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MINISTÉRIO DA SAÚDE
HOSPITAL AMÉRICO BOAVIDA
Pré-projecto
Orientador:
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Prof. Mateus Adolfo Quisseque. Enf
1. INTRODUÇÃO
As queimaduras são definidas como lesões traumáticas que acontecem na pele, sendo
ocasionadas por algum agente externo. Esses agentes podem ser térmico, químico, elétrico ou
radioativo e podem destruir parcialmente ou totalmente a pele e seus tecidos adjacentes. As
queimaduras são divididas em grau: primeiro, segundo e terceiro. Quando são de primeiro grau,
ocorrem lesões superficiais e atingem a epiderme. As de segundo grau são lesões que causam
danos na epiderme e parte da derme. Já as de terceiro grau, causa destruição da epiderme e
derme, podendo atingir o tecido subcutâneo, tendões, ligamentos, músculos e ossos (SILVA,
2022).
As queimaduras são um problema de saúde pública global, sendo responsáveis por cerca
de 180.000 mortes anualmente, com maior ocorrência em países de baixa e média renda e quase
dois terços nas regiões da África, Ásia e América Latina (Silva, et al., 2021).
Por esta razão, decidi fazer um estudo para saber os conhecimentos, atitudes e práticas
dos enfermeiros sobre os cuidados da enfermagem ao paciente com queimaduras do quarto
grau.
OBJECTIVOS
Geral
Específicos
Segundo a SBQ, queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes,
por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do
corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir
camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos. As
queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente
mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida (SBQ, 2017 apud MOCELIN,
2018, p. 21)
Mélega (2002) relata que a historia das queimaduras acompanha o homem desde os
tempos mais remotos. Com o controle e uso disseminado do fogo em todas as culturas, mesmo
as mais primitivas, os acidentes em decorrência de seu uso passaram a ser cada vez mais
numerosos. Segundo o autor, a incidência de queimaduras aumentou à medida que as
civilizações evoluíram e queimaduras produzidas por calor e frio somaram-se às químicas e,
mais recentemente, às causadas por radiações ionizantes.(MÉLEGA, 2002).
Existem relatos datados de 1500 a.C., de vários pensadores, dentre eles Celsus, Galeno,
Aristóteles e Fere, sobre as técnicas de tratamento das queimaduras. Também, por volta do
século XVIII, H. Earle preconizava o uso de água gelada para minimizar a dor e edema. Na
mesma época, Marjolin, descreve a transformação maligna em úlceras crônicas de seqüela de
queimaduras, e hoje, as mesmas são conhecidas como úlceras de Marjolin. Colocar a pagina se
for de um livro ou artigo pdf se for de um site o mesmo deve aparcer na referencia Bibliografica
Na segunda metade do século XIX, a medicina se ateve para as áreas não queimadas,
reconhecendo o caráter abrangente da queimadura e sua repercussão nos outros órgaos. Assim,
Baraduc reportou hemoconcentração nos queimados e, na virada desse século, os autores
italianos Tomasoli e Bacelli já começavam a usar soluções salinas sobre as lesões. Colocar a
pagina se for de um livro ou artigo pdf se for de um site o mesmo deve aparcer na referencia
Bibliografica
O número de queimaduras fatais aumentou de 280.000 em 1990 para 338.000 em 2010. Cerca
de 60% das queimaduras fatais ocorrem no sudeste asiático, a uma taxa de 11,6 por 100.000
habitantes. Na generalidade dos países desenvolvidos, a mortalidade entre os homens é o dobro
da das mulheres. Este facto deve-se provavelmente ao maior risco das profissões masculinas e
de atividades onde o risco é maior. No entanto, em alguns países desenvolvidos o risco é duas
vezes superior entre as mulheres, o que está muitas vezes associado a acidentes na cozinha ou
violência doméstica. Em crianças, a taxa de morte por queimaduras é dez vezes superior em
países desenvolvidos do que em vias de desenvolvimento.
Fig. 1 - Esperança de vida corrigida pela incapacidade para incêndios por 100 000
habitantes em 2004.
2.5. Tratamento
Uma vez que as queimaduras podem ser bastante dolorosas, estão disponíveis
uma série de opções para a gestão da dor, desde simples analgésicos, como o
ibuprofeno ou o paracetamol, até opiáceos, como a morfina. Podem ser
administradas benzodiazepinas em conjunto com os analgésicos para o tratamento da
ansiedade. Durante o tratamento, a comichão pode ser aliviada com recurso a anti-
histamínicos, massagens ou neuroestimulação elétrica transcutânea. No entanto,
os anti-histamínicos só são eficazes em 20% das pessoas. Existem algumas
evidências que apoiam a utilização de gabapentina em pessoas que não melhoram
com anti-histamínicos. A lidocaína intravenosa requer mais estudos antes de poder
ser recomendada para a dor.
Em pessoas com queimaduras extensas (>60% do corpo), é recomendada a
administração intravenosa de antibióticos antes de uma eventual cirurgia. À data de
2008, as orientações não recomendavam a sua administração generalizada devido a
preocupações com a resistência antibiótica e ao aumento do risco de infeções
fúngicas. No entanto, algumas evidências sugerem que podem aumentar a taxa de
sobrevivência em pacientes com queimaduras graves e extensas.
A eritropoietina não demonstrou ser eficaz no tratamento ou prevenção de
anemia em pessoas com queimaduras. Em queimaduras provocadas por ácido
fluorídrico, o antídoto específico é o gluconato de cálcio e pode ser usado de forma
intravenosa ou tópica. Em pessoas com queimaduras em mais de 40% do corpo, a
hormona do crescimento recombinante (rhGH) aparenta acelerar a cicatrização sem
afetar o risco de morte.
3.5.4 Cirurgia
As feridas abertas que necessitem de ser fechadas com enxertos de pele devem ser tratadas o
mais cedo possível. As queimaduras circunferenciais dos membros ou do tórax podem
necessitar de escarotomia urgente, de modo a tratar ou prevenir problemas circulatórios ou
respiratórios. No entanto, ainda não existem evidências de que seja útil em queimaduras do
pescoço ou dos dedos. Nas queimaduras elétricas pode ser necessário recorrer a fasciotomia.
3.5.5 Medicina Alternativa
Desde a Antiguidade que o mel é usado no tratamento de feridas e a sua aplicação pode ser
benéfica em queimaduras de primeiro e segundo grau. Por outro lado, as evidências para a
eficácia da aloe vera são de pouca qualidade. Embora possa ter alguma eficácia na diminuição
da dor e um estudo de revisão de 2007 tenha encontrado algumas evidências na melhoria do
tempo de cicatrização, um estudo de revisão posterior, de 2012, não verificou que a cicatrização
fosse superior à sulfadiazina de prata. Colocar a pagina se for de um livro ou artigo pdf se for
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A manteiga não é recomendada. Existem poucas evidências de que a vitamina E possa ser
benéfica na prevenção de queloides ou cicatrizes. Em países em vias de desenvolvimento,
cerca de um terço das queimaduras são tratadas com recurso a medicina tradicional, na qual
se inclui a aplicação de ovos, lama, folhas ou estrume de vaca. Existem uma série de outros
métodos que podem ser usados, para além da medicação, para reduzir a ansiedade, entre os
quais a terapia de realidade virtual, hipnose e abordagens comportamentais, como técnicas
de distração. Tirar o negrito nos paragrafos manter apenas nos subtitulos