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UNIEDUK – UNIVERSIDADE MAX PLANCK

BACHAREL EM FISIOTERAPIA

LUCAS DANIEL SIQUEIRA

APS 1 - Revisão: importância das órteses em


neuropediatria

Indaiatuba
2021
LUCAS DANIEL SIQUEIRA

APS 1 - Revisão: importância das órteses em


neuropediatria

Trabalho de Complemento de Curso de


Fisioterapia, apresentado à Universidade
Max Planck como exigência à conclusão
do semestre.

Orientador: Prof. Alline Fernanda

Indaiatuba
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................................5
2.1.1 AFO (Ankle-Foot-Orthosis)..................................................................................................5
2.1.2 KAFO (Knee-Ankle-Foot-Orthosis).......................................................................................5
2.1.3 HKAFO (Hip-Knee-Ankle-Foot-Orthosis)..............................................................................5
2.2.1 Couro...................................................................................................................................5
2.2.2 Metais.................................................................................................................................5
2.2.3 Termoplásticos....................................................................................................................5
2.2.4 Fibras de Carbono...............................................................................................................6
2.2.5 Espumas..............................................................................................................................6
3 CONCLUSÃO..............................................................................................................................7
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO

Nesta breve revisão, será explanado acerca do uso de recursos


assistivos na Neuropediatria, especificamente Órteses, as quais podem ser
utilizadas em vários tipos de doenças. Opta-se por focar na doença com maior
incidência de uso das Órteses na população mundial, a Paralisia Cerebral, que
atinge menos de 1% da taxa de natalidade infantil anual, facilitando assim a
compreensão da revisão bibliográfica (O'SHEA, 2008; CANS et al., 2007).

A Paralisia Cerebral é uma doença que tem sua origem em uma


deficiência originada no Neurônio Motor Superior, cujo papel é organizar o
desenvolvimento neuropsicomotor conjuntamente com a psicomotricidade da
criança. A doença interfere nas habilidades motoras básicas na infância,
tornando árdua a rotina diária e o convívio social durante o crescimento.

Em virtude disso, muitas crianças acabam padronizando


acometimentos da Paralisia Cerebral, o que torna a prescrição médica e
diagnóstico neurofuncional prático, entretanto a maioria das desordens da
PC progridem para uma deformação articular, estrutural e encurtamentos, os
quais podem afetar a dinâmica de sua marcha.

Desta forma, pode ser destacado a utilização de Órteses, como uma


ferramenta de auxílio instrumental, que facilitam o desenvolvimento motor e
neuropsicomotor, e que podem influenciar na recuperação ou melhora do
quadro em que o paciente se encontra. Os ambientes e até mesmo as relações
sociais são fatores que devem ser incluídos durante a análise e prescrição do
melhor tipo de órtese, afim de facilitar e adequar linearmente ao
desenvolvimento do paciente (NEISTADT, 2002; OLIVER; ALMEIDA, 2007).

As Órteses são frequentemente associadas ao tratamento da Paralisia


Cerebral, principalmente na espasticidade plástica de membros inferiores.
Muitas vezes a utilização de Órtese se torna benéfica, apesar de cada paciente
necessitar de análise individual, como é o caso das deformações que impedem
a dorsiflexão e outras que a permitem passivamente (AMERICAN..., 2008).

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2 DESENVOLVIMENTO

Para uma eficiente perspectiva de prescrição da Órtese, deve ser


analisado pelo profissional Fisioterapeuta as possíveis barreiras físicas e
psicológicas que interferem na vida da criança; a relação familiar no âmbito da
residência; a classe social e o orçamento financeiro que a família dispõe para o
tratamento; e a pesquisa do tipo de material da órtese que mais se adequa
para cada tratamento.

Em tese, existem vários tipos de Órteses com os mais variados


componentes de trava e composição, apesar disso, esse trabalho resumirá as
Órtese mais usuais no ínterim Fisioterapêutico.

2.1.1 AFO (Ankle-Foot-Orthosis): Utilizada, literalmente, na região do


tornozelo e pé. Tem a função de estabilizar a articulação e, ao mesmo tempo,
atenuar a deformação gerada pela Paralisia Cerebral.

2.1.2 KAFO (Knee-Ankle-Foot-Orthosis): A órtese de joelho, tornozelo e pé


tem seu uso, principalmente, para estabilizar a articulação do joelho, impedir ou
facilitar a flexão de joelho e auxiliar na motricidade do paciente.

2.1.3 HKAFO (Hip-Knee-Ankle-Foot-Orthosis): Esta órtese é completa na


sua utilização, abrange toda a áreas de membros inferiores e tende a permitir o
ortostatismo eficiente do paciente.

Quanto ao tipo de material, destacam-se:

2.2.1 Couro: Confecção de revestimentos para estruturas em metal, calçado e


estética. Possui alta durabilidade e conforto.

2.2.2 Metais: Em geral, os metais trarão uma rigidez no suporte da órtese, com
elementos variando desde a alta maleabilidade até a extrema rigidez, cada
profissional avaliará seu destino no uso.

2.2.3 Termoplásticos: A característica química dos termoplásticos traz à tona


a maleabilidade dos componentes, podendo moldá-los à pele ou gesso,

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inclusive na reformulação das órteses com o passar dos anos, através dos
moldes negativos e positivos.

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2.2.4 Fibras de Carbono: Material com a melhor performance dentro do
universo das órteses, com alta durabilidade e maleabilidade. É impactado por
causa do seu alto custo para venda e aquisição.
2.2.5 Espumas: É um tipo de material com alta porosidade, adequado,
principalmente, para calçar regiões da órtese em contato direto com acidentes
ósseos, que podem geram desconfortos e até mesmo úlceras de pressão/
contato.

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3 CONCLUSÃO

Portanto, as Órteses possuem um significativo envolvimento no contexto


do tratamento de cada paciente, as quais podem ser utilizadas nas mais
variadas formas de diagnóstico, adequando tempo de uso, tipo de material e
objetivo de evolução. De fato, todo o resultado da melhora no quadro em que o
paciente se encontra pode não surtir efeito exclusivamente pelo uso da órtese,
vários contextos deverão ser analisados para adequar o equipamento ao dia-a-
dia do paciente, afim de reduzir o tempo de tratamento e acelerar a terapia. De
fato, é necessária uma análise global da utilização, mas nem sempre a
qualidade do equipamento estará associada ao desempenho do paciente.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRIDI, D.; CAVIAÕ, I. C.; SCHMITT, V. M., SACCANI, R.; BONETTI, L. V.;
CECHETTI, F.; ZATTA, P. R. R. P. Análise da marcha de crianças com
paralisia cerebral com e sem uso de órteses de tornozelo e pé. Disponível em
2017. Acesso em Junho de 2018.
CURY, V. C. R.; MANCINI, M. C.; MELO, A. P.; FONSECA, S. T.; SAMPAIO,
R. F.; TIRADO, M. G. A. Efeitos do uso de órtese na mobilidade funcional de
crianças com paralisia cerebral. 2005. Disponível em Acesso em Agosto de 2006.
ROQUE, H. A.; KANASHIRO, M. G.; KAZON, S.; GRECCO, L. A. C.;
SALGADO, A. S. I.; OLIVEIRA, C. S. Análise do equilíbrio estático em crianças
com paralisia cerebral do tipo disparesia espástica com e sem o uso de
órteses. 2011. Disponível em Acesso em Julho de 2012.
RODRIGUES, T. C. L.; MARCELINO, J. F. Q.; NÓBREGA, K. B. G. Tecnologia
assistiva na atuação terapêutica ocupacional com uma criança com doença
degenerativa do sistema nervoso central. Disponível em Cad. Ter. Ocup.
UFSCar, São Carlos, v. 23, n. 2, p. 417-426. Acesso em 2015
BRASIL, Ministério da Saúde. Técnico em Órteses e Próteses – Livro Texto.
Disponível em Acesso em 2014.

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