Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão- UEMASUL
Centro de Ciencias da Saúde-CCS
Curso de Bacharelado em Medicina Período: 1° período -2022.2 Docente: Alice Discentes: Saul Felipe Oliveira Véras Fernanda Monteles Pinto Victor Matheus Noronha Teixeira Alex Ribeiro Pinheiro Maria Clara Atta Austríaco
MONKEYPOX: UMA REVISÃO PATOLÓGICA, EPIDEMIOLÓGICA E
ETIOLÓGICA
INTRODUÇÃO: A Varíola dos Macacos é uma zoonose (doença transmitida por
animais) causada pelo Monkeypox, vírus pertencente ao gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae, que, apesar de ser clinicamente menos grave, acarreta sintomas semelhantes aos da varíola. O período de incubação da doença é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS. A Monkeypox é endêmica em vários países da África Central e Ocidental e, na maioria, dos casos a infecção é atribuível ao contato com animais infectados, porém, ultimamente a transmissão entre humanos passou a ser mais frequentemente relatada, elevando a preocupação global acerca de seu potencial de disseminação. OBJETIVO GERAL: Esclarecer os aspectos etiólogicos e epidemiológicos do Monkeypox, além de um breve aparato sobre a sua origem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, descritiva, retrospectiva baseada na pesquisa de através dos descritores “Monkeypox” e “Epidemiologia” nos artigos publicados em revistas indexadas nas bases de dados Scielo e PubMed. Foram utilizados como critério de inclusão artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português. RESULTADOS: Na busca pelo tema, foram encontrados 132 artigos referentes ao assunto abordado e apenas 2 que abrangiam os critérios exigidos. O Monkeypox tem apresentação clínica semelhante à da Varíola comum, na qual, após o período de incubação de 5 a 21 dias, ocorre uma síndrome febril aguda inespecífica, período de grande potencial de contágio. Entre os sintomas, é válido ressaltar a presença de febre, mialgia, astenia, cefaleia e adenomegalia podem perdurar de um a cinco dias. Há coexistência de lesões em diferentes estágios de progressão, erupção cutânea (antes da febre), dor anorretal, e sangramento. Além disso, a doença tende a ser autolimitada, com resolução total do quadro dentro de 2 a 4 semanas. O contágio ocorre através do contato direto e prolongado com as secreções eliminadas pelas lesões cutâneas e mucosas, fluidos corporais ou gotículas respiratórias de pessoas ou pequenos mamíferos infectados, embora os reservatórios silvestres da infecção não sejam plenamente conhecidos. Ainda não há um consenso sobre à origem da doença, estima-se que tenha surgido no Zaire (atual República Democrática do Congo) em uma criança de 9 meses de idade no ano de 1970. CONCLUSÃO: As principais medidas de prevenção estão orientadas para evitar o contato com indivíduos ou animais infectados. Em domicílios com casos suspeitos de monkeypox, recomenda-se não compartilhar itens de uso pessoal e utensílios de alimentação, usar máscaras, higienizar regularmente as mãos, se possível, utilizar banheiro separado e limpar e desinfetar as superfícies. Além disso, a vacina contra varíola é um bom método de prevenção pois sua imunização é em média 85% efetiva para prevenção de monkeypox. Descritores: Monkeypox; Epidemiologia