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DISCIPLINA

SAÚDE INTERNACIONAL
Doenças a propagação internacional
• Febre hemorrá gica É bola
• có lera
• Virus de Gripe Aviá ria (H1N1, H5N1, H7N9)
• Febre Amarela
• Poliomielite,
• síndrome respirató ria pelo coronavírus do Oriente
Médio (MERS-CoV)
• Sarampo
• influenza aviá ria A(H7N9), A(H5N1)
• febre do oeste do Nilo

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Doenças a objecto do controlo internacional

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Febre Amarela
 A febre Amarela é endémica em partes de 47 países, Á frica
(34 países) e América Latina (13 países).

 Em 2013, o ó nus da doença atribuível a Febre Amarela foi


de 84.000 a 170.000 casos graves e 29.000 a 60.000
mortes.
 Viajantes ocasionais para países endémicos podem
transportar a doença em países onde nã o há febre amarela.

 Para evitar tais importaçõ es, muitos países exigem um


certificado de vacinaçã o contra a febre amarela antes de
emitirem vistos, especialmente se os viajantes vêm de
á reas endémicas ou visitaram essas á reas.
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Mapa de distribuição da Febre Amarela

http://int.search.myway.com/search/AJimage.jhtml?n=7858459c&p2=%5EXP%5Expv8

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http://gamapserver.who.int/mapLibrary/Files/Maps/ITH_YF_vaccination_africa.png?

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Febre Amarela

 Agente etiológico - Vírus amarílico, arbovírus do género


Flavivírus e família Flaviviridae. É um RNA vírus.

 Reservatório e hospedeiros Da febre amarela urbana é o


homem. Da febre amarela silvestre sã o os macacos, sendo o
homem um hospedeiro acidental.

 Modo de transmissão e Vectores - Na febre amarela


silvestre, o ciclo de transmissã o se processa entre o macaco
infectado → mosquito silvestre → macaco sadio.

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Modo de transmissão e Vectores
 Na febre amarela silvestre, o
ciclo de transmissão se
processa entre o macaco
infectado → mosquito
silvestre → macaco sadio.
 Na febre amarela urbana, a
transmissão se faz através
da picada do mosquito
Aedes. aegypti, no ciclo:
homem infectado → Aedes.
aegypti → homem sadio.

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Manifestações clinicas
 Fase infecciosa:
 Fase de intoxicação:
Início abrupto, febre alta e
pulso dissociado à Aumento da febre, diarreia,
temperatura (sinal de Faget), vó mitos, insuficiência hepá tica
calafrios, cefaleia intensa, e renal, hematémese, melena,
mialgias, prostraçã o, ná useas epistaxe, hematú ria, oligú ria,
e vó mitos, durando cerca de albuminú ria e prostraçã o
3 dias, apó s os quais se intensa, obnubilaçã o mental e
observa remissã o da febre e torpor com evoluçã o para
melhora dos sintomas, o que coma.
pode durar algumas horas
ou, no má ximo, 2 dias.

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Febre Amarela (CID 10: A95)
Períodode transmissibilidade
 O sangue dos doentes é infectante de 24 a 48 horas antes
do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias apó s, tempo
que corresponde ao período de viremia.
 No mosquito Aedes. aegypti, o período de incubaçã o é de 9
a 12 dias, apó s o que se mantém infectado por toda a vida.

 Tratamento - Nã o existe tratamento antiviral específico. É


apenas sintomá tico, com cuidadosa assistência ao paciente
que, sob hospitalizaçã o, deve permanecer em repouso, com
reposiçã o de líquidos e das perdas sanguíneas, quando
indicada.

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Tratamento da Febre Amarela (CID 10: A95)
• Suporte: analgésicos anti-piréticos
• hidrataçã o
• alimentaçã o
• prevençã o e/ou tratamento das complicaçõ es
•  na Clá ssica: ressuscitaçã o com soros
• transfusã o plasma fresco
• transfusã o de plaquetas
• transfusã o de sangue total
• diá lise
• Corticoides contraindicados !

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Medidas preventivas
 A vacinaçã o é mais importante medida preventiva. A vacina 17D
é administrada em dose ú nica e confere protecçã o pró xima a
100%. Deve ser realizada a partir dos nove meses de idade, com
reforço a cada 10 anos,

 Notificação imediato de casos humanos, epizootias e de achado


do vírus em vector silvestre.

 Vigilância sanitária de portos, aeroportos, cargos e passagem


de fronteiras, com a exigê ncia do Certificado Internacional de
Vacinaçã o e Profilaxia vá lido para a Febre Amarela apenas para
viajantes internacionais.

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Preparação e resposta a epidemias (OMS)
 A detecçã o rá pida da febre amarela e a resposta rá pida por meio de
campanhas de vacinaçã o de emergência sã o essenciais para combater os
surtos. A subnotificaçã o ainda é uma preocupaçã o, e o nú mero real de
casos é estimado em 10 a 250 vezes mais do que os casos relatados
actualmente.

 A OMS recomenda que cada país em risco tenha pelo menos um


laborató rio nacional que possa realizar testes hematoló gicos bá sicos
para o diagnó stico da febre amarela. Um caso confirmado por
laborató rio em uma populaçã o nã o vacinada é considerado um surto.

 Qualquer que seja o contexto, qualquer caso confirmado deve ser


estudado em profundidade. As equipes de investigaçã o devem avaliar o
surto e responder com medidas de emergência e planos de vacinaçã o de
longo prazo.

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Medidas internacionais-Acção da OMS
 Em 2016, 2 surtos urbanos de febre amarela relacionados -
em Luanda (Angola) e Kinshasa (Repú blica Democrá tica do
Congo), com uma exportaçã o internacional mais ampla da
doença de Angola para outros países, incluindo a China -
demonstraram que a febre amarela é uma sé ria ameaça em
escala global, o que envolve iniciar um novo pensamento
estratégico.
 A estratégia do surto de febre amarela (EYE) foi
desenvolvida para responder à ameaça crescente de surtos
de febre amarela urbana que se espalham pelas fronteiras.
Liderada pela OMS, UNICEF e Gavi, a Aliança de Vacinas, a
estratégia EYE apoia 40 países e envolve mais de 50
parceiros.

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O EBOLA
CID 10: A98

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O que é Ebola (EBV)?
 O vírus do Ebola provoca uma doença aguda e
grave que muitas vezes é fatal se nã o for tratada.

 O vírus é transmitido aos seres humanos a partir


de animais selvagens e depois se espalha para a
populaçã o humana através de transmissõ es inter-
humanas.
 A taxa média de letalidade do Ebola é de cerca de
50%. As taxas de casos fatais variaram de 25% a
90% no passado. Cuidados de suporte iniciais com
reidrataçã o e tratamento sintomá tico melhoram a
sobrevida.
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• A doença do vírus É bola (EVD) foi identificada pela
primeira vez em 1976 em dois surtos simultâ neos, um em
Nzara, no sul do Sudã o, e outro em Yambuku, na Repú blica
Democrá tica do Congo. Este ú ltimo surto foi identificado
em uma aldeia perto do rio É bola, daí o nome da doença.

• Cinco espécies do vírus Ebola foram identificadas. Entre


eles, o ebolavírus Bundibugyo, o ebolavírus Zaire e o
ebolavírus do Sudã o foram associados a grandes surtos na
Á frica. O vírus causador do surto de 2014-2016 na Á frica
Ocidental pertence à s espécies do Zaire.

• https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_por_v%C3%ADrus_%C3%89bola

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Reservató rio e sua distribuição
• A origem do vírus é desconhecida, mas, foi
relatado que, os morcegos frugívoros da família
Pteropodidae sejam os hospedeiros naturais do
vírus Ebola.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pteropodidae

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Distribuiçã o epidemiologica
http://www.who.int/csr/disease/ebola/global_ebolaoutbreakrisk_20150316.png?ua=1

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Epidemiologia histó rica
1º surto (Junho-Nov, 1976) – Nzara-sudao sul- 284 casos,
53% ó bitos.
2º surto (Agosto-Nov) RDC(zaire)-318 casos, 89% ó bitos.
3º surto (1989), filipinas, china, Taiwan- Asia
4º 1994-Costa de Morfim, Africa Ociedental
5º 1994-1997 Dez-Fev – Gabao – 49 casos, 59% ó bitos.

• O Surto de Ebola em Á frica Ocidental em 2014-2016 foi o


mais grave e mortífero na historia da doença É bola.
• E actualmente decorre um surto na Republica Democratico
de Congo de grande magnitude.

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5. Persistência do vírus
1. Réservatório do virus:
A persistência do Ebola nos
morcegos frugívoros fluidos corporais dos
O vírus permanece em sobreviventes é um risco de
morcegos frugívoros. transmissã o sexual.

10% DO PESSOAL
DE SAÚDE

4. Infecção secundária
2. Epizootias em animais 3. Infecção primária em humana
Os morcegos infectados entram humanos A transmissão secundária de
em contato direto ou indireto Os pacientes estã o humano para humano pode
com outros animais e infectados com: ocorrer por contacto directo
transmitem o vírus. Manusear animais com sangue, secreções,
Grandes epizootias podem entã o órgãos ou outros fluidos
infectados, doente ou morto,
se desenvolver em primatas ou corporais de pessoas
outros mamíferos (antílopes da encontrado na floresta
infectadas.
floresta). (mais comum) • O risco é maior ao tratar um
Ou pelo contacto directo paciente ou ao manusear os
©WHO2018 com morcegos 21
corpos de pacientes falecidos.
Sinais e sintomas

Centers for Disease Control and Prevention (28 de janeiro de 2014). «Ebola Hemorrhagic Fever»
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DIAGNÓ STICO CLINÍCO

• Os sintomas nã o sã o muito específicos, dificultando o


diagnó stico clínico.
• O diagnó stico diferencial inclui outras febres hemorrá gicas
virais, febre amarela, malá ria, febre tifoide, shigelose e
outras doenças virais e bacterianas.
A histó ria da doença é essencial e deve procurar:
• contato com um animal doente ou morto
• contato com um suspeito, provável ou Ebola confirmado

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DIAGNÓ STICO LABORATÓ RIAL
O diagnó stico final é feito no laborató rio
usando os seguintes testes:
 Amplificaçã o da cadeia por polimerizaçã o da
transcriptase reversa (RT-PCR);
 titulaçã o imuno-enzimá tica IgG e IgM
(ELISA);
 Detecçã o do antígeno;
 Isolamento do vírus na cultura celular.
 As amostras devem ser manuseadas por
pessoal trainado e qualificado,
 As amostras devem ser analisadas em
laborató rios, em condiçõ es de segurança
mais rigorosas possíveis.
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TRATAMENTO DA EBOLA
• Cuidado intensivo precoce e
agressivo:
• monitorar o equilíbrio de fluidos e
eletró litos, funçã o renal, pressã o
arterial; oxigenaçã o e reidrataçã o
cuidadosa.
• Medicamentos sintomáticos:
• analgé sicos, antiemé ticos para
vó mitos, ansiolíticos para agitaçã o,
+ / - antibió ticos e / ou
antimalá ricos.
• Suporte psicossocial e serviços.

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Medidas de controle da Ebola

Investigação
de casos

Medidas Tratamento
preventivas Liderança
nos centros Nacional dos casos
de tratamento

Medidas
preventivas nas
comunidades
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Estratégia geral para combater surtos de ébola

Realizar avaliaçõ es de prá ticas sociais


e culturais
comportamentais e

Comunicaçã o formal e informal nas


Intervenções

comunidades
Engajar influenciadores: associaçã o de
sociais

mulheres e / ou jovens; curandeiros


tradicionais, líderes comunitá rios e
religiosos, autoridades político-
administrativo.
Leve em conta as preocupaçõ es das
comunidades
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Estratégia geral para combater surtos de ébola

Polícia de segurança
Logistica
Alojamento, comida
Equipes mó veis de mobilizaçã o social e
epidemioló gico
Financiamento, salá rios
veículos de transporte

• Triagem
Suporte Clinico

• Cuidados fornecidos com equipamentos de proteçã o


• Luta contra a infecçã o
• Ensaios clínicos
• Comitê de É tica
• Organizaçã o das ceremonias funebres

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Estratégia geral para combater surtos de ébola

Detecçã o ativa de casos

Inquérito
• Acompanhamento de contatos
epidemiológico
, vigilância
• Coleta de amostras
e laboratório
• Testes laboratoriais
• Aná lise de banco de dados
• Procure a fonte
MAREGA . A. MD, MSc 29
Sensibilização e Envolvimento da comunidade

• Envolva as comunidades para promover


comportamentos e prá ticas desejadas, inclusive
ao tratar pacientes ou pessoas falecidas.
• Fornecer informaçõ es sobre doenças e
conselhos de saú de as comunidades.
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Reduçã o do risco de transmissã o entre
animais selvagens e homem

Reduzir o risco de transmissã o entre


animais selvagens e humanos
através do contato com morcegos
frugívoros ou macacos / primatas
infectados evitando consumir sua
carne crua.
Manuseiar os animais com luvas e
use outro vestuá rio de proteçã o
adequado.
Os produtos desses animais (sangue
e carne) devem ser cozidos
cuidadosamente antes de serem
consumidos.
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Reduçã o do risco de transmissã o de humano
para humano
• Reduzir o risco de transmissã o de pessoa para pessoa do
contacto directo ou pró ximo com indivíduos com sintomas
de Ebola, particularmente com seus fluidos corporais.
• Usar luvas adequadas e equipamentos de protecçã o
individual ao tratar pacientes em casa.
• Rotineiramente lavar as mã os depois de visitar pacientes
no hospital ou depois de cuidar de pacientes em casa.
• É necessá rio organizar funerais seguros e, com
dignidade daqueles que morreram de Ebola.

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Al-Chabab?

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Cronologia dos surtos de Ébola
Taxa de
Anos País Vírus Casos Óbitos
letalidade
2015 Italie Ebola Zaïre 1 0 0%

2014 RDC Ebola Zaïre 66 49 74%

2014 Espagne Ebola Zaïre 1 0 0%

2014 Royaume-Uni Ebola Zaïre 1 0 0%

2014 USA Ebola Zaïre 4 1 25%

2014 Sénégal Ebola Zaïre 1 0 0%

2014 Mali Ebola Zaïre 8 6 75%

2014 Nigéria Ebola Zaïre 20 8 40%

2014-2016 Sierra Leone Ebola Zaïre 14124* 3956* 28%


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Cronologia dos surtos de Ébola
2014-2016 Libéria Ebola Zaïre 10675* 4809* 45%

2014-2016 Guinée Ebola Zaïre 3811* 2543* 67%

2003
Congo Braza Ebola Zaïre 35 29 83%
(Nov.-Dez.)

2003
Congo braza Ebola Zaïre 143 128 90%
(Jan.-abril)

2001-2002 Congo braza Ebola Zaïre 59 44 75%

2001-2002 Gabon Ebola Zaïre 65 53 82%

2000 Ouganda Ebola Soudan 425 224 53%


Afrique du
1996 Ebola Zaïre 1 1 100%
Sud 35
©WHO2018
Cronologia dos surtos de Ébola
1996
Gabon Ebola Zaïre 60 45 75%
(Julh.-Dez.)

1996
Gabon Ebola Zaïre 31 21 68%
(Jan.-abril)

République
1995 démocratique du Ebola Zaïre 315 254 81%
Congo

1994 Cô te d’Ivoire Ebola Forêt de Taï 1 0 0%

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Cronologia dos surtos de Ébola
1994 Gabon Ebola Zaïre 52 31 60%

1979 Soudan Ebola Soudan 34 22 65%

République
1977 Ebola Zaïre 1 1 100%
démocratique du Congo

1976 Soudan Ebola Soudan 284 151 53%

République
1976 Ebola Zaïre 318 280 88%
démocratique du Congo

*números de casos suspeitos, prováveis e confirmados


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