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EBSERH
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor
no prazo de até 05 dias úteis.,
• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos. ................................................................................................................................... 5
2. Tipologia textual e gêneros textuais. ......................................................................................................................................... 5
3. Ortografia oficial. ....................................................................................................................................................................... 6
4. Acentuação gráfica. .................................................................................................................................................................... 6
5. Classes de palavras. ................................................................................................................................................................... 7
6. Uso do sinal indicativo de crase. ................................................................................................................................................ 14
7. Sintaxe da oração e do período. ................................................................................................................................................ 14
8. Pontuação. ................................................................................................................................................................................. 18
9. Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................................................ 22
10. Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................................................ 23
11. Significação das palavras............................................................................................................................................................ 24
Legislação - EBSERH
1. Lei Federal nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011................................................................................................................... 33
2. Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011.......................................................................................................................... 35
3. Regimento Interno da Ebserh (Aprovado na 155ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, realizada no dia
28 de março de 2023)................................................................................................................................................................. 39
4. Código de Ética e Conduta da Ebserh - Princípios Éticos e Compromissos de Conduta - Publicado em 09/02/2023................. 60
5. estatuto Social da Ebserh (Aprovado na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 24 de maio de 2023)..................... 63
6. Regulamento de Pessoal da Ebserh ........................................................................................................................................... 77
7. Norma Operacional de Controle Disciplinar da Ebserh (atualizado em 17/01/2023, art. 1º ao art. 6º; art. 28 ao art. 45) 84
Legislação - SUS
1. Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS)– princípios,
diretrizes e arcabouço legal........................................................................................................................................................ 91
2. Controle social no SUS................................................................................................................................................................ 98
3. Resolução 453/2012 do Conselho Nacional da Saúde................................................................................................................ 101
4. Constituição Federal 1988, Título VIII - artigos de 194 a 200...................................................................................................... 103
5. Lei Orgânica da Saúde - Lei n º 8.080/1990................................................................................................................................ 106
6. Lei nº 8.142/1990....................................................................................................................................................................... 116
7. Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011............................................................................................................. 117
8. Determinantes sociais da saúde................................................................................................................................................. 121
9. Sistemas de informação em saúde............................................................................................................................................. 121
10. RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011 que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Servi-
ços de Saúde............................................................................................................................................................................... 126
11. Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, que dispõe sobre a carta dos direitos e deveres da pessoa usuária da saú-
de................................................................................................................................................................................................ 130
ÍNDICE
12. RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras provi-
dências........................................................................................................................................................................................ 134
13. Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP).................................................................................................................... 136
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreender e interpretar textos é essencial para que o objetivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é impor-
tante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo.
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explícita. Só
depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação.
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está
escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpretação é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do repertório do leitor.
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou visuais,
isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões,
gestos e cores quando se trata de imagens.
Dicas práticas
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um conceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada parágrafo,
tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhecidas.
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fonte de referências e datas.
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões.
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, questões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguintes
expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto
aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma
que...
A partir da estrutura linguística, da função social e da finalidade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele pertence.
Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas classificações.
Tipos textuais
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finalidade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se apre-
senta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão específico para se fazer a enunciação.
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características:
Apresenta um enredo, com ações e relações entre personagens, que ocorre em determinados espaço e
TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador, e se estrutura da seguinte maneira: apresentação > desenvolvimento >
clímax > desfecho
TEXTO DISSERTATIVO- Tem o objetivo de defender determinado ponto de vista, persuadindo o leitor a partir do uso de argumentos
ARGUMENTATIVO sólidos. Sua estrutura comum é: introdução > desenvolvimento > conclusão.
Procura expor ideias, sem a necessidade de defender algum ponto de vista. Para isso, usa-se comparações,
TEXTO EXPOSITIVO
informações, definições, conceitualizações etc. A estrutura segue a do texto dissertativo-argumentativo.
Expõe acontecimentos, lugares, pessoas, de modo que sua finalidade é descrever, ou seja, caracterizar algo
TEXTO DESCRITIVO
ou alguém. Com isso, é um texto rico em adjetivos e em verbos de ligação.
Oferece instruções, com o objetivo de orientar o leitor. Sua maior característica são os verbos no modo
TEXTO INJUNTIVO
imperativo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica,
como mostrado abaixo:
• OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)
• PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel)
• PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)
As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas.
Regras fundamentais
Regras especiais
REGRA EXEMPLOS
Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”,
saída, faísca, baú, país
desde que não sejam seguidos por “NH”
feiura, Bocaiuva, Sauipe
OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm
Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo
Não são acentuadas palavras homógrafas
pelo, pera, para
OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção
CLASSES DE PALAVRAS.
Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...
Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final
da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação
(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne-
ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se
aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen-
do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão
que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.
Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;
escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral-
mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto,
pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).
Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo
e diminutivo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).
Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-
dade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São
formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar
Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.
Adjetivos de relação
São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto
é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um
substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).
Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:
Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
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LÍNGUA PORTUGUESA
Grau do advérbio DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou ora-
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. ções, nem após ponto-e-vírgula.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que Verbos
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito
• Superlativo analítico: muito cedo (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro
• Superlativo sintético: cedíssimo possuem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo
Curiosidades (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per-
uso de alguns prefixos (supercedo). feito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; presente, futuro do pretérito.
salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im-
e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). perfeito, futuro.
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem
sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um Os tempos verbais compostos são formados por um verbo
sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre
mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designa- flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti-
ção (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou me- cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
lhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito,
pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do preté-
Pronomes rito.
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, • Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito,
isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no pretérito mais-que-perfeito, futuro.
enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem,
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e po- aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando,
dem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...). fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí-
nossos...) pio) ou advérbio (gerúndio).
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no
tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) Tipos de verbos
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questio- Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal.
namentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) Desse modo, os verbos se dividem em:
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar,
na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) vender, abrir...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina-
imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situ- • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados
ações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais
Colocação pronominal (falir, banir, colorir, adequar...)
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem-
pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre
verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: acontecer...)
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular
advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demons- e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
trativos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos
gerúndio antecedidos por “em”. átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se,
Nada me faria mais feliz. pentear-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções
• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerún- • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró-
dio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal. prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.
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• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)
Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)
Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.
Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor
Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.
• Lugar: O vírus veio de Portugal.
• Companhia: Ela saiu com a amiga.
• Posse: O carro de Maria é novo.
• Meio: Viajou de trem.
Combinações e contrações
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras palavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e
havendo perda fonética (contração).
• Combinação: ao, aos, aonde
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso
Conjunção
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabelecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de
conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpre-
tação de textos, além de ser um grande diferencial no momento de redigir um texto.
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas Orações sem sujeito
note que o termo que realmente é o núcleo da oração é o verbo: São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexis-
Chove. (Não há referência a sujeito.) tente.
Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.)
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supos- Ocorrem nos seguintes casos:
tamente dispensáveis, o que nem sempre é verdade. - com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.
Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.
Sujeito e predicado
Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo - haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo de-
concorda. corrido.
Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas)
Exemplos
A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular - fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo
concordando com a notícia.) decorrido.
As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, Exemplo: Fazia 40° à sombra.
concordando com as notícias.)
- ser nas indicações de horas, datas e distâncias.
O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra Exempl: São duas horas.
a essência de sua significação. Em torno dela, como que gravitam
as demais. Predicado nominal
Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lí- O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado
rios é o núcleo do sujeito.) gravitam e que contém o que de mais importante se comunica a
respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo,
Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e ou palavra de natureza substantiva). O verbo e de ligação (liga o nú-
palavras de natureza substantiva. Veja: cleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-
O medo salvou-lhe a vida. (substantivo) necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido
Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substanti- de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar sempre).
vo: adjetivo substantivado.) Exemplo:
Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais
A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da núcleo substantivo: sapos)
oração com o qual o verbo normalmente concorda.
Verbos de ligação
Sujeito simples: tem um só núcleo. São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um
Exemplo: As flores morreram. sujeito a um predicativo. São verbos de ligação: ser, estar, ficar, pa-
recer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
Sujeito composto: tem mais de um núcleo. Exemplo: A rua estava calma.
Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.
Predicativo do sujeito
Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser de- É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação
terminado pela desinência verbal ou pelo contexto. ou classificação do sujeito.
Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu) Exemplo: Você será engenheiro.
Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos - O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de liga-
ou não queremos identificá-lo com precisão. ção, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou com ver-
Ocorre: bos transitivos.
- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a
nenhum substantivo anteriormente expresso. Predicado verbal
Exemplo: Batem à porta. Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta pre-
dicativo. E formado por verbos transitivos ou intransitivos.
- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de li- Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo
gação (VL) acompanhados da partícula SE, chamada de índice de do sujeito: população; núcleo do predicado: assistia, verbo transi-
indeterminação do sujeito (IIS). tivo indireto)
Exemplos:
Vive-se bem. (VI) Verbos intransitivos
Precisa-se de pedreiros. (VTI) São verbos que não exigem complemento algum; como a ação
Falava-se baixo. (VI) verbal não passa, não transita para nenhum complemento, rece-
Era-se feliz naquela época. (VL) bem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozi-
nhos ou com adjuntos adverbiais.
Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.
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Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto. Exemplo de predicativo do objeto direto:
Exemplo: Gosto de flores. O juiz declarou o réu culpado.
Exemplo de predicativo do objeto indireto:
Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto Gosto de você alegre.
e um objeto indireto.
Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômi- Adjunto adnominal
ca aos trabalhadores. (VTDI) É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), res-
tringindo-o, qualificando-o, determinando-o (adjunto: “que vem
Complementos verbais junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe:
Os complementos verbais são representados pelo objeto direto Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vie-
(OD) e pelo objeto indireto (OI). ram me fazer uma visita [visita: nome substantivo] agradável on-
tem à noite.
Objeto indireto São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome
É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição possessivo adjetivo), três (numeral), grandes (adjetivo), que estão
por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos;
transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam o mesmo acontece com uma (artigo indefinido) e agradável (adje-
o objeto indireto ao verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc. tivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o
Exemplo: Acredito em você. substantivo visita.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa
é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tan- ideia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou
tas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
existentes.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por su- Período Composto por Subordinação
bordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática
(também chamada de misto). em relação à primeira, sendo subordinada a ela. Quando um perío-
do é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que
Período Composto por Coordenação uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (prin-
cipal), ele é classificado como período composto por subordinação.
As três orações que formam esse período têm sentido próprio As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: são inde- que exercem.
pendentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não de-
pende da outra sintaticamente. Orações Subordinadas Adverbiais
As orações independentes de um período são chamadas de Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal
orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações co- (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa
ordenadas é chamado de período composto por coordenação. que as introduz:
As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas. - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração prin-
As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não cipal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto
vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: que.
Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram. - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocor-
OCA OCA OCA rência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto
que, a menos que, a não ser que, desde que.
- As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm in- - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração
troduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: em-
A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi. bora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.
OCA OCS - Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com
outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que
com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as in- foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que,
troduzem. Pode ser: logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enun-
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... ciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, por-
mas também, não só... mas ainda. que (=para que), que.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enuncia-
ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou do na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque),
seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. pois que, visto que.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como, (tão)...
todavia, contudo, entretanto, no entanto. como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona pro-
ideia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção porcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à
coordenativa adversativa. medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto
menos.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por Orações Subordinadas Substantivas
isso, pois, logo. São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expres- prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjun-
sa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou ções integrantes que e se.
seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva. - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela
que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto)
ora... ora, seja... seja, quer... quer. - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabele- que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração princi-
ce uma relação de alternância ou escolha com referência à oração pal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa. - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que
exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, importante sua ajuda. (sujeito)
pois, porquanto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2009.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e requer - Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por
que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interrogação conjunção (caso haja pausa).
interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima palavra Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”.
se inicia com maiúscula.
Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com- IMPORTANTE!
plicada? Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de
— Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série
Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos. .
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alen-
Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer car tinham-nas começado.
que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no pa- - Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas
tamar”. se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa.
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu le-
Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa- vava-lhe quanta podia obter”.
nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de
um personagem perante diante de um fato. - Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.),
Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês quando forem proferidas com pausa.
em diante são mais cinquenta... Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
— ?!...”
IMPORTANTE!
— Ponto de Exclamação Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora.
Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com ento- Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer ou-
nação exclamativa. tro nome, que eu de nome não curo.
Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!” Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não
“Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!” é separado por vírgula.
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino.
Este sinal é colocado após uma interjeição.
Ex.: — Olé! exclamei. - Em aposições, a não ser no especificativo.
— Ah! brejeiro! Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para
residência própria, casa de feitio moderno...”
As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em re-
lação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou minúscu- - Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive-
la inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de exclamação. rem efeito superlativamente.
Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!”
— Reticências A casa é linda, linda.
As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude de
um pensamento. - Para intercalar ou separar vocativos e apostos.
Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.
na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.
de ventura...”
— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos - Para separar orações adjetivas de valor explicativo.
os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem... Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu-
tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais,
Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen- muito mais do que ele, — ...”
sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima.
As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa, - Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva
podem ser substituídas por etc. de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações
Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do distintas se juntam.
interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este
meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira-
uma dessas partes. mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...”
Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão,
geralmente utiliza-se uma linha pontilhada. IMPORTANTE!
As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração
ou interrogação. adjetiva, esta pontuação pode acontecer.
Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem fa-
— Vírgula zer gala da sua própria ignorância.
A vírgula (,) é utilizada:
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- Para separar orações intercaladas. - Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, res-
Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu” ponder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, ou que
assim julgamos, de outrem.
- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse muito:
o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da — Creio que o Damião desconfia alguma coisa”
sua principal.
Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...” - Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar textualmente
o discurso do interlocutor, a transcrição aparece acompanhada de
- Para separar o nome do lugar em datas. aspas, e poucas vezes de travessão.
Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020. Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às suplicas
de meu pai:
- Para separar os partículas e expressões de correção, continua- — Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa acharás
ção, explicação, concessão e conclusão. tua mãe morta!”
Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”
Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação espe-
cial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou explicação.
- Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém, to- Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria”
davia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações - Em expressões que possuam uma quebra na sequência das
últimas...” ideias.
Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou.
- Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo. “Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe
Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” após as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se”
“eu”; elipse do verbo sair)
— Ponto e Vírgula
- Omissão por zeugma. Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém mais
Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) re- fraca que o ponto. É utilizado:
lapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)
- Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando uma
- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das ideias pausa mais forte.
e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária. Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei-
-lhe da mão; D. Plácida foi à janela”
- Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que pode
ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma irregular na - Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o con-
oração, a expressão deslocada é separada por vírgula. traste.
Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu
e a derradeira. no projeto”
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Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas. - Delimitam transcrições ou citações textuais.
Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”
— Parênteses e Colchetes
Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento sin- — Alínea
tático e semântico mais completo dentro de um enunciado, assim Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que denota
como estabelecem uma intimidade maior entre o autor e seu leitor. diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, requer a mudan-
Geralmente, o uso do parêntese é marcado por uma entonação es- ça de linha.
pecial. De forma geral, aparece em forma de número ou letra seguida
Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, o de um traço curvo.
sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, contudo, se Ex.: Os substantivos podem ser:
a proposição ou frase inteira for encerrada pelos parênteses, a no- a) próprios
tação deve aparecer dentro deles. b) comuns
Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que
seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão — Chave
frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida” Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. Indicam a
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo.
se tem inventado para a divulgação do pensamento”. (Carta inserta 2
Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }.
nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos de Laet] Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de uma
operação, definindo sua ordem de resolução.
- Isolar datas. Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}
Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914- Também podem ser utilizadas na linguística, representando
1918). morfemas.
Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}.
- Isolar siglas.
Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população eco- — Asterisco
nomicamente ativa (PEA)... Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a intenção
de se fazer um comentário ou citação a respeito do termo, ou uma
- Isolar explicações ou retificações. explicação sobre o trecho (neste caso o asterisco se põe no fim do
Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha período).
preocupação. Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial,
indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode decli-
Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função dis- nar: o Dr.*, B.**, L.***
cursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já foram em-
pregados, com o objetivo de introduzir uma nova inserção. — Barra
São utilizados, também, com a finalidade de preencher lacunas Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
de textos ou para introduzir, em citações principalmente, explica-
ções ou adendos que deixam a compreensão do texto mais simples.
2 https://bit.ly/2RongbC.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.
Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.
Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.
Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.
Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.
MESMO Devem concordar em gênero e número com a As crianças mesmas limparam a sala depois da aula.
PRÓPRIO pessoa a que fazem referência. Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.
Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.
Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.
Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.
Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.
Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.
Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.
Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.
Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje
Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.
Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.
A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:
PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente;
EM
perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.
Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.
Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça as
principais relações e suas características:
Sinonímia e antonímia
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente
<—> esperto
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam significados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: forte
<—> fraco
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LÍNGUA PORTUGUESA
Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- QUESTÕES
núncia semelhantes, porém com significados distintos.
Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe- 1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu
go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava de-
As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma safetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim
grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guara-
“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). ni e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nati-
pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu- vistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor
meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical). de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e
As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas fa-
porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- cetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito
bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.
Polissemia e monossemia
As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alen-
mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a car e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo). (A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores
Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas possam compreender seus romances.
um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos). (B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante
porque deixou uma vasta obra literária com temática atempo-
Denotação e conotação ral.
Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam (C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digi-
um sentido objetivo e literal. Ex: Está fazendo frio. / Pé da mulher. talização, demonstra sua importância para a história do Brasil
Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam Imperial.
um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé (D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importan-
da cadeira. te papel na preservação da memória linguística e da identidade
nacional.
Hiperonímia e hiponímia (E) o grande romancista José de Alencar é importante porque
Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi- se destacou por sua temática indianista.
ficado entre as palavras.
Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que 2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a su-
tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão. pressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou
Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por- na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos,
tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex: políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela
Limão é hipônimo de fruta. cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida.
Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos
Formas variantes melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica
São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais
que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in- deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difu-
farto / gatinhar – engatinhar. são desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em
termos que os tornem acessíveis a todos.
Arcaísmo
São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo (Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que
ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo
encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far- “chamadas” indica que o autor
mácia / franquia <—> sinceridade. (A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise
crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ci-
ências sociais”.
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
25
LÍNGUA PORTUGUESA
3. (UERJ - 2016)
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um
tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
(A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo.
(B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados.
(C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados.
(D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos.
4. (FUNDEP – 2014) As tipologias textuais são constructos teóricos inerentes aos gêneros, ou seja, lança-se mão dos tipos para a
produção dos gêneros diversos. Um professor, ao solicitar à turma a escrita das “regras de um jogo”, espera que os estudantes utilizem,
predominantemente, a tipologia
(A) descritiva, devido à presença de adjetivos e verbos de ligação.
(B) narrativa, devido à forte presença de verbos no passado.
(C) injuntiva, devido à presença dos verbos no imperativo.
(D) dissertativa, devido à presença das conjunções.
5. (ENEM 2010)
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo.
Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é
(A) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado.
(B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo.
(C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo.
(D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas.
(E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.
26
LÍNGUA PORTUGUESA
O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que (D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se recuperou,
representa sua definição Remígio resolveu pedí-la em casamento.
(A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o intuito (E) Fadinha não tinha mágoa por não ser mais tão bela; agora,
de persuadir o leitor. interessava-lhe viver no paraíso com Remígio.
(B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para de-
talhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender. 11. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acen-
(C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em crono- tuadas devido à mesma regra:
logia obrigatória o enredo por meio de personagens. (A) saí – dói
(D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por in- (B) relógio – própria
tuito explicar um conceito, mais comumente em um dicionário (C) só – sóis
ou enciclopédia. (D) dá – custará
(E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares. (E) até – pé
7. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa em 12. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráfica das palavras
que todas as palavras estão adequadamente grafadas. agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto.
(A) Silhueta, entretenimento, autoestima. (A) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a tonici-
(B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento. dade para a última sílaba, é necessário que se marque graficamente
(C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta. a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse
(D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo. feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas.
(E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo. (B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L.
(C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
8. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEI- (D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – eu.
RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de (E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.
forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta
padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas 13. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto:
erroneamente, exceto em: Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. Uma organização não governamental holandesa está propondo
(B) É um privilégio estar aqui hoje. um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade. sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
(D) A criança estava com desinteria. grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
(E) O bebedoro da escola estava estragado. O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi-
cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que
9. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par-
com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar
alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de um contador na rede social.
classificação. Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade
“____________ o céu é azul?” dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân- Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam
sito pelo caminho.” em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso,
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam
ao nosso encontro.” ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun-
diais. ____________?” (http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)
(A) Porque – porquê – por que – Por quê
(B) Porque – porquê – por que – Por quê Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa-
(C) Por que – porque – porquê – Por quê rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro-
(D) Porquê – porque – por quê – Por que pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos
(E) Por que – porque – por quê – Porquê usuários longe da rede social.”
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão:
10. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternativa em que todas (A) da retomada de informações que podem ser facilmente de-
as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se as regras preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman-
de acentuação da língua padrão. ticamente.
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D. Firmi- (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo
na, que aceitou o matrimônio de sua filha. possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte-
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria desposa-la raria o sentido do texto.
apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença. (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
(C) Com a saúde de Fadinha comprometida, Remígio não con- informação conhecida, e da especificação, no segundo, com
seguia se recompôr e viver tranquilo. informação nova.
27
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, (C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo. (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma.
(E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo (E) tentamos aquele emprego novamente.
qual são introduzidas de forma mais generalizada
20. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
14. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon- as lacunas do texto a seguir:
dem a um adjetivo, exceto em: “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
(A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
(B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
(C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
(D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
sem fim. arte.”
(E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. (A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em
15. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas (C) bastante - por - meias - ao - a - à
só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, (D) meias - para - muito - pelo - em - por
respectivamente: (E) bem - por - meio - para o - pelas – na
(A) adjetivo, adjetivo
(B) advérbio, advérbio 21. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo
(C) advérbio, adjetivo com a gramática:
(D) numeral, adjetivo I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
(E) numeral, advérbio II - Muito obrigadas! – disseram as moças.
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
16. (BANCO DO BRASIL) Opção que preenche corretamente as IV - A pobre senhora ficou meio confusa.
lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___ V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
todas as pessoas convocadas.
(A) à - à – à (A) em I e II
(B) a - à – à (B) apenas em IV
(C) à - a – a (C) apenas em III
(D) a - a – à (D) em II, III e IV
(E) à - a - à (E) apenas em II
17. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as 22. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio
lacunas das seguintes orações: em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma
I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários. culta é:
II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado. (A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
III. ___ dias está desaparecido. seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam
IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___ líderes pefelistas.
reunião. (B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do
(A) a - a - há - a – à qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa-
(B) à - a - a - há – a íses passou despercebida.
(C) a - à - a - a – há (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a
(D) há - a - à - a – a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação
(E) a - há - a - à – a. social.
(D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
18. (TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
está incorreto em: (E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui-
(A) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar. mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,
(B) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado. a aventura à repetição.
(C) Não devemos fazer referências àqueles casos.
(D) Sairemos às cinco da manhã. 23. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamente
(E) Isto não seria útil à ela. as lacunas correspondentes.
A arma ___ se feriu desapareceu.
19. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós Estas são as pessoas ___ lhe falei.
____________________.” Aqui está a foto ___ me referi.
Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada- Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
mente a frase acima. Assinale-a. (A) que, de que, à que, cujo, que.
(A) desfilando pelas passarelas internacionais. (B) com que, que, a que, cujo qual, onde.
(B) desista da ação contra aquele salafrário. (C) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
28
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) com a qual, de que, que, do qual, onde. II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi-
(E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura
no paradigma argumentativo do enunciado.
24. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa: III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co-
(A) Avisaram-no que chegaríamos logo. loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi-
(B) Informei-lhe a nota obtida. dade e identidade”.
(C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos
sinais de trânsito. Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi-
(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo. ção(ões) verdadeira(s).
(E) Muita gordura não implica saúde. (A) I, apenas
(B) II e III
25. (FMPA – MG) (C) III, apenas
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- (D) II, apenas
te aplicada: (E) I e II
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. 27. (UNIFOR CE – 2006)
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi-
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever. sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao
(E) A cessão de terras compete ao Estado. resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um
rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o
26. (UEPB – 2010) silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per-
maiores nomes da educação mundial na atualidade. guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra,
indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
Carlos Alberto Torres de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de
1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida-
3
pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diversida- de.
de não só em ideias contrapostas, mas também em 5identidades que Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diversidade está indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fos- sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
se uma boa articulação 10dessa descrição demográfica em termos de igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a pre- tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
sença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder,
de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe. (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.
[…] p.68)
Rosa Maria Torres
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po- cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se
lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e o contexto, é
pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de (A) ceticismo.
reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a (B) desdém.
escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o (C) apatia.
tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas (D) desinteresse.
indesejadas. (E) negligência.
[…]
28. (IABAS – FARMACÊUTICO - IBADE - 2019)
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibi- Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
lidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de
como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma característica
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mun-
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que do “VUCA” (Volatility, uncertainty, complexity and ambiguity em in-
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo glês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie
mo, em relação à “diversidade”. incrivelmente adaptável. O número de pessoas picadas em todo o
Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado,
de acordo com o Ministério da Saúde. A espécie que aterroriza os
29
LÍNGUA PORTUGUESA
brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele COYLE, A. Administração penitenciária: uma abordagem de direitos
se reproduz por meio do milagre da partenogênese, significando humanos. Manual para servidores penitenciários. Brasília: Ministério
que um escorpião feminino simplesmente gera cópias de si mesma da Justiça, 2002, p. 21.
duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária.
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “pro- Com base nas relações morfossintáticas estabelecidas pelo au-
blema perverso”. Este termo, usado pela primeira vez em 1973, re- tor no primeiro período, assinale a alternativa correta.
fere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e (A) Na linha 1, a conjunção “Quando” relaciona orações coor-
guerra - sem solução simples ou definitiva, e que surgem na interse- denadas entre si.
ção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião ur- (B) Os termos “em prisões” (linha 1) e “seu aspecto físico” (li-
bano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, sa- nha 2) funcionam como complementos verbais e classificam-
neamento inapropriado, urbanização rápida e mudanças climáticas. -se, respectivamente, como objeto indireto e objeto direto.
No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, (C) As formas verbais “pensam” (linha 1) e “tendem a conside-
melhor. Isso pode significar tudo, desde campanhas de conscien- rar” (linhas 1 e 2) referem-se ao mesmo sujeito sintático: “as
tização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até for- pessoas” (linha 1).
ças-tarefa exterminadoras que trabalham para controlar sua popu- (D) Na linha 1, a exclusão do pronome “elas” alteraria a estru-
lação em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O tura do período, pois o predicado da segunda oração passaria a
sistema nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a se referir a um sujeito indeterminado.
essa nova ameaça. (E) Na linha 2, o adjetivo “físico” completa o sentido do subs-
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades tantivo “aspecto”, por isso desempenha a função de comple-
federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do mento nominal.
escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em
nível nacional e estadual para treinar profissionais de saúde sobre o 30. (IF-RO - ENGENHEIRO CIVIL - IBADE - 2019)
risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum plano “Viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, sur-
para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está gir de ombros e braços nus, para dançar. A Lua destoldara-se nesse
se dirigindo. momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os
Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindi- meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça
cado seu lugar ao lado de crimes violentos, tráfico brutal e outros irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso,
problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam com muito de serpente e muito de mulher.
lidar diariamente. Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebo-
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas So- lando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda,
ciais Complexos, na Universidade de São Paulo (USP). ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num re-
quebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga
Texto adaptado de Revista Galileu empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/MeioAmbiente/noti- se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que
cia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasilpode-ser-imparavel-di- se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltas-
z-pesquisador.html) se à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar
e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os
Observe a oração destacada: quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente,
“A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “pro- erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro,
blema perverso.” sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tiri-
Sobre seus termos, é correto afirmar que: lando.”
(A) escorpião é núcleo do sujeito. O cortiço, Aluísio de Azevedo.
(B) urbano é predicativo do objeto.
(C) perverso é núcleo do sujeito. Em “como se se fosse afundando, num prazer grosso que nem
(D) clássico é núcleo do predicativo do objeto. azeite”, é correto afirmar que:
(E) problema é núcleo do predicativo do sujeito. (A) o termo “que” é um pronome relativo e funciona como su-
jeito.
29. (SEAP-GO - AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL - IADES - (B) em “como SE SE fosse afundando”, têm-se, respectivamen-
2019) te, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e
uma partícula integrante do verbo.
(C) a expressão “que nem” é uma locução conjuntiva coorde-
nativa aditiva.
(D) em “como se se fosse afundando”, o primeiro “se” é par-
tícula apassivadora, enquanto o segundo “se” é um pronome
clítico.
(E) o termo “num” é uma combinação, entre a preposição “em”
e o artigo definido “um”, que apresenta caráter informal na lín-
gua portuguesa.
30
LÍNGUA PORTUGUESA
GABARITO ANOTAÇÕES
______________________________________________________
1 D
2 E ______________________________________________________
3 C ______________________________________________________
4 C
______________________________________________________
5 B
______________________________________________________
6 D
7 A ______________________________________________________
8 B ______________________________________________________
9 C
______________________________________________________
10 E
11 B ______________________________________________________
12 E ______________________________________________________
13 D
______________________________________________________
14 B
______________________________________________________
15 B
16 C ______________________________________________________
17 A ______________________________________________________
18 E
______________________________________________________
19 C
20 A ______________________________________________________
21 C ______________________________________________________
22 E ______________________________________________________
23 C
______________________________________________________
24 A
25 C ______________________________________________________
26 B ______________________________________________________
27 D
______________________________________________________
28 E
______________________________________________________
29 B
30 B _____________________________________________________
_____________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
33
LEGISLAÇÃO - EBSERH
§3º Consideram-se instituições congêneres, para efeitos desta §1º Os contratos temporários de emprego de que trata o caput
Lei, as instituições públicas que desenvolvam atividades de ensino e somente poderão ser celebrados durante os 2 (dois) anos subse-
de pesquisa na área da saúde e que prestem serviços no âmbito do quentes à constituição da EBSERH e, quando destinados ao cumpri-
Sistema Único de Saúde - SUS. mento de contrato celebrado nos termos do art. 6º , nos primeiros
Art. 7º No âmbito dos contratos previstos no art. 6º , os servi- 180 (cento e oitenta) dias de vigência dele.
dores titulares de cargo efetivo em exercício na instituição federal §2º Os contratos temporários de emprego de que trata o caput
de ensino ou instituição congênere que exerçam atividades relacio- poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a soma dos 2
nadas ao objeto da EBSERH poderão ser a ela cedidos para a realiza- (dois) períodos não ultrapasse 5 (cinco) anos.
ção de atividades de assistência à saúde e administrativas. Art. 12. A EBSERH poderá celebrar contratos temporários de
§1º Ficam assegurados aos servidores referidos no caput os emprego com base nas alíneas a e b do §2º do art. 443 da Con-
direitos e as vantagens a que façam jus no órgão ou entidade de solidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
origem. 5.452, de 1º de maio de 1943, mediante processo seletivo simpli-
§2º A cessão de que trata o caput ocorrerá com ônus para o ficado, observado o prazo máximo de duração estabelecido no seu
cessionário. (Revogado pela Lei nº 12.863, de 2013) art. 445.
Art. 8º Constituem recursos da EBSERH: Art. 13. Ficam as instituições públicas federais de ensino e ins-
I - recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento tituições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, no âmbito e
da União; durante a vigência do contrato de que trata o art. 6º , bens e direitos
II - as receitas decorrentes: necessários à sua execução.
a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto; Parágrafo único. Ao término do contrato, os bens serão devol-
b) da alienação de bens e direitos; vidos à instituição cedente.
c) das aplicações financeiras que realizar; Art. 14. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas à fiscaliza-
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen- ção dos órgãos de controle interno do Poder Executivo e ao controle
dos e bonificações; e externo exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal
e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio- de Contas da União.
nais e internacionais; Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada
III - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe de previdência privada, nos termos da legislação vigente.
forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser
ou privado; e feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada
IV - rendas provenientes de outras fontes. já existente.
Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido Art. 16. A partir da assinatura do contrato entre a EBSERH e a
para atendimento do objeto social da empresa, excetuadas as par- instituição de ensino superior, a EBSERH disporá de prazo de até 1
celas decorrentes da reserva legal e da reserva para contingência. (um) ano para reativação de leitos e serviço inativos por falta de
Art. 9º A EBSERH será administrada por um Conselho de Admi- pessoal.
nistração, com funções deliberativas, e por uma Diretoria Executiva Art. 17. Os Estados poderão autorizar a criação de empresas
e contará ainda com um Conselho Fiscal e um Conselho Consultivo. públicas de serviços hospitalares.
§1º O estatuto social da EBSERH definirá a composição, as atri- Art. 18. O art. 47 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
buições e o funcionamento dos órgãos referidos no caput . 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
§2º (VETADO). “Art. 47. .....................................................................
§3º (VETADO). .............................................................................................
§4º A atuação de membros da sociedade civil no Conselho V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame
Consultivo não será remunerada e será considerada como função públicos.” (NR)
relevante. Art. 19. O Título X da Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de
§5º Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da EBSERH. 7 de dezembro de 1940 - Código Penal , passa a vigorar acrescido
Art. 10. O regime de pessoal permanente da EBSERH será o da do seguinte Capítulo V:
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei “ CAPÍTULO V
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação complementar, con- DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
dicionada a contratação à prévia aprovação em concurso público Fraudes em certames de interesse público
de provas ou de provas e títulos, observadas as normas específicas ‘Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
editadas pelo Conselho de Administração. beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do
Parágrafo único. Os editais de concursos públicos para o preen- certame, conteúdo sigiloso de:
chimento de emprego no âmbito da EBSERH poderão estabelecer, I - concurso público;
como título, o cômputo do tempo de exercício em atividades corre- II - avaliação ou exame públicos;
latas às atribuições do respectivo emprego. III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
Art. 11. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, autorizada IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
a contratar, mediante processo seletivo simplificado, pessoal técni- Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
co e administrativo por tempo determinado. §1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por
qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações
mencionadas no caput .
§2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pú-
blica:
34
LEGISLAÇÃO - EBSERH
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. §2º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à
§3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido saúde, a EBSERH observará as diretrizes e políticas estabelecidas
por funcionário público.’ (NR)” pelo Ministério da Saúde.
Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. §3º A execução das atividades mencionadas neste artigo dar-
Brasília, 15 de dezembro de 2011; 190º da Independência e -se-á por meio da celebração de contrato específico para este fim,
123º da República. pactuado de comum acordo entre a EBSERH e cada uma das insti-
tuições de ensino ou instituições congêneres, respeitado o princípio
da autonomia das universidades.
DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011
§4º A EBSERH, no exercício de suas atividades, deverá estar
orientada pelas políticas acadêmicas estabelecidas no âmbito das
DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 instituições de ensino com as quais estabelecer contrato de presta-
ção de serviços.
Aprova o Estatuto Social da Empresa Brasileira de Serviços Hos- Art. 4º O prazo de duração da EBSERH é indeterminado.
pitalares -EBSERH, e dá outras providências. Art. 5º A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe comerciais, trabalhistas e tributários.
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dis-
posto na Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011, CAPÍTULO II
DECRETA: DO CAPITAL SOCIAL E DOS RECURSOS
Art. 1º Fica aprovado o Estatuto Social da Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares - EBSERH, nos termos do Anexo, empresa Art. 6º O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 (cinco
pública federal, unipessoal, vinculada ao Ministério da Educação. milhões de reais), integralmente sob a propriedade da União.
Art. 2º A constituição inicial do capital social da EBSERH será de Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser au-
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), a ser integralizado pela mentado e integralizado com recursos oriundos de dotações con-
União. signadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de
Art. 3º O disposto no art. 1º , inciso II do caput, do Decreto nº qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em di-
757, de 19 de fevereiro de 1993, não se aplica à EBSERH. nheiro.
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Constituem recursos da EBSERH:
Brasília, 28 de dezembro de 2011; 190º da Independência e I - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da
123º da República. União;
II - as receitas decorrentes:
ANEXO a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto;
ESTATUTO SOCIAL DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS b) da alienação de bens e direitos;
HOSPITALARES S.A. - EBSERH c) das aplicações financeiras que realizar;
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen-
CAPÍTULO I dos e bonificações; e
DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E DURAÇÃO e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio-
nais e internacionais;
Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH, III - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe
empresa pública dotada de personalidade jurídica de direito priva- forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público
do e patrimônio próprio, reger-se-á pelo presente Estatuto Social e ou privado;
pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. IV - os oriundos de operações de crédito, assim entendidos os
Parágrafo único. A EBSERH fica sujeita à supervisão do Ministro provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela enti-
de Estado da Educação. dade; e
Art. 2º A EBSERH tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal, V - rendas provenientes de outras fontes.
e atuação em todo o território nacional, podendo criar subsidiárias, Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido
sucursais, filiais ou escritórios e representações no país. para atendimento do objeto social da empresa, excetuadas as par-
Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços celas decorrentes da reserva legal e da reserva para contingência.
gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio
diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação CAPÍTULO III
às instituições públicas federais de ensino ou instituições congê- DA COMPETÊNCIA
neres de serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao
ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde Art. 8º A EBSERH exercerá atividades relacionadas com suas fi-
pública, observada, nos termos do art. 207 da Constituição , a au- nalidades, competindo-lhe, particularmente:
tonomia universitária. I - administrar unidades hospitalares, bem como prestar servi-
§1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saú- ços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diag-
de de que trata o caput estarão inseridas integral e exclusivamente nóstico e terapêutico à comunidade, integralmente disponibilizados
no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. ao Sistema Único de Saúde;
35
LEGISLAÇÃO - EBSERH
II - prestar, às instituições federais de ensino superior e a outras V - os que detiveram o controle ou participaram da administra-
instituições públicas congêneres, serviços de apoio ao ensino e à ção de pessoa jurídica concordatária, falida ou insolvente, no perí-
pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de odo de cinco anos anteriores à data da eleição ou nomeação, salvo
pessoas no campo da saúde publica, em consonância com as dire- na condição de síndico, comissário ou administrador judicial;
trizes do Poder Executivo; VI - sócio, ascendente, descendente ou parente colateral ou
III - apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de insti- afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de Administra-
tuições federais de ensino superior e de outras instituições públicas ção, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal;
congêneres, cuja vinculação com o campo da saúde pública ou com VII - os que tiverem interesse conflitante com a sociedade.
outros aspectos da sua atividade torne necessária essa cooperação, §1º Aos integrantes dos órgãos de administração é vedado in-
em especial na implementação de residência médica ou multipro- tervir em operação em que, direta ou indiretamente, sejam inte-
fissional e em área profissional da saúde, nas especialidades e regi- ressadas sociedades de que detenham o controle ou participação
ões estratégicas para o SUS; superior a cinco por cento do capital social.
IV - prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em §2º O impedimento referido no §1º aplica-se, ainda, quando se
pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitários tratar de empresa em que ocupem ou tenham ocupado, em período
federais e a outras instituições públicas congêneres; imediatamente anterior à investidura na EBSERH, cargo de gestão.
V - prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hos-
pitais universitários e federais e a outras instituições públicas con- CAPÍTULO V
gêneres, com a implementação de sistema de gestão único com DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
geração de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabele-
cimento de metas; e Art. 12. O órgão de orientação superior da EBSERH é o Con-
VI - exercer outras atividades inerentes às suas finalidades. selho de Administração, composto por nove membros, nomeados
Art. 9º A EBSERH prestará os serviços relacionados às suas pelo Ministro de Estado da Educação, obedecendo a seguinte com-
competências mediante contrato com as instituições federais de posição:
ensino ou instituições públicas congêneres, o qual conterá, obriga- I - três membros indicados pelo Ministro de Estado da Educa-
toriamente: ção, sendo que um será o Presidente do Conselho e outro substitu-
I - as obrigações dos signatários; to nas suas ausências e impedimentos;
II - as metas de desempenho, indicadores e prazos de execução II - o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a Presi-
a serem observados pelas partes; e dência do Conselho, ainda que interinamente;
III - a respectiva sistemática de acompanhamento e avaliação, III - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planeja-
contendo critérios e parâmetros a serem aplicados. mento, Orçamento e Gestão;
Parágrafo único. A EBSERH dará ampla publicidade aos contra- IV - dois membros indicados pelo Ministro de Estado da Saúde;
tos firmados, inclusive por meio de sítio na Internet. V - um representante dos empregados e respectivo suplente,
na forma da Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de 2010 ; e
CAPÍTULO IV VI - um membro indicado pela Associação Nacional dos Diri-
DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS gentes das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, sen-
do reitor de universidade federal ou diretor de hospital universitá-
Art. 10. São órgãos estatutários da EBSERH: rio federal.
I - o Conselho de Administração; §1º O prazo de gestão dos membros do Conselho de Adminis-
II - a Diretoria Executiva; tração será de dois anos contados a partir da data de publicação
III - o Conselho Fiscal; e do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.
IV - o Conselho Consultivo. §2º O representante dos empregados, de que trata o inciso V
Art. 11. Não podem participar dos órgãos da EBSERH, além dos deste artigo, e seu respectivo suplente, serão escolhidos dentre os
impedidos por lei: empregados ativos da EBSERH, pelo voto direto de seus pares, em
I - os que detenham controle ou participação relevante no capi- eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sin-
tal social de pessoa jurídica inadimplente com a EBSERH ou que lhe dicais que os representem, na forma da Lei nº 12.353, de 2010, e
tenha causado prejuízo ainda não ressarcido, estendendo-se esse sua regulamentação.
impedimento aos que tenham ocupado cargo de administração em §3º O representante dos empregados não participará das dis-
pessoa jurídica nessa situação, no exercício social imediatamente cussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sin-
anterior à data da eleição ou nomeação; dicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais
II - os que houverem sido condenados por crime falimentar, de ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configu-
sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ativa ou passiva, rado o conflito de interesse, sendo tais assuntos deliberados em
de concussão, de peculato, contra a economia popular, contra a fé reunião separada e exclusiva para tal fim.
pública, contra a propriedade ou que houverem sido condenados §4º A investidura dos membros do Conselho de Administração
a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a far-se-á mediante assinatura em livro de termo de posse.
cargos públicos; §5º Na hipótese de recondução, o prazo de nova gestão conta-
III - os declarados inabilitados para cargos de administração em -se a partir da data do término do prazo de gestão anterior.
empresas sujeitas a autorização, controle e fiscalização de órgãos e §6º Findo o prazo de gestão, o membro do Conselho de Admi-
entidades da administração pública direta e indireta; nistração permanecerá no exercício da função até a investidura de
IV - os declarados falidos ou insolventes; substituto.
36
LEGISLAÇÃO - EBSERH
§7º No caso de vacância definitiva do cargo de Conselheiro, o XIV - dirimir questões em que não haja previsão estatutária,
substituto será nomeado pelos Conselheiros remanescentes e ser- aplicando, subsidiariamente, a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
virá até a designação do novo representante, exceto no caso do re- 1976.
presentante dos empregados. Art. 14. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinaria-
§8º O suplente do representante dos empregados exercerá mente, mensalmente e, extraordinariamente, sempre que for con-
suas funções apenas no caso de vacância definitiva do seu titular. vocado pelo Presidente, a seu critério, ou por solicitação de, pelo
§9º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de Ad- menos, quatro de seus membros.
ministração farão jus a honorários mensais correspondentes a dez §1º O Conselho somente deliberará com a presença da maioria
por cento da remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, absoluta dos seus membros.
além do reembolso, obrigatório, das despesas de locomoção e esta- §2º As deliberações do Conselho serão tomadas por maioria
da necessárias ao desempenho da função. simples de votos dos presentes, respeitado o quorum do §1º , e re-
§10. Além dos casos de morte, renúncia, destituição e outros gistradas em atas, cabendo ao Presidente, além do voto ordinário,
previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de membro do Con- o voto de qualidade.
selho de Administração que, sem causa formalmente justificada,
não comparecer a duas reuniões consecutivas ou três alternadas, CAPÍTULO VI
no intervalo de um ano, salvo caso de forca maior ou caso fortuito. DA DIRETORIA
Art. 13. Compete ao Conselho de Administração:
I - fixar as orientações gerais das atividades da EBSERH; Art. 15. A EBSERH será administrada por uma Diretoria Executi-
II - examinar e aprovar, por proposta do Presidente da EBSERH, va, composta pelo Presidente e até seis Diretores, todos nomeados
políticas gerais e programas de atuação a curto, médio e longo pra- e destituíveis, a qualquer tempo, pelo Presidente da República, por
zo, em harmonia com a política de educação, com a política de saú- indicação do Ministro de Estado da Educação.
de e com a política econômico-financeira do Governo Federal; §1º A investidura dos membros da Diretoria far-se-á mediante
III - aprovar o regimento interno da EBSERH, que deverá conter, assinatura em livro de termo de posse.
dentre outros aspectos, a estrutura básica da empresa e os níveis §2º O Presidente e Diretores da EBSERH serão nomeados den-
de alçada decisória da Diretoria e do Presidente, para fins de apro- tre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
vação de operações; I - idoneidade moral e reputação ilibada;
IV - aprovar o orçamento e programa de investimentos e acom- II - notórios conhecimentos na área de gestão, da atenção hos-
panhar a sua execução; pitalar e do ensino em saúde; e
V - aprovar os contratos previstos no art. 6º da Lei nº 12.550, III - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva ati-
de 2011 ; vidade profissional que exija os conhecimentos mencionados no
VI - apreciar os relatórios anuais de auditoria e as informações inciso anterior.
sobre os resultados da ação da EBSERH, bem como sobre os princi- Art. 16. Compete à Diretoria:
pais projetos por esta apoiados; I - administrar e dirigir os bens, serviços e negócios da EBSERH
VII - autorizar a contratação de auditores independentes; e decidir, por proposta dos responsáveis pelas respectivas áreas
VIII - opinar e submeter à aprovação do Ministro de Estado da de coordenação, sobre operações de responsabilidade situadas no
Fazenda, por intermédio do Ministro de Estado da Educação: respectivo nível de alçada decisória estabelecido pelo Conselho de
a) o relatório de administração e as demonstrações contábeis Administração;
anuais da EBSERH; II - propor e implementar as linhas orientadoras da ação da EB-
b) a proposta de destinação de lucros ou resultados; SERH;
c) a proposta de criação de subsidiárias; e III - apreciar e submeter ao Conselho de Administração o orça-
d) a proposta de dissolução, cisão, fusão e incorporação que mento e programa de investimentos da EBSERH;
envolva a EBSERH. IV - deliberar sobre operações, situadas no respectivo nível de
IX - deliberar sobre alteração do capital e do estatuto social da alçada decisória estabelecido pelo Conselho de Administração;
EBSERH; V - autorizar a aquisição, alienação e oneração de bens móveis,
X - deliberar, mediante proposta da Diretoria Executiva, sobre: exceto valores mobiliários, podendo estabelecer normas e delegar
a) o regulamento de licitação; poderes;
b) o regulamento de pessoal, incluindo o regime disciplinar e as VI - analisar e submeter à aprovação do Conselho de Adminis-
normas sobre apuração de responsabilidade; tração propostas de aquisição, alienação e oneração de bens imó-
c) o quadro de pessoal, com a indicação do total de vagas au- veis e valores mobiliários;
torizadas; e VII - estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito de sua
d) o plano de salários, benefícios, vantagens e quaisquer outras competência;
parcelas que componham a retribuição de seus empregados; VIII - elaborar as demonstrações financeiras de encerramento
XI - autorizar a aquisição, alienação e a oneração de bens imó- de exercício;
veis e valores mobiliários; IX - autorizar a realização de acordos, contratos e convênios
XII - autorizar a contratação de empréstimos no interesse da que constituam ônus, obrigações ou compromissos para a EBSERH,
EBSERH; exceto os constantes do art. 6º da Lei nº 12.550, de 2011; e
XIII - designar e destituir o titular da auditoria interna, após X - pronunciar-se sobre todas as matérias que devam ser sub-
aprovação da Controladoria Geral da União; e metidas ao Conselho de Administração.
37
LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 17. A Diretoria reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por §2º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de dois
semana e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo Presi- anos contados a partir da data de publicação do ato de nomeação,
dente da EBSERH, deliberando com a presença da maioria de seus podendo ser reconduzidos por igual período.
membros. §3º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho Fiscal
§1º As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria de farão jus a honorários mensais correspondentes a dez por cento da
votos e registradas em atas, cabendo ao Presidente, além do voto remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, além do re-
ordinário, o de qualidade. embolso, obrigatório, das despesas de locomoção e estada neces-
§2º O Presidente poderá vetar as deliberações da Diretoria, sárias ao desempenho da função.
submetendo-as, neste caso, ao Conselho de Administração. Art. 22. Cabe ao Conselho Fiscal:
Art. 18. Compete ao Presidente: I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos ad-
I - representar a EBSERH, em juízo ou fora dele, podendo dele- ministradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e
gar essa atribuição, em casos específicos, e, em nome da entidade, estatutários;
constituir mandatários ou procuradores; II - opinar sobre o relatório anual da administração e demons-
II - convocar e presidir as reuniões da Diretoria; trações financeiras do exercício social;
III - coordenar o trabalho das unidades da EBSERH, podendo III - opinar sobre a modificação do capital social, planos de in-
delegar competência executiva e decisória e distribuir, entre os Di- vestimento ou orçamentos de capital, transformação, incorporação,
retores, a coordenação dos serviços da empresa; fusão ou cisão;
IV - editar normas necessárias ao funcionamento dos órgãos e IV - denunciar, por qualquer de seus membros, os erros, frau-
serviços da EBSERH, de acordo com a organização interna e a res- des ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis;
pectiva distribuição de competências estabelecidas pela Diretoria; V - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais
V - admitir, promover, punir, dispensar e praticar os demais atos demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela EB-
compreendidos na administração de pessoal, de acordo com as nor- SERH; e
mas e critérios previstos em lei e aprovados pela Diretoria, podendo VI - acompanhar a execução patrimonial, financeira e orçamen-
delegar esta atribuição no todo ou em parte; tária, podendo examinar livros e quaisquer outros documentos e
VI - designar substitutos para os membros da Diretoria, em requisitar informações.
seus impedimentos temporários, que não possam ser atendidos §1º A Diretoria e o Conselho de Administração são obrigados a
mediante redistribuição de tarefas, e, no caso de vaga, até o seu disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos membros em
preenchimento; e exercício do Conselho Fiscal, dentro de dez dias, cópia das atas de
VII - apresentar, trimestralmente, ao Conselho de Administra- suas reuniões e, dentro de quinze dias de sua elaboração, cópias
ção relatório das atividades da EBSERH. dos balancetes e demais demonstrações financeiras elaboradas pe-
Art. 19. Aos Diretores compete auxiliar o Presidente na direção riodicamente, bem como dos relatórios de execução do orçamento.
e coordenação das atividades da EBSERH e exercer as tarefas de §2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a cada mês
coordenação que lhe forem atribuídas em regimento ou delegadas e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente.
pelo Presidente. §3º Em caso de renúncia, falecimento ou impedimento, os
Art. 20. Os contratos que a EBSERH celebrar ou em que vier a membros efetivos do Conselho Fiscal serão substituídos pelos seus
intervir e os atos que envolvam obrigações ou responsabilidades suplentes, até a nomeação de novo membro.
por parte da empresa serão assinados pelo Presidente, em conjunto §4º Além dos casos de morte, renúncia, destituição e outros
com um Diretor. previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de membro do Con-
§1º Os títulos ou documentos emitidos em decorrência de selho Fiscal que, sem causa formalmente justificada, não compare-
obrigações contratuais, bem como os cheques e outras obrigações cer a duas reuniões consecutivas ou três alternadas, no intervalo de
de pagamento serão assinados pelo Presidente, que poderá delegar um ano, salvo caso de forca maior ou caso fortuito.
esta atribuição.
§2º Na hipótese de delegação da atribuição referida no §1º , os CAPÍTULO VIII
títulos, documentos, cheques e outras obrigações deverão conter, DO CONSELHO CONSULTIVO
pelo menos, duas assinaturas.
Art. 23. Conselho Consultivo é órgão permanente da EBSERH
CAPÍTULO VII que tem as finalidades de consulta, controle social e apoio à Direto-
DO CONSELHO FISCAL ria Executiva e ao Conselho de Administração, e é constituído pelos
seguintes membros:
Art. 21. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da EBSERH, I- o Presidente da EBSERH, que o preside;
compõe-se de três membros efetivos e respectivos suplentes, no- II - dois representantes do Ministério da Educação;
meados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo: III - um representante do Ministério da Saúde;
I - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Educação, IV - um representante dos usuários dos serviços de saúde dos
que exercerá a sua presidência; hospitais universitários federais, indicado pelo Conselho Nacional
II - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Saúde; e de Saúde;
III - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Fazenda V - um representante dos residentes em saúde dos hospitais
como representante do Tesouro Nacional. universitários federais, indicado pelo conjunto de entidades repre-
§1º A investidura dos membros do Conselho Fiscal far-se-á me- sentativas;
diante registro na ata da primeira reunião de que participarem. VI - um reitor ou diretor de hospital universitário, indicado pela
ANDIFES; e
38
LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 26. O exercício social da EBSERH coincidirá com o ano civil. CAPÍTULO I
Art. 27. A EBSERH levantará demonstrações financeiras e pro- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
cederá à apuração do resultado em 31 de dezembro de cada exer-
cício. Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh),
Art. 28. Do resultado do exercício, feita a dedução para atender empresa pública de capital fechado, com personalidade jurídica de
a prejuízos acumulados e a provisão para imposto sobre a renda, o direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da
Conselho de Administração proporá ao Ministro de Estado da Fa- Educação (MEC), regida pelo Estatuto Social, pela Lei 6.404, de 15
zenda a sua destinação, observando a parcela de cinco por cento de dezembro de 1976, pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de
para a constituição da reserva legal, até o limite de vinte por cento 2011, pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto nº
do capital social. 8.945, de 27 de dezembro de 2016, reger-se-á pelas disposições le-
Parágrafo único. Os prejuízos acumulados devem, preferencial- gais que lhe forem aplicáveis e pelos dispositivos deste Regimento.
mente, ser deduzidos do capital social. Art. 2º A Rede Ebserh é composta pela Administração Central e
pelos Hospitais Universitários Federais (HUFs), sendo que, para os
CAPÍTULO X fins deste Regimento, considera-se:
DA ORGANIZAÇÃO INTERNA E DO PESSOAL I. Administração Central: com foro em Brasília/DF, é constituí-
da pelos Órgãos Sociais e Estatutários, pela Presidência, Vice-Presi-
Art. 29. A estrutura organizacional da EBSERH e a respectiva dência e Diretorias, juntamente com as suas áreas vinculadas, cuja
distribuição de competências serão estabelecidas pelo Conselho de competência prioritária é a gestão da Rede Ebserh; e
Administração, mediante proposta da Diretoria Executiva. II. Hospitais Universitários Federais (HUFs): também denomi-
Parágrafo único. O órgão de auditoria interna da EBSERH vincu- nados como Filiais, são os hospitais geridos pela Ebserh, por meio
la-se diretamente ao Conselho de Administração. de contrato de gestão especial firmado com as Universidades Fede-
Art. 30. Aplica-se ao pessoal da EBSERH o regime jurídico esta- rais, para a prestação de serviços de ensino, pesquisa e de atenção
belecido pela legislação vigente para as relações de emprego pri- à saúde, sendo esse último exclusivamente no âmbito do Sistema
vado. Único de Saúde (SUS), com o objetivo de oferecer assistência huma-
Parágrafo único. O ingresso do pessoal far-se-á mediante con- nizada e de qualidade em média e alta complexidade, oferecer cam-
curso público de provas ou de provas e títulos, observadas as nor- po de prática de excelência para a formação profissional, inovação
mas específicas expedidas pela Diretoria, respeitado o disposto no
art. 10 da Lei nº 12.550, de 2011.
39
LEGISLAÇÃO - EBSERH
e conhecimento científico para o fortalecimento do SUS, por meio IV. Coordenadoria de Estratégia e Inovação Corporativa – CEIC:
de aplicação de boas práticas de gestão hospitalar e de governança a. Serviço de Gestão por Processos – SGPS;
corporativa. b. Serviço de Gestão Estratégica – SEGES e
CAPÍTULO II c. Serviço de Gestão da Inovação Corporativa e do Conheci-
DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS mento – SGIC.
Art. 8º São áreas vinculadas à Diretoria de Orçamento e Finan-
Art. 3º Para atendimento do objeto social da empresa, a Admi- ças – DOF:
nistração Central da Rede Ebserh terá Assembleia Geral e os seguin- I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Orçamento e Fi-
tes órgãos estatutários: nanças – APDOF;
I. Conselho de Administração; II. Coordenadoria de Planejamento e Execução Orçamentária e
II. Diretoria Executiva; Financeira – CPEOF: a. Serviço de Execução Orçamentária e Finan-
III. Conselho Fiscal; ceira – SEOF;
IV. Conselho Consultivo; b. Serviço de Gestão Orçamentária e Financeira – SGOFI; e
V. Comitê de Auditoria; e c. Serviço de Planejamento Orçamentário – SPO;
VI. Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração. III. Coordenadoria de Contabilidade – CCONT:
Art. 4º São Unidades internas de governança da Ebserh: a. Serviço de Informações Gerenciais e Gestão de Custos – SIGC;
I. Auditoria Interna; b. Serviço de Contabilidade – SC.
II. Área de Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento Art. 9º São áreas vinculadas à Diretoria de Gestão de Pessoas
de Riscos, denominada na Administração Central de Assessoria de – DGP:
Conformidade, Controle Interno e Gerenciamento de Riscos - AC- I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Gestão de Pes-
CIGR; e soas – APDGP;
III. Ouvidoria-Geral. II. Coordenadoria de Planejamento de Pessoal – CPP:
Art. 5º As competências e demais informações sobre a As- a. Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal
sembleia Geral, órgãos sociais e estatutários e unidades internas – SEDIMP; e b. Serviço de Seleção e Provimento de Pessoal – SESP;
de governança que compõem a estrutura da Administração Central III. Coordenadoria de Administração de Pessoal – CAP:
da Rede Ebserh constam do Estatuto Social da empresa e em seus a. Serviço de Documentação e Registro – SDR;
respectivos regimentos internos. b. Serviço de Pagamento de Pessoal – SPP; e
c. Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho –
CAPÍTULO III SSOST;
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E SUAS VINCULAÇÕES IV. Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas – CDP:
a. Serviço de Capacitação e Avaliação de Desempenho – SE-
Art. 6º São áreas vinculadas à Presidência – PRES: CAD; e
I. Chefia de Gabinete da Presidência – CG: b. Serviço de Relações de Trabalho – SERET.
a. Secretaria-Geral – SG; e Art. 10. São áreas vinculadas à Diretoria de Atenção à Saúde
b. Assessoria Técnica – ASTEC; – DAS:
II. Assessoria Parlamentar – ASPAR; I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Atenção à Saúde
III. Assessoria de Conformidade, Controle Interno e Gerencia- – APDAS;
mento de Riscos – ACCIGR; II. Coordenadoria de Gestão da Clínica – CGC:
IV. Assessoria – APRES; a. Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial – SGCA;
V. Coordenadoria da Consultoria Jurídica – CONJUR; b. Serviço de Gestão da Qualidade – SGQ; e
a. Assessoria – ACONJUR; c. Serviço de Regulação Assistencial – SRA;
b. Assessoria de Inteligência de Dados e Apoio Administrativo III. Coordenadoria de Gestão da Atenção Hospitalar – CGAH:
– AIDA; a. Serviço de Contratualização Hospitalar – SCH;
c. Serviço Jurídico de Contencioso Geral – SCOG; b. Serviço de Gestão da Informação, Monitoramento e Avalia-
d. Serviço Jurídico de Contencioso Trabalhista – SCOT; ção – SGIMA;
e. Serviço Jurídico de Consultivo Administrativo – SCAD; e c. Serviço de Planejamento Assistencial – SPA; e
f. Serviço Jurídico de Consultivo Trabalhista – SCTR; d. Serviço de Planejamento de Insumos Assistenciais – SPIA.
VI. Coordenadoria da Corregedoria-Geral – COGER; Art. 11. São áreas vinculadas à Diretoria de Ensino, Pesquisa e
VII. Coordenadoria de Comunicação Social – CCS: Inovação – DEPI:
a. Serviço de Produção de Conteúdo – SPC; I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Ensino, Pesquisa
b. Serviço de Eventos e Promoção Institucional – SEPI; e e Inovação – APDEPI;
c. Serviço de Relacionamento com a Imprensa – SRI. II. Coordenadoria de Gestão do Ensino – CGEN:
Art. 7º São áreas vinculadas à Vice-Presidência – VP: a. Serviço de Gestão de Pós-Graduação – SGPOS; e
I. Chefia de Gabinete da Vice-Presidência; b. Serviço de Gestão da Graduação, Ensino Técnico e Extensão
II. Assessoria – AVP; – SGETE.
III. Coordenadoria de Gestão da Rede – CGR: III. Coordenadoria de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológi-
a. Supervisão de Contratos de Gestão – SCG; ca em Saúde – CGPITS:
b. Supervisão de Programas Governamentais – SPG; a. Serviço de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde –
c. Supervisão de Desempenho dos HUFs – SDHUF; e SGITS; e
d. Supervisão de Relacionamento dos HUFs – SRHUF; b. Serviço de Gestão da Pesquisa – SGPQ.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 12. São áreas vinculadas à Diretoria de Administração e In- V. Escritório: de duração perene, atua de forma consultiva ou
fraestrutura – DAI: executiva no nível estratégico, tático e operacional, analisando de-
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Administração e talhadamente temas específicos e de grande amplitude, com o ob-
Infraestrutura – APDAI; jetivo de disseminar, zelar, propor e apoiar padrões e práticas de
II. Coordenadoria de Gestão de Suprimentos – CGS: gestão estabelecidos no âmbito da Rede Ebserh;
a. Serviço de Gestão de Estoque – SGE; e VI. Grupo de Trabalho: de duração temporária, atua de forma
b. Serviço de Gestão de Patrimônio – SGPA; consultiva ou executiva no nível técnico operacional, na execução
III. Coordenadoria de Administração – CAD: de ações ou projetos específicos, com prazo preestabelecido, pro-
a. Serviço de Contratos e Convênios – SCC; pondo soluções para problemas determinados ou executando ações
b. Serviço de Compras e Licitações – SCL; transversais que envolvam mais de uma área organizacional; e
c. Serviço de Administração da Sede – SADS; e VII. Núcleo Técnico Operacional: de duração perene, atua de
d. Serviço de Compras Centralizadas – SCCEN; forma consultiva ou executiva no nível técnico operacional, em te-
IV. Coordenadoria de Infraestrutura Hospitalar e Hotelaria – mas específicos, instituídos em consonância com as orientações da
CIH: Administração Central da Ebserh ou por normativos e políticas pú-
a. Serviço de Manutenção Predial, Projetos e Obras – SMPO; blicas relacionados ao ensino e à gestão hospitalar.
b. Serviço de Engenharia Clínica – SEC; e Parágrafo único. Poderão ser instituídos outros colegiados in-
c. Serviço de Hotelaria Hospitalar – SHH. ternos, além dos previstos nesse artigo, desde que não haja sobre-
Art. 13. São áreas vinculadas à Diretoria de Tecnologia da In- posição e conflito de competências com os definidos neste Regi-
formação – DTI: mento Interno e atendam ao disposto no §1º do artigo 15.
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Tecnologia da In- Art. 15. Os Colegiados Internos com atuação no âmbito da Ad-
formação – APDTI; ministração Central serão instituídos por meio de portaria emitida
II. Serviço de Governança de Tecnologia da Informação – SGTI; pela autoridade competente.
III. Coordenadoria de Sistemas da Informação – CDSI: §1º A portaria de instituição dos colegiados internos deverá
a. Serviço de Desenvolvimento de Sistemas – SDS; conter, no mínimo, os seguintes itens:
b. Serviço de Arquitetura de Sistemas – SAS; e I. objetivos e competências do colegiado;
c. Serviço de Saúde Digital e Inteligência de Dados – SDID; II. composição, com a indicação de nomes dos cargos e funções
IV. Coordenadoria de Infraestrutura, Suporte e Segurança de específicas que representem as áreas imprescindíveis à realização
Tecnologia da Informação – CISTI: a. Serviço de Infraestrutura e Se- dos respectivos trabalhos, bem como previsão de substituição;
gurança de Tecnologia da Informação – SISEG; e b. Serviço de Supor- III. coordenador do colegiado interno;
te de Tecnologia da Informação – STI. IV. área organizacional a qual o colegiado interno terá vínculo
temático e de suporte ao seu funcionamento;
CAPÍTULO IV V. área(s) organizacional(is) ou gestor(es) ao qual o colegiado
DOS COLEGIADOS INTERNOS interno deverá submeter os resultados da sua atuação;
VI. prazo para início e, no caso de comissões temporárias e gru-
Art. 14. Para fins deste Regimento Interno os Colegiados Inter- pos de trabalho, de encerramento das atividades com a previsão
nos serão constituídos para atender as necessidades explícitas e re- sobre a possibilidade de prorrogação;
conhecidas como relevantes, cujos objetos de atuação não possam VII. órgão superior responsável pela aprovação do regimento
ser resolvidos pelas áreas organizacionais isoladamente e podem interno do colegiado, com exceção de colegiados temporários; e
organizar-se sob as seguintes formas: VIII. previsão de participação de convidados.
I. Câmara Técnica: de duração perene, atua de forma consultiva §2º A portaria de que trata o parágrafo anterior deverá ser
no nível tático, composta por profissionais de referência na área de precedida por nota técnica que apresente as motivações para sua
atuação, analisando detalhadamente temas específicos e de grande instituição.
amplitude, como padronizações técnicas e definições de melhores §3º A participação nos colegiados internos não será remune-
práticas; rada.
II. Centro de Competência: de duração perene ou temporária, §4º Os comitês e comissões permanentes terão seus regimen-
atua de forma consultiva no nível operacional, composta por equi- tos aprovados pela respectiva autoridade competente.
pe multidisciplinar da Administração Central e dos HUFs da Rede
Ebserh, analisando detalhadamente temas de tecnologia da infor- CAPÍTULO V
mação e propondo padronizações técnicas e definições de melho- DAS COMPETÊNCIAS
res práticas, quanto a sistemas e a infraestrutura de TI;
III. Comissão: de duração perene ou temporária, atua de forma SEÇÃO I
consultiva ou executiva no nível tático operacional, analisando de- DAS COMPETÊNCIAS COMUNS
talhadamente temas específicos e de grande amplitude, procuran-
do aprofundar discussões técnicas ou administrativas; Art. 16. São competências comuns à Presidência, Vice-Presi-
IV. Comitê: de duração perene, atua de forma consultiva no ní- dência, Diretorias, Coordenadorias, Supervisões e Serviços:
vel estratégico, formulando e avaliando políticas e diretrizes de na- I. acompanhar e apoiar a evolução dos projetos relacionados
tureza corporativa, planejando e coordenando ações transversais à ao Planejamento Estratégico Organizacional executados sob sua
organização com ampla abrangência, propondo soluções integradas responsabilidade;
para problemas complexos;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
II. coordenar a integração e articulação entre os processos sob III. atuar na avaliação de pleitos assistenciais em relação a ava-
sua responsabilidade e destes com as demais áreas da Administra- liação de alteração da oferta de serviços assistenciais nos HUFs da
ção Central e dos HUFs da Rede Ebserh; Rede Ebserh, no que tange sua área de atuação; IV. contribuir com
III. cumprir e fazer cumprir os Instrumentos Normativos e Deci- a formulação e qualificação de políticas públicas relacionadas à sua
sórios de conteúdo técnico e administrativo necessários ao desen- área de atuação;
volvimento dos processos sob sua responsabilidade; IV. estabelecer V. fomentar ações de atualização e projetos voltados ao desen-
diretrizes, bem como procedimentos internos e fluxos de trabalho volvimento científico e incorporação de novas tecnologias vincula-
dentro da sua esfera de competência e em conformidade com os das às áreas e temas de sua competência
normativos da Rede Ebserh; V. prestar suporte e orientações téc- VI. editar normas e procedimentos administrativos e técnicos
nicas, no âmbito de suas competências, às áreas responsáveis pela relativos à sua área de atuação, em articulação com as demais Dire-
execução dos processos sob sua responsabilidade nos HUFs da torias e a Consultoria Jurídica;
Rede Ebserh; VI. monitorar o desenvolvimento da integridade e VII. apoiar a estruturação dos hospitais da Rede Ebserh para o
transparência nos processos executados sob sua responsabilidade; processo de certificação e de recertificação como hospital de ensi-
VII. realizar a identificação e avaliação de eventos de riscos nos no;
processos executados sob sua responsabilidade, bem como esta- VIII. promover eventos institucionais relacionados aos temas
belecer e monitorar atividades de controle interno e mitigação de sob sua responsabilidade; IX. divulgar as atividades desenvolvidas
riscos; no âmbito de sua atuação;
VIII. definir, registrar, monitorar, avaliar e compartilhar os resul- X. trabalhar de maneira articulada com as demais Diretorias,
tados dos processos e projetos executados sob sua responsabilida- Vice-Presidência e Presidência, prestando o apoio necessário ao de-
de, por meio da avaliação de indicadores e metas; IX. promover a senvolvimento da Rede Ebserh;
gestão e melhoria contínua de processos sob sua responsabilidade, XI. realizar articulação institucional com órgãos e entidades re-
buscando a priorização daqueles que se alinham aos instrumentos lacionadas à sua área de atuação; e
norteadores da Rede Ebserh; X. propor, acompanhar e apoiar os XII. gerenciar processos e celebrar parcerias que não exigem
processos de planejamento de compras, seleção de fornecedores repasses financeiro, mediante a aprovação prévia da Diretoria Exe-
e fiscalização de contratos, das contratações realizadas sob sua res- cutiva.
ponsabilidade no âmbito da Administração Central; Parágrafo único. A edição de normas que sejam afetas a mais
XI. atuar na elaboração do plano anual de compras centrali- de uma diretoria serão aprovadas em Diretoria Executiva.
zadas, planejamento da contratação e seleção de fornecedores de Art. 18. São competências comuns às Assessorias de Planeja-
compras centralizadas das categorias de compras sob sua respon- mento das Diretorias:
sabilidade; I. assessorar a organização e o funcionamento da Diretoria;
XII. fornecer informações e relatórios gerenciais sobre todos II. proceder a articulação da Diretoria em suas relações admi-
os atos relacionados aos processos sob sua responsabilidade, para nistrativas com as demais Diretorias, com os HUFs da Rede Ebserh,
subsidiar a avaliação por parte de seus superiores e a elaboração órgãos e entidades;
de respostas institucionais aos órgãos de gestão, à coordenadoria III. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem discuti-
da consultoria jurídica e aos órgãos de controle interno e externo; dos e deliberados nas reuniões em que participe o Diretor;
XIII. propor, monitorar e apoiar a institucionalização e melhoria IV. preparar os expedientes a serem despachados ou assinados
de ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) que suportem a pelo Diretor; V. organizar a agenda de compromissos, eventos e reu-
execução dos processos sob sua responsabilidade; XIV. promover niões da Diretoria; VI. organizar viagens e visitas institucionais do
ações de sustentabilidade na instituição, buscando a viabilidade Diretor, promovendo as medidas necessárias para a sua realização;
econômica/ambiental/social nos processos executados sob sua res- VII. realizar o recebimento, registro, triagem, distribuição, con-
ponsabilidade ou no âmbito das áreas gestoras sob sua responsa- trole e arquivo de documentos e processos encaminhados à Dire-
bilidade; toria;
XV. promover o desenvolvimento de estudos e coordenar ações VIII. realizar a manutenção e organização de arquivos digitais e
que visem à inovação, à racionalização e ao dimensionamento oti- físicos e demais materiais de interesse da Diretoria;
mizado dos serviços no âmbito de suas competências; IX. realizar estudos e pesquisas de interesse da Diretoria;
XVI. apoiar tecnicamente a Rede Ebserh em processos de ava- X. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos de cará-
liação de necessidades de aquisição de tecnologias em saúde, no ter transversal da Diretoria; XI. conduzir o processo de solicitação e
âmbito das suas competências; concessão de diárias e passagens no âmbito da Diretoria;
XVII. gerir colegiados internos especificados no artigo 14, rela- XII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento tático e
cionados aos temas sob sua responsabilidade; e estratégico no âmbito da Diretoria; e
XVIII. identificar lacunas de conhecimento no âmbito da sua XIII. assessorar o Diretor em outros assuntos que lhe forem de-
área de atuação e propor, em conjunto com a Diretoria de Gestão signados no âmbito da atuação da Diretoria.
de Pessoas (DGP), ações de capacitação da(s) equipe(s) de trabalho. Art. 19. São competências comuns às Coordenadorias e aos
Art. 17. São competências comuns às Diretorias: Serviços:
I. propor e gerir as políticas relacionadas à área de atuação da I. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh nos assuntos
Diretoria; relacionados à sua área de atuação;
II. elaborar e monitorar a execução do planejamento orçamen- II. avaliar tecnicamente o planejamento, a execução e as revi-
tário da Administração Central no que tange as categorias de com- sões dos planos de aplicação de recursos e do Contrato de Objetivos
pras sob sua responsabilidade; no que tange as categorias de compras sob sua responsabilidade;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
III. subsidiar a diretoria na elaboração e no monitoramento da IV. exercer outras atividades que lhe sejam atribuídas pela Pre-
execução do planejamento orçamentário da Administração Central sidência.
no que tange as categorias de compras sob sua responsabilidade; Art. 24. São competências da Assessoria Parlamentar – ASPAR:
IV. propor e gerir as políticas relacionadas à área de atuação I. dispensar assistência direta e imediata ao Presidente em sua
da Diretoria; representação política;
V. propor normas e procedimentos administrativos e técnicos II. acompanhar, junto ao Congresso Nacional, os projetos de lei
relativos à sua área de atuação; e VI. realizar, no âmbito da área de de interesse da empresa;
atuação, atividades demandadas pela Diretoria à qual se encontram III. analisar e elaborar respostas a requerimentos de informa-
vinculados. ção de parlamentares;
IV. acompanhar a Presidência em audiências com parlamenta-
SEÇÃO II res;
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS V. atender a parlamentares e assessores parlamentares;
VI. coordenar e acompanhar a captação de recursos orçamen-
SUBSEÇÃO I tários por intermédio de emendas parlamentares para a adminis-
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA PRESIDÊNCIA tração central e para os hospitais universitários;
VII. monitorar matérias de interesse da empresa relativas a
Art. 20. São competências da Presidência – PRES: assuntos legislativos e orientar as ações da Ebserh, em articulação
I. dirigir os processos relacionados à comunicação social e ges- com a Consultoria Jurídica; e
tão documental; VIII. estudar e emitir parecer nos assuntos que lhe forem sub-
II. dirigir os processos relacionados gestão de órgãos colegia- metidos, para que contribuam com a tomada de decisões.
dos estatutários; Art. 25. São competências da Assessoria – APRES:
III. dirigir os processos relacionados a apuração de responsa- I. fazer a interlocução com as coordenadorias e serviços da Pre-
bilidade, ao relacionamento com órgãos de controle e à atuação sidência, sobre os assuntos afetos à Presidência;
jurídica da empresa; e II. auxiliar o Presidente na articulação com a Vice-Presidência,
IV. dirigir os processos relacionados à conformidade, controle Diretorias, equipes de governança dos HUFs da Rede Ebserh, órgãos
interno e gerenciamento de riscos. Art. 21. São competências da e entidades;
Chefia de Gabinete da Presidência – CG: III. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe forem sub-
I. prestar assistência direta e imediata ao Presidente na prepa- metidos para apoio à tomada de decisão do Presidente;
ração, na análise e no despacho do expediente; IV. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em articu-
II. coordenar os trabalhos da Secretaria-Geral e da Assessoria lação com as coordenadorias e assessorias da Presidência; e
Técnica; V. assessorar o Presidente em outros assuntos que lhe forem
III. organizar as agendas internas e externas que tenham parti- designados no âmbito da sua atuação.
cipação do Presidente; IV. subsidiar e auxiliar o Presidente na pre- Art. 26. São competências da Coordenadoria da Consultoria Ju-
paração de documentos para apresentação em eventos internos e rídica – CONJUR:
externos à Ebserh, com a participação da Coordenadoria de Gestão I. assessorar a Presidência, a Diretoria Executiva, o Conselho de
da Rede (CGR) da Vice-Presidência e da Coordenadoria de Comuni- Administração, o Conselho Fiscal, o Conselho Consultivo, os Cole-
cação Social (CCS), quando necessário; giados Executivos, as Superintendências e demais áreas da empresa
V. redigir, revisar, tramitar e organizar a correspondência e ou- em assuntos de natureza jurídica;
tros documentos da Presidência da Ebserh; II. realizar advocacia preventiva na Rede Ebserh;
VI. supervisionar o trabalho da Secretaria–Geral relativo à ges- III. avaliar a legalidade e a regularidade de atos e procedimen-
tão documental na empresa; e VII. supervisionar a operação dos tos submetidos à análise;
órgãos colegiados. IV. formular e supervisionar as teses jurídicas da Ebserh, a se-
Art. 22. São competências da Secretaria-Geral – SG: rem uniformemente seguidas em sua área de atuação;
I. gerir a operação dos órgãos colegiados e manter os registros V. defender os interesses da empresa em ações judiciais e pro-
das reuniões e resoluções; cedimentos extrajudiciais; VI. prestar informações em mandado de
II. organizar e participar das reuniões dos órgãos colegiados segurança, com subsídios prestados pelas áreas da empresa;
estatutários, bem como elaborar os documentos pertinentes rela- VII. Atuar em processos judiciais e extrajudiciais na defesa de
cionados às reuniões; gestor e ex-gestor nos casos autorizados, conforme Norma de Defe-
III. editar e publicar o Boletim de Serviço da Administração Cen- sa de Gestor da Ebserh;
tral; VIII. assistir ao Presidente no controle interno da legalidade
IV. orientar a gestão documental na empresa; e administrativa dos atos a serem por ele praticados ou já efetiva-
V. gerir o repositório dos atos administrativos publicados no dos, e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua supervisão
Boletim de Serviço da Administração Central e os emitidos pelos jurídica;
órgãos sociais e estatutários da Ebserh. IX. recomendar, de ofício, providências de natureza jurídica a
Art. 23. São competências da Assessoria Técnica – ASTEC: serem adotadas em atendimento ao interesse público e às normas
I. dispensar assistência direta à Presidência; vigentes, mediante elaboração de manifestação jurídica própria; X.
II. assessorar a Presidência em viagens, promovendo e monito- editar portarias e atos normativos inerentes às suas atribuições;
rando as ações necessárias; XI. propor à gestão da empresa a criação ou alteração de nor-
III. contribuir com as atividades de expediente relativas à Pre- mas;
sidência; e
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
XII. analisar e autorizar a não propositura de ações e a não in- I. coordenar, supervisionar e orientar as respectivas áreas vin-
terposição de recursos, assim como a estratégia de extinção das culadas, nas matérias de suas competências, conforme especificado
ações em curso ou de desistência dos respectivos recursos judiciais, no Regulamento da Consultoria Jurídica;
nos termos da legislação vigente e normativos internos; II. elaborar ações de planejamento das atividades jurídicas de-
XIII. autorizar pagamento de custas processuais, depósitos senvolvidas pela área e suas vinculadas;
recursais, honorários periciais, condenações, multas e outras des- III. auxiliar na elaboração da proposta de Plano de Gestão da
pesas processuais, conforme alçadas estabelecidas em normativo Consultoria Jurídica; IV. apresentar proposições normativas de apri-
próprio; moramento ou atualização de interesse da Consultoria Jurídica e
XIV. coordenar o desenvolvimento do Plano de Ações de Riscos da Ebserh;
Jurídicos; V. aprovar teses, modelos e manifestações, em matérias rele-
XV. controlar e monitorar os passivos contingentes prováveis, vantes de sua competência;
possíveis e remotos da empresa; e XVI. realizar a projeção das des- VI. propor orientações normativas e pareceres referenciais nas
pesas judiciais passíveis de execução orçamentária e financeira em matérias de sua competência;
cada exercício. VII. submeter ao Consultor Jurídico propostas e recomenda-
Parágrafo único. A Coordenadoria da Consultoria Jurídica po- ções que impliquem criação ou alteração de normas da empresa;
derá, sem prejuízo do disposto nesse regimento interno, elaborar VIII. avocar processos das áreas vinculadas sempre que julgar
regulamento próprio especificando as competências dos Serviços, necessário;
Divisões, Setores e Unidades que compõem a estrutura centralizada IX. resolver divergências de entendimentos jurídicos entre as
de serviços dessa Coordenadoria. áreas vinculadas;
Art. 27. São competências da Assessoria – ACONJUR: X. deliberar sobre conflito de competências, positivo ou negati-
I. assessorar o Consultor Jurídico nos assuntos de sua compe- vo, entre áreas vinculadas;
tência; XI. submeter à deliberação superior conflito de competências,
II. proceder a articulação da CONJUR em suas relações adminis- positivo ou negativo, que envolva a sua área com outra não vincu-
trativas com as áreas assessoradas, lada;
III. coordenar a distribuição de processos e documentos recebi- XII. estudar e propor medidas com vistas à prevenção e ao en-
dos no Gabinete da Consultoria Jurídica; cerramento de litígios judiciais e extrajudiciais;
IV. gerenciar a capacitação dos colaboradores da CONJUR; XIII. propor treinamento e capacitação de sua equipe de tra-
V. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem discu- balho;
tidos e deliberados nas reuniões em que participe o Consultor Ju- XIV. propor a implementação de novas ferramentas e tecnolo-
rídico; gias com vistas à otimização das rotinas administrativas da Consul-
VI. preparar os expedientes a serem despachados ou assinados toria Jurídica; e
pelo Consultor Jurídico; VII. realizar estudos e pesquisas de interes- XV. desenvolver quaisquer outras atividades que lhe forem atri-
se da CONJUR; buídas pelos superiores hierárquicos.
VIII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento tático e Art. 30. São competências do Serviço Jurídico Contencioso Ge-
estratégico no âmbito da CONJUR; e ral – SCOG:
IX. exercer outras funções delegadas pelo Consultor Jurídico e I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais em trâ-
demais competências estabelecidas em regulamento próprio. mite na justiça comum e em procedimentos extrajudiciais;
Art. 28. São competências da Assessoria de Inteligência de Da- II. acompanhar ações de controle abstrato de constitucionali-
dos e Apoio Administrativo – AIDA: dade e reclamações de interesse da Ebserh, nos temas de sua com-
I. coordenar a distribuição de processos e documentos destina- petência; e
dos à Consultoria Jurídica; III. coordenar a elaboração das informações a serem prestadas
II. formular métodos, monitorar, otimizar e automatizar proces- em mandado de segurança.
sos internos, visando o aumento da eficiência operacional da Con- Art. 31. São competências do Serviço Jurídico de Contencioso
sultoria Jurídica; Trabalhista – SCOT:
III. realizar análises descritivas e preditivas, dando suporte à I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais em trâ-
Consultoria Jurídica em tomada de decisões e na advocacia preven- mite na Justiça do Trabalho;
tiva; II. acompanhar ações de controle abstrato de constitucionali-
IV. articular com outras áreas o desenho e estruturação de ban- dade e reclamações de interesse da Ebserh, nos temas de sua com-
co de dados e demais recursos tecnológicos; petência; e
V. coordenar as atividades desenvolvidas pelo apoio adminis- III. coordenar a elaboração das informações a serem prestadas
trativo da Consultoria Jurídica; em mandado de segurança.
VI. gerenciar as atividades que envolvam análise contábil e ela- Art. 32. São competências do Serviço Jurídico de Consultivo Ad-
boração de cálculos em processos judiciais; ministrativo – SCAD:
VII. exercer atividades de planejamento, elaboração e acompa- I. prestar assessoramento jurídico, elaborar manifestações jurí-
nhamento do orçamento e despesas judiciais; e dicas e realizar estudos em matérias administrativas ou finalísticas,
VIII. exercer outras funções delegadas pelo Consultor Jurídico e em especial:
demais competências estabelecidas em regulamento próprio. a. governança corporativa;
Art. 29. São competências comuns dos Serviços Jurídicos: b. proteção de dados pessoais;
c. orçamento público e assuntos relacionados ao direito tribu-
tário e ao direito financeiro;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
d. assuntos relacionados ao direito constitucional, ao direito VI. coordenar, capacitar e orientar tecnicamente as comissões
administrativo, ao direito empresarial, ao direito ambiental e ao internas de apuração de responsabilidade, podendo solicitar em-
direito eleitoral; pregados públicos para compor comissões internas de apuração de
e. contratos de gestão especial com as Instituições Federais de responsabilidade referentes a fatos praticados em áreas distintas;
Ensino Superior e protocolos de intenções; VII. encaminhar anualmente ao Conselho de Administração
f. assuntos relacionados ao Programa de Reestruturação dos dados consolidados e sistematizados, relativos aos resultados pro-
Hospitais Universitários Federais (Rehuf); cedimentos de apuração de responsabilidade de agentes públicos;
g. instrumentos formais de contratualização no âmbito do SUS; VIII. avocar, em qualquer fase processual, os processos inves-
h. assuntos relacionados à gestão hospitalar e à assistência mé- tigativos ou punitivos instaurados nos HUFs da Rede Ebserh, nos
dico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico termos da norma interna de apuração de responsabilidade, quando
à população; verificada a omissão da autoridade responsável ou devido à com-
i. biodireito; plexidade e relevância da matéria;
j. assuntos relacionados ao ensino, pesquisa, extensão, inova- IX. examinar e instruir, a qualquer tempo antes da decisão final,
ção, propriedade intelectual e ao relacionamento com fundações processos de apuração de responsabilidade que lhe forem encami-
de apoio e startups; nhados;
k. licitações, contratos, convênios e instrumentos congêneres; X. julgar processos disciplinares em face de quaisquer empre-
e gados públicos da Ebserh nas hipóteses de infração leve;
l. assuntos relacionados à doação, alienação, cessão e transfe- XI. encaminhar recursos em processos de apuração de respon-
rência de bens ou serviços. sabilidade de agentes públicos à Diretoria Executiva ou ao Presiden-
Art. 33. São competências do Serviço Jurídico de Consultivo te para julgamento, nos termos da norma interna específica;
Trabalhista – SCTR: XII. atuar como unidade Setorial do Sistema de Correição
I. prestar assessoramento jurídico, elaborar manifestações do Poder Executivo Federal, conforme previsão do Decreto nº
jurídicas e realizar estudos sobre: a. matérias trabalhistas e previ- 10.768/2021, zelando pelo cumprimento de atos normativos da
denciárias, quando não abrangidas pelas competências das demais Controladoria-Geral da União; e
áreas; XIII. assessorar os membros da Diretoria Executiva e do Conse-
b. matéria tributária, quando relacionada aos tributos decor- lho de Administração em matérias inerentes à sua área de atuação.
rentes do vínculo de empregatício; Art. 35. São competências da Coordenadoria de Comunicação
c. proposição legislativa de interesse da Ebserh que trate de Social – CCS:
matéria relacionada a pessoal; I. planejar, orientar, coordenar e supervisionar as atividades de
d. procedimentos éticos e disciplinares; e comunicação da Ebserh, quanto a jornalismo, publicidade e rela-
e. Estatuto Social, Regimento Interno e outros normativos da ções públicas, alinhadas às políticas de Comunicação do MEC;
Ebserh, exceto aqueles nos quais a matéria predominante esteja II. elaborar, supervisionar e avaliar a execução do Plano Anual
abrangida pelas competências das demais áreas. de Comunicação;
Art. 34. São competências da Coordenadoria da Corregedoria- III. difundir objetivos, serviços, ações, imagem, papel e impor-
-Geral – COGER: tância da Ebserh;
I. coordenar, orientar e supervisionar a execução das ativida- IV. orientar tecnicamente as Unidades de Comunicação Social
des inerentes à sua área de atuação, inclusive no que se refere às das filiais da Ebserh na execução de suas atividades;
ações preventivas, objetivando a melhoria do padrão de qualidade V. intermediar o relacionamento da Ebserh com os veículos e
no processo de gestão e, como consequência, na prestação de ser- profissionais de imprensa;
viços à sociedade; VI. produzir, organizar e divulgar, interna e externamente, ma-
II. propor ao Conselho de Administração a redação e/ou revisão terial de comunicação institucional relativo ao trabalho da empresa;
de normas relativas às atividades de apuração de responsabilidade VII. subsidiar os órgãos de direção da Ebserh em relação ao
administrativa de agentes públicos e de pessoas jurídicas no âmbito comportamento e à imagem da empresa na mídia, por meio de mo-
da Ebserh; nitoramento e avaliação das informações a respeito da instituição,
III. editar resoluções administrativas correcionais para orientar divulgadas pelos veículos de imprensa;
a aplicação das normas de apuração de responsabilidade e a ade- VIII. orientar os empregados porta–vozes da empresa sobre
quação da Ebserh às instruções normativas da Controladoria–Geral como lidar adequadamente com a imprensa;
da União; IX. assessorar a Presidência, as Diretorias e demais órgãos da
IV. receber denúncias envolvendo desvio de conduta de agen- Ebserh nas ações que envolvam comunicação social, promoção ins-
tes públicos em atuação na Ebserh e de pessoa jurídica, nos termos titucional e realização de eventos institucionais;
da Lei nº 12.846/2013, realizar o juízo de admissibilidade e adotar X. estabelecer e administrar processos e procedimentos para a
os procedimentos correcionais cabíveis, nos termos das normas in- realização de solenidades e eventos institucionais, de acordo com
ternas de apuração de responsabilidade; normas de Cerimonial e Protocolo;
V. fiscalizar o andamento dos procedimentos correcionais pre- XI. desenvolver, regulamentar e monitorar o uso correto e pa-
vistos nas normas internas de apuração de responsabilidade e o dronizado da marca e demais elementos relacionados à identidade
preenchimento dos sistemas correcionais mantidos pela Controla- visual da empresa, disponibilizadas na intranet, internet, redes so-
doria–Geral da União no âmbito da Ebserh, podendo solicitar rela- ciais, banners, cartazes, folders e demais publicações institucionais;
tórios periódicos dos Superintendentes; XII. coordenar, elaborar ou editar material gráfico ou audiovi-
sual com vistas à divulgação da empresa para o público interno ou
externo;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
III. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe forem sub- Art. 49. São competências da Coordenadoria de Estratégia e
metidos para apoio à tomada de decisão do Vice-Presidente; Inovação Corporativa – CEIC:
IV. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em articu- I. coordenar os processos de elaboração, revisão e implemen-
lação com as coordenadorias da Vice Presidência; e tação da Arquitetura Organizacional da Rede Ebserh;
V. assessorar o Vice-Presidente em outros assuntos que lhe fo- II. coordenar a elaboração, revisão e implementação do Esta-
rem designados no âmbito da sua atuação. tuto Social e do Regimento Interno da Administração Central e dos
Art. 44. São competências da Coordenadoria de Gestão da HUFs da Rede Ebserh;
Rede – CGR: III. coordenar os processos de definição, desdobramento, mo-
I. coordenar os processos de planejamento para incorporação nitoramento e revisão da estratégia organizacional da Rede Ebserh;
de novos HUFs à Rede Ebserh; IV. coordenar os processos de elaboração e revisão da Cadeia
II. coordenar os processos de formalização, alteração e moni- de Valor e Arquitetura de Processos da Rede Ebserh;
toramento dos Contratos de Gestão Especial com as Instituições V. coordenar as ações de implementação e fortalecimento da
Federais de Ensino Superior; gestão por processos, de gestão da mudança, de gestão de projetos,
III. coordenar os processos de monitoramento, articulação e in- de gestão da inovação corporativa e da gestão do conhecimento na
tegração da Rede Ebserh; IV. coordenar o processo de planejamen- Rede Ebserh; e
to, avaliação e monitoramento da aplicação de recursos nos HUFs VI. coordenar a elaboração, execução, monitoramento e revi-
da Rede Ebserh; são dos projetos de cooperação técnica.
V. coordenar a Comissão Permanente de Análise de Pleitos As- Art. 50. São competências do Serviço de Gestão por Processos
sistenciais na avaliação de alteração da oferta de serviços assisten- – SGPS:
ciais nos HUFs da Rede Ebserh; I. gerir a elaboração e revisão da Cadeia de Valor e Arquitetura
VI. coordenar o processo de monitoramento de resultados dos de Processos da Rede Ebserh;
HUFs da Rede Ebserh; e II. gerir o Escritório de Processos da Administração Central e
VII. coordenar a operacionalização do Programa de Reestrutu- orientar a estruturação e funcionamento dos Escritórios de Proces-
ração dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). sos no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
Art. 45. São competências da Supervisão de Contratos de Ges- III. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão e melhoria contínua
tão – SCG: de processos;
I. avaliar a viabilidade de incorporações de novos HUFs à Rede IV. conduzir iniciativas de gestão e melhoria contínua de pro-
Ebserh, em conjunto com as Diretorias da Administração Central; cessos priorizados no âmbito da Administração Central; e
II. conduzir o processo de formalização e alteração dos Con- V. orientar e monitorar a priorização de processos nos HUFs
tratos de Gestão Especial com as Instituições Federais de Ensino da Rede Ebserh, promovendo a articulação entre os HUFs, entre as
Superior; e Diretorias e os HUFs, e entre as Diretorias para potencializar inicia-
III. monitorar e avaliar o cumprimento das obrigações pactua- tivas de gestão por processos em rede.
das nos Contratos de Gestão Especial. Art. 51. São competências do Serviço de Gestão Estratégica –
Art. 46. São competências da Supervisão de Programas Gover- SEGES:
namentais – SPG: I. gerir a elaboração, revisão e implementação da Arquitetura
I. conduzir o processo de elaboração, formalização, monitora- Organizacional da Rede Ebserh;
mento, avaliação e alterações dos Planos de Aplicação de Recursos II. gerir a elaboração, revisão e implementação do Estatuto So-
e dos Contratos de Objetivos; cial e do Regimento Interno da Administração Central e dos HUFs
II. elaborar estudos e análises estratégicas acerca da execução da Rede Ebserh;
orçamentária da Rede Ebserh; e III. operacionalizar o Rehuf. III. conduzir a elaboração do Plano Estratégico da Rede Ebserh,
Art. 47. São competências da Supervisão de Desempenho dos promovendo sua revisão e atualização tempestivamente;
HUFs – SDHUF: IV. conduzir a priorização de projetos, indicadores e metas es-
I. promover a cultura de gestão por indicadores com vistas a tratégicas;
acompanhar os resultados da Rede Ebserh e fomentar o aprimora- V. monitorar e avaliar os indicadores e metas do Plano Estra-
mento da gestão; tégico;
II. orientar a Rede Ebserh na formulação e análise de indica- VI. orientar as Diretorias e os HUFs da Rede Ebserh quanto ao
dores; desdobramento da estratégia em seus Planos Diretores;
III. monitorar o desempenho dos HUFs da Rede Ebserh; e VII. monitorar e avaliar o alinhamento entre o Plano Estratégico
IV. consolidar informações gerenciais dos HUFs da Rede Ebserh da Rede Ebserh e os Planos Diretores Estratégicos (PDEs) dos HUFs
com o apoio das demais Diretorias para subsidiar a alta gestão da da Rede Ebserh.
Ebserh na avaliação e tomada de decisão. VIII. orientar e avaliar a elaboração dos projetos estratégicos e
Art. 48. São competências da Supervisão de Relacionamento dos projetos previstos nos PDEs;
dos HUFs – SRHUF: IX. monitorar e avaliar a execução dos projetos do Plano Estra-
I. acompanhar, em conjunto com as Diretorias, os HUFs da tégico da Rede Ebserh;
Rede Ebserh, identificando necessidades de suporte, orientação e X. monitorar a execução do portfólio dos projetos dos PDEs; e
atuação para aprimoramento da gestão; II. coordenar ações trans- XI. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão de projetos e gestão
versais e integradas para atendimento de demandas dos hospitais da mudança.
priorizadas pela alta gestão da Ebserh; e Art. 52. São competências do Serviço de Gestão da Inovação
III. conduzir com o apoio das Diretorias o processo de planeja- Corporativa e do Conhecimento – SGIC:
mento da incorporação de novos HUFs à Rede Ebserh.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
I. gerir processos de inovação corporativa e gestão do conheci- V. avaliar, monitorar e controlar o fluxo das receitas dos HUFs
mento no âmbito da Administração Central; da Rede Ebserh no âmbito do SUS; VI. avaliar, monitorar, controlar
II. gerir o Escritório de Gestão do Conhecimento da Rede Eb- e apurar a necessidade de recursos financeiros a receber do Órgão
serh e orientar a estruturação e funcionamento dos Escritórios no Setorial, bem como do Fundo Nacional de Saúde/MS; e
âmbito dos HUFs da Rede Ebserh; VII. disciplinar os prazos e procedimentos para o encerramen-
III. prospectar parcerias e cooperações técnicas visando o al- to de exercício financeiro. Art. 55. São competências do Serviço de
cance dos objetivos estratégicos organizacionais; Execução Orçamentária e Financeira – SEOF:
IV. gerir os processos de elaboração, execução, monitoramen- I. controlar e realizar a execução orçamentária e financeira da
to e revisão dos projetos de cooperação técnica com organismos Administração Central, em todas as suas etapas;
internacionais; II. analisar a instrução de processos de solicitação de empenho,
V. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão do conhecimento, emitir as notas de empenho e monitorar seus respectivos saldos;
gestão da inovação corporativa e cooperações técnicas; e III. analisar a instrução de processos de solicitação de paga-
VI. orientar a elaboração dos projetos de cooperação técnica mento, realizar a liquidação da despesa e a emissão da ordem de
e parcerias firmadas pelas diretorias e pelos HUFs da Rede Ebserh. pagamento; e
IV. acompanhar o resultado dos pagamentos executados, man-
SUBSEÇÃO III ter interlocuções com as entidades envolvidas no processo, noti-
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA ficar as áreas demandantes e providenciar a regularização de in-
DE ORÇAMENTO E FINANÇAS consistências, conforme orientação, no âmbito da Administração
Central.
Art. 53. São competências da Diretoria de Orçamento e Finan- Art. 56. São competências do Serviço de Gestão Orçamentária
ças – DOF: e Financeira – SGOFI:
I. planejar, implementar e controlar as políticas e diretrizes de I. gerenciar as dotações orçamentárias no âmbito da Ebserh,
gestão orçamentária, financeira e contábil no âmbito da Adminis- resguardados os devidos limites de alçada das instâncias respon-
tração Central e filiais; sáveis;
II. apoiar e monitorar as filiais da Ebserh no planejamento, im- II. realizar e monitorar os pedidos de alterações orçamentárias
plementação e controle de seus respectivos orçamentos e desem- no âmbito da Ebserh, providenciado as articulações necessárias
penhos institucionais, de acordo com as características definidas no com as demais áreas envolvidas;
planejamento de cada HUF da Rede Ebserh; III. recepcionar e avaliar as demandas que promovam impacto
III. planejar, gerenciar e monitorar a execução orçamentária e no orçamento, indicar a classificação e conceder a disponibilidade
financeira da Rede Ebserh com as medidas necessárias à manuten- e, se necessário, descentralização de créditos no âmbito da Ebserh,
ção da sustentabilidade orçamentária e financeira da empresa; observando o planejamento e programação aprovados, os limites
IV. disponibilizar para a Rede Ebserh informações gerenciais orçamentários disponíveis, respeitadas as competências das de-
atualizadas de natureza orçamentária, financeira e de desempenho mais áreas responsáveis pelas solicitações;
com a finalidade de contribuir para a tomada de decisão nas diver- IV. recepcionar e avaliar as demandas de descentralização de
sas instâncias de gestão e para a sustentabilidade da empresa; créditos no âmbito da Ebserh, observando o planejamento e pro-
V. estabelecer diretrizes para a gestão de custos da empresa, gramação aprovados, os limites orçamentários disponíveis, respei-
bem como monitorar e avaliar a implantação de sistemas e indica- tando as competências das demais áreas demandantes;
dores de custos; e V. elaborar e monitorar a programação financeira mensal da
VI. apresentar à Diretoria Executiva as Demonstrações Finan- Ebserh;
ceiras da empresa. VI. gerenciar o fluxo de caixa de recursos financeiros da Ebserh,
Art. 54. São competências da Coordenadoria de Planejamento monitorando os saldos de recursos a receber e a repassar e as dis-
e Execução Orçamentária e Financeira – CPEOF: ponibilidades financeiras da empresa;
I. coordenar a elaboração e consolidação da programação e VII. apurar, gerenciar e monitorar o fluxo de receita de produ-
reprogramação dos orçamentos anuais e plurianuais no âmbito da ção SUS da Rede Ebserh; e
Rede Ebserh; VIII. realizar apuração de contas contábeis para um adequado
II. coordenar, analisar e acompanhar as atividades afetas ao encerramento do exercício financeiro da Ebserh.
planejamento, programação, acompanhamento, controle e execu- Art. 57. São competências do Serviço de Planejamento Orça-
ção orçamentária no âmbito da Ebserh, resguardados os devidos mentário – SPO:
limites de alçada das instâncias responsáveis em cada unidade ges- I. promover, orientar, e consolidar o planejamento orçamentá-
tora (UG) vinculada à empresa; rio anual e plurianual da Ebserh;
III. realizar a interlocução junto às demais áreas da empresa e II. orientar e avaliar as demandas, justificar e elaborar a pro-
às setoriais dos órgãos superiores envolvidos, quanto às ações ne- posta, realizar o acompanhamento, monitoramento e as revisões
cessárias ao tratamento das questões relativas ao planejamento e a do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, da Lei de Diretrizes
execução do orçamento no âmbito da Rede Ebserh; Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) no âmbito
IV. acompanhar, bem como fazer divulgar, e orientar com vistas da Ebserh;
ao cumprimento das determinações, recomendações e orientações III. realizar e consolidar, dentro dos seus limites de alçada, as
emanadas pelos órgãos de controle e órgãos setorial e central dos projeções e estudos necessários ao planejamento orçamentário
Sistemas de Planejamento, Orçamento e de Administração Finan- da Ebserh, incluindo despesas obrigatórias e discricionárias; e IV.
ceira Federal, no que se refere à sua área de competência; estruturar, controlar e monitorar as principais bases de dados orça-
mentárias da Diretoria.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 58. São competências da Coordenadoria de Contabilidade III. dirigir as ações de Segurança e Medicina do Trabalho na
– CCONT: Rede Ebserh, em articulação com as demais Diretorias e órgãos da
I. coordenar, supervisionar, avaliar e propor melhorias às ativi- Presidência;
dades relacionadas à contabilidade e controle de custos; IV. articular, desenvolver e implementar, em conjunto com ou-
II. coordenar a elaboração das Demonstrações Financeiras, tri- tras entidades públicas ou privadas, projetos e ações, bem como
mestrais e anuais, da empresa; quaisquer outras contribuições que possibilitem melhoria dos pro-
III. solicitar às demais áreas da empresa as informações neces- cessos de gestão de pessoas na Ebserh;
sárias para a correta compatibilidade dos registros contábeis; V. gerir o aperfeiçoamento dos Planos de Cargos, Carreiras e
IV. acompanhar a regularidade da empresa nos órgãos fiscais Salários, de Benefícios e de Cargos em Comissão e Funções Gratifi-
e comerciais; cadas para a Ebserh, em articulação com as demais Diretorias e os
V. coordenar a elaboração e envio das declarações acessórias; órgãos da Administração Pública Federal;
VI. supervisionar e orientar as atividades de conformidade de VI. dirigir a formação, capacitação e a avaliação dos colabora-
gestão e contábil; dores da Ebserh, em consonância com o presente Regimento Inter-
VII. coordenar, supervisionar e propor métodos de apuração e no e com o planejamento da instituição, bem como de acordo com
mensuração da eficiência do gasto; e as necessidades institucionais da Ebserh;
VIII. disciplinar os prazos e procedimentos para o encerramen- VII. implementar políticas de integração da força de trabalho,
to de exercício financeiro. em articulação com as demais Diretorias, Equipes de Governança
Art. 59. São competências do Serviço de Informações Geren- das filiais e órgãos da Administração Pública; VIII. gerir a divulgação
ciais e Gestão de Custos – SIGC: de informações relativas à política de gestão de pessoas, bem como
I. apurar, monitorar e analisar as informações de custos hospi- sobre as atribuições, funções, direitos e deveres de empregados e
talares da Rede Ebserh; demais colaboradores no âmbito da Ebserh, em articulação com a
II. propor e realizar, dentro de suas competências, estudos téc- Coordenadoria de Comunicação Social;
nicos e indicadores que contribuam para apuração do desempenho IX. articular, no âmbito de suas atribuições, com órgãos de clas-
financeiro e mensuração da eficiência do gasto da empresa; e se e sindicais, informações e condições relacionados ao trabalho na
III. gerenciar plataforma de informações gerenciais de natureza Ebserh;
orçamentária, financeira e de desempenho da empresa. X. negociar acordos coletivos de trabalho da Ebserh com as en-
Art. 60. São competências do Serviço de Contabilidade – SC: tidades sindicais representativas dos empregados, mediante asses-
I. elaborar e analisar relatórios e documentos pertinentes à soramento da Coordenadoria da Consultoria Jurídica; e
contabilidade da Ebserh; XI. formular os programas de estágio não obrigatório e de jo-
II. elaborar as Demonstrações Financeiras Consolidadas da Eb- vens aprendizes da Ebserh.
serh; Art. 62. São competências da Coordenadoria de Planejamento
III. realizar registros Contábeis Patrimoniais e orientar a execu- de Pessoal – CPP:
ção orçamentária e financeira, quando couber; I. coordenar os processos de solicitação e controle de vagas,
IV. realizar a conformidade contábil da Unidade no Sistema In- dimensionamento, monitoramento, seleção e provimento da força
tegrado de Administração Financeira (Siafi); de trabalho própria e cedida da Ebserh, de acordo com as necessi-
V. elaborar as declarações acessórias para os órgãos fazendá- dades de cada HUF da Rede Ebserh;
rios; II. planejar e gerir os processos de contratação de recursos hu-
VI. realizar e controlar os cadastros de usuários no Siafi, no Sis- manos, através da realização de concursos públicos, processos sele-
tema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e de- tivos e contratação de estagiários e aprendizes;
mais sistemas oficiais na alçada da contabilidade; III. coordenar processo de movimentação da força de trabalho;
VII. realizar e controlar os cadastros de pessoa jurídica da em- IV. desenvolver a integração dos empregados da Ebserh, em
presa nos órgãos competentes; e articulação com as demais Diretorias, os órgãos da Presidência e as
VIII. realizar conformidade de registro de gestão no Siafi. Equipes de Governança das filiais; e
V. implantar e gerir os Programas de Estágio e Aprendizagem
SUBSEÇÃO IV da Rede Ebserh.
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE Art. 63. São competências do Serviço de Dimensionamento e
GESTÃO DE PESSOAS Monitoramento de Pessoal – SEDIMP:
I. realizar dimensionamento de pessoal, de acordo com o pla-
Art. 61. São competências da Diretoria de Gestão de Pessoas nejamento assistencial e os processos de trabalho, em articulação
– DGP: com as demais áreas técnicas e equipe de governança dos HUFs da
I. gerir e articular ações relativas aos processos de planejamen- Rede Ebserh;
to, administração, avaliação e desenvolvimento da força de traba- II. instruir processo, em conjunto com as demais áreas técnicas,
lho, com todas as instâncias de gestão da Ebserh e com outras enti- de solicitação de vagas junto aos órgãos competentes;
dades públicas ou privadas; III. elaborar, validar e revisar metodologia de dimensionamento
II. dirigir e articular com as demais diretorias os processos de de pessoal;
gerenciamento de vagas, dimensionamento de pessoas, seleção e IV. gerir o quadro de vagas autorizadas;
provimento, monitoramento de pessoas e decisão sobre contrata- V. monitorar e orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto a lota-
ções, observando as necessidades que garantam o pleno funciona- ção dos colaboradores da empresa;
mento da Rede da Ebserh;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
VI. acompanhar a tabela de Cargos da Rede Ebserh com o obje- IV. gerir processos relativos ao cadastro, concessão de férias,
tivo de sugerir a alteração, extinção e/ou criação de novos cargos/ afastamentos funcionais não relacionados à saúde, frequência,
especialidades, baseado em tendências e pesquisas; banco de horas e escalas de trabalho;
VII. manter atualizado os dados e informações referentes à for- V. elaborar atos de pessoal, de nomeação, transferência, apos-
ça de trabalho da Rede Ebserh; tilamentos, substituição e exoneração e controlar o provimento dos
VIII. monitorar, permanentemente, o quadro de pessoal da Cargos Comissionados e Funções Gratificadas; e VI. providenciar
Rede Ebserh, considerando todos os regimes e natureza de contra- relatórios e declarações de dados cadastrais dos empregados efe-
tação; tivos, temporários e ocupantes de cargo em comissão ou função
IX. elaborar proposta com plano de ação visando a adequação gratificada da Rede Ebserh.
de serviços, realocação e/ou ampliação do quadro de pessoal em Art. 67. São competências do Serviço de Pagamento de Pessoal
articulação com as demais áreas técnicas e equipe de governança – SPP:
dos HUFs da Rede Ebserh; e I. gerir a folha de pagamento da Rede Ebserh;
X. pesquisar, estudar e buscar metodologias/técnicas utilizadas II. gerir as atividades necessárias aos recolhimentos dos encar-
e/ou propostas para monitoramento de pessoal, considerando as gos sociais;
necessidades da Rede Ebserh. III. analisar os documentos de cobrança e providenciar o res-
Art. 64. São competências do Serviço de Seleção e Provimento sarcimento de salários e encargos sociais de servidores cedidos por
de Pessoal – SESP: outros órgãos à Rede Ebserh;
I. implementar processos de contratação de recursos humanos IV. efetuar a cobrança de salários e encargos sociais de empre-
para a Ebserh, incluindo concurso público e a realização de proces- gados da EBSERH cedidos para outros órgãos;
sos seletivos para as diversas formas de provimento para cargos V. orientar as Divisões de Gestão de Pessoas (DivGPs) dos HUFS
temporários, emergenciais ou comissionados; da Rede Ebserh sobre procedimentos de cálculos e pagamento de
II. executar a Política de movimentação de empregados na Rede remuneração, utilização dos sistemas e aplicação da legislação, nor-
Ebserh, propondo normativos e observando as legislações vigentes; mativos e fluxos pertinentes às atividades e processos de pagamen-
III. realizar a convocação de candidatos aprovados nos concur- to de pessoal;
sos públicos e/ou processos seletivos acompanhando o provimento VI. elaborar e executar as rotinas anuais referentes à Declara-
dos cargos. ção do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF); e
IV. analisar a conformidade dos processos de provimento para VII. elaborar projeção detalhada de gastos com pessoal para
os cargos e funções comissionadas de acordo com o normativo in- inclusão e acompanhamento no Orçamento Anual, bem como fun-
terno; damentar possíveis necessidades de suplementação de recursos
V. executar o Programa de Estágio não obrigatório da Ebserh; e orçamentários e financeiros.
VI. executar o Programa Jovem aprendiz da Ebserh. Art. 68. São competências do Serviço de Saúde Ocupacional e
Art. 65. São competências da Coordenadoria de Administração Segurança do Trabalho – SSOST:
de Pessoal – CAP: I. gerir, no âmbito da Administração Central, e orientar e acom-
I. coordenar a elaboração da proposta orçamentária relativa à panhar, no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh, os processos relacio-
folha de pagamento da Ebserh; nados à saúde e segurança do trabalho na Rede Ebserh;
II. manter atualizado o controle de cargos comissionados, fun- II. propor e acompanhar ações de vigilância em saúde, por
ções e gratificações do quadro de pessoal da Rede Ebserh; meio de estudos e análises epidemiológicas, indicadores de ava-
III. preparar atos de nomeação e exoneração de cargos efetivos liação e gerenciamento de dados sobre a saúde e segurança dos
e comissionados; colaboradores;
IV. coordenar a admissão e demissão dos empregados da Eb- III. receber e registrar as informações de licenças médicas e ou-
serh; tros afastamentos por motivos de saúde dos colaboradores da Ad-
V. coordenar os processos relativos à Segurança e Medicina do ministração Central e prestar orientações aos HUFs da Rede Ebserh
Trabalho e à Saúde e Segurança do Trabalho da Rede Ebserh; quanto ao tema;
VI. gerenciar a elaboração da política salarial e de concessão IV. gerir as ações e políticas de prevenção e promoção na área
de gratificações e benefícios, elaborando os estudos de impacto fi- de saúde e segurança dos trabalhadores desenvolvidas no âmbito
nanceiro; da Rede Ebserh;
VII. coordenar a execução da folha de pagamentos da empresa, V. desenvolver programas e ações de promoção de qualidade
conforme o Plano de Cargos, Carreiras, Salários e Plano de Vanta- de vida do trabalhador da Rede Ebserh;
gens e Benefícios; e VI. prestar orientações técnicas acerca da elaboração de Laudos
VIII. coordenar o cadastro, documentação e registro dos em- Técnicos de Insalubridade/ Periculosidade e de outros documentos
pregados efetivos, temporários e cedidos à Ebserh. técnicos relacionados à saúde e segurança do trabalho na Rede Eb-
Art. 66. São competências do Serviço de Documentação e Re- serh, bem como monitorar a aplicação dos referidos documentos;
gistro – SDR: VII. orientar, encaminhar e acompanhar os empregados da Ad-
I. gerir o cadastro dos empregados efetivos, temporários e ocu- ministração Central em demandas relativas ao Instituto Nacional
pantes de cargo em comissão ou função gratificada da Ebserh; de Seguridade Social (INSS), bem como orientar os HUFs da Rede
II. gerenciar os processos de cessão e requisição de emprega- Ebserh sobre como encaminhar e acompanhar demandas dessa na-
dos e servidores da Rede Ebserh e elaborar atos relativos à gestão tureza relativas aos empregados dos HUFs; e
de pessoas; VIII. desenvolver programas e ações de promoção de qualidade
III. manter e conservar o arquivo de documentos funcionais dos de vida do trabalhador da Rede Ebserh.
empregados e colaboradores da Ebserh;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 69. São competências da Coordenadoria de Desenvolvi- I. promover a qualificação da assistência prestada nos HUFs da
mento de Pessoas – CDP: Rede Ebserh;
I. gerir o processo de desenvolvimento de pessoas da Rede Eb- II. promover, em conjunto com a DAI e DTI, a modernização da
serh; estrutura para a assistência dos HUFs da Rede Ebserh;
II. planejar e coordenar o processo de Gestão do Desempenho III. propor modelo de avaliação da estrutura assistencial dos
por Competências (GDC) dos colaboradores da Ebserh; HUFs da Rede Ebserh;
III. planejar e coordenar o processo de avaliação do período de IV. estabelecer, em diálogo com a DEPI, princípios e diretrizes
experiência dos novos empregados da Ebserh; para análise de mérito relativo à alteração de oferta de serviços as-
IV. monitorar a gestão do ambiente virtual de aprendizagem sistenciais em saúde no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
(AVA) da Escola Ebserh de Educação Corporativa (3EC); V. definir diretrizes e apoiar a Rede Ebserh nos processos de
V. planejar e coordenar a gestão do Plano de Cargos, Carreiras e negociação e pactuação da contratualização junto aos gestores do
Salários e o Plano de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas SUS;
da Rede Ebserh; VI. promover a integração das ações assistenciais com o ensino,
VI. coordenar as ações referentes aos processos de afastamen- a pesquisa e a inovação tecnológica em saúde, em conjunto com a
to do país para capacitação dos empregados da Rede Ebserh; DEPI;
VII. planejar e coordenar a política e o processo de negociações VII. qualificar a atuação dos HUFs da Rede Ebserh junto à Rede
coletivas da Rede Ebserh; de Atenção à Saúde, por meio de dispositivos de gestão da atenção
VIII. planejar e coordenar a execução de ações preventivas de hospitalar e de gestão da clínica;
combate ao Assédio Moral e ao Assédio Sexual; VIII. definir a utilização de protocolos assistenciais, diretrizes
IX. planejar e coordenar ações referentes ao Clima Organizacio- terapêuticas e de tecnologias em saúde, alinhados com os Protoco-
nal, em conjunto com as ações de Qualidade de Vida no Trabalho; e los Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde
X. monitorar a mediação dos conflitos de relação de trabalho (MS), a serem adotados pelos HUFs da Rede Ebserh;
junto aos HUFs da Rede Ebserh. Art. 70. São competências do Servi- IX. promover, em diálogo com a DEPI e DTI, o acesso da Rede
ço de Capacitação e Avaliação de Desempenho – SECAD: Ebserh às bases de dados de evidências científicas para o ensino,
I. executar o processo de desenvolvimento de pessoas da Rede pesquisa, inovação e assistência;
Ebserh; X. propor ações referentes à assistência hospitalar e à vigilância
II. propor e executar ações de capacitação para a Rede deman- em saúde, inclusive em eventos de importância em saúde pública;
dadas pelas Diretorias ou identificadas na GDC; XI. gerir os convênios e os instrumentos formais de contratuali-
III. propor, implementar e monitorar o processo de GDC dos zação estabelecidos com os gestores de saúde, considerando o seu
colaboradores da Ebserh; caráter finalístico;
IV. propor metodologia e gerir o processo de avaliação de perí- XII. definir e autorizar, em diálogo com a DEPI, a utilização de
odo de experiência dos novos empregados, na Administração Cen- dados e informações relacionados à assistência, incluindo informa-
tral e acompanhar o processo nos HUFs da Rede Ebserh; ções dos prontuários médicos e seus correlatos, para fins de ensino,
V. gerir o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da Escola pesquisa, desenvolvimento tecnológico e outros usos dos dados as-
Ebserh de Educação Corporativa (3EC); sistenciais de pacientes;
VI. gerir o Plano de Cargos, Carreiras e Salários - PCCS da Ebserh XIII. definir e promover o processo de monitoramento e avalia-
e o Plano de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas - PCCFG ção do desempenho da atenção hospitalar da Rede Ebserh; e
da Ebserh; e XIV. estabelecer estratégias para a qualificação do registro das
VII. gerir o processo de afastamento do País para capacitação informações assistenciais.
dos empregados da Ebserh. Art. 73. São competências da Coordenadoria de Gestão da Clí-
Art. 71. São competências do Serviço de Relações de Trabalho nica – CGC:
– SERET: I. coordenar a integração, implantação e implementação de
I. identificar as entidades sindicais por categoria e região dos dispositivos de gestão da clínica;
empregados da Ebserh; II. coordenar ações estratégicas e as atividades multidisciplina-
II. organizar, supervisionar e gerenciar a Mesa Nacional de Ne- res com vistas a promover a integralidade do cuidado;
gociação Permanente da Ebserh - MNNP/Ebserh; III. coordenar a elaboração, padronização e implantação dos
III. promover ações referentes ao Clima Organizacional, em guias, instrutivos, manuais, protocolos clínicos assistenciais e di-
conjunto com as ações de Qualidade de Vida no Trabalho; retrizes terapêuticas e outros documentos normativos relativos à
IV. atuar na administração, mediação e negociação para o trata- assistência à saúde;
mento de conflitos decorrentes das relações de trabalho; IV. coordenar a implantação de instrumentos de apoio à deci-
V. propor, acompanhar e promover ações afirmativas e preven- são clínica a serem adotados pelos HUFs da Rede Ebserh;
tivas de combate ao assédio moral e ao assédio sexual; e V. coordenar os processos de organização e funcionamento das
VI. gerir e executar as ações relativas às relações de trabalho. comissões hospitalares obrigatórias relacionadas à gestão da clíni-
ca;
SUBSEÇÃO V VI. coordenar e monitorar as ações de regulação assistencial
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA junto às filiais Ebserh, de maneira articulada ao gestor local do SUS;
DE ATENÇÃO À SAÚDE VII. coordenar a gestão da informação clínica em consonância
com a Política de Gestão Documental da Ebserh e com as legisla-
Art. 72. São competências da Diretoria de Atenção à Saúde – ções sanitária e arquivística vigentes;
DAS:
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
VIII. coordenar a implementação de ações de gestão da quali- V. orientar tecnicamente as filiais Ebserh na estruturação e de-
dade, segurança do paciente e humanização; e senvolvimento de atividades de gestão de riscos e incidentes em
IX. propor, no âmbito de sua atuação, ações referentes à assis- saúde, incluindo os assistenciais e aqueles relacionados às tecnolo-
tência hospitalar, à vigilância em saúde e no que se refere a eventos gias em saúde, como a farmacovigilância, tecnovigilância, hemovi-
de importância em saúde pública. gilância e vigilância de produtos saneantes;
Art. 74. São competências do Serviço de Gestão do Cuidado VI. atuar de maneira articulada com o SPIA no desenvolvimen-
Assistencial – SGCA: to de dispositivos que assegurem a qualidade dos medicamentos e
I. orientar e monitorar a implantação de dispositivos de gestão produtos para saúde;
do cuidado assistencial no âmbito da Rede Ebserh; VII. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para qualificação do
II. promover e monitorar a implantação de instrumentos de processo de identificação, tratamento da informação e comunica-
apoio à decisão clínica a serem adotados pelos HUFs da Rede Eb- ção de riscos e incidentes em saúde;
serh, em especial a classificação de risco; VIII. gerir o sistema de Vigilância em Saúde e Gestão de Ris-
III. orientar a definição e a implementação, bem como monito- cos Assistenciais Hospitalares (Vigihosp), o Painel de Indicadores de
rar a estruturação de linhas de cuidado no âmbito da Rede Ebserh; Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente e demais sistemas
IV. promover e monitorar a implantação nas filiais Ebserh, dos de informação relacionados à gestão da qualidade, vigilância em
protocolos clínico-assistenciais, diretrizes terapêuticas assistenciais, saúde, segurança do paciente e humanização, orientando e incen-
guias, instrutivos e outras documentações assistenciais, a serem tivando a notificação e investigação de eventos adversos e queixas
adotados na Rede, visando qualificar os processos e a gestão do técnicas em sistema próprio e nas plataformas dos órgãos sanitários
cuidado em saúde; competentes;
V. atuar de maneira articulada com o SPIA no desenvolvimento IX. identificar e avaliar o perfil de morbimortalidade hospitalar,
de dispositivos que assegurem a utilização de medicamentos e pro- auxiliando a análise de situação de saúde e o processo de melhorias
dutos para saúde padronizados nos protocolos clínicos e diretrizes para subsidiar a tomada de decisão gerencial;
terapêuticas; X. apoiar a implantação e atuação das Comissões Obrigatórias
VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh na implementação, mo- diretamente relacionadas à vigilância em saúde, à humanização, à
nitoramento e avaliação da farmácia clínica e dispensação farma- qualidade e à segurança do paciente;
cêutica; XI. monitorar e avaliar as ações de gestão da qualidade da as-
VII. apoiar a gestão dos processos envolvidos no cuidado in- sistência à saúde, segurança do paciente, humanização e vigilância
tegrado especializado no âmbito hospitalar, inclusive os mediados em saúde nas filiais Ebserh;
por tecnologias de telessaúde, relativos ao diagnóstico, tratamento, XII. orientar o desenvolvimento de capacidades técnicas em
prevenção e reabilitação; gestão da qualidade da assistência à saúde, da segurança do pacien-
VIII. apoiar a Rede na gestão dos processos de alta por óbitos, te, da humanização e das ações de vigilância em saúde no âmbito
busca ativa de doadores de órgãos e tecidos, e necrópsia; das filiais da Ebserh; e
IX. apoiar a Rede na padronização do processamento de mate- XIII. orientar os HUFs da Rede Ebserh a respeito da elaboração
riais hospitalares; e gestão de documentos do sistema de Gestão da Qualidade, in-
X. apoiar a Rede na organização e gestão de estruturas de bio- cluindo formas de controle e padronização de formatação de acor-
ética, de forma a mitigar conflitos e instrumentalizar as decisões do com a política de gestão documental da Ebserh.
difíceis na prática assistencial; e Art. 76. São competências do Serviço de Regulação Assistencial
XI. promover a implantação e gestão das comissões hospitala- – SRA:
res obrigatórias relacionadas ao cuidado assistencial. I. propor diretrizes para organização dos processos de gestão
Art. 75. São competências do Serviço de Gestão da Qualidade da oferta de consultas, exames, leitos e cirurgias;
– SGQ: II. promover o desenvolvimento de capacidades técnicas rela-
I. estabelecer diretrizes e parâmetros para a gestão da quali- tivas à elaboração, uso e aplicação de protocolos de regulação do
dade, da segurança do paciente, da humanização e das ações de acesso;
vigilância em saúde, nos componentes epidemiológicos, controle III. elaborar diretrizes para os processos de gestão da lista de
de infecção hospitalar e gestão de riscos de tecnologias em saúde, espera cirúrgica (LEC);
nas filiais Ebserh; IV. monitorar a gestão da informação relacionada à oferta de
II. gerir a implementação do Programa Ebserh de Gestão da consultas, internações, cirurgias e exames;
Qualidade, do Programa Ebserh Gestão à Vista, do Programa Eb- V. promover os ciclos de melhoria dos processos regulatórios
serh de Segurança do Paciente e das ações de humanização, esta- assistenciais por meio do monitoramento e avaliação dos seus in-
belecendo indicadores e metas, incentivando a avaliação crítica dos dicadores;
dados e a realização dos ciclos de melhoria por meio da análise dos VI. propor diretrizes para pactuação e gestão dos processos re-
planos de ação; lacionados a transferências internas, admissão e alta, referência e
III. gerir a execução do processo de avaliação externa do Pro- contrarreferência de pacientes;
grama Ebserh de Gestão da Qualidade e Selo Ebserh da Qualidade; VII. apoiar as filiais em discussões com gestores locais de saú-
IV. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para qualificação do de, dentro do escopo da regulação assistencial; e
processo de gestão da informação relativa às doenças e agravos de VIII. propor diretrizes e apoiar a gestão da informação clínica no
notificação compulsória (DNC), bem como no controle de infecções âmbito da Rede Ebserh, incluindo as informações clínicas em meio
relacionadas à assistência de saúde (IRAS); físico, a digitalização de prontuários físicos e o prontuário eletrônico
do paciente.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 77. São competências da Coordenadoria de Gestão da I. realizar estudos para a definição de perfil assistencial, a partir
Atenção Hospitalar – CGAH: da análise da situação de saúde, diagnóstico, projeção assistencial
I. coordenar o processo de planejamento e programação as- dos HUFs e estrutura organizacional das Gerências de Atenção à
sistencial e aqueles relacionados à contratualização hospitalar da Saúde (GAS) dos HUFs da Rede Ebserh;
Rede Ebserh; II. estabelecer parametrização de serviços assistenciais para o
II. validar os estudos de dimensionamento de serviços assisten- planejamento assistencial;
ciais da Rede Ebserh; III. validar análises dos Instrumentos Formais III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede Ebserh nos
de Contratualização (IFCs) e estabelecer medidas de apoio à imple- processos de planejamento e programação assistencial para defini-
mentação de processos de planejamento assistencial e contratuali- ção de seu perfil assistencial;
zação hospitalar; IV. analisar o perfil assistencial dimensionado para o HUF da
IV. coordenar o processo de padronização de medicamentos e Rede Ebserh, a fim de subsidiar a tomada de decisões pela gestão;
produtos para saúde para uso na Rede Ebserh; V. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh no processo
V. coordenar o processo de monitoramento e avaliação do de- de habilitação de serviços assistenciais especializados no âmbito do
sempenho da atenção hospitalar da Rede Ebserh; e SUS;
VI. propor estratégias para qualificação do registro das infor- VI. monitorar as habilitações de serviços assistenciais especiali-
mações assistenciais. zados no âmbito do SUS; e
Art. 78. São competências do Serviço de Contratualização Hos- VII. analisar e subsidiar a emissão de parecer de mérito assis-
pitalar – SCH: tencial para as demandas de criação, ampliação, suspensão ou ex-
I. prestar apoio técnico aos HUFs da Rede Ebserh para a (re) tinção de serviços assistenciais no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh.
pactuação dos Instrumentos Formais de Contratualização (IFC) no Art. 81. São competências do Serviço de Planejamento de Insu-
âmbito do SUS, incluindo a construção das bases e estratégias de mos Assistenciais - SPIA:
negociação; I. definir o processo de seleção e padronização de medicamen-
II. monitorar e avaliar a situação de vigência dos IFC e o desem- tos e produtos para saúde a serem adotados na Rede Ebserh;
penho dos HUFs da Rede Ebserh no cumprimento de metas; II. padronizar medicamentos e produtos para saúde para uso
III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede Ebserh para o pela Rede Ebserh;
monitoramento e a avaliação de desempenho dos IFC; III. definir em conjunto com a DAI os medicamentos e produtos
IV. atuar na mediação de eventuais conflitos inerentes à contra- para saúde para contratação centralizada em casos de desabasteci-
tualização, entre os HUFs da Rede Ebserh e a gestão do SUS; mento por cenários de mercado;
V. representar a Ebserh perante os gestores de saúde; e IV. propor diretrizes e atuar no âmbito das Comissões de Pa-
VI. atuar junto ao MS na resolução de problemas e/ou de regu- dronização de medicamentos e produtos para saúde para seu pleno
larização de repasses de recursos, considerando os acordos e valo- funcionamento;
res estabelecidos nos instrumentos formais de contratualização dos V. subsidiar a Rede Ebserh na identificação de necessidades
HUFs da Rede Ebserh. quanto à incorporação, alteração ou exclusão de medicamentos e
Art. 79. São competências do Serviço de Gestão da Informação, produtos para saúde em consonância com as diretrizes do SUS; VI.
Monitoramento e Avaliação – SGIMA: atuar de maneira articulada com o SGQ no desenvolvimento de dis-
I. desenvolver e operacionalizar metodologia de gestão da in- positivos que assegurem a qualidade dos medicamentos e produtos
formação, incluindo monitoramento e avaliação de indicadores da para saúde;
atenção hospitalar na Rede Ebserh; VII. atuar de maneira articulada com o SGCA no desenvolvi-
II. implementar ferramentas para o monitoramento e avaliação mento de dispositivos que assegurem a utilização de medicamen-
dos indicadores da produção assistencial da Rede Ebserh definidos tos e produtos para saúde padronizados nos protocolos clínicos e
pela DAS; diretrizes terapêuticas;
III. monitorar e avaliar o desempenho da atenção hospitalar da VIII. estruturar e implementar a forma e o conteúdo do Catálo-
Rede Ebserh no âmbito dos sistemas de informação em saúde de go de Padronização de Tecnologias em Saúde Nacional e dos HUFs
base nacional do SUS; da Rede Ebserh; e
IV. subsidiar a gestão no processo de tomada de decisão com IX. definir em conjunto com a DOF as naturezas de despesa de
o fornecimento de informações relativas à atenção hospitalar da medicamentos e produtos para saúde a serem utilizadas pela Rede
Rede Ebserh; Ebserh.
V. desenvolver e implementar estratégias de qualificação do
registro das informações assistenciais no âmbito dos sistemas de SUBSEÇÃO VI
informação em saúde de base nacional do SUS; DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ENSINO,
VI. subsidiar a integração do sistema de informação em saúde PESQUISA E INOVAÇÃO
da Rede Ebserh com os sistemas de informação em saúde de base
nacional do SUS; e Art. 82. São competências da Diretoria de Ensino, Pesquisa e
VII. fornecer subsídios técnicos para a operacionalização de sis- Inovação – DEPI:
temas de informação em saúde de base nacional do SUS. I. estabelecer a política do ensino, da pesquisa e da inovação
Art. 80. São competências do Serviço de Planejamento Assis- tecnológica em saúde;
tencial – SPA: II. promover a qualificação do ensino, da pesquisa e da inova-
ção tecnológica em saúde;
III. promover a gestão das atividades do ensino, da pesquisa e
da inovação tecnológica em saúde realizadas na Rede Ebserh;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
IV. promover, em conjunto com a DAI e DTI, a modernização da VI. articular, junto às instâncias gestoras, estratégias de apoio
estrutura para ensino, pesquisa e inovação tecnológica em saúde e incentivo à adoção de metodologias pedagógicas inovadoras que
dos HUFs da Rede Ebserh; integrem as ações de atenção à saúde, ensino, pesquisa e extensão
V. propor modelo de avaliação da estrutura de ensino, pesquisa na Rede Ebserh;
e inovação tecnológica em saúde dos HUFs da Rede Ebserh; VII. monitorar a estruturação dos HUFs da Rede Ebserh para o
VI. estabelecer, em diálogo com a DAS, princípios e diretrizes processo de certificação e de recertificação como hospital de ensi-
para análise de mérito relativo à alteração de oferta de serviços de no;
ensino, pesquisa e inovação de tecnologias em saúde no âmbito VIII. propor modelo de avaliação do campo de prática para o
dos HUFs da Rede Ebserh; ensino;
VII. promover, em conjunto com a DAS, a integração das ações IX. propor modelo de atuação da preceptoria na Rede Ebserh;
de ensino, pesquisa e inovação tecnológica com a assistência à saú- X. coordenar programa de mobilidade em Rede para residen-
de; tes;
VIII. definir estratégias para captação de recursos orçamentá- XI. apoiar a estruturação e gestão dos programas de residência
rios e financeiros destinados ao ensino, à pesquisa e à inovação tec- da Rede Ebserh; XII. realizar articulação institucional e interinstitu-
nológica em saúde; cional para o fortalecimento dos programas de residência na Rede
IX. promover, em diálogo com a DAS e DTI, o acesso da Rede Ebserh;
Ebserh às bases de dados de evidências científicas para o ensino, XIII. promover o ensino baseado em competências e EPAs (Ati-
pesquisa e inovação tecnológica em saúde; vidades Profissionais Confiáveis);
X. promover e apoiar os Núcleos de Avaliação de Tecnologias XIV. apoiar a implementação de práticas de ensino baseadas
em Saúde (NATS) na Rede Ebserh; em simulação; e
XI. propor estratégias para o fortalecimento e a expansão das XV. promover o desenvolvimento de atividades voltadas ao En-
atividades de avaliação em tecnologias de saúde; sino em Rede.
XII. promover e fortalecer as atividades de ensino, pesquisa e Art. 84. São competências do Serviço de Gestão de Pós-Gradu-
inovação tecnológica em saúde; ação – SGPOS:
XIII. gerir os convênios relacionados às atividades de ensino, I. orientar os HUFs da Rede Ebserh no planejamento das ativi-
pesquisa e inovação tecnológica em saúde; dades da pós-graduação e na gestão do campo de prática;
XIV. participar da construção e gestão dos instrumentos for- II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes inter-
mais de contratualização estabelecidos com os gestores de saúde nos voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática das ativi-
no que concerne ao ensino, pesquisa e inovação tecnológica em dades de pós-graduação;
saúde, em diálogo com a DAS; III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs
XV. Apoiar a DAS na definição e autorização da utilização de no âmbito do ensino da pós graduação;
dados e informações relacionados à assistência, incluindo informa- IV. avaliar as atividades de estruturação dos HUFs da Rede Eb-
ções dos prontuários médicos e seus correlatos, para fins de ensino, serh para a execução de processos de certificação e recertificação
pesquisa, desenvolvimento tecnológico e outros usos dos dados as- como hospital de ensino;
sistenciais de pacientes; V. desenvolver modelo de avaliação do campo de prática para
XVI. promover, em diálogo com a DAS, a integração das ações o ensino;
do ensino, da pesquisa e da inovação tecnológica em saúde da rede VI. apoiar as GEPs na implementação do modelo de atuação da
Ebserh em consonância com as Universidades, MEC e MS; XVII. preceptoria na Rede Ebserh; VII. desenvolver e monitorar o progra-
Propor estratégias para a internacionalização do ensino, pesquisa e ma de mobilidade em rede para residentes;
inovação tecnológica em saúde da Rede Ebserh; VIII. monitorar a estruturação e gestão dos programas de resi-
XVIII. Promover as atividades de ensino, pesquisa e inovação dência da Rede Ebserh;
tecnológica em saúde em redes colaborativas. IX. participar da elaboração e gerenciamento do plano de ação
Art. 83. São competências da Coordenadoria de Gestão do En- decorrente do desdobramento estratégico da Rede Ebserh na área
sino – CGEN: de ensino;
I. coordenar o planejamento da área de ensino da Rede Ebserh, X. apoiar o desenvolvimento de atividades voltadas ao ensino
coerente com as políticas e diretrizes gerais do MEC e do MS, ali- em rede para a pós-graduação; e
nhado ao Planejamentos Estratégico da empresa e suas respectivas XI. elaborar diretrizes e normas para realização das atividades
Diretorias e áreas técnicas; de ensino da pós-graduação nos HUFs da Rede Ebserh.
II. propor políticas, diretrizes e normativos para orientar os pro- Art. 85. São competências do Serviço de Gestão da Graduação,
cessos de gestão do campo de prática para o ensino; Ensino Técnico e Extensão – SGETE:
III. apoiar as Gerências de Ensino e Pesquisa (GEPs) para o de- I. apoiar os HUFs da Rede Ebserh na execução dos processos de
senvolvimento das condições técnicas necessárias para ações da gestão do campo de prática para atividades da graduação, ensino
área de ensino na Rede Ebserh; técnico e da extensão;
IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes inter-
da Rede Ebserh no âmbito do ensino; V. apoiar o processo de arti- nas voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática das ativida-
culação dos HUFs da Rede Ebserh junto às instâncias acadêmicas des de graduação, ensino técnico e extensão;
das universidades; III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs
da Rede Ebserh no âmbito da graduação, ensino técnico e extensão;
IV. desenvolver modelo de avaliação do campo de prática das
atividades de graduação, ensino técnico e extensão;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
V. monitorar a implementação do modelo de atuação da pre- X. promover e fomentar atividades de iniciação tecnológica
ceptoria na Rede Ebserh; e aplicada aos HUFs da Rede Ebserh para estimular a transferência de
VI. elaborar diretrizes e normas para a realização das atividades inovações tecnológicas em saúde e formação de recursos humanos
de ensino de graduação, ensino técnico e extensão nos HUFs da focados em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D);
Rede Ebserh. XI. estimular, acompanhar e orientar o processamento dos pe-
Art. 86. São competências da Coordenadoria de Gestão da Pes- didos de registro de propriedade intelectual na Rede Ebserh; e
quisa e Inovação Tecnológica em Saúde – CGPITS: XII. realizar articulação institucional e interinstitucional para
I. propor e gerir a política de inovação de tecnologia em saúde promover a ampliação e fortalecimento da Inovação Tecnológica
e propriedade intelectual na Rede Ebserh; em Saúde e Saúde Digital no âmbito da Rede Ebserh.
II. apoiar a gestão da inovação tecnológica em saúde na Rede Art. 88. São competências do Serviço de Gestão da Pesquisa –
Ebserh; SGPQ:
III. apoiar as GEPs da Rede Ebserh para o desenvolvimento das I. gerir a política de pesquisa e de avaliação de tecnologias em
condições técnicas necessárias para ações da área de pesquisa e saúde na Rede Ebserh;
inovação tecnológica em saúde na Rede Ebserh; II. identificar a necessidade de capacitação de profissionais em
IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs pesquisa clínica e no uso de bancos de dados para fins de pesquisa;
da Rede Ebserh no âmbito da pesquisa e inovação tecnológica em III. apoiar a gestão da pesquisa na Rede Ebserh;
saúde; IV. monitorar e aprimorar o sistema de gestão de pesquisa e o
V. apoiar o processo de articulação dos HUFs da Rede Ebserh controle de acesso à plataforma de coleta de dados;
junto às instâncias acadêmicas das universidades; V. acompanhar os processos de gestão e modernização da es-
VI. articular, junto às instâncias gestoras da Saúde e da Ciência, trutura para realização de pesquisa nos HUFs da Rede Ebserh;
Tecnologia e Inovação, estratégias de apoio e incentivo às ações de VI. monitorar o registro de Grupos Temáticos e Pesquisadores
pesquisa e inovação tecnológica em saúde com foco no fortaleci- que atuam na Rede Ebserh;
mento do SUS; VII. promover a realização de pesquisas multicêntricas de rele-
VII. estruturar e desenvolver processos que apoiem a Rede Eb- vância para o SUS na Rede Ebserh;
serh na certificação e recertificação dos HUFs da Rede Ebserh como VIII. apoiar a captação de recursos para o desenvolvimento de
hospitais de ensino; pesquisa na Rede Ebserh;
VIII. propor e gerenciar modelo de captação de recursos para a IX. monitorar os resultados da produção científica na Rede Eb-
pesquisa e inovação tecnológica em saúde; serh e fomentar a sua divulgação;
IX. coordenar a estruturação e gestão da pesquisa, inovação X. monitorar a execução de projetos de pesquisa com fomento
tecnológica em saúde e dos Núcleos de Avaliação Tecnológica em Ebserh;
Saúde (NATS) da Rede Ebserh; e XI. fomentar atividades de iniciação científica nos HUFs da Rede
X. participar do processo de análise e proposição de políticas Ebserh;
públicas relacionadas à pesquisa clínica, inovação em tecnologias XII. monitorar e avaliar as condições técnicas e operacionais
em saúde e avaliação de tecnologias em saúde. para a implantação e/ou aprimoramento dos Núcleos de Avaliação
Art. 87. São competências do Serviço de Gestão da Inovação de Tecnologias em Saúde (NATS);
Tecnológica em Saúde – SGITS: XIII. promover a instituição de uma rede colaborativa de avalia-
I. gerir a política de inovação tecnológica em saúde na Rede ções de tecnologias em saúde no âmbito da Rede Ebserh; e
Ebserh; XIV. propor estratégias para o fortalecimento e a expansão das
II. apresentar propostas de inovação tecnológica aplicáveis à atividades de avaliação em tecnologias em saúde.
saúde no âmbito da Rede Ebserh;
III. realizar prospecção de inovação tecnológica em saúde para SUBSEÇÃO VII
a Rede Ebserh; IV. identificar e propor a ampliação e diversificação DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ADMI-
de fontes de recursos para o fortalecimento da inovação tecnológi- NISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURA
ca aplicáveis aos HUFs da Rede Ebserh;
V. identificar, prospectar, avaliar, articular e propor parcerias Art. 89. São competências da Diretoria de Administração e In-
para o desenvolvimento de soluções tecnológicas em saúde aplicá- fraestrutura – DAI:
veis aos HUFs da Rede Ebserh; I. propor, implementar e monitorar as políticas de licitações,
VI. propor e gerir programas, projetos, estratégias, soluções contratos e convênios, compras centralizadas, patrimonial, supri-
tecnológicas inovadoras em saúde e realização de provas de concei- mentos, infraestrutura física, engenharia clínica, hotelaria no âmbi-
to no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh; to da Administração Central, e dos HUFs da Rede Ebserh, bem como
VII. avaliar e propor estratégias de implementação e escalona- a logística administrativa da Administração Central;
mento de soluções tecnológicas em saúde nos HUFs da Rede Eb- II. dirigir o planejamento das compras centralizadas de bens e
serh; serviços necessários ao pleno funcionamento da Rede Ebserh;
VIII. gerenciar e estimular registro de propriedade intelectual III. dirigir os procedimentos para o desenvolvimento das se-
(produtos e patentes); guintes atividades na Rede Ebserh: a. compras regulares e compras
IX. monitorar as atividades de inovação tecnológica em saúde centralizadas de bens e serviços;
na Rede Ebserh e apoiar sua divulgação; b. gerenciamento e fiscalização de contratos e convênios;
c. planejamento e gerenciamento dos serviços de apoio hos-
pitalares;
d. gestão patrimonial;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
II. instruir processos de contratação da Administração Central, VII. propor e manter atualizado o cronograma de compras cen-
atuando como controle interno sobre a fase de planejamento das tralizadas; e
contratações; VIII. propor estratégias de profissionalização dos compradores
III. conduzir a fase das contratações relacionada à seleção de da Rede Ebserh.
fornecedores, na Administração Central; e Art. 98. São competências da Coordenadoria de Infraestrutura
IV. acompanhar as compras diretas e licitações conduzidas pela Hospitalar e Hotelaria – CIH:
Rede Ebserh. Art. 96. São competências do Serviço de Administra- I. avaliar e coordenar a implementação de diretrizes para o pla-
ção da Sede – SADS: nejamento e a gestão de serviços da área de infraestrutura física
I. gerir os serviços logísticos gerais e a infraestrutura física ne- hospitalar, engenharia clínica e hotelaria hospitalar no âmbito da
cessários ao funcionamento da Administração Central; Rede Ebserh;
II. promover e monitorar o uso racional e sustentável dos re- II. coordenar a prestação de suporte especializado aos gestores
cursos logísticos e da infraestrutura física da Administração Central; de infraestrutura física, engenharia clínica e hotelaria hospitalar da
III. gerenciar e acompanhar a utilização e a destinação dos es- Rede Ebserh;
paços físicos da Administração Central; III. supervisionar o desenvolvimento de estudos e coordenar
IV. operacionalizar as atividades de protocolo e de arquivo cen- ações que visem à inovação, à racionalização e ao dimensionamen-
tral da Administração Central; to otimizado dos serviços no âmbito de suas competências;
V. operacionalizar as atividades do almoxarifado e do patrimô- IV. coordenar iniciativas de compartilhamento do conhecimen-
nio da Administração Central; to técnico e a integração das equipes de infraestrutura física, enge-
VI. gerir o processo de trabalho da emissão de passagens e con- nharia clínica e hotelaria hospitalar da Rede Ebserh;
cessão de diárias na Rede Ebserh; V. coordenar ações estruturantes para aprimorar o grau de ma-
VII. operacionalizar a incorporação, a guarda, o controle e a dis- turidade da governança relacionada à infraestrutura física, enge-
tribuição dos materiais do almoxarifado da Administração Central; nharia clínica e hotelaria hospitalar da Rede Ebserh; e
VIII. elaborar os Relatórios Mensais de Movimentação de Almo- VI. prover e subsidiar a DAI com informações técnicas sobre os
xarifados, de composição analítica e sintética de Gestão de Estoque projetos e ações de sua competência para a definição e execução de
da Administração Central; investimentos e demais atividades no âmbito da sua atuação.
IX. recepcionar os bens móveis entregues por fornecedores na Art. 99. São competências do Serviço de Manutenção Predial,
Administração Central, acionando as respectivas equipes de fiscali- Projetos e Obras – SMPO:
zação dos contratos para registro de seu recebimento provisório e I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes téc-
condução de demais trâmites de fiscalização contratual; nicas para a Rede Ebserh no planejamento e gestão dos serviços
X. emitir os termos de responsabilidade, com a carga patrimo- relacionados a estudos especializados e projetos de arquitetura e
nial do material, nos processos de distribuição e movimentação de engenharia, capacidade da infraestrutura física, serviços comuns de
bens, após a manifestação das áreas requisitantes dos bens; engenharia, obras e manutenção predial;
XI. comunicar formalmente às instâncias superiores sobre o ex- II. orientar e monitorar a Rede Ebserh quanto a elaboração,
travio ou a identificação de danos sobre os bens móveis; implementação, gestão e atualização do Plano Diretor Físico Hos-
XII. conduzir o armazenamento provisório, a movimentação os pitalar (PDFH);
processos de classificação, avaliação, desfazimento, testes de recu- III. promover ações para a adequação da infraestrutura física da
perabilidade e inventários de bens móveis e estoque da Administra- Rede Ebserh às diretrizes presentes nas normativas vigentes;
ção Central; e IV. promover o compartilhamento do conhecimento técnico e
XIII. promover a regularização imobiliária da Administração a integração das equipes de infraestrutura física da Rede Ebserh;
Central. V. monitorar e avaliar a gestão de infraestrutura física dos HUFs
Art. 97. São competências do Serviço de Compras Centralizadas da Rede Ebserh e a execução dos serviços a ela relacionados; e
– SCCEN: VI. gerir informações e indicadores de infraestrutura física da
I. gerir o modelo de categorias de compras da Rede Ebserh e de Rede Ebserh para subsidiar a tomada de decisões no âmbito da ges-
câmaras técnicas de padronização nacional referentes às categorias tão da Rede Ebserh.
de compras; Art. 100. São competências do Serviço de Engenharia Clínica
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à – SEC:
implementação de estratégias e soluções inovadoras relativas às I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes técnicas
contratações; para a Rede Ebserh quanto ao planejamento e a gestão de serviços
III. planejar as compras centralizadas, fomentando a incorpora- da área de engenharia clínica;
ção das necessidades e do conhecimento técnico dos HUFs da Rede II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à ra-
Ebserh; cionalização e ao dimensionamento otimizado dos serviços no âm-
IV. instruir os procedimentos de planejamento das compras bito de sua competência;
centralizadas, realizando estudos técnicos e prospecções de merca- III. Promover a qualificação das equipes de engenharia clínica
do, com suporte das áreas específicas das demais Diretorias; da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento do conhecimento
V. monitorar a efetividade das compras centralizadas e seus in- técnico e a integração das equipes;
dicadores de eficiência e economicidade; IV. gerir o dimensionamento e monitorar o parque tecnológico
VI. articular, com demais centrais de compras nacionais e inter- de equipamentos médico hospitalares da Rede Ebserh;
nacionais, o desenvolvimento de ações colaborativas visando apri- V. orientar e monitorar a Rede Ebserh acerca da atualização
morar as compras centralizadas; tecnológica e dos planos de substituição de equipamentos médico
hospitalares; e
57
LEGISLAÇÃO - EBSERH
VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto à realização de trei- IX. prover, em articulação com as áreas interessadas, soluções
namentos e manutenções preventivas e programadas, relacionados complementares aos sistemas de suporte assistencial e administra-
aos equipamentos médico-hospitalares. tivo que não possuam funcionalidades concorrentes ao sistema de
Art. 101. São competências do Serviço de Hotelaria Hospitalar gestão hospitalar da Rede Ebserh;
– SHH: X. coordenar o desenvolvimento, implantação e manutenção
I. propor, elaborar e divulgar orientações e diretrizes técnicas de sistemas de informações com foco nos processos institucionais;
para a Rede Ebserh que tratem sobre o planejamento e a gestão XI. coordenar a integração, quando couber, dos sistemas de in-
de serviços relacionados à produção e distribuição de dietas orais formações da Ebserh com os sistemas de informações do SUS, de
e enterais, higienização hospitalar, reposição e uso do enxoval hos- forma a qualificar os sistemas internos da instituição; XII. coorde-
pitalar, colchões hospitalares e travesseiros, transporte interno e nar o alinhamento dos sistemas, da infraestrutura e da segurança
externo de pacientes, utilização de áreas de áreas de uso comum, cibernética da Ebserh com as estratégias e as políticas públicas do
controle de pragas e vetores e gerenciamento de resíduos sólidos Governo Federal;
hospitalares; XIII. coordenar a integração das redes de dados e de telecomu-
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à ra- nicações entre a Administração Central e os HUFs da Rede Ebserh;
cionalização e ao dimensionamento otimizado dos serviços no âm- XIV. manter a segurança, a integridade e a confiabilidade das
bito de sua competência; bases de dados institucionais geridas pela Administração Central; e
III. promover a qualificação das equipes de hotelaria hospitalar XV. gerir acesso lógico às bases de dados institucionais da Ad-
da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento do conhecimento ministração Central, conforme regulamento específico ou, em sua
técnico e a integração das equipes; e ausência, conforme deliberação da Diretoria Executiva da Ebserh.
IV. monitorar a gestão dos serviços da hotelaria hospitalar na Art. 103. São competências do Serviço de Governança de Tec-
Rede Ebserh com vistas ao seu aprimoramento. nologia da Informação – SGTI:
I. propor o alinhamento das ações de TI ao planejamento estra-
SUBSEÇÃO VIII tégico da Ebserh;
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE II. elaborar, monitorar e avaliar o modelo de governança de TI;
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO III. propor, apoiar e monitorar políticas, normas e procedimen-
tos relacionados à TI;
Art. 102. São competências da Diretoria de Tecnologia da In- IV. elaborar e monitorar o PETI e o PDTI da Administração Cen-
formação – DTI: tral e orientar a elaboração dos PDTIs dos HUFs da Rede Ebserh;
I. propor e gerir, em articulação com as demais Diretorias, Vi- V. prover informações relacionadas à DTI aos órgãos de contro-
ce-Presidência e Presidência da Ebserh, o modelo de governança le internos e externos;
de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, que permita a pa- VI. coordenar a elaboração e o acompanhamento do orçamen-
dronização e o controle dos recursos de TI, além da implantação de to anual da DTI e acompanhar a descentralização do orçamento dos
políticas, planos, metodologias, normas e regulamentos; HUFs da Rede Ebserh relacionados à TI; e
II. propor e apoiar, em articulação com as demais Diretorias, VII. apoiar o monitoramento das contratações de soluções de
Vice-Presidência e Presidência da Ebserh, soluções tecnológicas re- TI no âmbito da Administração Central.
lacionadas à transformação digital, no âmbito das atividades insti- Art. 104. São competências da Coordenadoria de Sistemas da
tucionais, administrativas, de ensino, pesquisa e atenção à saúde, Informação – CDSI:
inclusive promovendo e propondo parcerias, prospecção tecnológi- I. coordenar as ações de sistemas de informação assegurando
ca e intercâmbio de experiências e informações; seu alinhamento aos objetivos estratégicos e políticas institucionais
III. propor, em articulação com as demais Diretorias, Vice-Presi- da Ebserh;
dência e Presidência da Ebserh, estratégias de inteligência de dados, II. coordenar o alinhamento dos sistemas da Ebserh com as es-
visando qualificar a governança e a gestão dos dados da Ebserh; tratégias de saúde digital e políticas públicas correlatas do Governo
IV. coordenar a elaboração, submeter à aprovação do Comitê Federal;
Gestor de Tecnologia da Informação, gerir, e avaliar o Plano Estra- III. apoiar ações de inovação em sistemas de informação, saúde
tégico de Tecnologia da Informação (PETI), que atenda à Adminis- digital e inteligência de dados;
tração Central e aos HUFs da Rede Ebserh, em consonância com o IV. apoiar a elaboração e executar o modelo de governança de
planejamento estratégico institucional; TI em sua esfera de atuação;
V. coordenar a elaboração, atualização e execução do Plano Di- V. coordenar a elaboração de estratégias de inteligência de da-
retor de Tecnologia da Informação (PDTI) da Administração Central dos visando a definição da arquitetura de tecnologia para a integra-
da Ebserh, e submetê-lo à aprovação do Comitê Gestor de Tecnolo- ção de dados e de sistemas de informação no âmbito da Ebserh;
gia da Informação, assim como orientar a elaboração e acompanhar VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da Adminis-
a execução do PDTI dos HUFs da Rede Ebserh; tração Central, no que tange aos sistemas de informação;
VI. coordenar e promover a implantação de políticas e diretri- VII. gerir a implantação das políticas e diretrizes de segurança
zes de segurança cibernética e de segurança da informação; da informação, no que tange aos sistemas de informação;
VII. orientar a Rede Ebserh quanto às contratações e implanta- VIII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação e
ções de soluções de TI; VIII. coordenar o desenvolvimento, evolu- implantação de soluções de sistemas de informação, no âmbito da
ção, implantação e infraestrutura tecnológica do sistema de gestão Administração Central da Ebserh;
hospitalar da Rede Ebserh;
58
LEGISLAÇÃO - EBSERH
IX. coordenar o desenvolvimento, evolução e implantação do V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do desenvolvi-
sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com módulos as- mento de sistemas para a saúde digital.
sistenciais e administrativos, para a Ebserh, com o apoio das demais Art. 108. São competências da Coordenadoria de Infraestrutu-
Diretorias e dos HUFs da Rede Ebserh; ra, Suporte e Segurança de Tecnologia da Informação – CISTI:
X. acompanhar, coordenar e avaliar o desenvolvimento, a im- I. coordenar as ações de infraestrutura, suporte e segurança
plantação, a manutenção, a disponibilidade e o suporte dos siste- cibernética, assegurando seu alinhamento com os objetivos estra-
mas de informação e de inteligência de dados, com foco nos pro- tégicos e políticas institucionais da Ebserh;
cessos institucionais; II. coordenar o alinhamento das iniciativas de infraestrutura,
XI. coordenar a integração dos sistemas de informação da Ad- suporte e segurança cibernética da Ebserh com as estratégias e po-
ministração Central da Ebserh com os sistemas de informação dos líticas públicas correlatas do Governo Federal;
HUFs da Rede Ebserh e sistemas federais; III. coordenar ações de infraestrutura de TI para sustentação
XII. coordenar os centros de competência de desenvolvimento dos sistemas de informação da Ebserh; IV. apoiar a elaboração e
de sistemas de informação; e executar o modelo de governança de TI em sua esfera de atuação;
XIII. promover a padronização e a modernização dos sistemas V. propor e executar políticas e diretrizes de segurança da informa-
de informação. ção no que tange à infraestrutura, suporte e segurança cibernética;
Art. 105. São competências do Serviço de Desenvolvimento de VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da Adminis-
Sistemas – SDS: tração Central, no que tange a infraestrutura, suporte e segurança
I. propor e executar ações de inovação no desenvolvimento e cibernética;
sustentação de sistemas de informação; VII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação e im-
II. propor, planejar e executar a contratação e implantação de plantação de soluções de infraestrutura, suporte e segurança ciber-
soluções e serviços de desenvolvimento de sistemas de informação nética, no âmbito da Administração Central da Ebserh;
no âmbito da Administração Central da Ebserh e apoiar a contrata- VIII. orientar o planejamento e acompanhar as contratações e
ção e implantação nos HUFs da Rede Ebserh; implantações de equipamentos e serviços de infraestrutura, supor-
III. desenvolver, evoluir e sustentar sistema padronizado e úni- te e segurança cibernética na Rede Ebserh;
co de gestão hospitalar, com módulos assistenciais e administrati- IX. coordenar as ações de sustentação da infraestrutura de TI
vos para a Rede Ebserh; para sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com módu-
IV. desenvolver, implantar, manter e integrar sistemas de infor- los assistenciais e administrativos, para Rede Ebserh;
mação com foco nos processos institucionais da Ebserh; e X. coordenar e monitorar as redes de dados da Administração
V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do desenvolvi- Central e dos HUFs da Rede Ebserh; e
mento de sistemas de informação. XI. promover a padronização e a modernização do parque de
Art. 106. São competências do Serviço de Arquitetura de Sis- equipamentos e serviços de infraestrutura e segurança cibernética.
temas – SAS: Art. 109. São competências do Serviço de Infraestrutura e Se-
I. propor e executar ações na arquitetura e nas integrações dos gurança de Tecnologia da Informação – SISEG:
sistemas de informação em conformidade com a Metodologia de I. especificar, prover, integrar e administrar as soluções de in-
Desenvolvimento de Sistemas (MDS); fraestrutura e segurança cibernética relativas a redes de computa-
II. implantar, manter e integrar sistemas de informação com dores, seus serviços e aos demais equipamentos de TI;
foco nos processos institucionais da Ebserh; II. prover orientação e suporte técnico aos serviços e equipa-
III. prover a gestão de configuração de ambientes de sistemas mentos de infraestrutura e segurança cibernética;
de informação; III. propor e executar ações de segurança cibernética na Admi-
IV. orientar aspectos tecnológicos de projetos de desenvolvi- nistração Central e orientar tais ações no âmbito dos HUFs da Rede
mento de sistemas de informação; Ebserh;
V. garantir a implementação de padrões de identidade visual de IV. promover e monitorar ações de segurança cibernética;
sistemas de informação e portais; e V. sustentar a infraestrutura de TI e zelar pela segurança ciber-
VI. propor, planejar e executar a contratação e implantação de nética para o sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com
sistemas de informação no âmbito da Administração Central da Eb- módulos assistenciais e administrativos para a Rede Ebserh;
serh e apoiar a contratação e implantação nos HUFs da Rede Ebserh. VI. executar a gerência de configuração dos equipamentos e
Art. 107. São competências do Serviço de Saúde Digital e Inte- serviços relacionados à infraestrutura e segurança cibernética;
ligência de Dados – SDID: VII. executar e monitorar a padronização e a modernização do
I. prospectar, prover e integrar sistemas de saúde digital e inte- parque de equipamentos e serviços de infraestrutura e segurança
ligência de dados no âmbito das atividades institucionais da Ebserh; cibernética; e
II. atuar na governança de dados, elaborando a estratégia de VIII. propor e executar ações de inovação em infraestrutura e
inteligência de dados, identificando e provendo fontes de dados ge- segurança cibernética. Art. 110. São competências do Serviço de
renciais para a Ebserh; Suporte de Tecnologia da Informação – STI:
III. desenvolver, implantar e manter painéis de análise de da- I. prover suporte técnico aos serviços e equipamentos de TI no
dos, com foco nos processos institucionais, propondo padrões de âmbito da Administração Central e orientar a prestação dos servi-
implementação para a Rede Ebserh; ços nos HUFs da Rede Ebserh;
IV. implantar sistema padronizado e único de gestão hospitalar, II. propor, planejar e executar a contratação e implantação de
com módulos assistenciais e administrativos para Rede Ebserh, bem equipamentos e soluções de suporte de TI, no âmbito da Adminis-
como outros sistemas de saúde digital com o apoio das demais Di- tração Central e apoiar a contratação e implantação nos HUFs da
retorias e dos HUFs da Rede Ebserh; e Rede Ebserh;
59
LEGISLAÇÃO - EBSERH
III. executar a gerência de configuração dos equipamentos e valores, a todas as categorias e níveis hierárquicos, uma conduta
serviços relacionados ao suporte de TI; íntegra no relacionamento com pacientes e seus familiares, colegas,
IV. promover a padronização e a modernização do parque de fornecedores e público em geral. Nesse sentido, trata-se de um do-
equipamentos e serviços de TI de acordo com a necessidade da cumento balizador das condutas pessoais e profissionais de todos
rede; os empregados da Ebserh, independente do cargo ou da função que
V. manter e atualizar o catálogo de serviços e o inventário de ocupem.
equipamentos de TI; e Em sintonia com o mapa estratégico da Empresa, este docu-
VI. propor e executar ações de inovação em suporte de TI. mento tem como inspiração sua visão, sua missão e seus valores
institucionais, e propugna de modo inarredável pelo que consta no
CAPÍTULO VI referido mapa: ‘A ética é inegociável’. Com todos os públicos com os
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS quais a rede Ebserh se relaciona, a ética em suas diferentes dimen-
sões deve estar entrelaçada nas condutas de seus agentes e parcei-
Art. 111. Fica revogado o Regimento Interno da Ebserh, aprova- ros, sempre na busca por trabalho inovador e de excelência, boas
do na 137 ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, práticas de governança corporativa e comunicação transparente.
realizada no dia 14 junho de 2022. Busca-se, com este Código, a inibição de ações antiéticas e
Art. 112. Até a publicação de regimentos internos próprios dos atitudes inapropriadas, mas mais do que isso, uniformizar o en-
HUFs da Rede Ebserh os atos de indicação, aprovação e nomeação tendimento corporativo que possa balizar e realçar os princípios e
de superintendentes e gerentes obedecerão aos seguintes critérios: valores que são esperados dos colaboradores no exercício de suas
I. os Superintendentes serão indicados pelo Reitor, conforme atividades. Com isso, fica instituído um mecanismo de fortaleci-
critérios estabelecidos de titulação acadêmica e comprovada expe- mento institucional e de princípios éticos efetivos que representem
riência em gestão pública no campo da saúde, definidos pela Eb- os valores preconizados pela Ebserh.
serh, nos termos do artigo 6º da Lei n°. 12.550, de 2011; e
II. as Gerências serão ocupadas por pessoas selecionadas por CAPÍTULO I
uma comissão, composta por membros da Diretoria Executiva da DOS OBJETIVOS
Ebserh e pelo Superintendente do HUF, indicadas a partir de análise
curricular que comprove qualificação para o atendimento das com- Art. 1º O Código de Ética e Conduta da Empresa Brasileira de
petências específicas de cada Gerência. Serviços Hospitalares (Ebserh) tem por objetivo estruturar os princí-
Parágrafo único - A aprovação e a nomeação de Superintenden- pios e valores que norteiam as ações e os compromissos de conduta
tes e Gerentes serão realizadas pelo Presidente da Ebserh. institucionais, nas relações internas e externas à Rede Ebserh. Art.
Art. 113. Os casos omissos e as dúvidas referentes à aplicação 2º Este Código de Ética e Conduta é de observância obrigatória por
deste Regimento Interno, não solucionadas no âmbito da Diretoria todos os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fis-
Executiva, serão dirimidos pelo Conselho de Administração. cal, da Diretoria Executiva, profissionais do quadro permanente da
Art. 114. O presente Regimento Interno entra em vigor na data Empresa, ocupantes de cargos de confiança, profissionais ou servi-
da publicação de seu extrato no Diário Oficial da União (DOU) e da dores requisitados ou cedidos de outros órgãos públicos, profissio-
sua disponibilidade integral na página oficial da Ebserh. nais de empresas prestadoras de serviços, servidores públicos que
encontram-se desempenhando suas atividades nas unidades da
Ebserh, pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviços à Ebserh,
CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA EBSERH - PRINCÍPIOS
estagiários, estudantes, residentes e todos aqueles que, de forma
ÉTICOS E COMPROMISSOS DE CONDUTA - PUBLICADO
individual ou coletiva, por força de lei, contrato ou qualquer outro
EM 09/02/2023
ato jurídico, prestem serviços à Empresa, de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA EBSERH direta ou indiretamente.
PRINCÍPIOS ÉTICOS E COMPROMISSOS DE CONDUTA 2º EDI-
ÇÃO (2020) CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS
APRESENTAÇÃO
Art. 3º A Ebserh observará os princípios constantes no art. 37
O Código de Ética e Conduta da Empresa Brasileira de Serviços da Constituição Federal, zelando pela predominância da probida-
Hospitalares (Ebserh), cuja validade é indeterminada, apresenta o de administrativa, da integridade, da dignidade da pessoa humana,
compromisso da Empresa no sentido de submeter seu conteúdo a da urbanidade, da transparência, da honestidade, da lealdade, do
processos de avaliação e revisão periódica, com vistas ao acompa- repúdio ao preconceito e ao assédio, do respeito à diversidade, da
nhamento das rápidas mudanças sociais, tecnológicas e administra- responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, do inte-
tivas compatíveis com a missão institucional da Ebserh de prestar resse público, do sigilo profissional, e dos demais princípios nortea-
serviços gratuitos de atenção à saúde e de prestar apoio ao ensino, dores já consagrados da Administração Pública Federal.
à pesquisa e à extensão e à formação de pessoas no campo da saú- Art. 4º Os princípios éticos, tais como o decoro, o zelo, a eficá-
de pública. cia e a consciência dos princípios morais, deverão ser considerados
O Código de Ética e Conduta busca balizar os princípios e valo- em todas as decisões dos gestores, bem como em todos os rela-
res requeridos de seus colaboradores. É o norteador principiológico cionamentos empreendidos no âmbito da empresa, com o objetivo
de ações, buscando assegurar, em um patamar superior de ética e
60
LEGISLAÇÃO - EBSERH
de contribuir para a construção e a consolidação da identidade da III.resistir, denunciar e não se submeter às pressões de cole-
Ebserh como uma instituição que preza pela preservação da ética gas, superiores hierárquicos e partes interessadas que visem obter
em todos os seus atos e instâncias. quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrên-
cia de ações imorais, ilegais ou antiéticas;
CAPÍTULO III IV.comunicar às instâncias de gestão sobre convites para even-
DOS COMPROMISSOS DE CONDUTA tos oferecidos por fornecedores ou empresas do setor privado;
V.declarar qualquer situação, com respeito ao seu envolvimen-
Art. 5º O exercício da governança e os compromissos de condu- to em atividades profissionais, que constitua conflito de interesse
ta constantes deste código estarão em conformidade e decorrerão real, aparente ou possível;
dos princípios e valores fundamentais indicados neste Código. VI.cumprir as tarefas relativas ao seu cargo e aos trabalhos que
§1º Os princípios e valores indicados devem estar refletidos lhe forem confiados, sempre com critério, segurança, agilidade e
nos relacionamentos nos âmbitos interno e externo à Empresa, em confidencialidade, escolhendo, sempre, quando estiver diante de
conformidade com o que dispõem os artigos 3° e 4° deste Código, duas opções, a que garanta a lisura de sua atuação na Ebserh;
sempre zelando pela imagem, reputação e integridade da Ebserh. VII.manter o sigilo de informações, dados e conhecimentos re-
§2º A marca da empresa e o conhecimento produzido interna- cebidos em razão do seu cargo;
mente no desenvolvimento de suas atividades ou em parceria são VIII.preservar a confidencialidade profissional mesmo após o
patrimônios institucionais e devem ser sempre protegidos por to- desligamento da instituição;
dos os colaboradores. IX.atuar sempre de forma a observar as normas de segurança
§3º A propriedade intelectual da empresa diz respeito ao seu do trabalho e a não permitir que haja qualquer risco para si ou para
direito de proteção às ideias e criação desenvolvidas internamente terceiros nos serviços prestados, colaborando com os setores res-
e inclui sua marca, patentes, direitos autorais, registro de software, ponsáveis pela segurança institucional, informando ou reportando
dentre outros. defeitos, falhas técnicas, atividades ou atitudes suspeitas que pos-
§4º A marca e a propriedade intelectual serão protegidas do sam colocar em risco a atuação da Empresa;
mau uso, de desvios ou da utilização para benefícios pessoais, ca- X.ser cortês e ter urbanidade, disponibilidade e atenção, res-
bendo o mesmo zelo e respeito à propriedade intelectual de ter- peitando a capacidade e as limitações individuais de todos, sem
ceiros. qualquer espécie de preconceito;
§5º O acesso e o tratamento de dados pessoais deverão ser XI.acolher pacientes e seus acompanhantes de forma huma-
protegidos nos termos da Lei nº 13.709, de 14/08/2018, a Lei Geral nizada, com profissionalismo, dedicação, cordialidade, presteza e
de Proteção de Dados, bem como dos dispositivos específicos das respeito.
normas profissionais específicas que regem a proteção de dados
dos pacientes, incluindo as limitações de divulgação interna junto a CAPÍTULO V
outros colaboradores, bem como a terceiros. DAS VEDAÇÕES AO COLABORADOR
Art. 6º A preservação ambiental e iniciativas de sustentabilida-
de serão levadas em consideração pela Ebserh nas ações, projetos e Art. 11. É vedado ao colaborador:
relações de que seja parte. I.alegar desconhecimento deste Código para tentar defender-
Art. 7º As ações e recursos da Ebserh deverão estar alinhados -se em caso de cometimento de infração;
com o Propósito, Visão, Valores e Objetivos Estratégicos, bem como II.utilizar pessoal ou recursos materiais da Ebserh na execução
com a busca constante pela excelência na gestão. de atividades particulares ou para outros fins que não aqueles re-
Art. 8º A atuação dos agentes da Ebserh deverá estar alinha- lacionados aos objetivos da Empresa e às suas atividades profissio-
da com o interesse público, respeitadas as razões que motivaram a nais desempenhadas;
criação da Empresa, sem concessões à ingerência de interesses e fa- III.agir em benefício ou por interesse de pessoa jurídica de que
vorecimentos particulares, partidários ou pessoais, tanto nas ações participe o próprio colaborador ou seus sócios, cônjuge, compa-
e decisões gerenciais, quanto na ocupação de cargos. nheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta, colateral
Art. 9º O agente público, no exercício da liberdade de expres- ou por afinidade, até o 3º grau;
são, deve utilizar adequadamente os canais formais mantidos pela IV.utilizar o cargo ou função pública para captar clientes para
empresa para manifestar opiniões, sugestões, reclamações, críticas negócios privados de qualquer natureza;
e denúncias, engajando-se na melhoria contínua dos processos e V.atuar, com ganho financeiro ou não, em conflito com o desen-
procedimentos da Empresa, resguardando sua reputação e a de volvimento das atividades da organização;
seus colaboradores. VI.aceitar, para benefício próprio, direta ou indiretamente,
quaisquer tipos de brindes ou gratificações de qualquer pessoa fí-
CAPÍTULO IV sica ou jurídica com a qual a Ebserh mantenha ou pretenda manter
DAS RESPONSABILIDADES E DEVERES DO COLABORADOR relação comercial, salvo nos casos protocolares, e quando não hou-
ver valor comercial do objeto;
Art. 10. São responsabilidades e deveres do colaborador: VII.permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos
I.ter consciência de que sua atuação é regida por princípios ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com usuários
éticos, efetivados na correta execução dos trabalhos realizados na dos serviços ou colegas e superiores hierárquicos;
Rede Ebserh; VIII.assediar, de qualquer forma, outro colaborador ou, ainda,
II.abster-se sempre de exercer sua função, seu poder ou sua compactuar com tal conduta;
autoridade com finalidade estranha ao interesse da Ebserh;
61
LEGISLAÇÃO - EBSERH
IX.fazer uso de quaisquer informações, dados ou conhecimen- Art. 16. A atuação da Ebserh se pautará pelo compromisso
tos pertinentes ao trabalho realizado na Ebserh em benefício pró- com os projetos e as políticas governamentais vigentes, buscando a
prio, de parentes, de amigos ou de terceiros; prestação de serviços de forma responsável e em consonância com
X.divulgar, sem expressa autorização do Superintendente, nos o interesse público, com foco no paciente, corpos docente e discen-
hospitais, ou do vice-presidente, na Administração Central, em te e de pesquisadores.
qualquer meio, informações ou imagens dos bens móveis ou imó- Art. 17. A Ebserh atuará permanentemente na prevenção e re-
veis, de profissionais e/ou de usuários dos hospitais da Rede, sejam pressão ao surgimento e manutenção de práticas que possam resul-
eles pacientes ou acompanhantes; tar em vantagens ou benefícios pessoais que caracterizem conflito
XI.manifestar-se, nos veículos de comunicação, redes sociais ou de interesse para os envolvidos, bem como participação em práti-
grupos de trocas de mensagem, de forma a denegrir a imagem da cas ilegais, desleais ou contrárias aos princípios éticos.
empresa ou de seus colegas de trabalho e superiores hierárquicos, Art. 18. A Ebserh deve nortear suas ações com intuito de pre-
bem como para incitar ações que vão contra o interesse público; servar o bom relacionamento com seus públicos, pautando-se sem-
XII.prover informações ou dados falsos com a finalidade de ser pre pelo compromisso e satisfação no seu atendimento, preservan-
admitido em emprego, cargo, ou, ainda, obter promoção ou vanta- do o princípio da equidade.
gem pessoal ou salarial; Art.19. A Ebserh buscará prevenir corrupções e fraudes, bem
XIII.apropriar-se de bens que não lhe pertençam, assim como como o conflito entre o interesse público e os interesses privados
remover materiais e equipamentos das instalações da Rede Ebserh de seus colaboradores.
sem observar os procedimentos necessários para tanto; Parágrafo único. Não serão tolerados quaisquer atos lesivos à
XIV.consumir bebida alcóolica ou ter consigo, armazenar ou fa- Administração Pública ou a qualquer outra instituição ou indivíduos
zer uso de substâncias que comprometam a atividade laboral, nas com os quais a Ebserh mantenha vínculo.
dependências da Rede Ebserh, bem como apresentar-se ao traba-
lho sob efeito das mesmas; CAPÍTULO VIII
XV.interferir inadequadamente em quaisquer procedimentos DAS DENÚNCIAS
operacionais realizados no âmbito da Ebserh, ou tentar obstruí-los,
especialmente aqueles relacionados à segurança; Art. 20. Os tratamentos de denúncias referentes às transgres-
XVI.lesar a Ebserh em qualquer de seus recursos patrimoniais, sões éticas serão feitos conforme disciplinados nos normativos re-
tanto tangíveis quanto intangíveis; ferenciados no inciso VI do art. 25 deste Código, os editados pela
XVII.manusear aparelho celular, para fins pessoais, de modo a Comissão de Ética Pública e no Regimento Interno da Comissão de
comprometer a atividade laboral ou colocar em risco a segurança Ética da Ebserh (CEE).
do paciente. Art. 21. A denúncia de uma conduta contrária aos preceitos éti-
cos poderá ser feita por qualquer cidadão, empregado da Ebserh ou
CAPÍTULO VI não, por meio dos canais adequados da Ouvidoria-Geral.
DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO INTERNO Art. 22. O denunciante deverá indicar o responsável ou os res-
ponsáveis pela possível transgressão ética, devendo a denúncia ser
Art. 12. A Ebserh buscará adotar medidas para que não haja clara, objetiva, específica, e conter a apresentação dos elementos
distinção de tratamento entre as pessoas que atuam na Empresa, de prova ou indicação de onde podem ser encontrados.
com respeito à hierarquia e ao desempenho das competências de Art. 23. É garantido sigilo, confidencialidade e proteção insti-
cada um, em conformidade com os princípios e valores fundamen- tucional ao denunciante de boa fé e aos integrantes da comissão
tais. responsável pelo processamento das denúncias de transgressões
Art. 13. Todas as pessoas que atuam no âmbito da Ebserh deve- éticas.
rão contribuir para o estabelecimento e a manutenção de um am- §1º É vedado à CEE divulgar informação sobre qualquer pro-
biente de trabalho em que prevaleçam a cooperação, a eficiência, a cesso instaurado.
dedicação, a iniciativa, a justiça, a responsabilidade, a transparência §2º A Ebserh estabelecerá mecanismo de proteção que impeça
e a urbanidade. qualquer espécie de retaliação às pessoas que utilizem o canal de
Art. 14. Todos os que atuam na Ebserh devem se comprometer denúncias.
no sentido de não serem coniventes com qualquer infração a este Art. 24. Será assegurado ao investigado o direito à ampla defe-
Código, bem como aos demais atos normativos da Empresa. sa e ao contraditório.
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO EXTERNO
Art. 25. Constituem referências e devem ser utilizados conjunta
Art. 15. A Ebserh se pautará, em suas relações externas, pelo ou subsidiariamente na aplicação do Código de Ética e Conduta, os
mais elevado padrão ético, bem como pelos princípios e valores seguintes normativos.
fundamentais orientadores deste Código, assumindo o compromis- I.Constituição Federal;
so de regular tais relações por meio de procedimentos imparciais, II.Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor Público
isonômicos, transparentes, idôneos e em conformidade com a le- Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto nº 1.171,
gislação vigente. de 1994;
III.Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, insti-
tuído pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007;
IV.Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013;
62
LEGISLAÇÃO - EBSERH
V.Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado Art. 2º. A Ebserh tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e
em 21 de agosto de 2000; pode criar escritórios, representações, dependências, filiais e subsi-
VI.Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão diárias no País, para o desenvolvimento de atividades inerentes ao
de Ética Pública, da Presidência da República; seu objeto social, nos termos da Lei nº 12.550, de 2011.
VII.Códigos de Ética das categorias profissionais que atuam na Parágrafo único. A Rede Ebserh é composta pela Administração
Ebserh; Central, pelos hospitais universitários federais geridos pela Ebserh,
VIII.Regulamento de Pessoal da Ebserh; além de escritórios, representações, dependências, filiais e subsidi-
IX.Regimento Interno da Ebserh; árias criadas pela empresa no País.
X.Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016; Art. 3º. O prazo de duração da Ebserh é indeterminado.
XI.Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016.
Art. 26. Compete à CEE a divulgação, implementação e atu- CAPÍTULO II
alização deste Código de Ética e Conduta, a resposta a consultas DO OBJETO SOCIAL
éticas, bem como a apuração de denúncias por transgressão ética.
§1º Qualquer pessoa poderá entrar em contato com a CEE, pe- Art. 4º. Ebserh tem por objeto social:
los canais de comunicação indicados na intranet e internet, sendo I- prestar serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar,
assegurado total sigilo e confidencialidade das informações. ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à população, no
§2º A CEE será composta, na forma do seu regimento interno, âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
por três agentes públicos da Ebserh e respectivos suplentes, todos II- administrar unidades hospitalares;
designados pela Presidência da Empresa, contando com o apoio de III- prestar serviços de apoio à gestão hospitalar, com otimiza-
representantes indicados pelos Colegiados Executivos nas filiais. ção de processos e serviços, implementação de sistema de gestão,
Art. 27. A CEE possui competência para celebrar acordos de condu- monitoramento de resultados, bem como o desenvolvimento de
ta ética e aplicar sanção de censura. outras atividades afins;
§1º A censura ética é aplicável nos casos de descumprimento IV- prestar serviços de consultoria e assessoria em sua área de
ao que dispõe o presente Código de Ética e Conduta da Rede Ebserh atuação;
ou quando constatado desvio ético. V- prestar a terceiros serviços secundários operacionais contí-
§2º A censura ética não é publicizada, sendo consignada em nuos que sejam relacionados às atividades de assistência à saúde;
parecer da CEE, encaminhado, conforme o caso, à área de gestão VI- participar de iniciativas de promoção da inovação, como in-
de gestão da Ebserh ou à Comissão de Ética Pública, da Presidência cubadoras, centros de inovação e aceleradoras de empresas;
da República. VII- prestar serviços de apoio ao ensino, pesquisa e extensão
Art. 28. Todas as pessoas que atuam no âmbito da Ebserh de- nas diversas áreas do conhecimento com vistas à inovação, ensino-
vem tomar conhecimento e implementar as orientações estabele- -aprendizagem e formação de pessoas no campo da saúde pública,
cidas neste Código. inclusive mediante intermediação e apoio financeiro, observada,
Art. 29. A Ebserh disponibilizará treinamento periódico, no mí- nos termos do art. 207 da Constituição, a autonomia universitária
nimo anual, sobre o Código de Ética e Conduta, para empregados e e as políticas acadêmicas estabelecidas no âmbito das instituições
administradores. de ensino;
Art. 30. No ato da contratação, será disponibilizado ao empre- VIII- promover, estimular, coordenar, apoiar e executar progra-
gado o acesso a este Código. mas de formação profissional contribuindo para qualificação profis-
Art. 31. Este Código entra em vigor na data de sua publicação. sional no campo da saúde pública no País;
IX- apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa, cuja
vinculação com o campo da saúde pública torne necessária a co-
ESTATUTO SOCIAL DA EBSERH (APROVADO NA ASSEM-
operação, em especial na implementação de residência médica,
BLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 24
uniprofissional ou multiprofissional, no campo da saúde, nas espe-
DE MAIO DE 2023)
cialidades e regiões estratégicas para o SUS;
X- prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em
ESTATUTO DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS pesquisas básicas, clínicas e aplicadas, promovendo, estimulando,
HOSPITALARES coordenando, apoiando e executando atividades de pesquisa, de-
senvolvimento e inovação, com o objetivo de produzir conhecimen-
CAPÍTULO I tos e tecnologia para o desenvolvimento da saúde pública do País;
DA RAZÃO SOCIAL, NATUREZA JURÍDICA, SEDE, REPRESENTA- XI- realizar, na forma fixada pela Diretoria Executiva e aprovada
ÇÃO GEOGRÁFICA E PRAZO DE DURAÇÃO pelo Conselho de Administração, aplicações não reembolsáveis ou
parcialmente reembolsáveis destinadas a apoiar projetos de ensi-
Art. 1º. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh, no, pesquisa, extensão e inovação na área de saúde;
empresa pública de capital fechado, com personalidade jurídica de XII - atuar em projetos e programas de cooperação técnica na-
direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da cional e internacional com vistas ao desenvolvimento de suas ati-
Educação, é regida por este Estatuto Social, pela Lei nº 6.404, de vidades e ao aprimoramento da formação profissional e da saúde
15 de dezembro de 1976, pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de pública;
2011, pelaLei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto nº XIII- prestar serviços delegados pelo Governo Federal com vis-
8.945, de 27 de dezembro de 2016, e demais legislações aplicáveis. tas ao cumprimento do seu objeto social; e
XIV- exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
§1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saú- e)dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio-
de desenvolvidas pela Ebserh estarão inseridas integral e exclusiva- nais e internacionais.
mente no âmbito do SUS. III- doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe fo-
§2º No desenvolvimento de suas atividades de ensino, a Ebserh rem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público
observará as orientações da Política Nacional de Educação, de res- ou privado;
ponsabilidade do Ministério da Educação. IV- rendas provenientes de outras fontes.
§3º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à Parágrafo único. A empresa poderá receber recursos dos orça-
saúde, a Ebserh observará as orientações da Política Nacional de mentos fiscal e da seguridade social da União para o pagamento de
Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde. despesas com pessoal ou de custeio em geral, conforme expressa-
mente autorizado pela Lei nº 12.550, de 2011.
CAPÍTULO III
DO INTERESSE PÚBLICO CAPÍTULO V
DA ASSEMBLEIA GERAL
Art. 5º. A Ebserh poderá ter suas atividades, sempre que con-
sentâneas com seu objeto social, orientadas pela União de modo a SEÇÃO I
contribuir para o interesse público que justificou a sua criação. CARACTERIZAÇÃO
§1º No exercício da prerrogativa de que trata o caput deste arti-
go, a União somente poderá orientar a Ebserh a assumir obrigações Art. 8º. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, uma
ou responsabilidades, incluindo a realização de projetos de investi- vez por ano, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao encerra-
mento e assunção de custos operacionais específicos, em condições mento de cada exercício social, para deliberação das matérias pre-
diversas às de qualquer outra sociedade do setor privado que atue vistas em lei e extraordinariamente, sempre que os interesses so-
no mesmo mercado, quando: ciais, a legislação ou as disposições deste Estatuto Social exigirem.
I- estiver definida em lei ou regulamento, bem como prevista
em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o ente público com- SEÇÃO II
petente para estabelecê-la, observada a ampla publicidade desses COMPOSIÇÃO
instrumentos; e
II- tiver seu custo e receitas discriminados e divulgados de for- Art. 9º. A Assembleia Geral é composta pela União, represen-
ma transparente, inclusive no plano contábil. tada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do
§2º Para fins de atendimento ao inciso II do caput, a adminis- Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967.
tração da companhia deverá: §1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo pre-
I– evidenciar as obrigações ou responsabilidades assumidas em sidente do Conselho de Administração da Ebserh ou pelo substituto
notas explicativas específicas das demonstrações contábeis de en- que esse vier a designar, que escolherá o secretário da Assembleia
cerramento do exercício; e, Geral.
II– descrevê-las em tópico específico do relatório de adminis- §2º Fica assegurada a participação do Presidente da Ebserh nas
tração. reuniões da Assembleia Geral como convidado, sem direito a voto.
§3º O exercício das prerrogativas de que tratam os parágrafos
anteriores será objeto da Carta Anual, subscrita pelos membros do SEÇÃO III
Conselho de Administração, prevista no art. 13, inciso I, do Decreto CONVOCAÇÃO E DELIBERAÇÃO
nº 8.945, de 2016.
Art. 10. A Assembleia Geral será convocada pelo Presidente do
CAPÍTULO IV Conselho de Administração ou pelo substituto que esse vier a de-
DO CAPITAL SOCIAL E RECURSOS signar, ressalvadas as exceções previstas na Lei nº 6.404, de 1976,
respeitados os prazos previstos na legislação.
Art. 6º. O capital social da Ebserh é de R$ 681.560.045,66 (seis- Parágrafo único. As pautas das Assembleias Gerais serão cons-
centos e oitenta e um milhões, quinhentos e sessenta mil, quarenta tituídas, exclusivamente, dos assuntos constantes dos editais de
e cinco reais e sessenta e seis centavos), integralmente sob a pro- convocação, não se admitindo a inclusão de assuntos gerais.
priedade da União. Art. 11. As deliberações serão registradas no livro de atas, que
Parágrafo único. O capital social poderá ser alterado nas hipó- podem ser lavradas na forma de sumário dos fatos ocorridos e se-
teses previstas em lei, vedada a capitalização direta do lucro sem rão divulgadas em sítio eletrônico oficial atualizado.
trâmite pela conta de reservas. Seção IV Competências
Art. 7º. Constituem recursos da Ebserh: Art. 12. A Assembleia Geral, além das matérias previstas na Lei
I - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da nº 6.404, de 1976, e no Decreto nº 1.091, de 21 de março de 1994,
União; e respeitadas às disposições da Lei nº 13.303, de 2016, e do Decreto
II - as receitas decorrentes: nº 8.945, de 2016, reunir-se-á para deliberar sobre alienação, no
a)da prestação de serviços compreendidos em seu objeto; todo ou em parte, de ações do capital social da Ebserh ou, quando
b)da alienação de bens e direitos; não competir ao Conselho de Administração, de suas controladas.
c)das aplicações financeiras que realizar;
d)dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen-
dos e bonificações; e
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XX- criar comitês de assessoramento ao Conselho de Adminis- XL - estabelecer a Política de Seleção para os titulares das uni-
tração, para aprofundamento dos estudos de assuntos estratégicos, dades de auditoria interna, área de controle interno, conformidade
de forma a garantir que a decisão a ser tomada pelo Colegiado seja e gestão de riscos, e ouvidoria;
tecnicamente bem fundamentada; XLI - estabelecer política de divulgação de informações visando
XXI- eleger e destituir os membros de comitês de assessora- a transparência, clareza e equidade;
mento ao Conselho de Administração, bem como do Comitê de Pes- XLII - autorizar a formalização dos contratos de gestão, previs-
soas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração; tos no Art. 6º da Lei 12.550, de 2011; e
XXII- atribuir formalmente a responsabilidade pelas áreas de XLIII – autorizar as tratativas e condições para a incorporação
Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento de Riscos a mem- de novas unidades hospitalares à Rede Ebserh.
bros da Diretoria Executiva; Parágrafo único. Excluem-se da obrigação de publicação a que
XXIII- avaliar anualmente o desempenho do próprio Conselho se refere o inciso XXXIV as informações de natureza estratégica cuja
de Administração e da Diretoria Executiva, individual e coletivamen- divulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao interesse da
te, e dos membros de comitês de assessoramento ao Conselho de empresa.
Administração, nos termos do inciso III do art. 13 da Lei 13.303,
de 2016, com o apoio metodológico e procedimental do Comitê de SEÇÃO VII
Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração; COMPETÊNCIAS DO PRESIDENTE DO CONSELHO
XXIV- nomear e destituir os titulares da Auditoria Interna e, DE ADMINISTRAÇÃO
após, submeter a decisão à aprovação da Controladoria Geral da
União; Art. 45. Compete ao Presidente do Conselho de Administração:
XXV- conceder afastamento e licença ao Presidente da Ebserh, I- presidir as reuniões do colegiado, observando o cumprimen-
inclusive a título de férias; to do Estatuto Social e do Regimento Interno;
XXVI- aprovar o Regimento Interno do Conselho de Adminis- II– interagir, isoladamente ou em conjunto com o Presidente
tração, do Comitê de Auditoria e dos demais comitês de assesso- da Ebserh, com o ministério supervisor, e demais representantes do
ramento, bem como o Código de Conduta e Integridade da Ebserh; acionista controlador, no sentido de esclarecer a orientação geral
XXVII- aprovar e manter atualizado um plano de sucessão não- dos negócios, assim como questões relacionadas ao interesse pú-
-vinculante dos membros do Conselho de Administração e da Di- blico a ser perseguido pela Ebserh, observado o disposto no Art. 89
retoria Executiva, cuja elaboração deve ser coordenada pelo Presi- da Lei nº 13.303, de 2016;
dente do Conselho de Administração; III- estabelecer os canais e processos para interação entre os
XXVIII- aprovar as atribuições da Diretoria Executiva não previs- acionistas e o Conselho de Administração, especialmente no que
tas no Estatuto Social; tange às questões de estratégia, governança, remuneração, suces-
XXIX - aprovar o Regulamento Interno de Licitações e Contra- são e formação do Conselho de Administração, observado o dispos-
tos; to no Art. 89 da Lei nº 13.303, de 2016.
XXX- aprovar a prática de atos que importem em renúncia,
transação ou compromisso arbitral, observada a política de alçada CAPÍTULO VIII
da Ebserh; DIRETORIA EXECUTIVA
XXXI- discutir, deliberar e monitorar práticas de governança
corporativa e relacionamento com partes interessadas; SEÇÃO I
XXXII- aprovar e divulgar a Carta Anual com explicação dos CARACTERIZAÇÃO
compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas, na
forma prevista na Lei 13.303, de 2016; Art. 46. A Diretoria Executiva é o órgão gestor central de admi-
XXXIII - aprovar e fiscalizar o cumprimento das metas e resul- nistração e representação, cabendo-lhe assegurar o funcionamento
tados específicos a serem alcançados pelos membros da Diretoria regular da Ebserh em conformidade com a orientação geral traçada
Executiva; pelo Conselho de Administração.
XXXIV- promover anualmente análise das metas e resultados
na execução do plano de negócios e da estratégia de longo prazo, SEÇÃO II
sob pena de seus integrantes responderem por omissão, devendo COMPOSIÇÃO E INVESTIDURA
publicar suas conclusões e informá-las ao Congresso Nacional e ao
Tribunal de Contas da União; Art. 47. A Diretoria Executiva é composta pelo Presidente, pelo
XXXV- propor à Assembleia Geral a remuneração dos adminis- Vice-Presidente e por até 6 (seis) Diretores, todos eleitos pelo Con-
tradores e dos membros dos demais órgãos estatutários da Ebserh; selho de Administração.
XXXVI- executar e monitorar a remuneração de que trata o inci- Art. 48. É condição para investidura em cargo da Diretoria Exe-
so XXXV deste artigo, dentro dos limites aprovados pela Assembleia cutiva da Ebserh a assunção de compromissos com metas e resul-
Geral; tados específicos a serem alcançados, que deverão ser aprovados
XXXVII- autorizar a constituição de subsidiárias; pelo Conselho de Administração.
XXXVIII- aprovar o Regulamento de Pessoal, bem como quanti-
tativo de pessoal próprio e de cargos em comissão, acordos coleti-
vos de trabalho, plano de cargos e salários, plano de funções, bene-
fícios de empregados e programa de desligamento de empregados;
XXXIX - aprovar o patrocínio a plano de benefícios;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
XII - colocar à disposição dos outros órgãos sociais pessoal qua- SEÇÃO VIII
lificado para secretariá- los e prestar o apoio técnico necessário; ATRIBUIÇÕES DOS DEMAIS DIRETORES
XIII- aprovar o seu Regimento Interno;
XIV- deliberar sobre os assuntos que lhe submeta qualquer Di- Art. 57. São atribuições do Vice-Presidente e dos Diretores:
retor; I - gerir as atividades da sua área de atuação;
XV- apresentar, até a última reunião ordinária do Conselho de II- participar das reuniões da Diretoria Executiva, concorrendo
Administração do ano anterior, plano de negócios para o exercício para a definição das políticas a serem seguidas pela Rede Ebserh e
anual seguinte e estratégia de longo prazo atualizada com análise relatando os assuntos da sua respectiva área de atuação;
de riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos (5) cinco III- cumprir e fazer cumprir a orientação geral dos negócios da
anos; Rede Ebserh estabelecida pelo Conselho de Administração na ges-
XVI- propor a constituição de subsidiárias; tão de sua área específica de atuação; e
XVII- realizar a avaliação anual de desempenho individual dos IV- auxiliar o Presidente na direção e coordenação das ativida-
membros dos Colegiados Executivos dos hospitais universitários da des da Ebserh e exercer as tarefas de coordenação que lhe forem
Rede Ebserh, observados os quesitos mínimos: atribuídas em regimento ou delegadas pelo Presidente.
a)exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e §1º Compete exclusivamente ao Vice-Presidente assistir ao
à eficácia da ação administrativa; Presidente na supervisão, coordenação, monitoramento e avalia-
b)contribuição para o resultado do exercício; ção das ações desenvolvidas pelas Diretorias e pelas Filiais, além de
c)consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negócios coordenar e articular a atuação dos(as) Diretores(as) para o alcance
e atendimento à estratégia de longo prazo. dos resultados institucionais.
XVIII- convocar assembleia geral, nas hipóteses admitidas em §2º As demais atribuições e poderes de cada um dos membros
lei. daDiretoria Executiva serão detalhadas em Regimento Interno.
SEÇÃO VII
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE CAPÍTULO IX
CONSELHO FISCAL
Art. 56. Sem prejuízo das demais atribuições da Diretoria Exe-
cutiva, compete especificamente ao Presidente da empresa: SEÇÃO I
I- dirigir, supervisionar, coordenar e controlar as atividades e a CARACTERIZAÇÃO
política administrativa da empresa;
II- coordenar as atividades dos membros da Diretoria Executi- Art. 58. O Conselho Fiscal é órgão permanente de fiscalização
va; da Ebserh, de atuação colegiada e individual.
III- interagir, isoladamente ou em conjunto com o Presidente do Parágrafo único. Além das normas previstas na Lei 13.303, de
Conselho de Administração, com o ministério supervisor, e demais 2016 e sua regulamentação, aplicam-se aos membros do Conselho
representantes do acionista controlador, no sentido de esclarecer a Fiscal da empresa as disposições para esse colegiado previstas na
orientação geral dos negócios, assim como questões relacionadas Lei 6.404, de 1976, inclusive aquelas relativas a seus poderes, de-
ao interesse público a ser perseguido pela Ebserh, observado o dis- veres e responsabilidades, a requisitos e impedimentos parainves-
posto no Art. 89 da Lei nº 13.303, de 2016; tidura e a remuneração.
IV- representar a Empresa em juízo e fora dele, podendo, para
tanto, constituir procuradores “ad-negotia” e “ad-judicia”, especifi- SEÇÃO II
cando os atos que poderão praticar nos respectivos instrumentos DA COMPOSIÇÃO
do mandato;
V- assinar, com o Diretor da área competente, os atos que cons- Art. 59. O Conselho Fiscal será composto de 3 (três) membros
tituam ou alterem direitos ou obrigações da empresa, bem como efetivos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, sen-
aqueles que exonerem terceiros de obrigações para com ela, po- do:
dendo, para tanto, delegar atribuições ou constituir procurador I - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Educa-
para esse fim; ção; II - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Saúde;
VI- expedir atos de admissão, designação, promoção, cessão, e
transferência, dispensa, suspensão de contrato de trabalho e licen- III - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Econo-
ça de empregados; mia, como representante do Tesouro Nacional.
VII- baixar as resoluções da Diretoria Executiva; §1º O membro representante do Ministério da Economia de-
VIII- criar e homologar os processos de licitação, podendo de- verá ser servidor público com vínculo permanente com a adminis-
legar tais atribuições; tração pública.
IX- conceder afastamento e licenças aos demais membros da §2º Na primeira reunião após a eleição, os membros do Conse-
Diretoria Executiva, inclusive a título de férias; lho Fiscal assinarão o termo de adesão ao Código de Ética e Conduta
X- designar os substitutos dos membros da Diretoria Executiva; da Ebserh e outros normativos internos, assim como escolherão o
XI - convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva; seu Presidente, ao qual caberá dar cumprimento às deliberações do
XII- manter o Conselho de Administração e Fiscal informados órgão, com registro no livro de atas e pareceres do Conselho Fiscal.
das atividades da empresa; e
XIII- exercer outras atribuições que lhe forem fixadas pelo Con-
selho de Administração.
71
LEGISLAÇÃO - EBSERH
SEÇÃO III dente que faça consignar sua divergência em ata de reunião ou, não
PRAZO DE ATUAÇÃO sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao Conselho
Fiscal.
Art. 60. O prazo de atuação dos membros do Conselho Fiscal §2º As atas do Conselho Fiscal devem ser redigidas com clareza
será de 2 (dois) anos, permitidas, no máximo, 2 (duas) reconduções e registrar as decisões tomadas, as pessoas presentes, os votos di-
consecutivas. vergentes e as abstenções.
§1º Atingido o limite a que se referem o caput, o retorno de
membro do Conselho Fiscal a esse colegiado ocorrerá após período SEÇÃO VII
equivalente a um prazo de gestão. COMPETÊNCIAS
§2º No prazo a que se refere o §1º deste artigo serão conside-
rados os períodos anteriores de gestão ocorridos há menos de 2 Art. 65. Compete ao Conselho Fiscal:
(dois) anos. I- fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos Admi-
nistradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e es-
SEÇÃO IV tatutários;
REQUISITOS II- opinar sobre o relatório anual da administração e as de-
monstrações financeiras do exercício social;
Art. 61. Os membros do Conselho Fiscal deverão atender aos III- manifestar-se sobre as propostas dos órgãos da administra-
requisitos obrigatórios e observar as vedações para exercício das ção, a serem submetidas à Assembleia Geral, relativas à modifica-
suas atividades determinados pela Lei nº 6.404, de 1976, pela Lei ção do capital social e bônus de subscrição, planos de investimentos
nº 13.303, de 2016, pelo Decreto nº 8.945, de 2016, e por demais ou orçamentos de capital, transformação, incorporação, fusão ou
normas que regulamentem a matéria. cisão;
§1º O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remune- IV- denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de
ração deverá opinar sobre a observância dos requisitos e vedações administração e, se estes não adotarem as providências necessárias
para investidura dos membros no Conselho Fiscal. para a proteção dos interesses da empresa, à Assembleia Geral, os
§2º As vedações serão verificadas por meio da autodeclaração erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências;
apresentada pelo indicado nos moldes do formulário padronizado. V - convocar a Assembleia Geral Ordinária, se os órgãos da ad-
ministração retardarem por mais de um mês essa convocação, e a
SEÇÃO V Extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes;
VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL VI- analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais
demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela empre-
Art. 62. Os membros do Conselho Fiscal serão substituídos em sa;
suas ausências ou impedimentos eventuais pelos respectivos su- VII- fornecer, sempre que solicitadas, informações sobre maté-
plentes. ria de sua competência à União;
Parágrafo único. Na hipótese de vacância, renúncia ou desti- VIII- exercer essas atribuições durante a eventual liquidação da
tuição do membro titular, o suplente assume até a eleição do novo empresa;
titular. IX - examinar o RAINT e PAINT;
X- assistir às reuniões do Conselho de Administração ou da Di-
SEÇÃO VI retoria Executiva em que se deliberar sobre assuntos que ensejam
REUNIÃO parecer do Conselho Fiscal;
XI- aprovar seu Regimento Interno e seu plano de trabalho anu-
Art. 63. O Conselho Fiscal se reunirá, com a presença da maio- al;
ria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por mês e extraor- XII- realizar a autoavaliação anual de seu desempenho, indivi-
dinariamente, sempre que necessário. dual e coletiva;
§1º O Conselho Fiscal será convocado por seu Presidente ou XIII- acompanhar a execução patrimonial, financeira e orça-
pela maioria dos membros do colegiado. mentária, podendo examinar livros, quaisquer outros documentos
§2º As reuniões do Conselho Fiscal podem ser presenciais, vir- e requisitar informações; e
tuais ou mistas, com a participação de um ou mais membro por tele XIV- fiscalizar o cumprimento do limite de participação da em-
ou videoconferência. presa no custeio dos benefícios de assistência à saúde e de previ-
§3º Em casos excepcionais, e a critério do Conselho Fiscal, po- dência complementar.
der-se-á convocar reuniões exclusivamente presenciais. CAPÍTULO X
§4º A pauta da reunião e a respectiva documentação serão dis- CONSELHO CONSULTIVO
tribuídas com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, salvo
nas hipóteses justificadas e acatadas pelo colegiado. SEÇÃO I
Art. 64. As deliberações serão tomadas pelo voto da maioria CARACTERIZAÇÃO
dos membros presentes e serão registradas no livro de atas, poden-
do ser lavradas de forma sumária. Art. 66. Conselho Consultivo é órgão permanente da Ebserh
§1º Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do voto que tem as finalidades de consulta, controle social e apoio à Direto-
divergente será registrada, a critério do respectivo membro, obser- ria Executiva e ao Conselho de Administração.
vado que se exime de responsabilidade o conselheiro fiscal dissi-
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 69. Compete ao Conselho Consultivo emitir pareceres opi- SEÇÃO III
nativos, anualmente ou quando solicitado pelo Conselho de Admi- MANDATO
nistração ou Diretoria Executiva, sobre as linhas gerais das políticas,
diretrizes e estratégias da Ebserh. Art. 74. O mandato dos membros do Comitê de Auditoria será
de 3 (três) anos, não coincidente para cada membro, permitida uma
CAPÍTULO XI única reeleição.
COMITÊ DE AUDITORIA Parágrafo único. Para assegurar a não coincidência, os manda-
tos dos primeiros membros do Comitê de Auditoria serão de um,
SEÇÃO I dois e três anos, a ser estabelecido quando de sua eleição.
CARACTERIZAÇÃO Art. 75. Os membros do Comitê de Auditoria poderão ser des-
tituídos pelo voto justificado da maioria absoluta do Conselho de
Art. 70. O Comitê de Auditoria é o órgão de assessoramento Administração.
ao Conselho de Administração, auxiliando este, entre outros, no
monitoramento da qualidade das demonstrações financeiras, dos SEÇÃO IV
controles internos, da conformidade, do gerenciamento de riscos e VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL
das auditorias interna e independente.
Parágrafo único. O Comitê de Auditoria terá autonomia ope- Art. 76. No caso de vacância de membro do Comitê de Audi-
racional e dotação orçamentária, anual ou por projeto, dentro de toria, o Conselho de Administração elegerá o novo membro para
limites aprovados pelo Conselho de Administração, para conduzir completar o mandato do membro anterior.
ou determinar a realização de consultas, avaliações e investigações Art. 77. O cargo de membro do Comitê de Auditoria é pessoal e
dentro do escopo de suas atividades, inclusive com a contratação e não admite substituto temporário.
utilização de especialistas externos independentes. Parágrafo único. No caso de ausências ou impedimentos even-
tuais de qualquer membro do comitê, este deliberará com os rema-
SEÇÃO II nescentes.
COMPOSIÇÃO
SEÇÃO V
Art. 71. O Comitê de Auditoria, eleito e destituído pelo Conse- REUNIÃO
lho de Administração, será integrado por 03 (três) membros.
§1º É vedada a existência de membro suplente no Comitê de Art. 78. O Comitê de Auditoria deverá realizar pelo menos 2
Auditoria. (duas) reuniões mensais, de modo que as informações contábeis
§2º Os membros do Comitê de Auditoria devem ser escolhidos, sejam sempre apreciadas antes de sua divulgação.
preferencialmente, entre pessoas residentes na cidade onde se si- Art. 79. A Ebserh deverá divulgar as atas de reuniões do Comitê
tua a Administração Central da Ebserh. de Auditoria em sítio eletrônico próprio.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
VI- coordenar os processos de identificação, classificação e ava- §1° A admissão de empregados será realizada mediante prévia
liação dos riscos a que está sujeita a empresa; aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
VII- coordenar a elaboração e monitorar os planos de ação §2° Os requisitos para o provimento de cargos, exercício de
para mitigação dos riscos identificados, verificando continuamen- funções e respectivos salários, serão fixados em Plano de Cargos e
te a adequação e a eficácia da gestão de riscos; VIII - estabelecer Salários e Plano de Funções.
planos de contingência para os principais processos de trabalho da §3° Os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração,
organização; aprovados pelo Conselho de Administração nos termos do inciso
IX- elaborar relatórios quadrimestrais de suas atividades, sub- XXXVIII do art. 44 deste Estatuto Social, serão submetidos, nos ter-
metendo-os à Diretoria Executiva, aos Conselhos de Administração mos da lei, à aprovação da Secretaria de Coordenação e Governan-
e Fiscal e ao Comitê de Auditoria; ça das Empresas Estatais - Sest, que fixará, também, o limite de seu
X- disseminar a importância do Controle Interno, Conformida- quantitativo.
de e do Gerenciamento de Riscos, bem como a responsabilidade §4º O empregado público efetivo da Ebserh que for eleito para
de cada área da empresa nestes aspectos; e XI - outras atividades ocupar cargo na Diretoria Executiva da Ebserh, terá o respectivo
correlatas definidas pela Presidência da Ebserh. contrato de trabalho suspenso, restando afastada, durante o perí-
odo de gestão, a subordinação jurídica inerente à relação de em-
SEÇÃO IV prego.
OUVIDORIA-GERAL Art. 102. Integram o quadro de pessoal da Ebserh:
I- os empregados públicos efetivos, admitidos sob o regime ce-
Art. 97. A Ouvidoria-Geral se vincula ao Conselho de Adminis- letista, mediante prévia aprovação em concurso público de provas
tração, ao qual deverá se reportar diretamente. ou de provas e títulos;
Parágrafo único. As ouvidorias locais dos hospitais universitá- II- os ocupantes de cargo em comissão sem vínculo efetivo com
rios da Rede Ebserh ficarão sujeitas à orientação normativa e à su- a Administração Pública;
pervisão técnica da Ouvidoria-Geral e terão suporte administrativo III- os servidores, civis e militares, e empregados públicos a ela
das respectivas Superintendências, que proverão os meios e as con- cedidos.
dições necessárias à execução das suas competências. Parágrafo único. Os empregados temporários, contratados na
Art. 98. À Ouvidoria-Geral compete: forma do art. 11,
I - estabelecer diretrizes e procedimentos para a sistematização §§1º e 2º, e do art. 12 da Lei nº 12.550, de 2011, não farão par-
e padronização das ações das ouvidorias no âmbito dos hospitais te do quadro de pessoal próprio da Ebserh e não poderão integrar o
universitários federais da Rede Ebserh; Plano de Cargos, Carreiras e Salários da empresa.
II - receber, analisar e responder as sugestões, reclamações, Art. 103. As formas e requisitos para ingresso na Ebserh, a po-
elogios, solicitações e denúncias de cidadão; lítica de desenvolvimento na carreira, as políticas de remuneração,
III- propor metodologia e coordenar a realização de pesquisa os benefícios e as demais relações funcionais e trabalhistas serão
de satisfação de usuário e da pesquisa de satisfação do residente disciplinados pelos Regulamento de Pessoal; Plano de Cargos, Car-
no âmbito da Rede Ebserh; reiras e Salários; Plano de Cargos em Comissão e Funções Gratifica-
IV- promover a transparência passiva e ativa, nos termos da le- das e Plano de Benefícios da Ebserh.
gislação vigente;
V- elaborar, anualmente, relatório de atividades, que deverá CAPÍTULO XVI
consolidar as informações mencionadas no inciso II deste artigo, e, DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
com base nelas, apontar falhas e sugerir melhorias na prestação de
serviços públicos prestados pela Ebserh. Art. 104. É incompatível com a participação nos órgãos de ad-
VI- outras atividades correlatas definidas pelo Conselho de Ad- ministração da Ebserh a candidatura a mandato público eletivo, de-
ministração. vendo o interessado requerer seu afastamento, sob pena de perda
Art. 99. A Ouvidoria-Geral deverá dar encaminhamento aos do cargo, a partir do momento em que tornar pública sua pretensão
procedimentos necessários para a solução dos problemas suscita- à candidatura.
dos e fornecer meios suficientes para os interessados acompanha- Parágrafo único. Durante o período de afastamento referido no
rem as providências adotadas. caput não serádevida qualquer remuneração ao membro do órgão
Parágrafo único. As atribuições das ouvidorias locais dos hos- de administração, o qual perderá o cargo a partir da data do registro
pitais universitários federais da Rede Ebserh serão detalhadas no da candidatura.
Regimento Interno da Rede de Ouvidoria da Ebserh. Art. 105. Os membros do Conselho de Administração, da Dire-
toria Executiva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de cargos comis-
CAPÍTULO XV sionados ou funções gratificadas prestarão declaração de bens ao
PESSOAL assumirem suas funções e ao deixarem o cargo, renovada anual-
mente durante o prazo de gestão ou atuação.
Art. 100. A estrutura organizacional da Ebserh e a respectiva Art. 106. O Regimento Interno da Ebserh e os regimentos pre-
distribuição de competências serão estabelecidas no Regimento vistos no art. 44, inciso XXVI, deverão ser elaborados ou revisados
Interno da Ebserh, aprovado pelo Conselho de Administração, me- pelas áreas respectivas e submetidos à aprovação do Conselho de
diante proposta da Diretoria Executiva. Administração em até 180 dias após a publicação deste Estatuto.
Art. 101. Os empregados estarão sujeitos ao regime jurídico da Art. 107. Os casos omissos surgidos no cumprimento deste Es-
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, à legislação complementar tatuto serão resolvidos pelo Conselho de Administração.
e aos regulamentos internos da Ebserh.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 108. O presente Estatuto Social entra em vigor na data da 2.8 TRANSFERÊNCIA
sua aprovação pela Assembleia Geral. A movimentação do empregado por necessidade do serviço,
e no interesse das partes, da sede para filiais ou outras unidades
descentralizadas e vice-versa, desde que haja mudança obrigatória
REGULAMENTO DE PESSOAL DA EBSERH
de domicílio, respeitando-se o quantitativo do quadro de pessoal.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
Art. 14 Poderá ocorrer a contratação na forma do art. 12 da Art. 19 Nas viagens a serviço da EBSERH, no país ou no exterior,
Lei nº 12.550/2011, com base nas alíneas “a” e “b” do §2º do art. de interesse da Empresa, haverá a concessão de passagens e diárias
443 da Consolidação das Leis do Trabalho, para suprir empregada de viagem, correspondentes ao cargo efetivo, ao cargo em comis-
em licença maternidade ou nos afastamentos, não remunerados, são ou à função gratificada ocupada.
superiores a 30 (trinta) dias. Art.20 A periodicidade do pagamento de salários será mensal.
Art. 15 Para a realização de serviços técnicos especializados, Art. 21 (REVOGADO)
na forma de norma específica, poderá ser contratado, excepcional-
mente, na estrita necessidade desses serviços, a juízo da Diretoria CAPÍTULO VII
Executiva, pessoal técnico de alta qualificação, por prazo certo e DOS BENEFÍCIOS
nunca superior ao previsto em lei, para os contratos de trabalho
por prazo determinado, desde que não possua a EBSERH, em seu Art.22 Benefício é a vantagem “in natura” ou pecuniária, paga
Quadro de Pessoal, cargos efetivos, funções ou cargos em comissão diretamente ou indiretamente ao empregado, quando obedecidos
necessários para a sua execução, e nem utilize, para tanto, a contra- os critérios estabelecidos para sua concessão no Plano de Benefí-
tação indireta. cios aprovado para a EBSERH.
Art. 16 Será regulado em norma específica o Estágio remune-
rado, que deverá ser formalizado por contrato, tendo como forma CAPÍTULO VIII
de ingresso, o recrutamento, via processo seletivo, de acordo com DA PROGRESSÃO FUNCIONAL
Orientação nº 22 da ata da Coordenadoria Nacional de Combate
às Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública - Conap e Art.23 O desenvolvimento do empregado da EBSERH na carrei-
Portaria nº 567/2008 do Ministério Público da União. ra ocorrerá mediante progressões horizontal e vertical regulamen-
tadas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com base em crité-
CAPÍTULO VI rios específicos, incluída a avaliação de desempenho.
DA REMUNERAÇÃO Parágrafo único. A progressão não acarreta mudança de cargo.
Art.24 Caberá à EBSERH, no âmbito de sua competência, insti-
Art. 17 A Remuneração do empregado da EBSERH compreende: tuir programa permanente de capacitação destinado à formação,
I)salário base fixado na Estrutura Salarial constante do Plano de qualificação e aperfeiçoamento profissional, visando à preparação
Cargos, Carreiras e Salários; dos empregados para desempenharem atribuições de maior com-
II)salário fixado do cargo em comissão e função gratificada, se plexidade e responsabilidade, para atendimento às finalidades da
for o caso, constante do Plano de Cargos em Comissão e Funções Empresa.
gratificadas;
III)benefícios remuneratórios constantes do Plano de Benefí- CAPÍTULO IX
cios; DA JORNADA DE TRABALHO
IV)outras parcelas remuneratórias decorrentes da legislação
aplicável, de Acordo Coletivo de Trabalho ou de autorização da Di- Art. 25 A duração normal da jornada de trabalho do emprega-
retoria Executiva, aprovada pelo Conselho de Administração, obser- do da EBSERH é de 8 (oito) horas diárias, observado o máximo de 40
vada a competência da Secretaria de Coordenação e Governança (quarenta) horas semanais e respeitadas as exceções estabelecidas
das Empresas Estatais, do Ministério da Economia - SEST / ME sobre em lei.
a matéria. Art.26 O empregado da EBSERH com exercício nas filiais e ou-
§1º Salário Base é o valor percebido pelo empregado fixado no tras unidades descentralizadas, terá jornadas de trabalho de 4 (qua-
Plano de Cargos, Carreiras e Salários, sem vantagens pessoais ou tro), 6 (seis) ou 8 (oito) horas diárias, observado o máximo de 40
transitórias. (quarenta) horas semanais e respeitadas as exceções estabelecidas
§2º Remuneração é o valor total percebido pelo empregado, em lei.
resultante da soma de salário base, gratificações e outras vantagens §1º. Em todas as situações que exigirem funcionamento contí-
remuneratórias permanentes e/ou transitórias. nuo do serviço nas 24 (vinte e quatro) horas para garantir o atendi-
Art.18 A remuneração dos profissionais cedidos à EBSERH para mento ao público, será admitido o regime de 12 (doze) horas con-
o exercício de cargo em comissão ou função gratificada terá como secutivas de trabalho e 36 (trinta e seis) horas de descanso (12x36)
base a Tabela de Salários dos respectivos cargos, observados os ter- (doze por trinta e seis) para o turno da noite, respeitada a jornada
mos do instrumento de cessão, obedecida a legislação aplicável em de trabalho contratual dos empregados.
vigor, em especial o Decreto nº 9.144/2017 e atualizações, o art. §2º Nas situações previstas no parágrafo anterior, será excep-
7º da Lei nº 12.550/2011, bem como as normas internas vigentes. cionalmente admitido o regime de 12 (doze) horas diurna para a
Parágrafo único. O profissional cedido à EBSERH para ocupar categoria de médicos.
cargo em comissão terá que optar: EBSERH; Art.27 O regime de trabalho dos empregados ou cedidos que
a) pela remuneração do cargo em comissão ou função gratifi- ocuparem cargos de confiança ou função gratificada será de dedi-
cada da EBSERH; cação integral, com vista ao atendimento das necessidades da Em-
b) pela remuneração do órgão de origem acrescida de 60 % presa.
(sessenta por cento) do cargo em comissão ou função gratificada Art. 28 O horário de trabalho do empregado deverá estar afi-
da EBSERH. xado em quadro específico, em cada posto de trabalho da EBSERH.
Art. 29 Todo empregado terá direito ao repouso semanal remu-
nerado, em conformidade com as disposições legais e regulamen-
tares vigentes.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
X.comunicar à chefia imediata quaisquer fatos ou informações VII. propor medidas que visem a melhor execução e racionali-
que possam interessar aos serviços, bem como qualquer irregulari- zação dos serviços.
dade de que tiver ciência; Art. 39 Ao empregado é proibido, além do previsto na legisla-
XI.desempenhar todas as suas atividades de forma a produzir ção trabalhista:
a menor degradação ambiental e, sempre que possível, adotar pos- I.ausentar-se em horário de expediente, bem como sair anteci-
tura proativa na defesa do meio ambiente, independentemente de padamente sem autorização da chefia imediata;
cargo, atividade ou setor de trabalho; II.permanecer nas instalações da Empresa antes ou após o tér-
XII.zelar pela boa conservação dos materiais e equipamentos mino da jornada de trabalho, sem prévia determinação ou autori-
que compõem o patrimônio da EBSERH; zação;
XIII.ser imparcial em suas informações e decisões, evitando III.permitir que pessoas estranhas à EBSERH, fora dos casos
preferências pessoais; previstos em lei, desempenhe atribuição que seja de sua respon-
XIV.apresentar-se adequadamente trajado ou fazer uso de uni- sabilidade;
forme específico, de acordo com a área em que estiver lotado; IV.promover reuniões particulares, dentro ou fora do expedien-
XV.portar crachá de identificação ostensivamente; te, no recinto da Empresa, sem autorização;
XVI.conhecer e acatar as normas legais e regulamentares da V.valer-se de sua condição funcional para lograr, direta ou indi-
EBSERH; retamente, qualquer proveito pessoal;
XVII.submeter-se aos exames médicos ocupacionais - admissio- VI.receber favores, benefícios ou vantagens de quaisquer espé-
nal, periódico, para retorno ao trabalho e demissional - ou quando cies, em razão de suas atribuições;
determinado pela EBSERH; VII.exercer qualquer espécie de comércio nas dependências da
XVIII.manter seus registros funcionais atualizados; Empresa;
XIX.cumprir o regime de trabalho que lhe for determinado; VIII.trabalhar em outro local em horário coincidente com seu
XX.comunicar à área da gestão de pessoas quando do registro expediente na EBSERH;
de sua candidatura a qualquer cargo eletivo; IX. fazer parte, como sócio ou dirigente, de empresa que preste
XXI.manter conduta compatível com a moralidade administra- serviços e forneça bens para a EBSERH, ou que com ela transacione;
tiva dentro e fora da Empresa, de modo a não comprometer o nome X. dedicar-se a assuntos particulares durante o horário de tra-
da EBSERH e de seus empregados; balho;
XXII.observar o estabelecido no Código de Ética da EBSERH; XI. adotar falsa identidade dentro ou fora das dependências da
XXIII.reembolsar valores recebidos indevidamente, quaisquer Empresa;
que tenham sido as causas; XII. portar armas nos locais de trabalho, salvo se exercer função
XXIV.efetuar ressarcimento de valores pela utilização de equi- de vigilância e estiver devidamente autorizado;
pamentos da Empresa, para uso pessoal, na forma regulada em XIII. dirigir-se de maneira depreciativa, ofensiva ou agressiva ao
norma específica; corpo dirigente e funcional da EBSERH ou depreciar a imagem da
XXV.comunicar ao chefe imediato, com antecedência, a impos- Empresa;
sibilidade de comparecer ao serviço; XIV. retirar das dependências da EBSERH qualquer tipo de ma-
XXVI.cientificar-se das obrigações e penalidades neste Regula- terial, equipamento ou documento, sem a devida autorização;
mento, Normas Internas, Resoluções, Circulares, Ordens de Serviço, XV. registrar a frequência de outro empregado ou contribuir
Avisos, Comunicados e outras instruções expedidas pela Direção da para fraudes no seu registro ou apuração;
Empresa; XVI. organizar ou participar de quaisquer atividades político-
XXVII.representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de po- -partidárias nas dependências da EBSERH;
der; XVII. fornecer informações a terceiros, bem como utilizar do-
XXVIII.compartilhar conhecimentos obtidos em cursos ou cumentos e papéis oficiais da EBSERH, sem estar devidamente au-
eventos patrocinados pela Empresa; torizado;
XXIX.cumprir regras de uso de equipamentos, recursos, ferra- XVIII. receber presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos
mentas, softwares e material, observando as políticas de segurança casos protocolares em que houver reciprocidade, não sendo consi-
da informação e identidade visual da Empresa; e, derados presentes, os brindes que não tenham valor comercial ou
XXX.defender os interesses da Empresa. que forem distribuídos por entidades de qualquer natureza a títu-
Art. 38 Além dos estabelecidos no artigo 37, são deveres dos lo de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de
empregados designados para exercer Cargo em Comissão ou Fun- eventos especiais, ou datas comemorativas, que não ultrapassem o
ção Gratificada: valor de R$ 100,00 (cem reais);
I. zelar pela manutenção da disciplina e da ordem; XIX. deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
II. zelar pelo fiel cumprimento das decisões emanadas pela Di- XX. utilizar recursos materiais e humanos da EBSERH em servi-
reção da EBSERH; ço ou atividade particular;
III. orientar seus subordinados na execução dos serviços; XXI. afixar cartazes, comunicados, retratos ou avisos nas de-
IV. manter o grupo que dirige em ambiente de boas relações pendências da Empresa, sem que esteja previamente autorizado
pessoais; pela área competente;
V. fazer cumprir, nos locais de trabalho, as Normas e Instruções XXII. utilizar o serviço de correio eletrônico da EBSERH para as-
da EBSERH; suntos particulares;
VI. comunicar à área da gestão de pessoas qualquer irregulari- XXIII. deixar de utilizar o crachá e o uniforme específico da EB-
dade sobre a frequência de seus subordinados; e SERH, de acordo com a área em que estiver lotado;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
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Art. 51 A Transferência ou a Remoção, em caráter definitivo ou §1º Os dias de suspensão serão descontados da remuneração
provisório, da sede para filial ou congênere e vice-versa, deverá ser do empregado e computados para efeito de férias e progressão fun-
formalizada conforme norma específica, e será autorizada quando cional, sendo vedada a sua compensação com direitos funcionais
atendidas as seguintes condições: ou a sua conversão em pecúnia.
I- existência de vaga no local de destino; §2º A ausência do empregado em dia de feriados ou no dia que
II- preenchimento, pelo empregado, dos requisitos mínimos o antecede ou subsequente, em que estiver designado para traba-
exigidos para o exercício de suas atividades na nova lotação; lhar, sem a comunicação prévia à chefia imediata para consequente
III- prévia aprovação em exame médico ocupacional, quando substituição, será passível de sanção disciplinar, com suspensão de
necessário; e, destino. 1 (um) dia.
IV- prévia autorização da chefia imediata do local de origem e §3º A penalidade prevista no parágrafo anterior será aplicada
do local de destino. também ao empregado que faltar injustificadamente 3 (três) dias
de forma consecutiva ou intercalada no mesmo mês.
CAPÍTULO XVIII Art.56 No exercício regular de suas funções, o empregado é
DA CESSÃO responsável pelos danos que causar à Empresa ou a terceiros, fican-
do resguardado, na última hipótese, o direito regressivo da EBSERH.
Art. 52 Cessão é o ato discricionário do gestor, autorizado pela Parágrafo único. A responsabilidade prevista neste item abran-
Diretoria de Gestão de Pessoas e Diretoria Executiva ao empregado ge os atos e omissões resultantes de dolo ou culpa.
efetivo da EBSERH, para o exercício de Cargo em Comissão ou para Art.57 Pelo exercício irregular de suas atribuições, os emprega-
atender situações previstas em leis específicas, em outro órgão ou dos pertencentes ao Quadro de Pessoal da EBSERH e ocupantes de
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e Cargo em Comissão ou Função Gratificada, estarão ainda sujeitos às
dos Municípios, sem alteração do quadro de lotação da unidade de sanções cíveis, criminais e administrativas.
origem. (Redação aprovada pela Resolução CA nº 125, de 26 de no- Art.58 São competentes para aplicar as punições previstas no
vembro de 2020). artigo 55 deste Regulamento:
Art. 53 Poderão ser cedidos para a EBSERH os servidores titu- I.o Presidente, quanto aos incisos I, II, e III;
lares de cargo efetivo em exercício na instituição federal de ensino II.o Diretor ou Superintendente, em sua área de competência,
ou instituição congênere que formalizarem contrato com a EBSERH, quanto aos incisos I e II; e,
conforme prevê o art. 7º da Lei nº 12.550/2011. III.ao Coordenador, ao Gerente e Chefes de Serviço, Chefe de
§1º Poderá ser solicitada pela EBSERH, por ato discricionário Seção, Chefe de Divisão, Chefe de Setor e Chefe de Unidade, em
do gestor, autorizado pela Diretoria de Gestão de Pessoas a juízo da suas áreas de competência, quanto ao inciso I.
Diretoria Executiva, a cessão de servidores de órgão ou entidade da Art. 59 As penalidades serão formalmente aplicadas por ato es-
Administração Pública direta, indireta, autárquica ou fundacional pecífico, devendo o empregado, em todos os casos, dar o “ciente”
de âmbito federal, estadual ou municipal e dos Poderes Legislativo no original, ficando com uma cópia do documento.
e Judiciário, ou empregados públicos de empresas estatais, para o §1º Caso o empregado se recuse a apor o “ciente”, este fato
exercício de cargos em comissão e funções gratificadas. deverá ser registrado no original do documento, com a assinatura
§2º O servidor cedido para a EBSERH poderá optar pelo Plano de 2 (duas) testemunhas.
de Benefícios da Empresa ou de seu órgão de origem. §2º As penalidades aplicadas ao empregado deverão ser regis-
§3º O empregado ou servidor público cedido à EBSERH, quan- tradas na sua ficha funcional.
do desligado da Empresa, deverá retornar ao órgão de origem, no §3º Caso o empregado esteja em afastamento legal, a penali-
prazo máximo de 15 (quinze) dias. dade será aplicada no dia do seu retorno ao trabalho.
Art. 60 A gestão dos cedidos à EBSERH, quanto a direitos, de-
CAPÍTULO XIX veres, proibições e penalidades, ficará sujeita ao tratamento disci-
DAS PENALIDADES plinar da Empresa.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
na área técnica relacionada à infração; elevada experiência e tempo XXI - instrução – fase do Processo Administrativo Sancionador
de serviço na área; o fato de o agente exercer função gratificada ou na qual a Comissão Apuradora ou o Comissário disponibiliza as pro-
ocupar cargo em comissão; ter o agente cometido a irregularidade vas instrutórias do processo, para exercício da ampla defesa e do
com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício contraditório, e complementa com as diligências que entender per-
ou profissão; ter o agente cometido a irregularidade em desfavor tinentes;
de criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grá- XXII - matriz de responsabilização – método de estruturação da
vida, em ocasião de incêndio, inundação ou qualquer calamidade apuração feita em caráter inicial, que permite a sistematização das
pública; atuar em condições de infraestrutura física e operacional informações coletadas durante a fase de admissibilidade e tem por
de sua unidade que favoreçam o desempenho de suas atividades; base os seguintes elementos: fato/conduta, agente, elementos de
ter cometido o ato por motivo irrelevante; informação, elementos faltantes e possível tipificação;
VIII - circunstâncias atenuantes – são situações relacionadas à XXIII - notificação – comunicação emitida ao agente público
conduta e que podem atuar a favor da defesa, diminuindo a pena- com o objetivo de cientificálo sobre quaisquer atos processuais;
lidade a ser aplicada. São exemplos de aplicação: o agente ter pro- XXIV - Processo Administrativo Sancionador (PAS) – procedi-
curado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após a mento punitivo com contraditório, instaurado em desfavor de em-
infração, evitar ou minorar as consequências desta, ou ter, antes do pregado público, que se destina a elucidar irregularidades na Eb-
julgamento, reparado o dano; comprovada falta de treinamento ou serh, das quais possa resultar aplicação de penalidade disciplinar;
capacitação do empregado na área técnica relacionada ao ato irre- XXV - reincidência - é verificada quando o empregado, com pe-
gular; problemas de ordem pessoal devidamente justificados e que nalidade vigente no registro funcional, reitera na prática de infração
possam comprometer a rotina/desempenho do empregado; precá- disciplinar;
rias condições de infraestrutura física e operacional da Administra- XXVI - residente – profissional que, após concluir a graduação,
ção que sejam capazes de dificultar o desempenho do empregado; cursa residência em hospital universitário federal filiado à Ebserh;
os obstáculos, as reais dificuldades do gestor na previsibilidade do XXVII - tipificação – é o enquadramento da conduta do agente
resultado ou dano; a confissão espontânea; ter cometido o ato sob aos preceitos legais, administrativos e regulamentares vigentes à
domínio de violenta emoção; época do fato e/ou da prática do ato sob apuração;
IX - citação – comunicação formal ao empregado para ciência, a XXVIII - Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – procedimen-
partir da qual o agente se torna acusado no PAS; to administrativo voltado à resolução consensual de conflitos, por
X - comissão apuradora – comissão designada pela autoridade meio da assinatura de um instrumento, no qual o empregado públi-
instauradora e responsável pela condução do procedimento admi- co interessado se compromete a ajustar sua conduta em observân-
nistrativo durante o período de vigência da portaria; cia aos deveres e proibições previstas na Consolidação das Leis do
XI - comissário – empregado ou servidor público designado Trabalho – CLT, no Regulamento de Pessoal da Ebserh e no Código
pela autoridade instauradora para conduzir a Investigação Prelimi- de Ética e Conduta da Ebserh.
nar durante o período de vigência da portaria;
XII - e-Cor – Sistema de Procedimentos de Corregedoria da Eb- SEÇÃO IV
serh; APURAÇÃO DE FATO IRREGULAR
XIII - e-Pad – Sistema desenvolvido pela Controladoria-Geral
da União, de preenchimento obrigatório, de acordo com a Porta- Art. 4º A Investigação Preliminar – IP deverá ser instaurada
ria CGU nº 2.463/2020, que organiza as informações dos procedi- quando a apuração demandar previamente a coleta de elementos
mentos administrativos correcionais e gera peças necessárias para de informação para análise acerca da existência dos elementos de
a condução dos procedimentos disciplinares. autoria e materialidade relevantes para a instauração do Processo
XIV - fato irregular – ilícito administrativo ou qualquer ação ou Administrativo Sancionador – PAS.
omissão lesiva ao interesse público; Art. 5º A IP é o único procedimento cabível para apuração da
XV - Hospital Universitário Federal (HUF) – Hospital Universitá- conduta de:
rio Federal filiado à Rede Ebserh; I - agentes públicos originariamente vinculados às Universida-
XVI - infração leve – quaisquer das infrações disciplinares lis- des Federais que estejam cedidos ou em exercício na Ebserh;
tadas no art. 112 desta norma, referenciados no Regulamento de II - residentes e estudantes;
Pessoal da Ebserh; III - ex-agentes públicos que tenham praticado irregularidade
XVII - infração média – quaisquer das infrações disciplinares lis- durante o exercício da função ou cargo público.
tadas no art. 113 desta norma, referenciados no Regulamento de Art. 6º O processamento do fato irregular, nos casos em que
Pessoal da Ebserh; seja possível identificar na notícia de irregularidade todos os ele-
XVIII - infração grave – quaisquer das infrações disciplinares lis- mentos da matriz de responsabilização, poderá ser realizado direta-
tadas no art. 114 desta norma, referenciados no Regulamento de mente por meio de PAS.
Pessoal da Ebserh e na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; Parágrafo Único. A IP não poderá ser dispensada nos casos lis-
XIX - Investigação Preliminar (IP) - constitui procedimento ad- tados no art. 5º desta norma.
ministrativo de caráter preparatório, informal e de acesso restrito,
que objetiva a coleta de elementos de informação para a análise ( )
acerca da existência dos elementos de autoria e materialidade rele-
vantes para a instauração de processo administrativo sancionador;
XX - instauração – ato formal de constituição de Investigação
Preliminar ou de Processo Administrativo Sancionador;
85
LEGISLAÇÃO - EBSERH
CAPÍTULO III Art. 35. Nos casos em que houver identificação de irregularida-
PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO des praticadas por residentes, a IP deverá ser encaminhada à res-
pectiva Comissão de Residência Médica ou Comissão de Residência
SEÇÃO I Multiprofissional.
INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR - IP Parágrafo único. Nos casos em que houver identificação de irre-
gularidades praticadas por estudantes, a IP deverá ser encaminha-
Art. 28. A IP constitui procedimento administrativo de caráter da à respectiva instituição com a qual possuir vínculo.
preparatório, informal e de acesso restrito, que objetiva a coleta de Art. 36. Se verificados indícios de ilícitos criminais, civis ou re-
elementos de informação para a análise acerca da existência dos ferente às normas de conselhos profissionais, independentemente
elementos de autoria e materialidade relevantes para a instauração de repercussões disciplinares, o resultado da apuração deverá ser
de processo administrativo sancionador. encaminhado para o respectivo órgão competente.
Parágrafo único. Da IP não poderá resultar aplicação de sanção,
sendo dispensável a observância aos princípios do contraditório e CAPÍTULO IV
da ampla defesa. PROCEDIMENTO ESPECIAL
Art. 29. Será assegurada à IP o sigilo necessário para o esclare-
cimento do fato. Parágrafo único. Poderá ser concedido acesso ao SEÇÃO I
processo, mediante requerimento do agente público mencionado TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC
na denúncia ou de seu defensor legalmente constituído, desde que
não prejudique o andamento das investigações. Art. 37. O TAC consiste em procedimento administrativo vol-
Art. 30. A IP será instaurada de ofício ou com base em notícia tado à resolução consensual de conflitos relativos à infração dis-
de irregularidade recebida. ciplinar de natureza leve e punível com advertência, devendo ser
§1º A instauração da IP será feita por meio de portaria, publica- proposto quando o investigado:
da em Boletim de serviço, designando, no mínimo, um comissário. I- não tenha registro vigente de penalidade disciplinar em seus
§2º A IP deverá ser concluída no prazo de 60 (sessenta) dias, a assentamentos funcionais;
contar da data da publicação da portaria de instauração, podendo II- não tenha firmado TAC nos últimos dois anos, contados des-
haver prorrogação por igual período, mediante justificativa do co- de a publicação do instrumento; e
missário, a ser avaliada pela autoridade instauradora. III- tenha ressarcido, ou se comprometido a ressarcir, eventual
§3º A designação do agente público para atuar como comissá- dano causado à Administração Pública.
rio de IP é encargo Parágrafo Único O eventual ressarcimento ou compromisso de
obrigatório e irrecusável, que independe de prévia autorização ressarcimento de dano causado à Administração Pública deve ser
da chefia imediata. 10 comunicado à Divisão de Gestão de Pessoas (DivGP), no HUF, ou
§4º A omissão ou cumprimento indevido do encargo sujeitará à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), na Administração Central.
o comissário à Art. 38. Por meio do TAC o agente público interessado se com-
apuração de responsabilidade. promete a ajustar sua conduta e a observar os deveres e proibições
Art. 31. O Comissário será responsável pela instrução do pro- previstos na legislação vigente.
cedimento, mediante a coleta de provas ou informações, por qual- Art. 39. A celebração do TAC será realizada pela autoridade
quer meio de diligência lícito, com o objetivo de reunir elementos competente para instauração do respectivo procedimento acusa-
de informação para a análise acerca de autoria e materialidade, vi- tório.
sando ao preenchimento da matriz de responsabilização. Parágrafo único. O empregado público poderá ser acompanha-
Art. 32. Após o encerramento da instrução, o comissário deverá do de procurador devidamente constituído durante a celebração do
produzir o Relatório Conclusivo, o qual deverá conter, obrigatoria- TAC.
mente, o histórico do processo, a descrição dos atos de instrução, a Art. 40. A proposta de TAC poderá:
análise dos elementos da matriz de responsabilização e a sugestão I- ser oferecida de ofício pela autoridade competente para ins-
final de: tauração do respectivo procedimento acusatório até o momento
I- arquivamento da IP, se não houver indícios de autoria e/ou anterior ao julgamento do PAS;
de materialidade da infração; II- ser sugerida pelo comissário responsável pela condução da
II- instauração de PAS, se houver indícios de autoria e de mate- IP ou do PAS; ou
rialidade da infração; III - ser apresentada pelo agente público interessado.
III - celebração de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC. §1º Em procedimentos disciplinares em curso, o pedido de TAC
Art. 33. A autoridade instauradora avaliará a IP em até 30 (trin- poderá ser feito pelo interessado à autoridade instauradora em até
ta) dias. 10 dias após o recebimento da citação.
Parágrafo único. A autoridade instauradora poderá, motivada- §2º O pedido de celebração de TAC apresentado pelo comis-
mente, reconduzir a IP, mediante portaria publicada em boletim de sário responsável ou pelo interessado poderá ser, motivadamente,
serviço, caso as diligências realizadas pelo Comissário forem insufi- indeferido pela autoridade competente se não preenchidos os re-
cientes para a análise de admissibilidade. quisitos constantes do art. 37 desta norma.
Art. 34. A identificação de indícios de autoria de agentes públi- §3º Quando oferecido de ofício, a autoridade competente con-
cos vinculados às Universidades Federais que estejam cedidos ou cederá o prazo de 10 (dez) dias para manifestação do agente públi-
em exercício na Ebserh, determina obrigatoriamente o encaminha- co interessado, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
mento da IP ao órgão de origem do referido agente. Art. 41. O TAC deverá conter:
I- a qualificação do agente público envolvido;
86
LEGISLAÇÃO - EBSERH
II- os fundamentos de fato e de direito para sua celebração; VI- razões finais;
III - a descrição das obrigações assumidas; VII- relatório conclusivo;
IV - o prazo e o modo para o cumprimento das obrigações; e VIII - análise jurídica;
V - a forma de fiscalização das obrigações assumidas. IX - julgamento;
§1º As obrigações estabelecidas pela Administração devem ser X - recurso; e
proporcionais e adequadas à conduta praticada, visando mitigar a XI - julgamento recursal.
ocorrência de nova infração e compensar eventual dano. Parágrafo único. As fases descritas nos incisos V, VI e VIII deste
§2º As obrigações estabelecidas no TAC poderão compreender, artigo poderão ser dispensadas de acordo com os critérios estabe-
dentre outras: lecidos nesta norma.
I - reparação do dano causado;
II- retratação do interessado;
III- participação em cursos visando à correta compreensão dos
QUESTÕES
seus deveres e proibições ou à melhoria da qualidade do serviço
desempenhado; 1. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico de Enfermagem
IV- acordo relativo ao cumprimento de horário de trabalho e No que se refere às unidades internas de governança da Em-
compensação de horas não trabalhadas; presa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), analise as afir-
V- cumprimento de metas de desempenho; mativas abaixo:
VI- sujeição a controles específicos relativos à conduta irregular I. A área de Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento
praticada. de Riscos se vincula diretamente ao Presidente, podendo ser con-
§3º O prazo de cumprimento do TAC não poderá ser superior duzida por ele próprio ou por outro Diretor estatutário.
a 2 (dois) anos. II. À Auditoria Interna compete, dentre outras funções, propor
§4º A inobservância das obrigações estabelecidas no TAC carac- as medidas preventivas e corretivas dos desvios detectados.
teriza o descumprimento do dever de lealdade à empresa. 12 III. À Ouvidoria-Geral compete, dentre outras funções, receber,
Art. 42. Após a celebração do TAC, será publicado extrato em
analisar e responder as sugestões, reclamações, elogios, solicita-
Boletim de serviço
ções e denúncias de cidadão.
da Administração Central ou do HUF, contendo o número do
Assinale a alternativa correta.
processo e a descrição genérica do fato.
(A) As afirmativas I, II e III estão corretas
§1º A celebração do TAC será comunicada à chefia imediata do
agente público, com o envio de cópia do Termo, para acompanha- (B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
mento do seu efetivo cumprimento. (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
§2º O TAC será de acesso restrito até o seu efetivo cumprimen- (D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
to ou até a conclusão do processo punitivo decorrente de seu des- (E) Apenas a afirmativa I está correta
cumprimento.
Art. 43. O TAC será registrado no assentamento funcional do 2. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica
agente público. Acerca dos recursos da Empresa Brasileira de Serviços Hospita-
§1º Declarado o cumprimento das condições do TAC pela che- lares (EBSERH), segundo o disposto na Lei nº 12.550/2011, analise
fia imediata do agente público, não será instaurado procedimento as afirmativas abaixo:
disciplinar pelos mesmos fatos objeto do ajuste. I. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido para atendimento
§2º No caso de descumprimento do TAC, a chefia imediata in- do objeto social da empresa, excetuadas as parcelas decorrentes da
formará imediatamente à autoridade competente para instauração reserva legal e da reserva para contingência.
ou continuidade do respectivo processo punitivo, não cabendo re- II. Constituem recursos da EBSERH os oriundos de dotações
curso desta decisão. consignadas no orçamento da União.
III. Constituem recursos da EBSERH as receitas decorrentes das
CAPÍTULO V aplicações financeiras que realizar.
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR (PAS) Assinale a alternativa correta.
(A) As afirmativas I, II e III estão corretas
Art. 44. A autoridade competente deverá instaurar o PAS se ve- (B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
rificada a existência de todos os elementos da matriz de responsa- (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
bilização, nas seguintes hipóteses: (D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
I- infração disciplinar não sujeita a arquivamento ou instaura- (E) Apenas a afirmativa I está correta
ção de IP, nos termos do art. 19 desta norma;
II- recusa ou descumprimento de TAC, nos termos do art. 43,
3. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica
§2º, desta norma;
Acerca das disposições da Lei nº 12.550/2011 sobre a Empresa
III - após apreciação de Relatório Conclusivo de IP.
Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), assinale a alternativa
Art. 45. O PAS compreende as seguintes fases:
incorreta:
I - instauração; I
(A) A EBSERH tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal
I - instalação;
(B) A EBSERH pode manter escritórios, representações, depen-
III - citação;
dências e filiais em outras unidades da Federação
IV - defesa escrita;
(C) A EBSERH está autorizada pela lei a criar subsidiárias para o
V - instrução;
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LEGISLAÇÃO - EBSERH
desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto social Estatuto Social, assinale a alternativa que apresente incorretamen-
(D) A EBSERH tem seu capital social dividido entre pessoas de te um órgão estatutário da EBSERH.
direito público e privado que comprovem o desenvolvimento (A) Conselho de Administração
de ações na área da saúde (B) Conselho Nacional de Fiscalização Sanitária
(E) É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH pela (C) Comitê de Auditoria
administração pública para realizar atividades relacionadas ao (D) Conselho Fiscal
seu objeto social (E) Diretoria Executiva
4. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica 7. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico em Contabilidade
A Lei nº 12.550/2011 aborda as competências da Empresa Bra- No que se refere à Assembleia Geral da Empresa Brasileira de
sileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Sobre o assunto, assinale Serviços Hospitalares (EBSERH), leia abaixo o artigo 8º do Estatuto
a alternativa que apresente incorretamente uma competência da Social da EBSERH:
EBSERH: Art. 8º. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, uma
(A) Administrar unidades hospitalares, bem como prestar ser- vez por ano, nos ______ primeiros meses seguintes ao encerramen-
viços de assistência médicohospitalar, ambulatorial e de apoio to de cada exercício social, para deliberação das matérias previstas
diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do SUS em lei e extraordinariamente, sempre que ______, ______ ou as
(B) Prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em disposições deste Estatuto Social exigirem. Capítulo V, Seção I, Arti-
pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitá- go 8º do Estatuto Social da EBSERH.
rios federais e a outras instituições congêneres
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente
(C) Homologar acordos visando à transformação de penalida-
as lacunas.
des pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse
(A) 5 (cinco) / o Poder Público / a sociedade
para a proteção ambiental e sanitária
(B) 4 (quatro) / o Poder Público / a sociedade
(D) Prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hospi-
tais universitários e federais e a outras instituições congêneres, (C) 6 (seis) / a sociedade / a legislação
com implementação de sistema de gestão único com geração (D) 4 (quatro) / os interesses sociais / a legislação
de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabeleci- (E) 6 (seis) / os interesses sociais / a legislação
mento de metas
(E) Prestar às instituições federais de ensino superior e a outras 8. IBFC - 2019 - Emdec - Advogado Jr
instituições congêneres serviços de apoio ao ensino, à pesquisa A respeito dos conceitos de Empresa Pública e Sociedade de
e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas Economia Mista estabelecidos pela Lei n° 13.303/2016, assinale a
no campo da saúde pública, mediante as condições que forem alternativa correta.
fixadas em seu estatuto social (A) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de per-
sonalidade jurídica de direito público, criada por lei, sob a for-
5. IBFC - 2022 - EBSERH - Pedagogo ma de sociedade anônima, cujo capital social é integralmente
Acerca do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Serviços Hospitalares (EBSERH), segundo seu Estatuto Social, anali- Municípios
se as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F). (B) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade ju-
( ) O Conselho de Administração é órgão de deliberação estra- rídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com
tégica e colegiada da EBSERH e deve exercer suas atribuições con- patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Mu-
siderando os interesses de longo prazo da empresa, os impactos
nicípios
decorrentes de suas atividades na sociedade e no meio ambiente e
(C) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de perso-
os deveres fiduciários de seus membros.
nalidade jurídica de direito privado, criada por lei, sob qualquer
( ) O Conselho de Administração é composto por 9 (nove) mem-
forma societária, cujas ações com direito a voto pertençam
bros, eleitos pela Assembleia Geral. pelo menos um terço à União, aos Estados, ao Distrito Federal,
( ) Na composição do Conselho de Administração há 4 (quatro) aos Municípios ou a entidade da administração indireta
membros indicados pelo Ministro de Estado da Educação, 3 (três) (D) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade ju-
membros indicados pelo Ministro de Estado da Economia e; 2 (dois) rídica de direito público, com criação autorizada por lei, cujo
membros indicados pelo Ministro de Estado da Saúde. capital social seja, pelo menos, um terço pertencente à União,
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios
cima para baixo.
(A) V - V - V 9. IBFC - 2022 - AFEAM - Especialista de Fomento - Adminis-
(B) V - F - V tração
(C) F - F - V A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão
(D) V - V - F possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria Estatutá-
(E) F - F - F rio como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual se
reportará diretamente. Acerca do Comitê de Auditoria Estatutário
6. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico em Contabilidade e das disposições da Lei nº 13.303/2016, assinale a alternativa in-
No que se refere aos Órgãos Sociais e Estatutários da Empresa correta.
Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), segundo dispõe seu (A) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios
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GABARITO
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1 A _____________________________________________________
2 A _____________________________________________________
3 D
______________________________________________________
4 C
5 D ______________________________________________________
6 B
______________________________________________________
7 D
8 B ______________________________________________________
9 C _____________________________________________________
10 D
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de dos recursos. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais mentada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983.
de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, Essas constituíram uma estratégia de extrema importância para o
depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, processo de descentralização da saúde.
empresas, etc.). Também tem a função de planejar, elabirar nor- A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em março de
mas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS. 1986, considerada um marco histórico, consagra os princípios pre-
conizados pelo Movimento da Reforma Sanitária.
Estados e Distrito Federal Em 1987 é implementado o Sistema Unificado e Descentrali-
Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de zado de Saúde (SUDS), como uma consolidação das Ações Integra-
saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive das de Saúde (AIS), que adota como diretrizes a universalização e
nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos a equidade no acesso aos serviços, à integralidade dos cuidados,
parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado a regionalização dos serviços de saúde e implementação de distri-
formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o tos sanitários, a descentralização das ações de saúde, o desenvolvi-
SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os ges- mento de instituições colegiadas gestoras e o desenvolvimento de
tores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento uma política de recursos humanos.
à saúde em seu território. O capítulo dedicado à saúde na nova Constituição Federal, pro-
mulgada em outubro de 1988, retrata o resultado de todo o proces-
Municípios so desenvolvido ao longo dessas duas décadas, criando o Sistema
São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde Único de Saúde (SUS) e determinando que “a saúde é direito de
no âmbito do seu território. O gestor municipal deve aplicar recur- todos e dever do Estado” (art. 196).
sos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município Entre outros, a Constituição prevê o acesso universal e igua-
formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos par- litário às ações e serviços de saúde, com regionalização e hierar-
ceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saú- quização, descentralização com direção única em cada esfera de
de. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a governo, participação da comunidade e atendimento integral, com
normatização federal. Pode estabelecer parcerias com outros mu- prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
nicípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para assistenciais.
procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que A Lei nº 8.080, promulgada em 1990, operacionaliza as disposi-
pode oferecer. ções constitucionais. São atribuições do SUS em seus três níveis de
governo, além de outras, “ordenar a formação de recursos huma-
História do sistema único de saúde (SUS) nos na área de saúde” (CF, art. 200, inciso III).
As duas últimas décadas foram marcadas por intensas transfor-
mações no sistema de saúde brasileiro, intimamente relacionadas Princípios do SUS
com as mudanças ocorridas no âmbito político-institucional. Simul- São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo 198 da
taneamente ao processo de redemocratização iniciado nos anos 80, Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do Capítulo II da Lei n.º
o país passou por grave crise na área econômico-financeira. 8.080/1990. Os principais são:
No início da década de 80, procurou-se consolidar o processo Universalidade: significa que o SUS deve atender a todos, sem
de expansão da cobertura assistencial iniciado na segunda metade distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária,
dos anos 70, em atendimento às proposições formuladas pela OMS sem qualquer custo;
na Conferência de Alma-Ata (1978), que preconizava “Saúde para Integralidade: o SUS deve oferecer a atenção necessária à saú-
Todos no Ano 2000”, principalmente por meio da Atenção Primária de da população, promovendo ações contínuas de prevenção e tra-
à Saúde. tamento aos indivíduos e às comunidades, em quaisquer níveis de
Nessa mesma época, começa o Movimento da Reforma Sa- complexidade;
nitária Brasileira, constituído inicialmente por uma parcela da in- Equidade: o SUS deve disponibilizar recursos e serviços com
telectualidade universitária e dos profissionais da área da saúde. justiça, de acordo com as necessidades de cada um, canalizando
Posteriormente, incorporaram-se ao movimento outros segmentos maior atenção aos que mais necessitam;
da sociedade, como centrais sindicais, movimentos populares de Participação social: é um direito e um dever da sociedade par-
saúde e alguns parlamentares. ticipar das gestões públicas em geral e da saúde pública em par-
As proposições desse movimento, iniciado em pleno regime ticular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa
autoritário da ditadura militar, eram dirigidas basicamente à cons- participação, assegurando a gestão comunitária do SUS; e
trução de uma nova política de saúde efetivamente democrática, Descentralização: é o processo de transferência de responsabi-
considerando a descentralização, universalização e unificação como lidades de gestão para os municípios, atendendo às determinações
elementos essenciais para a reforma do setor. constitucionais e legais que embasam o SUS, definidor de atribui-
Várias foram às propostas de implantação de uma rede de ser- ções comuns e competências específicas à União, aos estados, ao
viços voltada para a atenção primária à saúde, com hierarquização, Distrito Federal e aos municípios.
descentralização e universalização, iniciando-se já a partir do Pro-
grama de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS), Principais leis
em 1976. Constituição Federal de 1988: Estabelece que “a saúde é direi-
Em 1980, foi criado o Programa Nacional de Serviços Básicos to de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
de Saúde (PREV-SAÚDE) - que, na realidade, nunca saiu do papel -, e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
logo seguida pelo plano do Conselho Nacional de Administração da agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982 a partir do qual foi imple- para sua promoção, proteção e recuperação”. Determina ao Poder
92
LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
des que não possuem em seus territórios condições de oferecer Níveis de atenção à saúde: O SUS ordena o cuidado com a saú-
serviços de alta e média complexidade; por outro lado, existem de em níveis de atenção, que são de básica, média e alta complexi-
municípios que apresentam serviços de referência, tornando-se dade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento
polos regionais que garantem o atendimento da sua população e das ações e dos serviços do sistema de saúde. Não se deve, porém,
de municípios vizinhos. Em áreas de divisas interestaduais, são fre- desconsiderar algum desses níveis de atenção, porque a atenção à
quentes os intercâmbios de serviços entre cidades próximas, mas saúde deve ser integral.
de estados diferentes. Por isso mesmo, a construção de consensos A atenção básica em saúde constitui o primeiro nível de aten-
e estratégias regionais é uma solução fundamental, que permitirá ção à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de ações que engloba
ao SUS superar as restrições de acesso, ampliando a capacidade de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. De-
atendimento e o processo de descentralização. senvolve-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democrá-
ticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas
O Sistema Hierarquizado e Descentralizado: As ações e servi- a populações de territórios delimitados, pelos quais assumem res-
ços de saúde de menor grau de complexidade são colocadas à dis- ponsabilidade.
posição do usuário em unidades de saúde localizadas próximas de Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade,
seu domicílio. As ações especializadas ou de maior grau de comple- objetivando solucionar os problemas de saúde de maior frequência
xidade são alcançadas por meio de mecanismos de referência, or- e relevância das populações. É o contato preferencial dos usuários
ganizados pelos gestores nas três esferas de governo. Por exemplo: com o sistema de saúde. Deve considerar o sujeito em sua singu-
O usuário é atendido de forma descentralizada, no âmbito do mu- laridade, complexidade, inteireza e inserção sociocultural, além de
nicípio ou bairro em que reside. Na hipótese de precisar ser atendi- buscar a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de do-
do com um problema de saúde mais complexo, ele é referenciado, enças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam compro-
isto é, encaminhado para o atendimento em uma instância do SUS meter suas possibilidades de viver de modo saudável.
mais elevada, especializada. Quando o problema é mais simples, o As Unidades Básicas são prioridades porque, quando as Unida-
cidadão pode ser contrarreferenciado, isto é, conduzido para um des Básicas de Saúde funcionam adequadamente, a comunidade
atendimento em um nível mais primário. consegue resolver com qualidade a maioria dos seus problemas de
saúde. É comum que a primeira preocupação de muitos prefeitos
Plano de saúde fixa diretriz e metas à saúde municipal se volte para a reforma ou mesmo a construção de hospitais. Para o
É responsabilidade do gestor municipal desenvolver o processo SUS, todos os níveis de atenção são igualmente importantes, mas a
de planejamento, programação e avaliação da saúde local, de modo prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária,
a atender as necessidades da população de seu município com efici- porque possibilita melhor organização e funcionamento também
ência e efetividade. O Plano Municipal de Saúde (PMS) deve orien- dos serviços de média e alta complexidade.
tar as ações na área, incluindo o orçamento para a sua execução.
Um instrumento fundamental para nortear a elaboração do PMS é Estando bem estruturada, ela reduzirá as filas nos prontos so-
o Plano Nacional de Saúde. Cabe ao Conselho Municipal de Saúde corros e hospitais, o consumo abusivo de medicamentos e o uso
estabelecer as diretrizes para a formulação do PMS, em função da indiscriminado de equipamentos de alta tecnologia. Isso porque
análise da realidade e dos problemas de saúde locais, assim como os problemas de saúde mais comuns passam a ser resolvidos nas
dos recursos disponíveis. No PMS, devem ser descritos os princi- Unidades Básicas de Saúde, deixando os ambulatórios de especiali-
pais problemas da saúde pública local, suas causas, consequências dades e hospitais cumprirem seus verdadeiros papéis, o que resulta
e pontos críticos. Além disso, devem ser definidos os objetivos e em maior satisfação dos usuários e utilização mais racional dos re-
metas a serem atingidos, as atividades a serem executadas, os cro- cursos existentes.
nogramas, as sistemáticas de acompanhamento e de avaliação dos
resultados. Saúde da Família: é a saúde mais perto do cidadão. É parte
da estratégia de estruturação eleita pelo Ministério da Saúde para
Sistemas de informações ajudam a planejar a saúde: O SUS reorganização da atenção básica no País, com recursos financeiros
opera e/ou disponibiliza um conjunto de sistemas de informações específicos para o seu custeio. Cada equipe é composta por um con-
estratégicas para que os gestores avaliem e fundamentem o pla- junto de profissionais (médico, enfermeiro, auxiliares de enferma-
nejamento e a tomada de decisões, abrangendo: indicadores de gem e agentes comunitários de saúde, podendo agora contar com
saúde; informações de assistência à saúde no SUS (internações profissional de saúde bucal) que se responsabiliza pela situação de
hospitalares, produção ambulatorial, imunização e atenção básica); saúde de determinada área, cuja população deve ser de no mínimo
rede assistencial (hospitalar e ambulatorial); morbidade por local 2.400 e no máximo 4.500 pessoas. Essa população deve ser cadas-
de internação e residência dos atendidos pelo SUS; estatísticas trada e acompanhada, tornando-se responsabilidade das equipes
vitais (mortalidade e nascidos vivos); recursos financeiros, infor- atendê-la, entendendo suas necessidades de saúde como resultado
mações demográficas, epidemiológicas e socioeconômicas. Cami- também das condições sociais, ambientais e econômicas em que
nha-se rumo à integração dos diversos sistemas informatizados de vive. Os profissionais é que devem ir até suas casas, porque o objeti-
base nacional, que podem ser acessados no site do Datasus. Nesse vo principal da Saúde da Família é justamente aproximar as equipes
processo, a implantação do Cartão Nacional de Saúde tem papel das comunidades e estabelecer entre elas vínculos sólidos.
central. Cabe aos prefeitos conhecer e monitorar esse conjunto de
informações essenciais à gestão da saúde do seu município. A saúde municipal precisa ser integral. O município é respon-
sável pela saúde de sua população integralmente, ou seja, deve
garantir que ela tenha acessos à atenção básica e aos serviços espe-
94
LEGISLAÇÃO - SUS
cializados (de média e alta complexidade), mesmo quando localiza- atividades de informação, educação e comunicação de abrangência
dos fora de seu território, controlando, racionalizando e avaliando municipal; participação no financiamento das ações de vigilância
os resultados obtidos. em saúde e capacitação de recursos.
Só assim estará promovendo saúde integral, como determina
a legislação. É preciso que isso fique claro, porque muitas vezes o Desafios públicos, responsabilidades compartilhadas: A legis-
gestor municipal entende que sua responsabilidade acaba na aten- lação brasileira – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e legislação
ção básica em saúde e que as ações e os serviços de maior comple- sanitária, incluindo as Leis n.º 8.080/1990 e 8.142/1990 – estabe-
xidade são responsabilidade do Estado ou da União – o que não é lece prerrogativas, deveres e obrigações a todos os governantes. A
verdade. Constituição Federal define os gastos mínimos em saúde, por es-
A promoção da saúde é uma estratégia por meio da qual os fera de governo, e a legislação sanitária, os critérios para as trans-
desafios colocados para a saúde e as ações sanitárias são pensa- ferências intergovernamentais e alocação de recursos financeiros.
dos em articulação com as demais políticas e práticas sanitárias e Essa vinculação das receitas objetiva preservar condições mínimas
com as políticas e práticas dos outros setores, ampliando as pos- e necessárias ao cumprimento das responsabilidades sanitárias e
sibilidades de comunicação e intervenção entre os atores sociais garantir transparência na utilização dos recursos disponíveis. A res-
envolvidos (sujeitos, instituições e movimentos sociais). A promo- ponsabilização fiscal e sanitária de cada gestor e servidor público
ção da saúde deve considerar as diferenças culturais e regionais, deve ser compartilhada por todos os entes e esferas governamen-
entendendo os sujeitos e as comunidades na singularidade de suas tais, resguardando suas características, atribuições e competências.
histórias, necessidades, desejos, formas de pertencer e se relacio- O desafio primordial dos governos, sobretudo na esfera municipal,
nar com o espaço em que vivem. Significa comprometer-se com os é avançar na transformação dos preceitos constitucionais e legais
sujeitos e as coletividades para que possuam, cada vez mais, auto- que constituem o SUS em serviços e ações que assegurem o direi-
nomia e capacidade para manejar os limites e riscos impostos pela to à saúde, como uma conquista que se realiza cotidianamente em
doença, pela constituição genética e por seu contexto social, polí- cada estabelecimento, equipe e prática sanitária. É preciso inovar
tico, econômico e cultural. A promoção da saúde coloca, ainda, o e buscar, coletiva e criativamente, soluções novas para os velhos
desafio da intersetorialidade, com a convocação de outros setores problemas do nosso sistema de saúde. A construção de espaços de
sociais e governamentais para que considerem parâmetros sanitá- gestão que permitam a discussão e a crítica, em ambiente demo-
rios, ao construir suas políticas públicas específicas, possibilitando a crático e plural, é condição essencial para que o SUS seja, cada vez
realização de ações conjuntas. mais, um projeto que defenda e promova a vida.
Muitos municípios operam suas ações e serviços de saúde em
Vigilância em saúde: expande seus objetivos. Em um país com condições desfavoráveis, dispondo de recursos financeiros e equi-
as dimensões do Brasil, com realidades regionais bastante diver- pes insuficientes para atender às demandas dos usuários, seja em
sificadas, a vigilância em saúde é um grande desafio. Apesar dos volume, seja em complexidade – resultado de uma conjuntura so-
avanços obtidos, como a erradicação da poliomielite, desde 1989, cial de extrema desigualdade. Nessas situações, a gestão pública
e com a interrupção da transmissão de sarampo, desde 2000, con- em saúde deve adotar condução técnica e administrativa compa-
vivemos com doenças transmissíveis que persistem ou apresentam tível com os recursos existentes e criativa em sua utilização. Deve
incremento na incidência, como a AIDS, as hepatites virais, as me- estabelecer critérios para a priorização dos gastos, orientados por
ningites, a malária na região amazônica, a dengue, a tuberculose análises sistemáticas das necessidades em saúde, verificadas junto
e a hanseníase. Observamos, ainda, aumento da mortalidade por à população. É um desafio que exige vontade política, propostas
causas externas, como acidentes de trânsito, conflitos, homicídios e inventivas e capacidade de governo.
suicídios, atingindo, principalmente, jovens e população em idade
produtiva. Nesse contexto, o Ministério da Saúde com o objetivo de A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios compar-
integração, fortalecimento da capacidade de gestão e redução da tilham as responsabilidades de promover a articulação e a interação
morbimortalidade, bem como dos fatores de risco associados à saú- dentro do Sistema Único de Saúde – SUS, assegurando o acesso uni-
de, expande o objeto da vigilância em saúde pública, abrangendo as versal e igualitário às ações e serviços de saúde.
áreas de vigilância das doenças transmissíveis, agravos e doenças O SUS é um sistema de saúde, regionalizado e hierarquizado,
não transmissíveis e seus fatores de riscos; a vigilância ambiental que integra o conjunto das ações de saúde da União, Estados, Distri-
em saúde e a análise de situação de saúde. to Federal e Municípios, onde cada parte cumpre funções e compe-
tências específicas, porém articuladas entre si, o que caracteriza os
Competências municipais na vigilância em saúde níveis de gestão do SUS nas três esferas governamentais.
Compete aos gestores municipais, entre outras atribuições, as Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela
atividades de notificação e busca ativa de doenças compulsórias, Lei nº 8.080/90, conhecida como a Lei Orgânica da Saúde, e pela Lei
surtos e agravos inusitados; investigação de casos notificados em nº 8.142/90, que trata da participação da comunidade na gestão
seu território; busca ativa de declaração de óbitos e de nascidos vi- do Sistema e das transferências intergovernamentais de recursos
vos; garantia a exames laboratoriais para o diagnóstico de doenças financeiros, o SUS tem normas e regulamentos que disciplinam as
de notificação compulsória; monitoramento da qualidade da água políticas e ações em cada Subsistema.
para o consumo humano; coordenação e execução das ações de A Sociedade, nos termos da Legislação, participa do planeja-
vacinação de rotina e especiais (campanhas e vacinações de blo- mento e controle da execução das ações e serviços de saúde. Essa
queio); vigilância epidemiológica; monitoramento da mortalidade participação se dá por intermédio dos Conselhos de Saúde, presen-
infantil e materna; execução das ações básicas de vigilância sanitá- tes na União, nos Estados e Municípios.
ria; gestão e/ou gerência dos sistemas de informação epidemioló-
gica, no âmbito municipal; coordenação, execução e divulgação das
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LEGISLAÇÃO - SUS
Níveis de Gestão do SUS Em 1990, foi editada a Lei n. 8.080/90 que, em seus arts. 5º e
Esfera Federal - Gestor: Ministério da Saúde - Formulação de 6º, cuidou dos objetivos e das atribuições do SUS, tentando melhor
políticas nacionais de saúde, planejamento, normalização, avaliação explicitar o art. 200 da CF (ainda que, em alguns casos, tenha repe-
e controle do SUS em nível nacional. Financiamento das ações e tido os incisos daquele artigo, tão somente).
serviços de saúde por meio da aplicação/distribuição de recursos São objetivos do SUS:
públicos arrecadados. a) a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de-
Esfera Estadual - Gestor: Secretaria Estadual de Saúde terminantes da saúde;
- Formulação da política estadual de saúde, coordenação e b) a formulação de políticas de saúde destinadas a promover,
planejamento do SUS em nível Estadual. Financiamento das ações nos campos econômico e social, a redução de riscos de doenças e
e serviços de saúde por meio da aplicação/distribuição de recursos outros agravos; e
públicos arrecadados. c) execução de ações de promoção, proteção e recuperação
Esfera Municipal - Gestor: Secretaria Municipal de Saúde da saúde, integrando as ações assistenciais com as preventivas, de
- Formulação da política municipal de saúde e a provisão das modo a garantir às pessoas a assistência integral à sua saúde.
ações e serviços de saúde, financiados com recursos próprios ou
transferidos pelo gestor federal e/ou estadual do SUS. O art. 6º, estabelece como competência do Sistema a execução
de ações e serviços de saúde descritos em seus 11 incisos.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE O SUS deve atuar em campo demarcado pela lei, em razão do
Pela dicção dos arts. 196 e 198 da CF, podemos afirmar que disposto no art. 200 da CF e porque o enunciado constitucional de
somente da segunda parte do art. 196 se ocupa o Sistema Único de que saúde é direito de todos e dever do Estado, não tem o condão
Saúde, de forma mais concreta e direta, sob pena de a saúde, como de abranger as condicionantes econômico-sociais da saúde, tam-
setor, como uma área da Administração Pública, se ver obrigada a pouco compreender, de forma ampla e irrestrita, todas as possíveis
cuidar de tudo aquilo que possa ser considerado como fatores que e imagináveis ações e serviços de saúde, até mesmo porque haverá
condicionam e interferem com a saúde individual e coletiva. Isso sempre um limite orçamentário e um ilimitado avanço tecnológico
seria um arrematado absurdo e deveríamos ter um super Ministério a criar necessidades infindáveis e até mesmo questionáveis sob o
e super Secretarias da Saúde responsáveis por toda política social e ponto de vista ético, clínico, familiar, terapêutico, psicológico.
econômica protetivas da saúde. Será a lei que deverá impor as proporções, sem, contudo, é ob-
Se a Constituição tratou a saúde sob grande amplitude, isso vio, cercear o direito à promoção, proteção e recuperação da saú-
não significa dizer que tudo o que está ali inserido corresponde a de. E aqui o elemento delimitador da lei deverá ser o da dignidade
área de atuação do Sistema Único de Saúde. humana.
Repassando, brevemente, aquela seção do capítulo da Seguri- Lembramos, por oportuno que, o Projeto de Lei Complementar
dade Social, temos que: -- o art. 196, de maneira ampla, cuida do n. 01/2003 -- que se encontra no Congresso Nacional para regu-
direito à saúde; -- o art. 197 trata da relevância pública das ações e lamentar os critérios de rateio de transferências dos recursos da
serviços de saúde, públicos e privados, conferindo ao Estado o direi- União para Estados e Municípios – busca disciplinar, de forma mais
to e o dever de regulamentar, fiscalizar e controlar o setor (público clara e definitiva, o que são ações e serviços de saúde e estabelecer
e privado); -- o art. 198 dispõe sobre as ações e os serviços públicos o que pode e o que não pode ser financiado com recursos dos fun-
de saúde que devem ser garantidos a todos cidadãos para a sua dos de saúde. Esses parâmetros também servirão para circunscre-
promoção, proteção e recuperação, ou seja, dispõe sobre o Sistema ver o que deve ser colocado à disposição da população, no âmbito
Único de Saúde; -- o art. 199, trata da liberdade da iniciativa priva- do SUS, ainda que o art. 200 da CF e o art. 6º da LOS tenham defini-
da, suas restrições (não pode explorar o sangue, por ser bem fora do o campo de atuação do SUS, fazendo pressupor o que são ações
do comércio; deve submeter-se à lei quanto à remoção de órgãos e serviços públicos de saúde, conforme dissemos acima. (O Conse-
e tecidos e partes do corpo humano; não pode contar com a parti- lho Nacional de Saúde e o Ministério da Saúde também disciplina-
cipação do capital estrangeiro na saúde privada; não pode receber ram o que são ações e serviços de saúde em resoluções e portarias).
auxílios e subvenções, se for entidade de fins econômicos etc.) e a
possibilidade de o setor participar, complementarmente, do setor O QUE FINANCIAR COM OS RECURSOS DA SAÚDE?
público; -- e o art. 200, das atribuições dos órgãos e entidades que De plano, excetuam-se da área da saúde, para efeito de finan-
compõem o sistema público de saúde. O SUS é mencionado somen- ciamento, (ainda que absolutamente relevantes como indicadores
te nos arts. 198 e 200. epidemiológicos da saúde) as condicionantes econômico-sociais.
A leitura do art. 198 deve sempre ser feita em consonância com Os órgãos e entidades do SUS devem conhecer e informar à socie-
a segunda parte do art. 196 e com o art. 200. O art. 198 estatui que dade e ao governo os fatos que interferem na saúde da população
todas as ações e serviços públicos de saúde constituem um único com vistas à adoção de políticas públicas, sem, contudo, estarem
sistema. Aqui temos o SUS. E esse sistema tem como atribuição ga- obrigados a utilizar recursos do fundo de saúde para intervir nessas
rantir ao cidadão o acesso às ações e serviços públicos de saúde causas.
(segunda parte do art. 196), conforme campo demarcado pelo art. Quem tem o dever de adotar políticas sociais e econômicas que
200 e leis específicas. visem evitar o risco da doença é o Governo como um todo (políticas
O art. 200 define em que campo deve o SUS atuar. As atribui- de governo), e não a saúde, como setor (políticas setoriais). A ela,
ções ali relacionadas não são taxativas ou exaustivas. Outras pode- saúde, compete atuar nos campos demarcados pelos art. 200 da CF
rão existir, na forma da lei. E as atribuições ali elencadas dependem, e art. 6º da Lei n. 8.080/90 e em outras leis específicas.
também, de lei para a sua exequibilidade. Como exemplo, podemos citar os servidores da saúde que de-
vem ser pagos com recursos da saúde, mas o seu inativo, não; não
porque os inativos devem ser pagos com recursos da Previdência
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LEGISLAÇÃO - SUS
Social. Idem quanto as ações da assistência social, como bolsa-a- f) ação preventiva em geral, vigilância e controle sanitário de
limentação, bolsa-família, vale-gás, renda mínima, fome zero, que fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos;
devem ser financiadas com recursos da assistência social, setor ao g) vigilância em saúde, especialmente quanto às drogas, medi-
qual incumbe promover e prover as necessidades das pessoas ca- camentos e alimentos;
rentes visando diminuir as desigualdades sociais e suprir suas ca- h) pesquisa científica e tecnológica na área da saúde.
rências básicas imediatas. Isso tudo interfere com a saúde, mas não
pode ser administrada nem financiada pelo setor saúde. Ao Ministério da Saúde compete a vigilância sobre alimentos
O saneamento básico é outro bom exemplo. A Lei n. 8.080/90, (registro, fiscalização, controle de qualidade) e não a prestação de
em seu art. 6º, II, dispõe que o SUS deve participar na formulação serviços que visem fornecer alimentos às pessoas de baixa renda.
da política e na execução de ações de saneamento básico. Por sua O fornecimento de cesta básica, merenda escolar, alimentação
vez, o §3º do art. 32, reza que as ações de saneamento básico que a crianças em idade escolar, idosos, trabalhadores rurais temporá-
venham a ser executadas supletivamente pelo SUS serão financia- rios, portadores de moléstias graves, conforme previsto na Lei do
das por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Estado do Rio de Janeiro, são situações de carência que necessitam
DF e Municípios e não com os recursos dos fundos de saúde. de apoio do Poder Público, sem sombra de dúvida, mas no âmbito
Nesse ponto gostaríamos de abrir um parêntese para comentar da assistência social ou de outro setor da Administração Pública e
o Parecer do Sr. Procurador Geral da República, na ADIn n. 3087- com recursos que não os do fundo de saúde. Não podemos mais
6/600-RJ, aqui mencionado. confundir assistência social com saúde. A alimentação interessa à
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, pela Lei n. 4.179/03, saúde, mas não está em seu âmbito de atuação.
instituiu o Programa Estadual de Acesso à Alimentação – PEAA, Tanto isso é fato que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 12, estabe-
determinando que suas atividades correrão à conta do orçamento leceu que “serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacio-
do Fundo Estadual da Saúde, vinculado à Secretaria de Estado da nal, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos
Saúde. O PSDB, entendendo ser a lei inconstitucional por utilizar Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas
recursos da saúde para uma ação que não é de responsabilidade da sociedade civil”, dispondo seu parágrafo único que “as comissões
da área da saúde, moveu ação direta de inconstitucionalidade, com intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas
pedido de cautelar. de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não com-
O Sr. Procurador da República (Parecer n. 5147/CF), opinou preendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde”. Já o seu art. 13,
pela improcedência da ação por entender que o acesso à alimenta- destaca, algumas dessas atividades, mencionando em seu inciso I a
ção é indissociável do acesso à saúde, assim como os medicamen- “alimentação e nutrição”.
tos o são e que as pessoas de baixa renda devem ter atendidas a O parâmetro para o financiamento da saúde deve ser as atri-
necessidade básica de alimentar-se. buições que foram dadas ao SUS pela Constituição e por leis espe-
Infelizmente, mais uma vez confundiu-se “saúde” com “assis- cíficas e não a 1º parte do art. 196 da CF, uma vez que os fatores
tência social”, áreas da Seguridade Social, mas distintas entre si. que condicionam a saúde são os mais variados e estão inseridos
A alimentação é um fator que condiciona a saúde tanto quanto o nas mais diversas áreas da Administração Pública, não podendo ser
saneamento básico, o meio ambiente degradado, a falta de renda considerados como competência dos órgãos e entidades que com-
e lazer, a falta de moradia, dentre tantos outros fatores condicio- põe o Sistema Único de Saúde.
nantes e determinantes, tal qual mencionado no art. 3º da Lei n.
8.080/90. DA INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA
A Lei n. 8.080/90 ao dispor sobre o campo de atuação do SUS Vencida esta etapa, adentramos em outra, no interior do setor
incluiu a vigilância nutricional e a orientação alimentar, atividades saúde - SUS, que trata da integralidade da assistência à saúde. O
complexas que não tem a ver com o fornecimento, puro e simples, art. 198 da CF determina que o Sistema Único de Saúde deve ser
de bolsa-alimentação, vale-alimentação ou qualquer outra forma organizado de acordo com três diretrizes, dentre elas, o atendimen-
de garantia de mínimos existenciais e sociais, de atribuição da assis- to integral que pressupõe a junção das atividades preventivas, que
tência social ou de outras áreas da Administração Pública voltadas devem ser priorizadas, com as atividades assistenciais, que também
para corrigir as desigualdades sociais. A vigilância nutricional deve não podem ser prejudicadas.
ser realizada pelo SUS em articulação com outros órgãos e setores A Lei n. 8.080/90, em seu art. 7º (que dispõe sobre os princípios
governamentais em razão de sua interface com a saúde. São ativi- e diretrizes do SUS), define a integralidade da assistência como “o
dades que interessam a saúde, mas as quais, a saúde como setor, conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
não as executa. Por isso a necessidade das comissões intersetoriais curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
previstas na Lei n. 8.080/90. os níveis de complexidade do sistema”.
A própria Lei n. 10.683/2003, que organiza a Presidência da Re-
pública, estatuiu em seu art. 27, XX ser atribuição do Ministério da A integralidade da assistência exige que os serviços de saúde
Saúde: sejam organizados de forma a garantir ao indivíduo e à coletividade
a) política nacional de saúde; a proteção, a promoção e a recuperação da saúde, de acordo com
b) coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde; as necessidades de cada um em todos os níveis de complexidade
c) saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recupe- do sistema.
ração da saúde individual e coletiva, inclusive a dos trabalhadores Vê-se, pois, que a assistência integral não se esgota nem se
e dos índios; completa num único nível de complexidade técnica do sistema,
d) informações em saúde; necessitando, em grande parte, da combinação ou conjugação de
e) insumos críticos para a saúde; serviços diferenciados, que nem sempre estão à disposição do cida-
dão no seu município de origem. Por isso a lei sabiamente definiu
97
LEGISLAÇÃO - SUS
a integralidade da assistência como a satisfação de necessidades apenas pela omissão ou má execução dos serviços que estão sob
individuais e coletivas que devem ser realizadas nos mais diversos seu encargo no seu plano de saúde que, por sua vez, deve guardar
patamares de complexidade dos serviços de saúde, articulados pe- consonância com os pactos da regionalização, consubstanciados
los entes federativos, responsáveis pela saúde da população. em instrumentos jurídicos competentes .
Nesse ponto, temos ainda a considerar que, dentre as atribui-
A integralidade da assistência é interdependente; ela não se ções do SUS, uma das mais importantes -- objeto de reclamações e
completa nos serviços de saúde de um só ente da federação. Ela ações judiciais -- é a assistência terapêutica integral. Por sua indivi-
só finaliza, muitas vezes, depois de o cidadão percorrer o caminho dualização, imediatismo, apelo emocional e ético, urgência e emer-
traçado pela rede de serviços de saúde, em razão da complexidade gência, a assistência terapêutica destaca-se dentre todas as demais
da assistência atividades da saúde como a de maior reivindicação individual. Fale-
E para a delimitação das responsabilidades de cada ente da fe- mos dela no tópico seguinte.
deração quanto ao seu comprometimento com a integralidade da
assistência, foram criados instrumentos de gestão, como o plano de
saúde e as formas de gestão dos serviços de saúde. CONTROLE SOCIAL NO SUS
Desse modo, devemos centrar nossas atenções no plano de
saúde, por ser ele a base de todas as atividades e programações da Participação e Controle Social no SUS
saúde, em cada nível de governo do Sistema Único de Saúde, o qual Os movimentos sociais ocorridos durante a década de 80 na
deverá ser elaborado de acordo com diretrizes legais estabelecidas
busca por um Estado democrático aos serviços de saúde impulsio-
na Lei n. 8.080/90: epidemiologia e organização de serviços (arts. 7º
naram a modificação do modelo vigente de controle social da época
VII e 37). O plano de saúde deve ser a referência para a demarcação
que culminou com a criação do SUS a partir da Constituição Fede-
de responsabilidades técnicas, administrativas e jurídicas dos entes
rativa de 1988.
políticos.
O objetivo deste texto é realizar uma análise deste modelo de
Sem planos de saúde -- elaborados de acordo com as diretri-
participação popular e controle social no SUS, bem como favorecer
zes legais, associadas àquelas estabelecidas nas comissões intergo-
reflexões aos atores envolvidos neste cenário, através de uma pes-
vernamentais trilaterais, principalmente no que se refere à divisão
quisa narrativa baseada em publicações relevantes produzidas no
de responsabilidades -- o sistema ficará ao sabor de ideologias e
Brasil nos últimos 11 anos.
decisões unilaterais das autoridades dirigentes da saúde, quando
a regra que perpassa todo o sistema é a da cooperação e da conju-
É insuficiente o controle social estar apenas na lei, é preciso
gação de recursos financeiros, tecnológicos, materiais, humanos da
que este aconteça na prática. Entretanto, a sociedade civil, ainda
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em redes
não ocupa de forma efetiva esses espaços de participação.
regionalizadas de serviços, nos termos dos incisos IX, b e XI do art.
O processo de criação do SUS teve início a partir das defini-
7º e art. 8º da Lei n. 8.080/90.
ções legais estabelecidas pela nova Constituição Federal do Brasil
Por isso, o plano de saúde deve ser o instrumento de fixação
de 1988, sendo consolidado e regulamentado com as Leis Orgânicas
de responsabilidades técnicas, administrativas e jurídicas quanto
da Saúde (LOA), n° 8080/90 e n° 8.142/90, sendo estabelecidas nes-
à integralidade da assistência, uma vez que ela não se esgota, na
tas as diretrizes e normas que direcionam o novo sistema de saúde,
maioria das vezes, na instância de governo-sede do cidadão. Ressal-
bem como aspectos relacionados a sua organização e funcionamen-
te-se, ainda, que o plano de saúde é a expressão viva dos interesses
to, critérios de repasses para os estados e municípios além de disci-
da população, uma vez que, elaborado pelos órgãos competentes
plinar o controle social no SUS em conformidade com as represen-
governamentais, deve ser submetido ao conselho de saúde, repre-
tações dos critérios estaduais e municipais de saúde (FINKELMAN,
sentante da comunidade no SUS, a quem compete, discutir, aprovar
2002; FARIA, 2003; SOUZA, 2003).
e acompanhar a sua execução, em todos os seus aspectos.
O SUS nos trouxe a ampliação da assistência à saúde para a
Lembramos, ainda, que o planejamento sendo ascendente,
coletividade, possibilitando, com isso, um novo olhar às ações, ser-
iniciando-se da base local até a federal, reforça o sentido de que
viços e práticas assistenciais. Sendo estas norteadas pelos princí-
a integralidade da assistência só se completa com o conjunto arti-
pios e diretrizes: Universalidade de acesso aos serviços de saúde;
culado de serviços, de responsabilidade dos diversos entes gover-
Integralidade da assistência; Equidade; Descentralização Político-
namentais.
-administrativa; Participação da comunidade; regionalização e hie-
Resumindo, podemos afirmar que, nos termos do art. 198, II,
rarquização (REIS, 2003). A participação popular e o controle social
da CF, c/c os arts. 7º, II e VII, 36 e 37, da Lei n. 8.080/90, a integra-
em saúde, dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS),
lidade da assistência não é um direito a ser satisfeito de maneira
destacam-se como de grande relevância social e política, pois se
aleatória, conforme exigências individuais do cidadão ou de acordo
constituem na garantia de que a população participará do processo
com a vontade do dirigente da saúde, mas sim o resultado do plano
de formulação e controle das políticas públicas de saúde.
de saúde que, por sua vez, deve ser a consequência de um planeja-
No Brasil, o controle social se refere à participação da comu-
mento que leve em conta a epidemiologia e a organização de ser-
nidade no processo decisório sobre políticas públicas e ao contro-
viços e conjugue as necessidades da saúde com as disponibilidades
le sobre a ação do Estado (ARANTES et al., 2007). Nesse contex-
de recursos , além da necessária observação do que ficou decidido
to, enfatiza-se a institucionalização de espaços de participação da
nas comissões intergovernamentais trilaterais ou bilaterais, que
comunidade no cotidiano do serviço de saúde, através da garantia
não contrariem a lei.
da participação no planejamento do enfrentamento dos problemas
Na realidade, cada ente político deve ser eticamente respon-
priorizados, execução e avaliação das ações, processo no qual a par-
sável pela saúde integral da pessoa que está sob atenção em seus
ticipação popular deve ser garantida e incentivada (BRASIL, 2006).
serviços, cabendo-lhe responder civil, penal e administrativamente
98
LEGISLAÇÃO - SUS
Sendo o SUS a primeira política pública no Brasil a adotar cons- A participação popular na gestão da saúde é prevista pela Cons-
titucionalmente a participação popular como um de seus princí- tituição Federal de 1998, em seu artigo 198, que trata das diretrizes
pios, esta não somente reitera o exercício do controle social sob as do SUS: descentralização, integralidade e a participação da comuni-
práticas de saúde, mas também evidencia a possibilidade de seu dade. Essas diretrizes orientam a organização e o funcionamento do
exercício através de outros espaços institucionalizados em seu arca- sistema, com o intuito de torná-lo mais adequado a atender às ne-
bouço jurídico, além dos reconhecidos pela Lei Orgânica de saúde cessidades da população brasileira (BRASIL, 2006; WENDHAUSEN;
de n° 8.142/90, os conselhos e as conferências de saúde. Destaca, BARBOSA; BORBA, 2006; OLIVEIRA, 2003).
ainda, as audiências públicas e outros mecanismos de audiência da A discussão com ênfase dada ao controle social na nova Cons-
sociedade, de usuários e de trabalhadores sociais (CONASS, 2003; tituição se expressa em novas diretrizes para a efetivação deste por
BARBOSA, 2009; COSSETIN, 2010). meio de instrumentos normativos e da criação legal de espaços ins-
Ademais, a Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080/1990 estabelece titucionais que garantem a participação da sociedade civil organiza-
em seu art. 12 a criação de comissões intersetoriais subordinadas da na fiscalização direta do executivo nas três esferas de governo.
ao Conselho Nacional de Saúde, com o objetivo de articular as Na atualidade, muitas expressões são utilizadas corriqueiramente
políticas públicas relevantes para a saúde. Entretanto, é a Lei n.° para caracterizar a participação popular na gestão pública de saú-
8.142/1990 que dispõe sobre a participação social no SUS, definin- de, a que consta em nossa Carta Magna e o termo ‘participação da
do que a participação popular estará incluída em todas as esferas comunidade na saúde’. Porém, iremos utilizar aqui o termo mais
de gestão do SUS. Legitimando assim os interesses da população no comum em nosso meio: ‘controle social’. Sendo o controle social
exercício do controle social (BRASIL, 2009). uma importante ferramenta de democratização das organizações,
Essa perspectiva é considerada uma das formas mais avança- busca-se adotar uma série de práticas que efetivem a participação
das de democracia, pois determina uma nova relação entre o Es- da sociedade na gestão (GUIZARDI et al ., 2004).
tado e a sociedade, de maneira que as decisões sobre as ações na
saúde deverão ser negociadas com os representantes da sociedade, Embora o termo controle social seja o mais utilizado, consi-
uma vez que eles conhecem a realidade da saúde das comunidades. deramos que se trata de um reducionismo, uma vez que este não
Amiúde, as condições necessárias para que se promova a de- traduz a amplitude do direito assegurado pela nova Constituição
mocratização da gestão pública em saúde se debruça com a discus- Federal de 1988, que permite não só o controle e a fiscalização
são em torno do controle social em saúde. permanente da aplicação de recursos públicos. Este também se
O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise do manifesta através da ação, onde cidadãos e políticos têm um papel
modelo vigente de participação popular e controle social no SUS e social a desempenhar através da execução de suas funções, ou ain-
ainda elucidar questões que permitirão entender melhor a partici- da através da proposição, onde cidadãos participam da formulação
pação e o controle social, bem como favorecer algumas reflexões a de políticas, intervindo em decisões e orientando a Administração
todos os atores envolvidos no cenário do SUS. Pública quanto às melhores medidas a serem adotadas com objeti-
vo de atender aos legítimos interesses públicos (NOGUEIRA, 2004;
Participação e Controle Social BRASIL, 2011b; MENEZES, 2010).
Após um longo período no qual a população viveu sob um es-
tado ditatorial, com a centralização das decisões, o tecnicismo e Fonte: http://cebes.org.br/2013/05/participacao-popular-e-o-controle-
o autoritarismo, durante a década de 1980 ocorreu uma abertura -social-como-diretriz-do-sus-uma-revisao-narrativa/
democrática que reconhece a necessidade de revisão do modelo
de saúde vigente na época, com propostas discutidas em ampliar a Estratégias operacionais e metodológicas para o controle so-
participação popular nas decisões e descentralizar a gestão pública cial
em saúde, com vistas a aproximar as decisões do Estado ao cotidia- Recomenda-se que o processo de educação permanente para
no dos cidadãos brasileiros (DALLARI, 2000; SCHNEIDER et al., 2009; o controle social no SUS ocorra de forma descentralizada, respei-
VANDERLEI; ALMEIDA, 2007). tando as especifi cidades e condições locais a fim de que possa ter
Nessa perspectiva, a dimensão histórica adquire relevância es- maior efetividade.
sencial para a compreensão do controle social, o que pode provocar Considerando que os membros do Conselho de Saúde reno-
reações contraditórias. De fato, o controle social foi historicamente vam-se periodicamente e outros sujeitos sociais alternam-se em
exercido pelo Estado sobre a sociedade durante muitos anos, na suas representações, e o fato de estarem sempre surgindo novas
época da ditadura militar. demandas oriundas das mudanças conjunturais, torna-se necessá-
É oportuno destacar que a ênfase ao controle social que aqui rio que o processo de educação permanente para o controle social
será dada refere-se às ações que os cidadãos exercem para moni- esteja em constante construção e atualização.
torar, fiscalizar, avaliar, interferir na gestão estatal e não o inverso. A operacionalização do processo de educação permanente
Pois, como vimos, também denominam-se controle social as ações para o controle social no SUS deve considerar a seleção, preparação
do Estado para controlar a sociedade, que se dá por meio da legisla- do material e a identifi cação de sujeitos sociais que tenham condi-
ção, do aparato institucional ou mesmo por meio da força. ções de transmitir informações e possam atuar como facilitadores
A organização e mobilização popular realizada na década de 80, e incentivadores das discussões sobre os temas a serem tratados.
do século XX, em prol de um Estado democrático e garantidor do Para isso é importante:
acesso universal aos direitos a saúde, coloca em evidência a possibi- • identificar as parcerias a serem envolvidas, como: universida-
lidade de inversão do controle social. Surge, então, a perspectiva de des, núcleos de saúde, escolas de saúde pública, técnicos e especia-
um controle da sociedade civil sobre o Estado, sendo incorporada listas autônomos ou ligados a instituições, entidades dos segmentos
pela nova Constituição Federal de 1988 juntamente com a criação sociais representados nos Conselhos, Organização Pan-Americana
do SUS (CONASS, 2003). da Saúde (Opas), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-
99
LEGISLAÇÃO - SUS
cef), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e • Leis Federais: 8.080/90 (BRASIL, 1990a), 8.142/90 (BRASIL,
a Cultura (Unesco), Instituto Brasileiro de Administração Municipal 1990b), 8.689/93 (BRASIL, 1993), 9.656/98 (BRASIL, 1998) e respec-
(Ibam), Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva tivas Medidas Provisórias;
(Abrasco) e outras organizações da sociedade que atuem na área • Relatórios das Conferências Nacionais de Saúde;
de saúde. Na identifi cação e articulações das parcerias, deve fi car • Normas Operacionais do SUS;
clara a atribuição dos conselhos, conselheiros e parceiros; • Princípios e Diretrizes para a Gestão do Trabalho (NOB/ RH
• realizar as atividades de educação permanente para os con- – SUS), 2005 (BRASIL, 2005), Diretrizes e Competências da Comis-
selheiros e os demais sujeitos sociais de acordo com a realidade são Intergestora Tripartite (CIT), Comissões Intergestoras Bipartites
local, garantindo uma carga horária que possibilite a participação e (CIBs) e das Condições de Gestão dos Estados e Municípios;
a ampla discussão dos temas, democratização das informações e a • Constituição do Estado e Leis Orgânicas do Estado, do Distrito
utilização de técnicas pedagógicas para o controle social que facili- Federal e Município;
tem a construção dos conteúdos teóricos e, também, a interação do • Seleção de Deliberações do Conselho Estadual de Saúde
grupo. Sugere-se que as atividades de educação permanente para (CES), Conselho Municipal de Saúde (CMS) e pactuações das Comis-
o controle social no SUS sejam enfocadas em dois níveis: um geral, sões Intergestoras Tripartite e Bipartite;
garantindo a representação de todos os segmentos, e outro específi • Resoluções e deliberações do Conselho de Saúde relaciona-
co, que poderá ser estruturado e oferecido de acordo com o inte- das à Gestão em Saúde: Plano de Saúde, Financiamento, Normas,
resse ou a necessidade dos segmentos que compõem os Conselhos Direção e Execução, Planejamento – que compreende programa-
de Saúde e os demais órgãos da sociedade. ção, orçamento, acompanhamento e avaliação;
• Resolução do Conselho Nacional de Saúde n.º 333/2003
Para promover o alcance dos objetivos do processo de edu- (BRASIL, 2003c), Resolução n.º 322/2003 (BRASIL, 2003b), Resolu-
cação permanente para o controle social no SUS, recomenda-se a ção n.º 196/96 (BRASIL, 1996) e outras correspondentes com mes-
utilização de metodologias que busquem a construção coletiva de mo mérito, e deliberações no campo do controle social – formula-
conhecimentos, baseada na experiência do grupo, levando-se em ção de estratégias e controle da execução pelos Conselhos de Saúde
consideração o conhecimento como prática concreta e real dos su- e pela sociedade.
jeitos a partir de suas vivências e histórias. Metodologias essas que
ultrapassem as velhas formas autoritárias de lidar com a aprendiza- A definição dos conteúdos básicos de educação permanente
gem e muitas vezes utilizadas como, por exemplo, a da comunica- para o controle social no SUS deve ser objeto de deliberação pelos
ção unilateral, que transforma o indivíduo num mero receptor de plenários dos Conselhos de Saúde nas suas respectivas esferas go-
teorias e conteúdos. vernamentais.
Recomenda-se, também, a utilização de dinâmicas que propi- Recomenda-se que, para esse processo, seja prevista a criação
ciem um ambiente de troca de experiências, de refl exões pertinen- de instrumentos de acompanhamento e avaliação dos resultados
tes à atuação dos Conselheiros de Saúde e dos sujeitos sociais e de das atividades
técnicas que favoreçam a sua participação e integração, como, por
exemplo, reuniões de grupo, plenárias, estudos dirigidos, seminá- Responsabilidades
rios, ofi cinas, todos envolvendo debates.
A 12.ª Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2005) Esferas governamentais
recomendou a realização de ações para educação permanente e Compete ao Estado, nas três esferas do governo:
propôs que as atividades do Conselheiro de Saúde fossem consi- a) Oferecer todas as condições necessárias para que o processo
deradas de relevância pública. Essa proposição foi contemplada na de educação permanente para o controle social ocorra, garantindo
Resolução n.º 333/2003 (BRASIL, 2003c), aprovada pelo Conselho o pleno funcionamento dos Conselhos de Saúde e a realização das
Nacional de Saúde, que garante ao Conselheiro de Saúde a dis- ações para a educação permanente e controle social dos demais
pensa, sem prejuízo, do seu trabalho, para participar das reuniões, sujeitos sociais.
eventos, capacitações e ações específi cas do Conselho de Saúde. b) Promover o apoio à produção de materiais didáticos desti-
Assim, o processo proposto, especialmente, no que diz respei- nados às atividades de educação permanente para o controle social
to aos Conselhos de Saúde deve dar conta da intensa renovação de no SUS, ao desenvolvimento e utilização de métodos, técnicas e fo-
Conselheiros de Saúde, que ocorre em razão do final dos manda- mento à pesquisa que contribuam para esse processo.
tos, ou por decisão da instituição ou entidade de substituir o seu
representante. Isto requer, no mínimo, a oferta de material básico Ministério da Saúde
informativo, uma capacitação inicial promovida pelo Conselho de a) Incentivar e apoiar, inclusive nos aspectos fi nanceiros e téc-
Saúde e a garantia de mecanismos que disponibilizem informações nicos, as instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal para
aos novos Conselheiros. o processo de elaboração e execução da política de educação per-
manente para o controle social no SUS;
Sugestões de material de apoio: b) Manter disponível e atualizado o acervo de referências sobre
• Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU); saúde e oferecer material informativo básico e audiovisual que pro-
• Declaração dos Direitos da Criança e Adolescente (Unicef); picie a veiculação de temas de interesse geral em saúde, tais como:
• Declaração de Otawa, Declaração de Bogotá e outras; legislação, orçamento, direitos em saúde, modelo assistencial, mo-
• Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 2003) – Capítulo da delo de gestão e outros.
Ordem Social;
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l)trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva
conselhos de profissões regulamentadas, federações e sindicatos, coordenada por pessoa preparada para a função, para o suporte
obedecendo as instâncias federativas; técnico e administrativo, subordinada ao Plenário do Conselho de
m)comunidade científica; Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão;
n)entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento; IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a
o)entidades patronais; cada mês e, extraordinariamente, quando necessário, e terá como
p)entidades dos prestadores de serviço de saúde; e base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às reu-
q)governo. niões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência
IV - As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conse- mínima de 10 (dez) dias;
lho de Saúde terão os conselheiros indicados, por escrito, conforme V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas
processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e ao público e deverão acontecer em espaços e horários que possibi-
instituições e de acordo com a sua organização, com a recomenda- litem a participação da sociedade;
ção de que ocorra renovação de seus representantes. VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o
V - Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de repre- funcionamento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais,
sentações de usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao estabelecidas na Lei no 8.080/90, instalará outras comissões inter-
seu critério, promovam a renovação de, no mínimo, 30% de suas setoriais e grupos de trabalho de conselheiros para ações transitó-
entidades representativas. rias.As comissões poderão contar com integrantes não conselhei-
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e autôno- ros;
ma em relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita
por isso, um profissional com cargo de direção ou de confiança na em Plenário, respeitando a paridade expressa nesta Resolução;
gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde não pode VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas me-
ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as). diante quórum mínimo (metade mais um) dos seus integrantes, res-
VII - A ocupação de funções na área da saúde que interfiram salvados os casos regimentais nos quais se exija quórum especial,
na autonomia representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada ou maioria qualificada de votos;
como possível impedimento da representação de Usuário(a) e Tra- a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediata-
balhador( a), e, a juízo da entidade, indicativo de substituição do mente superior à metade dos membros presentes;
Conselheiro( a). b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediata-
VIII - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, mente superior à metade de membros do Conselho;
representação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total
conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde. de membros do Conselho;
IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde
atividade no Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde as- preservará o que está garantido em lei e deve ser proposta pelo
sumir, junto ao executivo municipal, a convocação e realização da próprio Conselho e votada em reunião plenária, com quórum quali-
Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de seus objeti- ficado, para depois ser alterada em seu Regimento Interno e homo-
vos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo logada pelo gestor da esfera correspondente;
será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver X - a cada três meses, deverá constar dos itens da pauta o pro-
Conselho nunciamento do gestor, das respectivas esferas de governo, para
Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento. que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre an-
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão damento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório
remuneradas, considerando-se o seu exercício de relevância públi- de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos re-
ca e, portanto, garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o cursos, as auditorias iniciadas e concluídas no período, bem como
conselheiro. Para fins de justificativa junto aos órgãos, entidades a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, con-
competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declara- tratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei no 8.689/93
ção de participação de seus membros durante o período das reuni- e com a Lei Complementar no 141/2012;
ões, representações, capacitações e outras atividades específicas. XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos auditorias externas e independentes sobre as contas e atividades
seus atos conforme legislação vigente. do Gestor do SUS; e
XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE meio de resoluções, recomendações, moções e outros atos delibe-
rativos.
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão auto- As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe
nomia administrativa para o pleno funcionamento do Conselho de do poder constituído em cada esfera de governo, em um prazo de
Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e organização 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo
da secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e apoio téc- mencionado e não sendo homologada a resolução e nem enviada
nico: justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de al-
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à sua estru- teração ou rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entida-
tura administrativa e o quadro de pessoal; des que integram o Conselho de Saúde podem buscar a validação
das resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quan-
do necessário. Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional,
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Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm competências XVIII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações
definidas nas leis federais, bem como em indicações advindas das e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias aos respectivos
Conferências de Saúde, compete: órgãos de controle interno e externo, conforme legislação vigente;
I - fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobi- XIX - examinar propostas e denúncias de indícios de irregula-
lizar e articular a sociedade de forma permanente na defesa dos ridades, responder no seu âmbito a consultas sobre assuntos per-
princípios constitucionais que fundamentam o SUS; tinentes às ações e aos serviços de saúde, bem como apreciar re-
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas cursos a respeito de deliberações do Conselho nas suas respectivas
de funcionamento; instâncias;
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização XX - estabelecer a periodicidade de convocação e organizar
das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde; as Conferências de Saúde, propor sua convocação ordinária ou
IV - atuar na formulação e no controle da execução da política extraordinária e estruturar a comissão organizadora, submeter o
de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e respectivo regimento e programa ao Pleno do Conselho de Saúde
propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e pri- correspondente, convocar a sociedade para a participação nas pré-
vado; -conferências e conferências de saúde;
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e de- XXI - estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos
liberar sobre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epide- de Saúde, entidades, movimentos populares, instituições públicas e
miológicas e a capacidade organizacional dos serviços; privadas para a promoção da Saúde;
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relató- XXII - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre
rio de gestão; assuntos e temas na área de saúde pertinente ao desenvolvimento
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de acompanha- do Sistema Único de Saúde (SUS);
mento da gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados, XXIII - acompanhar o processo de desenvolvimento e incorpo-
a exemplo dos de seguridade social, meio ambiente, justiça, educa- ração científica e tecnológica, observados os padrões éticos compa-
ção, trabalho, agricultura, idosos, criança e adolescente e outros; tíveis com o desenvolvimento sociocultural do País;
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde; XXIV - estabelecer ações de informação, educação e comuni-
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos cação em saúde, divulgar as funções e competências do Conselho
a serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor a adoção de de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios de comunicação, in-
critérios definidores de qualidade e resolutividade, atualizando-os cluindo informações sobre as agendas, datas e local das reuniões e
face ao processo de incorporação dos avanços científicos e tecnoló- dos eventos;
gicos na área da Saúde; XXV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação perma-
X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o nente para o controle social, de acordo com as Diretrizes e a Política
pronunciamento do gestor, das respectivas esferas de governo, Nacional de Educação Permanente para o Controle Social do SUS;
para que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre XXVI - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático
andamento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, rela- com os poderes constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legis-
tório de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação lativo, meios de comunicação, bem como setores relevantes não
dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no período, bem representados nos conselhos;
como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, XXVII - acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pes-
contratada ou conveniada, de acordo com a Lei Complementar no quisas aprovadas pelo CNS;
141/2012. XXVIII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do
XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
funcionamento do Sistema Único de Saúde do SUS; XXIX - acompanhar a implementação das propostas constantes
XII - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, do relatório das plenárias dos Conselhos de Saúde; e
conforme as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do XXX - atualizar periodicamente as informações sobre o Conse-
Distrito Federal e Municipais; lho de Saúde no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de
XIII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado cre- Saúde (SIACS).
denciado mediante contrato ou convênio na área de saúde; Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro
XIV - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo de 2003.
em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, observado o princípio do processo de planejamento
e orçamento ascendentes, conforme legislação vigente; CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, TÍTULO VIII - ARTIGOS DE
XV - propor critérios para programação e execução financeira e 194 A 200
orçamentária dos Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação
e destino dos recursos; O Título VIII da Constituição cuida da Ordem Social, elencada
XVI - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de em seus artigos 193 a 232.
movimentação de recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde
e os recursos transferidos e próprios do Município, Estado, Distrito – Chamamos a atenção para o fato de que referente ao assunto
Federal e da União, com base no que a lei disciplina; supracitado, os concursos públicos cobram do candidato a literali-
XVII - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a dade do texto legal, portanto, é importante conhecer bem todos os
prestação de contas e informações financeiras, repassadas em tem- artigos deste capítulo em sua integralidade!
po hábil aos conselheiros, e garantia do devido assessoramento;
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§11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo su- I - descentralização, com direção única em cada esfera de go-
perior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a verno;
remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
«a» do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
Constitucional nº 103, de 2019) III - participação da comunidade.
§12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os §1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da
caput, serão não-cumulativas. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
§13. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) outras fontes.
§14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de §2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde
cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima men- recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de con- sobre:
tribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo
exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por
Saúde cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
A saúde é direito de todos e dever do Estado. Segundo o artigo II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ar-
197, da Constituição, as ações e os serviços de saúde devem ser recadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de
executados diretamente pelo poder público ou por meio de tercei- que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas
ros, tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
A responsabilidade em matéria de saúde é solidária entre os III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da
entes federados. arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos
de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §3º.
– Diretrizes da Saúde §3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada
De acordo com o Art. 198, da CF, as ações e os serviços públicos cinco anos, estabelecerá:
de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e cons- I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do §2º; (Reda-
tituem um sistema único – o SUS –, organizado de acordo com as ção dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
seguintes diretrizes: II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à
I – descentralização, com direção única em cada esfera de go- saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
verno; e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivan-
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades do a progressiva redução das disparidades regionais;
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despe-
III – participação da comunidade. sas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV - (revogado).
– A Saúde e a Iniciativa Privada §4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão
Referente ao Artigo 199, da CF, a assistência à saúde é livre à admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate
iniciativa privada e instituições privadas poderão participar de for- às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
ma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante con- com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos
trato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades específicos para sua atuação.
filantrópicas e as sem fins lucrativos. §5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a
– Atribuições Constitucionais do SUS regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e
Por fim, o Artigo 200 da CF, elenca quais atribuições são de agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos
competência do SUS. da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido
SEÇÃO II piso salarial.
DA SAÚDE §6º Além das hipóteses previstas no §1º do art. 41 e no §4º
do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garanti- equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente
do mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitá- descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o
rio às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. seu exercício.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saú- §7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos
de, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua agentes de combate às endemias fica sob responsabilidade da
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa estabelecer, além de outros consectários e vantagens, incentivos,
física ou jurídica de direito privado. auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120,
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, de 2022)
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
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LEGISLAÇÃO - SUS
§8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento §4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que
dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para
endemias serão consignados no orçamento geral da União com fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo
nº 120, de 2022) vedado todo tipo de comercialização.
§9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras
agentes de combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários atribuições, nos termos da lei:
mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias
Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de de interesse para a saúde e participar da produção de medicamen-
2022) tos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros in-
§10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de sumos;
combate às endemias terão também, em razão dos riscos inerentes II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado bem como as de saúde do trabalhador;
aos seus vencimentos, adicional de insalubridade. (Incluído pela III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
Emenda Constitucional nº 120, de 2022) IV - participar da formulação da política e da execução das
§11. Os recursos financeiros repassados pela União aos ações de saneamento básico;
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para pagamento V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento
do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda
comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não Constitucional nº 85, de 2015)
serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle
com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo
§12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais humano;
para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans-
enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
de direito público e de direito privado. (Incluído pela Emenda tóxicos e radioativos;
Constitucional nº 124, de 2022) VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreen-
§13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dido o do trabalho.
até o final do exercício financeiro em que for publicada a lei de que
trata o §12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou
dos respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a LEI ORGÂNICA DA SAÚDE - LEI N º 8.080/1990
atender aos pisos estabelecidos para cada categoria profissional.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022) LEI FEDERAL N° 8.080/1990
§14. Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu-
Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% correspondentes e dá outras providências.
(sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de
saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o §12 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na-
deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022) cional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
§15. Os recursos federais destinados aos pagamentos da
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos
prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações
60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em ca-
saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o §12 ráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de
deste artigo serão consignados no orçamento geral da União com direito Público ou privado.
dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 127, de 2022) TÍTULO I
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§1º As instituições privadas poderão participar de forma
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, de-
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo vendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. exercício.
§2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou §1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formula-
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. ção e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redu-
§3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou ção de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações
previstos em lei. e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
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LEGISLAÇÃO - SUS
§2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compre-
empresas e da sociedade. endido o do trabalho;
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicio- VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,
nantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento bási- imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a
co, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, participação na sua produção;
o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substân-
da população expressam a organização social e econômica do País. cias de interesse para a saúde;
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicio- para consumo humano;
nantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento bá- IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,
sico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoati-
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. vos, tóxicos e radioativos;
(Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, científico e tecnológico;
por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às XI - a formulação e execução da política de sangue e seus de-
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e rivados.
social. §1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir
TÍTULO II nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produ-
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamen-
te, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por processos, da produção ao consumo; e
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta
Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Po- ou indiretamente com a saúde.
der Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). §2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de
§1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições pú- ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção
blicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de san- de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
gue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
§2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de §3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei,
Saúde (SUS), em caráter complementar. um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigi-
lância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção
CAPÍTULO I da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabi-
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES litação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho, abrangendo:
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de- ou portador de doença profissional e do trabalho;
terminantes da saúde; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos
nos campos econômico e social, a observância do disposto no §1º riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de tra-
do art. 2º desta lei; balho;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promo- III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único
ção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das con-
das ações assistenciais e das atividades preventivas. dições de produção, extração, armazenamento, transporte, distri-
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema buição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
Único de Saúde (SUS): equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
I - a execução de ações: IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
a) de vigilância sanitária; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindi-
b) de vigilância epidemiológica; cal e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença
c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 14.572, profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,
de 2023) avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023) VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos
II - a participação na formulação da política e na execução de serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas pú-
ações de saneamento básico; blicas e privadas;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas
saúde; no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; das entidades sindicais; e
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LEGISLAÇÃO - SUS
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e admi- XI - elaboração de normas para regular as atividades de servi-
nistrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com ços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;
a definição da política consubstanciada em planos de saúde, apro- XII - realização de operações externas de natureza financeira de
vados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;
2011). XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermu- transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de ca-
nicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de lamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade com-
saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à petente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar
integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-
Lei nº 12.466, de 2011). -lhes assegurada justa indenização; (Vide ADIN 3454)
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componen-
integração de territórios, referência e contrarreferência e demais tes e Derivados;
aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde en- XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos
tre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Co- XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, prote-
nass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde ção e recuperação da saúde;
(Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do
entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes exercício profissional e outras entidades representativas da socie-
à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função dade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pes-
social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de quisa, ações e serviços de saúde;
2011). XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
§1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscaliza-
no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar ção inerentes ao poder de polícia sanitária;
convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos es-
§2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) tratégicos e de atendimento emergencial.
são reconhecidos como entidades que representam os entes mu-
nicipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à SEÇÃO II
saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na DA COMPETÊNCIA
forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466,
de 2011). Art. 16. À direção nacional do SUS compete: (Redação dada
CAPÍTULO IV pela Lei nº 14.572, de 2023)
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
SEÇÃO I a) de controle das agressões ao meio ambiente;
DAS ATRIBUIÇÕES COMUNS b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios III - definir e coordenar os sistemas:
exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação b) de rede de laboratórios de saúde pública;
e de fiscalização das ações e serviços de saúde; c) de vigilância epidemiológica; e
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros d) vigilância sanitária;
destinados, em cada ano, à saúde; IV - participar da definição de normas e mecanismos de con-
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde trole, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele
da população e das condições ambientais; decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de V - participar da definição de normas, critérios e padrões para
saúde; o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa- a política de saúde do trabalhador;
drões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a as- VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância
sistência à saúde; epidemiológica;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa- VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de
drões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador; portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser comple-
VII - participação de formulação da política e da execução das mentada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
ações de saneamento básico e colaboração na proteção e recupera- VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o con-
ção do meio ambiente; trole da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; consumo e uso humano;
IX - participação na formulação e na execução da política de IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fis-
formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde; calização do exercício profissional, bem como com entidades repre-
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de sentativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde;
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Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reserva- §1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da
das aos Estados e aos Municípios. rede do SUS com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indí-
gena. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
CAPÍTULO V §2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de
DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 9.836, DE 1999) na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as po-
pulações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o aten- necessário em todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela
dimento das populações indígenas, em todo o território nacional, Lei nº 9.836, de 1999)
coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (In- §3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao
cluído pela Lei nº 9.836, de 1999) SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acor-
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indí- do com suas necessidades, compreendendo a atenção primária,
gena, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e defi- secundária e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
nido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar
com o qual funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e
9.836, de 1999) avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, finan- Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for
ciar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
nº 9.836, de 1999)
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema insti- CAPÍTULO VI
tuído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO
do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) DOMICILIAR
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governa- (INCLUÍDO PELA LEI Nº 10.424, DE 2002)
mentais e não-governamentais poderão atuar complementarmen-
te no custeio e execução das ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de
1999) Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído
§1º A União instituirá mecanismo de financiamento específi- pela Lei nº 10.424, de 2002)
co para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que §1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação
houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos ter- domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médi-
ritórios indígenas. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) cos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência
§2º Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Inclu- social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes
ído pela Lei nº 14.021, de 2020) em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não §2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados
previstos nos planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais In- por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina
dígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena; (Inclu- preventiva, terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424,
ído pela Lei nº 14.021, de 2020) de 2002)
II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos pla- §3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser
nos emergenciais para atendimento dos pacientes graves das Secre- realizados por indicação médica, com expressa concordância do pa-
tarias Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as ciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
referências para o atendimento em tempo oportuno. (Incluído pela
Lei nº 14.021, de 2020) CAPÍTULO VII
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRA-
realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas BALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.108, DE 2005)
se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contem-
plando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nu- Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde -
trição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a
sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante
1999) todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. §1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) indicado pela parturiente. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como §2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos di-
base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº reitos de que trata este artigo constarão do regulamento da lei, a
9.836, de 1999) ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. (Incluído
§1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro pela Lei nº 11.108, de 2005)
e a notificação da declaração de raça ou cor, garantindo a identi- §3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em
ficação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos de local visível de suas dependências, aviso informando sobre o direito
saúde. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) estabelecido no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.895, de
2013)
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Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com
base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores mu-
CAPÍTULO VIII nicipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactu-
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.401, DE 2011) ada no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401,
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE de 2011)
TECNOLOGIA EM SAÚDE” Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS
de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz tera-
a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em: (Incluído pela Lei nº pêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela
12.401, de 2011) Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. (Incluí-
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para do pela Lei nº 12.401, de 2011)
a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes §1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agra- SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento,
vo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo
com o disposto no art. 19-P; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Conselho Nacional de Saúde, de 1 (um) representante, especialista
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domi- na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina e de 1 (um) re-
ciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas presentante, especialista na área, indicado pela Associação Médica
pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no Brasileira. (Redação dada pela Lei nº 14.655, de 2023)
território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado. §2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tec-
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adota- nologias no SUS levará em consideração, necessariamente: (Incluí-
das as seguintes definições: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) do pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efeti-
coletoras e equipamentos médicos; (Incluído pela Lei nº 12.401, de vidade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento
2011) objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o regis-
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que tro ou a autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que
produtos apropriados, quando couber; as posologias recomenda- se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar,
das; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e quando cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos §3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a
gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) que se refere o inciso II do §2º deste artigo serão dispostas em regu-
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas de- lamento e amplamente divulgadas, inclusive em relação aos indica-
verão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas dores e parâmetros de custo-efetividade utilizados em combinação
diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que com outros critérios. (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se re-
e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, pro- fere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de proces-
vocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira so administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cen-
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) to e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido,
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou pro- admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando
dutos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados as circunstâncias exigirem. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade §1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no
para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e
de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) as seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401,
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêu- de 2011)
tica, a dispensação será realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível,
2011) das amostras de produtos, na forma do regulamento, com infor-
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo mações necessárias para o atendimento do disposto no §2º do art.
gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas 19-Q; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do
2011) parecer emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecno-
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma logias no SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas IV - realização de audiência pública, antes da tomada de deci-
pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo forneci- são, se a relevância da matéria justificar o evento. (Incluído pela Lei
mento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído nº 12.401, de 2011)
pela Lei nº 12.401, de 2011) V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a com-
petência técnica requeridas para a análise da matéria; (Incluído
pela Lei nº 14.313, de 2022)
VI - publicidade dos atos processuais. (Incluído pela Lei nº
14.313, de 2022)
112
LEGISLAÇÃO - SUS
§2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Lei nº 13.097, de 2015)
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes,
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medica- sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº
mento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, 13.097, de 2015)
ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sani- IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído
tária - ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) pela Lei nº 13.097, de 2015)
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembol-
so de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro CAPÍTULO II
na Anvisa. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluí-
do pela Lei nº 14.313, de 2022) Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes
I - medicamento e produto em que a indicação de uso seja dis- para garantir a cobertura assistencial à população de uma deter-
tinta daquela aprovada no registro na Anvisa, desde que seu uso minada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos
tenha sido recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação serviços ofertados pela iniciativa privada.
de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), demonstradas Parágrafo único. A participação complementar dos serviços
as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observa-
a segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo das, a respeito, as normas de direito público.
Ministério da Saúde; (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022) Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantró-
II - medicamento e produto recomendados pela Conitec e ad- picas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do
quiridos por intermédio de organismos multilaterais internacionais, Sistema Único de Saúde (SUS).
para uso em programas de saúde pública do Ministério da Saúde e Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços
suas entidades vinculadas, nos termos do §5º do art. 8º da Lei nº e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela
9.782, de 26 de janeiro de 1999. (Incluído pela Lei nº 14.313, de direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no
2022) Conselho Nacional de Saúde.
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de §1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de
medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimen- pagamento da remuneração aludida neste artigo, a direção nacio-
tos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Interges- nal do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato
tores Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qua-
lidade de execução dos serviços contratados.
TÍTULO III §2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técni-
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE cas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único
de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do
CAPÍTULO I contrato.
DO FUNCIONAMENTO §3° (Vetado).
§4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entida-
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracteri- des ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou
zam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).
legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na
promoção, proteção e recuperação da saúde. TÍTULO III-A
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 14.510, DE 2022)
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saú- DA TELESSAÚDE
de, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas
pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços
condições para seu funcionamento. relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamenta-
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusi- das pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal e obede-
ve controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência cerá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de I - autonomia do profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº
2015) 14.510, de 2022)
I - doações de organismos internacionais vinculados à Orga- II - consentimento livre e informado do paciente;
nização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e III - direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaú-
de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de de, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicita-
2015) do; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou IV - dignidade e valorização do profissional de saúde; (Incluído
explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) pela Lei nº 14.510, de 2022)
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, V - assistência segura e com qualidade ao paciente; (Incluído
policlínica, clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei pela Lei nº 14.510, de 2022)
nº 13.097, de 2015) VI - confidencialidade dos dados; (Incluído pela Lei nº 14.510,
de 2022)
113
LEGISLAÇÃO - SUS
VII - promoção da universalização do acesso dos brasileiros às I - organização de um sistema de formação de recursos huma-
ações e aos serviços de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) nos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além
VIII - estrita observância das atribuições legais de cada profis- da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de
são; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) pessoal;
IX - responsabilidade digital. (Incluído pela Lei nº 14.510, de II - (Vetado)
2022) III - (Vetado)
Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a moda- IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema
lidade de prestação de serviços de saúde a distância, por meio da Único de Saúde (SUS).
utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que en- Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema
volve, entre outros, a transmissão segura de dados e informações Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e
de saúde, por meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente
adequadas. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) com o sistema educacional.
Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando pra- Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessora-
ticados na modalidade telessaúde, terão validade em todo o terri- mento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser
tório nacional. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) exercidas em regime de tempo integral.
Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade §1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou
e a completa independência de decidir sobre a utilização ou não da empregos poderão exercer suas atividades em mais de um estabe-
telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento lecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
ou procedimento, e poderá indicar a utilização de atendimento pre- §2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos ser-
sencial ou optar por ele, sempre que entender necessário. (Incluído vidores em regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes
pela Lei nº 14.510, de 2022) de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento.
Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do Art. 29. (Vetado).
exercício profissional a normatização ética relativa à prestação dos Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço
serviços previstos neste Título, aplicando-se os padrões normati- sob supervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, insti-
vos adotados para as modalidades de atendimento presencial, no tuída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das
que não colidirem com os preceitos desta Lei. (Incluído pela Lei nº entidades profissionais correspondentes.
14.510, de 2022)
Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão ob- TÍTULO V
servadas as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema DO FINANCIAMENTO
Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento,
observada a competência dos demais órgãos reguladores. (Incluído CAPÍTULO I
pela Lei nº 14.510, de 2022) DOS RECURSOS
Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação
de serviço de telessaúde deverá demonstrar a imprescindibilidade Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema
da medida para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes. Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos
(Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta
Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes de- elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos
terminações: (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as me-
I - ser realizada por consentimento livre e esclarecido do pa- tas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
ciente, ou de seu representante legal, e sob responsabilidade do Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos prove-
profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) nientes de:
II - prestar obediência aos ditames das Leis nºs 12.965, de 23 I - (Vetado)
de abril de 2014 (Marco Civil da Internet), 12.842, de 10 de julho II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assis-
de 2013 (Lei do Ato Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei tência à saúde;
Geral de Proteção de Dados), 8.078, de 11 de setembro de 1990 III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
(Código de Defesa do Consumidor) e, nas hipóteses cabíveis, aos IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
ditames da Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018 (Lei do Pron- V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados
tuário Eletrônico). (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e
Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complemen- VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
tar do profissional de saúde que exercer a profissão em outra juris- §1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita
dição exclusivamente por meio da modalidade telessaúde. (Incluído de que trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual
pela Lei nº 14.510, de 2022) será destinada à recuperação de viciados.
§2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde
TÍTULO IV (SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, movimen-
DOS RECURSOS HUMANOS tadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§3º As ações de saneamento que venham a ser executadas su-
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será pletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas
formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Dis-
de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: trito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).
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LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
§1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído
previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de
será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunica-
estabelecido no §1° do mesmo artigo. (Vide Lei nº 8.080, de 1990) ção e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalida-
§2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo de de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações
menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante e serviços de saúde;
aos Estados. II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo
§3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execu- de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade
ção de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regio-
de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei. nalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indi-
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta cadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho,
lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle
com: e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à
I - Fundo de Saúde; implementação integrada das ações e serviços de saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde
com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990; do usuário no SUS;
III - plano de saúde; IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consen-
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata sual entre os entes federativos para definição das regras da gestão
o §4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990; compartilhada do SUS;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orça- V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de
mento; recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Sa- SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instala-
lários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. da existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos indicadores de saúde do sistema;
Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços
artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam adminis- de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a
trados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde
de Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo
lei. ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; e
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário. estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais
102° da República. produtos apropriados, quando couber; as posologias recomenda-
das; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e
a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE gestores do SUS.
2011
CAPÍTULO II
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e ser-
dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o pla- viços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados
nejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfe- pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a
derativa, e dá outras providências. participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado
de forma regionalizada e hierarquizada.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dis- SEÇÃO I
posto na Lei nº 8.080, 19 de setembro de 1990, DAS REGIÕES DE SAÚDE
DECRETA:
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em
CAPÍTULO I articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pac-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES tuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o
inciso I do art. 30.
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de se- §1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais,
tembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único compostas por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respec-
de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a tivos Estados em articulação com os Municípios.
articulação interfederativa. §2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se: fronteira com outros países deverá respeitar as normas que regem
as relações internacionais.
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LEGISLAÇÃO - SUS
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário
mínimo, ações e serviços de: e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos entes
I - atenção primária; federativos, além de outras atribuições que venham a ser pactua-
II - urgência e emergência; das pelas Comissões Intergestores:
III - atenção psicossocial; I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e acesso às ações e aos serviços de saúde;
V - vigilância em saúde. II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará saúde;
cronograma pactuado nas Comissões Intergestores. III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as transferên- IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.
cias de recursos entre os entes federativos. Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretri-
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no zes, procedimentos e demais medidas que auxiliem os entes federa-
âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonân- tivos no cumprimento das atribuições previstas no art. 13.
cia com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores .
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes CAPÍTULO III
elementos em relação às Regiões de Saúde: DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
I - seus limites geográficos;
II - população usuária das ações e serviços; Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente
III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Con-
IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e selhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas
escala para conformação dos serviços. de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
§1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públi-
SEÇÃO II cos e será indutor de políticas para a iniciativa privada.
DA HIERARQUIZAÇÃO §2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no
âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do planeja-
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e mento integrado dos entes federativos, e deverão conter metas de
serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se com- saúde.
pleta na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a com- §3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a
plexidade do serviço. serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde com as características epidemiológicas e da organização de serviços
nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: nos entes federativos e nas Regiões de Saúde.
I - de atenção primária; Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e
II - de atenção de urgência e emergência; as ações prestados pela iniciativa privada, de forma complementar
III - de atenção psicossocial; e ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde regio-
IV - especiais de acesso aberto. nal, estadual e nacional.
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das
o pactuado nas Comissões Intergestores, os entes federativos po- necessidades de saúde e orientará o planejamento integrado dos
derão criar novas Portas de Entrada às ações e serviços de saúde, entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas
considerando as características da Região de Saúde. de saúde.
Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser
especializados, entre outros de maior complexidade e densidade realizado de maneira regionalizada, a partir das necessidades dos
tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada de que Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde.
trata o art. 9º . Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços que trata o inciso II do art. 30 pactuar as etapas do processo e os
de saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado prazos do planejamento municipal em consonância com os planeja-
na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério mentos estadual e nacional.
cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas CAPÍTULO IV
com proteção especial, conforme legislação vigente. DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Parágrafo único. A população indígena contará com regramen-
tos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se
e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante referenciamento
com disposições do Ministério da Saúde. do usuário na rede regional e interestadual, conforme pactuado nas
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado Comissões Intergestores.
em saúde, em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e SEÇÃO I
em outras unidades integrantes da rede de atenção da respectiva DA RELAÇÃO NACIONAL DE AÇÕES E SERVIÇOS
região. DE SAÚDE - RENASES
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as re-
gras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RE-
respectiva área de atuação. NASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao
usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.
118
LEGISLAÇÃO - SUS
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela di-
âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. reção do SUS.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde conso- §1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário
lidará e publicará as atualizações da RENASES. à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o
Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios justifiquem.
pactuarão nas respectivas Comissões Intergestores as suas respon- §2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferen-
sabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RE- ciadas de acesso a medicamentos de caráter especializado.
NASES. Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar es-
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão tadual, distrital ou municipal de medicamentos somente poderão
adotar relações específicas e complementares de ações e serviços conter produtos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sa-
de saúde, em consonância com a RENASES, respeitadas as respon- nitária - ANVISA.
sabilidades dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o pac- CAPÍTULO V
tuado nas Comissões Intergestores. DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
SEÇÃO II SEÇÃO I
DA RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS DAS COMISSÕES INTERGESTORES
ESSENCIAIS - RENAME
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RE- o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em re-
NAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos des de atenção à saúde, sendo:
indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde
do SUS. para efeitos administrativos e operacionais;
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual
Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensa- de Saúde para efeitos administrativos e operacionais; e
ção e o uso dos seus medicamentos. III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regio-
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dis- nal, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos adminis-
por sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêu- trativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB.
ticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de
CIT. saúde poderão ser representados pelo Conselho Nacional de Secre-
Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará tários de Saúde - CONASS, pelo Conselho Nacional de Secretarias
as atualizações: (Redação dada pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de Se-
Vigência cretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
I - da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
a lista de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONI- I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da ges-
TEC e com a responsabilidade de financiamento pactuada de forma tão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da política de
tripartite, até que haja a consolidação da referida lista; (Incluído saúde dos entes federativos, consubstanciada nos seus planos de
pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência saúde, aprovados pelos respectivos conselhos de saúde;
II - do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limi-
sobre as tecnologias constantes na RENAME vigente; e (Incluído tes geográficos, referência e contrarreferência e demais aspectos
pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os en-
III - de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando tes federativos;
da incorporação, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interes-
SUS e da existência de novos estudos e evidências científicas identi- tadual, a respeito da organização das redes de atenção à saúde,
ficados a partir de revisões periódicas da literatura relacionada aos principalmente no tocante à gestão institucional e à integração das
seus objetos. (Incluído pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência ações e serviços dos entes federativos;
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão ado- IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de Aten-
tar relações específicas e complementares de medicamentos, em ção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu desen-
consonância com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos volvimento econômico-financeiro, estabelecendo as responsabili-
entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pac- dades individuais e as solidárias; e
tuado nas Comissões Intergestores. V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais de
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêu- atenção à saúde para o atendimento da integralidade da assistên-
tica pressupõe, cumulativamente: cia.
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pac-
SUS; tuação:
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
no exercício regular de suas funções no SUS; II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e ser-
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os viços de saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação es- da gestão; e
pecífica complementar estadual, distrital ou municipal de medica-
mentos; e
119
LEGISLAÇÃO - SUS
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas
operacionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com ou- de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das
tros países, respeitadas, em todos os casos, as normas que regem ações e serviços de saúde.
as relações internacionais. Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde ob-
servará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da ges-
SEÇÃO II tão participativa:
DO CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação
do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua me-
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos lhoria;
para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde será II - apuração permanente das necessidades e interesses do usu-
firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da Saú- ário; e
de. III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas
Saúde é a organização e a integração das ações e dos serviços de que dele participem de forma complementar.
saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator
de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistên- determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas
cia aos usuários. no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organi-
Saúde resultará da integração dos planos de saúde dos entes fede- zativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo
rativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação.
pactuações estabelecidas pela CIT. Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS,
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde de- por meio de serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do
finirá as responsabilidades individuais e solidárias dos entes fede- Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde.
rativos com relação às ações e serviços de saúde, os indicadores §1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º
e as metas de saúde, os critérios de avaliação de desempenho, os da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conterá seção espe-
recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma de controle cífica relativa aos compromissos assumidos no âmbito do Contrato
e fiscalização da sua execução e demais elementos necessários à Organizativo de Ação Pública de Saúde.
implementação integrada das ações e serviços de saúde. §2º O disposto neste artigo será implementado em conformi-
§1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de ga- dade com as demais formas de controle e fiscalização previstas em
rantia de acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS, Lei.
a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde. Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução
§2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde, em relação
de garantia de acesso servirá como parâmetro para avaliação do ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu desempenho e à
desempenho da prestação das ações e dos serviços definidos no aplicação dos recursos disponibilizados.
Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde em todas as Regi- Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato
ões de Saúde, considerando-se as especificidades municipais, regio- Organizativo de Ação Pública de Saúde no sistema de informações
nais e estaduais. em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde con- respectivo Conselho de Saúde para monitoramento.
terá as seguintes disposições essenciais:
I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais; CAPÍTULO VI
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promo- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e inter-
-regional; Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o Minis-
III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos pe- tério da Saúde informará aos órgãos de controle interno e externo:
rante a população no processo de regionalização, as quais serão I - o descumprimento injustificado de responsabilidades na
estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a prestação de ações e serviços de saúde e de outras obrigações pre-
organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços vistas neste Decreto;
de cada ente federativo da Região de Saúde; II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o
IV - indicadores e metas de saúde; inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990 ;
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde; III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos finan-
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitora- ceiros; e
mento permanente; IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento.
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as ações
em relação às atualizações realizadas na RENASES; e serviços de saúde que na data da publicação deste Decreto são
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas respon- ofertados pelo SUS à população, por meio dos entes federados, de
sabilidades; e forma direta ou indireta.
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretri-
um dos partícipes para sua execução. zes de que trata o §3º do art. 15 no prazo de cento e oitenta dias a
partir da publicação deste Decreto.
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
120
LEGISLAÇÃO - SUS
Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º 2 – Educação: a falta de acesso à educação e a baixa
da República. escolaridade estão associados a piores indicadores de saúde, como
maior incidência de doenças crônicas, menor expectativa de vida e
maior taxa de mortalidade.
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE 3 – Ambiente físico: a qualidade do ambiente em que as pessoas
vivem, incluindo a poluição do ar e da água, a falta de saneamento
Os determinantes sociais em saúde são as condições sociais, básico e a exposição a desastres naturais, pode afetar a saúde de
econômicas, culturais, políticas e ambientais que influenciam a forma significativa.
4 – Acesso aos serviços de saúde: o acesso a serviços de saúde
saúde e o bem-estar das pessoas e das populações. Eles são os
de qualidade, incluindo a prevenção, diagnóstico e tratamento de
fatores que determinam as diferenças existentes na saúde entre
doenças, é fundamental para a promoção da saúde e prevenção de
diferentes grupos populacionais, incluindo as desigualdades em
doenças.
morbidade, mortalidade e expectativa de vida.
5 – Gênero: fatores sociais e culturais relacionados ao
Os determinantes sociais em saúde incluem a renda e a
gênero podem afetar a saúde, incluindo a violência de gênero, a
distribuição de renda, a educação, o trabalho, o ambiente físico, o
discriminação e a falta de acesso a serviços de saúde.
acesso aos serviços de saúde, a cultura, o gênero, a raça, a etnia
6 – Raça e etnia: a discriminação racial e étnica pode levar a
e as políticas públicas, entre outros. Esses fatores interagem e
piores indicadores de saúde, incluindo maior incidência de doenças
influenciam a saúde de forma complexa e multifatorial.
crônicas e menor expectativa de vida.
Assim, entender e atuar sobre os determinantes sociais em
saúde é fundamental para promover a saúde e a equidade, já que 7 – Condições de trabalho: o ambiente de trabalho pode afetar
eles afetam a saúde de forma mais profunda e duradoura do que a saúde, incluindo a exposição a substâncias tóxicas, o estresse e a
as intervenções baseadas somente no tratamento das doenças e falta de acesso a direitos trabalhistas e à proteção social.
sintomas. Políticas e ações que visem a melhoria dos determinantes
sociais em saúde são importantes para reduzir as desigualdades na SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
saúde e garantir o acesso universal e equitativo aos serviços de
saúde e à qualidade de vida.
Os determinantes sociais em saúde têm um papel fundamental Sistema de informação em saúde
no desenvolvimento de políticas públicas, pois eles influenciam Um sistema de informação representa a forma planejada de re-
diretamente as condições de vida e de saúde das populações. ceber e transmitir dados. Pressupõe que a existência de um número
Entender os determinantes sociais em saúde é essencial para cada vez maior de informações requer o uso de ferramentas (inter-
identificar as causas das desigualdades em saúde e para orientar a net, arquivos, formulários) apropriadas que possibilitem o acesso
elaboração de políticas e intervenções que promovam a equidade e processamento de forma ágil, mesmo quando essas informações
em saúde. dependem de fontes localizadas em áreas geográficas distantes.
Ao levar em conta os determinantes sociais em saúde, as No hospital, a disponibilidade de uma rede integrada de infor-
políticas públicas podem abordar as causas fundamentais das mações através de um sistema informatizado é muito útil porque
doenças e das desigualdades em saúde, em vez de apenas tratar agiliza o atendimento, tornando mais rápido o processo de ad-
seus sintomas. Dessa forma, é possível promover a prevenção e missão e alta de pacientes, a marcação de consultas e exames, o
a promoção da saúde em diversos níveis, desde a melhoria das processamento da prescrição médica e de enfermagem e muitas
condições de vida e de trabalho até a ampliação do acesso aos outras ações frequentemente realizadas. Também influencia favo-
serviços de saúde. ravelmente na área gerencial, disponibilizando em curto espaço de
Além disso, as políticas públicas que consideram os tempo informações atualizadas de diversas naturezas que subsi-
determinantes sociais em saúde têm o potencial de reduzir as diam as ações administrativas, como recursos humanos existentes
disparidades na saúde entre diferentes grupos populacionais, como e suas características, dados relacionados a recursos financeiros e
as desigualdades entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, orçamentários, recursos materiais (consumo, estoque, reposição,
entre diferentes raças e etnias, entre áreas urbanas e rurais, entre manutenção de equipamentos e fornecedores), produção (número
outros. Essas políticas também podem melhorar a qualidade de de atendimentos e procedimentos realizados) e aqueles relativos à
vida e o bem-estar da população como um todo. taxa de nascimentos, óbitos, infecção hospitalar, média de perma-
Portanto, é importante que as políticas públicas sejam nência, etc.
baseadas em uma abordagem de determinantes sociais em saúde, As informações do paciente, geradas durante seu período de
integrando diferentes setores e áreas de atuação para promover a internação, constituirão o documento denominado prontuário,
saúde e a equidade de forma mais ampla e sustentável. o qual, segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução nº
Os principais determinantes sociais em saúde são: 1.331/89), consiste em um conjunto de documentos padronizados
1 – Renda e distribuição de renda: a pobreza e a desigualdade e ordenados, proveniente de várias fontes, destinado ao registro
socioeconômica são fatores que afetam negativamente a saúde, dos cuidados profissionais prestados ao paciente.
aumentando a exposição a riscos ambientais, a falta de acesso a O prontuário agrega um conjunto de impressos nos quais são
serviços de saúde adequados e a uma alimentação saudável. registradas todas as informações relativas ao paciente, como histó-
rico da doença, antecedentes pessoais e familiares, exame físico,
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LEGISLAÇÃO - SUS
diagnóstico, evolução clínica, descrição de cirurgia, ficha de anestesia, prescrição médica e de enfermagem, exames complementares de
diagnóstico, formulários e gráficos. É direito do paciente ter suas informações adequadamente registradas, como também acesso - seu ou
de seu responsável legal - às mesmas, sempre que necessário.
Legalmente, o prontuário é propriedade dos estabelecimentos de saúde e após a alta do paciente fica sob os cuidados da instituição,
arquivado em setor específico. Quanto à sua informatização, há iniciativas em andamento em diversos hospitais brasileiros, haja vista que
facilita a guarda e conservação dos dados, além de agilizar informações em prol do paciente. Devem, entretanto, garantir a privacidade e
sigilo dos dados pessoais.
Funções:
- Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à saúde;
- Conhecer e monitorar o estado de saúde da população e as condições sócio-ambientais;
- Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle e avaliação de ações e serviços;
- Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de decisão e ação;
- Apoiar a produção e utilização de serviços de saúde;
- Disponibilizar informações para as atividades de diagnóstico e tratamento;
- Monitorar e avaliar as intervenções, resultados e impactos;
- Subsidiar educação e a promoção da saúde;
- Apoiar as atividades de pesquisa e produção de conhecimentos
Sistema de informação:
É o processo de produção de informação e sua comunicação a atores, possibilitando sua análise com vistas à geração de conhecimen-
tos.
Banco de dados:
É um dos principais componentes do sistema, sendo um agrupamento organizado de dados que pode ser utilizado por vários sistemas.
122
LEGISLAÇÃO - SUS
SIAB
- O Sistema de Informação da Atenção Básica foi implantado para o acompanhamento das ações e dos resultados das atividades
realizadas pela Estratégia de Saúde da Família - ESF. O SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde e
incorporou em sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária.
- Através dele obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e
composição das equipes de saúde. Principal instrumento de monitoramento das ações do Programa Saúde da Família, tem sua gestão na
Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Departamento de Atenção Básica / SAS.
Benefícios:
Micro-espacialização de problemas de saúde e de avaliação de intervenções;
Utilização mais ágil e oportuna da informação;
Produção de indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde;
Consolidação progressiva da informação partindo de níveis menos agregados para mais agregados.
123
LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
modelo de gestão de informação que apoie os municípios e os ser- Esses dados devem ser digitados no CDS off-line ou PEC e, poste-
viços de saúde na gestão efetiva da AB e na qualificação do cuidado riormente, enviados para o SISAB por meio do PEC com conectivi-
dos usuários. Esse modelo nacional de gestão da informação na AB dade à internet.
é definido a partir de diretrizes e requisitos essenciais que orientam A Coleta de Dados Simplificada utilizada pela equipe de Aten-
e organizam o processo de reestruturação do sistema de informa- ção Básica é composta por dez fichas a seguir:
ção, instituído o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção 1. Cadastro Individual;
Básica (SISAB), por meio da Portaria GM/MS Nº 1.412, de 10 de 2. Cadastro Domiciliar;
julho de 2013, e a Estratégia e-SUS AB para sua operacionalização. 3. Ficha de Atendimento Individual;
A Estratégia e-SUS AB preconiza: 4. Ficha de Procedimentos;
● Individualizar o registro: registro individualizado das infor- 5. Ficha de Atendimento Odontológico Individual;
mações em saúde, para o acompanhamento dos atendimentos aos 6. Ficha de Atividade Coletiva;
cidadãos; 7. Ficha de Vacinação (nova);
● Integrar a informação: integração dos diversos sistemas de 8. Ficha de Visita Domiciliar;
informação oficiais existentes na AB, a partir do modelo de infor- 9. Marcadores de Consumo Alimentar;
mação; 10. Ficha Complementar,
● Reduzir o retrabalho na coleta de dados: reduzir a necessida-
de de registrar informações similares em mais de um instrumento A Coleta de Dados Simplificada ainda conta com mais duas fichas
(fichas/sistemas) ao mesmo tempo; de uso exclusivo das equipes do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD):
● Informatizar as unidades: desenvolvimento de soluções tec- 1. Ficha de Avaliação de Elegibilidade,
nológicas que contemplem os processos de trabalho da AB, com 2. Ficha de Atenção Domiciliar.
recomendações de boas práticas e o estímulo à informatização dos
serviços de saúde; A estratégia avança ao permitir a entrada dos dados orientada
● Gestão do cuidado: introdução de novas tecnologias para oti- pelo curso natural do atendimento e não ser focada na situação-
mizar o trabalho dos profissionais na perspectiva de fazer gestão -problema de saúde. A entrada de dados individualizados por cida-
do cuidado dão abre caminho para a gestão do cuidado e aproximação desses
● Coordenação do cuidado: a qualificação do uso da informa- dados ao processo de planejamento da equipe.
ção na gestão e no cuidado em saúde na perspectiva de integração Dessa forma, este manual foi elaborado com a finalidade de
dos serviços de saúde. orientar os profissionais de saúde e gestores da Atenção Básica a
operar o Sistema e-SUS AB com CDS, tendo em vista, o preenchi-
A estratégia é composta por dois sistemas: mento adequado das fichas do CDS e a consequente digitação dos
● SISAB, sistema de informação nacional, que passa a ser o dados no sistema.
sistema de informação vigente para fins de financiamento, moni- O processo de digitação deve ser definido no âmbito da ges-
toramento, acompanhamento do cuidado em saúde e de adesão tão municipal, considerando os aspectos logísticos e os recursos
aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica humanos disponíveis para esse fim. Em especial, contemplando os
(PNAB), e diferentes cenários de implantação, como visto no Manual de Im-
● Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para cole- plantação da Estratégia e-SUS AB, o fluxo deve estar adequado a
ta dos dados: ○ Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), cada realidade.
sistema de transição/contingência, que apoia o processo de coleta
de dados por meio de fichas e sistema de digitação; ○ Sistema com O Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) tem por fi-
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com prontuário nalidade fornecer de forma prática, ágil, atualizada, completa e de
eletrônico, que tem como principal objetivo apoiar o processo de fácil manipulação, instrumentos de controle e planejamento, além
informatização das UBS. de possibilitar a socialização das informações de saúde.
Durante o texto, os softwares do Sistema e-SUS AB também são O SIAB apresenta também como objetivo, avaliar a adequação
referidos como Sistema com CDS e Sistema com PEC ou simples- dos serviços oferecidos e readequá-los, sempre que necessário e,
mente, CDS e PEC. por fim, melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
Fichas de Coleta de Dados Simplificada Isso também é válido para a análise das prioridades políticas a
O Sistema com CDS é um dos componentes da estratégia e-SUS partir dos perfis epidemiológicos de determinada localidade e, prin-
AB, adequada para UBS não informatizadas, ou quando o acesso a cipalmente, para a fiscalização da aplicação dos recursos públicos
informatização está temporariamente indisponível devido a falta de destinados à área social, conformando-se numa estratégia para a
energia elétrica, problemas com o computador, acesso a internet, operacionalização do Sistema Único de Saúde.
entre outros. O SIAB tem como lógica central de seu funcionamento a re-
O objetivo é ser uma estratégia de coleta de dados por meio ferência a uma determinada base populacional. O Ministério da
de instrumentos com questões estruturadas, na qual a maioria das Saúde (MS) em 1998, por meio da Coordenadoria de Saúde da Co-
perguntas são fechadas. munidade, editou um manual que descreve os conceitos e proce-
Os instrumentos são denominados “Fichas de Coleta de Dados dimentos básicos que compõem o SIAB, bem como as orientações
Simplificada” para a obtenção de dados de cadastros da população gerais para seu preenchimento e operacionalização.
do território adstrito às UBS, das visitas domiciliares, atendimentos
e atividades desenvolvidas pelos profissionais das equipes de AB.
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LEGISLAÇÃO - SUS
O SIAB baseia-se nos conceitos de modelo de atenção, família, Quanto ao cadastramento das famílias, é um bom indicador
domicílio, área, micro área e território. O Ministério da Saúde orien- para acompanhamento do planejamento de implantação e imple-
ta que o SIAB seja informatizado. Caso o município não disponha do mentação da Equipe de Saúde da Família (ESF), pois permite deter-
programa, este deve procurar o DATASUS ou a Coordenação Esta- minar com garantia quanto de cobertura da população do municí-
dual do PSF para que estes instalem (gratuitamente) o programa. pio e de cobertura das famílias estimadas já foram realizadas.
Ainda são possíveis determinar a estrutura familiar, o núme-
O SIAB é um sistema idealizado para agregar e para processar ro de pessoas e a idade por família. Em relação ao saneamento,
as informações sobre a população visitada. Estas informações são o instrumento revela-se como suficiente e de fácil manuseio para
recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento e avaliação das informações, além de proporcionar uma ferramenta
analisadas a partir dos relatórios de consolidação dos dados. para divulgação, planejamento e possibilitar a indicação de serviços
e ainda avaliar a prestação de serviço público e mecanismo de au-
O preenchimento das fichas é tarefa do agente comunitário, toproteção.
a partir de suas visitas domiciliares. Elas devem ser atualizadas
sempre que necessário, ou seja, mediante ocorrência de eventos, Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
como: óbito, nascimento, inclusão de parente ou agregado ao gru- enfermagem/sistema-de-informacao-de-atencao-basica-siab-o-
po familiar, etc. -que-e/37938
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LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
SEÇÃO III Art. 21. O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS controle de acesso dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes
e visitantes.
Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento interno ou Art. 22. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de iden-
documento equivalente, atualizado, contemplando a definição e a tificação dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
descrição de todas as suas atividades técnicas, administrativas e as- Art. 23. O serviço de saúde deve manter disponível, segundo o
sistenciais, responsabilidades e competências. seu tipo de atividade, documentação e registro referente à:
Art. 10. Os serviços objeto desta resolução devem possuir li- I - Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela vigilância
cença atualizada de acordo com a legislação sanitária local, afixada sanitária competente.
em local visível ao público. II - controle de saúde ocupacional;
Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Adminis- III - educação permanente;
tração Pública ou por ela instituídos independem da licença para IV - comissões, comitês e programas;
funcionamento, ficando sujeitos, porém, às exigências perti- V - contratos de serviços terceirizados;
nentes às instalações, aos equipamentos e à aparelhagem adequa- VI - controle de qualidade da água;
da e à assistência e responsabilidade técnicas, aferidas por meio de VII - manutenção preventiva e corretiva da edificação e insta-
fiscalização realizada pelo órgão sanitário local. lações;
Art. 11. Os serviços e atividades terceirizadas pelos estabeleci- VIII - controle de vetores e pragas urbanas;
mentos de saúde devem possuir contrato de prestação de serviços. IX - manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e
§ 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar regula- instrumentos;
rizados perante a autoridade sanitária competente, quando couber. X - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde;
§ 2º A licença de funcionamento dos serviços e atividades XI - nascimentos;
terceirizados deve conter informação sobre a sua habilitação para XII - óbitos;
atender serviços de saúde, quando couber. XIII - admissão e alta;
Art. 12. O atendimento dos padrões sanitários estabelecidos XIV - eventos adversos e queixas técnicas associadas a produ-
por este regulamento técnico não isenta o serviço de saúde do cum- tos ou serviços;
primento dos demais instrumentos normativos aplicáveis. XV - monitoramento e relatórios específicos de controle de in-
Art. 13. O serviço de saúde deve estar inscrito e manter seus fecção;
dados atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de XVI - doenças de Notificação Compulsória;
Saúde - CNES. XVII - indicadores previstos nas legislações vigentes;
Art. 14. O serviço de saúde deve ter um responsável técnico XVIII - normas, rotinas e procedimentos;
(RT) e um substituto. XIX - demais documentos exigidos por legislações específicas
Parágrafo único. O órgão sanitário competente deve ser noti- dos estados, Distrito Federal e municípios.
ficado sempre que houver alteração de responsável técnico ou de
seu substituto. SEÇÃO IV
Art. 15. As unidades funcionais do serviço de saúde devem ter DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE
um profissional responsável conforme definido em legislações e re-
gulamentos específicos. Art. 24. A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe
Art. 16. O serviço de saúde deve possuir profissional legalmen- aos profissionais de saúde que prestam o atendimento.
te habilitado que responda pelas questões operacionais durante o Art. 25. A guarda do prontuário é de responsabilidade do servi-
seu período de funcionamento. ço de saúde devendo obedecer às normas vigentes.
Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT ou téc- § 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuá-
nico designado para tal fim. rios no que se refere à confidencialidade e integridade.
Art. 17. O serviço de saúde deve prover infraestrutura física, § 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local
recursos humanos, equipamentos, insumos e materiais necessários seguro, em boas condições de conservação e organização, permitin-
à operacionalização do serviço de acordo com a demanda, modali- do o seu acesso sempre que necessário.
dade de assistência prestada e a legislação vigente. Art. 26. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário con-
Art. 18. A direção e o responsável técnico do serviço de saúde tenha registros relativos à identificação e a todos os procedimentos
têm a responsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualida- prestados ao paciente.
de dos processos. Art. 27. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja
Art. 19. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que ga- preenchido de forma legível por todos os profissionais envolvidos
rantam a continuidade da atenção ao paciente quando houver ne- diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura
cessidade de remoção ou para realização de exames que não exis- e carimbo em caso de prontuário em meio físico.
tam no próprio serviço. Art. 28. Os dados que compõem o prontuário pertencem ao
Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser acompanha- paciente e devem estar permanentemente disponíveis aos mesmos
do por relatório completo, legível, com identificação e assinatura do ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando
profissional assistente, que deve passar a integrar o prontuário no necessário.
destino, permanecendo cópia no prontuário de origem.
Art. 20. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que ga-
rantam o funcionamento de Comissões, Comitês e Programas esta-
belecidos em legislações e normatizações vigentes.
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LEGISLAÇÃO - SUS
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LEGISLAÇÃO - SUS
Art. 51. O serviço de saúde deve dispor de normas, procedi- Art. 65. Os estabelecimentos abrangidos por esta resolução te-
mentos e rotinas técnicas escritas e atualizadas, de todos os seus rão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir da data
processos de trabalho em local de fácil acesso a toda a equipe. de sua publicação para promover as adequações necessárias ao Re-
Art. 52. O serviço de saúde deve manter os ambientes limpos, gulamento Técnico.
livres de resíduos e odores incompatíveis com a atividade, devendo Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução, os no-
atender aos critérios de criticidade das áreas. vos estabelecimentos e aqueles que pretendam reiniciar suas ativi-
Art. 53. O serviço de saúde deve garantir a disponibilidade dos dades, devem atender na íntegra às exigências nela contidas.
equipamentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com Art. 66. O descumprimento das disposições contidas nesta re-
a complexidade do serviço e necessários ao atendimento da de- solução e no regulamento por ela aprovado constitui infração sani-
manda. tária, nos termos da Lei no- . 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem
Art. 54. O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
suas tecnologias de forma a atender as necessidades do serviço Art. 67. Esta resolução entra em vigor na data de sua publica-
mantendo as condições de seleção, aquisição, armazenamento, ção.
instalação, funcionamento, distribuição, descarte e rastreabilidade.
Art. 55. O serviço de saúde deve garantir que os materiais e
equipamentos sejam utilizados exclusivamente para os fins a que RESOLUÇÃO CNS Nº 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017, QUE
se destinam. DISPÕE SOBRE A CARTA DOS DIREITOS E DEVERES DA
Art. 56. O serviço de saúde deve garantir que os colchões, col- PESSOA USUÁRIA DA SAÚDE.
chonetes e demais mobiliários almofadados sejam revestidos de
material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos,
RESOLUÇÃO Nº 553, DE 09 DE AGOSTO DE 2017
sulcos e reentrâncias.
Art. 57. O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos pro-
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua 61ª Reu-
cessos de desinfecção e esterilização de equipamentos e materiais.
Art. 58. O serviço de saúde deve garantir que todos os usuários nião Extraordinária, realizada no dia 9 de agosto de 2017, no uso de
recebam suporte imediato a vida quando necessário. suas atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
Art. 59. O serviço de saúde deve disponibilizar os insumos, pro- 1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e pelo Decre-
dutos e equipamentos necessários para as práticas de higienização to nº 5.839, de 11 de julho de 2006, cumprindo as disposições da
de mãos dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, da legisla-
Art. 60. O serviço de saúde que preste assistência nutricional ção brasileira correlata; e
ou forneça refeições deve garantir a qualidade nutricional e a segu- Considerando a necessidade de atualização da Carta dos Direi-
rança dos alimentos. tos dos Usuários da Saúde, publicada por meio da Portaria nº 1.820,
Art. 61. O serviço de saúde deve informar aos órgãos compe- de 13 de agosto de 2009, a partir da legislação e avanços do Sistema
tentes sobre a suspeita de doença de notificação compulsória con- Único de Saúde (SUS);
forme o estabelecido em legislação e regulamentos vigentes. Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que
Art. 62. O serviço de saúde deve calcular e manter o registro dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recupe-
referente aos Indicadores previstos nas legislações vigentes. ração da saúde a organização e funcionamento dos serviços corres-
pondentes;
SEÇÃO IX Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que
DO CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS;
Considerando a Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999, que
Art. 63. O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e con- acrescenta dispositivos à Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
tínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de que institui o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena;
impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mes- Considerando a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que ins-
mos. titui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
Parágrafo único. O controle químico, quando for necessário, da Pessoa com Deficiência);
deve ser realizado por empresa habilitada e possuidora de licença Considerando a Lei nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação), de
sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados 18 de novembro de 2011;
pela Anvisa. Considerando a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, que
Art. 64. Não é permitido comer ou guardar alimentos nos pos- dispõe sobre a participação, a proteção e a defesa dos direitos do
tos de trabalho destinados à execução de procedimentos de saúde. usuário dos serviços públicos da administração pública;
Considerando o Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007,
que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais;
Considerando a Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009, que
institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra;
130
LEGISLAÇÃO - SUS
Considerando a Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, §1º O acesso se dará preferencialmente nos serviços de Aten-
que institui a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, ção Básica.
Bissexuais, Travestis e Transexuais; §2º Nas situações de urgência e emergência, qualquer serviço
Considerando a Portaria nº 2.866, de 02 de dezembro de 2011, de saúde deve receber e cuidar da pessoa bem como encaminhá-la
que institui a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do para outro serviço no caso de necessidade.
Campo e da Floresta; §3º Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser assegu-
Considerando as Diretrizes estabelecidas na Política Nacional rada a remoção do usuário, em tempo hábil e em condições seguras
de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, de 2003; para um serviço de saúde com capacidade para resolver seu tipo de
Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica e Par- problema.
ticipativa no SUS, Portaria nº 3.027, de 26 de novembro de 2007; §4º O encaminhamento às especialidades e aos hospitais,
Considerando a Política Nacional de Educação Popular em Saú- pela Atenção Básica, será estabelecido em função da necessidade
de no âmbito do SUS (PNEPS-SUS), Portaria nº 2.761, de 19 de no- de saúde e indicação clínica, levando-se em conta a gravidade do
vembro de 2013; problema a ser analisado pelas centrais de regulação, com trans-
Considerando a Política Nacional de Educação Permanente parência.
para o Controle Social no SUS, Resolução CNS nº 363, de 11 de agos- §5º Quando houver alguma dificuldade temporária para aten-
to de 2006; der as pessoas é da responsabilidade da direção e da equipe do
Considerando a Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, serviço, acolher, dar informações claras e encaminhá-las sem discri-
que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple- minação e privilégios.
mentares no SUS (PNPIC); Segunda diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento inte-
Considerando as diretrizes estabelecidas nas Conferências de gral, aos procedimentos adequados e em tempo hábil a resolver o
Saúde, nas esferas Municipal, Estadual e Nacional, e no Conselho seu problema de saúde, de forma ética e humanizada.
Nacional de Saúde, em defesa do SUS e dos seus princípios; Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado,
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho do Conse- inclusivo e acessível, com qualidade, no tempo certo e com garantia
lho Nacional de Saúde, que elaborou propostas e sistematizou as de continuidade do tratamento, e para isso deve ser assegurado:
contribuições da Consulta à Sociedade, realizada de maio a junho I- atendimento ágil, com estratégias para evitar o agravamento,
de 2017, para atualização da Carta dos Direitos dos Usuários da com tecnologia apropriada, por equipe multiprofissional capacitada
Saúde; e e com condições adequadas de atendimento;
Considerando que compete ao Conselho Nacional de Saúde o II- disponibilidade contínua e acesso a bens e serviços de imu-
fortalecimento da participação e do controle social no SUS (artigo nização conforme calendário e especificidades regionais;
10, IX da Resolução nº 407, de 12 de setembro de 2008). II- espaços de diálogo entre usuários e profissionais da saúde,
Resolve: gestores e defensoria pública sobre diferentes formas de tratamen-
tos possíveis.
Aprovar a atualização da Carta dos Direitos e Deveres da Pes- III- informações sobre o seu estado de saúde, de forma objeti-
soa Usuária da Saúde, que dispõe sobre as diretrizes dos Direitos e va, respeitosa, compreensível, e em linguagem adequada a atender
Deveres da Pessoa Usuária da Saúde anexa a esta Resolução. a necessidade da usuária e do usuário, quanto a:
a)possíveis diagnósticos;
ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017 b)diagnósticos confirmados;
c)resultados dos exames realizados;
Primeira diretriz: toda pessoa tem direito, em tempo hábil, ao d)tipos de exames solicitados, as justificativas e riscos;
acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia da e)objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos,
promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saú- cirúrgicos, preventivos ou de tratamento;
de. f)duração prevista do tratamento proposto;
I- Cada pessoa possui direito de ser acolhida no momento em g)quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasi-
que chegar ao serviço e conforme sua necessidade de saúde e espe- vos ou cirúrgicos;
cificidade, independentemente de senhas ou procedimentos buro- h)a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração;
cráticos, respeitando as prioridades garantidas em Lei. i)partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental
II- A promoção e a proteção da saúde devem estar relacionadas a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indese-
com as condições sociais, culturais e econômicas das pessoas, inclu- jáveis;
ídos aspectos como: j)duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação;
a)segurança alimentar e nutricional; k)evolução provável do problema de saúde;
b)saneamento básico e ambiental; l)informações sobre o custo das intervenções das quais a pes-
c)tratamento às doenças negligenciadas conforme cada região soa se beneficiou;
do País; m)outras informações que forem necessárias;
d)iniciativas de combate às endemias e doenças transmissíveis; I- que toda pessoa tem o direito de decidir se seus familiares e
e)combate a todas as formas de violência e discriminação; acompanhantes deverão ser informados sobre seu estado de saú-
f)educação baseada nos princípios dos Direitos Humanos; de;
g)trabalho digno; e II- o registro atualizado e legível no prontuário, das seguintes
h)acesso à moradia, transporte, lazer, segurança pública e pre- informações:
vidência social. a)motivo do atendimento ou internação;
b)dados de observação e da evolução clínica;
131
LEGISLAÇÃO - SUS
132
LEGISLAÇÃO - SUS
VII - a escolha do local de morte; a)que o dirigente do serviço cuide dos aspectos éticos da pes-
VIII - o direito à escolha de tratamento, quando houver, inclusi- quisa e estabeleça mecanismos para garantir a decisão livre e escla-
ve as práticas integrativas e complementares de saúde, e à conside- recida da pessoa;
ração da recusa de tratamento proposto; b)que o pesquisador garanta, acompanhe e mantenha a inte-
IX - o recebimento de visita, quando internado, de outros pro- gridade da saúde dos participantes de sua pesquisa, assegurando-
fissionais de saúde que não pertençam àquela unidade hospitalar -lhes os benefícios dos resultados encontrados; e
sendo facultado a esse profissional o acesso ao prontuário; c)que a pessoa assine o termo de consentimento livre e escla-
X - a opção de marcação de atendimento pessoalmente, por recido;
telefone e outros meios tecnológicos disponíveis e acessíveis; XI- o direito de se expressar e ser ouvido nas suas queixas, de-
XI - o recebimento de visita de religiosos de qualquer credo, núncias, necessidades, sugestões e outras manifestações por meio
sem que isso acarrete mudança da rotina de tratamento e do es- das ouvidorias, urnas e qualquer outro mecanismo existente, sendo
tabelecimento e ameaça à segurança ou perturbações a si ou aos sempre respeitado na privacidade, no sigilo e na confidencialidade;
outros; e
XII - a não-limitação de acesso aos serviços de saúde por barrei- XII- a participação nos processos de indicação e eleição de seus
ras físicas, tecnológicas e de comunicação; representantes nas Conferências, nos Conselhos de Saúde e nos
XIII - a espera por atendimento em lugares protegidos, limpos Conselhos Gestores da Rede SUS.
e ventilados, tendo a sua disposição água potável e sanitários, e Quinta diretriz: toda pessoa tem responsabilidade e direitos
devendo os serviços de saúde se organizarem de tal forma que seja para que seu tratamento e recuperação sejam adequados e sem
evitada a demora nas filas; interrupção.
XIV - soluções para que não haja acomodação de usuários em Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no caput
condições e locais inadequados. deste artigo, as pessoas deverão:
Quarta diretriz: toda pessoa deve ter seus valores, cultura e di- I- prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas con-
reitos respeitados na relação com os serviços de saúde. sultas e nas internações sobre:
Parágrafo único: os direitos do caput serão garantidos por meio a)queixas;
de: b)enfermidades e hospitalizações anteriores;
I- escolha do tipo de plano de saúde que melhor lhe convier, c)história de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas,
de acordo com as exigências mínimas constantes da legislação e a exames anteriores;
informação pela operadora sobre a cobertura, custos e condições d)demais informações sobre seu estado de saúde.
do plano que está adquirindo; II- expressar se compreendeu as informações e orientações re-
II- sigilo e a confidencialidade de todas as informações pesso- cebidas e, caso ainda tenha dúvidas, solicitar esclarecimento sobre
ais, mesmo após a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública; elas;
III- acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pes- III- seguir o plano de tratamento proposto pelo profissional ou
soa por ele autorizada e a garantia de envio e fornecimento de có- pela equipe de saúde responsável pelo seu cuidado, que deve ser
pia, em caso de encaminhamento a outro serviço ou mudança de compreendido e aceito pela pessoa que também é responsável pelo
domicílio; seu tratamento;
IV- obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que justifi- IV- informar ao profissional de saúde ou à equipe responsável
cado por sua situação de saúde; sobre qualquer fato que ocorra em relação a sua condição de saúde;
V- consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer V- assumir a responsabilidade formal pela recusa a procedi-
procedimentos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo nos mentos, exames ou tratamentos recomendados e pelo descumpri-
casos que acarretem risco à saúde pública, considerando que o con- mento das orientações do profissional ou da equipe de saúde;
sentimento anteriormente dado poderá ser revogado a qualquer VI- contribuir para o bem-estar de todas e todos nos serviços
instante, por decisão livre e esclarecida, sem que sejam imputadas de saúde, evitar ruídos, uso de fumo e derivados do tabaco e bebi-
à pessoa sanções morais, financeiras ou legais; das alcoólicas, colaborar com a segurança e a limpeza do ambiente;
VI- pleno conhecimento de todo e qualquer exame de saúde VII- adotar comportamento respeitoso e cordial com as demais
admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de fun- pessoas que usam ou que trabalham no estabelecimento de saúde;
ção, ou demissional realizado e seus resultados; VIII- realizar exames solicitados, buscar os resultados e apre-
VII- a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada sentá-los aos profissionais dos serviços de saúde;
de decisões para a eventualidade de tornar-se incapaz de exercer IX- ter em mão seus documentos e, quando solicitados, os re-
sua autonomia; sultados de exames que estejam em seu poder;
VIII- o recebimento ou a recusa à assistência religiosa, espiritu- X- cumprir as normas dos serviços de saúde que devem res-
al, psicológica e social; guardar todos os princípios desta Resolução;
IX- a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar XI- adotar medidas preventivas para situações de sua vida coti-
segunda opinião ou parecer de outro profissional ou serviço sobre diana que coloquem em risco a sua saúde e da comunidade;
seu estado de saúde ou sobre procedimentos recomendados; XII- comunicar aos serviços de saúde, às ouvidorias ou à vigi-
X- a não-participação em pesquisa que envolva ou não trata- lância sanitária irregularidades relacionadas ao uso e à oferta de
mento experimental sem que tenha garantias claras da sua liber- produtos e serviços que afetem a saúde em ambientes públicos e
dade de escolha e, no caso de recusa em participar ou continuar privados;
na pesquisa, não poderá sofrer constrangimentos, punições ou san- XIII- desenvolver hábitos, práticas e atividades que melhorem a
ções pelos serviços de saúde, sendo necessário, para isso: sua saúde e qualidade de vida;
133
LEGISLAÇÃO - SUS
XIV- comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de §11. O direito previsto no caput desse artigo inclui a participa-
caso de doença transmissível, quando a situação requerer o isola- ção de Conselhos e Conferências de Saúde, o direito de representar
mento ou quarentena da pessoa ou quando a doença constar da e ser representado em todos os mecanismos de participação e de
relação do Ministério da Saúde; e controle social do SUS.
XV- não dificultar a aplicação de medidas sanitárias, bem como Sétima diretriz: toda pessoa tem direito a participar dos Conse-
as ações de fiscalização sanitária. lhos e Conferências de Saúde e de exigir que os gestores cumpram
Sexta diretriz: toda pessoa tem direito à informação sobre os os princípios anteriores.
serviços de saúde e aos diversos mecanismos de participação. §1º As Conferências Municipais de Saúde são espaços de ampla
§1º A educação permanente em saúde e a educação perma- e aberta participação da comunidade, complementadas por Confe-
nente para o controle social devem estar incluídas em todas as ins- rências Livres, distritais e locais, além das de plenárias de segmen-
tâncias do SUS, e envolver a comunidade. tos.
§2º As unidades básicas de saúde devem constituir conselhos §2º Respeitada a organização da democracia brasileira, toda
locais de saúde com participação da comunidade. pessoa tem direito a acompanhar dos espaços de controle social,
§3º As ouvidorias, Ministério Público, audiências públicas e ou- como forma de participação cidadã, observando o Regimento Inter-
tras formas institucionais de exercício da democracia garantidas em no de cada instância.
lei, são espaços de participação cidadã. §3º Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para ob-
§4º As instâncias de controle social e o poder público devem servância dessas diretrizes, comprometem-se a:
promover a comunicação dos aspectos positivos do SUS. I- promover o respeito e o cumprimento desses direitos e de-
§5º Devem ser estabelecidos espaços para as pessoas usuárias veres, com a adoção de medidas progressivas, para sua efetivação;
manifestarem suas posições favoráveis ao SUS e promovidas estra- II- adotar as providências necessárias para subsidiar a divulga-
tégias para defender o SUS como patrimônio do povo brasileiro. ção desta Resolução, inserindo em suas ações as diretrizes relativas
§6º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a informa- aos direitos e deveres das pessoas;
ção, com linguagem e meios de comunicação adequados sobre: III- incentivar e implementar formas de participação dos traba-
I- o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de saúde e lhadores e usuários nas instâncias e participação de controle social
o SUS; do SUS;
II- os mecanismos de participação da sociedade na formulação, IV- promover atualizações necessárias nos regimentos e estatu-
acompanhamento e fiscalização das políticas e da gestão do SUS; tos dos serviços de saúde, adequando-os a esta Resolução;
III- as ações de vigilância à saúde coletiva compreendendo a V- adotar estratégias para o cumprimento efetivo da legislação
vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental; e e das normatizações do SUS;
IV- a interferência das relações e das condições sociais, econô- VI- promover melhorias contínuas, na rede SUS, como a infor-
micas, culturais, e ambientais na situação da saúde das pessoas e matização para implantar o Cartão SUS e o Prontuário Eletrônico
da coletividade. com os objetivos de:
§7º Os órgãos de saúde deverão informar as pessoas sobre a a)otimizar o financiamento;
rede SUS mediante os diversos meios de comunicação, bem como b)qualificar o atendimento aos serviços de saúde;
nos serviços de saúde que compõem essa rede de participação po- c)melhorar as condições de trabalho;
pular, em relação a: d)reduzir filas; e
I- endereços; e)ampliar e facilitar o acesso nos diferentes serviços de saúde.
II- telefones; Oitava diretriz: Os direitos e deveres dispostos nesta Resolução
III- horários de funcionamento; e constituem a Carta dos Direitos Usuária da Saúde.
IV- ações e procedimentos disponíveis. Parágrafo único. A Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usu-
§8º Em cada serviço de saúde deverá constar, em local visível e ária da Saúde será disponibilizada nos serviços do SUS e conselhos
acessível à população: de saúde por meios acessíveis e na internet, em http://www.conse-
I- nome do responsável pelo serviço; lho.saude.gov.br.
II- nomes dos profissionais;
III- horário de trabalho de cada membro da equipe, inclusive do Publicada no DOU em 15/01/2018 – Ed. 10, Seção 1, Pag. 41-44
responsável pelo serviço e;
IV- ações e procedimentos disponíveis.
§9º As informações prestadas à população devem ser claras, RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013 QUE INSTITUI AÇÕES
para propiciar a compreensão por toda e qualquer pessoa. PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚ-
§10. Os Conselhos de Saúde deverão informar à população so- DE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
bre:
I- formas de participação; RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
II- composição do Conselho de Saúde;
III- regimento interno dos Conselhos; Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saú-
IV- Conferências de Saúde; de e dá outras providências.
V- data, local e pauta das reuniões; e
VI- deliberações e ações desencadeadas. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e IV, do
art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§
134
LEGISLAÇÃO - SUS
1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do VIII - núcleo de segurança do paciente (NSP): instância do ser-
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, viço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, ações voltadas à segurança do paciente;
tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. IX - plano de segurança do paciente em serviços de saúde: do-
7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo cumento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando
422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 23 de julho a prevenção e a mitigação dos incidentes, desde a admissão até a
de 2013, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde;
Diretor-Presidente , determino a sua publicação: X - segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do
risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde;
CAPÍTULO I XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao desenvol-
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS vimento de ações relacionadas à promoção, proteção, manutenção
e recuperação da saúde, qualquer que seja o seu nível de complexi-
SEÇÃO I dade, em regime de internação ou não, incluindo a atenção realiza-
OBJETIVO da em consultórios, domicílios e unidades móveis;
XII - tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos, medi-
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a camentos, insumos e procedimentos utilizados na atenção à saúde,
promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos bem como os processos de trabalho, a infraestrutura e a organiza-
serviços de saúde. ção do serviço de saúde.
SEÇÃO II CAPÍTULO II
ABRANGÊNCIA DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
135
LEGISLAÇÃO - SUS
136
LEGISLAÇÃO - SUS
A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âm- — Promove a permanente articulação do conjunto das espe-
bito do SUS está instituída na Portaria de Consolidação nº 2, de cialidades clínicas e cirúrgicas, bem como das equipes multiprofis-
28/07/2017, que instituiu a Consolidação das normas sobre as po- sionais garantindo a integralidade do cuidado, no âmbito intra-hos-
líticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde, Capítulo II pitalar;
- Das Políticas de Organização da Atenção à Saúde, Seção I - Das — Aprimora e apoia o processo integral do cuidado ao usuário
Políticas Gerais de Organização da Atenção à Saúde, Art. 6º - inciso dos serviços hospitalares visando o atendimento mais adequado às
IV, Anexo XXIV, estabelecendo as diretrizes para a organização do suas necessidades;
componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). — Apoia as equipes na definição de critérios para internação
A PNHOSP, em seu art. 6º, inciso IV, define e recomenda a cria- e alta;
ção do Núcleo Interno de Regulação (NIR) nos hospitais, de forma — Fornece subsídios às Coordenações Assistenciais para que
a realizar a interface com as Centrais de Regulação, delinear o perfil façam o gerenciamento dos leitos, sinalizando contingências locais
de complexidade da assistência no âmbito do SUS, bem como per- que possam comprometer a assistência;
mitir o acesso de forma organizada e por meio do estabelecimen- — Estimula o Cuidado Horizontal dentro da instituição;
to de critérios de gravidade e disponibilizar o acesso ambulatorial, — Subsidia a direção do hospital para a tomada de decisão in-
hospitalar, de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além de ternamente;
critérios pré-estabelecidos, como protocolos que deverão ser ins- — Colabora tecnicamente, com dados de monitoramento na
tituídos em conjunto pelo NIR e a gestão da Regulação, além de proposição e atualização de protocolos de diretrizes clínicas e tera-
permitir a busca por vagas de internação e apoio diagnóstico/ te- pêuticas e administrativos.
rapêutico fora do próprio estabelecimento para os pacientes que No geral, as estruturas hospitalares têm mantido, muito alto, o
requeiram serviços não disponíveis, sempre que necessário, confor- tempo médio de permanência em suas enfermarias, traduzindo-se
me pactuação na Rede de Atenção à Saúde (RAS). em um excedente de usuários que fica represado nas emergências,
causando também elevadas médias de permanência nesses locais,
NIR para regulação de leitos intra-hospitalares que por falta de estrutura ou mesmo por terem sua capacidade ins-
O NIR é uma unidade técnico-administrativa que realiza o mo- talada suplantada tem que ficar mal acomodados, ou em situações
nitoramento do paciente, a partir de seu ingresso no hospital, sua de improviso e precariedade.
movimentação interna e externa até a alta hospitalar. É uma estru- A melhora de indicadores, como a Média de Permanência, leva
tura ligada diretamente à direção geral do hospital e deve ser legiti- em conta a necessidade de adequação e/ou aprimoramento das
mada, com papel e função definidos. unidades de saúde em relação a todos os fatores apontados acima.
É oportuno apresentar um modelo que subsidie o gestor hospi- Mas como só está na governabilidade do hospital temas internos a
talar a implantar o (NIR) para apoio a realização da gestão de leitos instituição é necessário que seja feito uma reavaliação dos proces-
e interface com a regulação de acesso por meio, da elaboração de sos da rede de atenção à saúde como um todo.
diretrizes que norteiem os gestores na implantação e/ou imple- Nessa perspectiva, é importante um olhar para dentro da
mentação do NIR e orientação para constituição da equipe do NIR. instituição com vistas a diminuição das médias de permanência e
A implantação e/ou implementação do NIR deve ser entendida adoção de processo de cuidado pautado na gestão da clínica e na
como projeto importante e permanente dentro do planejamento pactuação com as equipes do hospital e dos serviços de apoio, no
estratégico das unidades hospitalares, tendo em vista que os hospi- sentido de mobilizar e viabilizar os acordos internos.
tais são instituições complexas e com rotinas e culturas organizacio- Um ponto muito relevante para a gestão de vagas é a necessi-
nais que necessitam ser aprimoradas para melhorar qualidade da dade de compatibilização da demanda com os recursos disponíveis
assistência prestada aos usuários do SUS. no serviço, por meio da definição de perfil e identificação da cartei-
O NIR possui as seguintes funções: ra de serviços ofertada pela instituição.
— Permite o conhecimento da necessidade de leitos, por espe- Dentre as estratégias importantes estão a definição de um res-
cialidades e patologias; ponsável pela coordenação do Projeto Terapêutico tanto nos seto-
— Subsidia discussões tanto internas, como externas (na rede res de emergência, como também em outros setores, uma vez que
de atenção à saúde), que permitam o planejamento da ampliação uma unidade é reflexo da outra em sequência.
e/ou readequação do perfil de leitos hospitalares ofertados; Como já ocorre nas Unidades de Terapia Intensiva, onde a con-
— Otimiza a utilização dos leitos hospitalares, para redução dução do projeto terapêutico cabe ao intensivista, no ambiente da
da Taxa de Ocupação, Tempo Médio de Permanência, nos diversos emergência também se propõe que seja dada, ao coordenador clí-
setores do hospital, além de ampliar o acesso aos leitos, tanto no nico do setor, a função de coordenar esse processo, sendo o espe-
âmbito intra-hospitalar, quanto para outros serviços disponibiliza- cialista incorporado à equipe terapêutica, mas sob a coordenação
dos pela RAS; de um profissional emergencista ou clínico que trabalha em escala
— Promove o uso dinâmico dos leitos hospitalares, por meio horizontal acompanhando diariamente a situação dos usuários e
do aumento de rotatividade e monitoramento das atividades de apoiando as decisões de conduta de forma linear.
gestão da clínica desempenhadas pelas equipes assistenciais; Também é fundamental a pactuação de protocolos entre os
— Permite e aprimora a interface entre a gestão interna hospi- profissionais da equipe de forma multiprofissional, a fim de pa-
talar e a regulação; dronizar a metodologia de investigação diagnóstica e das condutas
— Qualifica os fluxos de acesso aos serviços e as informações terapêuticas em todos os setores da unidade hospitalar, o que di-
no ambiente hospitalar; minui gastos desnecessários, evita a duplicação ou superposição de
— Otimiza os recursos existentes e aponta necessidades de in- exames, proporciona mais agilidade ao tratamento, previne a subs-
corporação de tecnologias no âmbito hospitalar; tituição precoce de drogas e diminui a ocorrência de complicações
evitáveis e iatrogenias nos pacientes.
137
LEGISLAÇÃO - SUS
Outro ponto crucial na diminuição da permanência refere-se (D) Na década de 80, o INAMPS adota uma série de medidas
à agilidade nas respostas aos exames subsidiários ao diagnóstico. que o aproximam ainda mais de uma cobertura universal de
Assim, pactuações com os serviços de apoio diagnóstico para a prio- clientela, dentre as quais se destaca o início da exigência da
rização e hierarquização dos exames da emergência, assim como da Carteira de Segurado do INAMPS para o atendimento nos hos-
UTI, são fundamentais para esse processo. pitais próprios e conveniados da rede pública
É muito importante a possibilidade de tornar os processos in- (E) A Constituição previu a competência concorrente dos entes
formatizados, por meio de prontuários eletrônicos e a disponibili- federados para legislar sobre a “defesa da saúde”
zação, na rede interna, dos resultados de exames, o que garante
agilidade e redução de custos. 2. IBFC - 2020 - EBSERH - Técnico em Contabilidade
É necessário que a equipe do NIR assegure e tenha o papel de A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) representou um
intermediadora da boa comunicação, além de mediar conflitos e marco importante para a saúde pública do Brasil, pois apresenta
diminuir riscos de ruídos entre os setores do hospital. A boa relação um arcabouço jurídico-institucional no campo das políticas públicas
entre os setores torna mais fácil e deixa mais clara a definição de de saúde. Sobre a evolução histórica do SUS, analise as afirmativas
critérios de acesso a estas áreas e diminui a disputa por recursos, abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
muitas vezes escassos. ( ) O marco da reforma do sistema de saúde brasileiro foi a 8a
No caso da gestão de leitos realizada pelo NIR em conjunto com Conferência Nacional de Saúde, que ocorreu em março de 1988 e
as demais equipes da unidade hospitalar, a viabilização das ações teve como lema “Saúde, Direito de Todos, e Dever do Estado”.
propostas para a diminuição das médias de permanência, aumen- ( ) Os princípios e diretrizes do SUS foram contemplados na Lei
to da rotatividade e diminuição da superlotação, tanto no setor de
Orgânica da Saúde, Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Urgência e Emergência, quanto nos outros setores do hospital, pre-
( ) O SUS, portanto, não é composto somente por serviços
cede da implementação de algumas “ferramentas tecnológicas”, do
públicos; é integrado também por uma rede de serviços privados,
campo da gestão da clínica e que serão sugeridas no manual.
principalmente hospitais e unidades de diagnose e terapia, que são
Em face ao exposto, fica evidente que as atividades desenvol-
vidas pelo NIR favorecem a melhoria dos processos institucionais, a remunerados por meio dos recursos públicos destinados à saúde.
racionalização dos recursos, de acordo com a capacidade instalada, Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
propicia o aumento da rotatividade dos leitos na unidade hospitalar cima para baixo.
com consequente ampliação do acesso, além de promover práticas (A) F, V, V
assistenciais seguras, mediante a utilização de protocolos clínicos e (B) V, F, V
instrumentos de boas práticas para elevar a qualidade do atendi- (C) V, F, F
mento prestado ao usuário. (D) F, F, V
Portanto, o NIR deve estar empoderado e legitimado de prefe- (E) V, V, V
rência como uma instância colegiada ligada diretamente à direção
do hospital. 3. IBFC - 2020 - EBSERH - Técnico em Contabilidade
Após a publicação das Leis de n° 8.080/1990, e de n°
8.142/1990, a atuação da sociedade no sistema de saúde tomou
QUESTÕES outras dimensões, pois a partir daí, a participação social foi amplia-
da, democratizada e passou a ser qualificada pelo Controle Social.
1. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica Em relação ao Controle Social, analise as afirmativas abaixo e dê
Relativamente ao tema da “Evolução histórica da organização valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de ( ) “A partir do controle social, a sociedade começou, efetiva-
Saúde (SUS)”, assinale a alternativa incorreta. mente, a participar da gestão do sistema de saúde.”
(A) Até a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, a atuação ( ) “A população, por meio dos Conselhos de Saúde, passou a
na área de assistência à saúde era prestada à parcela da popu- exercer o controle social.”
lação definida como “indigente” por alguns Municípios e Esta- ( ) “O controle social ocorre por meio da participação da popu-
dos e, principalmente, por instituições de caráter filantrópico lação no planejamento das políticas públicas, fiscalizando as ações
(B) Com a crise de financiamento da Previdência a partir de do governo, verificando o cumprimento das leis relacionadas ao
meados da década de 70, o INAMPS adota várias providên- SUS e analisando as aplicações financeiras realizadas pelo municí-
cias para racionalizar suas despesas e começa, na década de pio ou pelo estado no gerenciamento da saúde.”
80, a “comprar” serviços do setor público (redes de unidades Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde), inicialmente cima para baixo.
através de convênios. A assistência à saúde prestada pela rede (A) F, V, V
pública, mesmo com o financiamento do INAMPS apenas para (B) V, F, V
os seus beneficiários, preservava o seu caráter de universalida- (C) V, F, F
de da clientela (D) F, F, V
(C) Até a criação do Sistema Único de Saúde - SUS, o Ministé- (E) V, V, V
rio da Saúde, apoiado por Estados e Municípios, desenvolveu
basicamente ações de promoção da saúde e de prevenção de
doenças, merecendo destaque as campanhas de vacinação e
controle de endemias
138
LEGISLAÇÃO - SUS
4. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica 6. IBFC - 2022 - SESACRE - Agente Administrativo
Em conformidade com o disposto na Resolução n° 453 de 10 de As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regio-
maio de 2012, a qual dispõe sobre os Conselhos de Saúde, assinale nalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, conforme
a alternativa incorreta. dispõe a Constituição Federal de 1988. Acerca do assunto, assinale
(A) Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o Po- a alternativa que não apresenta uma diretriz do sistema único.
der Executivo, respeitando os princípios da democracia, deve (A) Participação da comunidade
acolher as demandas da população aprovadas nas Conferên- (B) Atendimento integral, com prioridade para as atividades
cias de Saúde, e em consonância com a legislação preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais
(B) Nos Municípios onde não existem entidades, instituições e (C) Descentralização, com direção única em cada esfera de go-
movimentos organizados em número suficiente para compor verno
o Conselho, a eleição da representação deve ser realizada em (D) Equidade na forma de participação no custeio
plenária no respectivo Estado, promovida pelo Conselho Esta-
dual de maneira ampla e democrática 7. IBFC - 2023 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Psicólogo
(C) O processo bem-sucedido de descentralização da saúde Sobre o atendimento e a internação domiciliar, assinale a al-
promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, Conselhos ternativa incorreta em relação ao que é proposto pela Lei 8.080 de
Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos 1990, no Sistema Único de Saúde brasileiro.
dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação (A) Na modalidade de assistência de atendimento domiciliar
dos Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de en-
Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação da fermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência so-
comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde cial, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes
(D) A participação da sociedade organizada, garantida na legis- em seu domicílio
lação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada (B) A internação domiciliar deve ser realizada por equipes mul-
na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, ava- tidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina tanto pre-
liação e fiscalização da implementação da Política de Saúde, ventiva, quanto terapêutica e reabilitadora
inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros (C) Tanto o atendimento quanto a internação domiciliar só po-
(E) A representação nos segmentos deve ser distinta e autôno- derá ser realizada por indicação médica, com expressa concor-
ma em relação aos demais segmentos que compõem o Con- dância do paciente e de sua família
selho, por isso, um profissional com cargo de direção ou de (D) A modalidade de assistência de atendimento domiciliar é
confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de preconizada pelo Sistema Único de Saúde, e a modalidade de
saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de assistência de internação domiciliar não é preconizada por esse
Trabalhadores(as) Sistema de Saúde
5. IBFC - 2022 - SESACRE - Agente Administrativo 8. IBFC - 2023 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Agente de Saúde /
Acerca das disposições da Resolução nº 453/2012 do Conselho Agente de Call Center
Nacional de Saúde, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verda- Acerca das disposições da Lei nº 8080/1990, conhecida como
deiro (V) ou Falso (F). Lei Orgânica da Saúde, analise as afirmativas a seguir e dê valores
( ) Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saúde Verdadeiro (V) ou Falso (F).
atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da ( ) A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo
execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econô- o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
micos e financeiros. ( ) O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formula-
( ) Não há, nos Conselhos de Saúde, participação das entidades ção e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redu-
representativas dos trabalhadores da área da saúde. ção de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento
( ) As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conse- de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações
lho de Saúde terão os conselheiros indicados, por escrito, conforme e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e ( ) O dever do Estado exclui o das pessoas, da família, das em-
instituições e de acordo com a sua organização, com a recomenda- presas e da sociedade.
ção de que ocorra renovação de seus representantes. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
cima para baixo. (A) V - V - V
(A) V - V - V (B) V - F - V
(B) V - F - V (C) F - F - V
(C) F - F - V (D) V - V - F
(D) V - V - F
139
LEGISLAÇÃO - SUS
9. IBFC - 2022 - DPE-MT - Analista - Assistente Social ( ) O sistema SISMAC é um sistema de controle financeiro de
A Lei Federal nº 8.080/1990 regulamenta as ações e serviços todas as complexidades de ações e serviços ambulatoriais.
de Saúde em todo o território nacional e em seu artigo 16º indica Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
como competência da Direção Nacional do Sistema Único de Saúde: cima para baixo.
I. Colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância (A) F, V, V, F
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras. (B) V, V, F, F
II. Promover a descentralização para os Municípios dos serviços (C) V, F, F, V
e das ações de saúde. (D) F, F, V, V
III. Participar da definição de normas, critérios e padrões para o
controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a 13. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica
política de saúde do trabalhador. Em atenção ao disposto na Resolução-RDC nº 63 de 2011, a
IV. Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutri- qual dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento
ção. para os Serviços de Saúde, assinale a alternativa incorreta.
Estão corretas as afirmativas: (A) O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam
(A) I e III apenas a continuidade da atenção ao paciente quando houver neces-
(B) II e III apenas sidade de remoção ou para realização de exames que não exis-
(C) III e IV apenas tam no próprio serviço
(D) I e II apenas (B) As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componen-
tes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços
10. IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - são ofertados com padrões de qualidade adequados
Enfermeiro Diarista e Plantonista (C) O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade
De acordo com a Lei nº 8142/1990, o Sistema Único de Saúde como ferramenta de gerenciamento
(SUS) de que trata a Lei nº 8080/1990, contará, em cada esfera de (D) A licença de funcionamento dos serviços e atividades ter-
governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as se- ceirizados deve conter informação sobre a sua habilitação para
atender serviços de saúde, quando couber
guintes instâncias colegiadas: _____ e _____.
(E) O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o contro-
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente
le de acesso dos trabalhadores e pacientes, vedado tal registro
as lacunas.
para acompanhantes e visitantes
(A) Estado / Município
(B) Conferência de Saúde / Conselho de Saúde
14. IBFC - 2022 - Prefeitura de Contagem - MG - Advogado
(C) Ouvidoria / Assistência Social
Em conformidade com as disposições da Resolução - RDC Nº
(D) Educação / Município
36, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de
saúde, assinale a alternativa incorreta.
11. IBFC - 2020 - EBSERH - Assistente Administrativo
(A) Compete ao Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) acom-
Os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) abordam, de forma panhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente
geral, as condições de vida e condições de trabalho dos indivíduos em Serviços de Saúde
que de alguma forma condicionam sua saúde. Com base na Comis- (B) O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
são Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), as- (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer estratégias e ações
sinale a alternativa correta. de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo
(A) Fatores psicológicos não fazem parte dos DSS serviço de saúde
(B) Fatores comportamentais não fazem parte dos DSS (C) A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de
(C) Fatores étnico/raciais não fazem parte dos DSS Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição, con-
(D) Fatores culturais e Sociais não fazem parte dos DSS ferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder
(E) Fatores ambientais, como poluição do ar, da terra e dos ali- para executar as ações do Plano de Segurança do Paciente em
mentos, não fazem parte dos DSS Serviços de Saúde
(D) Por segurança do paciente, deve-se compreender a maximi-
12. IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - zação a um máximo aceitável, do risco de dano desnecessário
Enfermeiro Diarista e Plantonista associado à atenção à saúde
Os Sistemas de Informação em Saúde são sistemas que instru-
mentalizam e apoiam a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS),
em todas as esferas, nos processos de planejamento, programação,
regulação, controle, avaliação e auditoria. Diante disto, analise as
afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) O sistema CNES significa Cadastro Nacional de Estabeleci-
mentos de Saúde.
( ) O sistema SIA significa Sistema de Informações Ambulato-
riais do SUS.
( ) O sistema SIGTAP é um sistema de tabulação apenas para a
tabela da Associação Médica Brasileira (AMB).
140
LEGISLAÇÃO - SUS
______________________________________________________
1 D
2 A ______________________________________________________
3 E ______________________________________________________
4 B
______________________________________________________
5 B
6 D ______________________________________________________
7 D ______________________________________________________
8 D
______________________________________________________
9 C
_____________________________________________________
10 B
11 E _____________________________________________________
12 B ______________________________________________________
13 E
______________________________________________________
14 D
15 A ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
141
LEGISLAÇÃO - SUS
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