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A IMPRTÂNCIA DO FONOAUDÓLOGO NA EDUCAÇÃO

ANA SILVIA ARRUDA CASTANHO MODESTO

Sabemos que a fonoaudiologia surgiu, no passado, vinculada à educação. Para que a


aprendizagem se estabelecesse, era importante identificar e tratar as dificuldades dos alunos.
Quem era responsável em cumprir esse papel, era o fonoaudiólogo. A fonoaudiologia nasceu
entre os campos da medicina e da pedagogia onde deixa claro as vastas áreas que a profissão
alcança e sua grande importância, seja em âmbito educacional ou clínico.

A fonoaudiologia obteve reconhecimento, no passado, onde sua atuação ocorria também na


escola diagnosticando e tratando as crianças com alterações de fala e linguagem. A prática era
no entanto técnica e não levava em consideração o sujeito como um todo. Com o tempo o
fonoaudiólogo passa a fazer um trabalho preventivo e desenvolve ações que impedissem o
surgimento ou agravamento de tais alterações. Atuante dentro da rede escolar a
fonoaudiologia, aos poucos, se afasta da área escolar e valoriza a atuação clínica como uma área
voltada para saúde. Observasse que a psicologia obteve um papel inverso, pois firmou seu
trabalho dentro da educação e atualmente é lei a presença destes profissionais na escola. Ficou
comprovado a relação do fracasso escolar com o desajuste emocional. Quando realizada a
intervenção com o aluno, seus familiares, professores e com o grupo os ganhos são enormes
para aprendizagem.

Com as dificuldades presentes no processo de ensino aprendizagem, detectadas não por


ordem emocional, fortaleceu-se a ideia de que o papel do fonoaudiólogo era necessário no
âmbito escolar. O conselho da fonoaudiologia, só regulamentou o trabalho na área escolar em
2010 e sem nenhum curso criado para tal especialização. Atualmente não há nenhum
movimento para firmar uma lei da posição da fonoaudiologia escolar ou da obrigatoriedade, o
que justifica ainda não ser obrigatório a atuação na rede escolar.

É de grande importância divulgar as razões que demonstram a importância da


fonoaudiologia na educação, tais como:

-Prestar assessoria fonoaudiológica e dar suporte à equipe escolar discutindo e elegendo


estratégias que favoreçam o trabalho com alunos que apresentam dificuldades de fala,
linguagem oral e escrita, voz e audição;

-Contribuir para a inclusão efetiva dos alunos com necessidades educacionais especiais;

-Fazer triagens e encaminhar os alunos que necessitam de uma atuação clínica;

-Participar de reuniões com a equipe multiprofissional para acompanhamento sistemático e


contínuo das ações desenvolvidas com os educandos, equipes escolares, pais ou responsáveis;

-Contribuir para o diagnóstico da situação de saúde auditiva dos ambientes escolares;

-Participar de formação continuada e capacitação específica aos professores e equipes escolares

-Orientar pais ou responsáveis quanto às necessidades educacionais de seus filhos;

-Participar do processo de elaboração da avaliação dos alunos, discutindo suas necessidades


educacionais especiais, as adaptações realizadas e a serem feitas;
-Desenvolver projetos com alunos e profissionais (cuidados com a voz, audição, chupeta e
mamadeira);

-Auxiliar no processo de alfabetização trazendo estratégias para os professores desenvolver as


áreas pré ditoras para alfabetização (consciência fonológica, habilidades auditivas, funções
executivas, memória fonológica, nomeação automática rápida);

- Auxiliar o professor a trabalhar as bases do desenvolvimento da linguagem, estimulando o


aumento do vocabulário, a fala correta, sintaxe e morfossintaxe.

- Auxiliar o professor a fazer projetos onde a leitura é estimulada.

É de grande importância a parceria Sociedade Brasileira de fonoaudiologia com o Conselho de


Fonoaudiologia para promoverem diversas oficinas de sensibilização com professores e gestores
no Brasil inteiro. As escolas precisam perceber a nossa importância na rede educacional, pois
podemos fazer muito para promover a aprendizagem.

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