Você está na página 1de 17

Anatomia e fisiologia ocular

Ducto lasolacrimal drena a lagrima, está localizado na


carúncula e a rima palpebral que é repleta de ductos,
eles se juntam formando o ducto nasolacrimal.
Glandula tarsal ... No canto há a glândula ...

A continuidade da córnea é mais esbranquiçada e é Glândula tarsal:


chamada de esclera um tecido mais rígido. A
conjuntiva recobre a esclera, uma membrana.
Glândula
O cristalino é uma lente que é mantido por ligamentos
que vem da íris que faz parte da túnica vascular. A
continuidade da íris é o corpo ciliar e a continuidade
Túnica fibrosa:
fica na parte interna da esclera denominado
Córnea: epitélio, ...
A retina fica próxima a coroide, porém não é aderida.
O líquido que preenche a frente do olho é  Uniformidade das camadas (fibras de
denominado humor aquoso e o posterior humos colágeno), avascular, deturgescência se dá
vítreo. pela integridade .. - esbranquiçada por um
processo de cicatrização ou inflamação?
Câmara anterior: entre a
Esclera:
Câmara posterior:
 É a maior porção da túnica fibrosa
O humor aquoso é produzido no corpo ciliar e
 Composta de 3 camadas: episclera, esclera
permanece na câmara anterior, esse líquido passa
propriamente dita e supracoroide da esclera
pela abertura (pupila) e ele deve ser drenado no
 Episclera: composta por uma camada densa e
ângulo iridocorneano, já que é produzido
altamente vascularizada; liga a cápsula de
constantemente. Já o humor vítreo é uma estrutura
Tenon (bainha fascial do bulbo ocular) à
gelatinosa e não tem uma produção constante
esclera;
O nervo óptico ao entrar no olho é denominado  Composta por fibras de colágeno e
pupila óptica fibroblastos
 Estrutura opaca
Glândulas
Limbo (transição entre a córnea e a esclera):
 Células precursoras da córnea, quando há
danos nessa estrutura para de produzir
células para a córnea e essa é afetada
também
Túnica vascular:
Íris:
 Margens livres é denominada pupila
 Inervação parassimpática (n. oculomotor)
 Inervação simpática
 Epitélio e estroma  Cílios -> pálpebra superior
 Cor depende da quantidade de melanina  Pele
 Camada fibromuscular
Coroide:
 Rede compacta de vasos sanguíneos
 O “espelho” vermelho (vasos da coroide) Músculos: o olho é mantido na sua posição,
indica que não há pigmento na íris ? movimentação e rotação devido aos músculos
Pupila:
Túnica nervosa: Inervação do globo ocular
Retina:
 Recepção e tradução da imagem N trigêmeo: um dos mais importantes na inervação do
 Ora ciliada (animais) olho
 Ora serrata (homem)
 Pálpebra superior e inferior
 10 camadas: epitélio pigmentar da retina
 Quando afetado pode ocorrer diminuição na
(zona tapetal e zona não tapetal)
produção da lagrima
 Disco óptico
 Cones e bastonetes – córtex visual
Estruturas do fundo de olho

A escavação é fisióloga, entretanto, quando


exacerbada é patológica, ocorre principalmente
em animais com glaucoma
Compartimentos oculares
Humor aquoso:
 Formado nos processos ciliares
 Liquido aquoso, límpido e alcalino
 Mantem a PIO
 Transporta nutrientes
 Drenado no ângulo iridocorneano
Humor vítreo:
 Constituído por água, ácido hialurônico e
colágeno
 Gelatinoso
 Constante
Cristalino:
 Uma lente envolta por uma cápsula entre a
câmara posterior e anterior
 Conformação por fibras que tem o
desenvolvimento constante e são mantidas de
uma forma regular
 ....
Anexos oculares
Pálpebras e cílios: cães e gatos têm cílios apenas na
pálpebra superior
 2 pregas musculo fibrosa
 Margens livres -> rima palpebral
uma dessas estruturas ou todas – geralmente
superficial
 Cães e gatos
 Uni ou bilateral
 Simples ou múltiplos
 Contém elementos da pele normal
 Raramente acomete a terceira pálpebra
O diagnóstico é feito na abertura dos olhos no animal.
O tratamento cirúrgico é totalmente curativo, desde
que ocorra a remoção completa do dermoide
É um coristoma (defeito embrionário)🡪extravio de
pele(pelos, folículos pilosos, epitélio queratinizado,
vaso sanguíneo, tecido fibroso, gordura,
nervos ,glândulas e musculo liso e pode conter
Afecções dos anexos oculares cartilagem)
Causam irritação da córnea e conjuntiva🡪formações
Pálpebras
grandes podem interferir no movimento de piscar
Afecções congênitas
Predisposição genética
Colomba ou agenesia palpebral
PA,dálmata e são bernardo
 Descontinuidade da rima palpebral superior,
Sinais: observado após abertura dos olhos
incomum em cães e com maior frequência
nos gatos Tratamento: ressecção total da estrutura e quando
 Movimento de piscar comprometido -> acomete a córnea deve ser realizada a ceratectomia
ceratite e conjuntivite por exposição e
contato com os pelos da pele
 Pode ser identificada a lesão após a abertura
dos olhos do animal por volta de 15 dias de
vida – a cirurgia não é realizada por volta
dessa idade devido aos riscos cirúrgicos pela
idade do animal
 Mais frequentes em pálpebra superior no
canto temporal?
Anquilobléfaro
Anquiloblefaro normal: no momento do nascimento -
Se não tirar por completo pode ter recidiva
> pálpebras fechadas -> abrir com 12 a 15 dias de vida
Afecções do desenvolvimento
Abertura prematura: úlceras, perfurações corneais e
endoftalmites Entrópio
Patológico: Inversão da borda palpebral (parcial ou total)
 Pálpebras permanecem fechadas após 15 dias Desenvolvimento: primária -> ocorre antes dos 6
 Conjuntivite neonatal por infecção meses de idade, mas quando espontâneo ocorre após
estafilocócica (oftalmia neonatal) 12 meses
 Deformidade palpebral por distensão do saco
conjuntival -> drenagem de secreção  Os pelos da pálpebra tocam na córnea e por
purulenta em canto nasal isso o animal tende a ficar com o olho mais
fechado por sentir dor
 Tratamento: abrir a fissura palpebral, drenar e
aplicar antibiótico tópico de amplo espectro  O tratamento é mais simples nesse caso

Dermóide ou coristoma Adquirida: secundário -> formação cicatricial ou perda


do tônus do orbicular do olho
Crescimento ectópico da pele palpebral, pode
acometer a pálpebra, conjuntiva e a córnea, apenas
 Terceiro tipo -> espástico -> blefaroespasmo
doloroso
Raças predispostas: Sharp ei (principal)
 Chow chow, shar pei, são bernardo, cocker
spaniel americano e inglês, labrador e Golden,
rottweiller e bull mastiff, dog alemão e setter
inglês, poodle toy e miniatura
Causas: secundários a traumas, procedimentos
cirúrgicos e inflamação crônica
Sinais clínicos:
 Irritação superficial da conjuntiva e córnea
 Faz pregueamento para abrir os olhos
 Secreção crônica
 Feito principalmente em shar peys
 Epífora, blefaroespasmo, conjuntivite e
 Tomar cuidado para não lacerar a pele e
ceratite superficial
inflamar
 Úlcera de córnea superficial
 Ideal pois são animais bem novos
 Profunda
 Faz em anestesia muito rápida
 Perfuração corneal
 Animal ainda está em fase de
Tratamento: sempre cirúrgico e a técnica preconizada desenvolvimento tempo cirúrgico é
(principalmente inferior) é a blefaroplastia importante
 Como animal é muito jovem o ideal é fazer
 Distância entre as incisões depende do grau essa técnica de pregueamento e mais para
do entrópio frente quando o animal estiver crescido faz a
 Na maioria das vezes o Nylon 5-0 são técnica de correção
utilizados, mas dependendo do tamanho do
animal 6-0 ou 7-0 Técnica de Stades

Em Sharpei na pálpebra superior é feita a técnica de


Pregueamentoou “tacking” e na inferior Técnica de
Stades

Técnica corretiva
Quando é entrópio de 360º faz associação de técnica
de stades com a técnica de hotz celsius
Sutura em baixo a quantidade de pele que está
causando o entrópio
Feito remoção de toda pele e reconstrução para abrir
Faz pontos de sutura para que a retração cicatricial
o canto que esta invertido🡪everte e sutura
abra os olhos
Técnica hotz-celsius:
Ectrópio
 Retirada da pele em formato de meia lua
Eversão da pálpebra
 Sempre ancorar no musculo orbicular para
que tenha retração e correção do entropio Infecção do desenvolvimento/cicatricial
 Shar pey geralmente tem entropio em 360º
Raças: são bernardo, martin napolitano, basset
hound, alguns spaniels
Adquirida: contração cicatricial em decorrência de
acidentes, correções cirúrgicas acentuadas para
entrópio, blefarites crônicas, relaxamento tecidual e
falta de tônus e paralisia palpebral
Sinais clínicos: exposição da conjuntiva ocular,
deficiência lacrimal (ceratites, conjuntivites e
ulceratites)
Tratamento:
 Blefaropastia -> encurtamento da pálpebra
(técnica de Khunt- Szymanowski)
 Tecnica de Wharton-jones ou plástia de V-Y
ou ressecção musculocutânea em forma de V

 Importante fazer citologia e histopatologia


 Retira a parte afetada e faz deslizamento da
pele reconstituindo através do tracionamento
da conjuntiva
Blefarites

TECNICA DE V-Y Refere-se a várias condições inflamatórias das


pálpebras ou mais precisamente a pele que a recobre
 Faz incisão em V mantendo a pálpebra
superior sem incisar Maioria associada a dermatopatias de diferentes
 Faz divulsão do SC e com isso libera pele para origens
diminuir ectrópio  Alergias
 Fechamento em forma de Y  Síndromes seborréica
TECNICA DE KHUNT  Afecções autoimunes
 Dermatites infecciosas e parasitárias
 Faz incisão abaixo da rima palpebral
 Em torno de 2-3mm da rima Pode ser local ou difusa
 Faz encurtamento do canto e sutura Sinais clínicos: blefarospasmo e lacrimejamento
tracionando corrige ectrópio excessivo, podendo ocorrer exsudação,
Afecções adquiridas autotraumatismo, alopecia, erosão e descamação,
mudança em quantidade do filme lacrimal, secreção
Trauma purulenta
Geralmente causada por briga, as pálpebras Pode acometer as glândulas de ..... e progredir para
cicatrizam rapidamente e as bordas devem ser conjuntivite
suturadas apostamente. Deve respeitar continuidade
da rima para evitar úlcera ou lesão, se formar degrau Tratamento: causa principal e desencadeante e local
deve desfazer o ponto e refazer Local: colírios e pomadas com antibióticos,
Neoplasias antimicóticos e anti-inflamatórios – na maioria das
vezes AINES, meloxicam ml/kg, higienização com
 Frequentemente de origem glandular: shampoos indicados para bebê diluídos em água com
adenomas, adenocarcinomas algodão em movimentos circulares e após retirar o
 A maioria são benignos, tumores malignos são excesso com um outro algodão, posteriormente
localmente invasivos e raramente se aplicar os medicamentos
metastatizam
 Sinal clínico: nodulações e aumento de Raspados quando necessário deve ser feita
volume nas pálpebras tranquilização e biopsia sempre com anestesia
 Tratamento: excisão cirúrgica da parte total Calázio
da pálpebra acometida
Obstrução do ducto da glândula de meibômio
Secreção oleosa -> inflamação -> calázio Hereditário: Cocker spaniel, Cocker inglês, bulldog
inglês, poodle toy e miniatura, são bernardo, boxer,
Sinais clínicos: desconforto, inchaço na/ou abaixo da york e pequinês, shi tzu e lhasa
pálpebra. Conteúdo espesso, a pálpebra é evertida e a
conjuntiva é vista elevada e avermelhada Sinais clínicos: blefarospasmo, conjuntivite e ceratites
Tratamento: A glândula de meibômio é um folículo piloso
modificado e etiopatogenia mais provável que é
 Incisão e curetagem (incisão conjuntiva envolvida por esta modificação
palpebral)
 Antibiótico (pomada) por vários dias após a Tratamento:
intervenção
Eletroepilação (cauterização dos pelos), crioepilação e
excisão tarsomeibomio

Feito incisão e curetagem


Hordéolo
Infecção purulenta de um ou mais glândulas sebáceas
das pálpebras
Hordéolo externo ou “terçol”, infecção da glândula da
pele da pálpebra, a abcesso único ou múltiplo
Hordéolo interno, infecção da glândula de meibomio
Faz cauterização do folículo para evitar recidiva, pode
Comumente são isolados Staphylococcus aureus e S. recidivar, mas não é tão frequente. Provocam
beta hemolítico processo inflamatório nos pós e por isso tem que ser
feito uso de anti-inflamatório, analgésico e antibiótico
Sinais:
Triquíase
Dor, blefarospasmo, lacrimejamento
Os cílios assumem um desvio anormal que levam a
Tratamento: finalidade de drenar uma irritação conjuntival e corneal
 Compressas quentes e expressão manual Etiologia: congênita, mas o desvio é adquirido, e é
 Incisão e curetagem devido ao entrópio moderado ou blefarospasmo
 Antibiótico (pomada) na margem palpebral
 Recorrência -> antibiótico sistêmico e Cães com orelhas pendulares como o Mastin
compressa quente Sinais clínicos: epífora, alterações corneais
 Uso de anti-inflamatórios e analgésicos (vascularização superficial e cicatrização)
Cílios Tratamento: ritidectomia, Hotz-Celsus (blefaroplastia)
Distiquíase ou Stades

São cílios localizados na borda palpebral originário de Triquíase na dobra nasal acontece em animais com
folículos anormais nas glândulas sebáceas tarsais focinho achatado

Único ou múltiplos Cílio ectópico

Animais jovens a partir de 4-6 meses de idade Tufos de cílios que atravessam a conjuntiva
Sinais clínicos: blefarospasmo, epífora ou secreção (pelo menos após 2x de tentar a reposição cirúrgica
mucóide, inflamação moderada da conjuntiva bulbar porque animais que sofrem ressecção tem chance
superior e vascularização da córnea adjacente maior de desenvolver KCS)
Tratamento: eletroepilação – realizar sedação do
paciente

 Expõe terceira pálpebra e faz incisão de cada


lado
 Faz sutura invaginando deixando o no do lado
externo
 Mantem a glândula na posição anatômica
Eversão ou inversão da cartilagem da 3ª pálpebra
Anomalia da cartilagem: curvar rostralmente
(eversão) ou caudalmente (iversão). Origem pode
estar associada alteração no crescimento da
cartilagem e da conjuntiva
Raças predispostas em raças de grande porte
Raspa e afeta diretamente a córnea Sinais clínicos: 3ª pálpebra dobrada
Diagnóstico: por lupa de pelo menos 2x Tratamento: ressecção parcial da porção afetada da
Terceira pálpebra cartilagem, divulsiona a cartilagem e retina, cicatriza
por segunda intenção
Cartilagem em forma de T coberta em ambos os lados
por conjuntiva Neoplasias

Glândula seromucosa semelhante à glândula lacrimal Mais comum: carcinoma espinocelular e hemangioma
envolve sua base interna Geralmente requer excisão completa da terceira
Folículos linfoides localizam-se na superfície bulbar pálpebra

Controle do movimento -> retração bulbar (nervo Aparelho lacrimal


abdutor) Obstrução do ducto nasalacrimal
Funções: produção de parte aquosa da lagrima, Atresia congênita e ponto imperfurado: é
distribuição do filme lacrimal e proteção da córnea caracterizado por epífora. Raças predispostas:
Hiperplasia com protrusão da glândula da 3ª pálpebra Gatos: fibrose decorrente da infecção por Herpesvirus
Uni ou bilateral felis durante a rinotraqueíte viral grave

Fisiopatologia não é bem conhecida, acredita-se que Sinais: lacrimejamento


decorra de uma combinação de um crescimento Diagnóstico:
hiperplásico ou inflamatório da glândula com a
debilidade do tecido conectivo que a rodeia e fixa  Exame sob anestesia geral e inspeção
 Sondagem
Predisposição racial: Cocker, pequinês, Shih tzu,
 Cânula/10 dias e uso de antibiótico
Beagle
/corticoide até 3 dias após a retirada da
Jovens até 2 ou 3 anos de idade cânula

Sinais clínicos: massa avermelhada no canto medial Lipidica: produzida pelas gla tarsais
inferior, epifora ou secreção amarelada
Aquosa: pela glândula lacrimal principal e uma
Tratamento: reposição cirúrgica ou ressecção da pequena parte pela glândula da terceira pálpebra
glândula
Mucina: produzida pelas glândulas caliciformes na Função
conjuntiva lacrimal
Dinâmica da lagrima
Proteção imunológica do olho
Deficiência quantitativa da lágrima
Movimento ocular e cicatrização da córnea
Comum em cães
 Flora normal bacterias gram +
Deficiência da camada aquosa  -Staphilococcus
 Bacillus
 Causas: ausência ou redução da secreção
 -Corynebacterium
lacrimal, infecciosa (adenite), hipoplasia
 -gram –
acinar congênita, indução medicamentosa,
 Fungos
iatrogênica, traumas, doenças sistêmicas,
 -Cladosporium oxusporum
idiopáticas e imunomediada
 -Curvlaria luneta
Raças predispostas:
Ceratite superficial crônica (Pannus)
Sinais clínicos:
 Progressiva, inflamatória e pode provocar
 Hiperemia conjuntival cegueira
 Secreção mucoide ou purulenta  Pannus do pastor alemão, síndrome de
 Opacidade de córnea Uberreiter e pannus degenerativo
 Ceratite com intensa vascularização e  Bilateral simétrica e progride para a região
pigmentação central
 Blefarite associada com dermatite periocular
Sintomatologia: início em canto temporal límbico,
 Úlcera de córnea axial progredindo para
conjuntiva hiperêmica, vascularização progressiva
descemetocele, prolapso de íris
central
Diagnóstico: sinais clínicos, redução da quantidade de
Evolui para pigmentação da córnea e cegueira,
lágrima (teste da lágrima de Schirmer)
animais de 1 e 5 anos
Tratamento:
Tratamento: a condição não pode ser curada, apenas
 Ciclosporina A 2% ou 0,2% controle. Responde bem a ciclosporina 0,2% BID, ao
 Tacrolimus 0,03-0,05% melhorar diminuir a frequência de administração que
 Substitutos da lágrima deve ser vitalícia, e corticoides tópico nos primeiros
 Transposição do ducto parotídeo dias ou semana (dexametasona 0,1%) TID ou QID
(período com muita vascularização)
Pode ser uni ou bilateral
O fármaco em pomada é mais fácil de ser comprado
<5mm deve ser administrado TID, entre 10-15mm BID
e reavaliar após 2 meses Ceratite pigmentar (superficial)

Conjuntiva Resulta de produção de pigmento no epitélio corneal


e estroma sub-epitelial, associados a traumas crônicas
Membrana mucosa
Caausas: distiquiase, triquiase da dobra nasal e KCS
Composta: camada epitelial e substância própria
Tratamento: cessar a progressão e correção da causa
A poção bulbar cobre a pálpebra exceto a córnea e é
refletida para o fórnix para formar a conjuntiva Ceratectomia: só pode ser realizada após o
palpebral e cobrir a 3ª pálpebra tratamento da causa primária

Exceto na placa tarsal e próximo ao limbo o tecido Ciclosporina é menos invasiva do que dexametasona e
conjuntival é livremente móvel deve ser iniciado o tratamento com a sua aplicação

Contém células caliciformes e muco Ceratite difusa

Fina e transparente, facilmente observa-se vasos Ceratite pontilhada superficial ou puntata: são
sanguíneos episclerais subconjuntivais múltiplos pontos superficiais na córnea (casca de
laranja) - rara
Diferenciar hiperemia conjuntival e episclerais(ciliar)
dos vasos ciliares
Pode ser induzida por trauma crônico, anestesia Não necessariamente hereditária, uni ou bilateral
tópica e vírus
Diagnóstico:
Tratamento: antibiótico tópico (quando houver indício
de infecção), cloreto de sódio hipertônico e  Bioquímica sérica
ciclosporina  Glicose sanguínea em jejum
 Triglicerideos
Ceratopatia da Flórida: afecção de clima tropical e  Cálcio e fosforo
subtropical – mais frequente na rotina  Função tireoidiana e adrenal
 Hipercalcemia
Aparência de algodão, multifocal, arredondada, cinza
 Hiperfosfatemia e hiperadrenocorticismo
ou branca acinzentada vista no estroma, pode ser bi
ou unilateral e ser encontrada em cães e gatos e não é  Uremia e Hipervitaminose D
simétrica nos olhos. Tratamento
Causa: desconhecida, suspeita-se me microbactérias Ceratectomia superficial
Clinicamente: opacidade do estroma anterior Quando tem calcificação corneal
Parece ser autolimitante, não responsiva ao -EDTA sódico tópico(0,4-1,38%) em lagrimas
tratamento com corticoides ou antifúngicos artificial(EDTA 1-5%)
Pode ser uni ou bilateral, não acredita que seja Colesterol restrição dietética de colesterol e
transmissível, mas animais da mesma casa podem ter medicamentoso
ao mesmo tempo
Distrofias
Na maioria das vezes ocorre de forma simétrica
Distúrbio hereditário primário, bilateral e não
acompanhado por inflamação ou doença sistêmica
Pode afetar o epitélio, estroma ou endotélio
Frequente em raças especificas como Beagle, Colie e
Golden
Sinais: opacidade branca acinzentado ou prateado e
cristalina ou metálica na córnea central ou paracentral
Causas: comumente são observados cristais de
colesterol e pode estar associado a aumento de
colesterol – fazer avaliação sérica de triglicerídeos e
colesterol
Tratamento: eliminação dos reprodutores, não
respondem a terapia medicamentosa tópica e
remoção com ceratectomia
Degeneração corneal
São alterações secundárias
Deposito de lipídeo, colesterol, cálcio ou alguma
combinação
Aparência variável:
 Lesões brancas e densas
 Branco acinzentada e cristalinas
 Borda bem demarcada
 Comum neovascularização por ruptura do
epitélio
Uveítes

Úvea: é a túnica intermediária do olho; membrana


ricamente vascularizada, pigmentada e inervada
Formada por: íris, corpo ciliar e coróide
Íris: porção anterior; seu orifício central → pupila
 Íris composta por dois músculos – dilatador da
pupila (fibras radiadas) e esfincter ou
constritor da pupila;
Corpo ciliar: continuidade da íris, localizada atrás da
íris
Coroide: elemento posterior da úvea;
 Composto por tecido vascular que se une ao
corpo ciliar rostralmente e que recobre a
retina com sua face anterior
 A relação fisiológica e anatômica entre a
coroide e a retina são sumamente estreita

0,

Uveíte anterior
É a inflamação do trato uveal anterior ou iridociclite –
íris e corpo ciliar
O trato uveal é altamente vascularizado e
imunosensível – manifestação de doença sistêmica
Causas:
 Infecciosa: gatos – PIF, FIV, FelV,
toxoplasmose
 Traumas:
 Neoplasias: linfoma primária ou secundário e
melanoma
 Autoimune: lúpus
Sinais clínicos: miose, dor, blefarospasmo e fotofobia
Hipópio: pus na cavidade anterior
Diagnóstico: sinais clínicos e avaliação sistêmica
Tratamento:
Anti-inflamatório
 Tópico – dexametasona e prednisolona
(colírios ou pomadas)
 Sistêmico – prednisolona
 Subconjuntival – triancinolona, dexametasona
**Não esteroidal
- Cicloplégico
 Atropina 1% colírio BID até ocorrer midríase e
resolução da dor
Sequelas:
 Phtisis bulbi
 Catarata
 Glaucoma
 Endoftlamite
 Cegueira
 Sinéquia anterior
 Sinéquia posterior
 Descompensação da córnea
 Ceratite bolhosa
 Ceratite ulcerativa
 Opacidade profunda difusa
Catarata

Lente canina:
 Composta de 65% de água e 35% de proteínas
 Volume: 0,5ml
 Espessura antero-posterior: 7mm
 Diâmetro equatorial: 10mm
 Dioptria: 40-41 D
 Fibras zonulares
 Cápsula externa anterior e posterior, córtex e
núcleo
 Epitélio e fibras diferenciadas
Estrutura avascular -> nutrição e oxigenação -> humor
aquoso
*Glicose é a fonte de energia mais importante
Qualquer evento que altere seu metabolismo ou sua
estrutura = CATARATA
Definição: é a perda da transparência da lente
Classificação:
 Capsular
 Subcapsular
 Zonular
 Cortical
 Nuclear
 Linha de sutura
 Axial
 Equatorial
 Progressão: incipiente, imatura, matura,
hipermatura Catarata imatura:
Com áreas sem opacidade e outras com opacidade,
aumento de volume da lenta, reflexo tapetal e visão
presente
Catara00ta matura:
Envolvimento total da lente, aumento do volume,
reflexo tapetal ausente e visão ausente

Catarata incipiente:
10-15% de opacidade, envolvimento de cótex e/ou
suturas, reflexo tapetal ou fundo, visão presente
Facectomia:
 Extracapsular (FEC)
 Intracapsular (FIC)
Facoemulsificação
FIC: pode causar descolamento de retina – apenas
usado quando o animal tem luxação da lente
Faco: abertura pequena na córnea, retirada de parte
anterior da lente e o aparelho fragmenta e retira a
lente – menor trauma intraocular
FEC: principal complicação são as uveítes induzidas
Catarata em reabsorção:
Acontece nos animais jovens até 2/3 anos
As fibras lenticulares rompidas e degeneradas liberam
enzimas que causam proteólise. As proteínas da
liquefeitas e a água atravessam a cápsula intacta,
causando redução do tamanho do cristalino e o
arrugamento da cápsula anterior
Com a liquefação e a reabsorção da catarata, passa a
observar-se o reflexo tapetal e dependendo da área
absorvida, a visão pode voltar a ser restabelecida
Catarata de Morgagni:
Ocorre na fase hipermatura com liquefação da região
central do cristalino e precipitação do núcleo dentro
do saco capsular
Esclerose
Catarata hipermatura:
Comum após os 7 anos de idade
Opacidade total, tamanho total reduzido, reflexo
tapetal ausente e visão ausente Lenticular, nuclear

Causas
Doenças sistêmicas:
 Diabetes Mellitus (bilaterais, simétricas,
desenvolvimento rápido),
 Hipocalcemia (opacidades puntiformes,
multifocais, bilaterais e simétricas).
Associada com medicamentos ou substâncias tóxicas
 Cetoconazol, DMSO, Contraceptivos,
Dinitrofenol,
 Pefloxacina, Glimepiridine, Inibidor de
hidroximetilglurail-coenzima A redutase,
Fenilpiperazina, Diazoxida
Deficiências dietéticas: aminoácidos (triptofano, Luxação anterior aumenta a PIO e tem indicação de
fenilalanina, histidina) fazer a cirurgia (FIC). Na luxação posterior o dano é
Traumas muito grande e por isso não há indicação de remoção

Tratamento cirúrgico
Diferenciação: quando tem opacidade a luz não passa
pela lente e é um sinal de catarata, entretanto, pode
haver x junto. Deve fazer fundo de olho para saber se
há descolamento de retina, .....
Retina

O olho estrutura-se conforme sua função retiniana,


transparência dos meios oculares que permitem a
atividade fotorreceptora, a vasculatura coroidal e
superficial da retina que subministra nutrição, e a
túnica corneoscleral que proporciona proteção
A visão é determinada pelo componente
fotorreceptor e por variações desenvolvidas para
assistir a esta atividade fotorreceptora
Cama fotossensível que reveste todo o segmento
posterior dos olhos
A histopatologia da retina está dividida em 9 camadas
e, segundo a função está dividida em duas camadas:
Epitélio pigmentar da retina:
 É a lâmina mais externa da retina e está
aderida à membrana coriopapilar;
 Proporciona um meio de transporte para
metabólitos essenciais para as lâminas
externas da neurorretina e
 Reciclar os materiais segmentares já
empregados por esta no processo da visão.
Neurorretina:
 É responsável por converter a luz em impulsos
nervosos, um processo denominado
fototransdução, e pela subsequente
modificação destes impulsos à medida que
atravessam o nervo óptico.
Atrofia progressiva da retina Deslocamento de retina
 Incremento do índice de refletividade tapetal É a separação da retina da coroide
como consequência da redução progressiva
da neurorretina e uma atenuação e eventual Causa: congênito, inflamatória, tracionado por tecido
disfunção da vasculatura retinal. cicatricial, pressão extraocular, trauma, degeneração
 Sempre é bilateral, embora possa apresentar
Sinais: perda da visão, aparência de uma estrutura
uma leve assimetria inicial entre os olhos.
branca, móvel, por trás da lente, vasos retinianos
 Nos casos muito prematuros pode ser
visíveis, pressão sanguínea sistólica elevada
observado uma leve hiporrefletividade tapetal
no fundo periférico, mais geralmente a hiper-
refletividade subsequênte é a que se
evidencia na observação inicial.
 A medida que a enfermidade progride a
nictalopia inicial é seguida de cegueira diurna
e menos reflexo pupilar a luz.
 Apresenta-se variados tipos, com raças
predispostas e hereditária diferentes.
Tratamento:
Diagnóstico do fator causal
Diurético oral: furosemida 2,5mg/kg
Tratar a causa
Glaucoma Corpo ciliar: degeneração com atrofia das “pars
plicata” e processo ciliar
Grupo de doenças que tem maior fator de risco a
CA: fechamento do ângulo
elevação da PIO e com neuropatia óptica
caracterizada pela morte das células ganglionares da Coróide: isquemia e degeneração
retina e seus axônios
Lente: catarata e alteração no posicionamento
É a causa mais comum de olho vermelho
Retina e n. óptico: degeneração progressiva
Classificação:
Tratamento: clínico
 Primária – não é tão frequente, de ângulo
aberto ou fechado Controle da pio
 Secundária – decorrente de uveíte ou luxação Hiperosmótico – manitol
da lente
 Congênita – já nasce e é comum ter Parassimpatominético – pilocarpina 2%
consequências
Inibidores da anidrase carbônica
Causas:
 Tópico – dorsolamida
Glaucoma primário de ângulo fechado: hereditário e  Sistêmico – acetazolamida
há displasia do ligamento pectíneo
Beta bloqueadores – timolol e betaxolol
Glaucoma secundário: uveíte, luxação anterior da
Prostaglandinas – latanoprost
lente, catarata intumescente, hifema, neoplasias
Neuroprotetores
Sinais clínicos: dor, hiperemia episcleral, edema
corneal, estrias na membrana de Descemet, midríase, Cirúrgico – Gonioimplante e ciclofotocoagulação a
cegueira, alterações retinianas, aumento PIO laser
Estágio final
Prevenir a dor ocular, aumento de volume do bulbo
->Destruição farmacológica do corpo ciliar
(contraindicado para gatos)
Gentamicina intravítrea: evisceração do bulbo,
prótese intraocular
Enucleação

Diagnóstico:
 Tonometria
 Gonioscopia
 Oftalmoscopia
Efeito clínico da elevação da PIO
Globo ocular: hidroftalmia, buftalmia, macroftalmia e
megaloglobo
Córnea: edema estromal, morte de células
endoteliais, fratura de descemet
Esclera: afinamento
Íris: atrofia

Você também pode gostar