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Índice

Introdução..........................................................................................................................2
Malária...............................................................................................................................3
Transmissão da malária.....................................................................................................3
Tipos de malária................................................................................................................3
Sintomas e complicações da malária.................................................................................4
Malária falciparum............................................................................................................5
Diagnóstico de malária......................................................................................................6
Tratamento da malária.......................................................................................................7
Malária por Plasmodium falciparum.................................................................................8
Malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale........................................................9
Malária por outras espécies.............................................................................................10
Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária................................................10
Prevenção da malária.......................................................................................................11
Medicamentos para prevenção da malária......................................................................12
Entrevista.........................................................................................................................15
Conclusão........................................................................................................................16
Referências......................................................................................................................17

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Introdução
A malária é uma infecção dos glóbulos vermelhos do sangue causada por uma de cinco
espécies de protozoários Plasmodium. A malária causa febre, calafrios, sudorese,
sensação de indisposição geral (mal-estar) e, às vezes, diarreia, dor abdominal,
dificuldade respiratória, confusão e convulsões. Outros achados incluem aumento do
baço, anemia (devido à decomposição dos glóbulos vermelhos do sangue infectados) e,
às vezes, danos ao coração, cérebro, pulmões ou rins.

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Malária
A malária é uma infecção por protozoários que se propaga pela picada de um mosquito
fêmea infectado.

Transmissão da malária
O ciclo de vida do parasita da malária começa quando um mosquito fêmea pica uma
pessoa com malária. O mosquito ingere sangue que contém células reprodutoras dos
parasitas. Uma vez dentro do mosquito, o parasita se reproduz, se desenvolve e migra
para as suas glândulas salivares do mosquito.

Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas juntamente com a sua saliva.
Dentro da pessoa recém-infectada, os parasitas se movem para o fígado, onde se
multiplicam novamente. Eles geralmente maturam uma média de 1 a 3 semanas, depois
saem do fígado e invadem os glóbulos vermelhos do sangue da pessoa. Os parasitas se
multiplicam novamente dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, causando a ruptura
das células infectadas, liberando os parasitas para invadirem outros glóbulos vermelhos.

Muito raramente, a doença é transmitida de uma mãe infectada para o seu feto, por
transfusão de sangue contaminado, por transplante de um órgão contaminado ou por
injeção com uma agulha previamente utilizada por uma pessoa com malária.

Tipos de malária
Cinco espécies de parasitas da malária podem infectar as pessoas:

 Plasmodium falciparum

 Plasmodium vivax

 Plasmodium ovale

 Plasmodium malariae

 Plasmodium knowlesi (raramente)

Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum são os tipos mais comuns de parasitas


causadores da malária. O maior número de mortes é causado por Plasmodium
falciparum.

O Plasmodium vivax e o Plasmodium ovale podem permanecer no fígado em estado


latente (hipnozoítos) e, periodicamente, liberar parasitas maduros para a corrente

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sanguínea, provocando crises recorrentes. A forma inativa não é destruída por muitos
medicamentos contra a malária.

O Plasmodium falciparum e o Plasmodium malariae não permanecem no fígado. No


entanto, as formas maduras de Plasmodium malariae podem persistir na corrente
sanguínea durante meses ou mesmo anos, antes de provocarem sintomas.

O Plasmodium knowlesi, que infecta principalmente macacos, também causa a malária


em seres humanos. Ocorre principalmente em homens que vivem perto ou trabalham em
áreas de floresta da Malásia e de outras áreas do sudeste asiático.

Sintomas e complicações da malária


Após um mosquito infectado picar uma pessoa, os sintomas da malária geralmente
aparecem dentro de sete a trinta dias, mas eles podem não ocorrer até meses ou até
mesmo anos mais tarde.

O estágio inicial de todas as formas de malária inclui:

 Febre e calafrios com tremores (rigores)

 Uma sensação de indisposição geral (mal-estar), dor de cabeça, dores no corpo e


fadiga

 Anemia

 Baço aumentado

Quando os glóbulos vermelhos do sangue infectados se rompem e liberam parasitas, a


pessoa geralmente manifesta calafrios com tremores, seguidos de febre que pode atingir
os 41 °C. Cansaço, vago desconforto (mal-estar), dor de cabeça, dores corporais e enjoo
são comuns. A febre geralmente cai ao fim de algumas horas, e logo ocorre uma
transpiração profusa e cansaço extremo. As febres ocorrem de modo imprevisível a
princípio, mas com o tempo se tornam periódicas. As febres periódicas vão e vêm em
intervalos regulares. As febres tendem a ocorrer em intervalos de 48 horas
com Plasmodium vivax e Plasmodium ovale e de 72 horas com Plasmodium malariae.
As febres causadas por Plasmodium falciparum não são, normalmente, periódicas, mas
algumas vezes ocorrem em intervalos de 48 horas.

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À medida que a infecção avança, o baço aumenta e a anemia se torna grave. Pode haver
o desenvolvimento de icterícia.

Malária falciparum
Esta infecção, causada por Plasmodium falciparum, é a forma mais perigosa de malária
e pode ser fatal sem tratamento. Na malária falciparum, os glóbulos vermelhos do
sangue infectados agarram-se às paredes dos pequenos vasos sanguíneos, causando a
sua obstrução e resultando na lesão de vários órgãos, especialmente do cérebro (malária
cerebral), pulmões, rins e trato gastrointestinal.

Na malária falciparum, pode ocorrer um acúmulo de líquido nos pulmões e problemas


respiratórios graves (síndrome do desconforto respiratório agudo). O dano a vários
órgãos internos pode causar uma queda na pressão arterial, às vezes resultando
em choque. Outros sintomas da malária falciparum incluem diarreia, icterícia
e insuficiência renal. O nível de açúcar (glicose) no sangue pode cair (o que é conhecido
como hipoglicemia). O nível de açúcar no sangue pode cair a ponto de trazer risco à
vida em pessoas que têm um grande número de parasitas no sangue.

A malária cerebral é uma complicação particularmente perigosa da malária falciparum


que pode causar febre alta, dor de cabeça, sonolência, delírio, confusão, convulsões e
coma. Em geral, afeta bebês, crianças pequenas, mulheres grávidas, pessoas que nunca
foram expostas à malária e turistas que viajam para áreas de alto risco.

A febre hemoglobinúrica é uma complicação incomum da malária falciparum. Ela é


causada pela ruptura de um grande número de glóbulos vermelhos do sangue, liberando,
assim, o conteúdo de células do sangue, incluindo hemoglobina, na corrente sanguínea.
A hemoglobina liberada é expelida pela urina e escurece a sua cor. A lesão do rim pode
ser grave o suficiente para requerer diálise. A febre hemoglobinúrica é mais provável de
se desenvolver em pessoas que tomaram quinino como tratamento.

Se mulheres grávidas contraírem malária, o bebê poderá nascer com peso baixo ou ser
infectado. Além disso, essas mulheres ficam mais propensas a sofrer aborto ou parto de
natimorto.

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Diagnóstico de malária
 Um exame de sangue diagnóstico rápido

 Exame de uma amostra de sangue ao microscópio

O médico suspeita de malária quando uma pessoa desenvolve febre e outros sintomas
característicos durante ou após uma viagem para uma área onde a malária está presente.
Há desenvolvimento de uma febre periódica em menos da metade dos viajantes
americanos com malária, mas, quando presente, sugere o diagnóstico de malária.

A malária é diagnosticada quando os parasitas Plasmodium são detectados por

 Um exame de sangue diagnóstico rápido que detecta proteínas liberadas por


parasitas da malária (para esse teste, uma amostra de sangue e determinadas
substâncias químicas são colocadas sobre um cartão de teste e, depois de cerca
de vinte minutos, surgem faixas específicas no cartão se a pessoa tiver malária)

 Exame microscópico de uma amostra de sangue

Deve-se fazer ambos os testes quando possível. Quando os médicos não visualizam os
parasitas da malária durante o exame microscópico, mas ainda assim suspeitam de
malária, eles coletam mais amostras de sangue a cada 4 a 6 horas para investigar se há
parasitas.

Os laboratórios tentam identificar a espécie de Plasmodium, porque o tratamento, as


complicações e o prognóstico variam dependendo da espécie envolvida. O exame de
sangue diagnóstico rápido consegue detectar malária por Plasmodium falciparum de
forma tão eficaz quanto o exame microscópico, mas não é tão confiável para detectar
outras espécies de Plasmodium e não identifica pessoas que foram simultaneamente
infectadas por mais de um tipo de malária. É por isso que, se disponíveis, tanto o exame
diagnóstico rápido quanto o exame microscópico de sangue devem ser feitos.

Havendo suspeita de infecção por Plasmodium falciparum, é necessário realizar a


avaliação e o tratamento imediatos.

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Tratamento da malária
 Medicamentos para tratar a malária

Depois de começar o tratamento da malária, a maioria das pessoas melhora dentro de 24


a 48 horas, mas no caso de malária por Plasmodium falciparum, a febre pode persistir
durante cinco dias.

Para o tratamento da malária aguda, a escolha do medicamento baseia-se em:

 Os sintomas da pessoa

 Espécie infectante de Plasmodium

 Probabilidade de que o parasita seja resistente

O parasita ter probabilidade de ser resistente varia com:

 A espécie de Plasmodium

 A localização geográfica em que as pessoas foram infectadas

O regime de tratamento baseia-se nos resultados dos exames diagnósticos e no local da


exposição. No entanto, se os médicos suspeitarem seriamente de malária, eles poderão
tratar as pessoas para malária mesmo se os resultados dos exames não confirmarem o
diagnóstico, pois os exames não detectam todos os casos e, se não for tratada, a malária
pode trazer risco à vida. Os médicos medem o nível de açúcar (glicose) no sangue da
pessoa, particularmente na malária falciparum, e administram glicose se o nível cair
abaixo do normal.

Como a malária traz um risco potencial à vida, as pessoas são tratadas imediatamente. A
maioria dos casos de malária pode ser tratada com medicamentos orais. Em pessoas que
não podem tomar medicamentos por via oral, o artesunato pode ser administrado por via
intravenosa. A malária grave (consulte os Centros de Controle e Prevenção de Doenças
[CDC]: malária grave para ver os critérios) requer tratamento urgente, de preferência
com artesunato administrado por via intravenosa. Quando o artesunato não estiver
disponível de imediato, inicia-se o tratamento oral temporário com arteméter-
lumefantrina, atovaquona-proguanil, sulfato de quinina (combinado com doxiciclina ou
clindamicina por via intravenosa) ou, se nada mais estiver disponível, mefloquina por

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via oral ou comprimidos esmagados administrados por meio de um tubo de alimentação
em pessoas que não puderem tomar medicamentos por via oral.

Em algumas regiões onde a malária é comum, os medicamentos antimaláricos vendidos


por farmácias locais podem ser falsificados. Assim, os médicos podem aconselhar os
viajantes que rumam para áreas distantes, de alto risco, a levar consigo um ciclo
completo de medicamentos antimaláricos adequados. Esses medicamentos devem ser
usados se um médico local confirmar que o viajante tem malária. Essa estratégia garante
a utilização de medicamentos eficazes e evita a depleção da disponibilidade limitada de
medicamentos no país que está sendo visitado.

Malária por Plasmodium falciparum


Os tratamentos comumente usados que são tomados por via oral incluem

 Arteméter-lumefantrina

 Atovaquona-proguanil para malária sem complicações

Os medicamentos que foram desenvolvidos a partir de artemisinina (como arteméter e


artesunato) agora são usados no mundo inteiro para tratar malária por Plasmodium
falciparum ou por outras espécies de Plasmodium. A artemisinina é derivada de uma
erva medicinal chinesa chamada qinghaosu, originária da planta do absinto doce.
Alguns medicamentos com artemisinina são dados por via oral, por injeção ou por
supositório. Nenhum permanece no corpo por tempo suficiente para ser usado na
prevenção da malária. No entanto, esses medicamentos são úteis para o tratamento, pois
agem mais rapidamente que outros antimaláricos e são geralmente bem tolerados. Eles
são administrados com um segundo medicamento para evitar o desenvolvimento de
resistência a medicamentos. Uma dessas combinações de medicamentos é arteméter e
lumefantrina (administrados em um só comprimido). Esta combinação é usada no
mundo todo e é o tratamento preferencial nos Estados Unidos. Quando a terapia
intravenosa é necessária para malária grave ou para as pessoas que são incapazes de
tomar medicamentos por via oral, artesunato é o tratamento de preferência até que a
terapia oral possa ser iniciada.

Quando não houver complicações, a malária por Plasmodium falciparum poderá ser
tratada com a combinação de atovaquona e proguanil.

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A cloroquina é uma opção para a malária causada pelo Plasmodium falciparum no
Haiti, República Dominicana, América Central a oeste e a norte do Canal do Panamá e
em algumas partes do Oriente Médio. No entanto, a resistência à cloroquina está agora
disseminada entre P. falciparum em outras partes do mundo.

A quinina combinada com o antibiótico doxiciclina ou às vezes com clindamicina já foi


amplamente usada, mas os medicamentos arteméter-lumefantrina e atovaquona-
proguanil têm menos efeitos colaterais. Essas combinações de medicamentos
substituíram em grande parte os tratamentos que envolvem quinino.

A mefloquina administrada em doses mais altas que as recomendadas para a prevenção


é uma alternativa, mas ela é usada somente quando não houver outras opções
disponíveis, devido aos seus efeitos psiquiátricos e outros efeitos colaterais
potencialmente graves. Além disso, atualmente a resistência está amplamente
disseminada no sudeste asiático e em algumas outras áreas.

Devido ao risco de progressão para doença grave em pacientes com infecção


pelo Plasmodium falciparum, as pessoas são hospitalizadas para serem monitoradas até
que os sintomas melhorem e a densidade de parasitas diminua.

Malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale


A cloroquina (ou hidroxicloroquina) continua a ser uma escolha eficaz para infecções
pelo P. vivax e P. ovale, exceto para infecções pelo P. vivax contraídas em países com
alta prevalência de P. vivax resistente à cloroquina (consulte os Centros de Controle e
Prevenção de Doenças [CDC]: Tratamento da malária). Nessas áreas, as pessoas são
tratadas com arteméter-lumefantrina ou atovaquona-proguanil.

A primaquina tomada diariamente por catorze dias, ou tafenoquina tomada como uma
única dose em adultos (16 anos de idade ou mais), é administrada ao término do
tratamento para prevenir ataques recorrentes de malária. Ambos os medicamentos
matam parasitas persistentes no fígado. Antes de serem iniciados, é feito um exame de
sangue para verificar se há deficiência de G6PD. Em pessoas com deficiência desta
enzima, tanto a primaquina quanto a tafenoquina causam a ruptura dos glóbulos
vermelhos do sangue e não podem ser usadas.

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Malária por outras espécies
Plasmodium malariae e Plasmodium knowlesi são suscetíveis à cloroquina. Os
medicamentos e as combinações de medicamentos usados para tratar a malária
por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina também são eficazes no tratamento
de malária por essas espécies. Elas não têm parasitas persistentes no fígado.

Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária


Medicamentos à base de artemisinina (como arteméter e artesunato) às vezes têm
efeitos colaterais, os quais incluem dores de cabeça, perda de apetite, tontura e fraqueza.
Quando a combinação de arteméter-lumefantrina é usada, a lumefantrina pode interagir
com outros medicamentos causando, às vezes, um ritmo cardíaco anormal. Portanto, as
pessoas devem lembrar-se de informar seus médicos de todos os medicamentos que
estejam tomando para que se possa evitar interações medicamentosas. A ruptura de
glóbulos vermelhos e anemia podem ocorrer nas semanas seguintes à administração de
artesunato e, ocasionalmente, outras artemisininas. Os medicamentos à base de
artemisinina são administrados a mulheres grávidas somente se não houver nenhuma
outra alternativa e se o possível benefício superar os possíveis riscos para o feto.

A atovaquona-proguanil costuma ser bem tolerada, mas ocasionalmente causa uma


erupção cutânea alérgica ou sintomas intestinais. Ela é administrada a mulheres que
estão grávidas ou amamentando somente se não houver nenhuma outra alternativa e se o
possível benefício superar os possíveis riscos para o feto.

A cloroquina é relativamente segura para uso em adultos, crianças e mulheres grávidas


quando usada nas doses recomendadas. Possui um gosto amargo e pode causar coceira e
sintomas intestinais, como dor abdominal, perda de apetite, enjoo e diarreia. O
medicamento deve ser mantido longe de crianças porque superdosagens podem ser
fatais. A hidroxicloroquina, um medicamento quimicamente semelhante que tem
atividade anti-inflamatória e é usado principalmente para tratar lúpus e artrite
reumatoide, também tem atividade antimalárica. Seus efeitos colaterais são semelhantes
aos da cloroquina.

A doxiciclina pode causar sintomas intestinais, infecções vaginais por levedura em


mulheres, e sensibilidade à luz solar, resultando em uma reação do tipo queimadura de
sol em um pequeno percentual de pessoas. As pessoas devem tomá-la com um copo
cheio de líquido e não deitar durante várias horas para assegurar que o medicamento
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chegou no estômago. Se o medicamento não chegar ao estômago, ele pode irritar o
esôfago e provocar uma grave dor no peito. Como a doxiciclina pode manchar
permanentemente os dentes de crianças pequenas e fetos, ela não deve ser dada a
crianças com menos de 8 anos de idade nem tomada por mulheres grávidas.

A mefloquina causa sonhos vívidos e insônia. Ela também pode causar efeitos
colaterais psicológicos graves e convulsões em pessoas com um distúrbio convulsivo
(epilepsia) e afetar o coração. Assim, a mefloquina é evitada em pessoas com
diagnóstico confirmado de distúrbio convulsivo, problemas psiquiátricos ou distúrbio
cardíaco. As pessoas que estão tomando o medicamento recebem informações por
escrito sobre os efeitos colaterais.

O quinino causa frequentemente dor de cabeça, enjoo, vômito, problemas visuais e


zumbido nos ouvidos. Essa combinação de sintomas é chamada cinchonismo.
O quinino também pode causar níveis baixos de glicose em pessoas infectadas
com Plasmodium falciparum.

Medicamentos antimaláricos podem fazer mal ao feto. Assim, deve-se consultar um


especialista quando uma mulher grávida for tratada.

Prevenção da malária
A prevenção envolve

 Controlar os mosquitos

 Evitar picadas de mosquitos

 Tomar medicamentos preventivos (profilaxia contra malária)

As medidas de controle de mosquitos, que incluem eliminação das áreas de reprodução


e destruição das larvas em águas paradas onde vivem, são muito importantes.

Além disso, as pessoas que vivem ou viajam para áreas onde a malária é prevalecente
podem tomar precauções para limitar a exposição do mosquito:

 Usar inseticida (permetrina ou piretrina) em spray nas casas e no lado de fora


das casas.

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 Colocar telas em portas e janelas

 Usar mosquiteiros tratados com inseticida sobre as camas

 Aplicar repelentes de mosquito contendo DEET (dietiltoluamida) em áreas


expostas da pele

 Usar calças compridas e camisas de manga comprida, principalmente entre o


anoitecer e o amanhecer, para proteção contra as picadas do mosquito

 Se a exposição a mosquitos for provavelmente longa ou envolver muitos


mosquitos, aplicar permetrina nas roupas antes de usá-las

Tratar vestuário e equipamentos com produtos contendo permetrina ajuda.


A permetrina continua a conferir proteção depois de várias lavagens. Existem roupas
pré-tratadas com permetrina disponíveis e elas podem proteger mesmo depois de muitos
ciclos de lavagem.

Pessoas que planejam usar repelentes que contenham DEET devem ser instruídas a

 Aplicar os repelentes somente na pele exposta conforme as instruções do rótulo,


e usá-los em pequena quantidade ao redor dos olhos (eles não devem ser
aplicados nem pulverizados nos olhos ou na boca).

 Lavar as mãos após a aplicação.

 Não permitir que crianças manuseiem repelentes (os adultos devem aplicar os
repelentes nas próprias mãos primeiro, depois espalhá-los na pele da criança).

 Aplicar somente a quantidade suficiente de repelente para cobrir a área exposta.

 Lavar o repelente para retirá-lo depois de voltar para dentro.

 Lavar as roupas antes de usá-las novamente, salvo indicado em contrário no


rótulo do produto.

Medicamentos para prevenção da malária


Medicamentos devem ser tomados para prevenção da malária em viagens para áreas
onde ela esteja presente. O medicamento preventivo é iniciado antes de começar a
viagem, continuado pelo tempo de estada e prolongado por um tempo (que varia para

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cada medicamento) depois que a pessoa sair da área. Os medicamentos preventivos
reduzem, mas não eliminam o risco de malária. Para evitar (e tratar) a malária, utilizam-
se vários medicamentos.

A resistência a medicamentos é um problema sério, particularmente com o


perigoso Plasmodium falciparum e, em algumas regiões do mundo, com Plasmodium
vivax. Desse modo, para prevenção, a escolha do medicamento varia de acordo com a
localização geográfica. Há informações disponíveis sobre viagem a locais específicos
nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC: Malária e
viajantes e Informações e profilaxia contra a malária, por país).

Os medicamentos que são usados mais frequentemente na prevenção da malária são

 A combinação de atovaquona e proguanil (em um só comprimido)

 Doxiciclina

A eficácia desses dois tratamentos é semelhante, mas eles variam em relação aos efeitos
colaterais. A atovaquona associada a proguanil costuma ser mais bem tolerada do que a
doxiciclina (consulte Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária).

A atovaquona-proguanil, administrada em um comprimido, é tomada diariamente a


partir de um a dois dias antes de uma viagem. As pessoas continuam a tomar o
medicamento enquanto permanecerem em uma área onde se sabe que ocorre malária e
por sete dias após saírem da área. Trata-se do medicamento mais bem tolerado, mas
pode ter efeitos colaterais. Ela não é administrada a mulheres que estão grávidas ou
amamentando nem a crianças que pesam menos que cinco quilos. Ela não previne
ataques recorrentes de malária causados por Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale.

A doxiciclina é tomada diariamente a partir de um a dois dias antes de uma viagem para
uma região endêmica. As pessoas continuam a tomar o medicamento diariamente
enquanto permanecerem em uma área onde se sabe que ocorre malária e por quatro
semanas após deixarem a área. Ele é geralmente bem tolerado mas tem efeitos
colaterais. A doxiciclina não é administrada a mulheres que estejam grávidas ou
amamentando ou a crianças com menos de 8 anos de idade. Ela não previne ataques
recorrentes de malária causados por Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale.

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Outras opções de medicamentos para prevenir a malária incluem cloroquina,
hidroxicloroquina, mefloquina, primaquina e tafenoquina.

A cloroquina é tomada uma vez por semana a partir de uma ou duas semanas antes de
uma viagem. As pessoas continuam a tomar o medicamento semanalmente durante sua
permanência e por quatro semanas depois de saírem da área. A cloroquina é usada para
prevenir a malária nas poucas partes do mundo onde as espécies de Plasmodium não
desenvolveram resistência a ela. A cloroquina é o único medicamento preventivo que
pode ser tomado com segurança por mulheres grávidas. Assim, os médicos aconselham
as mulheres grávidas a não viajarem para áreas em que as espécies
de Plasmodium sejam resistentes à cloroquina.

A hidroxicloroquina, também usada para tratar certas doenças autoimunes, é eficaz


contra as mesmas espécies de Plasmodium que a cloroquina.

A mefloquina é tomada uma vez por semana, começando duas semanas antes da
viagem. As pessoas continuam a tomar o medicamento durante sua permanência e por
quatro semanas depois de saírem da área. A mefloquina é eficaz para a prevenção em
muitas áreas, mas é raramente usada, pois pode causar graves efeitos psiquiátricos e
outros efeitos colaterais. Também é ineficaz ou menos eficaz para a prevenção
de Plasmodium falciparum no sudeste asiático e, ocasionalmente, em outras regiões.

A primaquina é outra alternativa para a prevenção, principalmente para pessoas que


viajam para áreas em que a malária é decorrente principalmente do Plasmodium vivax.
Porém, antes de as pessoas iniciarem o medicamento, elas precisam fazer um exame de
sangue para verificar se têm uma deficiência enzimática relativamente comum chamada
deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) (consulte a tabela Mais sobre as
causas da anemia ). As pessoas com esta deficiência não devem tomar primaquina, pois
o medicamento pode causar a ruptura dos glóbulos vermelhos do sangue.
A primaquina é administrada uma vez ao dia a partir de um a dois dias antes da viagem.
As pessoas continuam a tomá-la diariamente durante sua permanência e por sete dias
depois de saírem da área. A primaquina tomada diariamente por 14 dias também é usada
para prevenir ataques recorrentes de malária em viajantes que estão tomando outros
medicamentos antimaláricos (como doxiciclina ou atovaquona-proguanil) e que tenham
tido exposição significativa a Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale.

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A tafenoquina é uma alternativa para prevenção da malária para pessoas (18 anos de
idade ou mais) que viajam para qualquer área onde a malária é comum. Porém, da
mesma forma que ocorre com a primaquina, antes de as pessoas iniciarem o
medicamento, elas precisam fazer um exame de sangue para verificar se têm uma
deficiência enzimática relativamente comum chamada deficiência de glicose-6-fosfato
desidrogenase (G6PD). As pessoas com esta deficiência não devem tomar tafenoquina,
pois o medicamento pode causar rompimento de seus glóbulos vermelhos.
A tafenoquina é tomada uma vez por dia durante 3 dias antes da viagem. As pessoas
continuam a tomá-la a cada sete dias durante a internação e uma vez após o seu regres-
so, sete dias após a última dose tomada durante a viagem. Uma dose única
de tafenoquina é usada para prevenir ataques recorrentes de malária em viajantes que
estão tomando outros medicamentos antimaláricos (como doxiciclina ou atovaquona-
proguanil) que tenham tido exposição significativa a Plasmodium vivax ou Plasmodium
ovale.

Entrevista
Jornalista: Como se propaga a malaria?

Medico: Geralmente, a malária propaga-se pela picada de mosquito fêmea infectado.

Jornalista: Quais são os sintomas da malaria?

Medico: As pessoas têm calafrios com tremores, seguidos de febre, e podem ter dor de
cabeça, dores no corpo, enjoo e podem sentir cansaço.

Um tipo de malária causa sérios sintomas, como delírio, confusão, convulsões, coma,
problemas graves de respiração, insuficiência renal, diarreia e, por vezes, morte.

Jornalista: Como faz-se o diagnostico da malaria?

Medico: Os médicos fazem o diagnóstico da infecção através da identificação dos


protozoários (organismos infecciosos unicelulares) em uma amostra de sangue ou
realizando outros exames de sangue, ou ambos.

Jornalista: Como podemos prevenir a malaria?

Medico: Diversos medicamentos antimaláricos são usados para tratar e prevenir a


infecção (o medicamento usado depende da espécie de malária que está causando a
infecção, da probabilidade de resistência ao medicamento na área em que a infecção foi
contraída e dos efeitos colaterais e custo do medicamento).

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A eliminação de áreas de criação de mosquitos, a destruição de larvas em água parada, a
prevenção de picadas de mosquito e a ingestão de medicamentos preventivos antes de
viajar para áreas afetadas podem ajudar a prevenir a malária

Jornalista: Existem vacinas para o combate da malaria?

Medico: Uma vacina contra malária para crianças está disponível na África Subsaariana
e em outras áreas com altas taxas de transmissão.

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Conclusão
Malária é uma infecção causada por quaisquer das quatro espécies de Plasmodium. Os
sinais e sintomas incluem febre (que pode ser periódica), arrepios, calafrios, sudorese,
diarreia, dor abdominal, desconforto respiratório, confusão mental, convulsões, anemia
hemolítica, esplenomegalia e anormalidades renais. O diagnóstico é feito pela
identificação do Plasmodium em lâmina de sangue periférico e em testes diagnósticos
rápidos. O tratamento e a profilaxia dependem da espécie de Plasmodium, sensibilidade
a fármacos e condição clínica do paciente. Os esquemas de tratamento para doença
aguda incluem terapia de combinação contendo artemisinina, o esquema de ação mais
rápida, a combinação fixa de atovaquona e proguanil e, menos comumente, cloroquina,
quinina ou mefloquina.

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Referências

Caraballo H, King K (maio de 2014). "Gerenciamento do departamento de emergência


de doenças transmitidas por mosquitos: malária, dengue e vírus do Nilo
Ocidental" . Prática de Medicina de Emergência .

Dahalan FA, Churcher TS, Windbichler N, Lawniczak MK (novembro de 2019). “A


contribuição do mosquito macho para a transmissão da malária: o acasalamento
influencia o transcriptoma do intestino médio das fêmeas de Anopheles e aumenta a
suscetibilidade das fêmeas aos parasitas da malária humana.

Basu S, Sahi PK (julho de 2017). "Malária: uma atualização". Jornal Indiano de


Pediatria .

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