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Anatomia Humana
Bruno da Silva Gonçalves Bruno da Silva Gonçalves
DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Anomalia e monstruosidade............................................................................................... 16
Anomalia e monstruosidade........................................................................................... 17
Fatores gerais de variação anatômica......................................................................... 17
Sintetizando............................................................................................................................ 44
Referências bibliográficas.................................................................................................. 46
Tipos de músculo................................................................................................................... 54
Fibra muscular....................................................................................................................... 57
Tecido conjuntivo.................................................................................................................. 61
Tecido nervoso....................................................................................................................... 70
Neuróglias......................................................................................................................... 70
Neurônios.......................................................................................................................... 71
Meninges/ líquor e vascularização............................................................................... 73
Sintetizando............................................................................................................................ 79
Referências bibliográficas.................................................................................................. 81
Sintetizando.......................................................................................................................... 115
Referências bibliográficas................................................................................................ 117
Sintetizando.......................................................................................................................... 150
Referências bibliográficas................................................................................................ 152
Caro(a)s estudantes,
É com entusiasmo que apresentamos a disciplina de Anatomia Humana, na
confiança de estarmos auxiliando em sua formação acadêmica e, assim, crian-
do possibilidades para um melhor desempenho profissional.
Ao longo dessa disciplina, será iniciado o estudo do corpo humano e a com-
preensão dos princípios imprescindíveis de anatomia, introduzindo você aos
vários sistemas que compõem o nosso organismo e como eles cooperam en-
tre si para manter a saúde do corpo. Além disso, será evidenciado como cada
estrutura do corpo desempenha uma função específica e como sua interação
com outras estruturas determina sua função.
É válido lembrar que o estudo de anatomia não se configura apenas como
apresentação de fatos. Embora a anatomia humana seja uma ciência relativa-
mente estática, o conhecimento vem avançando nos campos relacionados a
esse estudo com o surgimento de novas tecnologias e formas de compreender
as funções orgânicas. Compartilhamos com você esses avanços, os quais visam
melhorar as condições de saúde humana.
No empenho de oferecer um conteúdo de qualidade, preparamos esse ma-
terial didático para impulsionar seu entendimento, pensamento crítico e preo-
cupação com as questões relacionadas à saúde. Sendo uma ciência visual, com-
binamos a apresentação de diversos recursos visuais e textos didáticos com
linguagem clara e acessível. Esperamos que permita uma maior compreensão
da temática, garantindo uma aprendizagem significativa.
Bons estudos!
ANATOMIA HUMANA 10
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1519937479877027
ANATOMIA HUMANA 11
1 INTRODUÇÃO AO
CORPO HUMANO
E AO SISTEMA
ESQUELÉTICO
Tópicos de estudo
Conceito de anatomia e Tipo e divisão do esqueleto
considerações gerais Esqueleto axial
História da anatomia Esqueleto apendicular
Terminologia anatômica básica
Número e classificação dos ossos
Anomalia e monstruosidade Anatomia dos ossos
Anomalia e monstruosidade
Fatores gerais de variação Principais acidentes ósseos do
anatômica esqueleto axial e do esqueleto
apendicular
Posição, planos e eixos anatômi-
cos: termos anatômicos Sistema articular: conceito e clas-
Termos de posição e direção sificação das articulações
Articulação fibrosa
Abordagens anatômicas e divisão Articulação cartilaginosa
do corpo humano
Articulações sinoviais, planos e
Conceito e funções do esqueleto eixos de movimentos, principais
Funções do esqueleto ligamentos
ANATOMIA HUMANA 13
História da anatomia
Estudos anatômicos são observados desde as primeiras civilizações huma-
nas e, inicialmente, a anatomia era restrita à observação a olho nu e ao manuseio
de corpos. Algumas figuras ilustres que merecem destaque: Hipócrates, médico
grego considerado como o “pai da medicina”, foi pioneiro ao elaborar escritos e
ANATOMIA HUMANA 14
Figura 1. Lição de anatomia do Dr. Willem van der Meer, de Pieter van Mierevelt.
ANATOMIA HUMANA 15
Anomalia e monstruosidade
Normalidade e variação anatômica
Nós, seres humanos, somos diferentes uns dos outros. Esse conceito, aparen-
temente óbvio, de que temos diferenças físicas (como forma do corpo e rosto) em
relação às pessoas à nossa volta é muito importante para anatomia humana, uma
vez que também podemos observar essas diferenças no interior do corpo humano.
Assim sendo, algumas observações estruturais em um livro podem não ser vá-
lidas para todos os indivíduos ou cadáveres que você encontrar em um laboratório
de anatomia.
As descrições anatômicas seguem um padrão que não abrange a possibilidade
de variações. Esse padrão considera as estruturas que ocorrem com maior frequên-
cia na população. Assim, os anatomistas usam uma abordagem estatística para al-
cançar a seguinte definição: uma estrutura que se encontra mais frequentemente
em uma amostragem de indivíduos é denominada normal ou dentro da normali-
dade. Quando ocorre uma estrutura diferente do que é observado na maioria das
pessoas e sem prejuízo das funções, chamamos de variação anatômica.
ANATOMIA HUMANA 16
EXPLICANDO
A talidomida é um medicamento que, na década de 60, era usado no
tratamento de resfriados, insônia e náuseas, principalmente em grávi-
das nos primeiros meses de gestação. Com o tempo, foi observado que
o medicamento causava monstruosidades nos fetos, como a focomelia
(ausência parcial de um ou mais membros). Por isso, o uso de talidomida
é proibido para mulheres grávidas. O caso da talidomida foi fundamental
para a elaboração dos conceitos de vigilância dos medicamentos, assim
como debates éticos sobre as condições de vida e os direitos das pessoas
nascidas com deficiências.
ANATOMIA HUMANA 17
ANATOMIA HUMANA 18
Figura 2. Representação dos biótipos corpóreos, com longilíneos (esquerda), brevilíneos (centro) e mediolíneos (direita).
Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 22/06/2020.
ANATOMIA HUMANA 19
Detalhes da face:
Cabelo Olho
Cabeça Orelha Nariz
Bochecha
Boca
Pescoço Queixo
Ombro
Peito
Seios
Mamilos
Tronco
Braço Abdômen
Pulso
Polegar
Mão Palma
Dedo
mínimo Dedo
Orgãos genitais Dedo indicador
Pênis anelar
Vulva Dedo
Escroto médio
Joelho
Pernas
Tornozelo
Pé
ANATOMIA HUMANA 20
ANATOMIA HUMANA 21
ANATOMIA HUMANA 22
Divisão Abrangência
Anatomia do Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega
desenvolvimento a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Anatomia Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das
sistêmica estruturas.
Anatomia Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das
regional estruturas.
Anatomia clínica Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como
ou radiográfica radiografia, tomografia e ressonância.
ANATOMIA HUMANA 23
Glândulas secretoras de
hormônios, como hipófise, Controlar e integrar as atividades do corpo;
Endócrino tireoide, paratireoide, atuam intimamente ligadas com as funções do
suprarrenais, pâncreas e sistema nervoso.
gônadas
ANATOMIA HUMANA 24
Masculino: vesículas
seminais, testículos, Produzir gametas masculinos
Reprodutor próstata, glândulas (espermatozoides); providenciar métodos para
bulbouretrais, pênis, ductos introduzir o esperma na mulher.
associados
ANATOMIA HUMANA 25
Funções do esqueleto
O esqueleto desempenha diversas funções básicas, das quais destacamos
como as mais importantes:
a. Sustentação. O esqueleto estrutura o alicerce rígido do corpo, dando sus-
tentação aos órgãos e tecidos moles que podem ter um peso até cinco vezes
maior. Dessa forma, a resistência dos ossos vem da sua composição inorgânica,
cuja durabilidade persiste à decomposição mesmo após a morte do indivíduo;
ANATOMIA HUMANA 26
ANATOMIA HUMANA 27
Esqueleto axial
O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, sus-
tentam e protegem os órgãos da cabeça, pescoço e tronco. Possui 80 ossos
dispostos em três regiões principais: o crânio, a coluna vertebral e a caixa to-
rácica. Essa divisão axial do esqueleto sustenta a cabeça, o pescoço, o tronco e
protege o encéfalo, a medula espinal e os órgãos do tórax.
1. Crânio. Consiste em dois conjuntos de ossos:
a. O neurocrânio, também chamado de ossos do crânio, composto por
oito ossos que formam a calota craniana (ou caixa encefálica) e protegem
o encéfalo, quatro ossos ímpares (frontal, occipital, esfenóide e etmoide) e
dois ossos pares (parietais e temporais);
b. O viscerocrânio, também chamado ossos da face, composto por 14 os-
sos que fornecem suporte para os olhos, a cavidade nasal e a cavidade oral.
Possui majoritariamente ossos pares (maxila, palatino, zigomático, lacrimal,
nasal, concha inferior nasal), com exceção do vômer e da mandíbula;
c. No crânio, também encontramos os ossículos da audição. Três peque-
nos pares de ossos localizados na parte petrosa do osso temporal, inseri-
dos dentro da cavidade da orelha média. Os ossos são martelo, bigorna e
estribo, seguindo a ordem de aparecimento de fora para dentro. É
a partir dos movimentos desses ossos que os impulsos sonoros
são transmitidos para a cavidade da orelha interna;
2. Osso hióide. É o único osso do esqueleto que não se rela-
ciona diretamente com outros ossos. Localizado no pescoço,
debaixo da mandíbula, se conecta com o osso temporal pe-
los músculos estilo-hióideos. Funcionalmente, esse osso atua
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ANATOMIA HUMANA 29
Esqueleto apendicular
O esqueleto apendicular é composto pelos ossos dos cíngulos, que firmam os
membros ao esqueleto axial, e pelos ossos do membro superior e inferior. Assim:
1. Cíngulo do membro superior. Os ossos pares escápula e clavícula
constituem a porção apendicular da cintura do membro superior, enquan-
to o esterno é a porção axial. Como não suporta tanto peso, tem uma es-
trutura mais delicada que o cíngulo do membro inferior. Tem como função
principal servir de ponto de inserção para vários músculos relacionados às
articulações do ombro e do cotovelo;
2. Membros superiores. Cada membro superior possui os seguintes os-
sos: o úmero no braço; o rádio e a ulna no antebraço; e os ossos do carpo,
ossos do metacarpo e as falanges (ossos dos dedos) na mão;
3. Cíngulo do membro inferior. Os dois ossos do quadril constituem
a porção apendicular da cintura do membro inferior, enquanto o sacro é
a porção axial. Os ossos do quadril estão ligados pela sínfise púbica, an-
teriormente, e pelo sacro, posteriormente. O cíngulo do membro inferior
sustenta o peso corpóreo a partir da coluna vertebral e guarda os órgãos
abdominais inferiores no interior da cavidade pélvica;
4. Membro inferior. Cada membro inferior possui os seguintes
ossos: o fêmur na coxa; a tíbia e a fíbula na perna; os os-
sos do tarso, os ossos do metatarso e as falanges no pé.
Podemos citar também a patela, que está localizada
entre a coxa e a perna, na face anterior da articulação
do joelho.
ANATOMIA HUMANA 30
EXPLICANDO
Um osso acessório ou extranumerário pode ser definido como um osso
que excede o número normal de ossos. Descritos primeiramente por
André Vesalius em 1543, esses ossículos não se originam de fraturas e
derivam de centros de ossificação não fusionados. Atualmente, já foi ob-
servada a presença de outras estruturas supranumerárias, como dentes.
ANATOMIA HUMANA 31
ANATOMIA HUMANA 32
ANATOMIA HUMANA 33
Trocanter
Processo (do tipo tuberosidade)
grande e rombo encontrada Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
na extremidade proximal do
fêmur.
Tubérculo
Um processo pequeno, Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
arredondado.
Pelve: tubérculo púbico.
ANATOMIA HUMANA 34
Faceta
Superfície óssea achatada e lisa Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
que forma juntura.
Fóvea
Uma superfície articular plana Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
e rasa.
Alvéolo
Uma escavação profunda ou Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
encaixe.
Meato
Passagem em forma de Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico
tubo correndo para dentro interno.
de um osso.
ANATOMIA HUMANA 35
Sulco
Uma canaleta que acomoda um Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
vaso, um verbo ou um tendão.
Fonte: MARIEB, 2014, pg. 138. (Adaptado).
Articulação fibrosa
Nas articulações fibrosas, os ossos são conectados através do tecido con-
juntivo fibroso e não há qualquer cavidade articular presente. Essas articula-
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Articulação cartilaginosa
Nas articulações cartilaginosas
ou cartilagíneas, os ossos são conec-
tados por cartilagem. Elas possuem
pouca mobilidade, geralmente em
resposta a torções ou compressões.
Vale destacar que, assim como as arti-
culações fibrosas, estas não possuem
uma cavidade articular e podem ser
divididas em duas classes: sincon-
droses e sínfi ses.
Na sincondrose, os ossos são uni-
dos por uma cartilagem hialina, a
qual também pode estar presente na
ANATOMIA HUMANA 37
ANATOMIA HUMANA 38
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de
Deslizamento um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre
os ossos.
Angular
Diminuição no
ângulo entre os Aumento no ângulo entre os ossos da
Flexão ossos da articulação, Extensão articulação, normalmente no plano
normalmente no plano sagital.
sagital.
Movimento de um
osso para longe Movimento de um osso em direção
Abdução da linha mediana, Adução à linha mediana, normalmente no
normalmente no plano frontal.
plano frontal.
Especial
Movimento para
Movimento para baixo de uma
Elevação cima de uma parte do Abaixamento
parte do corpo.
corpo.
Movimento anterior
de uma parte do Movimento para trás de uma parte
Protração Retração
corpo no plano do corpo no plano transverso.
transverso.
Movimento medial da
Inversão Eversão Movimento lateral da planta.
planta.
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Movimento do
Movimento do antebraço que vira a
Supinação antebraço que vira a Pronação
palma para trás.
palma para frente.
Articulações do joelho,
A face convexa se encaixa Uniaxial: realiza flexão-
Gínglimo cotovelo, talocrural e
em uma face côncava. extensão.
interfalângicas
ANATOMIA HUMANA 40
A face articular de um
Biaxial: realiza flexão- Articulação
osso é em forma de uma
Selar extensão, abdução- carpometacarpal entre o
sela, e a face articular do
adução. trapézio e o polegar
outro se apoia na sela.
Ligamentos
Os ligamentos são cordões resistentes e flexíveis de tecido conjuntivo
que estão anexos às articulações. Eles conectam os ossos entre si, além
de dar suporte às articulações e limitar seus movimentos. Encontramos
ligamentos ao redor dos joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e outras
articulações. Logo, qualquer lesão nos ligamentos pode tornar suas arti-
culações instáveis.
Os principais ligamentos do corpo são encontrados nas seguintes articulações:
• Articulação temporomandibular: esse gínglimo compreende a fossa
mandibular do osso temporal e o processo condilar da mandíbula. As estru-
turas que auxiliam essa articulação são o ligamento temporomandibular, o
ligamento estilomandibular e o ligamento esfenomandibular;
• Articulações da coluna vertebral: são articulações planas, formadas pela
união entre os processos articulares superior e inferior das vértebras com
os das vértebras próximas. Diversos ligamentos atuam nessa região, dentre
eles o ligamento longitudinal anterior, o ligamento longitudinal posterior,
o ligamento amarelo, o ligamento interespinal e o ligamento supraespinal;
• Articulação esternoclavicular: é plana e se localiza entre a extremidade
esternal da clavícula e o manúbrio do esterno. A cápsula é reforçada pelos
ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, bem como pelos liga-
mentos interclavicular e costoclavicular;
ANATOMIA HUMANA 41
ANATOMIA HUMANA 42
ANATOMIA HUMANA 43
ANATOMIA HUMANA 44
ANATOMIA HUMANA 45
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2 SISTEMA MUSCULAR
E SISTEMA NERVOSO
Tópicos de estudo
Sistema muscular: conceitos, Sistema nervoso: conceito e divi-
funções e grupos musculares são do sistema nervoso
Funções do sistema muscular Funções do sistema nervoso
Grupos musculares Divisão do sistema nervoso
Classificação dos músculos Sistema nervoso central
Anexos do sistema muscular Medula espinhal
Encéfalo
Tipos de músculo
Tecido nervoso
Tipos de contração muscular Neuróglias
Neurônios
Fibra muscular Meninges/ líquor e vascularização
ANATOMIA HUMANA 48
ANATOMIA HUMANA 49
NUTRIÇÃO CLÍNICA 50
NUTRIÇÃO CLÍNICA 51
NUTRIÇÃO CLÍNICA 52
NUTRIÇÃO CLÍNICA 53
Tipos de músculos
O tecido muscular pode ser classificado em três tipos: estriado esqueléti-
co, estriado cardíaco e liso. Duas características principais definem cada um
desses tipos: a presença de estrias nas células musculares e a consciência no
controle da contração.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 54
CURIOSIDADE
Há músculos estriados esqueléticos que só estão parcialmente sob o
controle da vontade, como podemos observar no caso do diafragma e
os músculos da respiração: é possível suspender a respiração volunta-
riamente por algum tempo, ao fixar o diafragma, mas com o fim da nossa
tolerância, o diafragma se contrai e a respiração volta ao normal. Outra
musculatura parcialmente controlável é a do canal anal, também sob o
controle parcial do indivíduo.
Ainda vale destacar que o tecido muscular liso e o tecido muscular car-
díaco são conhecidos como músculos viscerais, uma vez que ambos ocor-
rerem em órgãos e possuem contração involuntária. Além disso, embora
todos os tipos musculares tenham estrias longitudinais, apenas os cha-
mados músculos estriados possuem estrias transversais. Sendo assim, os
músculos lisos são classificados como lisos justamente por não possuírem
estriações transversais.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 55
Figura 1. Representação esquemática dos tipos de tecido muscular. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 28/08/2020.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 56
Fibra muscular
Cada músculo esquelético é um
órgão próprio, constituído por várias
células musculares esqueléticas, tam-
bém denominadas fibras musculares,
em consideração ao seu formato alon-
gado (algumas podem alcançar 30 cm
e diâmetros de 10 a 100 μm). As fibras
musculares esqueléticas possuem
como características próprias; estrias,
vários núcleos, além de nunca sofre-
rem mitose após terem se formado, fi-
cando apenas mais longas e espessas
durante a infância e a adolescência,
por conta do crescimento do corpo.
Vale destacar, também, que as fibras musculares esqueléticas são circunda-
das por células satélites, células musculares imaturas. Durante a juventude,
NUTRIÇÃO CLÍNICA 57
NUTRIÇÃO CLÍNICA 58
Estrutura e nível
Descrição
organizacional
Fascículo
Fascículo é um feixe individual de células musculares, separadas do
(uma parte do
restante do músculo por uma bainha de tecido conjuntivo.
músculo)
Fibra muscular Fibra muscular é uma célula multinucleada alongada – ela possui
(célula) uma aparência estriada.
Sarcômero
Sarcômero é uma unidade contrátil composta por miofilamentos
(um segmento de
feitos de proteínas contráteis.
uma miofibrila)
NUTRIÇÃO CLÍNICA 59
Músculo
Fibras musculares
Perimísio
Fascículo
Figura 2. Representação esquemática dos níveis de organização do músculo estriado esquelético. Fonte: Adobe Stock.
Acesso em: 19/08/2020
NUTRIÇÃO CLÍNICA 60
Sarcômero
Filamento grosso Filamento
de miosina fino de actina
Banda i Banda a Banda i
Miofibrila
Figura 3. Representação esquemática de um sarcômero. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 19/08/2020.
Tecido conjuntivo
A eficiência das fibras musculares se deve ao fato de que elas não atuam
como unidades isoladas. Assim, cada fibra se liga a outras fibras adjacentes,
constituindo um feixe denominado fascículo. Cada fascículo é ligado a outro
fascículo, compondo o músculo. Dessa forma, a contração muscular ocorre em
sintonia ao longo de todo o músculo.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 61
NUTRIÇÃO CLÍNICA 62
NUTRIÇÃO CLÍNICA 63
Broncoconstrição Broncodilatação
Medula
espinhal
Cadeia
Bradicardia simpática Taquicardia
Inibe a
Estimula a digestão
digestão no no estômago
estômago
Estimula a
Inibe a liberação de liberação de
glicose estimula o glicose inibe o
funcionamento funcionamento
da vesícula biliar da vesícula biliar
Inibe o
Estimula o funcionamento
funcionamento do intestino
do intestino
Secreta
epinefrina e
noradrenalina
Contração da bexiga
Relaxa a bexiga
Figura 4. Representação esquemática do sistema nervoso. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 28/08/2020.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 64
Medula espinhal
A medula espinhal de um indivíduo adulto possui aproximadamente 100 mi-
lhões de neurônios e mede cerca de 45 cm de comprimento, estendendo-se do
forame magno do crânio até a margem inferior da segunda vértebra lombar (L2).
Trinta e um pares de raízes nervosas espinhais saem da medula espinhal. O feixe
de raízes mais inferior se assemelha a uma cauda de cavalo (cauda equina). A
medula espinhal apresenta intumescências localizadas (intumescência cervical
e intumescência lombar) e trechos expandidos e alargados na coluna vertebral,
refletindo na inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 65
Encéfalo
O encéfalo é, provavelmente, o mais fascinante órgão do corpo, sendo
muito mais complexo do que a medula espinhal. É capaz de responder a estí-
mulos com grande versatilidade, resultado de seus aproximados
20 bilhões de neurônios, cada um podendo receber informa-
ções simultaneamente por meio de milhares de sinapses. O
encéfalo surge como a parte superior do tubo neural a partir
da quarta semana de desenvolvimento embrionário.
Imediatamente, com a sua expansão, aparecem as
constrições que definem as três vesículas encefá-
licas primárias: o prosencéfalo, o mesencéfalo
e o rombencéfalo. Com base nessas transfor-
mações, as partes mais importantes do SNC são
originadas (Quadro 2).
NUTRIÇÃO CLÍNICA 66
Coordenação motora e do
Cerebelo
equilíbrio.
Metencéfalo
Centro retransmissor; contém
Ponte
núcleos (núcleos pontinos).
Rombencéfalo
Centro retransmissor; contém
muitos núcleos; centros
Mielencéfalo Bulbo autônomos viscerais (por exemplo,
respiratório, frequência cardíaca,
vasoconstrição).
NUTRIÇÃO CLÍNICA 67
NUTRIÇÃO CLÍNICA 68
CURIOSIDADE
Cada um dos hemisférios cerebrais realiza diferentes funções. Na maioria
da população, o hemisfério esquerdo coordena habilidades analíticas e
verbais, enquanto o hemisfério direito é o centro da inteligência espacial e
artística. O corpo caloso unifica os dois hemisférios e possibilita um com-
partilhamento de memória e aprendizagem.
Lobo Funções
NUTRIÇÃO CLÍNICA 69
Neuróglias
Diferentemente de outros sistemas, as neuróglias, células de suporte do
sistema nervoso, possuem a mesma formação embrionária dos neurônios, isto
é, ambas derivam do ectoderma e podem ser classificadas em seis categorias,
como podemos observar no Quadro 4.
QUADRO 4. NEURÓGLIA
Revestem os ventrículos e o
Células Células colunares, algumas das canal central do SNC, onde o
ependimárias quais têm superfícies ciliares. líquido cerebrospinal circula por
movimentos ciliares.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 70
Neurônios
Embora os neurônios possam variar em forma e tamanho, três componen-
tes principais estão sempre presentes: o corpo celular, os dendritos e o axônio.
O corpo celular é a porção onde encontramos o núcleo celular e as outras orga-
nelas típicas. Os corpos celulares no interior do SNC geralmente são agrupados
em regiões denominadas núcleos, enquanto os corpos celulares no SNP fre-
quentemente são encontrados em agrupamentos chamados gânglios.
O corpo celular possui dois tipos de ramificações citoplasmáticas. O pri-
meiro deles são os dendritos, que respondem aos estímulos e conduzem im-
pulsos para o corpo celular. A área preenchida por dendritos é denominada
zona dendrítica de um neurônio. O segundo tipo de ramificação citoplasmá-
tica é o axônio, um prolongamento extenso e cilíndrico que conduz impulsos
que saem do corpo celular. Os axônios podem variar desde alguns milímetros
no interior do encéfalo até mais de um metro entre a medula espinhal e as
partes mais distais dos membros. O termo fibra nervosa é comumente utiliza-
do para designar um axônio longo. Ao longo do axônio, o citoplasma contém
muitas mitocôndrias e microtúbulos.
Alguns neurônios têm partes de seus axônios cobertas por uma substância
lipoprotéica branca chamada mielina, produzida através de células gliais espe-
cíficas, um processo designado de mielinização. A mielina forma uma bainha
entorno do axônio, dando suporte e ajudando na condução dos impulsos ner-
vosos. Vale destacar que os neurônios podem ser mielínicos ou amielínicos.
Neurônios mielínicos são encontrados no SNC e no SNP, com a mielina sendo a
responsável pela cor esbranquiçada dos nervos e pela coloração da substância
branca do encéfalo e da medula espinhal.
No SNP, a mielinização ocorre com as células de Schwann envolvendo um
axônio. Cada célula de Schwann enovela aproximadamente 1 mm de axônio,
NUTRIÇÃO CLÍNICA 71
NUTRIÇÃO CLÍNICA 72
NUTRIÇÃO CLÍNICA 73
NUTRIÇÃO CLÍNICA 74
NUTRIÇÃO CLÍNICA 75
NUTRIÇÃO CLÍNICA 76
Componentes sensitivos
Componentes motores
NUTRIÇÃO CLÍNICA 77
Dilatação da pupila
Íris Constrição da pupila (miose).
(midríase).
Diminuição do peristaltismo
Aumento do peristaltismo e
Tubo digestório e fechamento dos
abertura dos esfíncteres.
esfíncteres.
Secreção de adrenalina
Glândula supra-renal (através de fibras pré- Nenhuma ação.
ganglionares).
NUTRIÇÃO CLÍNICA 78
ANATOMIA HUMANA 79
ANATOMIA HUMANA 80
ANATOMIA HUMANA 81
3 SISTEMA
CARDIOVASCULAR,
SISTEMA
RESPIRATÓRIO
E SISTEMA
DIGESTÓRIO
Tópicos de estudo
Sistema cardiovascular: Sistema digestório: conceito e
conceito e divisão divisão
Coração, circulação e tipo de Funções do sistema digestório
circulação sanguínea Órgãos anexos ao sistema
Artérias e veias, capilares digestório
sanguíneos, sistema linfático,
baço e timo
ANATOMIA HUMANA 83
ANATOMIA HUMANA 84
ANATOMIA HUMANA 85
ANATOMIA HUMANA 86
ANATOMIA HUMANA 87
ANATOMIA HUMANA 88
ANATOMIA HUMANA 89
É digno de nota que os vasos sanguíneos não são tubos rígidos que sim-
plesmente direcionam o fluxo do sangue, mas são estruturas dinâmicas que
pulsam, constringem e relaxam, e até mesmo proliferam, segundo as neces-
sidades variáveis do corpo. Essas características originam das paredes dos
vasos sanguíneos, que são constituídas de três túnicas (ou camadas):
• Túnica externa (ou adventícia): localizada mais externamente, é
composta de tecido conjuntivo frouxo;
• Túnica média: essa camada intermediária é composta de músculo
liso. As artérias possuem quantidades variáveis de fibras elásticas em sua
túnica média;
• Túnica interna: é a mais interna das três camadas, sendo composta de
epitélio simples pavimentoso (o endotélio) e fibras elásticas. Os capilares
são compostos apenas do endotélio, sobre uma lâmina basal.
ANATOMIA HUMANA 90
EXPLICANDO
A retenção de sangue nas veias das pernas por períodos longos pode
causar a deformação das veias nos trechos onde as válvulas se tornam
ineficientes. O resultado são as veias varicosas, conhecidas popularmente
como varizes. As varicosidades resultantes nas veias anais são conheci-
das como hemorroidas. As veias varicosas podem ser hereditárias, mas
também podem ocorrer com pessoas em ocupações que requerem longos
períodos de imobilidade. A obesidade e a gravidez podem provocar ou
agravar o problema.
ANATOMIA HUMANA 91
ANATOMIA HUMANA 92
ANATOMIA HUMANA 93
ANATOMIA HUMANA 94
Narinas Faringe
Laringe
Brônquio esquerdo
Traqueia principal
Brônquios
Carina
Pulmão esquerdo
Brônquio direito
principal
Pulmão direito Diafragma
ANATOMIA HUMANA 95
ANATOMIA HUMANA 96
CURIOSIDADE
Durante a deglutição, o palato mole e a úvula palatina são elevados, no
intuito de bloquear a cavidade nasal e impedir que alimentos entrem por
ela. Ocasionalmente, uma pessoa pode, subitamente, exalar ar (quando
ri, por exemplo) enquanto deglute líquido. Se isso efetivamente ocorrer
antes que a úvula bloqueie a parte nasal da faringe, o líquido deve entrar
na cavidade nasal.
Na parede lateral da parte nasal da faringe há uma abertura que se liga à tuba
auditiva, que permite a comunicação da parte nasal da faringe com a cavidade
timpânica da orelha média, atuando para igualar as pressões do ar na cavidade
timpânica com a pressão externa, permitindo a livre movimentação da membra-
na timpânica. Entretanto, esta comunicação permite que infecções da faringe se
propaguem para a orelha média.
Laringe
A laringe, ou “caixa” de voz, é um órgão que conecta a parte laríngea da farin-
ge com a traqueia e está localizada na linha mediana anterior do pescoço, entre a
quarta e sexta vértebra cervical. A laringe tem como principal função permitir a pas-
sagem do ar durante a respiração, além de bloquear a entrada de alimentos ou líqui-
dos na traqueia durante a deglutição. Uma função secundária é a produção de sons.
A laringe possui o formato de uma caixa triangular, sendo constituída por nove
cartilagens: três grandes ímpares e seis menores pares. A maior das cartilagens ím-
pares é cartilagem tireoidea, conhecida por sua proeminência anterior popularmen-
te chamada de “pomo de Adão”. Ela é comumente maior e mais proeminente nos
homens devido ao efeito dos hormônios sexuais masculinos durante a puberdade.
ANATOMIA HUMANA 97
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ANATOMIA HUMANA 99
Inspiração Expiração
Sistema digestório
Cavidade oral
Língua
Esôfago
Baço
Fígado
Estômago
Vesícula biliar
Intestino delgado
Apêndice Reto
Ânus
Aberturas na
Glândulas Localizações Ductos Tipos de secreção
cavidade oral
Anterior e
inferior à orelha; Lateral ao Líquido seroso
Glândula Ducto parotídeo
subcutânea segundo molar aquoso, sais
parótida (de Stensen).
sobre o músculo superior. e enzima.
masseter.
Anterior à Principalmente
Vários ductos
glândula Ductos ao longo muco espesso e
Glândula sublinguais
submandibular da base pegajoso, sais
sublingual pequenos
debaixo da língua. e enzima
(de Rivinus).
da língua. (amilase salivar).
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2013, p. 647. (Adaptado).
ASSISTA
Se a concentração da bile aumenta exageradamente, podem
aparecer cristais de sais e minerais insolúveis (cálculos
biliares), bem como processos inflamatórios na vesícula (co-
lecistites). Para saber mais sobre os cálculos biliares, assista
ao vídeo Pedra na vesícula – Sintomas e Tratamento.
Pâncreas
O pâncreas é a maior segunda glândula anexa do sistema digestório e situa-
-se transversalmente e posterior à curvatura maior do estômago. O pâncreas
é formado por cabeça, corpo e cauda. A cabeça é a porção expandida do ór-
gão perto da curvatura do duodeno. Da porção inferior da cabeça projeta-se o
processo uncinado, que forma um arco atrás da artéria e da veia mesentéricas
superiores, circundando-as.
O pâncreas é um órgão misto (ou anfícrino), pois trata-se de uma glândula
com função exócrina e endócrina. As secreções endócrinas são os hormônios
insulina e o glucagon, envolvidos no metabolismo dos glicídios. A secreção exó-
crina é o suco pancreático, que é composto por enzimas que digerem proteí-
nas, lipídios e glicídios. Embora se presuma que a inervação autônoma influen-
cie a produção de enzimas, a secreção pancreática é controlada principalmente
pelos hormônios secretina e colecistoquinina liberados pelo intestino delgado
na presença do quimo.
O suco pancreático é produzido pelas células secretoras acinares e segue
para fora do pâncreas por dois canais: o ducto pancreático (ducto de Wirsung)
4 SISTEMAS URINÁRIO,
REPRODUTOR,
ENDÓCRINO E
TEGUMENTAR
Tópicos de estudo
Sistema urinário e sistema
reprodutor
Órgãos do sistema urinário
Vias urinárias
Órgãos genitais masculinos
Órgãos genitais femininos
Sistema endócrino
Classificação topográfica das
glândulas endócrinas
Outras estruturas endócrinas
Sistema tegumentar
Funções do sistema tegumentar
Pele
Anexos do sistema tegumentar
EXPLICANDO
Vale ressaltar que a capacidade reprodutora é limitada a períodos de vida
específicos: inicia-se durante o fim da adolescência, em uma fase cha-
mada de puberdade; alcança seu clímax na fase adulta; e diminui com o
avançar da idade, cessando primeiro na mulher.
Vias urinárias
Ureteres
A partir dos rins, a urina flui da pelve renal por meio dos ureteres, tubos del-
gados que transportam a urina para a bexiga urinária, por onde entram através
dos ângulos póstero-laterais de sua base. Qualquer aumento de pressão den-
tro da bexiga comprime suas paredes, fechando as aberturas para os ureteres
e evitando o refluxo de urina.
A parede de cada ureter é composta de três camadas: uma mucosa interna
capaz de secretar um muco que cobre e protege as paredes do ureter; uma tú-
nica muscular intermediária constituída por uma camada longitudinal (interna)
e uma camada circular (externa) de músculo liso; e uma túnica mais externa de
tecido conjuntivo (adventícia), que envolve e protege as camadas mais internas,
além de sustentar o ureter em posição. Ondas peristálticas movimentam a uri-
na através do ureter, sendo iniciadas pela presença de urina na pelve renal e
cuja frequência é influenciada pelo volume de urina. As ondas podem ocorrer
por alguns segundos até alguns minutos.
Veia renal
Artéria renal direita esquerda
Ureter
Bexiga
Uretra
ASSISTA
O óvulo já fecundado pode ocasionalmente fixar-se na
tuba uterina e dar início ao desenvolvimento do embrião,
uma condição que exige intervenção cirúrgica conhecida
como gravidez tubária ou gravidez ectópica. Para saber
mais sobre essa situação, procedimentos e riscos, assista
ao vídeo Há como levar a gestação adiante em casos de
gravidez tubária? | Momento Papo de Mãe.
Sistema endócrino
A regulação da homeostase do corpo humano consiste na coordenação das
atividades dos órgãos e sistemas, com os sistemas nervoso e endócrino traba-
lhando em conjunto para monitorar, ajustar e integrar as atividades fisiológicas
do corpo. O sistema nervoso produz respostas a curto prazo (geralmente milis-
segundos) e bastante específicas aos estímulos ambientais. Ao contrário, o sis-
tema endócrino altera as atividades metabólicas de diferentes órgãos e tecidos
simultaneamente, podendo ter um efeito que dure minutos, semanas ou meses.
Este padrão de resposta do sistema endócrino é particularmente eficiente
no controle de processos contínuos, lentos e com efeitos generalizados. Alguns
processos importantes regulados pelo sistema endócrino são o crescimento
do corpo, o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos genitais, a manu-
tenção da composição química sanguínea e o controle da taxa metabólica. O
ramo médico que estuda a estrutura e a função das glândulas endócrinas, além
do diagnóstico e o tratamento de seus distúrbios, é a endocrinologia.
Vale ressaltar que, com base na estrutura e na função, as numerosas glândulas
do corpo podem ser classificadas em exócrinas ou endócrinas. Glândulas exócri-
nas, como as glândulas sudoríferas, salivares e mucosas, sintetizam secreções que
são transportadas por ductos. As glândulas endócrinas constituem o sistema en-
dócrino. Ao contrário das glândulas exócrinas, as endócrinas não possuem ductos,
secretando substâncias químicas específicas chamadas hormônios diretamente
no sangue, na linfa ou no líquido intersticial circundante. Os tipos básicos de hor-
mônios são esteroides (derivados do colesterol), proteínas e aminas (derivados de
aminoácidos). Estes hormônios são transportados para células-alvo, locais especí-
Promove crescimento de
Hormônio do cresci-
Ossos e tecidos todos os tecidos; síntese
mento (GH) (somato-
moles proteica; mobilização de lipí-
propina)
deos e catabolismo
Glândulas
Prolactina (PRL) Estimula a produção de leite
mamárias
Estimula o desenvolvimento
Adrenocorticotrópico Córtex da dos óvulos/espermatozoides
(ACTH) suprarrenal e secreta estrógeno nas
Adeno-hipófise
mulheres
Hipotálamo
A secreção de hormônios pela adeno-hipófise é controlada pelo hipotálamo,
que secreta tanto hormônios de liberação, estimulando as células da adeno-hi-
CURIOSIDADE
A ingestão continuada de iodo é essencial para a função normal da ti-
reoide. A substância absorvida é transportada pelo sangue até a glândula
tireoide e a bomba de iodo, um mecanismo de transporte ativo, conduz o
iodo para o interior das células da tireoide. O iodo, então, se combina com
aminoácidos para sintetizar os hormônios tireoidianos.
Determina a reabsorção
óssea; aumenta os níveis de
Glândulas Ossos, rins e intes- cálcio; estimula a absorção
Paratireóideo (PTH)
Paratireoides tinos de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção
de fosfato pelos rins
Timo
O timo é um órgão linfoide e bilateralmente simétrico, que se desen-
volve bem até a adolescência, porém, na vida adulta, é reduzida a uma
massa de tecido conjuntivo infiltrada por tecido adiposo. Os hormônios
produzidos pelo timo são a timosina, o fator tumoral do timo (THF), o fator
tímico (TF) e a timopoetina, que estimulam a proliferação e o amadureci-
mento das células T, células de imunidade que destroem microrganismos
estranhos e toxinas.
Glândulas suprarrenais
As glândulas suprarrenais, ou adrenais, são pares de glândulas bilaterais
que se situam sobre o polo superior dos rins. Elas se dividem em medula,
uma porção central equivalente a 90% da massa glandular, e córtex, uma
Diversos tecidos,
Glândula Adrenalina (epinefri- Estimula na elevação dos
especialmente
suprarrenal na) e noradrenalina níveis de glicose e participa
coração e vasos
Medula (norefinefrina) da resposta ao estresse
sanguíneos
Auxiliam na regulação do
metabolismo de proteínas,
Glicocorticoides carboidratos e gorduras;
Todos os tecidos
(cortisol) elevam os níveis de glicose
no sangue; e participam na
resposta ao estresse
Estimula o desenvolvimento
Órgãos sexuais,
das características sexuais
Hormônios sexuais ossos, músculos
secundárias em homens e
e pele
mulheres
Pâncreas
O pâncreas executa as funções de uma glândula endócrina e uma glându-
la exócrina simultaneamente. A porção endócrina do pâncreas consiste em
agrupamentos de células dispersas chamadas ilhotas pancreáticas ou ilhotas
de Langerhans. Estas estruturas endócrinas são mais comuns no corpo e na
cauda do pâncreas e consistem, principalmente, em dois tipos de células se-
cretoras chamadas células Alfa, que secretam glucagon, e células beta, que
secretam insulina.
Pâncreas
(ilhotas Fígado, músculos e Eleva níveis de glicose no
Glucagon
pancreáticas) tecido adiposo sangue
- Células Alfa
Gônadas
As gônadas são os principais órgãos sexuais masculino e feminino, e pelo
fato de produzirem hormônios sexuais e células sexuais (gametas), são glân-
dulas mistas. As gônadas masculinas são denominadas testículos e as gônadas
femininas são chamadas de ovários.
Nos testículos, as células endócrinas liberam androgênios (principalmente
testosterona); nos ovários, os androgênios são secretados e convertidos em
estrogênios pelas células foliculares ovarianas, que também produzem proges-
terona. Após a ovulação, os estrogênios e a progesterona continuam sendo
liberados pelos folículos ovarianos remanescentes, o corpo lúteo.
Estimulam o desenvolvimen-
Gônadas Andrógenos Órgãos sexuais, to dos espermatozoides e
- Testículos (testosterona) pele e músculos das características sexuais
masculinas
Fonte: MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009, p. 521.
Peptídio insulinotró-
Estimula a liberação de insulina pelas células beta
pico dependente de
pancreáticas
Trato glicose (GIP)
gastrintestinal
Secretina Estimula a secreção de suco pancreático e bile
Peptídio natriurético
Coração Diminui a pressão arterial
atrial (ANP)
Pele
A pele possui uma espessura que varia entre 1,5 mm para mais de 4 mm
em diferentes regiões do corpo, sendo subdividida em duas camadas: i) a epi-
derme, camada superficial de tecido epitelial espesso; e ii) a derme, camada
profunda de tecido conjuntivo fibroso. Abaixo da pele, ocorre uma camada ad-
jacente denominada hipoderme, constituída de tecido adiposo e tecido conjun-
tivo frouxo. A hipoderme não pertence ao sistema tegumentar, embora com-
partilhe funções com o tegumento.
Epiderme
A epiderme é um epitélio estratificado pavimentoso e possui quatro tipos
diferentes de células: queratinócitos, melanócitos, células epiteliais táteis e cé-
lulas dendríticas. Os queratinócitos são células especializadas que sintetizam
queratina, uma proteína que fortalece e impermeabiliza a pele. Como os quera-
tinócitos estão afastados do fornecimento de oxigênio e nutrientes vasculares
da derme, seus núcleos degeneram e os conteúdos celulares são dominados
por queratina, completando o processo de queratinização. Os melanócitos são
células epiteliais que produzem melanina, um pigmento que atua como uma
barreira protetora contra a radiação UV da luz solar e estão relacionadas às
variações da cor da pele na espécie humana. As células epiteliais táteis ajudam
na recepção da sensibilidade do tato e são escassas se comparadas com os
queratinócitos e os melanócitos. Por fim, as células dendríticas são células ma-
Estrato Descrição
Derme
A derme é a camada mais profunda e mais espessa do tegumento. No
interior da derme, as fibras colágenas e elásticas estão organizadas em
padrões bem definidos, que produzem as linhas de tensão da pele e pro-
movem o seu tônus. As fibras elásticas na derme estão mais presentes em
jovens e o decréscimo de fibras elásticas está associado ao envelhecimento.
As células encontradas na derme são típicas dos tecidos conjuntivos pro-
priamente dito: fibroblastos, macrófagos, mastócitos e leucócitos dispersos.
A vasta rede de vasos sanguíneos na derme supre a nutrição das células
vivas da epiderme.
A derme é formada por duas camadas distintas: a camada superior, em in-
terface com a epiderme, é chamada de camada papilar. Nela, encontramos as
papilas, numerosas projeções que se estendem da porção superior da derme
rumo à epiderme, formando as bases para as impressões digitais presentes