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1. PENTA (DTP+HIB+HB) 2ª dose. 1.dT = intramuscular, indicada para reforço a cada 10 anos.
2. PNEUMOCÓCICA 2ª dose
9 à 14 ANOS
3. POLIOMIELITE (VIP) 2ª dose
1.HPV = intramuscular, partículas virais.
Puericultura
Número de consultas: 0 a 3 meses = 25-45g/dia -> aproximadamente
700g/mês;
1ª consulta: até o 10º dia de dia.
3 a 6 meses = 20g/dia -> aproximadamente
Consultas mensais até os 6 meses de vida;
600g/mês;
Consultas trimestrais do 6º mês aos 12 meses;
6 a 9 meses = 15g/dia -> aproximadamente
Consultas semestrais no 2º ano de vida;
500g/mês;
Consultas anuais a partir do 3º ano de vida;
9 a 12 meses = 10g/dia -> aproximadamente
FR de acordo com a idade: 300g/mês;
Gráficos de crescimento:
Classificação segundo Gomez: baseada na avaliação do déficit de peso apresentado pela criança em
relação ao peso ideal no percentil 50 ou z-score 0; utilizado para menores de 2 anos.
𝟏𝟎𝟎
𝑷/𝑰 = 𝒑𝒆𝒔𝒐 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒙
𝒑𝒆𝒔𝒐 𝒊𝒅𝒆𝒂𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
Resultado:
P/E (%)
E/I (%)
>90 <ou=90
> 95 Eutrofia Desnutrição atual ou aguda
Desnutrição pregressa já em
<ou=95 Desnutrição crônica
recuperação ou baixa estatura
Classificação Alimentar:
No gráfico:
Estatura = tudo o que estiver acima de 0 = estatura adequada para idade // Entre – 2 e – 3 = baixa estatura
para idade // < - 3 = muito baixa estatura para idade.
Peso =
Estatura alvo:
Parcialmente hidrolisado: cólica, disquesia, história familiar de atopia; Vai diminuir a chance de dermatite
actópica em 80%
- Aminoácido = indicado para desnutridos, sd obstrutiva grave, anafilaxia por leite de vaca... (neocad )
Leite AR = anti-regurgitante.
Suplementação Vitamínica
Vitamina A = é obrigatória em situações de risco = região norte, indígenas e municípios prioritários no programa
Brasil sem miséria.
Ferro
Existe o ferro heme (fontes animais, independente de mecanismos facilitadores) e o ferro não heme (depende
da ação de mecanismos inibidores ou facilitadores da dieta).
*Agentes inibidores do ferro = cálcio (presente no leite), compostos fenolínicos como vinho, chocolate. Ácido
fítico (feijão, cereais integrais, fibras), oxalatos (beterraba, espinafre).
*Anemia ferropriva = prevenção: aleitamento materno exclusivo, não usar leite de vaca com < 12m; clampeamento
do cordão >1min; fortificação de alimentos.
Fatores de risco para desenvolvimento de anemia ferropriva = clampeamento do cordão < 1min; gestações
múltiplas com pequenos intervalos entre elas; dieta materna deficiente em ferro; perdas sanguíneas maternas
ou fetais; não suplementação de ferro na gravidez ou lactação); prematuridade, baixo peso ao nascer (<2500g);
má absorção de ferro (doença celíaca, DII...).
Apresentações =
Sais de ferro = SULFATO FERROSO (tem 25mg/ml de ferro elementar) -> 1gota = 1mg
Sais férricos e aminoquelatos = NEUTROFER (1mg = 20g) = 1 gota = 2,5mg
Diarreia Aguda
Classificação: Bactérias = E. coli (enteropatogênica;
enteroxigênica, enterohemorrágica,
Diarreia aguda = até 14 dias;
enteroinvasiva, enteroagregativa) /
Diarreia persistente = > 14 dias;
aeromonas / salmonela / shigela;
Disenteria = diarreia aguda com fezes;
Fungos = candida albicans
Causas: Parasitas = entamoeba / giárdia /
cryptosporidium / áscaris / ancilostoma;
Vírus = rotavírus (40% casos graves) /
Outros = APLV / deficiência de lactase /
coronavírus / adenovírus / calicivírus /
apendicite aguda / uso de laxantes ou ATB;
astrovírus
Avaliação:
Hidratação:
TRATAMENTO A =
Domiciliar;
Oferta de líquidos (Soro de hidratação oral; sopa; água de coco) = após cada evacuação, se < 1 ano 50-
100ml; 1 a 10 anos 100-200ml; >10 anos quanto aceitar;
Suplementação: Zinco 1x/dia por 10-14 dias (<6 meses 10mg/dia // >6m 20mg/dia);
Sinais de alarme = aumento dos sinais de desidratação; vômitos frequentes; sangue nas fezes; ...
TRATAMENTO B =
Ambulatorial
Soro de hidratação oral até melhora. 50-100ml/kg/2-4h;
Manter aleitamento e suspender qualquer outra alimentação.
TRATAMENTO C =
Na unidade de atendimento;
Caso desidratação grave ou contraindicações para VO (íleo paralítico, abdome agudo, alteração da
consciência, convulsão);
Fase de expansão:
o <5 anos = SF 0,9% 20 ml/kg 30/30min até sinais de reidratação.
Se RN ou cardiopata = 10ml/kg;
o > 5 anos = SF 0,9% 30ml/kg em 30 min;
Fase de manutenção:
o HOLLIDAY e SEGAR = SG 5% em 24H –
Até 10kg – 100ml/kg
10 – 20kg – 1000ml + 50ml/kg de peso acima de 10kg
> 20 – 1500 ml + 20ml/kg de peso > 20.
Soro isotônico =
o Na+ 136mEq = 1000ml SG 5% /// Apresentação NaCl 20% = 3,4mEq / ml;
o K+ 25 mEq = 1000ml SG 5% /// Apresentação KCl 19,1% = 2,5 mEq / ml;
Soro hipotônico =
o Solução de SG / 100 (peso calórico) = X ->
NaCl = X x 3 = X/3,4
KCl = X x 2 = X/2,5
ANTIBIÓTICOS =
São indicados apenas em casos de DISENTERIA, CÓLERA, INFECÇÃO POR GIARDIA, ENTAMOEBA;
IMUNOSSUPRIMIDOS, ANEMIA FALSIFORME, PRÓTESES OU SINAIS DE DISSEMINAÇÃO
BACTERIANA;
ANTIEMÉTICOS:
Sintomas frequentes:
RN e lactentes = febre sem foco aparente, vômitos, diarreia, icterícia persistente, recusa alimentar,
irritabilidade, quadro de septicemia;
Pré-escolares = urina fétida, dor abdominal, disúria, polaciúria, incontinência, urgência miccional, febre;
Escolares = sintomas miccionais, enurese secundária, dor lombar e febre se pielonefrite;
Adolescentes = sintomas miccionais, se pielo lombalgia e febre;
Diagnóstico:
Tratamento:
Iniciar empiricamente, priorizar E. coli. Via oral preferencialmente; deve iniciar a terapia entre 48-72h;
Drogas:
Orais:
- CEFTRIAXONA
- GENTAMICINA;
EV:
CRITÉRIOS DE HOSPITALIZAÇÃO:
<2 meses;
Sinais de urosepse;
Imunodepressão
Incapaz de tolerar VO ou vômitos.
Falta de acompanhamento ambulatorial adequado.
Falha na terapia ambulatorial;
Malformações urogenitais;
Pneumonia
Manifestações clínicas = febre (se viral > 39), calafrio, tosse, dispneia, dor torácica, vômitos, taquipneia,
sibilância;
Classificação:
Agentes etiológicos:
Tratamento empírico:
Se febre ou piora após 48-72h do tratamento = afastar complicações = derrame pleural / pneumotórax /
pneumonia necrotizante / fistula broncopleural / abcesso pulmonar / insuficiência respiratória aguda /
atelectasia;
Critérios de gravidade/internação =
Tratamento ambulatorial =
Tratamento hospitalar =
- Pneumonia Grave = AMPICILINA EV 50mg/kg/dose 6/6h OU PENICILINA CRISTALINA 150 000 UI/kg
Soroterapia
SORO DE EXPANSÃO:
Quanto ao volume:
o 20 ml/kg por expansão = crianças em geral sem comorbidade associada.
o 10 – 15ml/kg por expansão = RN ou crianças com comorbidades.
o 5 ml/kg por expansão = RN com comorbidade.
Quanto ao tempo:
o 1 hora = sem sinais de alarme;
o 20 min = sinais de alarme (prostração, sinais de taquicardia ou taquipneia, pulsos finos...)
o Aberto = criança chocada (hipotensão, FC alta (depois evolui para bradicardia), FR alta (depois
evolui para bradipneia), pele pegajosa, fria, sudoreica (pele moteada).
** Devemos avaliar muito bem as indicações clínicas para o tempo de soro, pois o benefício deve sempre
ser maior que o risco. Quanto mais rápido correr o soro, maior a chance de edema agudo de pulmão.
Exemplo:
Criança sem comorbidades, 25kg.
Soro de expansão = 20ml x 25kg = 500ml
Logo, a prescrição:
1. SF 0,9% ----------------------------------------------------------------------------------------- 500ml
Usar por 1 hora.
SORO DE MANUTENÇÃO:
SORO ISOTÔNICO: mais semelhante ao plasma, sempre usado, exceto se contraindicado = RN,
hipernatremia, diabetes insipitus, HAS, nefropata...
Volume:
HOLLIDAY-SEGAR =
o 0 – 10kg = 100ml/kg/dia;
o 10-20kg = 1000ml + 50ml por kg de peso >10.
o >20kg = 1500ml + 20ml por kg de peso > 20.
Peso calórico: volume de holliday-segar dividido por 100.
VOLUME MANUTENÇÃO SG5%
100
Ex. 15kg = 1000 + 50x5 = 1250ml
Peso calórico= 1250/100 = 12,5.
META = 95 – 105 kcal/ml/dia.
SORO ISOTÔNICO =
Na prática: sempre identificar o melhor valor para bolsa de soro = 100, 250, 500, 1000 ml
Importante = sempre devemos considerar um valor mais baixo de soro, e sempre é melhor arredondar
por múltiplos de 25, para ter uma perda menor de soro quando necessário!
Sempre devemos tirar a prova real do valor obtido de soro, ou seja, ao final do cálculo, devemos somar
os valores de SG 5%; NaCl e KCl e divide pelo peso calórico obtido antes. O resultado deverá estar
entre 95 e 105 ml/kcal/dia que é a meta.
Geralmente pode-se ofertar 2 a 3 mEq/dia de K, o ideal seria avaliar os eletrólitos do paciente. Para
identificar quantos ml, devemos dividir pela apresentação que é 2,5.
Ex. 16kg -> Soro manutenção: 1300 ml/dia => se 8/8h = aproxim. 400ml em 8/8h =>
KCl => 1300/100 (peso calórico) => 13x 2 (valor de mEq de KCl) => 26 => 26/2,5 (apresentação KCl) =>
10,3 ml (valor total para 24h) => 10,3 / 3 (porque vai ofertar de 8/8h) => 3,4ml 8/8h!
EXEMPLOS E PRESCRIÇÕES:
1. 7kg, 3 meses.
Soro de expansão: 20 x 7 = 140ml em 1 hora.
Bolsa: 700/3 (8/8h) => 233 = aprox. = 225 => escolhemos bolsa de 250ml (terá perda de retirada
menor).
KCl => 700/100 => 7 x 4 = 14/2,5 =5,6 => 5,6/3 => 1,8 ml 8/8h.
Prescrição:
1. SF 0,9% ---------------------------------------------------------------------------------- 140ml
Infundir em 1 hora.
2. SG 5% ------------------------------------------------------------------------------------ 225ml
NaCl 20% ------------------------------------------------------------------------- 9ml
KCl 19% --------------------------------------------------------------------------- 1,8ml
Infusão EV 8/8h. Com soro isotônico de K+ 2 mEq/kcal/dia.
Prova real = 225 + 9 + 1,8 =>
1. 16kg.
HIPOVITAMINOSE D
A vitamina D é um pró-hormônio. Existem duas formas, a vitamina D2 (ergocalciferol) e a D3 (colecalciferol); a
D2 é derivada de plantas e fungos. A D3 é sintetizada por animais e na pele humana por raios-UV; A vitamina D
é absorvida no intestino delgado e excretada pela bile. É metabolizada no fígado e transformada em calcitriol,
que aumenta as concentrações séricas de cálcio do osso e fósforo pois estimula a absorção no intestino. O
aumento do cálcio e vitamina D reduzem o PTH.
Grupos de risco para deficiência de vit D = crianças amamentadas no seio sem suplementação/exposição solar
adequada, com pele escura, limitada exposição ao sol, necessidade rigorosa de fotoproteção, com má-absorção
de gorduras, IR, SN, em uso de rifampicina, isoniazida ou anticonvulsivantes. Obesidade.
Prevenção = é recomendado dose de vitamina de no valor de 400UI/dia até 1 ano de idade e de 600 UI/dia para
crianças de 1 a 2 anos, inclusive para crianças em aleitamento materno exclusivo.
Para RN pré-termo a suplementação inicia quando o peso for > 1500g e houver tolerância plena de nutrição
enteral. Nos grupos de risco* é recomendada dose diária de 600UI, monitorando as concentrações séricas de
vitamina D.
A SBP, sobre exposição ao sol, relata que 30 min de exposição solar semanal (6 – 8 min por dia, 3x por semana)
para lactentes com fraldas, no 1º ano de vida, ou de 2h semanas em lactentes com vestimentas, sem chapéu,
asseguram concentração de vitamina D > 27,5. É indicado que a exposição seja antes das 10h e após as 15h;
Tratamento para hipovitaminose D (< 20ng/ml) = suplementação de vitamina D associada ou não com
suplementação de cálcio.
Ao iniciar o tratamento, a dosagem de vitamina D deve ser a cada 3 meses. Até identificar valores adequados.
RESUMO DE RECOMENDAÇÕES =
RNT = suplementação profilática VIT D 400 UI/dia a partir do 7º dia de vida até 12 meses; e 600 UI/dia
dos 12 aos 24 meses; independentemente do tipo de alimentação ou local de moradia.
RNPT = suplementação profilática VIT D 400 UI/dia quando > 1500g + tolerância à nutrição enteral.
Grupos de risco = dose mínima diária de 600 UI/dia.
Tratamento deve ser iniciado em situações de deficiência (< 20), independente da presença de sintomas!
Ectoparasitoses
São afecções cutâneas caracterizadas por ação lesiva de parasitas que, apesar de sobreviverem fora do
organismo, necessitam estar em contato com ele para sua sobrevivência;
2/3 da população de comunidades carentes são afetados por pelo menos uma ectoparasitose.
PEDICULOSE / PIOLHOS =
PEDICULOSE / PIOLHOS
Predomina em meninas, mas não é influenciado pelo comprimento ou
EPIDEMIOLOGIA
lavagem/escovação.
A transmissão se dá por contato direto com cabelos de pessoas infestadas e,
TRANSMISSÃO
com menor frequência, com roupas, acessórios de cabelo.
MANIFESTAÇÕES Assintomática ou cursas com prurido intenso, escoriações e crostas em regiões
CLÍNICAS retro auriculares e na nuca com linfadenopatia reacional na mesma topografia.
DIAGNÓSTICO Visualização de piolhos adultos ou lêndeas.
Uso tópico
1. Permetrina emulsão/loção 1% (usada a partir dos 2 meses de idade)
Lavar os cabelos com shampoo sem condicionador e secar com uma toalha.
TRATAMENTO Aplicar o produto nos cabelos quase secos e em todo o couro cabeludo,
inclusive na nuca e atrás das orelhas. Deixar agir por 10 minutos e
enxaguar com água morna. Não lavar o cabelo pelas próximas 24-48h após
aplicação do produto.
2. Fazer retirada manual das lêndeas com pente fino a cada 2 – 3 dias, até
completa remoção. Pode ser feito com o cabelo úmido com auxílio de
vinagre diluído em água ou condicionador.
Uso interno
1. Ivermectina 200ug/kg dose única (apenas para casos sem resposta ao
tratamento).
Aos familiares =
1. Lavar com água quente as roupas e utensílios pessoais de tecido usados
nas últimas 48h e secar em máquinas.
2. Pentear o cabelo molhado com pente fino.
Evitar compartilhar roupas, toalhas, acessórios de cabelo, chapéus e outros itens
de uso pessoal. Evitar contato direto com cabelo de pessoas infestadas. Manter
PREVENÇÃO
pentes e escovas de cabelos contaminados submersos em água quente por 10 min
para matar piolhos presentes nesses utensílios.
MIÍASE
DEFINIÇÃO Larvas de moscas que se nutrem e evoluem como parasitas em órgãos e tecidos.
TRANSMISSÃO Depoição da larva em ferimentos, cavidades ou após picada de moscas.
Nódulo avermelhado com pequeno orifício central por onde drena
MANIFESTAÇÕES intermitentemente uma secreção serosa. Paciente refere movimentos na lesão
CLÍNICAS como fisgada ou ferroada. Outras formas observam-se larvas nas lesões ou
cavidades.
DIAGNÓSTICO Clínico
Tipo furunculoide = fazer eclosão do orifício com vaselina e esparadrapo por um
tempo e pinçar a larva quando vier à superfície respirar.
Para tipo secundário = assepsia e imobilização das larvas por éter seguidas por
TRATAMENTO
remoção mecânica.
Ivermectina 300 ui/kg em casos de cavitários ou quando a localização dificulta a
remoção.
Proteger áreas descobertas da pele, principalmente feridas abertas, para evitar
PREVENÇÃO
a penetração de larvas.
Parasitoses
HELMINTÍASE
Nematelmintos:
– Ascaris lumbricoides (ascaridíse)
– Ancilostoma duodenale ou Necator americanos (ancilostomíase)
– Strongyloides stercoralis (estrongiloidíase);
– Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríse);
PRINCIPAIS VERMES
– Trichuris trichiura (trichiuríase ou tricocefalíase);
Platelmintos:
– Taenia saginata e Taenia solium (teníase);
– Hymenolepis nana (himenolepíase);
– Diphylobothrium latum (difilobotríase);
Parasitológico = Exame de amostras fecais ou de amostras com presença de
ovos/larvas ou vermes adultos.
DIAGNÓSTICO Sorológicos = quando amostras fecais não estão disponíveis, pode usar sorologia.
Hemograma = eosinofilia > 600 ou 6% pode ser marcador de possível infecção por
helmintos.
ALBENDAZOL Ascaridíase; tricuríase; ancilostomíase;
necatoríase; Enterobíase; Toxocaríase;
TRATAMENTO Cisticercose; Triquinose; Equinococose;
IVERMECTINA Estrongiloidíase;
PRAZIQUANTEL Teníase; Himenoleíase;
PROTOZOÁRIOS
Manifestações clínicas = assintomática ou colites não disentéricas: cólicas
abdominais, períodos de diarreia com fezes líquidas ou semilíquidas, intercaladas
com períodos de acalmia. Colite disentérica.
Diagnóstico = parasitológico. ELISA.
AMEBÍASE
Tratamento =
Assintomáticos com excreção de cistos = teclosan ou etofamida.
Pacientes com colite invasiva com sd leve/moderada/grave do TGI =
metronidazol, tinidazol ou secnidazol; seguido por teclosan ou erofamida.
Manifestações clínicas = assintomática ou diarreia aguda, com fezes líquidas,
autolimitada, até quadro arrastado por semanas a meses. Podem ocorrer apenas
sintomas dispépticos gerais como náusea, vômitos, distensão abdominal,
GIARDÍASE epigastralgia...
Diagnóstico = ELISA.
Tratamento = geralmente não é necessário fazer nada. METRONIDAZOL,
ALBENDAZOL, NITAZOXANIDA, TINIDAZOL... são medicações de escolha.
Dengue
FISIOPATOLOGI A gravidade é determinada pelo extravasamento de fluídos e proteínas do leito vascular
A para os espaços intersticiais e cavidades serosas, devido ao aumento de permeabilidade
vascular generalizada, ocasionada por resposta inflamatória sistêmica generalizada ou
seletiva que quando desregulada leva às formas de Choque e à Síndrome de Disfunção
de Múltiplos Órgãos. O principal determinante de mortalidade são as disfunções
orgânicas relacionadas ao estado de hipoperfusão.
MANIFESTAÇÕES Os sintomas no homem, geralmente iniciam 4 a 7 dias após a picada do mosquito, podendo
CLÍNICAS este período de incubação variar de 3 a 14 dias; Ocorre febre alta, de início abrupto
com duração de 2 a 7 dias (fase febril), acompanhada de cefaleia, odinofagia, mialgia,
artralgia, dor retro-orbital, anorexia, astenia, hiperemia conjuntival, náuseas, vômitos,
rash macular/papular, gengivorragia, epistaxe e petéquias.
SINAIS DE Dor abdominal intensa e contínua;
ALARME
Vômitos persistentes;
Hipotensão postural;
Sonolência ou irritabilidade;
Hepatomegalia dolorosa;
Hemorragias de mucosa, hematêmese ou melena;
Queda abrupta de plaquetas;
Diminuição diurese;
Aumento HT;
Desconforto respiratório
Sinais clínicos de acúmulo de fluído.
CLASSIFICAÇÃO
DE RISCO
GRUPO C
Para sinais de alarme, precisa de unidade terciária (hospital); manter
vias aéreas, ventilação, oxigênio, monitorização, acesso.
Hidratação: Expansão com SF 20 ml/h repetir em até 3x; Repetir HT
em 2 horas; Se melhorar iniciar manutenção Holliday-segar; se piora,
conduzir para grupo D.
o Esses pacientes apresentam sinais de alarme, síndrome de
extravasamento com choque, com ou sem hipotensão, com uma ou +
disfunção orgânica; Manter vias aéreas, monitor, considerar IOT,
acesso venosos, indicada UTI.
Hidratação do grupo B = iniciar imediatamente SF 20ml/kg em 20 min
GRUPO D em bolus; Se melhora clínica -> Grupo C;
HT em ascensão e choque, após hidratação adequada = expansores
plasmáticos.
HT em queda e choque = investigar hemorragia; coagulopatias;
HT em queda sem sangramento = se instável investigar hiper-
hidratação, ICC; se estável = melhora.
Crianças dos Grupos C e D podem apresentar edema subcutâneo generalizado e derrames cavitários, pela perda
capilar, que não significa, a princípio, hiper-hidratação, e que pode aumentar após hidratação satisfatória; o
acompanhamento da reposição volêmica e feita pelo HT, diurese e sinais vitais.
Febre Aguda
É uma das queixas mais frequentes entre todos os atendimentos pediátricos.
Considera-se febre: temperatura retal > 38 – 38,3°C; temperatura oral >37,5 –
37,8°C; temperatura axilar > 37,2-37,3°C; Temperatura auricular > 37,8 – 38°C
DEFINIÇÃO
*Quando a elevação da temperatura se deve a dificuldade de perder calor (excesso
de roupa, ambiente aquecido) ou pela produção exagerada (exercícios intensos),
chamamos de hipertermia.
Os agentes capazes de desencadear febre são denominados pirógenos exógenos e
podem ser classificados como infecciosos (vírus, fungos, bactérias e toxinas) e não-
FISIOPATOLOGIA
infecciosos (complexo antígeno-anticorpo e antígenos resultantes da destruição
celular).
Extremidades frias, ausência de sudorese, sensação de frio e eventualmente
QUADRO CLÍNICO
tremores; Taquicardia e taquipneia;
Deve-se prestar atenção aos sinais e sintomas do paciente, avaliar a frequência
cardíaca, frequência respiratória, TEC, hidratação, Responsividade =
Em muitos casos, após avaliação clínica é impossível identificar o foco febril, essa
situação é conhecida como febre sem sinais localizatórios (FSSL), que significa a
ocorrência de febre com < 7 dias de duração em uma criança em que a história clínica
e o exame físico não revelaram a causa. A maioria das crianças apresenta uma doença
infecciosas aguda autolimitada ou está ainda nos pródromos de uma doença benigna,
raros são os casos de infecção bacteriana grave, mas deve-se fazer o diagnóstico
precoce =
AVALIAÇÃO
Indicados quando a febre está associada a desconforto evidente (choro intenso,
irritabilidade, redução da atividade, redução do apetite, distúrbio do sono). Os mais
TRATAMENTO = usados são PARACETAMOL, IBUPROFENO E DIPIRONA.
ANTITÉRMICOS DIPIRONA 10 – 12 Mg/kg/dose. 1 gt = 25mg => 1g/kg.
IBUPROFENO 5-10mg/kg/dose.
PARACETAMOL 10 – 15mg/kg/dose.
IVAS
RINOSSINUSITE BACTERIANA AGUDA E RINITE BACTERIANA AGUDA
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Piora das manifestações do Os critérios para rinossinusite AMOXICILINA é 1ª escolha.
resfriado após o 5º dia ou com bacteriana aguda = pelo menos AMOXICILINA+CLAVULANATO ou
persistência superior a 10 dias, mas 3 das seguintes = secreção CEFUROXIMA são indicados para
inferior a 12 semanas. Geralmente nasal com cor, casos resistentes/recorrentes. O
observada em pacientes que já predominantemente tratamento dura 14 dias. Além disso,
apresentam alguma doença base. Os unilateral/secreção purulenta é indicado HIDRATAÇÃO ORAL
principais agentes etiológicos = na rinofaringe; dor intensa FREQUENTE, LAVAGEM NASAL.
Streptococcus pneumoniae; local/unilateral; febre > 38°C; PREDNISONA por 3 a 5 dias quando
Haemophilus influenzae (mais VHS ou PCR elevados; dupla a obstrução nasal persiste com dor
frequente); Moraxella catarrhalis; piora. facial. ANALGÉSICOS S/N.
Staphylococcus aureus;
Streptococcus pyogenes; Neisseria
meningitidis; bacilos Gram-
negativos.
GRIPE
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Rinossinusite viral aguda causada Febre de início súbito, Imunização antigripal anual antes do
pelo vírus influenza é epidêmica. acompanhada de tosse ou dor outono-inverno. Utilizar
Mais grave que o resfriado comum. de garganta e de pelo menos 1 OSELTAMIVIR ou ZANAMIVIR, até
É descrita como A síndrome dos sintomas a seguir = 48h depois do início dos sintomas da
respiratória aguda grave pode ser cefaleia, mialgia ou artralgia. gripe. Seu uso imediato está indicado
observada em qualquer idade, com em casos de síndrome respiratória
quadro de síndrome gripal que aguda grave, ou sinais de
apresenta dispneia ou os seguintes agravamento e síndrome gripal com
sinais de gravidade = Sat < 95%; fator de risco para complicações.
desconforto respiratório ou
aumento da FR. Piora nas condições
clínica da doença de base.
Hipotensão. Em crianças será
observado tiragem intercostal e
batimentos de asa de nariz, cianose,
desidratação e inapetência.
RINITE ALÉRGICA
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Reação de hipersensibilidade, Para definir rinite = presença HIGIENE DA CASA, LAVAGEM
mediada por IgE, a alérgenos de inflamação da mucosa de NASAL. ANTILEUCOTRIENOS,
específicos. É observada resposta revestimento nasal + pelo ANTI-HISTAMÍNICOS E
imediada. Pode ser agravada pela menos 1 dos sintomas = CORTICOIDES são 1ª escolha!
mudança de clima.. obstrução nasal, rinorreia, ANTILEUCOTRIENOS são usados
espirros, prurido, hiposmia por 2 a 3 meses nos casos de rinite
persistente ou rinite+asma. Anti-
histamínicos de 2ª geração são
amplamente usados nas rinites. Anti-
histamínicos de 1ª geração não são
indicados pois causam grande
sonolência. CORTICOIDES NASAIS
são recomendados: MOMETASONA
e a FLUTICASONA.
IMUNOTERAPIA SUBLINGUAL OU
SUBCUTANEA, pode modificar o
curso natural da doença.
(1) Orientar os pais quanto a estimulação adequada – interação com os pais, harmonia no lar, brincadeiras,
contato afetivo, tempo de tela, tempo de sono, alimentação.
(2) Reavaliar em 1 mês =
a. Alcançou os marcos? Manter acompanhamento e estímulo.
b. Não alcançou os marcos? Encaminhar para serviço de estimulação; encaminhar para especialista;
manter consultas próximas;
Triagem/screening durante puericultura (MCHAT-R) = Baixo risco (0 – 2), repetir em 24 meses se for < 24
meses. Risco moderado (3—7), realiza a segunda etapa do M-CHAT-R/F, para informações adicionais. Alto risco
(8-20) = entrevista de seguimento e encaminhar para diagnóstico.