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Trabalho
Beatriz Fonini
Medicina no
Trabalho
Beatriz Fonini
Curitiba-PR
2017
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das ações
do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec,
instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e
democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a po-
pulação brasileira, propiciando um caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias promotoras de ensino técnico
como os Institutos Federais, as Secretarias de Educação dos Estados, as Universidades, as
Escolas e Colégios Tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando
os estudantes a concluir o Ensino Médio e realizar uma formação e atualização contínuas.
Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao
estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas,
os polos.
Ministério da Educação
Março de 2017
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que complementem seus estudos em diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, livros e outras.
Glossário
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no texto.
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Oferece novas informações que enriquecem o assunto ou
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema
estudado.
Pratique!
Apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para
que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do
tema estudado.
Design do componente
1
14 História do início da Medicina do Trabalho
15 Noções gerais sobre Medicina do Trabalho
16 A evolução da Medicina do Trabalho para a
Saúde Ocupacional
Serviço Especializado em 21
Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT)
Composição e função dos integrantes da Equipe 22
Unidade
de Saúde e Segurança do Trabalho
2
Surgimento da equipe de Saúde do Trabalho 22
Composição da equipe e suas funções 23
Regulamentação da equipe 23
Capacitação do técnico em segurança do trabalho 29
3
36 Programa de Controle e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT)
37 Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
37 Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT)
38 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
Riscos físicos e químicos 41 Unidade
para a saúde no trabalho
Riscos físicos
Patologias ocupacionais dos riscos físicos
Riscos químicos
Patologias ocupacionais dos riscos químicos
42
43
46
47
4
51 Riscos biológicos, ergonômicos
Unidade e ambientais
5
52 Riscos biológicos
54 Riscos ergonômicos segundo a NR-17
56 Riscos ambientais
57 Riscos de acidentes: principais acidentes
Unidade
Princípios de anatomia e 61
fisiologia humana
A história da anatomia
Divisão do corpo humano
60
63
6
Unidade
7 71
72
Principais doenças ocupacionais
e suas estatísticas
Principais doenças ocupacionais no Brasil e suas causas
Unidade
8
Estudo da NR 32: segurança e saúde 83
no trabalho em estabelecimentos de
assistência em saúde
Objetivo geral e campo de aplicação 88
Unidade
89 PCMSO (Programa de Controle
9 90
101
Médico de Saúde Ocupacional) NR 07
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO)
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
Caro estudante,
Certa de que este tema desperta muita curiosidade, espero compartilhar conhecimentos,
experiências e que todas as dúvidas ou dificuldades venham a ser esclarecidas até o final
do curso.
Partimos do princípio de que se torna necessário trazer conhecimentos gerais sobre se-
gurança, higiene e medicina do trabalho. Então, a ideia principal aqui proposta será
abordar a importância da Medicina do Trabalho no ambiente do trabalho ou fora dele,
enfatizar na proteção e nos cuidados do trabalhador e seus benefícios e qual é a colabo-
ração do TST na prevenção e na preservação da saúde ocupacional.
O objetivo aqui proposto é que o aluno amplie seus conhecimentos teóricos e coloque
em prática suas experiências, desenvolvendo sua capacidade de agir e reagir frente às
dificuldades e às situações inesperadas.
Ficou curioso(a)? Então veja o que abordaremos nas unidades deste livro.
Conta a história que, no início, a produção era em ritmo acelerado, em condições desuma-
nas de trabalho; consequentemente, prejudicava a saúde do trabalhador e a própria produ-
ção. Robert Demham, proprietário de uma indústria têxtil, preocupado com a produção e
com a saúde de seus operários, teve a ideia, a partir do conselho de seu médico, de colocar
no interior da sua fábrica um médico para avaliar e verificar os efeitos do trabalho sobre
as pessoas e deixar-lhe as intervenções necessárias, exaurindo-se da sua responsabilidade
no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos seus operários. Surgiu,
assim, em 1830, o primeiro serviço de Medicina do Trabalho (MENDES e DIAS 1991).
Absenteísmo
É uma palavra com origem no latim, em que absens significa “estar fora, afastado ou ausente”. O absenteísmo consiste
no ato de se abster de alguma atividade ou função com certas deficiências nas relações laborais, faltando ao trabalho.
Pode ser causado por doenças, motivos familiares, motivos pessoais, dificuldades financeiras e de transporte, falta
de motivação, atitudes impróprias da entidade patronal etc. Qualquer um desses fatos revela aos responsáveis pela
empresa que o clima ali é desfavorável e que há a necessidade de um tratamento mais humano, ou que uma errada
distribuição dos diversos processos do trabalho leva a uma excessiva carga laboral em algumas ocasiões. Isso aumenta
os custos para a empresa e dificulta a concretização dos seus objetivos, diminuindo lucros.
Em muitas ocasiões, o absenteísmo apresenta causas sociais ou psíquicas, e não materiais. Por esse motivo, uma das
melhores maneiras de combatê-lo é fomentar as relações humanas dentro da empresa.
14 Medicina do Trabalho
Contudo, para que haja saúde ocupacional, é necessária a participação de todos os
envolvidos na questão de saúde e segurança, acompanhando as normas, as rotinas e os
procedimentos para a melhoria do ambiente de trabalho e dos seus trabalhadores.
Nessa perspectiva, você deve ter percebido que a Medicina do Trabalho constitui funda-
mentalmente uma atividade médica, e sua prática se dá tipicamente nos local de traba-
lho, cuidando especificamente do trabalhador no ambiente do trabalho.
De acordo com Ramazzini, esses cuidados corroboram com a proposta enfatizada pelo
primeiro médico que deu atenção à saúde do trabalhador, Bernardo Ramazzini (pai da
Medicina do Trabalho), o que vem contribuir ao bem-estar físico e mental. É a principal
característica da Medicina do Trabalho, por constituir fundamentalmente uma atividade
médica praticada nos locais de trabalho, na manutenção da salubridade e da higiene, a
A evolução da Medicina
do Trabalho para a Saúde
Ocupacional
A evolução da Medicina do Trabalho para a Saúde Ocupacional começou a partir dos
custos provocados pelo abrupto crescimento de acidentes de trabalho ou por doenças
desencadeadas do trabalho. Esses custos até então não eram contabilizados pelos em-
pregadores, às voltas com pagamento de pesadas indenizações por incapacidade pro-
vocada pelo trabalho exploratório, baixa produtiva, doenças recorrentes e constantes
queixas dos trabalhadores.
Conforme relato de Mendes e Dias (1991), a Saúde Ocupacional surge dentro das gran-
des empresas, com a organização de equipes multiprofissionais, a partir do histórico dos
serviços da Medicina do Trabalho e da equipe que a compõe. Esses profissionais têm a
finalidade de controlar os riscos ambientais, colaborando com a higiene do trabalho.
Segundo Mendes e Dias (1999), o perfil de adoecimento e seus fatores podem ser sinte-
tizados em quatro grupos:
3. doenças comuns que têm o espectro de sua etiologia ampliado ou tornado mais
complexo pelo trabalho;
16 Medicina do Trabalho
Sistema de Segurança e Saúde Ocupacional, correspondente à Medicina do Trabalho em
nível internacional, segundo a Occupational Health and Safety Assessment Series (OH-
SAS) 18001/99, ou aos Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional.
REGRA GERAL – responsabilidade subjetiva, com base na culpa (art. 7º, inciso XXVIII, da CF/88),
Mas, se a atividade normalmente desenvolvida pelo empregador implicar, pela sua natureza,
risco para o empregado –
responsabilidade objetiva, independentemente de culpa (art. 927, parágrafo único, do CC/2002).
CF/88 – art 225, § 3º - responsabilidade objetiva, como regra supralegal, um princípio maior
– interpretação sistemática e mais harmônica do art. 7º, inciso XXVIII, para teoria do risco da
atividade.
Raimundo Simão de Melo – “negar a responsabilidade objetiva (...) seria mesmo um verdadeiro
e inexplicável paradoxo. Exemplo: Um engenheiro autônomo para reparar uma máqina de alta
tensão elétrica (atividade de risco) e o ajudante geral empregado da empresa.
Pratique
1. Agora que você já sabe o que faz parte do serviço de Medicina do Trabalho no am-
biente de trabalho, qual é a sua iniciativa para prevenir riscos ocupacionais a vc e a
seus colegas?
18 Medicina do Trabalho
Unidade 1 – Noções gerais sobre Medicina do trabalho 19
Unidade
2 Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT)
Nas páginas seguintes, você verá a descrição das atividades de cada um dos profissionais
que compõem o SESMT, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas
(CNAE).
Surgimento da equipe de
Saúde do Trabalho
Como mencionado anteriormente, o início da Medicina do Trabalho deu-se com a intro-
dução do médico dentro do “chão de fábrica”, integrado com os trabalhadores, obser-
vando os efeitos do trabalho sobre o homem.
22 Medicina do Trabalho
A partir dessa investigação, foi necessário compor uma equipe de colaboradores para
atuar no serviço de segurança e saúde dos trabalhadores, surgindo, assim, o SESMT
(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). Esses
profissionais atuam junto aos trabalhadores, proporcionando um ambiente de trabalho
saudável, evitando que os trabalhadores, suas famílias e a população sejam expostos a
riscos e sofrimento desnecessários, como afastamentos e incapacidades para o trabalho.
Para o empregador, essas ações evitam onerações em relação às leis trabalhistas e mi-
nimizam os custos com saúde e os custos associados com a alta rotatividade, tais como
treinamentos; consequentemente, aumentam a produtividade, bem como a qualidade
dos produtos e dos serviços prestados.
Regulamentação da equipe
Cada profissional terá atividades específicas para contribuir para a melhoria das condi-
24 Medicina do Trabalho
da saúde junto à comunidade; são integrantes da estrutura básica da instituição de saúde
pública e privada e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; planejam, organizam,
coordenam, executam e avaliam a ação dos serviços da assistência de enfermagem; fazem
consulta de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, cuidados diretos de
enfermagem a pacientes graves com risco de vida, com maior complexidade técnica e que
exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
26 Medicina do Trabalho
Técnicos em segurança do trabalho: participam da elaboração e implementam polí-
tica de saúde e segurança do trabalho; realizam diagnóstico da situação de serviço de
segurança do trabalho da instituição; identificam variáveis de controle de doenças, aci-
dentes, qualidade de vida e meio ambiente; desenvolvem ações educativas na área de
saúde e segurança do trabalho; integram processos de negociação; participam da ado-
ção de tecnologias e processos de trabalho; investigam, analisam acidentes de trabalho
e recomendam medidas de prevenção e controle.
Daremos ênfase à atuação do técnico em segurança do trabalho, para o qual esse curso
foi destinado. A seguir, suas principais atribuições:
O técnico em segurança do trabalho pode paralisar obra, área, setor, equipamento, má-
quina, veículo, serviço e demais atividades sempre que forem constatadas situações de
risco grave e iminente, pondo em risco a vida dos trabalhadores, de terceiros e do meio
ambiente, informando de imediato ao responsável pela fiscalização, ao gestor do contra-
to e à Gerência de Recursos Humanos a qual está subordinado.
28 Medicina do Trabalho
Capacitação do técnico em segurança do trabalho
O técnico em segurança do trabalho deve ter conhecimento das leis trabalhistas (direitos
e deveres), das normas específicas para cada ramo de atividade, deve ter capacitação e
treinamento, responsabilidade, comprometimento e atentar para as medidas de preven-
ção, a análise de acidentes e o controle de riscos, pois ele é o profissional mais próximo
dos outros trabalhadores no ambiente de trabalho. É o “olho” dos outros profissionais
que compõem o SESMT, composto por médicos, enfermeiros, engenheiros, técnico e
auxiliares, enfim, pessoas responsáveis em oferecer as melhores condições possíveis para
cada trabalho desenvolvido.
Para que haja o serviço de segurança e medicina do trabalho, são necessários profissio-
nais especialistas em segurança do trabalho, cada um com atividades específicas que
trabalham em função de um único objetivo, que é cuidar da saúde do trabalhador, en-
sinando e incentivando a precaução e a prevenção de riscos de acidentes no ambiente
de trabalho.
O serviço dos médicos e enfermeiros está relacionado à saúde, a prevenir doenças que
possam ser desencadeadas pelo ato laboral. Já o engenheiro e o técnico em segurança
do trabalho atuam na investigação dos riscos de acidentes ambientais e a na melhoria
das condições do ambiente de trabalho.
Pratique
Conseguiu entender a relação entre a Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional? En-
tão, descreva com suas palavras o diferencial da Medicina do Trabalho para o emprega-
dor e os empregados dentro das empresas ou organizações.
30 Medicina do Trabalho
Unidade 2 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 31
Unidade
Sabemos que existem milhares de doenças relacionadas à vida cotidiana do ser humano.
O serviço de medicina e segurança do trabalho é indispensável para promover e orientar
os profissionais técnicos em segurança do trabalho no tocante à prevenção, à vigilância
e à assistência à saúde aos trabalhadores (ALMEIDA, 2014).
Nos dias de hoje, ainda persistem as doenças do passado e surgem novas patologias, de-
vido às novas tecnologias e aos processos modernos de produção. É nesse contexto que
devemos refletir sobre acidentes de trabalho e as doenças a elas relacionadas, a partir de
novas políticas de gestão em saúde do trabalho.
Cabe aos gestores da segurança do trabalho rever conceitos e estratégias que articulem
a participação e o envolvimento, com base na premissa de que a saúde do trabalhador
sofre forte impacto do capitalismo contemporâneo, em que a produtividade, a competi-
tividade e a flexibilidade se sobrepõem aos aspectos humanos e sociais.
34 Medicina do Trabalho
Precaução e prevenção no
ambiente de trabalho
Os profissionais de serviço de segurança e medicina do trabalho têm uma grande respon-
sabilidade sobre a atuação do trabalhador no ambiente do trabalho, pois é o profissional
capacitado para intervir na prevenção e na precaução de acidentes (ALMEIDA et al, 2014).
Quando se dá início em uma nova empresa, deve ser exigido um exame médico para to-
dos os funcionários; se a empresa não dispõe do SESMT, com certeza deve ter esse serviço
terceirizado, não só em detrimento de lei – Política Nacional de Segurança e Saúde do Tra-
balhador e com as diretrizes nela contidas –, mas, sim, por se tratar de um ato humanitário,
não deve se restringir em exames rápidos, como análise da frequência cardíaca e verifica-
ção das condições físicas e audiovisuais, entre outros, para não mascarar os problemas e
prejudicar no diagnóstico médico correto.
Os exames devem ser realizados periodicamente, a fim de verificar como estão as condi-
ções dos trabalhadores, referente à saúde física e psicológica. ”Apesar de avanços cientí-
ficos e tecnológicos em diferentes esferas da sociedade, que trazem resultados benéficos
para a saúde da população e dos trabalhadores em geral, ocorre, contraditoriamente, uma
expressiva elevação da morbi-mortalidade nesta área” (MENDES; WÜNSCH, 2007).
Questões previdenciárias:
laudos técnicos periciais
A elaboração de laudos periciais de insalubridade são atividades dos profissionais legal-
mente habilitados, como o engenheiro de segurança do trabalho e o médico do trabalho.
Eles têm competência e formação para verificar e confirmar se o ambiente de trabalho
apresenta situações nocivas à saúde, visando garantir o cumprimento das legislações vi-
gentes para a elaboração de laudos periciais de insalubridade, em consonância com as
Normas Regulamentadoras (8 de julho de 1978, por meio da Portaria n.º 3.214, MT – NR-
4) e outros instrumentos pertinentes à área de ação. São esses profissionais que definem
a insalubridade ou não dos ambientes de trabalho, estimulando para que surjam novos e
melhores métodos direcionados para a aplicabilidade da legislação. Também é necessária a
participação dos outros profissionais que compõem o SESMT na investigação, na supervi-
são, na prevenção e no prognóstico de situações de risco e, ainda, contam com a motiva-
ção dos empregados em adotar ações concretas para a solução dos problemas.
Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA)
Como o próprio nome diz, é um programa que deve ser implantado em todos os segui-
mentos de atividade laboral, independentemente da quantidade do quadro de pessoal.
Deve ser elaborado a partir da análise do ambiente, grau de riscos e ramo de atividade,
tendo como principal objetivo evitar acidentes que possam vir a causar danos à saúde
do trabalhador, bem como criar mentalidade preventiva em trabalhadores e empresários.
Programa de Controle e
Meio Ambiente de Trabalho
(PCMAT)
O Programa de Controle e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil,
da mesma forma que o PPRA, é um programa que tem como objetivo o reconhecimento,
36 Medicina do Trabalho
a avaliação e o controle dos riscos encontrados nas indústrias e nas construções civis, que
devem estar em consonância à NR-9 – Condições e Prevenção de Riscos Industriais. Após
o levantamento de riscos, devem ser tomadas as medidas preventivas para eliminar ou
minimizar riscos, de forma coletiva e individual, fazendo uso dos EPIs.
Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP)
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é a análise da atividade realizada e o grau de
risco ao qual o empregado é exposto. Serve para orientações do Instituto Nacional de
Serviço da Saúde (INSS) quanto ao controle de acidentes de trabalho e aposentadoria.
38 Medicina do Trabalho
Quando o trabalhador acidentado necessitar afas-
tar-se do trabalho, deverá comparecer no mesmo Qualquer empresa ou pessoa pode
dia do acidente à perícia médica, a fim de ho- baixar o formulário de Comunicação
de Acidente de Trabalho (CAT) e enviar
mologar a sua licença, caso não possa cumprir o para a Previdência Social. É só baixar o
item anterior. Por estar impossibilitado, seu fami- aplicativo e ter sempre ele a disposição
para qualquer eventualidade. Acesse: http://
liar deverá levar à Perícia Médica (SMRH/RHSO), www.previdencia.gov.br/forms/formularios/
também no mesmo dia do acidente, um atestado form001.html
do médico que atendeu o acidentado.
Pratique
Para que servem os sistemas de precaução e prevenção, com promoção da implantação
de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de trabalho? E qual
é a importância para os empregados e os empregadores?
O controle das condições de risco para a saúde e a melhoria dos ambientes de trabalho
envolvem as seguintes etapas:
Riscos físicos
Esses riscos podem e devem ser quantificados dentro de certos limites para evitar efeitos
indesejáveis sobre a saúde, a segurança e o bem-estar do funcionário. São causados por:
Temperaturas extremas: calor, frio e umidade podem causar fadiga, gripes e resfriados.
42 Medicina do Trabalho
Patologias ocupacionais dos
riscos físicos
Radiação ionizante (NR-15 - Anexo 5)
Pessoas que exercem atividades com radiações ionizantes (ex.: raio-X) precisam estar
cientes que são atividades e operações consideradas insalubres, por estarem expostas a
grau máximo de risco a fatores cancerígenos (neoplasia).
Para prevenção, deve-se obedecer aos limites de tolerância, aos princípios, às obrigações
e aos controles básicos para a proteção do homem e do ambiente de trabalho constantes
na Norma CNEN-NE-3.01, “Diretrizes Básicas de Radioproteção”.
Temperaturas extremas podem significar muito calor ou muito frio, que causam des-
confortos térmicos e são riscos potenciais para os trabalhadores. Nas situações de calor,
as principais alterações fisiológicas são alterações no batimento cardíaco e na pressão
arterial, aumento da temperatura do corpo, síncope do calor e desequilíbrio hídrico e de
eletrólitos. Nas situações de muito frio, as principais consequências são problemas der-
matológicos, problemas nas extremidades dos membros superiores e inferiores e hipoter-
mia, mas também poderão ocorrer problemas crônicos, como resfriados e pneumonias.
Ruídos
44 Medicina do Trabalho
Ruído é um som ou um conjunto de sons perturbadores, desagradáveis, que muitas
vezes pode variar de um indivíduo para outro, de acordo com fatores psicológicos de
tolerância que cada um possui, tempo de exposição e atividade.
Uma boa iluminação não significa níveis excessivos de aclaramento, mas, sim, distribui-
ção uniforme. Para que não ocorram ofuscamento e fadiga visual, é recomendado que
a empresa providencie medições de iluminação em todos os locais e, evidentemente,
busque fazer as correções necessárias.
Eletricidade
• Eletrocussão: a morte provocada pela exposição do corpo a uma dose letal de energia
elétrica.
• Choque elétrico: causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo hu-
mano ou de um animal qualquer.
Riscos químicos
46 Medicina do Trabalho
É preciso saber quais substâncias podem ser mantidas na atmosfera sob várias formas
(poeiras, fumos, névoas, neblina, gases ou vapores) e podem penetrar no organismo por
exposição crônica ou acidental pelas vias aéreas, digestórias ou por contato. Podem ser
decorrentes de acidentes como explosões e incêndios e causar efeitos carcinogênicos,
teratogênicos, sistêmicos (como neurotóxicos), irritantes, asfixiantes, anestésicos, alergi-
zantes etc. Uma das precauções indispensáveis é o uso de EPIs e EPCs.
Nesta unidade, foram destacados os ricos físicos e químicos e algumas patologias que
podem ser desencadeadas por esses riscos. Vimos a importância de conhecer os produ-
tos químicos, sua utilização e, principalmente, adotar medidas de controle de contágio
pelos agentes químicos no ambiente de trabalho, fazendo uso de EPIs e EPCs. Sobre os
riscos físicos, vimos que são riscos que podem ser minimizados por meio de medidas pre-
estabelecidas de controle, conforme atividades exercidas, como minimização de ruídos,
luminosidades, calor etc.
Pratique
O que você entende por riscos de acidentes físicos?
48 Medicina do Trabalho
Unidade 4 – Riscos físicos e químicos para a saúde no trabalho 49
Unidade
5 Riscos biológicos,
ergonômicos e ambientais
Riscos biológicos
52 Medicina do Trabalho
• Trabalhadores da saúde (em contato com pacientes ou materiais contaminados em
centros de saúde, hospitais, laboratórios, necrotérios, em atividades de investigações
de campo e vigilância em saúde).
Também podem ser afetadas as pessoas que trabalham em habitat silvestre, como na
silvicultura, em atividades de pesca, produção e manipulação de produtos animais, como
abatedouros, curtumes, frigoríficos, indústria alimentícia (carnes e pescados) e trabalha-
dores em serviços de saneamento e coleta de lixo, os quais entram em contato direta-
mente com poeiras, contendo pelos, pólen, esporos, fungos, picadas e mordeduras de
animais peçonhentos, e, ainda, corte com materiais perfurocortantes.
Quadro 5.1: Principais patologias agressivas ao trabalhador causadas por risco biológico
• Postura inadequada;
54 Medicina do Trabalho
LER/DORT
Apesar das novas tecnologias e métodos gerenciais que facilitam a intensificação do tra-
balho, com a intenção de diminuir o sofrimento dos trabalhadores, ainda prevalecem os
altos índices de doenças relacionadas ao trabalho, como estresse e fadiga física e mental.
Portanto são situações que exigem mais pesquisas e conhecimento para que se possam
traçar propostas coerentes e efetivas de intervenção.
A violência no trabalho adquire uma feição particular entre os policiais e os vigilantes que
convivem com a agressividade e a violência no cotidiano. Esses trabalhadores apresen-
tam problemas de saúde e sofrimento mental que possui estreita relação com o traba-
lho. Atualmente, a violência acompanha homossexuais, negros e mulheres em grandes
proporções.
Ainda temos que citar as ocorrências dos fenômenos naturais, como os desabamentos,
incêndios, alagamento, tempestades etc.
56 Medicina do Trabalho
Riscos de acidentes: principais
acidentes
Nas Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT), mais realizadas pelos departamentos
de Saúde Ocupacional (SESMT), é bastante elevado o registro de ocorrência nas áreas da
saúde e construção civil.
Conforme a ocorrência, o trabalhador pode, antes, buscar ajuda médica e, depois, fazer
a CAT. De qualquer forma, para caracterizar acidente de trabalho, ele tem que estar de
posse desse documento, que deve ser fornecido pelo empregador ou retirado por qual-
quer outra pessoa pela internet, preenchido e apresentado à Previdência Social (INSS).
O diagnóstico de uma doença relacionada ao trabalho, uma vez estabelecida pelo médi-
co, tem implicações médico-legais e previdenciárias (INSS) que necessitam ser conhecidas
e cumpridas pelos profissionais.
Os riscos ergonômicos podem ser considerados os mais fáceis de ser controlados, pois po-
dem ser previsíveis, e o trabalho pode ser adaptado ao homem, conforme a atividade que
ele exerce. Precisa-se de orientações de profissionais de educação física ou fisioterapeutas,
que têm um papel muito importante na elaboração da prevenção de riscos ergonômicos.
Pratique
Ao perceber que uma pessoa foi atingida por uma corrente elétrica de alta voltagem,
qual é a medida de segurança que deve ser tomada para evitar que você também seja
atingido pela corrente elétrica?
58 Medicina do Trabalho
Unidade 5 – Riscos biológicos, ergonômicos e ambientais 59
Unidade
6 Princípios de anatomia e
fisiologia humana
A história da anatomia
Segundo Lacerda (2009), a história da anatomia foi proposta em 1981 pela American
Association of Anatomists, mas a primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomen-
clatura anatômica internacional ocorreu em 1895.
Nos congressos em 1933, 1936 e 1950, foram feitas revisões e, finalmente, em 1955,
em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de
PNA (Paris Nomina Anatomica) (LACERDA, 2009).
É possível estudá-la mesmo em pessoas vivas, por meio de técnicas de imagem, como a
radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomo-
grafia por emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética nuclear, a ecogra-
fia, a termografia, entre outras.
Então, a anatomia é a ciência que estuda a organização estrutural dos seres vivos, en-
quanto dissecar é um dos métodos dessa ciência.
62 Medicina do Trabalhol
Divisão do corpo humano
• Pescoço;
• Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça. (PS)
• Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixa, ou seja, atrás das costas. (PP)
• Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e
inferiores), do lado direito e esquerdo.
PS
PL
PL
PA
PP
PI
64 Medicina do Trabalhol
Quadro 6.1: Planos Seccionais.
Fonte: Adaptado de SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Fonte: Adaptado de SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
66 Medicina do Trabalhol
Sistema locomotor
O sistema locomotor é formado pela combinação de dois sistemas que atuam juntos
para garantir uma grande quantidade de movimentos: o sistema muscular e o siste-
ma esquelético. Apesar de existirem diferentes tipos de tecidos musculares (o estriado
esquelético, o estriado cardíaco e o não estriado), apenas um está relacionado com a
movimentação do corpo e nossa postura: o tecido muscular esquelético.
O tecido muscular esquelético está ligado aos ossos e só se contrai após estímulos de-
sencadeados por terminações nervosas ligadas a cada fibra muscular, permitindo, assim,
a movimentação.
Estrutura óssea
O corpo humano possui 206 ossos divididos: 22 na cabeça, 3 ossículos do ouvido médio,
8 no pescoço, 37 no tórax, 7 no abdômen, 32 nos membros superiores, 31 nos membros
inferiores. São compostos por ossos e cartilagens, sendo que os ossos podem ser duros
e esbranquiçados, e as cartilagens, semirrígidas.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: Esqueleto Axial e Esqueleto
Apendicular.
68 Medicina do Trabalhol
• Suprimento contínuo de células sanguíneas novas (hematopoiética).
Cartilagens
A cartilagem, também conhecida como tecido cartilaginoso, é composta por uma matriz
gelatinosa formada principalmente por proteínas e carboidratos. É uma espécie de tecido
flexível, conectivo e elástico, localizado em várias partes do corpo, garantindo a redução
de impactos externos e atritos entre os ossos. Também serve para dar forma e sustenta-
ção a algumas partes do corpo, como nas orelhas e no nariz.
Na imagem a seguir, você pode visualizar a cartilagem, que é a parte esbranquiçada entre
os ossos, que serve para evitar atritos entre eles.
Tipos de cartilagem:
• Cartilagem hialina;
• Cartilagem fibrosa;
• Cartilagem elástica.
Articulações
O sistema de articulações é o ponto de contato entre os ossos. Temos diferentes tipos de
articulações: algumas que são bastante fortes e imóveis (conhecidas como sinartrose) e
outras que permitem movimentos por serem flexíveis (anfiartrose e diartrose).
Com relação à sua estrutura, as articulações podem ser classificadas em fibrosas (os ossos
são unidos por tecido conjuntivo fibroso), cartilaginosas (os ossos são unidos pela cartila-
gem) e sinoviais (possuem um espaço entre os ossos).
As articulações são divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobili-
dade:
70 Medicina do Trabalhol
Músculos
São estruturas individualizadas, que cruzam uma ou mais articulações e, pela contração
das fibras musculares, transmitem movimentos do corpo humano. Os músculos podem
ter contrações voluntárias ou involuntárias, controladas pelo sistema nervoso.
ratura corporal.
Nesta unidade, você pôde ver parte da composição anatômica do corpo humano. Foi
apresentada uma base estrutural do funcionamento das articulações musculares e ósse-
as, pois é importante ter conhecimento da estrutura humana e saber dos cuidados aos
riscos ambientais, ergonômicos, biológicos, físicos e químicos. Você pôde ver que ossos,
músculos, cartilagens são estruturas dependentes umas das outras; viu, também, a im-
portância do bom funcionamento delas para a sustentação do corpo humano.
Pratique
Agora que você conhece a anatomia, a parte da Biologia que estuda a forma e a estru-
tura dos seres vivos, e sabe que os ossos são articulados com o auxílio dos músculos,
descreva algumas funções dos músculos para a atividade diária do ser humano.
Existem algumas doenças que são causadas especificamente pela exposição a produtos
tóxicos. O trabalhador, ao buscar atendimento médico, deve relatar a função que exerce
para que o médico possa diagnosticar o tipo de intoxicação a qual ele foi exposto, legal-
mente reconhecido, por exemplo: chumbo, silicose etc.
Há, ainda, as doenças provocadas por distúrbios latentes ou agravador de doenças prees-
tabelecidas, as quais são provocadas pela atividade exercida ou pela baixa imunidade do
trabalhador, como: bronquite crônica, asma, dermatite de contato, alergias a produtos
químicos menos tóxicos, doenças mentais.
74 Medicina do Trabalho
A seguir, relacionaremos algumas doenças ocupacionais e o fator desencadeante, mas,
primeiramente, você precisa saber o que significa CID e como são classificadas as doenças.
• Brucelose (A23.-);
• Leptospirose (A27.-);
• Tétano (A35.-);
• Candidíase (B37.-);
76 Medicina do Trabalho
mo após a cessação da exposição;
• Em geral, existem exposições combinadas e/ou concomitantes. Por outro lado, têm
em comum com outras doenças ocupacionais a dificuldade de relacionar as exposi-
ções à doença e o fato de que são, em sua grande maioria, preveníveis.
• Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (inclui sarcoma
ósseo) (C40.-);
• Anemia aplástica devida a outros agentes externos (D61.2) e anemia aplástica não
especificada (D61.9);
• Metahemoglobinemia (D74.-).
78 Medicina do Trabalho
• Hipotireoidismo devido a substâncias exógenas (E03.-);
80 Medicina do Trabalho
• Transtornos do nervo olfatório (inclui anosmia) (G52.0);
• Blefarite (H01.0);
• Conjuntivite (H10);
• Catarata (H28);
A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) é um dos problemas de saúde relacionados
ao trabalho mais frequentes em todo mundo.
• Labirintite (H83.0);
82 Medicina do Trabalho
• Otite barotraumática (T70.0);
Nesta unidade, você pôde ver algumas das patologias relacionadas ao trabalho. Seria
necessário um livro inteiro para poder abordar com mais profundidade esse assunto e,
mesmo assim, não conseguiríamos esgotar todo o assunto.
Esse estudo vem a contribuir para a definição de um perfil de morbimortalidade dos tra-
balhadores e para a orientação do planejamento, da execução e da avaliação das ações,
a fim de promover, proteger e recuperar a saúde dos trabalhadores e a segurança no
trabalho por parte dos empregadores.
Pratique
Por que é importante classificar as doenças e os problemas de saúde relacionados ao
trabalho, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID)?
84 Medicina do Trabalho
Unidade 7 – Principais doenças ocupacionais e suas estatísticas 85
Unidade
A NR-32 é a norma que cuida da saúde dos profissionais da área de saúde. É a maior que
observamos, pois abrange vários aspectos de ocorrências e dá suporte a várias outras
NRs.
Pesquisas apontam que a área da saúde ocupa o primeiro lugar no ranking de acidentes
com matérias biológicos.
88 Medicina do Trabalho
Figura 8.1: Exposição a doenças através de lixos.
Fonte: © Hello Turkey Toe/ Everystockphoto.
A coleta é uma tarefa executada por profissionais em limpeza urbana, porém a participa-
ção de todos é muito importante, descartando e separando o lixo produzido.
Para sabermos sobre o tratamento de lixo, precisamos conhecer a reciclagem, que tem
como principal objetivo: reduzir, reutilizar e reciclar (3Rs), diminuindo os impactos am-
bientais.
Reciclagem: todo lixo produzido, após sua coleta, passa por um processo de separação.
Alguns podem ser reutilizados como matéria-prima na produção de novos produtos.
90 Medicina do Trabalho
Lixo hospitalar
Além da separação de lixo para reciclagem, o lixo hospitalar requer critérios de separação
mais minuciosos. Por se tratar de lixo potencialmente infectante, o treinamento de fun-
cionários para essa função é uma exigência do Conama.
Grupo D (resíduos comuns) – qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa
provocar acidentes. Exemplo: gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e
papéis.
92 Medicina do Trabalho
Alguns funcionários insistem para não usar EPI e causam transtorno para o bom fun-
cionamento da instituição e a diminuição de índices de infecção hospitalar, sendo um
transtorno para a equipe de SESMT, CCIH e CIPA. Daí a necessidade e a responsabilidade
da equipe de gestão hospitalar (administradores, SESMT, CCIH, CIPA) e funcionários,
enfim, todos os colaboradores do hospital na prevenção por meio de treinamentos e pa-
lestras para a conscientização e bons resultados em médio e longo prazo, enfim, devem
estar unidas pela causa “prevenção”; assim, há chance de melhores resultados, e todos
ganham com isso.
Tipos de EPIs:
• Máscaras PFF2 ou N-95 etc.: para controlar a exposição a riscos biológicos e produ-
tos químicos que se locomovem ou foram lançados no ar.
• Luvas de látex: para evitar contato direto com produtos químicos usados na desin-
fecção de materiais cirúrgicos, por exemplo.
• Avental: para evitar contato com umidade e produtos químicos nocivos à saúde.
Para evitar que o funcionário fique molhado nos serviços em que é preciso jogar (lan-
çar) água em distâncias médias e longas.
• Calçado fechado: para evitar contato com produtos químicos usados na desinfec-
ção, materiais biológicos etc.
• Touca: não é considerado EPI, mas é muito importante para evitar que os cabelos
passem em locais contaminados e com isso sirvam de ponte para transmissão de
doenças, bactérias, vírus.
• Óculos ou viseira: para evitar contato com partículas químicas ou biológicas lança-
das ou dispersas no ambiente.
• Calçado fechado (NR 32.2.4.5): para evitar queda em piso molhado, choques e
contato com produtos químicos, materiais biológicos, etc.
Lembre-se:
Ninguém faz segurança do trabalho sozinho. Para conseguir bons resultados, é ne-
cessária a colaboração de todos, como administradores, SESMT, CCIH, CIPA, enfim,
todos os funcionários devem estar unidos pela causa “prevenção”. Assim, a chance
de melhores resultados aumenta e muito. Todos ganham com isso.
Nesta unidade, você pôde ver a importância de prover ambientes de trabalho com a
segurança necessária à proteção da integridade física e mental dos trabalhadores e à
valorização da vida em contraposição aos interesses imediatos do capital e do mercado.
Revisamos medidas técnicas de proteção coletiva e individual que devem ser adotadas
nas empresas para a segurança do trabalhador, conforme normas da Anvisa, com des-
carte correto de lixos hospitalares ou domiciliares, com inspeção, análise e investigação
de incidentes e acidentes.
Lembre-se:
• Ao manusear lixo hospitalar, tenha cuidado e use EPIs que garantam sua segurança;
• Não reencape agulhas e perfurocortantes, que devem ser descartados em recipiente próprio.
Se cada um cuidar de si e fizer uso correto dos EPIs, todos ficarão protegidos.
94 Medicina do Trabalho
Pratique
Imagine que você foi contratado para trabalhar em uma instituição hospitalar. Como
você deve proceder para não ser contaminado? Em caso de acidente com perfurocortan-
tes, quais doenças podem ser contraídas? Em que tipo de contaminação e classificação
se enquadra esse acidente?
O PCMSO está inserido no SESMT e anexado ao setor de recursos humanos, haja vista
ser um serviço de saúde e segurança da medicina do trabalho, pelo qual são realizados
98 Medicina do Trabalho
alguns exames médicos obrigatórios, como:
1. Admissional;
2. Periódico;
3. Retorno ao trabalho;
4. Mudança de função;
5. Demissional.
Esse programa deve exercer 5 (cinco) atividades (consulta/exame) essenciais, que são:
Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico con-
clusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do traba-
lhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas
a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de
qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave
aos trabalhadores.
7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames com-
plementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário
clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.
Por essa razão, o atestado deve ser fornecido sempre dentro do contexto já determinado
do PCMSO, formalizado pelo médico que realizará os exames necessários e, no final,
emitir o ASO, em que deve conter os seguintes dados, conforme NR 7.4.4.3:
Conforme a NR 7.4.4, para cada exame médico realizado dentro da rotina do PCMSO, o
médico emitirá o ASO em pelo menos duas vias. A primeira via ficará arquivada no local
de trabalho do trabalhador (inclusive em canteiros de obras e frentes de serviço), e a se-
gunda via será entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
Esse é um documento com valor legal, no qual atesta que aquele trabalhador, naquela
data, apresentava determinada condição de trabalho ou sua incapacidade para o mesmo
trabalho, assumindo a responsabilidade por essa afirmativa.
Esse documento deve estar de acordo com o PCMSO, o qual, por sua vez, baseia-se num
Programa de Prevenções de Riscos Ambientais (PPRA) bem realizado, que determine com
exatidão os riscos ocupacionais presentes nos locais de trabalho daquela empresa.
Pratique
Qual é a importância e para que servem o PCMSO e o ASO dentro das empresas públicas
ou privadas?
Para o dia a dia do trabalhador, você verá alguns conhecimentos e técnicas a serem
realizados para cada situação de urgência ou emergência. Ainda verá o uso adequado
dos materiais e equipamentos, pois sabemos que é muito importante ter conhecimento
básico em atendimento de socorro, principalmente nos locais de riscos para a saúde,
riscos ambientais, ergonômicos, físicos, químico, biológicos, presentes nos ambientes de
trabalho.
É importante saber que omitir socorro ou deixar de prestar assistência quando possível
fazê-lo sem risco pessoal pode ser imputado como crime de omissão de socorro, prevista
na Lei 135 do Código Penal, sob pena de detenção de um ano a seis meses ou multa,
podendo triplicar para três anos no caso de morte da vítima.
Precauções gerais
Como já foi dito durante este estudo, é preciso fazer uma análise ambiental do ambiente
de trabalho e reconhecer os riscos para a prevenção e a precaução. Contudo, sabemos
que, em qualquer ambiente ou situação, podem acontecer fatos inesperados, daí a im-
portância de saber agir conforme protocolos científicos de primeiros socorros, conside-
rando que qualquer pessoa pode estar exposta a riscos ou vulneráveis a algum distúrbio
de saúde preexistentes, como o AVE (acidente vascular encefálico) ou IAM (infarto agudo
do miocárdio), que estudaremos a seguir.
• Ao se deparar com uma vítima, o socorrista ou o cidadão que estiver próximo deve
primeiramente: convocar serviço especializado de emergência ou urgência, como
suporte básico de vida (SBV) ou suporte avançado de vida (SAV). Para tanto, deve
decidir por chamar o SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emer-
gência – 193) ou SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – 192) (chamar
socorro).
• Isolar e sinalizar área para que não haja mais vítimas (cuidar dos outros).
• Realizar exame primário, avaliando condições das vias aéreas – ver, sentir, ouvir (A),
respiração (B), circulação (C) e nível de consciência (D) (cuidar da vítima).
Não é necessário fazer respiração boca a boca, porque quem bombeia sangue para o
todo o corpo é o coração, não o ar que é empurrado pela boca.
Durante alguns minutos (até 4 min.) sem respiração, ainda existe oxigênio nos pulmões
e na corrente sanguínea. Após 4 a 6 minutos sem a RCP (reanimação cardiopulmonar),
a vítima corre o risco de possível dano cerebral; de 6 a 10 minutos, é muito provável que
haja dano cerebral; após 10 minutos, o dano cerebral é irreversível.
As hemorragias podem ser internas, que não podem ser vistas, ou externas, quando se
vê o local de sangramento. Como toda a prestação de socorro, deve-se observar sinais e
sintomas: respiração, pulso, cor da pele, habilidade de se movimentar.
O sangramento das artérias, veias e capilares é uma condição perigosa. Com o rompi-
mento dos vasos principais do pescoço, braço ou coxa, pode-se provocar hemorragias
tão intensas que a morte pode sobrevir dentro de um a três minutos, se a vítima não for
socorrida a tempo. É o que chamamos de lesão incompatível com a vida (LIV).
Queimaduras
• Segundo grau – quando atinge a epiderme e a derme (camada mais profunda da pele
que possui vasos sanguíneos), causa dor mais intensa, pele vermelha e bolha.
• Terceiro grau – são queimaduras consideradas graves que atingem o tecido subcutâ-
neo (camada situada abaixo da derme, possui terminações nervosas), podendo atin-
gir nervos, músculos e até ossos. Apresentam um aspecto escuro podendo levar a
necrose do local, e geralmente não causam dor por ter acometido o tecido nervoso.
Atendimento a queimados
Antes de realizar atendimento à vítima de queimaduras, deve-se ter o máximo cuidado
com as chamas no local e a proximidade com o produto inflamável que causou a quei-
madura. Lembre-se: cuidar primeiro de si para poder cuidar do outro.
Se a vítima estiver com seu corpo em chamas, ou em parte dele, procure contê-la parada,
longe do foco de incêndio. Não deixe que ela corra em desespero para apagar a chama,
pois isso pode aumentá-la mais ainda. Cubra-a com um pano grosso e úmido, começan-
do pela cabeça. Não remova roupas sem ter certeza de que não estão aderidas ao corpo.
Nas queimaduras por choque elétrico, não se aproxime da vítima sem verificar se há
corrente elétrica ligada por perto; isole o local. A vítima só deve ser removida se houver
segurança de que a corrente elétrica foi interrompida. Deve-se sentir se ela está respiran-
do. Caso seja observada parada cardiopulmonar (pulso e respiração), inicie a RCP até a
chegada de SAV.
Importante:
• Não fure as bolhas que se formarem para evitar “porta aberta” para infecção;
Animais peçonhentos
Neste tópico, você aprenderá o que é um animal peçonhento e a diferença entre animais
venenosos. Por exemplo: todo tipo de cobra é um animal peçonhento, mas nem toda co-
bra é venenosa; também há diferenças entre as aranhas: umas são venenosas e outras não.
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam
por dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o veneno é inoculado na vítima. Ex.: ser-
pentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos e arraias.
Cobra coral
Além das alterações locais, o sangue pode ser tornar incoagulável, predispondo a hemor-
ragias (sangramentos), que podem pôr em risco a vida. Além das hemorragias, pode haver
também sudorese, náuseas e vômitos, cólicas abdominais, diarreia e bradicardia (diminui-
ção dos batimentos cardíacos). (Fan Hui Wen, Ceila SAnt'Ana Malaque, Marília Miranda
Franco. <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/Acidentes/Index.htm>)
Aranha marrom
Em caso de acidentes por mordida de cobra, aranha, lagartas e mesmo entre as espécies
dos mesmos gêneros, os sinais e os sintomas são muito semelhantes:
• Causam sinais de rubor, dor, edema, formigamento, dormência nos dedos das mãos
e pés;
Geralmente, picam nas mãos ou nos pés, no caso de animais pequenos, que podem
entrar por debaixo de roupas ou calçados.
Escorpião
A lacraia, quando pica, causa dor e vermelhidão local, sem outras repercussões. Não
é considerada de importância médica, pois os acidentes são benignos. No caso das la-
gartas, somente a fase larval desses animais é capaz de produzir efeitos nocivos para o
organismo, podendo causar a dermatite papulopruriginosa (coceira intensa).
Prestação de atendimento.
Ao se deparar com uma pessoa vítima de animais peçonhentos, deve-se:
Animais raivosos
A raiva é uma doença infecciosa causada pelo vírus Rhabdoviridae e transmitida por vá-
rios animais, como cavalo, morcego, cachorro; enfim, pode atingir todos os mamíferos,
inclusive o homem. Está presente na saliva do animal infectado e é transmitida por meio
da mordida, arranhão ou da lambida em região lesionada do corpo sadio. É uma doença
muito grave e, se não tratada, tem causa de mortalidade em 100% dos casos.
Os sinais seguintes são relacionados à paralisia da laringe e da faringe, por isso a saliva-
ção abundante e o queixo caído.
Os animais que apresentam essas características devem ser isolados e atendidos por fun-
cionários no Centro de Controle de Zoonoses ou na Secretaria de Saúde.
Enfim, chegamos à unidade final desse módulo. Como já estudamos parte da anatomia
humana, ficará mais fácil entender como acontecem os traumas e suas consequências.
Estudaremos três tipos de lesões – luxações, entorses e fraturas – e dois tipos de exposi-
ção de fraturas – fechadas ou abertas.
Na figura anterior, pode-se ver um osso posicionado corretamente e outro que saiu da
articulação. Por ocasião de movimentos bruscos ou impacto externo, não há exposição
de osso, permanecendo aparentemente desalinhado e sem contato entre o osso e o
sistema articular, o que chamamos de desencaixe (luxação). Pode haver ruptura dos liga-
mentos, tão comprometedor quanto uma fratura, devido à dificuldade de se distinguir a
luxação e a fratura interna ou fechada.
Entorses
A lesão muscular pode ocorrer por três motivos: distensão, rupturas ou contusão pro-
funda.
Fraturas
É o rompimento de um osso e pode ser provocado por um acidente ou uma queda ou,
ainda, algum tipo de trauma. São classificadas em fraturas abertas ou fechadas.
Fraturas abertas – comunicam-se com o meio externo, com o osso exposto ou não.
Há rompimento da pele, que é rasgada do meio externo para dentro ou com a força do
próprio osso quebrado de dentro para fora. É, sem dúvida, uma porta aberta para infec-
ção e, em casos extremos, pode causar a perda do membro. É considerada situação de
urgência pelo fato também de ocorrência de hemorragias.
Tanto em uma quanto em outra, conforme a quantidade de sangue perdido, pode acon-
tecer choque hipovolêmico, que é a complicação mais séria nesse caso.
Fraturas de coluna
Fraturas de coluna geralmente acontecem por acidentes de automóvel, quedas de nível
ou esportes radicais. Podem ser ou ter complicações mais severas, envolvendo a medula
espinhal.
Quando acometem a medula espinhal, há perda total ou parcial dos movimentos nas
extremidades (paralisia ou paresia) e/ou perda total ou parcial da sensibilidade nas extre-
midades (anestesia ou parestesia).
Em qualquer situação, é importante que a vítima não seja manipulada. A remoção desse
tipo de vítima de maneira errada pode resultar em lesões irreversíveis, tais como paraple-
gia ou tetraplegia.
• Colocar a perna em posição mais próxima do normal, mediante leve tração se a fra-
tura não estiver exposta;
• Se a fratura estiver exposta, fazer curativo para controle da hemorragia antes de imo-
bilização, tomar cuidado para não introduzir fragmentos ósseos ou corpos estranhos
para dentro da ferida aberta, e cuidar para não afetar mais ainda a fratura;
Traumas
São lesões por causas externas decorrentes de acidentes ou de violência. Podem ser
relacionados a trânsito, afogamento, envenenamento, quedas ou queimaduras, intoxi-
cações, bem como a violências que incluem agressões/homicídios, tentativa de suicídio,
abusos físicos, sexuais e psicológicos, dentre outras.
Técnicas de imobilização
Para não errar em nenhum dos casos citados, recomenda-se que:
• Nas fraturas de ossos longos (fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna), executar manobras de
alinhamento e tração delicadamente antes de imobilizá-los;
• Deixar firmes as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação; aplicar
leve tração (força).
Obs.: Se o membro fraturado estiver dobrado, a pessoa que for socorrer deverá, com
muito cuidado, aplicar uma tração, ou seja, uma pequena força para endireitá-lo e impe-
dir a pressão sobre os músculos, além de diminuir a dor e o sangramento do local; então,
poderá imobilizá-lo adequadamente.
Nesta unidade, você pôde ter algumas noções sobre atendimentos de primeiros socor-
ros, como em uma Parada Cardiorrespiratória (PCR), hemorragias, queimaduras, vítimas
de animais peçonhentos e complicações causadas em caso de mordidas ou picadas. Viu
também a diferença entre luxação, quebradura e entorse e como evitar complicações.
Porém o importante é relembrar que, na prestação de socorro, nunca se deve esquecer
do Elo de Segurança e de procurar o serviço de saúde imediatamente. Lembre-se do
SAMU (192) para atendimento médico de emergência e do SIATE (193) para atendimen-
to com trauma.
Segundo as diretrizes da American Heart association (2010), após mudança das diretrizes
da AHA para RCP e ACE, documenta-se maior êxito da compressão torácica fechada e
um considerável aumento de sobrevivência das vítimas de PCR. Portanto, devemos me-
lhorar as técnicas executadas para a manobra de RCP e priorizar a qualidade dos cuida-
dos durante e após a PCR. Assim, treinamentos e cursos de reciclagem frequentes são,
provavelmente, o fator-chave para melhorar o desempenho da ressuscitação das vítimas.
Pratique
Acidentes podem acontecer em qualquer lugar, com qualquer pessoa e em qualquer
momento. Ao se deparar com uma vítima desfalecida, qual seria a primeira iniciativa que
você teria? Lembre-se do Elo de Segurança.
MENDES J. M. R.; WÜNSCH D. S. Elementos para uma nova cultura em segurança e saúde
no trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 2007.
RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. Tradução de Raimundo Estrela. 3. ed. São Paulo:
Fundacentro, 2000.
Sites de pesquisa:
<http://luizamarques2015.blogspot.com.br/2011/12/destaques-das-diretrizes-da-american.html>. Acesso
em: 20 dez. 2016.
<https://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.
pdf>. Acesso em: 20 dez. 2016.
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Currículo da autora
Beatriz Fonini
Iniciou a experiência em docência em 2013, ministrando aula presencial para alunos do curso Técnico
em Segurança do Trabalho, na disciplina de Higiene Ocupacional, no CEEBJA Paulo Freire, e como tutora
especialista EAD/IFPR no mesmo curso, colaborando na ministração da disciplina de Noções de Primeiros
Socorros, no período de um ano, para os alunos do IFPR, em 2013.
Antes, trabalhava numa organização não governamental de economia mista, prestando serviços de
saúde coletiva aos usuários aposentados e pensionistas do Estado do Paraná. Atualmente, trabalha na
área de Educação na Prefeitura Municipal de Curitiba, como apoio no setor administrativo.
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