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A Malária

ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
Tipos de malária...........................................................................................................3
Sinais e sintomas...........................................................................................................3
Complicações................................................................................................................4
Causas...........................................................................................................................5
Transmissão da malária................................................................................................5
Prevenção da Malária...................................................................................................6
Fatores De Risco E Estratos Epidemiológicos.............................................................6
Como a malária é diagnosticada?.................................................................................7
CONCLUSÃO...................................................................................................................8
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...................................................................................9

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A Malária

INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos falar sobre a malária, sendo que a malária é uma doença
infecciosa febril aguda causada por um protozoário que é transmitida principalmente
pela picada da fêmea de algumas espécies de mosquitos do gênero Anopheles, os quais
são chamados popularmente de mosquito-prego, carapanã, bicuda, entre outros.
Como sintomas da doença, podemos citar febre alta, calafrios e sudorese,
sintomas esses que aparecem geralmente em padrões cíclicos. A doença, se não tratada
adequadamente, pode levar a pessoa à morte, sendo considerada um grave problema de
saúde pública.

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A Malária

A picada do mosquito introduz no sistema


circulatório do hospedeiro os parasitas presentes na
sua saliva. Os parasitas depositam-se no fígado,
onde se desenvolvem e reproduzem. Existem cinco
espécies de Plasmodium que podem infetar os seres
humanos. A maior parte das mortes são causadas
pelo P. falciparum. As espécies P. vivax, P. ovale e
P. malariae geralmente causam formas menos graves de malária que raramente são
fatais. A espécie P. knowlesi raramente causa a doença em seres humanos.

Tipos de malária
Cinco espécies de parasitas da malária podem infectar as pessoas:
 Plasmodium falciparum
 Plasmodium vivax
 Plasmodium ovale
 Plasmodium malariae
 Plasmodium knowlesi (raramente)

Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da malária manifestam-se geralmente entre 8 a 25 dias após
a infecção. No entanto, os sintomas podem-se manifestar mais tarde em indivíduos que
tenham tomado medicação anti malárica de prevenção. As manifestações iniciais da
doença, iguais em todas as espécies de malária, são semelhantes aos sintomas da gripe,
podendo ainda ser semelhantes aos de outras doenças virais e condições clínicas como a
sepse ou gastroenterite. Entre os sinais incluem-se dores de cabeça, febre, calafrios,
dores nas articulações, vómitos, anemia hemolítica, icterícia, hemoglobina na urina,
lesões na retina e convulsões.
O sintoma clássico da malária são ataques paroxísticos, a ocorrência cíclica de
uma sensação súbita de frio intenso seguida por calafrios e posteriormente por febre e
sudação. Estes sintomas ocorrem a cada dois dias em infecções por P. vivax e P. ovale e
a cada três dias em infecções por P. malariae. A infecção por P. falciparum pode
provocar febre recorrente a cada 36-48 horas ou febre menos aguda, mas contínua.
Os casos mais graves de malária são geralmente provocados por P. falciparum,
variante que é muitas vezes denominada "malária falciparum". Os sintomas desta
variante manifestam-se entre 9 a 30 dias após a infecção. Os indivíduos com ‘’’malária
cerebral’’’ apresentam muitas vezes sintomas neurológicos, entre os quais postura
anormal, nistagmo, paralisia do olhar conjugado (incapacidade de mover em conjunto
os olhos na mesma direção), opistótono, convulsões ou coma.

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Complicações
Existem diversas complicações graves de malária. Entre elas está o
desenvolvimento de “stress” respiratório, no qual se verifica a necessidade de um
esforço cada vez maior para respirar associado a sensação de desconforto psicológico, o
qual ocorre em 25% dos adultos e 40% das crianças com malária falciparum aguda.
Entre as possíveis causas estão a compensação respiratória da acidose metabólica,
edema pulmonar não cardiogénico, pneumonia concomitante e anemia grave.
Embora a sua ocorrência seja rara em crianças, entre 5% e 25% dos adultos e
29% das grávidas com casos graves de malária desenvolvem Síndrome do desconforto
respiratório do adulto. A coinfecção de malária com VIH aumenta a mortalidade. Pode
ainda ocorrer febre da água negra, uma complicação na qual a hemoglobina de glóbulos
vermelhos danificados se deposita na urina.
A infecção com P. falciparum pode provocar malária cerebral, uma forma grave
de malária que envolve encefalopatia. Manifesta-se através do branqueamento da retina,
o que pode constituir um sinal clínico auxiliar para distinguir a malária de outras causas
de febre. Pode também ocorrer esplenomegalia, dor de cabeça intensa, hepatomegalia,
hipoglicemia ou hemoglobinúria com insuficiência renal. Em casos de malária durante a
gravidez, entre as complicações graves estão a morte do feto ou da criança, ou peso à
nascença inferior a 2,5 kg, em particular na infecção por P. falciparum, mas também por
P. vivax.

Causas
Os parasitas da malária pertencem ao género
Plasmodium (filo Apicomplexa). No ser humano, a malária é
provocada por P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax e
P. knowlesi. Entre a população infetada, a espécie com maior
prevalência é a P. falciparum (75%), seguida pela P. vivax
(20%).
Embora a P. falciparum seja a responsável pela
maioria das mortes, existem dados recentes que sugerem que
a malária por P. vivax está associada a condições que
colocam a vida em risco em igual número com a infecção por P. falciparum. A P. vivax
é, em proporção, mais comum fora de África. Estão também documentadas várias
infecções humanas com diversas espécies de Plasmodium de origem símia; no entanto,
com a exceção da P. knowlesi – uma espécie zoonótica que provoca malária nos
macacos – a relevância para a saúde pública destas infecções é apenas residual.

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Transmissão da malária
O ciclo de vida do parasita da malária começa quando um mosquito fêmea pica
uma pessoa com malária. O mosquito ingere sangue que contém células reprodutoras
dos parasitas. Uma vez dentro do mosquito, o parasita se reproduz, se desenvolve e
migra para as suas glândulas salivares do mosquito.
Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas juntamente com a sua
saliva. Dentro da pessoa recém-infectada, os parasitas se movem para o fígado, onde se
multiplicam novamente. Eles geralmente maturam uma média de 1 a 3 semanas, depois
saem do fígado e invadem os glóbulos vermelhos do sangue da pessoa. Os parasitas se
multiplicam novamente dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, causando a ruptura
das células infectadas, liberando os parasitas para invadirem outros glóbulos vermelhos.
Muito raramente, a doença é transmitida de uma mãe infectada para o seu feto,
por transfusão de sangue contaminado, por transplante de um órgão contaminado ou por
injeção com uma agulha previamente utilizada por uma pessoa com malária.

Prevenção da Malária
Entre os métodos de prevenção da malária estão a erradicação dos mosquitos, a
prevenção de picadas e medicação. A presença de malária numa dada região pressupõe
a conjugação de vários factores: elevada densidade populacional humana, elevada
densidade populacional de mosquitos ‘’anopheles’’ e elevada taxa de transmissão entre
humanos e mosquito e vice-versa.
Quando algum destes factores é reduzido de forma significativa, o parasita irá
eventualmente desaparecer dessa região, tal como aconteceu na América do Norte,
Europa e partes do Médio Oriente. No entanto, a não ser que o parasita seja erradicado à
escala global, pode-se voltar a implantar em qualquer uma dessas regiões caso ocorra
uma conjugação de factores que proporcione a sua reprodução. Além disso, o custo
económico da erradicação do mosquito por pessoa é maior em áreas com menor
densidade populacional, o que faz com que seja economicamente inviável em algumas
regiões.
Os métodos usados para reduzir a malária através da diminuição do número de
transmissões são denominados controlo de vetores. Em termos de proteção individual,
os repelentes de insetos à base de DEET ou Icaridina são os mais eficazes.
A vaporização residual de interiores com inseticida e o uso de redes
mosquiteiras, às quais é aplicado também inseticida, são outras técnicas de erradicação

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A Malária

que têm demonstrado ser altamente eficazes na prevenção de malária em regiões


endémicas.

Fatores De Risco E Estratos Epidemiológicos


Fator de risco para a malária é qualquer variável ou conjunto de variáveis que
tenham relação direta com a incidência da malária, ou seja, qualquer condição que
aumente a probabilidade de surgimento, agravamento e morte pela doença num
determinado momento. Os fatores de risco podem ser classificados, entre outros, como:

 Biológicos – relacionados à população suscetível, agente etiológico e presença


do vetor;
 Ambientais – modificações do meio ambiente, temperatura, umidade e presença
de criadouros;
 Econômicos – relacionados à baixa renda, ao desemprego e às condições de
trabalho, moradia e migrações;
 Socioculturais – relacionados ao nível educacional, hábitos e costumes culturais
e religiosos;
 Infraestrutura de Serviços de Saúde – relacionados à insuficiência de serviços
de saúde.
Considera-se que o conhecimento dos fatores de risco determinantes de uma
doença é condição fundamental para a classificação dos estratos, levando em
consideração as características epidemiológicas destes, de modo a favorecer o
desenvolvimento de ações de controle adequadas a cada situação.

Como a malária é diagnosticada?


Os sintomas da malária podem ser facilmente confundidos com os de doenças
como febre amarela, dengue e leptospirose, uma vez que são muito inespecíficos. Desse
modo, o diagnóstico deve ser feito pela análise dos sintomas e realização de alguns
exames. Um dos exames é o chamado microscopia da gota espessa de sangue, no qual
uma gota de sangue é colhida por punção digital, corada, e a lâmina de sangue é
analisada. Esse é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da doença.
Há também testes rápidos para a detecção da malária, os quais são mais fáceis de
executar e analisar, no entanto apresentam algumas desvantagens, como a incapacidade
de diferenciar P. vivax, P. malariae e P. ovale, não medirem o nível de parasitemia e
serem também mais caros. Outros métodos de diagnóstico são o esfregaço delgado e
técnicas moleculares.

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CONCLUSÃO
Em resumo chegamos a conclusão que como vimos ao longo do trabalho, a
malária é uma doença transmitida pela picada de um mosquito, portanto medidas que
evitem o contato entre o mosquito e o ser humano são formas de prevenção. Dentre as
medidas de prevenção, podemos citar o uso de telas em portas e em janelas,
mosquiteiros, repelentes e roupas que protejam os braços e as pernas. Até o momento
não existe vacina contra a doença.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria
 https://m.brasilescola.uol.com.br/doencas/malaria.htm
 https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec
%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-
extraintestinais/mal%C3%A1ria
 https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/biblioteca/
2302/2_epidemiologia_da_malaria.htm

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