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NEUROSSENSORIOMOTORA
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO....................................................................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................................................. 7
UNIDADE I
ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TERAPÊUTICA................................................................................................................................................................. 9
UNIDADE II
LASERTERAPIA APLICADA À FONOAUDIOLOGIA.................................................................................................................................................. 17
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TERAPÊUTICA................................................................................................................................................................ 17
UNIDADE III
INTEGRAÇÃO SENSORIAL............................................................................................................................................................................................... 27
CAPÍTULO 1
A INTEGRAÇÃO SENSORIAL NO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA................................................... 27
CAPÍTULO 2
INTEGRAÇÃO SENSORIAL NO AUTISMO.................................................................................................................................................. 36
CAPÍTULO 3
INTEGRAÇÃO SENSORIAL NA SENESCÊNCIA....................................................................................................................................... 42
UNIDADE IV
TÓPICOS ESPECIAIS.......................................................................................................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 1
PROMOÇÃO DA SAÚDE E INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS APLICADAS À FONOAUDIOLOGIA E PRÁTICA BASEADA
EM EVIDÊNCIA....................................................................................................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 2
REALIDADE VIRTUAL, GAMETERAPIA, TECNOLOGIA E A FONOAUDIOLOGIA CONTEMPORÂNEA............................... 57
CAPÍTULO 3
BANDAGEM ELÁSTICA TERAPÊUTICA NA FONOAUDIOLOGIA....................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................................................................... 85
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
Conselho Editorial
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ORGANIZAÇÃO DO CADERNO
DE ESTUDOS E PESQUISA
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para
o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma
pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em
seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas
experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para
a construção de suas conclusões.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam
para a síntese/conclusão do assunto abordado.
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Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando
o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
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INTRODUÇÃO
Objetivos
» Conhecer alguns recursos que podem ser utilizados na prática fonoaudiológica.
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ELETROESTIMULAÇÃO
APLICADA À UNIDADE I
FONOAUDIOLOGIA
CAPÍTULO 1
Fundamentação terapêutica
A fonoaudiologia se destaca por possuir uma gama de técnicas e recursos que atuam
em prol da saúde humana, estando presente desde a infância até a terceira idade.
Nesse processo profissional, algumas habilidades são desenvolvidas pelo profissional,
que busca em sua essência atuar com a promoção da saúde e, também, no âmbito
da reabilitação. Desse modo, nesta unidade I, você irá compreender os aspectos que
envolvem a eletroestimulação aplicada à motricidade orofacial, voz e a disfagia.
Quanto à motricidade orofacial, esse campo de estudo se destaca por estudar, prevenir,
avaliar, diagnosticar, reabilitar alterações nas estruturas e funções da região da boca
(oro) e da face (facial), bem como da região do pescoço. Diversas alterações podem
estar relacionadas à motricidade orofacial, como distúrbios no aparelho respiratório,
sucção, processo mastigatório, deglutição e na fala, bem como na posição dos lábios,
da língua e das bochechas.
Já a voz possui relação fisiológica pertencente ao aparelho fonador, visto que é produzida
quando o ar é expiratório e tem sua passagem pelas pregas vocais. O sistema vocal,
possui um tamanho pequeno, porém, com uma capacidade de produção complexa e
de grande potência, tendo as pregas vocais como uma das principais estruturas. Ao se
falar no aparelho fonador, esse possui uma estrutura anatômica composta por um
conjunto de órgãos (pulmões, brônquios, e traqueia) que se auxiliam em homeostase
para produzir o ar. A laringe é onde se localizam as pregas vocais e produz a energia
da fala. A faringe e as fossas nasais ficam responsáveis pela ressonância.
As pregas vocais são constituídas por duas dobras de músculos e mucosa que se
desdobram de maneira horizontal na região da laringe, com fixação anterior na
face interna da cartilagem tireóidea, formando a comissura anterior, a região de
convergência de ambas as pregas vocais. O diafragma tem uma grande importância
nesse sistema, pois é um músculo estriado esquelético extenso, que faz a separação da
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Unidade I | ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA
Nessa perspectiva, tem-se algumas alterações comuns nesse sistema e a disfagia surge
no rol de incapacidades, na qual o fonoaudiólogo atua, inserindo na prática profissional
recursos que auxiliem de maneira positiva nessa dificuldade de deglutição, ou seja, na
dificuldade que o paciente possui de realizar o processo de engolir. Comumente, existem
dois tipos básicos de disfagia que se diferenciam em relação à localização e aos mecanismos
fisiopatológicos, sendo elas: a disfagia orofaríngea, também conhecida por disfagia de
transferência ou disfagia alta, e a disfagia esofagiana, também intitulada disfagia
de transporte.
As disfagias orais e faríngeas (DOF) ocorrem por alterações que atingem a cavidade
bucal e a faringe, região da garganta. Esse tipo de disfagia é mais recorrente na população
idosa e possui causas neuromusculares, das quais se destacam: sequelas de acidente
vascular encefálico (AVC), mal de Parkinson, doença de Huntington, tumores na região
do tronco encefálico e da orofaringe, doença de Alzheimer, divertículo de Zenker,
drogas, entre outras (LEME; COSTA; ABRAHÃO JUNIOR, 2016).
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ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA | Unidade I
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Unidade I | ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA
Vale ressaltar, que a condução do estímulo elétrico deve ser realizada por meio do cabo
condutor e do gel próprio para utilização no aparelho. A utilização deve ser adequada
ao paciente, bem como o tamanho do eletrodo e a intensidade a ser inserida. Faz-se
necessário utilizar a eletroestimulação como uma terapia complementar, sem deixar
de inserir técnicas conservadoras que se mostrem importantes para a reabilitação dos
pacientes.
Bom vídeo!
Fonte: http://www.crefono8.gov.br/images/library/7df577af6da0afe1cbc04b863e58e216.jpg.
Por ser considerada uma técnica de baixo custo, possibilita a reabilitação e a estimulação
dos músculos envolvidos nas funções respiratórias, deglutição, sucção, mastigação e
voz. A eficácia técnica é cientificamente comprovada, pois proporciona aos pacientes
melhoras na funcionalidade dos órgãos e sistemas que se iniciam na cavidade oral.
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ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA | Unidade I
As aplicações mais comuns são em pacientes com necessidades advindas das disfunções
temporomandibulares, traumatismo craniano encefálico, acidente vascular encefálico
(AVC), paralisia facial, disfagia, disfonia (alteração ou enfraquecimento da voz), e
motricidade orofacial, além de ser indicado para o grupo profissional que trabalha
diretamente com voz, como radialistas, dubladores, locutores, cantores, professores,
palestrantes, entre outros.
Pode parecer um recurso simples, porém, o profissional deve estar capacitado a manusear
os aparelhos, a fim de aumentar os benefícios das técnicas e minimizar os efeitos
deletérios ocasionados pelas patologias e síndromes. Além do TENS, o fonoaudiólogo
poderá utilizar outras correntes na sua prática terapêutica, como a estimulação elétrica
funcional (FES), que é uma corrente alternada de baixa frequência, com a tipologia de
excito-motor, que em sua essência desencadeia contrações musculares, baseando-se no
mesmo modelo de aplicação que o TENS, porém, seus efeitos geram impulsos elétricos
capazes de auxiliar na produção de contrações mediante trens de impulsos, em grupos
musculares específicos no local da aplicação.
A corrente FES irá estimular a região do nervo motor, e assim gerará impulsos
nervosos que acionam as fibras nervosas. Pautada na conceituação fisiológica de
que estimula a excitabilidade nos nervos e fibras musculares, a eletroestimulação
é uma técnica sem efeitos colaterais indesejáveis, não invasiva e que não causa
dependência, tornando-se, então, uma possibilidade terapêutica que amplia a variedade
de possibilidades e recursos tecnológicos utilizados na rotina tanto no cenário clínico,
hospitalar ou domiciliar.
Bom vídeo!
Considerada uma técnica recente, tem sido bastante utilizada nas últimas duas décadas
no processo de reabilitação, em especial nas atrofias musculares ou para o ganho e
aumento da força muscular. Sua aplicabilidade de estimulação elétrica neuromuscular
evidencia as contrações na musculatura esquelética, por meio da aplicação de impulsos
elétricos sem envolvimento cerebral.
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Unidade I | ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA
Fonte: https://www.neurofisiointensiva.com/wp-content/uploads/2020/12/WhatsAppImage2016-11-07at17.51.28.jpeg.
Fonte: http://www.fonolucianapenteado.com.br/wp-content/uploads/2020/02/eletroestimulacao-300x300.jpg.
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Unidade I | ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA À FONOAUDIOLOGIA
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LASERTERAPIA
APLICADA À UNIDADE II
FONOAUDIOLOGIA
CAPÍTULO 1
Fundamentação terapêutica
A utilização da luz para fins terapêuticos teve seus primórdios científicos estudados por
Einstein no século XIX, quando iniciou a curiosidade pela terapia quântica e emissão de
luz estimulada. Assim, após esses estudos iniciais, o laser de baixa intensidade, seja de
emissão vermelha ou infravermelha, foi sendo inserido nos mais variados tratamentos
e por diferentes profissionais, incluindo o fonoaudiólogo.
A terminologia laser deriva da língua inglesa (light amplification by stimulated emission
of radiation) que em português significa luz amplificada pela emissão estimulada de
radiação. Sua aplicação clínica no campo da saúde vem sendo utilizada como ferramenta
terapêutica com fins de reabilitação por meio de modificações fotofísicas e fotoquímicas
de cunho não invasivo. Sua aplicabilidade é simples, visto que onde é aplicada a luz, um
aquecimento é gerado na região estimulada, e desse modo ocorre uma onda utilizada
no espectro eletromagnético. A geração do laser se dá de modo inicial em uma tríade
do átomo: prótons, nêutrons e elétrons, sendo que esse último transporta uma carga
negativa, enquanto os demais possuem a carga positiva.
Fonte: https://inlaser.com.br/wp-content/themes/yootheme/cache/3-86520338.jpeg.
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Unidade II | Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia
Os tipos de laser são diversos, e por meio de cada um são definidos o comprimento
da onda, a profundidade e a aplicação. Atualmente, a utilização do laser de baixa
potência tem pontos positivos para a prática fonoaudiológica, pois é considerado
um recurso não invasivo, possui bioestimulação na região irradiada (capacidade de
estimular os processos celulares para alcançar resultados mais benéficos). Notam-se,
também, importantes resposta às ações anti-inflamatórias, além de aumentar a
produção de elementos capazes de bloquear o estímulo de dor, como, por exemplo,
a endorfina, e nas áreas com maior tensão muscular deriva em uma elevação da
circulação sanguínea.
A fonoaudiologia vem conquistando uma gama de áreas que antes eram pouco
exploradas no âmbito profissional. A laserterapia é um campo que se destaca
por trazer inúmeros benefícios aos pacientes, assim, o profissional pode
inserir esse recurso no seu cotidiano laboral, a fim de aumentar a qualidade
de vida dos indivíduos. Explore mais sobre essa temática lendo o artigo “O uso
terapêutico do LASER de Baixa Intensidade (LBI) em algumas patologias e sua
relação com a atuação na Fonoaudiologia”, de Cristiane Faccio Gomes e Adriana
Schapochnik, disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/
viewFile/29636/23766.
Boa leitura!
Existe no mercado uma gama de equipamentos para fins terapêuticos, porém, os mais
utilizados são os de hélio-neônio (HeNe) e o arseneto de gálio (AsGa). Cada aparelho
possui suas especificidades, com propriedades diferentes ao seu comprimento de onda.
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Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia | Unidade II
Fonte: https://static.wixstatic.com/media/6fab30_f5e4938958ab47cf915b0ca4649364eb~mv2_d_2448_3264_s_4_2.jpg/v1/crop/
x_2,y_0,w_2444,h_3264/fill/w_301,h_403,al_c,q_90/6fab30_f5e4938958ab47cf915b0ca4649364eb~mv2_d_2448_3264_s_4_2.webp.
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Unidade II | Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia
Fonte: https://fonotrade.com.br/wp-content/uploads/2020/02/laser.jpg.
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Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia | Unidade II
Período de amamentação
Vale destacar que o papel do fonoaudiólogo não se restringe somente à anamnese
voltada aos aspectos que envolvem a sucção do bebê no período de amamentação e
sob a promoção da saúde da boa pega amamentar. Nessa área, a utilização do laser
pode melhorar significativamente a amamentação, de modo que existe um elevado
índice para auxiliar na analgesia e aceleração da cicatrização de traumas ocorridos na
região mamilar, sendo uma das causas mais frequentes para o desmame de maneira
precoce, o que não se torna interessante para a saúde do recém-nascido. A aplicação
é rápida, indolor, não invasiva e sem efeitos colaterais. O tratamento terapêutico visa,
principalmente, minimizar e auxiliar no processo de inflamação e dores, desobstruir
os ductos mamários, reduzir edemas e a ação bactericida, possibilitar a cicatrização de
feridas mais rápido e estimular a produção de colágeno e elastina.
Fonte: https://bemacolher.files.wordpress.com/2018/05/07052018-whatsapp-image-2018-05-07-at-10-37-25.jpg.
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Unidade II | Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia
Pensando na paralisia facial periférica, essa é conhecida como uma limitação ou ausência da
mobilidade de grupos musculares localizados em um dos hemisférios da face. Geralmente,
está associada a partir de lesões do nervo facial possivelmente causadas por diversos
fatores como: traumas, processos infecciosos, tumores locais, toxicidade, doenças de
tipologias metabólicas, de causa idiopática, entre outros fatores. A musculatura da
face está intimamente ligada a diversas funções básicas para a vida, como a sucção,
mastigação de alimentos, deglutição e com a linguagem não verbal, e assim, caso
ocorra alguma alteração, a qualidade de vida do indivíduo pode ter uma diminuição.
O fonoaudiólogo atua na paralisia de Bell, que é causada por uma inflamação no nervo
facial que possui a função e transmitir comandos da região cerebral até a região, o que
permite o movimento. Essa inflamação do nervo da face, pode ocorrer por meio de
infecções virais e por condições imunológicas (geralmente quando estão em níveis baixos).
Algumas particularidades são encontradas na paralisia de Bell, caso o indivíduo não
possua redução e perda da movimentação dos músculos faciais, geralmente ele terá um
enfraquecimento da musculatura da face, o que irá reduzir movimentos simples e basais,
como sorrir e piscar. Esse tipo de paralisia pode desencadear assimetria entre as faces,
alterando a qualidade de vida e estética do paciente, refletindo diretamente na sua autoestima.
Fonte: https://allaser.com.br/wp-content/uploads/2017/08/paralisia-facial-capa-1.png.
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Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia | Unidade II
Sistema musculoesquelético
Os exercícios miofuncionais são fundamentais para a fonoaudiologia, e quando
associados com a atividade muscular e a aplicabilidade do laser, auxilia o indivíduo a
ter relaxamento da musculatura, aumento do ganho de força, alívio de tensão, redução
dos quadros álgicos e melhora da resposta motora. A associação da atividade muscular
à laserterapia está associada ao ganho de força, à melhora do desempenho muscular e
à capacidade de treinamento.
Procedimentos estéticos
Quando a luz de baixa intensidade advinda do laser atua nos tecidos, diversos
componentes bioquímicos celulares são ativados. Desse modo, a produção de colágeno
é mais acentuada, pois essa proteína estrutural auxilia em manter a elasticidade da pele,
auxiliando na melhora da saúde da musculatura, tendões e articulações. Essa produção
de colágeno visa ativar a microcirculação na região que a aplicação está ocorrendo,
proporcionando também hidratação da pele. O fonoaudiólogo, quando utiliza essa
terapia, visa proporcionar ao paciente uma face mais harmoniosa, suavizando sinais
comuns ao processo de envelhecimento, como rugas e marcas de expressão.
Fonte: http://www.felicitasjc.com.br/webfilesck/images/laserCO2-foto.jpg.
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Unidade II | Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia
Bom vídeo!
Tratamento de disfagias
Ao tratar as disfunções orais, como mucosite, estomatite e até mesmo candidíase oral,
o laser pode ser eficaz no que tange o sistema que auxilia na melhora nas funções de
mastigatórias, na palatalização, permitindo, em alguns casos, o retorno mais rápido
à via oral e a variadas consistências. Em relação à terapia indireta, a laserterapia pode
ser aplicada a fim proporcionar estímulos do trofismo da musculatura que, junto
aos exercícios miofuncionais, favorecerá a tonificação ou o relaxamento muscular.
Na modulação do fluxo salivar, visa contribuir para melhora de casos disfágicos, pois
com a utilização do laser pode auxiliar na produção de salivas, ou, na inibição dos
quadros de sialorreia, alteração no processo de deglutição de saliva, o que eleva o risco
de aspiração.
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRFw2EVMEpSBG8Ik3solmOrF-gq_gBz8QY-1A&usqp=CAU.
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Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia | Unidade II
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Unidade II | Laserterapia Aplicada À Fonoaudiologia
Boa leitura!
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INTEGRAÇÃO
SENSORIAL UNIDADE III
CAPÍTULO 1
A integração sensorial no
desenvolvimento e aprendizagem
da criança
A Teoria da Integração Sensorial se destaca como sendo uma técnica criada em meados
de 1963 no cenário de saúde e foi idealizada pela terapeuta ocupacional Anna Jean
Ayres, uma famosa pesquisadora norte-americana que por tempos identificou aspectos
e fundamentos voltados à neurobiologia para elaborar um conceito intervencionista
para auxiliar o desenvolvimento de crianças e adolescentes com dificuldades que
surgem no contexto da aprendizagem.
A definição criada por Ayres (2005), define que a integração sensorial é caracterizada
como um processo no qual o cérebro organiza as informações com o objetivo de
proporcionar uma resposta de maneira adaptativa adequada. Essa organização se torna
responsável por aprimorar e estruturar as sensações corporais e do ambiente de maneira
que corrobora para a utilização eficaz do mesmo ambiente que está inserido. Assim, a
integração sensorial possui, em sua essência, a habilidade de organizar, interpretar
sensações e responder de forma apropriada ao ambiente, de modo a amparar os
indivíduos em seu uso funcional.
A integração sensorial tem seu início ainda na fase intrauterina em que a gestante
possibilita ao feto a sensação de desenvolvimento pela interação com o ambiente,
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Unidade III | Integração Sensorial
Ainda pensando no SN, ele tem a habilidade fisiológica de organizar as mais diversas
informações, tanto visuais, quanto táteis, auditivas, olfativas e gustativas, além de
estruturar informações acerca da gravidade e do movimento e, posteriormente, surge
com a idealização de em um plano de ação. Quando esse processo é realizado de modo
harmonioso ou homeostático, o processo de aprendizagem será naturalmente idealizado.
Fonte: https://www.clinicasentidos.com.br/projeto/clinica-sentidos/arquivos/conteudo/dsc09147_1.jpg.
Dessa maneira, a integração sensorial pode subsidiar oportunidades para que a criança
desenvolva e organize seu comportamento, explorando o mundo à sua volta e fazendo
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Integração Sensorial | Unidade III
A todo momento, os indivíduos utilizam a integração sensorial, pois é por meio dela
que o corpo humano reage aos estímulos ambientais de modo constante. As capacidades
de processamento sensorial possuem diversas finalidades, destacando a interação social,
o desenvolvimento de habilidades motoras, a atenção e a concentração.
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Unidade III | Integração Sensorial
Sistema tátil
É responsável pela percepção de sensações como dor, temperatura (quente, frio, por
exemplo), pressão, diferentes texturas, formatos e tamanhos. Por meio das terminações
nervosas existentes na pele, essas sensações são percebidas e posteriormente são
interpretadas pelo cérebro. Essas sensações táteis são fundamentais para explorar o mundo
à nossa volta. Pensando na fisiologia, os receptores responsáveis pelas sensações táteis
estão localizados na pele, porém, em algumas regiões corporais são mais evidenciados,
como na palma das mãos e dedos, na região da sola dos pés, na cavidade oral e língua.
Fonte: https://i.pinimg.com/736x/29/39/1b/29391b85f1f4902a1da83485fe808bd5.jpg.
Sistema auditivo
Reconhece os sons nos mais variados ambientes, além de realizar o processamento e
discriminação auditiva. Pensando na anatomia desse sistema, é formado por três áreas
anatómicas importantes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O ouvido
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Integração Sensorial | Unidade III
transmite as ondas sonoras para o cérebro que posteriormente faz uma conversão em
informações, criando de modo, a sensação de audição.
Vale destacar que o processo da audição ocorre em dois momentos: o mecânico, que
acontece na região da orelha externa e média, e posteriormente o mecânico/elétrico,
que transcursa na orelha interna.
Fonte: https://www.construirnoticias.com.br/wp-content/uploads/2016/10/5_dpac_2.jpg.
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Unidade III | Integração Sensorial
Sistema visual
Composto pelos olhos, além de nervos, pálpebras, supercílios, músculos e aparelho
lacrimal que são conhecidos como estruturas acessórias. O funcionamento desse sistema
se dá por meio do processamento de informações que são recebidas pelo encéfalo,
intermediadas pelos receptores sensoriais, que são acionados pela luz. Já na região
cerebral, esses dados recebidos são armazenados.
Bom vídeo!
Fonte: https://blogdafloresta.com.br/folhafl/wp-content/uploads/2014/11/abrigo-moacyr-alves01-500x375.jpg.
Sistema gustativo
Possui a capacidade de identificar o sabor de elementos e substâncias na região da
cavidade oral, a língua, por meio de papilas gustativas que transmitem essas informações
para a região do cérebro. O sistema gustativo possui ainda a habilidade de percepção
de paladar doce, salgado, amargo e azedo. Uma das alterações mais comuns nesse
sistema, pode desencadear a disfagia, problema que o profissional de fonoaudiologia
possui habilidades para tratar e proporcionar aos indivíduos maior qualidade de vida.
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Integração Sensorial | Unidade III
Sistema olfativo
Proporciona aos indivíduos a percepção do reconhecimento de odores. Os sistemas
olfativo e gustativo são integrados, por isso que em muitos casos ao sentir determinado
cheiro, podemos perceber seu gosto. O início da constituição desse sistema ocorre
geralmente na 28ª semana da gravidez. O odor da região uterina é o primeiro contato
com o bebê, desenvolvendo futuramente o cheiro dos familiares e do ambiente à
sua volta, e desse modo o sistema respiratório vai aumentando a sua capacidade de
percepção de captar diferentes cheiros, odores e fragrâncias.
Fonte: https://www.zensenses.org/wp-content/uploads/2019/07/O-Olfato-_As-Frutas-e-os-seus-Aromas.jpg.
Sistema proprioceptivo
Pesquisas sobre a propriocepção foram impulsionadas por Sherrington em meados
de 1900. Pode ser definida como qualquer informação postural e posicional, enviada
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Unidade III | Integração Sensorial
Sistema vestibular
É constituído por um conjunto de órgãos da orelha interna, o que auxilia para
manutenção do processo de equilíbrio. O sistema vestibular identifica informações
como o balanço, alterações da gravidade, movimentos e deslocamento corporal. As
alterações referentes ao processamento vestibular podem surgir em diferentes vertentes,
aparecendo desde reações de hipersensibilidade a hipossensibilidade ao movimento,
sendo ou não relacionada a momentos de agitação ou lentidão motora.
Hipersensibilidade Hipossensibilidade
Resposta acentuada ao toque e a criança geralmente tende a antecipar a
Sensibilidade reduzida ao toque.
reação ao toque.
Demonstra comportamento
Comumente a resposta é dada com uma interpretação emocionalmente
desinteressado, apático, passivo e
negativa.
indiferente.
A criança pode demonstrar com frequência sentimentos como medo, reação de Poucas reações aos estímulos
“proteção, ação e evasão” de maneira acentuadas ou de paralisar suas reações. externos.
Demonstra grandes dificuldades e reações exageradas para tarefas comuns
Baixa resposta aos estímulos comuns
que permeiam a rotina diária das pessoas, como trocar de roupa, realizar a
do cotidiano como o toque, sabores,
higiene pessoal e alimentar-se. Também sentem dificuldades de manusear
barulhos e cheiros variados, texturas
massinhas, objetos diversos, animais de estimação ou o contato com pessoas,
diferentes.
dentre outras características.
Fonte: elaborado pelo autor, 2021.
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Integração Sensorial | Unidade III
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CAPÍTULO 2
Integração sensorial no autismo
O transtorno do espectro autista (TEA) se caracteriza por ser uma desordem relacionada
ao neurodesenvolvimento e possui duas características bem marcantes na vida do
indivíduo, sedo elas alterações no aspecto sociocomunicativo e comportamental, além
de propiciar déficits no funcionamento cerebral da criança, ocasionando atraso no
processo de fala, na aprendizagem e na obtenção de seus gestos motores (SOARES et
al., 2015).
» Não faz amigos, se mostra retraído e prefere atividades que não demandam convívio social, ou
seja, gostam de ficar sozinhos.
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Integração Sensorial | Unidade III
As crianças com TEA precisam cautelosamente de estímulos sensoriais para que seus
sentidos sejam organizados de maneira que possam enfrentar diariamente sensações
advindas dos mais variados espaços e ambientes, e que possíveis cessações de modo
abrupto ou forçada dessas atividades, pode elevar os índices de estresse, diminuindo
a integração sensorial e também a capacidade e habilidade de concentração da criança
autista durante o processo de aprendizagem.
Inserir atividades típicas da fase infantil, como utilização de jogos interativos, brinquedos
pedagógicos e atividades lúdicas, são alternativas auxiliares para propor integração
sensorial, como pular corda, rolar, pular obstáculos e lateralização, são elementos que
podem auxiliar o processo. É fundamental a inserção do contato visual, e auxiliar com
comandos de voz, para o desenvolvimento da capacidade de agir, pensar, dar início e
fim a uma atividade.
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Unidade III | Integração Sensorial
Fonte: https://institutoneurosaber.com.br/wp-content/uploads/2016/09/psicomotricidade-1.jpg.
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Integração Sensorial | Unidade III
Bom vídeo!
O sistema vestibular é um dos mais afetados entre esses indivíduos, ele está relacionado
com o envio de informações sensoriais sobre o movimento humano e a posição da
cabeça, esse sistema desempenha dois papéis fundamentais no controle motor: ajustes
posturais e também a estabilização do olhar. As dificuldades se estendem ainda para as
habilidades sociais e na regulação das emoções, problemas de atenção e concentração,
alterações da integração sensorial e comportamento opositor.
não se acionar toda gama que surge nas regiões auditiva e visual, existindo,
assim, a necessidade de conduzir o foco apenas para os estímulos relevantes
naquele momento.
» Alternada: é a capacidade de alternar entre um estímulo ou uma gama
de estímulos ou entre tarefas de maneira sucessiva. A alternância facilita a
execução de tarefas que exigem mais de um nível de compreensão.
» Dividida: habilidade de dar foco em dois ou mais estímulos distintos de
maneira simultânea.
» Sustentada: habilidade de sustentar o foco de atenção em um tipo de atividade
por um tempo com maior duração em uma atividade sem interrupção e
constante. Subsidiando atenção naquela atenção que está sendo realizada.
Os tratamentos sensoriais voltados para o TDAH são similares aos indivíduos com
TEA, enfatizando, assim, atividades que preconizem a atenção e a concentração,
habilidades manuais para melhora da motricidade fina, jogos de raciocínio, estímulos
que viabilizem atuar nos sentidos corporais, pois isso poderá facilitar o manejo entre
o indivíduo e o ambiente, auxiliando na integração sensorial, o que se estende às
habilidades e atividades de vida diária das pessoas, melhorando a qualidade de vida
e promovendo a saúde. Vale destacar que o transtorno não tem cura, porém, pode
ser controlado com a atuação da equipe multiprofissional, além de ser inserido pelo
médico alguns fármacos que auxiliam nas mais variadas terapias.
Fonte: https://blogpilates.com.br/wp-content/uploads/2017/01/CAPA-TDAH.png.
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Integração Sensorial | Unidade III
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CAPÍTULO 3
Integração sensorial na senescência
Vamos começar a temática desse tópico pelo contexto inicial: o que é o envelhecimento?
O ato humano de envelhecer poderá sofrer influências intrínsecas, advindas da constituição genética particular de
cada indivíduo, que é um fator responsável pela longevidade máxima e também os fatores extrínsecos condizentes
às exposições ambientais a que o indivíduo sofreu (tipo de dieta, sedentarismo, poluição, entre outros), os quais
proporcionam uma grande heterogeneidade no envelhecimento.
O envelhecimento orgânico humano pode ser classificado em dois aspectos importantes: senescência, envelhecimento
normal, ou como senilidade, que está ligada ao envelhecimento patológico.
A senescência é um processo fisiológico com mudanças que ocorrem comumente com o avançar do ciclo vital (sem
distúrbios de conduta, amnésias, entre outros),
A senilidade tem relação com a presença de doenças crônicas ou outras alterações que podem acometer a saúde da
pessoa idosa (perda da capacidade de memorização, canalizar/prestar atenção, não conseguir auto-orientação, dentre
outros).
42
Integração Sensorial | Unidade III
Fonte: https://direitodiario.com.br/wp-content/uploads/2017/07/N%C3%BAcleo-Idoso-03.jpg.
Ainda segundo a OMS (2005), a “saúde” deve ser vista como um completo bem-estar
físico, mental e social. Em um projeto de envelhecimento ativo, as políticas e programas
que promovem saúde mental e relações sociais são tão importantes quanto aquelas que
melhoram as condições físicas de saúde. Por isso, é preconizado o acompanhamento
multiprofissional, a fim de atender todos os aspectos que corroborem para essa etapa
da vida.
Atuar na saúde do idoso implica e demanda diversos critérios, dentre eles, assegurar um
atendimento bem avaliado, baseado em evidência científica e humanização. Assim, o
cuidado integral, visando o processo de humanização dos atendimentos em saúde e de
promoção do bem-estar, vem a cada dia ocupando maiores espaços e conquistando maior
relevância e reconhecimento social. Nesse contexto, é inegável que o fonoaudiólogo
pode desempenhar importantes funções na luta pela preservação da dignidade da vida
humana (SANTANA; BARRETO, 2013).
Diversas estratégias são utilizadas para tratar os idosos nas sessões de fonoaudiologia,
bem como inserir princípios e abordagens para a prática clínica, implicações do processo
de envelhecimento da população na promoção, prevenção e reabilitação geriátrica.
43
Unidade III | Integração Sensorial
Fonte: https://comunicareaparelhosauditivos.com/wp-content/uploads/2019/07/GettyImages-499892301.jpg.
Diversos são os recursos utilizados para auxiliar os idosos nas sessões de fonoaudiologia.
A seguir, destacamos dois desses recursos.
» Treino com dupla tarefa: essa prática é definida como o ato de realizar
uma atividade primária, para a qual é destinado o maior foco da atenção,
incorporada a uma segunda atividade executada ao mesmo tempo.
A dupla tarefa é um excelente recurso para prevenir ou retardar as mais
diversas alterações e incapacidades, consistindo na execução de duas tarefas
concomitantes, geralmente, embasada por meio de uma tarefa motora
associada ao estímulo cognitivo (O’SHEA; MORRIS; IANSEK, 2002).
» Estimulação cognitiva: essa estratégia auxilia na manutenção ou recuperação
da independência da pessoa idosa. Esse tipo de habilidade deve ser inserido na
rotina dos idosos, a fim de elevar a prática de estimulação cognitiva. Algumas
atividades, desde as mais básicas, são importantes para manter as funções
que vão se prejudicando com a idade. Os sentidos corporais, a memória, a
capacidade de abstração, de inventar e estabelecer as ideias são atividades
cerebrais que vão se transformar no decorrer da vida e principalmente nesta
fase do ciclo vital: a velhice.
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Integração Sensorial | Unidade III
Fonte: https://metodosupera.com.br/wp-content/uploads/2019/06/3d82a530-b017-4ba5-a58f-e73fd62bd624-1024x683.jpg.
A seguir, identifique diversas atividades que podem ser utilizadas para elevar a integração
sensorial em suas mais variadas vertentes.
Jogo de memórias com temas variados: animais, cidades, cores, figuras, dentre outros;
treinar perguntas e respostas sobre fatos presentes e passados acerca da vida (nomes,
datas, lugares, coisas favoritas); nomear objetos do cotidiano, partes das partes do corpo
humano, fatos temporais (horário, estações do ano, dias da semana); leitura de textos
curtos e que em seguida pode-se questionar sobre fatos ocorridos naquele contexto
lido; repetição de sequência numérica, letras do alfabeto, palavras; trabalhar a atenção
durante a realização das tarefas e atividades, enfatizando as atividades cerebrais.
Fonte: https://www.casaderepousoemfamilia.com.br/wp-content/uploads/2016/02/estimulacao-cognitiva-para-idosos.jpg.
45
Unidade III | Integração Sensorial
Fonte: https://www.neuronucleocognicao.com.br/wp-content/uploads/2019/04/IMG-20190429-WA0010.jpg.
46
TÓPICOS ESPECIAIS UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Promoção da saúde e inovações
terapêuticas aplicadas à fonoaudiologia
e prática baseada em evidência
Vale ressaltar que a conduta ética profissional, deve ser permeada pelos dizeres já
elencados pelo código de ética e deontologia da profissão, respeitando as preferências,
preocupações e expectativas advindas dos pacientes e suas necessidades, tendo como
fator primordial, o conhecimento por parte do fonoaudiólogo, os fatores contextuais
pessoais, culturais e ambientais do paciente. Nessa perspectiva, novas evidências obtidas
por pesquisas clínicas de alta performance e aplicabilidade podem elevar a qualidade
dos atendimentos, visto que, ao observar o indivíduo na sua totalidade, a elaboração de
condutas fonoaudiológicas proporcionarão maior compreensão de quem será atendido.
A PBE deve ser, sem dúvida, uma ferramenta presente no cenário atual do fisioterapeuta,
pois ilustra a diferença na prática clínica entre o profissional que baseia seus atendimentos
no modelo biomédico do profissional que em sua prática laboral utilizada o modelo
biopsicossocial.
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Modelo biomédico
O modelo biomédico adota uma lógica unicausal, também designada lógica linear, que
busca identificar uma causa, a qual, por determinação mecânica, unidirecional e progressiva,
explicaria o fenômeno do adoecer, direcionando a explicação a se tornar universal (LUZ,
1988). Ou seja, nesse modelo, acredita-se no desajuste ou falha nos mecanismos de
adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos, cuja ação está exposta.
O processo conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um
sistema ou de todo o organismo, ou de suas funções vitais (ALMEIDA FILHO, 1992).
Além dessas características, o modelo biomédico nega a saúde pública, a saúde mental
e as ciências sociais, bem como não considera científicos e válidos outros modelos de
saúde, como as terapias integrativas e complementares, por exemplo. O conhecimento e
a prática de saúde são centralizados no profissional médico, sendo os outros profissionais
postos em segundo plano nos tratamentos.
O modelo biomédico, em seu contexto histórico, diz que as doenças e suas curas se
concentram em fatores puramente biológicos e exclui as influências psicológicas, ambientais
e sociais vivenciadas pelos sujeitos. Nesse modelo, busca-se analisar e procurar falhas
biofísicas ou genéticas, enfatizando o foco em testes laboratoriais e medicamentosos,
ignorando por sua vez os sentimentos subjetivos ou história do paciente.
De acordo com esse modelo, a boa saúde é a ausência de dor, doença ou defeito, ou
seja, só possui boa saúde o indivíduo que não possui nenhuma patologia, valorizando
somente os processos físicos que afetam a saúde, como a bioquímica, a fisiologia e a
patologia de uma determinada condição. Cada doença tem uma causa subjacente e,
uma vez que essa causa é extraída, o paciente será saudável novamente.
Você pôde perceber quão limitado é esse modelo de atenção em saúde? Desse modo,
vamos ampliar nosso olhar, visualizando o modelo biopsicossocial, preconizado
atualmente pelos profissionais de saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A essa abordagem, que cuida das instâncias biológicas, mentais e sociais, chamamos
de modelo biopsicossocial, que atende diretamente ao conceito de saúde estabelecido
pela OMS, em 1948, pois “os conceitos de saúde e de doença são analisados em sua
evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto cultural, social, político
e econômico, evidenciando a evolução das ideias nessa área da experiência humana”
(SCLIAR, 2007, p. 121).
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Tópicos Especiais | Unidade IV
Biológico (físico)
Psicológico
Espiritual
(mental)
Social
(ambiente e
relacão com os
pares)
Dessa maneira, perceba a seguir cada um dos aspectos que envolvem o modelo
biopsicossocial:
» Aspecto biológico: visa compreender como a causa da doença decorre no
funcionamento do corpo do sujeito.
» Aspecto psicológico: busca potenciais causas psicológicas para um problema
de saúde, como a falta de autocontrole, perturbações emocionais e pensamento
negativo. O modelo biopsicossocial afirma que o funcionamento do corpo pode
afetar a mente, assim como o funcionamento da mente pode afetar o corpo.
Assim, a partir desse conceito biopsicossocial e espiritual, a saúde passou a ser mais uma
questão coletiva (da comunidade) do que somente do próprio indivíduo, além de um direito
humano fundamental, assegurado por lei, que não possui em seus pilares distinção de raça,
de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, usufruído individualmente
e por todos. Ademais, tal definição reflete uma meta, um objetivo a ser alcançado, uma
vez que todo bem-estar físico, mental e social, pode sofrer abalos frente às adversidades
do dia a dia, compreendendo que o significado de ‘saúde’ não seja somente a ausência
de doença, mas que seja o elo de todas as áreas, apesar de tais oscilações e enfermidades.
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Tópicos Especiais | Unidade IV
Fonte: https://www.fonosp.org.br/images/pg-fonoaudiologia/areas-atuacao-fono.jpg.
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Lembre-se que a PBE se destaca por ser uma temática que permite a melhoria
da qualidade no que tange a assistência à saúde. Essa perspectiva abarca a
definição de uma problemática, a busca e avaliação pautada na criticidade das
evidências disponíveis, enfatizando a literatura científica de qualidade, por meio
de diferentes resultados obtidos em estudos que envolvem essa perspectiva
prática. Proporciona ainda, o conhecimento em prol da competência clínica do
profissional e as preferências do paciente/cliente para a tomada de decisão sobre
a assistência à saúde baseada em atender a demanda biopsicossocial e integral
dos indivíduos (GALVÃO, 2002)
Outro fator fundamental estabelecido para se promover a saúde são as ações comunitárias
na tomada de decisão, na definição de estratégias, ferramentas e na sua implementação,
visando subsídios para aumentar os benefícios das condições de saúde. Faz-se necessário
incentivar a participação popular, bem como enaltecer o poder das comunidades – a
posse e o controle dos seus próprios esforços e destino.
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Tópicos Especiais | Unidade IV
A PNPS, abarca ações públicas que vão além da ideia de cura e reabilitação, inserindo
as diretrizes e ações para promoção da saúde em harmonia com os princípios basais
do SUS, como o Pacto pela Saúde, pela Vida e em Defesa do SUS e sua Gestão e
em todas as esferas de governo. Em 2012, o Ministério da Saúde reafirma a PNAB,
modernizando considerações na política e inserindo novos elementos referentes à
atenção básica na ordenação das redes de atenção, reafirmando a ideia de “realizar
assistência integral aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento
humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade, priorizando o que
já fora afirmado na PNAB (2006): promover, prevenir, tratar e reabilitar a saúde
humana” (BRASIL, 2012, p. 45).
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/objetivos_port.png.
Para a ONU, erradicar os mais variados tipos de pobreza se tornou um problema de ordem global, e esse é um grande
desafio para o desenvolvimento sustentável. Assim, o objetivo 1 da Agenda 2030 visa estabelecer condutas que
construam parcerias que priorize a mobilização de recursos para a elaboração de programas e políticas que eliminem a
pobreza, e assim a população vulnerável possa adquirir condições mínimas de sobrevivência, sendo possível diminuir à
metade a proporção de indivíduos que vivem em situação de pobreza.
ODS 2 - “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoraria da nutrição e promover a agricultura
sustentável”:
A ONU aponta que cerca de 500 milhões de indivíduos estão em situação de desnutrição ao redor do mundo.
Desse modo, o objetivo 2 é que, até 2030, todos os países criem diversos programas e políticas que possam elevar
significativamente a produtividade dos pequenos agricultores, estendendo esse aspecto às mulheres e aos povos
indígenas, de modo a elevar a renda do seu núcleo familiar.
ODS 3 - “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”:
O objetivo 3 da Agenda 2030, busca a redução da mortalidade neonatal, da obesidade e a erradicação de doenças
graves como o HIV, tuberculose e a malária, mas também a conscientização em relação ao uso de álcool e outras
visando também os aspectos que envolvem a saúde mental e a relevância de ações que abarque o bem-estar psicológico
e físico.
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Tópicos Especiais | Unidade IV
O objetivo 4 está relacionado aos níveis do sistema educacional, que vai desde o ciclo básico, que é a primeira infância,
até a vida adulta, e tem metas para garantir que a educação seja acessível e viável para todos, sem discriminação de
gênero. Em muitos países, o público feminino sofre em relação a esse tópico, sendo as principais prejudicadas em
seu desenvolvimento educacional, pois, quando comparadas aos meninos, a educação costuma não ser a principal
prioridade. E em diversos países, muitas são obrigadas a abandonar os estudos em função de casamentos e gestações
precoces, ou seja, muitas culturas não priorizam a educação de meninas e mulheres.
ODS 5 - “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”:
O objetivo 5 viabiliza a igualdade de gênero, erradicação de qualquer forma de violência contra meninas e mulheres,
visando que tenham os mesmos incentivos e oportunidades educacionais, profissionais e também no que tange a
participação política que meninos e homens, bem como o igual acesso a serviços de saúde e segurança.
ODS 6 - “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”:
A ONU aponta que existe uma escassez de água em todo planeta e isso afeta mais de 40% da população mundial. A fim
de garantir que todas as pessoas tenham acesso à água potável, esse objetivo visa uma gestão mais responsável acerca
dos recursos hídricos, incluindo a implementação de saneamento básico em todas as regiões vulneráveis e a proteção
dos ecossistemas relacionados à água, como rios e florestas.
ODS 7 - “assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia, para todos”:
Atualmente cerca de 15% da população mundial não tem acesso à energia elétrica, assim, além de aumentar o número
de usuários, busca-se que a energia fornecida seja limpa e com baixo custo, para que não existam prejuízos ao meio
ambiente durante a sua produção e também não haja dificuldades de acesso pelas pessoas de baixa renda e em
situação de vulnerabilidade.
ODS 8 - “promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e
trabalho decente para todos”:
É notório que se evoluiu em relação a diversos fatores importantes referentes ao trabalho humano, porém, em pleno
século XXI, ainda existe trabalho escravo. Além desse grave problema, o desemprego possui uma vertente crescente,
afetando principalmente os jovens sem formação. Esse objetivo tem como prioridade apoiar “o empreendedorismo,
criatividade e inovação, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive
por meio do acesso a serviços financeiros”.
ODS 9 - “promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e
trabalho decente para todos”:
A Agenda 2030 prevê entre suas metas, que os países elevem os incentivos para as pesquisas científicas, o acesso à
internet de maneira democrática e também promovam uma maior democratização no acesso às novidades tecnológicas
de produção, para que os países de menor desenvolvimento possam ter um crescimento na sua capacidade produtiva.
ODS 10 - “reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles”:
Ao tratar sobre redução das desigualdades, não se trata apenas de promover uma melhor distribuição de renda entre
as nações ou de romper com os privilégios comerciais de nações ricas em relação às mais pobres. Quando se fala em
reduzir desigualdades, se deve pensar também em estreitar os laços entre as pessoas que ocupam os territórios do
planeta, sejam elas nativas ou imigrantes. A xenofobia é um problema grave, causador de diversas violências, e que faz
com que várias pessoas se vejam marginalizadas e com menos oportunidades somente por serem de um território ou
etnia diferente.
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Conforme aponta a ONU, existirá em todo planeta 41 megalópoles com mais de 10 milhões de habitantes. Ademais, o
ritmo acelerado de ocupação urbana atual, além de não possuir uma estrutura inclusiva, pois nem todos os indivíduos
têm acesso à moradia, é extremamente desorganizado, o que faz com que nem todas as pessoas estejam inseridas em
espaços inadequados, seja por serem áreas de risco de desabamentos e alagamentos, seja por sofrerem com a falta de
saneamento básico, iluminação, entre outras condições de infraestrutura. Desse modo, uma das metas da Agenda 2030
é que todos os países viabilizem uma urbanização inclusiva e sustentável, e a capacidade para o planejamento e a gestão
participativa, integrada e sustentável dos assentamentos humanos, em todos os países.
ODS 12 - “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”:
Na atualidade, se consome muito mais recursos naturais do que o ideal. Isso tem como consequência o fato de que, nos
próximos anos, a humanidade poderá sofrer não só com a ausência dos recursos hídricos, mas também com a falta de
outros recursos, como alimentos, minerais, energia etc. Nessa perspectiva, a Agenda 2030 estabelece como uma das
metas “reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso”.
ODS 13 - “tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos”:
Apesar de termos conseguido avanços importantes na preservação do planeta, como frear o aumento do buraco na
camada de ozônio, ainda estamos com um desempenho negativo em outras tarefas, como o aumento do desmatamento e
da poluição do ar, o que tem influência direta no aquecimento do planeta. De acordo com a ONU, se diversas medidas não
forem elaboradas, a temperatura global poderá aumentar em até 3 graus até o fim do século 21. Por isso, uma das metas
da Agenda 2030 é aumentar os investimentos dos países no desenvolvimento de tecnologias que permitam reduzir o
desgaste do planeta.
ODS 14 - “conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento
sustentável”:
De acordo com a ONU, existem cerca de 13 mil pedaços de plástico em cada quilômetro quadrado dos oceanos. São
dados gravíssimos, portanto, é necessário aumentar a conscientização quanto à poluição dos oceanos.
ODS 15 - “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda de biodiversidade”:
Uma série de desastres ambientais vem ocorrendo em várias regiões do planeta, sendo por meio de vazamentos de
substâncias químicas, incêndios, entre outros. Por isso, uma das metas do objetivo 15 da Agenda 2030 é elevar a
mobilização para reverter as consequências dessas degradações e para prevenir novos desastres.
ODS 16 - “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à
justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”:
Em seu objetivo 16, a Agenda prevê que os países combatam a corrupção, a impunidade, as práticas abusivas e
discriminatórias, a tortura, bem como todas as formas de restrição das liberdades individuais.
ODS 17 - “fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”:
Para que exista a concretização das metas propostas na Agenda 2030, é relevante que existam diversas relações
de parceria e cooperação entre os países do mundo. Assim, é necessário que os países tenham melhores condições
financeiras e auxiliem os “países em desenvolvimento a alcançar a sustentabilidade da dívida de longo prazo, por meio
de políticas coordenadas destinadas a promover o financiamento, a redução e a reestruturação da dívida, conforme
apropriado, e tratar da dívida externa dos países pobres altamente endividados para reduzir o superendividamento”.
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CAPÍTULO 2
Realidade virtual, gameterapia,
tecnologia e a fonoaudiologia
contemporânea
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Fonte: https://www.clinicasentidos.com.br/projeto/clinica-sentidos/arquivos/conteudo/img_4765.jpg.
O uso de algum ambiente virtual se destaca por possibilitar uma reabilitação nas mais
diversas condições clínicas. O objetivo da gameterapia é inserir o meio real no ambiente
virtual, da maneira mais síncrona possível, com a finalidade de aumentar as variadas
sensações de realidade ao paciente. A realidade virtual introduz simulações para que
se possa aproximar, de maneira digital, de cenários, jogos e conceitos baseados na
tecnologia, a fim de realizar diversas situações, simulações e experimentações.
» ambiente lúdico;
» permite realizar atividades que talvez o paciente não faria sem o incentivo
digital;
» amplia a imaginação e possibilita a diversão;
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Tópicos Especiais | Unidade IV
» pode ser utilizado em qualquer fase do ciclo vital, lembrando sempre das
necessidades e conhecimentos de cada indivíduo;
» permite que exista maior interação entre paciente e fonoaudiólogo, o que
torna a sessão mais integrativa e satisfatória; dentre outras.
Para elevar os benefícios durante as terapias, são inseridos, ainda, dispositivos sonoros,
e, assim, o som possibilita a sensação de movimento e localização. A experiência advinda
do som desperta ainda mais a sensação perceptiva de estar dentro da atividade a ser
executada. A percepção visual é denominada realismo audiovisual, a de tato traduz
diversas sensações de imersão na atividade. Os dispositivos para o tato são conhecidos
como interfaces hápticas e auxiliam nessa possibilidade de interação digital. Por meio de
aplicativos de realidade virtual, os pacientes se veem em diversos cenários e situações
em que se faz necessário interagir tanto de maneira individual, quanto coletiva, o que
pode possibilitar o contato com outros indivíduos.
Fonte: https://empiretelecom.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/07/realidade-virtual-como-funciona.jpg.
Fonte: https://playtable.com.br/uploads/segmentos/thumbs/560x370-imagem13.png.
60
Tópicos Especiais | Unidade IV
Além de divertidos, surgem como intervenções positivas tanto para crianças quanto para
adultos e idosos, gerando estímulos multissensoriais e maior poder de concentração.
Essa tecnologia digital pode auxiliar no desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo
do paciente.
61
CAPÍTULO 3
Bandagem elástica terapêutica
na fonoaudiologia
Fonte: https://blog.clinicaconcon.com.br/wp-content/uploads/2019/01/disfagia2.png.
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Tópicos Especiais | Unidade IV
» apraxias e disfagias;
» assimetrias faciais;
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Unidade IV | Tópicos Especiais
Fonte: http://www.fiqueemevidencia.com.br/site/_fckimages/44145ebeba.jpg.
Bom vídeo!
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Tópicos Especiais | Unidade IV
A ETCC pode ser aplicada nas mais variadas patologias e alterações funcionais, o que,
em consonância com técnicas já estabelecidas na literatura, pode elevar os efeitos
benéficos na saúde e qualidade de vida dos pacientes, reestabelecendo e estimulando,
áreas e sistemas, antes sem conexões cerebrais. A ETCC atua mais precisamente no
nível do córtex cerebral por meio da corrente contínua (galvânica).
São inseridas esponjas na região do couro cabeludo do paciente, uma com polaridade
positiva (na cor vermelha, ou ânodo) e outra com polaridade negativa (na cor preta,
ou cátodo), e devem ser envolvidas por soro fisiológico. A inserção das esponjas se
faz na mesma região onde é realizado o eletroencefalograma.
Fonte: https://marceloquesado.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Estimula%C3%A7%C3%A3o-el%C3%A9trica-transcraniana.png.
O fonoaudiólogo pode utilizar elementos lúdicos, pois esses surgem como ferramentas
e estratégias complementares ao recurso. É uma técnica na qual a variabilidade de
idades pode beneficiar-se dessa ferramenta, sendo pouco contraindicada.
Fonte: https://prosense.com.br/wp-content/uploads/2015/07/Estimula%C3%A7%C3%A3o-El%C3%A9trica-Transcraniana-tDCS.jpg.
O processo de transmissão da corrente tem seu início do anodo (vermelho) que possui
a função excitatória para o catodo (azul) que por sua vez tem a ação inibitória, sendo
importante destacar que cada paciente deverá ser visto individualmente nesse tipo de
recurso, pois é necessário identificar o local exato que será inibido ou estimulado. Por
isso, novamente se reforça a habilidade técnica do profissional.
66
Tópicos Especiais | Unidade IV
Como estudado anteriormente, outros efeitos deletérios podem surgir nos pacientes,
como uma leve cefaleia e coceira local, devido à aplicação dos eletrodos. Os equipamentos
passam por severas análises dos órgãos de vigilância em saúde, tendo respaldo para sua
utilização, e assim, beneficiar os pacientes. Não existe um protocolo padrão de utilização,
mas comumente é utilizado com terapias combinadas, alternando sua aplicabilidade
em torno de 20 minutos, podendo variar para mais ou menos, dependendo muito da
especificidade de cada indivíduo.
Ademais, o olhar clínico deve estar presente durante a aplicação, pois pode se ocasionar
um efeito cumulativo, o que pode surgir como um intervalo seguro para evitar efeitos
deletérios negativos em um recorte temporal maior. O tratamento com ETCC é
bastante utilizado por profissionais mundo afora, assim, distúrbios e doenças de cunho
neuropsiquiátricas como depressão, ausência ou perda de memória, redução do nível
de atenção e TDAH, acidente vascular encefálico, dependência química, dores crônicas,
fibromialgia, crises de enxaqueca e zumbido, são umas das inúmeras utilizações.
Fonte: https://s2.glbimg.com/RsfzfJ-WX5qto0R-Fsg4NZlpGSc=/0x0:1000x667/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59ed
d422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/c/6/99jpSFS6qflC3BYevbBw/imagem-1-conteudo-fisiocorpus-g1sc.png.
melhora e consolidação da aprendizagem motora, entre outras), por isso, vem sendo
cada vez mais utilizada no campo da saúde, destacando a atuação nas fonoterapias.
Fonte: http://wp.info.ufrn.br/admin/portal-ufrn/wp-content/uploads/sites/3/2017/09/TERAPIA_FONOAUDIOLGICA_20set17_Anastcia_Vaz_BR.jpg.
69
Unidade IV | Tópicos Especiais
Bom vídeo!
70
Tópicos Especiais | Unidade IV
O sucesso da terapia aliada à ludicidade irá depender de todo contexto que será
estabelecido entre o fonoaudiólogo e o paciente, além da disponibilidade do terapeuta
em ouvir e perceber a necessidade que o indivíduo traz para a sessão, em sua brincadeira,
a fim de fortalecer o estabelecimento da relação de confiança entre ambos.
Para Axline (1972, p. 112), é importante observar que:
A hora da terapia não é apenas uma outra hora de recreio, ou hora social, ou
experiência escolar. É a hora da criança. O terapeuta não é um companheiro
de brincadeira, não é um professor, não é um substituto da mãe ou do pai:
é uma pessoa única aos olhos da criança. É o palco onde pôr à prova sua
personalidade. É a pessoa que segura o espelho onde ela se verá. O terapeuta
guarda para si suas opiniões, seus sentimentos e sua orientação (...) é a criança
quem indica o caminho. O terapeuta a acompanha (AXLINE, 1972, p. 112).
Bom vídeo!
Figura 35. Ludoterapia.
Fonte: http://www.finep.gov.br/images/noticias/2019/fofuu_site_novo.png.
71
Unidade IV | Tópicos Especiais
O profissional que faz uso da ludicidade em seus atendimentos com crianças e adultos,
tem que ter em mente que o ato de brincar é um modo facilitador terapêutico, e que
nesse tipo de metodologia os indivíduos podem ser protagonistas na construção da
boa conduta de tratamento, realizando o que é determinado pelo profissional de modo
mais aderente e natural, ou seja, estar na terapia surge como um passatempo aliado à
melhora fisiológica. O fonoaudiólogo precisa ter um olhar ampliado, pois não basta
inserir a ludicidade, deve-se ter a consciência de que a dinâmica do atendimento
realizado deve ser uma aliada ao tratamento e técnicas conservadoras.
Fonte: https://portal.pcs.ifsuldeminas.edu.br/images/galeriadeimagens/2020/abril/20200411/atividades-ludicas/7.jpg.
O profissional deve pensar que a TAA não substitui a técnica. O principal diferencial
desse tipo de terapia, é o fato de que os animais tiram o foco da terapia tradicional,
tornando os exercícios fonoterâpicos mais fáceis de serem realizados, pois são lúdicos,
dinâmicos e divertidos. Outro fator importante e que merece destaque é a facilidade
com que o paciente se vincula com o terapeuta a partir do animal.
Fonte: https://www.opovo.com.br/noticiasimages/app/noticia_146418291334/2018/05/01/366969/_MGM0097_1.JPG.
73
Unidade IV | Tópicos Especiais
Fonte: https://diariodamanha.com/wp-content/uploads/2018/04/43485-1024x682.jpg.
» socialização;
» comunicação;
» memória;
» concentração;
» afetividade;
» autoestima;
» estabelecimento de vínculos,
74
Tópicos Especiais | Unidade IV
Fonte: https://www.portalacesse.com/wp-content/uploads/2018/05/fonoaudiologia-na-equoterapia-1-0518.jpg.
Fonte: https://www.galaxcms.com.br/imgs_crud_comum/1395/EQUOTERAPIA-20191217213957.jpg.
» dissociação de movimentos;
» maior autonomia;
» melhora do tônus;
Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.802098:1590164596/image/image.jpg?f=16x9&$p$f=3965716.
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Essa prática pode ser conceituada como o ato de realizar uma atividade de cunho
primário, para a qual é destinado um foco mais elevado da atenção, acionada a uma
segunda atividade executada ao mesmo de maneira simultânea. A realização de duas
tarefas de modo concomitante é comum no dia a dia, e representa uma capacidade
altamente vantajosa para o sujeito, podendo até ser considerada um pré-requisito para
uma vida normal. A dupla tarefa, sendo motoras ou cognitivas, acontece em nível
cortical, propiciando que uma intervenha na outra.
De tal modo, apesar da facilidade com que algumas ações simultâneas possam ser
habitualmente executadas, a integralidade de sua atuação demanda um elevado
processamento a nível neural. Em algumas ocasiões, a efetivação de dupla tarefa pode
ser danificada quando as ações exigidas extrapolam a capacidade do sistema cognitivo
ou ainda quando derivam no envolvimento simultâneo de circuitos neurais específicos
às duas ações.
Frente ao tipo de atividades que são desempenhadas, o mecanismo da dupla tarefa pode
apresentar-se de algumas maneiras, sendo: motora, cognitiva ou cognitivo-motora.
Uma estratégia de reabilitação cada vez mais utilizada, então, é a inserção do treinamento
de dupla tarefa, que visa corroborar, por meio da realização de atividades funcionais
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Hoje em dia, os fonoaudiólogos têm voltado cada vez mais sua prática profissional não
apenas para o desempenho motor dos pacientes, mas também para aspectos cognitivos
e relacionados ao contexto ambiental que esses indivíduos estejam inseridos, visto
que os aspectos ambientais são extremamente importantes na rotina dos pacientes.
As funções executivas, especialmente a atenção dividida, verificada pela realização de
tarefas simultâneas, evidenciam o desempenho da dupla tarefa, podendo ser esse um
importante recurso para tratamento das mais variadas demandas na prática clínica
fonoaudiológica.
Para exemplificar, vamos pensar que a dupla tarefa pode vir associada às seguintes:
tarefa motora e tarefa distrativa visual, tarefa motora e tarefa distrativa auditiva, tarefa
motora e tarefa cognitiva, dentre outras. Ou seja, pode-se explorar de maneira ampla
a execução simultânea de dois aspectos, assim, o profissional poderá utilizar técnicas
que façam com que o paciente treine a capacidade de realização de duas tarefas, seja
de cunho simples ou até mesmo mais complexas.
A execução da dupla tarefa pode parecer fácil, mas para pacientes com alterações
neurológicas, por exemplo, ou em pessoas idosas, esse tipo de recurso pode ser bastante
complexo, o que demandará muito mais treino e habilidades profissionais, visto que
esse conceito poderá, ao longo das sessões, viabilizar a promoção da saúde e recuperação
dos pacientes. Desse modo, vale ressaltar que o fonoaudiólogo deve estabelecer de
maneira individual, as tarefas a serem desenvolvidas pelo indivíduo.
Uma alteração cognitiva ou no controle motor (ou até mesmo em ambos), durante
uma tarefa simultânea, pode ser um preditor importante do estado funcional em que se
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Esse vídeo poderá ampliar sua concepção acerca da melhora da fala, a voz e a
deglutição. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=44668T-F9Lg.
Bom vídeo!
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do seu papel frente àqueles pacientes que buscam em seu ofício o alívio, melhora e até
cura para diversas alterações que possam ocorrer devido a alguma alteração patológica,
ou até mesmo pela promoção de sua saúde, identificando suas reações psíquicas e a
própria atitude frente à doença. O atendimento fonoaudiológico humanizado pode
possibilitar melhores condições de recuperação para os usuários, e assim, priorizar uma
fisioterapia baseada em evidência, uma ciência extremamente necessária no cenário
de saúde e centrada no conhecimento técnico, científico, proximal ao ser humano,
acolhedor e humanizado.
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