior das lagrimas, deficiência na produção de
substâncias que compõe a lagrima

Ceratite

Teste de Shirmer

Tratamento:

• Colírio ou gel/pomada lubrificantes

Órbita: esclerites Ambliopia:

Imunomediada: edema e infiltrado inflamatório em “olho tolo”


toda a espessura da esclera. Maior incidência em
BAV sem causa orgânica aparente, uni ou bilateral
mulheres
Privação visual em período crítico de desenvolvimento
Dor intensa, hiperemia e desconforto ocular,
congestão e dilatação vascular. Associada a artrite Prevenção: detecção precoce de fatores ambliogênicos
reumatoide, poliarterite nodosa, granulomatose. Pode Tipos:
evoluir para forma necrotizante
• Estrábica
Infecciosa: associada ao trauma. Causada por herpes • Refrativa (anisometropia ou ametropia alta)
zoster, tuberculose, lepra e sífilis • Por privação de estímulo/ex-anopsia (catarata,
opacidade corneana, opacidades vítreas,
Tratamento: ptose)

• AINH, corticosteroide tópico ou sistêmico, Exame clínico:


imunossupressores
Exame neonatal: inspeção externa e oftalmoscopia
Órbita: epiesclerites direta ou indireta

6 meses de idade: teste de acuidade visual


Inflamação benigna, idiopática, recorrente e
geralmente bilateral dos vasos do plexo episcleral • Reação à oclusão, capacidade de fixação,
superficial desvios, nistagmo

Forma nodular ou difusa 4 anos de idade: tabela de Snellen

• Refração
Maria Eduarda Camossi LII 20

• Exame de córneas, cristalino e segmento


posterior

3.Heteroforia:

• Desvio no stress, fadiga, sob cover


5-16 anos de idade
• Tendência do olho a desalinhar quando é
Músculos extraoculares: bloqueada a fusão
• Desvio que se manifesta quando o é
III- oculomotor (RS, RI, RM, OI, LPS) interrompida a visão binocular
IV- troclear (OS) • Estrabismo latente, pode descompensar com
astenopia e diplopia
VI- abducente (RL) • Mais comum é desvio horizontal
Movimentos verticais: supradução e infradução 4.Heterotropia:
Movimentos horizontais: adução (ducção) e abdução • Desvio permanente com os olhos abertos
Movimentos torcionais: inciclodução e exciclodução • É o desvio manifesto
• Supressão da imagem do olho desviado a nível
cortical
• Perda da estereopsia

->Esotropia: convergente

Ou endotropia
Para avaliação de cada músculo deveremos proceder a
Parética: congênita e adquirida
observação das versões e ducções. As versões são
avaliadas com os dois olhos abertos e as ducções com Não parética: acomodativa e não
cada olho em separado
Congênita: diagnóstico aos 3m, ângulo desvio >30D,
O músculo oblíquo superior, em ducção (olhar para tratamento até 1,5 anos
dentro), tem função de deprimir (abaixar) os olhos e
por isso é chamado músculo de leitura. O reto superior
vai ter sua ação elevadora máxima em abdução (olhar
para fora). O oblíquo inferior eleva os olhos em ducção
e o reto inferior abaixa, em abdução. Resumindo, os
oblíquos agem na posição aduzida dos olhos e os retos
verticais na posição abduzida. Os retos horizontais,
naturalmente, são os mais fáceis de pesquisar, o reto
lateral abduz, e o medial aduz os olhos
Acomodativa: alta hipermetropia, diagnóstico aos 2,5
Estrabismos: anos, desvio >pp, tendência a ambliopia

1.Ortoforia:

Equilíbrio ocular ideal, paralelismo

2.Pseudo-estrabismo:
->Exotropia: divergente
Epicanto
Intermitente: comum quando fixa à distância, AV nl,
após 4 anos
Maria Eduarda Camossi LII 21

Constante: evolução da exo intermitente Propedêutica:

1.História: hist. familiar, idade e modo de


aparecimento, tipo de desvio, fixação e alternância

2.AV: de cada olho separadamente

3.Refração: sob cicloplegia


Estrabismo vertical
4.Inspeção: posição de cabeça, fixação/alternância,
Estrabismo torsional constante/intermitente, movimento nistagmóides,
pseudo estrabismo

5.Determinar ângulo de desvio: teste de prisma e cover

Tratamento:

• Correção refrativa
• Manipulação da acomodação
• Prismas
• Cirurgia

Deslocamento de retina
Estrabismos paralíticos:
Incidência
Paralisia do III nervo (oculomotor):
0,3% da pop
• Inerva todos (exceto dois)
• Trauma, tumor ou aneurisma Ocorre em 1/10 mil por ano
• Ptose, olho para baixo e para fora 1 a 3% dos submetidos a catarata
• Midríase
5 a 10% de quem já teve no olho contralateral
Paralisia do IV nervo (troclear):
Oftalmoscopia indireta x direta
• Inerva oblíquo superior
• Inclinação da cabeça para o ombro oposto

Paralisia do VI nervo (abducente):

• Inerva reto lateral


• Mais comum, viroses, meningite, hidrocefalia,
trauma, alteração vascular
• Recuperação espontânea Retina
Diagnóstico:

Posição de cabeça

Inspeção, cover-test

Definição

Líquido subrretiniano penetra entre a retina


neurossensorial e o epitélio pigmentar
Maria Eduarda Camossi LII 22

É a separação entre a retina sensorial e o epitélio Lesões predisponentes:


pigmentar da retina por um fluido, o fluido
• Lattices (o mais prevalente e importante)
subrretiniano

O deslocamento de retina acontece quando as forças


que mantem a retina colada são superadas pelas forças
indutoras do deslocamento

Manejo com urgência (máximo dois dias) senão a


nutrição interrompida não retorna

O que mantém a retina

• Adesividade entre EPR e fotorreceptores


• Tufos císticos retinianos
• Pressão intraocular que força retina contra EPR
• Áreas de branco sem pressão
• Diferença entre pressão oncótica da coroide e
• Retinosquises
do espaço sub-retiniano
• Bomba iônica do EPR (o mais importante)

O que causa o descolamento

• Rotura retiniana
• Tração vítreo retiniana
• Exsudação metabólica (melanoma de coróide)
• Falência metabólica do EPR

Tipos

• Primário ou regmatogênico
• Tracional
• Combinado ou misto
• Serosos ou secundários

Descolamento primário ou regmatogênico Deslocamento do vítreo posterior:


O mais comum Evento fisiológico decorrente do envelhecimento
Provocado por uma rotura retiniana Composto por 2 eventos:
Depende principalmente do deslocamento do vítreo Sínquise vítrea: liquefação do vítreo
posterior como agente formador das roturas retinianas
em olhos com lesões predisponentes

Local que mais rasga: vítreo mais preso, base vítrea,


final da retina, direção ao corpo ciliar

Sinérse vítrea: separação do vítreo da retina


Maria Eduarda Camossi LII 23

Sintomas:

Floaters (moscas volantes): pontos pretos que se


mexem

Causando rotura retiniana

Adesividade vitreoretiniana

Adesividade entre o vítreo e a retina possui maior


Fotopsias: flash de luz
intensidade na ora serrata (muito forte), no nervo
optico (forte) e depois na mácula e vasos sanguíneos Evolui para mancha preta da periferia para o centro
(mais fracas) (perda súbita e indolor da acuidade visual)

Deslocamento tracional

Patogenia:

Induzido por tracionamento direto sobre a retina

Ausência de rasgos ou buracos retinianos


Deslocamento
Associado a doenças sistêmicas e traumatismos

Diabetes

Fatores de risco:

• Alta miopia
Deslocamento seroso
• Cirurgia de catarata
• Histórico familiar Retina intacta
• Traumatismos: um soco muda o formato do
Acúmulo de líquido por alterações do EPR ou coróide
globo ocular
• Doenças sistêmicas como Marfan, Ehlers- Ocasionados principalmente por doenças inflamatórias
danlos ou tumorais
Maria Eduarda Camossi LII 24

retina na sua posição e impede a entrada de líquido


sub-retiniano -> fazemos laser no dia seguinte

Melanoma • Introflexão escleral

• Vitrectomia
Vogt koyanagi Harada

• Combinações das acima


Tratamento profilático:
Resultados
Lesões predisponentes
80% de sucesso anatômico com 1 cirurgia
• Fotogoaculação a laser
95% de sucesso anatômico com 2 ou mais cirurgias
• Criopexia
• Indicado apenas na vigência de DVP agudo O principal fator para a boa recuperação visual é o
tempo de descolamento macular
Laser profilático: cicatriz impede a penetração do
líquido Sucesso funcional

Quanto mais rápido obter o colamento macular, mais


rápido se reestabelece a nutrição de toda retina
externa (comprometida pelo distanciamento do
fotorreceptor-coroide)

100% de recuperação visual apenas se cirurgia com


sucesso nas primeiras 48h

Depois que descola a retina o laser não funciona, Degeneração macular relacionado à idade
energia para onde tem melanina (igual pelo preto) Definição:
Quanto mais rápido ocorrer a cirurgia com sucesso Presença de drusas e/ou alterações do EPR (atrofia
anatômico maior será a recuperação visual e/ou hipertrofia) em pacientes com idade superior a 50
Tratamento: anos e acuidade visual inferior a 20-30

• Retinopexia pneumática Prevalência:

Injetamos uma bolha de gás dentro do olho -> a bolha Principal causa de cegueira legal em pessoas acima dos
expulsa o líquido sub-retiniano-> a bolha mantém a 50 anos
Maria Eduarda Camossi LII 25

25% das pessoas acima dos 75 anos

18% das pessoas entre 65-74 anos

Epidemiologia:

EUA: 2,7 milhões em 1970 e previsão de 7,5 milhões


em 2030

17% dos caucasianos contra 2,5% dos negros acima dos São branco-amareladas, elevadas e se apresentam em
80 anos (formas moderadas a graves) quantidade e tamanho variados
Fatores de risco associados: Tipos:
• Idade 1.Duras
• Genética (brancos com íris clara)
• Tabagismo • Lesões amareladas
• Exposição excessiva a luz solar • Puntiformes
• Obesidade (maior ingestão de lipídeos) • Bordos bem delimitados
• HAS • Geralmente no polo posterior

Drusas:

Excrescências assintomáticas que se depositam sobre a


macula, entre a membrana basal do EPR e a membrana
de brunch

É o sinal mais característico da DMRI

2.Moles

• Lesões branco-amareladas
• Bordos mal definidos
• Maiores que as drusas duras
• Associadas a maior risco de perda visual

3.Mistas

• Drusas duras e moles associadas


Maria Eduarda Camossi LII 26

4.Calcificadas

• Aspecto resplandecente provocada por


deposição do cálcio

Caracteriza-se pelo desenvolvimento de neovasos da


coroide nos espaços entre o EPR e a membrana de
Brunch (acompanhado de extravasamento seroso ou
sanguinolento)

Os vasos da coroide passam por rupturas da Brunch,


Tamanhos: que perdem a elasticidade com a idade e se rompem
próximo as drusas
• Pequenas: <63 micras
• Medias: entre 63 e 125 micras
• Grandes: >125 micras

Classificação:

1. DMRI seca ou não exsudativa:

Caracterizada pelas drusas e alterações do EPR (5


drusas pequenas e uma ou mais médias)

90% dos casos

Apenas 20% dos casos de cegueira legal

Promovem perda visual lenta e progressiva

Leva a baixa de acuidade visual por atrofia do EPR (e


consequente perda dos fotorreceptores) durante a
reabsorção das drusas ou por transformação na forma
hemorrágica

Exames complementares:

• Angiofluoresceinografia retiniana
• Indocianina verde
2. DMRI hemorrágica ou exsudativa: • OCT

Caracterizada pela presença de neovascularização de Sintomas:


coróide
• Visão embaçada
10% dos casos • Perda de visão de contraste
• Imagens disformes (metamorfopsias)
Se originam de DMRI seca
• Distorção de linhas retas
Promovem perda visual grave e rápida
Teste pela tela de amsler
Representa 80% do total de casos de cegueira legal por
Tratamento DMRI seca:
DMRI
Maria Eduarda Camossi LII 27

Suplementos viaminicos (AREDS): Feixes de luz se espalham ao bater no cristalino opaco,


apenas alguns chegam no ponto certo da retina
• Luteína e zeaxantina
• Betacaroteno Transparência:
• Vit C e E
Distribuição uniforme das proteínas
• Selênio
• Zinco Organização regular das fibras
• Cobre
Equilíbrio de água/íons
Os antioxidantes têm por objetivo retardar a atrofia do
Causas:
EPR e fotorreceptores e diminuir a evolução para a
forma hemorrágica • Envelhecimento: 65-70 anos (50%), mais de 70
anos (70%)
A tela de amsler serve para reconhecimento precoce
• Traumatismo
da DMRI hemorrágica
• Toxinas, tabagismo
Tratamento DMRI hemorrágica: • Doenças sistêmicas
• Hereditariedade/ problemas genéticos
• Terapia com anti-VEGF
• Exposição excessiva a luz solar
• Terapia fotodinâmica
• Fotocoagulação a laser Patogenia:
• Associações acima
• Agregados proteicos que dispersam os raios
Profilaxia: luminosos
• Vesículas entre as fibras do cristalino
• Não fume
• Migração ou aumento das cel. epiteliais
• Óculos de sol com filtro anti-UV
• Lesão oxidativa
• Boa alimentação
• Radiação ultravioleta
• Exercícios físicos
• Desnutrição
Catarata Causas:
Definição: qualquer tipo de opacidade ou perda de
Congênitas: infecções congênitas, síndromes
transparência do cristalino que afete a acuidade visual metabólicas e associação com síndromes genéticas
Principal causa de cegueira reversível
Inflamação intraoculares: uveites
2ª principal queixa de diminuição da visão Exposição à radiação UV (UV-B): áreas tropicais (maior
Perda de transparência do cristalino, impedindo que os incidência em idade mais jovem)
feixes de luz cheguem à retina
Doenças sistêmicas: diabetes
Juntamente ao processo de opacificação, o cristalino Traumatismos contusos ou penetrantes
diminui sua elasticidade e capacidade de acomodar
Cirurgias intraoculares, laser e procedimentos
Maior parte dos casos é relacionado à idade (senil) invasivos
Pode afetar visão para longe e/ou perto, uni ou
Tipos:
bilateral
Senil: >60 anos
Ofuscamento e obscurecimento ao redor de objetos
são os sintomas mais comuns Congênita: desde o nasc até os 10 anos

Crescimento de fora para dentro (acumula mais células Traumática: lesões oculares (perfurante ou não)
dentro-> desequilíbrio-> opacidade)
Secundária:
Água e proteínas
• Doenças sistêmicas (diabetes)
Comprometimento da elasticidade • Doenças oculares (glaucoma, uveíte)
• Medicamentos (colírio ou via oral)
Maria Eduarda Camossi LII 28

Classificação morfológica: Progressão: visão fica progressivamente mais turva e


embaçada, prejudicando as atividades mais comum
1.Nuclear: opacidade central
tais como leitura, caminhar, ver TV
2.Cortical (periférica): opacidade no córtex
Avançada: perda da visão útil
3.Subcapsular: cápsula posterior opaca antes que o
Cataratas da infância:
resto (pior acuidade visual, mais jovem)
Congênita: manifesta-se ao nascimento (pupila
4.Polar: micropacidade (nem percebe)
branca); isoladamente ou associadas a surdez e atraso
Nuclear: no desenvolvimento neuropsicomotor

Após 50 anos Traumática: tesouras, lápis, canetas e outros objetos


pontiagudos
Alteração/ aumento do índice refrativo do cristalino
(para de usar óculos, fala que melhorou visão de longe) • Penetrante
• Contuso
Esclerose nuclear com deposito de pigmento urocromo
• Choque elétrico
Diplopia monocular • Radiação infravermelha
• Radiação ionizante
Cortical:
Exames clínicos:
Córtex anterior, posterior ou equatorial
• Acuidade visual com correlação ou
Fendas e vacúolos entre as fibras do cristalino devido à
estenopeico
hidratação do córtex
• Tonometria
Opacidades cuneiformes ou radiais típicas • Biomicroscopia sob midríase
• Fundoscopia ou reflexo vermelho
Queixa de ofuscamento
• Ecografia ocular
Subcapsular posterior:
Indicação cirúrgica:
Meia idade
A opacidade é responsável pela diminuição da visão?
Sintomas visuais precoces devido a localização no
As condições clínicas e psicológicas do paciente
ponto nodal, piora sob miose
permitem a cirurgia?
Metaplasia fibrosa do epitélio do cristalino
O benefício visual melhora a qualidade de vida?
Relacionado ao uso de corticosteroides tópicos ou
Tratamento cirúrgico:
sistêmicos
Técnica extra capsular: o cristalino com catarata é
Classificação de acordo com a densidade de
retirado por inteiro
opacificação:
Facoemulsificação: facoemulsificador
Incipiente ou imatura
Complicações pós cirúrgicas:
Intumescente: quando o cristalino absorve água
Opacidade da cápsula posterior (50%)
Madura: todas as proteínas estão opacas
Endoftalmite (0,12%)
Hipermadura: proteínas corticais líquidas
Edema macular cistóide
Morganiana: catarata hipermadura com núcleo solto
Mal posicionamento da LIO
Sintomas:
Descolamento de retina
Estágio inicial: perda discreta da qualidade visual,
alterando a visão das cores, diminuição da acuidade Glaucoma
visual noturna, alteração da refração
Definição:
Maria Eduarda Camossi LII 29

Neuropatia óptica uni ou bilateral, de causa


multifatorial, caracterizada pela lesão progressiva
característica do nervo óptico, com repercussão
desfavorável no campo visual

Dados: Tonometria ocular:

Principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no • Exame da máquina com luz no olho
mundo
Exame do nervo óptico:
Prevalência global em cerca de 2%
• Oftalmoscópio direto ou indireto
Doença assintomática, crônica, hereditária, bilateral e
Retinógrafos
assimétrica

50% dos casos não têm diagnóstico

Perda progressiva do campo visual

59% são mulheres

História positiva de glaucoma familiar têm maior


probabilidade de perda visual

Fatores de risco:

• Principal: pressão intraocular elevada Campimetria visual:


• Oscilações da PAS
• Variabilidade diária da PIO >5 mmHg
• Raça negra
• Hereditariedade
• Idade avançada
• Miopia axial

Diagnóstico:

• Tonometria ocular (PIO)


• Avaliação do nervo óptico
• Campimetria visual

Efeitos da doença no nervo óptico:


Maria Eduarda Camossi LII 30

Facilitado por medicamentos (antidepressivos, anti-


histamínicos)

Locais de pouca luminosidade (cinema)

Momentos de estresse e ansiedade

• Dor intensa, náuseas, vômitos


• Fotofobia, halos luminosos
• Borramento da visão
• Midríase média paralítica
• PIO elevada (acima de 40mmHg)
• Geralmente idosos com aumento do volume
do cristalino
• É uma emergência oftálmica

GPN (pressão normal):

• PIO <21 mmHg (4 a 6 medidas: 7-18h)


• Ângulo aberto
Classificação: • Lesão característica no NO
• Alterações no CV
Etiologia:
• Idade >40 anos
1. Primário • Sensibilidade anormal para a PIO

GPAA (ângulo aberto): Difícil diagnostico: pacientes geralmente


assintomáticos e sinais clínicos só nos estágios
• PIO >21 mmHg sem uso de medicação avançados da doença
• Ângulo iridocorneano >30° (aberto)
• Escavação do NO (rel. E/D) >0,5 Glaucoma juvenil:
• Alterações no CV • Idade entre 10-40 anos
• Processo degenerativo na malha trabecular • PIO >21 mmHg sem uso de medicação
• Idade >40 anos • Ângulo aberto
• 1% da pop • Lesão característica do NO
GPAE (ângulo estreito): • Alterações no CV
• Associado a mutações genéticas
• Diminuição do espaço entre a íris e a córnea:
ângulo iridocorneano < 30º com bloqueio do Glaucoma congênito:
fluxo do humor aquoso Má formação no sistema de drenagem do humor
• PIO >21 mmHg aquoso que ocorre em recém-nascidos e crianças
• Escavação aumentada do NO
• Alterações no CV Pode estar associado a outras anomalias oculares de
• Comum em descendentes asiáticos e íris, córnea ou extra-oculares
relacionado a hipermetropia Idade de aparecimento <4 anos (70% diagnosticados
• Pode se agravar com envelhecimento (o até 6 meses)
cristalino aumenta de tamanho)
• Pode evoluir com crise de glaucoma agudo Geneticamente determinada, predominando a forma
autossômica recessiva
Crise de glaucoma agudo:
60% sexo masculino
Obstrução repentina do sistema de drenagem do
humor aquoso gera aumento abrupto da PIO PIO >21 mmHg sem medicação, escavação
glaucomatosa do NO
Ligado à dilatação da pupila
Maria Eduarda Camossi LII 31

Diâmetro corneano e globo ocular aumentado, epífora,


fotofobia

Córnea sem brilho, turva

2. Secundário

Tratamento cirúrgico:

• Iridotomia laser
• Iridectomia cirúrgica
• Trabeculoplastia lase
• Trabeculectomia
• Pigmentar • Implante de válvula
• Síndrome de esfoliação
• Facolítico
• Facomórfico
• Por uveíte
• Traumatismo
• Neovascular
• Induzido por esteroides

Fisiopatologia:

Elevação da PIO-> compressão mecânica do NO com


alterações da microcirculação do NO e bloqueio do
fluxo axoplasmático-> atrofia óptica com morte das
células ganglionares da retina

Vasoespasmo-> alteração da microcirculação->


isquemia-> atrofia

Tratamento clínico:

Diminuição da produção do humor aquoso:


bloqueadores beta-adrenérgicos, agonistas alfa-
adrenérgicos, inibidores da anidrase carbônica

Facilitação da drenagem do humor aquoso: análogos


da prostaglandina, epinefrina

Redução do volume do vítreo: agentes hiperosmóticos


(glicerina e manitol)

Mióticos

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