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Trabalho de Biolgia
Existem dois tipos de pólio: a paralítica e a não paralítica, que pode levar à paralisia
total ou parcial dos membros inferiores. Apesar do nome, a doença pode afetar
tanto crianças quanto adultos.
Causas
A poliomielite é uma doença causada pela infecção do poliovírus, que se espalha por contato direto
pessoa a pessoa, pela via fecal-oral, por alimentos, objetos ou água contaminados ou pelo contato
oral-oral, por meio de gotículas de secreções da fala, tosse ou espirro de doentes ou portadores.
Segundo Patrícia Consorte, pediatra e especialista em nutrição materno-infantil, uma vez que o
paciente contrai o vírus pela via oral, ele se dissemina pela faringe e intestino de uma a três semanas,
sendo então excretado pela saliva e pelas fezes. O vírus pode ser liberado por até outras três
semanas, sendo muito contagioso.
O vírus, após se disseminar pela garganta e pelo trato intestinal do paciente, alcança a corrente
sanguínea e pode atingir o cérebro.
Quando a infecção ataca o sistema nervoso, ela destrói os neurônios motores e provoca paralisia nos
membros inferiores. A pólio pode, inclusive, levar o indivíduo à morte se forem infectadas as células
nervosas que controlam os músculos respiratórios e de deglutição.
O período de incubação do vírus, ou seja, tempo que leva entre a infecção e surgimento dos primeiros
sintomas, varia de cinco a 35 dias, mas a média é de uma a duas semanas.
A falta de saneamento básico, higiene pessoal precária e más condições habitacionais são fatores que
contribuem para a transmissão do poliovírus.
Sintomas
Embora a poliomielite possa causar paralisia e até mesmo a morte, a maioria das pessoas infectadas
com o poliovírus não fica doente e não manifesta sintomas, de modo que a doença passa muitas
vezes despercebida. Segundo Consorte, 95% das infecções são assintomáticas.
Febre
Garganta inflamada
Dor de cabeça
Vômitos
Fadiga
Dor nas costas ou rigidez muscular
Dor de garganta
Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
Fraqueza muscular ou sensibilidade
Meningite.
Poliomielite paralítica
Em casos raros, a infecção pelo poliovírus leva à poliomielite paralítica, a forma mais grave da doença.
Sinais da poliomielite paralítica, como febre e dor de cabeça iniciais, muitas vezes imitam os da
poliomielite não paralítica.
De acordo com a pediatra Patrícia Consorte, em uma a cada 120 infecções o vírus pode invadir o
sistema nervoso central e gerar danos no corno anterior das raízes da medula espinhal, onde o
paciente pode iniciar apresentando rigidez de nuca, semelhante a uma meningite. A partir daí,
surgem fortes dores musculares e espasmos, principalmente nos membros inferiores, evoluindo para
perda intensa de força.
Diagnóstico
Para confirmar o diagnóstico, é enviada para análise laboratorial uma amostra de secreções da
garganta, fezes ou líquido cefalorraquidiano, um líquido incolor que envolve o cérebro e a medula
espinhal. Uma eletroneuromiografia (ENMG), exame que estuda o nervo desde a saída da medula ou
cérebro e todo seu caminho até chegar aos músculos, pode ser necessária.
O ideal é que a coleta seja feita em até 14 dias do início do quadro de paralisia
Tratamento
Não existe tratamento específico para a poliomielite, de modo que as ações possíveis para atuar num
quadro da doença são diminuir a sensação de desconforto, acelerar a recuperação e garantir a
qualidade de vida do paciente através de:
O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações, mesmo porque, se uma
pessoa infectada com o vírus não for atendida ao primeiro sinal da doença, ela estará sob risco
aumentado de morte.
Cuidados caseiros e acompanhados pelo médico podem ajudar na recuperação do paciente com
pólio.
Tem cura?
O prognóstico depende do tipo de poliomielite e do local afetado pelo vírus. Se a medula espinhal e o
cérebro não estiverem envolvidos, o que acontece em mais de 90% das vezes, a recuperação
completa é bastante possível.
O envolvimento do cérebro ou da medula espinhal é uma emergência médica que pode resultar em
paralisia temporária ou permanente e até mesmo em morte (normalmente por dificuldades
respiratórias).
“A sequela da paralisia, infelizmente, não tem cura, podendo gerar a longo prazo, deformidades, dor
e osteoporose. A melhora na qualidade de vida irá necessitar de acompanhamento de fisioterapia e
terapia ocupacional”, explica Patrícia Consorte.
A paralisia é uma consequência mais comum que a morte. A infecção em uma parte alta da medula
espinhal ou no cérebro aumenta o risco de problemas respiratórios.
Prevenção