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Monitorização

Hemodinâmica Não-Invasiva
e Invasiva
Paciente em estado grave ou estado crítico: é o paciente
com risco de descompensação ou aquele fisiologicamente
instável, necessitando de constante vigilância e titulação
contínua do tratamento, de acordo com a evolução da sua
doença.

Na prática da assistência de enfermagem aos pacientes


críticos, os profissionais envolvidos têm de exercer uma
vigilância constante das funções vitais do paciente e durante
esta tarefa utilizam equipamentos e exames que permitem
monitorizar a função de diferentes órgãos.
Estável hemodinamicamente: pacientes com seu estado
hemodinâmico adequado ou perto da adequação, sem uso de drogas
vasoativas ou de qualquer outra forma de suporte ventilatório;

Compensado hemodinamicamente mas com risco de


descompensação: pacientes com seu estado hemodinâmico
adequado ou perto da adequação, mas em uso de drogas vasoativas
ou de qualquer outra forma de suporte ventilatório;

Instáveis hemodinamicamente: pacientes com seu estado


hemodinâmico inadequado (nitidamente anormal e não corrigido) e
dependente de drogas vasoativas em doses altas ou crescentes ou
de qualquer outra forma de suporte ventilatório;
Por que monitorizar o paciente ?

Amonitorização de funções vitais é uma das mais


importantes e essenciais ferramentas no tratamento
de pacientes críticos.
Hoje, é possível detectar e analisar uma grande
variedade de sinais fisiológicos através de diferentes
técnicas, de monitorização invasivas e não-invasivas.
Monitorização Não-Invasiva
Frequência cardíaca (FC);
Eletrocardiograma (ECG/traçado)
contínuo;
Saturação de O2(oxímetro de pulso);
Frequência respiratória;
Pressão arterial não invasiva;
Temperatura;
Frequência Cardíaca(FC)
Atentarpara posicionamento dos eletrodos observando
diferença no traçado de ECG na tela do monitor;
Se
necessário realizar tricotomia no tórax de pacientes
masculinos para colocação de eletrodos;
Entre 60 e 100 bpm – normocardia;
Acima de 100bpm- taquicardia;
Abaixo de 60bpm- bradicardia;
Monitorização Cardíaca

É um aparelho que capta os sinais elétricos do coração, transformando-os em


forma de traçado continuo em sua tela.
Possui um sinal de alerta para avisar quando os parâmetros de frequência
cardíaca fogem dos limites de normalidade, um dispositivo de congelamento
de imagem para observações de alguma alteração com mais detalhes.
É ligado ao paciente através de um cabo que pode ser 3 ou 5 entradas para
eletrodos, que são capazes de captar em nível cutâneo superficial os sinais
elétricos gerados no coração.
Devem ser ajustados na pele longe de proeminências ósseas e quando o
excesso de pelos ou oleosidade da pele impede o bom contato do eletrodo,
devendo-se proceder à limpeza da pele.
ELETRODO
Eletrocardiograma

Esse exame tem o objetivo de registrar a atividade elétrica do coração. É


utilizado como diagnostico de arritmias, isquemias, alterações fibrinolíticas e
farmacológicas. Os pacientes graves deverão ser submetidos à monitorização
contínua do eletrocardiograma para detecção das complicações.
Os eletrodos são adesivos para serem colocados sobre o tórax e representam
as derivações precordiais; e dos membros, as derivações periféricas. São
conectados ao monitor por cabos. O registro eletrocardiógrafo contém 12
derivações.
O eletrocardiógrafo é um aparelho elétrico que permite registrar a atividade
elétrica do coração em papel milimétrico, onde a magnitude horizontal
representa velocidade ou tempo e a vertical representa a voltagem.
.
Eletrocardiograma

O ideal é ser realizado até 10


minutos de chegada do paciente
com dor torácica em um setor de
emergência ou Pronto-Socorro.
Mesmo não dando alterações o ECG
deve ser realizado após 3 ou 4
horas.
O ECG pode detectar se o paciente
está apresentando necrose,
isquemia com comprometimento do
músculo cardíaco pela redução de
oxigênio ou pela obstrução total ou
parcial de um vaso.
Oxímetria de Pulso(saturação de O2-oxigênio)
96% a 100% de O2- valor normal em um
adulto
Registro de Parâmetros das Funções
Vitais e Estado Hemodinâmico
Monitorização da Pressão Arterial
Invasiva(PAI)

Permite a avaliação de forma contínua e mais precisa dos níveis pressóricos;


Um dos principais objetivos durante o suporte hemodinâmico é manter
pressão arterial em nível suficiente para garantir adequada perfusão tecidual;

Pressão Arterial Média utilizada para avaliar a perfusão dos


órgãos vitais.
Valor de Normalidade da PAI = 70 mmHg a 105 mmHg;

Fonte: PADILHA, et al. Enfermagem em UTI: Cuidando do Paciente Crítico; 2010


Equipo Complacente Transdutor de Pressão
Bolsa Pressórica Cabo + Monitor
Cateter Femoral
Este procedimento é geralmente indicado
para seguintes situações:
Cirurgia cardiopulmonar;
Grandes cirurgias vasculares, torácicas, abdominais ou
neurológicas;
Instabilidade hemodinâmica;
Uso de drogas vasoativas;
Uso de monitorização da pressão intracraniana;
Emergência hipertensiva associada à dissecção de aorta ou
AVC;
Necessidade de gasometria arterial mais que três vezes ao
dia;
Controle rigoroso da pressão arterial para conduta clinica;
A monitorização da PAI é feita através de um cateter
intra-arterial conectado a um sistema de monitorização
da pressão, o que possibilita a monitorização contínua da
pressão arterial sistêmica e proporciona o acesso
vascular para obtenção de amostras sanguíneas com a
coleta de sangue a partir de uma torneira no sistema.
Os sítios mais comuns para inserções de cateteres
arteriais são as artérias radial e femoral.
Cuidados de Enfermagem ao manuseio
do sistema da PAI:

– Atentar para manutenção em pressurizador: o manter a permeabilidade do

cateter pelo fluxo contínuo de SF 0,9% (500ml) e a bolsa pressurizadora com

300mmhg.

– Realizar flush de SF a cada 6 horas;

– Atentar para coágulos e permeabilidade do sistema.

-Acompanhar fixação do cateter, e após realizar curativo estéril, atentando

para possibilitar observação da equipe após;

-Assegurar fixação do membro, prevenindo retirada acidental do cateter;


Cuidados de Enfermagem ao manuseio
do sistema da PAI:
-Descarte do material;
-Realizar lavagem de mãos.
-Registrar anotação do procedimento;
-Datar local punção e sistema;
– Observar curva constantemente, atentar para sinais infecção do sítio
punção, e lavar mãos antes e após cada manipulação com o cateter ou
sistema.
-Realizar zeragem do sistema a cada 6 horas;
-Atentar para alarmes acionando-o no inicio da conexão.
Cuidados no local da inserção do cateter

avaliar sinais flogísticos ao redor da inserção do cateter ;


avaliar sinais de sangramento;
avaliar perfusão periférica do membro;
avaliar presença de trombos no cateter;
troca diária da fixação ou sempre que necessário;
manter a bolsa pressórica insuflada: 300 mmHg –3ml/h;
Principais complicações da monitorização
da PAI

embolização arterial sistêmica;


insuficiência vascular;
isquemia;

infecções;

injeção acidental de drogas por via intra-arterial;


hematoma;

dor no local;

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