Por João Paulo

&
Thalles Borges
PAUTA

O que é?
História
Transmissão
Febre Amarela no Brasil
Surto de 2017
Sintomas
Vacina
 O QUE É & HISTÓRIA
• A febre amarela é uma doença viral aguda que é transmitida através da
picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Aedes aegypti. A
doença pode variar de uma forma leve até uma forma grave, que pode levar
à morte.

• A febre amarela é uma doença antiga, e os primeiros registros de surtos

datam do século XVII, na América do Sul e na África. Acredita-se que a
doença tenha se originado na África e tenha sido trazida para as Américas
pelos escravos africanos durante o comércio transatlântico de escravos.
Durante a era colonial, a febre amarela foi um grande problema de saúde
pública nas Américas, e muitas cidades foram devastadas por surtos da
doença. No século XIX, o médico cubano Carlos Finlay propôs a teoria de
que a febre amarela era transmitida por mosquitos, mas sua teoria não foi
amplamente aceita até que Walter Reed, um médico militar americano,
realizou experimentos com mosquitos infectados em Cuba em 1900.
Após a descoberta de Reed, foram iniciados esforços para controlar a febre
amarela através do controle do mosquito vetor. Isso envolveu a eliminação
de criadouros de mosquitos, o uso de telas e mosquiteiros, e a vacinação em
massa. Em 1937, a vacinação contra a febre amarela foi desenvolvida e se
tornou amplamente utilizada em áreas endêmicas.

 TRANSMISSÃO
A febre amarela não é transmitida de humano para humano.

Como atualmente não existem casos de febre amarela urbana, a única forma de
transmissão é a silvestre. Isso significa que é preciso que um ser humano não
vacinado vá para áreas florestais onde existam macacos doentes. A transmissão
ocorre quando um mosquito do gênero Haemagogus pica um macaco contaminado,
adquire o vírus e dias depois pica um humano não vacinado.

A febre amarela silvestre é uma doença que ocorre principalmente em macacos,

sendo os humanos hospedeiros acidentais do vírus.

Para que a forma urbana volte a ocorrer, basta que uma pessoa contaminada pela
forma silvestre retorne a uma cidade não endêmica, como o Rio de Janeiro, por
exemplo, e seja picada pelo mosquito Aedes aegypti dentro dos primeiros 5 dias de
infecção.
 FEBRE AMARELA NO BRASIL
A febre amarela tem sido uma doença endêmica no Brasil desde a época colonial, com registros
de surtos em diversas regiões do país. Durante os séculos XVIII e XIX, a febre amarela foi
responsável por diversas epidemias que causaram milhares de mortes em cidades como
Salvador, Rio de Janeiro e Recife.
No início do século XX, o médico sanitarista Oswaldo Cruz liderou uma campanha de
vacinação em massa contra a febre amarela no Rio de Janeiro, que foi um grande sucesso e
ajudou a controlar a doença na cidade. A campanha de vacinação envolveu a eliminação de
criadouros de mosquitos e a vacinação em larga escala, e serviu como um modelo para o
controle da doença em outras regiões do país.
Ao longo do século XX, a vacinação e o controle do mosquito vetor ajudaram a reduzir
significativamente a incidência de febre amarela no Brasil. No entanto, ainda ocorrem surtos
da doença em algumas áreas, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Um dos mais recentes surtos de febre amarela no Brasil ocorreu em 2016 e 2017, quando
foram registrados mais de 3 mil casos da doença e mais de 350 mortes em diversas regiões do
país. O surto levou a um aumento na demanda por vacinas contra a febre amarela, e levou as
autoridades de saúde a intensificar as campanhas de vacinação em áreas de risco.
Atualmente, a vacinação contra a febre amarela é a principal forma de prevenção da doença
no Brasil, e é recomendada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco ou que vão
viajar para essas regiões. As autoridades de saúde também continuam a monitorar a presença
do mosquito vetor e a implementar medidas de controle para reduzir a incidência da doença.
 SURTO DE 2017 NO BRASIL

Nos primeiros meses de 2017 houve um surto de febre amarela, com centenas de casos
confirmados. Os estados mais afetados foram Minas Gerais, Espírito Santos, Rio de
Janeiro e São Paulo. Não houve, porém, sinais de transmissão urbana da doença.

O surto começou no Estado de Minas Gerais e foi provocada pela baixa taxa de
vacinação da população nos últimos anos. Minas é um estado que deveria ter pelo
menos 95% da população vacinada, mas em 2016 registrou vacinação de apenas 47%.

Como consequência, o surto de 2017 foi o maior das últimas décadas, com 777 casos
confirmados e 261 óbitos.

Por conta do surto, as população dos municípios com casos registrados estão sendo
vacinadas, de forma a conter o surto e evitar que a febre amarela possa vir a ser
transmitida pelo Aedes aegypti.
 SINTOMAS

•A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por

vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este
vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito
fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas:
febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave
da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de
bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências
hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados),
manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos
infectados se recupera bem e adquire imunização permanente
contra a febre amarela.

 VACINA
A vacina para febre amarela é altamente eficaz, sendo o Instituto Bio-
Manguinhos, da Fiocruz, o maior produtor mundial da mesma.
Indivíduos que residem em áreas indenes, ou seja, sem circulação da
forma silvestre, também devem ser vacinados 10 dias antes de
viajarem para áreas endêmicas. Não só as pessoas que farão
ecoturismo devem ser vacinadas. Mesmo que a viagem seja apenas a
negócio, permanecendo o individuo sempre em área urbana, a
vacinação deve ser efetuada. Pessoas que residem em áreas indenes e
que não viajarão para áreas endêmicas não precisam ser vacinadas.
A vacina para febre amarela tem duração de 10 anos, sendo
necessário o reforço após este período.
Entre as contraindicações à vacina da febre amarela estão:
Crianças menores de 6 meses de idade.
Pessoas com alergia a ovo.
Pessoas imunossuprimidas.
Gestantes.
OBRIGADO
PELA ATENÇÃO