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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Outros autores: Eno Dias de Castro Filho ,Marcia Cristina Lemos dos Santos, Juliana Oliveira Soares.
Vários colaboradores.
ISBN 978-65-00-89241-3
23-186249 CDD-610.7
Lista de Abreviaturas
3
1 2 3 4 5 6 7
5
Sumário
12
Parte I.
FUNDAMENTOS DO
ENSINO DE RESIDENTES
52
Parte II.
AVALIAÇÃO
DE RESIDENTES
Parte III.
86 TEORIAS DO APRENDIZADO
DE ADULTOS
122 Parte V.
HABILIDADES RELACIONAIS
DE RESIDENTES
174
Parte VI.
PESQUISA
E ENSINO
Este livro oferece um compilado das aulas que aconteceram de modo intera-
tivo durante a especialização. O objetivo é auxiliar preceptores e gestores de
programas de residência médica no desenvolvimento pedagógico e de gestão
educacional, de forma prática, efetiva, fornecendo elementos para a produção
do próprio conhecimento.
O livro está dividido em sete partes. Com a ideia de ser o mais didático pos-
sível, a primeira parte traz metodologias de ensino aplicáveis em ambiente de
serviço e em cenário teórico. Na segunda parte, são apresentados modelos de
avaliação de residentes, tanto de cognição, quanto de habilidades e comporta-
mentos. Na parte III, são discutidas teorias relacionadas à maneira característi-
ca como o adulto aprende. A parte IV traz detalhes relacionados à construção
de currículos a partir de objetivos de aprendizagem e atividades profissionais
que confiabilizam o residente. A parte V do livro, uma das mais importantes,
evidencia questões relacionais entre residentes, preceptores e pacientes, situ-
ações características da convivência desses atores. A pesquisa e a construção
de projetos é o tema principal da parte VI, dada a necessidade de fortalecer a
prática em pesquisa de preceptores no país.
Por fim, na parte VII, faz-se a ligação do conhecimento adquirido pelas alunas e
alunos do curso com necessidades da sociedade, em especial a segurança das
pessoas diariamente atendidas por médicos, preceptores ou residentes, sempre
em formação e em aprimoramento.
BOA LEITURA.
Coordenação do Curso
9
Introdução
Com 250 mil novos profissionais formados nos últimos 13 anos, e uma estima-
tiva de ultrapassarmos 1 milhão em 2035, qual será a tendência de distribuição,
qualidade e opções de especialização? Essa tendência atenderá a necessidades
da população?
Em 2023, a densidade de médicos por mil habitantes atingiu 2,6. Essa distribuição
não é homogênea, concentrando-se mais nas capitais do que nos interiores. Ape-
nas 8% deles atuam em cidades com menos de 50.000 habitantes. Fica evidente
que a produção de cuidado médico está mal organizada e mal distribuída.
Que este livro consiga compilar e perpetuar tais instrumentos da forma mais útil
aos profissionais, refletindo em atendimentos de qualidade no Sistema de Saúde.
Referências
SCHEFFER, M. et al. Demografia Médica no Brasil 2023. São Paulo, SP: FMUSP, AMB,
2023. 344 p. ISBN: 978-65-00-60986-8.
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Parte I.
FUNDAMENTOS
DO ENSINO
DE RESIDENTES
Preceptoria de Residência Médica
Capítulo 01
Virei preceptor(a),
e agora?!
Nesse capítulo vamos discutir o que de fato é ser um “bom preceptor”. Examinare-
mos quais características pessoais podem ajudar e que papéis devem ser desem-
penhados para que nossa atuação seja considerada boa.
Ser modelo para estudantes e residentes parece ser a função mais clara do pre-
ceptor. Para isso, algumas características de comportamento ajudam. Na edição
Nº 27 do BEME Guide1 os autores fazem uma revisão da literatura para dizer quais
atributos estão presentes no modelo POSITIVO de professor/preceptor. Dentre
eles estão habilidade interpessoal efetiva, perspectiva positiva, habilidades de lide-
rança, honestidade, dedicação, compromisso com a excelência e entusiasmo.
Nesse mesmo guia, os autores citam atitudes NEGATIVAS para o professor, que
influenciam (bastante) na visão dos residentes, em especial via currículo oculto. As
mais citadas foram o humor depreciativo, em especial para assuntos de gênero e
hierarquia, bem como fazer críticas abertas aos colegas e à instituição.
Um dos insights mais importantes sobre Role Model é que estudantes e residentes
procuram se inspirar em pessoas com características semelhantes relacionadas a
gênero, raça, etnia, origem cultural, classe social. É necessário o estímulo das ins-
tituições para alcançarem diversidade entre seus formadores, bem como a cons-
cientização de estudantes e professores para sua aceitação e aproveitamento1.
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Este curso define o bom preceptor como o profissional competente na sua área de
atuação, ético, reflexivo, humanista, capacitado a formar profissionais em serviço
e com visão crítica do seu papel social como educador. Em geral, ele também po-
derá estar capacitado a elaborar e coordenar um programa ou estágio de RM, de
acordo com as normas e leis vigentes, sempre atento às necessidades de saúde da
população brasileira.
Referências
3. Crosby RMH Joy. AMEE Guide No 20: The good teacher is more than a lec-
turer - the twelve roles of the teacher. Med Teach. 2000;22(4):334-347.
doi:10.1080/014215900409429
4. Hatem CJ, Searle NS, Gunderman R, et al. The Educational Attributes and Res-
ponsibilities of Effective Medical Educators. Acad Med. 2011;86(4):474-480.
doi:10.1097/ACM.0b013e31820cb28a
15
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
Gabarito
1 A
Cada cenário tem suas peculiaridades, fortalezas, limitações e cada um deles deve
assumir compromissos com a integralidade, qualidade e continuidade da atenção.
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1 2 3 4 5 6 7
Referências
1. White KL, Williams TF, Greenberg BG. The ecology of medical care. 1961. Bull N Y
Acad Med. 1996;73(1):187-212.
2. Green LA, Fryer GEJ, Yawn BP, Lanier D, Dovey SM. The Ecology of Medical
Care Revisited. http://dx.doi.org/10.1056/NEJM200106283442611. doi:10.1056/
NEJM200106283442611
5. Nunes M do PT, Michel JLM, Haddad AE, Brenelli SL, Oliveira RAB de. A Residência
Médica, a Preceptoria, a Supervisão e a Coordenação. Cad ABEM. 2011;7:35-40.
8. Roff S, McAleer S, Harden RM, et al. Development and validation of the Dundee
Ready Education Environment Measure (DREEM). Med Teach. 1997;19(4):295-299.
doi:10.3109/01421599709034208
19
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Questões de avaliação
a) V, F, F, V
b) F, F, V, V
c) V, V, F, F
d) V, V, V, F
Gabarito
1 A 2 D 3 B 4 B 5 D
21
Capítulo 03
Métodos de ensino em
ambiente de trabalho
Métodos oportunísticos
1. Apresentação e Discussão de casos em atendimento
“O ensino em ambiente de
trabalho é diferente daquele
praticado na academia.”
Forneça um feedback
Ofereça feedback positivo sobre o que o residente
(Reinforce what was done well)
fez corretamente
23
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PACIENTE ESTUDANTE
1 PROFESSOR
2 PROFESSOR 3 PROFESSOR
Fundamental cuidar para não constranger o residente diante do paciente, com co-
mentários inapropriados ou diante de condutas divergentes.
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3. Ensino à Beira-leito
Há pouca literatura a respeito dessa prática tão comum. Organizar etapas ajudará
o preceptor a fazer melhor sistematização dos casos, potencializar as discussões
e gerir o tempo para otimizar o aprendizado dos residentes. Desta forma, listamos
abaixo 10 passos para um ensino a beira-leito organizado:
1
Oriente que os residentes se apresentem aos pacientes e peçam
consentimento verbal antes de iniciar a visita
4
Conheça previamente os casos que serão discutidos e adote uma
forma de registrar as principais informações dos casos
5
Durante a apresentação dos casos, aproveite para observar o
desenvolvimento dos alunos, em especial seu raciocínio clínico
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Métodos Programáveis
Métodos de ensino no cenário de prática, quando programados, permitem uma
organização prévia da junção das agendas do preceptor e residente, e vão ao en-
contro das necessidades de saúde dos pacientes. Como condições necessárias ao
uso desses métodos, temos:
Para que o ensino programado seja realizado, sem prejuízo ao serviço, o mesmo
pode ser organizado em diferentes momentos:
“É fundamental o reconhecimento
e envolvimento da gestão imediata,
o que ajuda a proteger o tempo
e espaço de desenvolvimento de
residentes e profissionais de saúde. ”
29
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Trazemos uma lista de sugestões para a programação das sessões clínicas dentro
do cenário de prática da especialidade:
Referências
DENT, John A. AMEE Guide No 26: clinical teaching in ambulatory care settings:
making the most of learning opportunities with outpatients. Medical teacher, v. 27,
n. 4, p. 302-315, 2005.
IRBY, David M. Teaching and learning in ambulatory care settings: a thematic review
of the literature. Academic medicine, v. 70, n. 10, p. 898-931, 1995.
FERENCHICK, Gary et al. Strategies for efficient and effective teaching in the ambu-
latory care setting. Academic Medicine, v. 72, n. 4, p. 277-280, 1997.
LAKE, Fiona R.; VICKERY, Alistair W. Teaching on the run tips 14: teaching in ambula-
tory care. Medical journal of Australia, v. 185, n. 3, p. 166, 2006.
Lingard LA, Haber RJ. What do we mean by “relevance”? A clinical and rhetorical
definition with implications for teaching and learning the case-presentation format.
Acad Med. 1999;74(10):S124.
Pierce C, Corral J, Aagaard E, Harnke B, Irby DM, Stickrath C. A BEME realist synthesis
review of the effectiveness of teaching strategies used in the clinical setting on the
development of clinical skills among health professionals: BEME Guide No. 61. Med
Teach. 2020;0(0):1-12.
Grinberg M. Acerca da Bioética da beira do leito. Rev Assoc Médica Bras. 2010;56:632-635.
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Questões de avaliação
a) D, A, C, B, E
b) D, C, E, A, B
c) C, D, E, A, B
d) D, C, A, B, E
PACIENTE ESTUDANTE
1 PROFESSOR
PACIENTE ESTUDANTE
2 PROFESSOR
PACIENTE ESTUDANTE
3 PROFESSOR
a) 1A 2B 3C
b) 1B 2C 3A
c) 1B 2A 3C
d) 1C 2B 3A
33
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6. Sobre a discussão efetiva dos casos clínicos com seus residentes, temos
as seguintes afirmações.:
Gabarito
1 A 2 B 3 C 4 A 5 C 6 B
Os cenários reais exigem bastante cuidado por parte da preceptoria, pela preocu-
pação em associar ensino e qualidade clínica.
35
1 2 3 4 5 6 7
Consciously incompetent
System 2 System 2
Assess
Learn
Lapse Practice
System 1 System 1
Unconsciously competent
37
1 2 3 4 5 6 7
Outra estratégia útil é dividir cada procedimento em etapas claras como, por exemplo:
Referências
CANTOLLON, Peter, HUTCHINSON, Linda and WOOD, Diana. ABC of learning and
teaching in medicine. BMJ, 2003.
39
Capítulo 05
A aula efetiva
Duração da atenção
Durante uma aula, a atenção dos alunos alcança o auge durante os primeiros 10 a
20 minutos. É o período em que a maioria das anotações são realizadas. Ativida-
des de engajamento da turma devem ser realizada a cada 10 a 20 minutos, a fim
de permitir a consolidação do conhecimento recém adquirido. (SWANWICK, 2018)
ATENÇÃO
0 10 20 30 40 50 60
Atividades de
Ensino engajamento Consolidação
Novo ciclo
ATENÇÃO
0 10 20 30 40 50 60
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Apresentação de conteúdo
Técnicas de engajamento
Avaliação formativa
Conclusão
• O uso das “mensagens para levar para casa” (take home messages)
pode fornecer reforço adicional.
• A aula não deve terminar abruptamente após o último slide de conteú-
do. Em vez disso, deve concluir com um resumo dos principais pontos
da apresentação
• Este tempo final permite tempo para elaboração e esclarecimento dos
conceitos apresentados.
43
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Técnicas de engajamento
(metodologias ativas)
Trazemos aqui alguns exemplos de estratégias que ajudam no engajamento de
estudantes e residentes (Quadro 5.1).
Pausas
Muddiest point
(ponto lamacento)
Think-pair-share
(pense-dívida-compartilhe)
Faça uma pergunta ao grupo e peça aos alunos que respondam
individualmente. Após, instrua os alunos a formarem duplas/grupos
e conversem até chegarem a um consenso e, posteriormente,
compartilham com o grupo.
Mapas conceituais
Dramatização
Casos
Quebra-cabeça
Chapéus do pensamento
Aprendizagem em equipe
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Habilidades de apresentação
Elaboração de slides
Foram expostas algumas limitações das aulas tradicionais. Vimos também seu poten-
cial quando consideram os novos contextos, perspectivas e metodologias. Além disso,
um tema a ser abordado em grande grupo pode ser desmembrado em pequenas par-
tes para serem distribuídas em pequenos grupos, que após período de dispersão, te-
rão um tempo determinado em plenária para exporem e discutirem suas conclusões.
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1 2 3 4 5 6 7
• estudo de casos,
• discussão de um caso-índice para um assunto,
• clube de revista,
• discussão de habilidade de comunicação através de video-filmagem,
• desenvolvimento de habilidades em manequins e simuladores;
• estações de treinamento de habilidades,
• grupo Balint,
• desenvolvimento de habilidades atitudinais através de role play
e dramatização.
Referências
LENZ, P. H.; MCCALLISTER, J. W.; LUKS, A. M.; LE, T. T. et al. Practical strategies for
effective lectures. Annals of the American Thoracic Society, 12, n. 4, p. 561-566, 2015.
SANDHU, S.; AFIFI, T.; AMARA, F. Theories and practical steps for delivering effective
lectures. J Community Med Health Educ, 2, n. 6, p. 158, 2012.
WOLFF, M.; WAGNER, M. J.; POZNANSKI, S.; SCHILLER, J. et al. Not another boring
lecture: engaging learners with active learning techniques. The Journal
SPENCER, J. (2003). The ABC of Learning and teaching in Medicine. British Medical
Journal, 326(7389), 591–594. Chapter 5 and Chapter 6
CANTILLON, P., & WOOD, D. (2010). ABC Learning and Teaching in Medicine 2nd.
BMJ (Vol. 326, pp. 213–216). Chapter 5 and Chapter 6
DENT, M. MEd FAMEE FHEA FRCS J. A Practical Guide for Medical Teachers. Fifth
edition - Elsevier, 2017.
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Questões de avaliação
( ) discussão de um caso-índice
( ) clube de revista
( ) discussão de habilidade de comunicação através de vídeo-filmagem
( ) desenvolvimento de habilidades em manequins e simuladores
a) V, V, V, F
b) V, F, V, V
c) F, V, V, V
d) V, V, V, V
Gabarito
1 B 2 A 3 C 4 C 5 A 6 D
51
Parte II.
AVALIAÇÃO
DE RESIDENTES
A avaliação formativa, por sua vez, não está comprometida somente com os
acertos, mas também com os erros, entendendo-os como potência de apren-
dizado. Para este tipo de avaliação o erro não tem valor negativo, portanto não
resulta na decisão de reprovação, mas em seguimento ou revisão dos objetivos e
estratégias educacionais.
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Tipos de avaliação
A avaliação no processo ensino-aprendizagem pode ser diagnóstica (analítica),
formativa (orientadora) e somativa (classificatória).
DIAGNÓSTICA FORMATIVA
SOMATIVA FORMATIVA
Produto Processo
Quantitativa e Qualitativa
“ranqueadora”
Não gera competição
Marca progressões
Frequente
Pouco frequente
Não punitiva
Formal
Informal
Generalizada
Individualizada
MAIOR IMPACTO
NO APRENDIZADO
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Atributos de avaliação
A avaliação é uma atribuição de mérito e valor, que para além de provar algo, bus-
ca aprimorar desempenhos. Compreender os princípios básicos do processo de
avaliação pode ajudar os preceptores no desafio de bem avaliar. Uma boa avalia-
ção deve contemplar os seguintes atributos:
57
1 2 3 4 5 6 7
Isto significa que, para avaliar se todos os objetivos educacionais foram alcança-
dos, é necessária a escolha de um formato de avaliação adequado para cada um
deles, podendo incluir mais de um formato de avaliação por unidade curricular
(módulo, disciplina ou estágio).
Pirâmide de Miller
Para auxiliar na tarefa de escolher o melhor método de avaliação para cada ob-
jetivo educacional, George Miller em 1990, publicou o estudo “The assessment of
clinical skills/competence/performance” no qual apresentou a pirâmide das com-
petências, que posteriormente ficou conhecida como Pirâmide de Miller.
A Pirâmide de Miller é composta por quatro níveis. Os dois níveis da base da pi-
râmide envolvem conhecimento teórico, e os dois níveis superiores as habilidades
técnicas e o comportamento respectivamente.
Avaliação
ambiental real:
mini-ciex, long
case, vídeos, 360º, FAZER
avaliação global,
portfólios
Avaliação em
ambiental simulado:
DEMONSTRAR osce, paciente,
simulado, checklist
Testes cognitivos
contextualizados:
casos clínicos, SABER COMO
problemas
SABER
59
1 2 3 4 5 6 7
Um método de avaliação nos coloca em foco somente parte daquilo que o residen-
te é capaz de fazer e que ainda precisa aprender. Já um Sistema de Avaliação nos
permite compreender em profundidade o processo de aprendizado na formação
profissional do residente.
DIRETAMENTE GLOBAL
ESCRITA ORAL
OBSERVADA RATING
PORTFÓLIO
QUESTÕES TESTE DO
OSCE MINI-CEX
CURTAS PROGRESSO
QUESTÕES MODIFY
VÍDEO LONG CASE 360º
LONGAS ESSAY
61
1 2 3 4 5 6 7
Referências
Sandars J. The use of reflection in medical education: AMEE Guide No. 44. Medical
Teacher, 2009; 31:685-95. Disponível em: https://proadi.eadhaoc.org.br/pluginfile.
php/118786/mod_page/content/6/18_1_sm01_a11_pre.pdf
HOLMBOE, Eric S.; IOBST, W. I. The Assessment Guidebook. Chicago: ACGME, 2020.
Disponivel em: https://www.acgme.org/globalassets/PDFs/Milestones/Guidebooks/
AssessmentGuidebook.pdf
SOUZA, Ana Cláudia de; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; GUIRARDELLO, Edinêis de
Brito. Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabili-
dade e da validade. Epidemiologia e serviços de saúde, v. 26, p. 649-659, 2017. Disponí-
vel em: https://www.scielo.br/j/ress/a/v5hs6c54VrhmjvN7yGcYb7b/abstract/?lang=pt
Questões de avaliação
a) Factibilidade
b) Aceitabilidade
c) Confiabilidade
d) Validade
2. Em qual tipo de avaliação o erro não tem valor negativo e, portanto, não
resulta na decisão de reprovação, mas em seguimento ou revisão dos
objetivos e estratégias educacionais?
a) Formativa
b) Somativa
c) Sumária
d) Eliminatória
Gabarito
1 C 2 A
63
Capítulo 07
Como elaborar
testes escritos?
Os testes escritos são o tipo de avaliação mais usado em todos os cursos, se-
leções e concursos. São fáceis, baratos e produzem escores mensuráveis. Para
uma avaliação mais ampla, no entanto, devem variar e ser complementados com
outros métodos.
O teste está claro e conciso o suficiente para ser usado como avaliação?
O teste cumpre a função de avaliar o objetivo (validade)?
65
1 2 3 4 5 6 7
Requerem do estudante uma resposta curta, com não mais que duas palavras.
Fica realmente difícil avaliar as respostas submetidas sem ser influenciado pela
construção e estilo literário do estudante.
Obs: Pode-se lançar mão de um Ensaio curto, que limita o conteúdo e facilita a
correção
Usados em cenários clínicos quando nem todos os dados são oferecidos para a
solução do problema. Ideais para avaliar raciocínio clínico.
Não há um gabarito correto, e sim uma estimativa feita por um painel de espe-
cialistas, em que, a opção mais marcada valerá mais pontos e a menos marcada,
menos pontos. Pode ser aplicado para questões de diagnóstico, propedêutica e
terapêutica em cenários variados.
Questão - Paciente 58 anos, com hipertensão arterial mal controlada, com queixa
de déficit à direita, PA 220x160mmHg
E encontra:
A hipótese se torna:
-2 -1 0 +1 +2
67
1 2 3 4 5 6 7
Estrutura do item
Um item de múltipla escolha, bem elaborado, deve ser formado por três elementos:
Situação-problema
Texto que será objeto de avaliação no item. Nele será apresentado o caso clínico
que deverá ser analisado pelo estudante. O mesmo caso pode ser utilizado para
mais de um item, desde que de forma articulada e coerente.
Enunciado
Contém a instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada pelo estudante, dire-
tamente ligada à habilidade prevista na matriz da prova. Essa instrução pode ser
expressa como pergunta ou como frase a ser completada pela alternativa correta.
Alternativas
Gabarito
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1 2 3 4 5 6 7
Distratores
Avaliação da qualidade
do teste aplicado
• Engana-se quem acha que a avaliação acaba quando a última prova é
corrigida. Uma etapa importante de qualquer curso ou formação diz
respeito à “avaliação das avaliações”. Esta pode englobar quatro itens:
• Análise da dificuldade das questões: Define-se o quantitativo de alu-
nos que responderam corretamente uma questão e compara-se com
o que grau de dificuldade esperado pelo examinador. Valores maio-
res de 95% de acertos (questões muito fáceis) ou menores que 30%
(questões muito difíceis) indicam que o item não conseguiu conferir
de forma fidedigna a proficiência dos examinandos;
• Análise da discriminação da questão: Esta análise permitirá separar
os alunos que tem maior domínio dos temas abordados no teste, da-
queles com menor domínio Esta análise, utilizada principalmente em
provas de concursos, está intimamente relacionada à Teoria de Res-
posta ao Item, cuja análise é mais frequentemente utilizada com o uso
de softwares específicos.
• Análise das opções da questão: Esta análise diz respeito às opções ou
distratores incorretos. Um distrator frequentemente escolhido pode
ter informações com certo grau de plausibilidade, assim como um dis-
trator nunca marcado pode ter informações obviamente incorretas,
o que o torna facilmente descartado, inclusive por alunos que não sa-
bem o conteúdo da questão.
• Análise comparativa dos grupos de examinandos: Esta análise tem
como objetivo comparar os alunos de acordo com o grau de desem-
penho geral do teste ou mesmo com o grau de desempenho de uma
ou mais questões.
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1 2 3 4 5 6 7
Referências
Farhan Bhanji, Ronald Gottesman, Willem de Grave, Yvonne Steinert e Laura R. Winer,
The Retrospectiva Pre-Post: A Practical Method to Assess Learning from an Educa-
tional Program. Revista acadêmica de medicina de emergência. 2012 Disponivel em:
The Retrospecto Pre-Post: A Practical Method to Assess Learning from an Educatio-
nal Program - Bhanji - 2012 - Academic Emergency Medicine - Wiley Online Library
Questões de avaliação
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Gabarito
1 C 2 B 3 D
A consulta gravada pode ser utilizada tanto em cenário simulado (com atores)
quanto no campo de prática, com pacientes, em especial para avaliar habilidades
de comunicação.
Outros métodos são menos estruturados e mais adequados para a prática real,
como: MINI-CLINICAL EVALUATION EXERCISE (MINI-CEX) e LONG CASE (Caso
longo). Descreveremos cada um deles a seguir.
75
1 2 3 4 5 6 7
São sequências de “estações práticas”, nas quais o educando interage com pa-
ciente simulado (padronizado) ou com recursos didáticos (exames, instrumentos,
modelos anatômicos…).
Esta estratégia deve ser orientada por roteiro pré-definido e exige planejamento
rigoroso, desde a organização do espaço, elaboração das situações e pertinência
com os objetivos de aprendizagem trabalhados.
CONSULTA FILMADA
Por respeito à privacidade, o exame físico, em geral, não deve ser filmado.
Processo de avaliação
Lembramos que a avaliação de habilidades deve fazer parte de um sistema de
avaliação. O ideal é focarmos em avaliações formativas, que permitam que o
educando tome conhecimento dos seus erros e acertos, e encontre estímulo para
um aprendizado sistemático. Neste tipo de avaliação a devolutiva (feedback)
é fundamental.
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OBSERVAÇÃO
REGISTRO DO
FEEDBACK DESEMPENHO NO
FORMULÁRIO
Referências
GONZÁLEZ, Adrián Martínez; MEJÍA, Juan Andrés Trejo. How to do an OSCE? Inves-
tigación en Educación Médica, v. 7, n. 28, p. 98-107, 2020.
HOLMBOE, Eric S.; IOBST, W. I. The Assessment Guidebook. Chicago: ACGME, 2020.
Dispnivel em: https://www.acgme.org/globalassets/PDFs/Milestones/Guidebooks/
AssessmentGuidebook.pdf
NORCINI, John J. The mini clinical evaluation exercise (mini-CEX). The clinical tea-
cher, v. 2, n. 1, p. 25-30, 2005.
SANDARS, John. The use of reflection in medical education: AMEE Guide No. 44.
Medical teacher, v. 31, n. 8, p. 685-695, 2009.
Questões de avaliação
Gabarito
1 C
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Capítulo 09
Métodos de
avaliação atitudinal
“A cognição e psicomotricidade
costumam ser avaliadas, mas
a avaliação de habilidades
relacionais e atitudinais é
frequentemente negligenciada.”
Vários são os valores atitudinais que podem ser considerados importantes na prá-
tica médica, a considerar: comprometimento, proatividade, empatia, flexibilidade,
interesse, curiosidade, respeito pelas opiniões de outros, colaboração, organiza-
ção, ética, capacidade de trabalhar em equipe, paciência, polidez, pontualidade...
Em geral, tais características são incluídas em instrumentos de avaliação. Estes
apresentam itens que consideram conhecimentos, habilidades psicomotoras e ati-
tudinais, a exemplo do Mini-CEX e outros que utilizam a oportunidade da observa-
ção direta para avaliar o aluno. (SANTOS, 2022; BASTOS, 2019)
Neste método, são utilizados formulários padrões específicos que serão aplicados
pelos preceptores, assim como por outros observadores: os próprios residentes
(autoavaliação, avaliação por pares), os pacientes e a equipe de saúde/gestores
(BASTOS, 2019). Os preceptores são os responsáveis por conduzir e facilitar a
aplicação dos formulários pelos demais atores. Explicam como preenchê-los, cola-
borando com o momento formativo do residente. Assim, os preceptores são peças
fundamentais para que sejam feitos feedbacks adequados e úteis para o cresci-
mento dos residentes avaliados.
• AUTOAVALIAÇÃO
Entendida como um momento em que o residente fará uma autorrefle-
xão livre ou conduzida do seu processo formativo. Por isso, pode ser
aplicado um instrumento estanque (quando será utilizado um formu-
lário de preenchimento auto aplicado) ou um processo longitudinal,
em que o residente pode ser conduzido a construção de um portfólio
crítico reflexivo ao longo do curso (SILVA, 2016).
Na figura 9.1 apresentamos um instrumento que pode ser utilizado para avaliação
por pares (neste caso, residente avaliando residentes).
81
1 2 3 4 5 6 7
Obs: Fica garantido o sigilo dessa avaliação, não sendo permitida sua apreciação pelos colegas
Abra o link a seguir e leia mais sobre esse instrumento nesse material feito pela Fa-
culdade de Medicina da Universidade de Coimbra: Essencias_n17_Mini-CEX (uc.pt)
No Quadro 9.1 segue um modelo que pode ser utilizado para avaliação dos resi-
dentes feita por pacientes.
Dê uma nota de 0 a 10, sendo quanto maior a nota da sua resposta, mais
satisfeito você ficou com o atendimento do médico ou médica residente.
NOTA
83
1 2 3 4 5 6 7
Referências
SANTOS, Wilton Silva dos; LAROS, Jacob Arie. Revisão de uma escala para avaliar
atitudes de estudantes de medicina. Aval. psicol., Itatiba, v. 13, n. 3, p. 437-445,
dez. 2014. Disponível em<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttex-
t&pid=S1677-04712014000300016&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 maio 2022.
SILVA, CJV, FERRAZ AO, BOTELHO NM. O portfólio como instrumento de autoa-
valiação crítico reflexiva na perspectiva dos alunos de um curso de medicina. In-
terdisciplinary Journal of Health Education, 2016. Disponível em: O portfólio como
instrumento de autoavaliação crítico reflexiva na perspectiva dos alunos de um
curso de medicina | Ferraz | IJHE - Interdisciplinary Journal of Health Education
(emnuvens.com.br)
Questões de avaliação
Gabarito
1 B 2 D
85
Parte III.
TEORIAS DO
APRENDIZADO
DE ADULTOS
Preceptoria de Residência Médica
Capítulo 10
Aprendizagem
significativa para adultos
Andragogia
A andragogia, definida como “arte e a ciência de ajudar os adultos a aprender’’, se
fundamenta nos princípios da aprendizagem social que possui 3 pilares:
a. participação;
b. horizontalidade na relação educador-educando e
c. investigação-ação.
87
1 2 3 4 5 6 7
Aprendizagem significativa
David Ausubel foi um psicólogo e educador americano que desenvolveu a “Teoria
da Aprendizagem Significativa” na qual afirma que conhecimento prévio é, isola-
damente, o fator que mais influencia a aprendizagem.
89
1 2 3 4 5 6 7
CENTRADO NO PRECEPTOR
CENTRADO NO RESIDENTE
Referências
91
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
Gabarito
1 B 2 B
Para além das características do estudante adulto, temos também que compreen-
der como o aprendizado acontece. Compreender as particularidades do ensino de
adultos e suas preferências ajuda a aprender melhor e resolver problemas práticos
nas suas vidas profissionais ou pessoais.
Teoria de aprendizagem
experiencial de Kolb
A teoria da aprendizagem experiencial (Kolb, 1984) é um modelo que postula que
a aprendizagem é um processo com a experiência através de quatro etapas:
Kolb afirma que a aprendizagem experiencial pode começar em qualquer uma das
etapas e que o aluno as percorre continuamente.
93
1 2 3 4 5 6 7
Cada indivíduo tem uma preferência por um dos quatro estilos de aprendizagem,
mas pode e deveria se familiarizar com os outros modos.
Experiência
EC
Experimentação EA OR Reflexão
CA
Conceitualização
Mas nem sempre essas etapas são contempladas, e o aprendiz pode “estacionar”
em uma delas, sem fazer o ciclo girar . A essas preferências, Kolb chamou de esti-
los de aprendizagem.
95
1 2 3 4 5 6 7
Reflexivo
Prefere aprender a partir das atividades que lhe permitem observar, pensar e rever (tempo
para refletir) o que aconteceu. Gosta de utilizar revistas e associações de ideias/brainstorming.
As aulas são úteis se proporcionarem explicações e análises de peritos.
Teórico
Prefere resolver os problemas por etapas. Gosta de palestras, analogias, sistemas, estudo de
casos, modelos e leituras. Geralmente conversar com peritos não é proveitoso.
Pragmático
Prefere aplicar os novos conhecimentos à prática atual para ver se funcionam. Gosta de
aulas práticas, trabalho de campo e observações. Gosta de comentários, ensino tutorial e de
relações evidentes entre a tarefa a cumprir e um problema.
Ativista
97
1 2 3 4 5 6 7
O aprendiz (seja o próprio docente ou discente) para montar seu PIAF deve
se perguntar:
Referências
KOLB, Alice Y. The Kolb learning style inventory-version 3.1 2005 technical specifica-
tions. Boston, MA: Hay Resource Direct, v. 200, n. 72, p. 166-171, 2005.
CANTILLON, Peter; WOOD, Diana F.; YARDLEY, Sarah (Ed.). ABC of Learning and
Teaching in Medicine. John Wiley & Sons, 2017.
Questões de avaliação
a) 3, 1, 2, 4
b) 2, 4, 3, 1
c) 3, 2, 4, 1
d) 2, 1, 3, 4
Gabarito
1 C 2 D
99
Parte IV.
PLANEJAMENTO
E CONSTRUÇÃO
DE CURRÍCULO
Preceptoria de Residência Médica
Capítulo 12
Objetivos de
aprendizagem e
Taxonomia de Bloom
Objetivos de aprendizagem
Para sermos práticos, podemos entender como objetivos de aprendizagem aquilo
que os alunos deverão alcançar para se tornar competentes na execução de deter-
minada tarefa.
101
1 2 3 4 5 6 7
Taxonomia de Bloom
Mas como surgiram os estudos e teorias sobre objetivos de aprendizagem? Benja-
min Bloom, educador e pesquisador americano, com o apoio de um grupo multi-
disciplinar, propôs a taxonomia dos objetivos educacionais em 1956. Eles queriam
auxiliar na identificação, organização hierárquica e desenvolvimento de compe-
tências para facilitar o planejamento do processo de ensino e aprendizagem. Os
objetivos foram classificados em:
Bloom e seu grupo, propuseram ainda que, para cada um destes domínios existe
uma hierarquia de objetivos educacionais, de acordo com a complexidade do pen-
samento exigida.
Avaliação
Avaliar teorias, comparar ideias, julgar, avaliar metas, recomendar
Síntese
Usar os conceitos para criar novas ideias, inventar, compor, inferir, predizer
Análise
Identificar padrões, organizar ideias, reconhecer tendências
Aplicação
Usar e aplicar o conhecimento, resolver problemas, manipular, experimentar
Compreensão
Entender, sumarizar, discutir, traduzir
Conhecimento
Relembar informações, descobrir, observar, nominar
103
1 2 3 4 5 6 7
APLICAR
COMPREENDER
LEMBRAR
E na prática, como isso funciona? Uma das formas de se montar um hall de obje-
tivos de aprendizagem é através da utilização de frases que cumpram o SMART e
sejam divididos de acordo com a classificação e hierarquia proposta pela taxono-
mia de Bloom.
SABER
SOLICITAR
PRESCREVER
DEMONSTRAR
IDENTIFICAR
REFERENCIAR ANALISAR
NOTIFICAR
EXECUTAR
INTERVIR
ENCAMINHAR DIAGNOSTICAR
TRATAR
105
1 2 3 4 5 6 7
Referências
Questões avaliativas
a) V, V, V, V
b) V, F, V, V
c) F, V, V, V
d) V, V, F, F
Gabarito
1 A 2 B
107
Capítulo 13
Competências clínicas e
Atividades Profissionais
Confiabilizadoras (APCs)
Matriz de competências
de especialidades médicas
Muitos programas de residência médica já estão se reorganizando e adequando
seus currículos com base em matrizes de competências formuladas pelas dife-
rentes especialidades, e que já foram reconhecidas e publicadas pela Comissão
Nacional de Residência Médica. Esses documentos estão disponíveis na íntegra
em: http://portal.mec.gov.br/publicacoes-para-professores/30000-uncategorise-
d/71531-matrizes-de-competencias-aprovadas-pela-cnrm
Se a resposta for “não” ou “não sei responder com certeza”, pense em impulsionar
a discussão sobre esse assunto no corpo de preceptoria para o qual você trabalha.
Mas tenha em mente que algumas etapas são necessárias.
109
1 2 3 4 5 6 7
Organizamos as etapas mais comuns, com base em Fernandes et al. (2012), Figuei-
redo et al. (2016)Machado et al. (2018), Neumann et al. (2019) e Ponte et al. (2018):
Para aproximar o ideário das competências com a real prática clínica, a excelência
do cuidado e a segurança do paciente foram criadas as Entrustable Professio-
nal Activities (EPAs), em tradução livre para o português, Atividades Profissionais
Confiabilizadoras (APCs) (TEN CATE, 2019). Apesar de suas especificidades, Com-
petências e APCs estão intrinsecamente ligadas e são interdependentes.
APCs são atividades específicas confiadas ao aluno que já adquiriu uma competência,
que por sua vez é um conjunto integrado de habilidades, conhecimentos e atitudes
desenvolvidas ao longo da formação (TEN CATE, 2019; FERNANDES et al., 2022). Por
exemplo, de acordo com NEUMANN et al. (2019), para uma APC intitulada “Fazer re-
gistro clínico adequado”, espera-se que o aluno tenha a seguinte competência:
Competência
Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
111
1 2 3 4 5 6 7
1. título da APC
2. especificações e limitações
3. riscos potenciais em caso de falha
4. domínios de competência mais relevantes
5. conhecimento, habilidades, atitudes e experiências esperadas para
conferir confiança
6. fontes de informação para avaliar o progresso
7. nível de confiança/supervisão esperado em que estágio de treinamento
8. período de validade, se não for praticado.
1 2 3 4 5
Aprendiz Aprendiz Aprendiz “Proficiente” “Especialista”
novato avançado competente
113
1 2 3 4 5 6 7
Referências
TEN CATE, O. Guia atualizado sobre Atividades Profissionais Confiáveis (APCs). Re-
vista Brasileira de Educação Médica, [s. l.], v. 43, n. 1 (Supl. 1), p. 721-730, 2019. Dis-
ponível em: https://www.researchgate.net/publication/338566046_Guia_Atualiza-
do_sobre_Atividades_Profissionais_Confiaveis_APCs. Acesso em: 9 jul. 2022.
Francischetti, Ieda, Holzhausen, Ylva e Peters, Harm. Tempo do Brasil traduzir para a
prática o currículo Médico Baseado em Competência por meio de Atividades Profis-
sionais Confiáveis (APCs) * * This article received financial support from the Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), from the research project
under process number 2018 / 26011-2. . Interface - Comunicação, Saúde, Educação
[online]. 2020, v. 24 [Acessado 9 julho 2022], e190455. Disponível em: <https://doi.
org/10.1590/Interface.190455>. Epub 16 Mar 2020. ISSN 1807-5762.
Olle ten Cate, Huiju Carrie Chen, Reinier G. Hoff, Harm Peters, Harold Bok & Marieke
van der Schaaf (2015) Curriculum development for the workplace using Entrustable
Professional Activities (EPAs): AMEE Guide No. 99, Medical Teacher, 37:11, 983-1002,
DOI: 10.3109/0142159X.2015.1060308 To link to this article: https://doi.org/10.3109/01
42159X.2015.1060308. Disponível em: TF-IMTE150159 983..1002 (siwf.ch)
115
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
Gabarito
1 A 2 C
117
1 2 3 4 5 6 7
119
1 2 3 4 5 6 7
Regimentos e regulamentos
internos dos PRMs no Brasil
Segundo o estudo sobre a demografia médica no Brasil, coordenado por Scheffer
et al. (2020), publicado pela Universidade de São Paulo, com cooperação técnica
do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil contava com 55 especialidades
médicas e existem 4.862 programas ofertados por 809 instituições credenciadas
na CNRM.
Referências
BRASIL. Lei n. 6.932, de 7 de julho de 1981. Dispõe sobre as atividades do médico resi-
dente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, D F, 9 jul. 1981. Disponí-
vel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6932.htm. Acesso em: 10 ago. 2022.
Questões de avaliação
Gabarito
1 A
121
Parte V.
HABILIDADES
RELACIONAIS
DE RESIDENTES
Preceptoria de Residência Médica
Capítulo 15
A relação
preceptor-residente
Trata-se de uma via de mão dupla. Sem confiança o residente pode resistir às
informações trazida pelo preceptor e ao seu modelo de comportamento profissio-
nal; sem confiança o preceptor não compartilha com o residente responsabilida-
des e informações assistenciais do paciente.
123
1 2 3 4 5 6 7
Os residentes aprendem não só o que professores dizem, mas também sua práxis.
É essencial que os preceptores façam o que pregam. Não somente falem, mas SE-
JAM aquilo que almejam ensinar.
125
1 2 3 4 5 6 7
Além de aplicar ferramentas para o ensino, o educador precisa conhecer seu edu-
cando, ter um interesse genuíno em sua pessoa, descobrir o que é valoroso para
ele, compromissos familiares e sociais, aspirações e sonhos.
A educação deixa de ser uma transmissão de via única, na qual o preceptor de-
posita as informações em um estudante vazio de conhecimento. Cornelius-White,
em 2007, apresentou um estudo que refere que o ensino centrado no aluno, bem
como uma boa relação entre o formador e formando permitem que o estudante
aprenda mais.
Ainda que os educandos tenham se formado em uma mesma turma, suas habilida-
des, necessidades e interesses de aprendizagem divergem.
Uma relação aberta e saudável entre preceptor e residente, caracterizada por em-
patia, autenticidade e respeito (consideração positiva) deve ajudar nesse aspecto.
O currículo oculto é ensinado por meio dos exemplos e pela socialização. De ma-
neira negativa, o currículo oculto pode contribuir para a promoção de comporta-
mentos abusivos. O modelo de “observar, fazer e ensinar” pode levar à imitação
de atitudes inadequadas, perpetuando a inferiorização e maus-tratos difundidos
entre os estudantes como ritos de passagem.
127
1 2 3 4 5 6 7
Referências
ABRUZZO, D., Sklar, D.P., McMahon, G.T. Improving Trust Between Learners and Tea-
chers in Medicine. Academic Medicine, v.94, n.2, 2019.
HAIDET, P.; STEIN, H. F. The role of the student-teacher relationship in the formation
of physicians. Journal of General Internal Medicine, v. 21, n. S1, 2006.
CROSBY, R. H., JOY. AMEE Guide No 20: The good teacher is more than a lecturer-the
twelve roles of the teacher. Medical teacher, v. 22, n. 4, p. 334-347, 2000.
CRUESS, Richard L.; CRUESS, Sylvia R.; STEINERT, Yvonne. Amending Miller’s pyra-
mid to include professional identity formation. Academic Medicine, v. 91, n. 2, p. 180-
185, 2016.
Questões de avaliação
Gabarito
1 B 2 B 3 C
129
Capítulo 16
Sofrimento mental de
preceptores e residentes
Desta forma, ao se perceber sinais de SB, o preceptor deve tomar uma atitude
proativa e avaliar o aluno de forma ampliada, considerando também escalas de
qualidade de vida e de sonolência diurna.
131
1 2 3 4 5 6 7
Como diagnosticar?
O esgotamento profissional pode ser diagnosticado e mensurado por meio do
Inventário de Burnout de Maslach, validado em 1997. Esse instrumento avalia três
dimensões relacionadas à SB: exaustão emocional, despersonalização e reali-
zação pessoal. Ao todo, é composto por 22 perguntas divididas entre essas três
dimensões. Devido a maior simplicidade na aplicação e interpretação dos dados,
usaremos neste curso a versão adaptada deste, escrita por Chafic Jbeili (Anexo 3).
Referências
133
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
a) Exaustão emocional
b) Despersonalização
c) Sensação de baixa realização profissional
d) Esgotamento da compaixão
Gabarito
1 B 2 C
“A ABIM representou um
momento histórico, sendo uma
das primeiras instituições a
trazer uma definição do termo.”
135
1 2 3 4 5 6 7
Princípios do profissionalismo
O profissionalismo está baseado em três princípios fundamentais (REGO, 2012),
que se confundem com os princípios da Bioética moderna:
• competência profissional;
• honestidade com os pacientes;
• confidencialidade em relação aos pacientes;
• manutenção de uma relação apropriada com os pacientes;
• melhora na qualidade do cuidado;
• melhora no acesso ao cuidado;
• justa distribuição dos recursos limitados;
• conhecimento científico;
• lida adequada com conflitos de interesse;
• responsabilidade profissional.
O ensino do profissionalismo
ROLE MODELS
Podemos não ter uma relação direta com aqueles que consideramos modelos. Os
modelos nem sempre são da nossa área profissional. Aprendemos muito por ob-
servação do comportamento, das habilidades e das atitudes das pessoas que para
nós são modelo. (DENT; HARDEN; HUNT, 2021)
137
1 2 3 4 5 6 7
Muitas vezes essas pessoas tiveram e têm um efeito profundo na escolha da Medici-
na, da especialidade médica e dos passos a serem seguidos na carreira profissional.
Quem é considerado modelo, está sendo observado o tempo todo. Em uma dis-
cussão sobre profissionalismo com médicos residentes, uma pergunta inicial que
pode motivar muita reflexão e discussão é “quais são as pessoas que são modelos
para cada um?” ou “Quem são nossos modelos?”
MENTORES
Mentores são pessoas próximas ao estudante ou ao médico residente.
Muitas vezes são profissionais que têm mais experiência e vivência. Podem ajudar
em vários aspectos da vida profissional (e pessoal). Podem ser um espelho ou um
mapa, sendo modelos e mostrando caminhos. Podem estimular, encorajar e suge-
rir prudência, cuidado, reflexão. Podem ser exemplos de autenticidade e credibili-
dade. Podem dar suporte, mas também oferecer desafios.
Mentores podem ter uma relação muito próxima e intensa com os residentes, du-
rante um período curto ou mais longo.
CURRÍCULO OCULTO
Além de role models (modelos) e mentores, na formação da identidade profissio-
nal é importante relembrarmos o currículo oculto - conjunto de costumes e rituais,
a cultura e o ambiente institucionais, o que os residentes (ou outros aprendizes)
vivenciam e observam para além do currículo formal.
No currículo oculto pode haver bons e maus exemplos, vivência de valores que
são coerentes com uma formação médica de qualidade e com profissionalismo e
vivências que contradizem esses valores.
Referências
CRUESS, R. L.; CRUESS, S. R.; STEINERT, Y. Amending Miller’s pyramid to include pro-
fessional identity formation. Academic Medicine, 91, n. 2, p. 180-185, 2016.
DENT, J.; HARDEN, R.; HUNT, D. A Practical Guide for Medical Teachers, E-Book.
Elsevier health sciences, 2021. 070208171X.
LEHMANN, L. S.; SULMASY, L. S.; DESAI, S.; ACP ETHICS, P. A. H. R. C. Hidden curri-
cula, ethics, and professionalism: optimizing clinical learning environments in beco-
ming and being a physician: a position paper of the American College of Physicians.
Annals of internal medicine, 168, n. 7, p. 506-508, 2018.
O‘SULLIVAN, H.; VAN MOOK, W.; FEWTRELL, R.; WASS, V. Integrating professionalism
into the curriculum: AMEE Guide No. 61. Medical teacher, 34, n. 2, p. e64-e77, 2012.
139
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
a) da autonomia do paciente
b) da primazia do bem-estar do paciente
c) da justiça social
d) da equidade econômica
Gabarito
1 C
141
1 2 3 4 5 6 7
Tripé do feedback
CHECK-LIST DO FEEDBACK
Para que um feedback seja efetivo é importante que sejam cumpridas as seguintes
premissas (PENDLETON; SCHOFIELD; TATE; HAVELOCK, 2011):
TÉCNICAS DE FEEDBACK
Por questões teóricas, pode-se citar alguns tipos de feedback com suas caracte-
rísticas principais:
ERROS COMUNS
143
1 2 3 4 5 6 7
Referências
DENT, J.; HARDEN, R.; HUNT, D. A Practical Guide for Medical Teachers, E-Book. El-
sevier health sciences, 2021.
MILAN, F. B.; PARISH, S. J.; REICHGOTT, M. J. A model for educational feedback ba-
sed on clinical communication skills strategies: beyond the” feedback sandwich”. Te-
aching and learning in medicine, 18, n. 1, p. 42-47, 2006.
PENDLETON, D.; SCHOFIELD, T.; TATE, P.; HAVELOCK, P. A nova consulta: desen-
volvendo a comunicação entre médico e paciente. In: ARTMED (Ed.). A nova con-
sulta: desenvolvendo a comunicação entre médico e paciente. Porto Alegre: Art-
med, 2011. p. 159.
Questões avaliativas
( ) Tempo protegido
( ) Opinião de outros observadores
( ) Julgamento do caráter
( ) Plano compartilhado
( ) Reavaliação de mudanças
( ) Descrição da situação
a) V, F, F, V, V, F
b) V, V, F, V, V, F
c) V, V, V, V, V, V
d) V, F, F, V, V, V
Gabarito
1 D 2 A
145
Capítulo 19
Ensino e avaliação
de habilidades de
comunicação
Contato visual;
Fluência;
Escuta ativa;
Congruência e relevância;
Senso de humor;
147
1 2 3 4 5 6 7
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
Trabalho em equipe;
Comunicação profissional;
Liderança;
Gerenciamento.
149
1 2 3 4 5 6 7
Referências
SILVA WOC, CARVALHO MP, FASSA MEG, FACCHINI LA, FASSA AG. Habilidades
de comunicação clínica dos preceptores de medicina de família e comunidade em
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro,
2020 Jan-Dez; 15(42):2673
Brandão CFS, Collares CF, Marin HF. A simulação realística como ferramenta educa-
cional para estudantes de medicina. Sci Med. 2014; 24(2):187-192. Disponível em: View
of Realistic simulation as an educacional tool for medical students (pucrs.br) Acesso
em 28/06/2022
Viana, Renata Souto V617 O uso do Role play no ensino de habilidades de comu-
nicação e relacionais: percepção dos alunos / Renata Souto Viana. Salvador: RS,-
Viana, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/16113/1/Re-
nata%20Souto%20Viana.pdf#:~:text=Introdu%C3%A7%C3%A3o%3A%20O%20
role%20play%C3%A9%20uma%20t%C3%A9cnica%20que%20permite,ensino%20
de%20habilidades%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20e%20relacionais%20
%28HbCR%29. Acesso em 28/06/2022
151
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
1) Consulta compartilhada
2) Discussões de caso
3) Role play
4) OSCE
a) 1C 2A 3D 4B
b) 1A 2B 3C 4D
c) 1B 2A 3D 4C
d) 1D 2C 3B 4A
a) Role Play
b) Observação direta em sombra
c) Vídeo-filmagem
d) Simulação realística
Gabarito
1 A 2 D
153
Capítulo 20
Comunicação
não-violenta
Sobre comunicação
A comunicação é uma habilidade fundamental para os seres humanos. Em todos
os aspectos da vida utilizamos a comunicação em suas mais variadas formas. Ape-
sar de ser parte central do trabalho de um médico e de todos os profissionais de
saúde, poucos treinamentos específicos sobre comunicação clínica são oferecidos
durante o curso de medicina (CARRIÓ, 2009)
155
1 2 3 4 5 6 7
JULGAMENTOS MORALIZADORES
COMPARAÇÕES
NEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Pressupostos filosóficos
A CNV é baseada em um conjunto de pressupostos filosóficos:
Subdivisões
A CNV oferece uma maneira de se expressar em 2 subdivisões e em 4 etapas que
melhor propiciam uma conscientização de nossa humanidade comum. As subdi-
visões incluem:
EU OUTRO
157
1 2 3 4 5 6 7
Quatro componentes
1
OBSERVAÇÃO
observar o que está acontecendo, separando ao máximo
os fatos de qualquer tendência a julgamentos. Fazer a
descrição neutral dos fatos, sem acrescentar exagero,
distorção ou avaliação.
2
SENTIMENTO
Perceber como nos sentimos ao observar os fatos,
sem sermos submersos às emoções. Assumir nossa
responsabilidade por elas. O que os outros dizem ou
fazem pode ser estímulo para nossos sentimentos, mas
não sua causa.
3
NECESSIDADES
Investigar e expressar quais necessidades estão ligadas
aos nossos sentimentos. As necessidades são universais
e semelhantes, constituindo um terreno no qual os seres
humanos podem se compreender. Identificá-las pode trazer
um novo enfoque para os relacionamentos.
3 PEDIDO
O que queremos da outra pessoa para enriquecer nossa vida.
O pedido visa satisfazer uma necessidade auto detectada. Ele
é fundamental, pois permite que uma situação avance para
soluções e ações. É necessário estarmos atentos para que o
pedido não se transforme em uma determinação. O outro nos
atenderá ou não, livremente.
Referências
LEE, C.; KESSLER, C.; VARON, D.; MARTINOWITZ, U. et al. Nonviolent (empathic)
communication for health care providers. Haemophilia: State of the Art, 4, n. 4, p.
335-340, 1998.
159
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
a) a) comunicação compassiva
b) b) comunicação alienante
c) c) comunicação não violenta
d) d) ausência de comunicação
Gabarito
1 B 2 B
Balint e a relação
médico-paciente
A formação médica baseada em protocolos clínicos e, focada no conhecimento
biomédico, deixa para segundo plano o entendimento do paciente como pessoa e
seus sentimentos. Tal atitude vem provocando conflitos na relação médico-pacien-
te, tema de debate nos últimos 70 anos (DATTOLI; TANNUS, 2018).
161
1 2 3 4 5 6 7
Grupos Balint
Em 1950, Michael Balint e sua esposa, Enid, realizaram seminários para clínicos
gerais em Londres. O foco desses seminários era examinar a relação médico-pa-
ciente: o que ela significava, como poderia ser usada de forma útil ao profissional
e, por que muitas vezes essa relação se desintegrava, com médico e paciente não
se entendendo (OMER; MCCARTHY, 2010).
163
1 2 3 4 5 6 7
Transferência e contratransferência
Balint não considera que o grupo possa constituir uma psicoterapia, embora tenha
reconhecido que ocorrem efeitos psicoterápicos. Isso acontece devido a aplicação
da transferência pública, que se refere aos conteúdos que são próprios da profis-
são comum dos participantes e não aos conteúdos individuais de cada profissional
(BRANDT, 2009).
Categorias balintianas
Como psicanalista, Balint analisava os casos à semelhança dos grupos de super-
visão que teve durante seu processo de formação em psicanálise. Assim, ele foi
tecendo sua teoria sobre a relação entre o médico e a pessoa atendida, a partir de
categorias de análise que resultaram em um livro lançado em 1957: O Médico, Seu
Paciente e a Doença (BRANCO; FREITAS; CANTARELLI, 2012).
As principais categorias que fundamentam sua teoria são (BALINT, 1955; BRAN-
DT, 2009):
165
1 2 3 4 5 6 7
Referências
BALINT, M. The doctor, his patient, and the illness. The Lancet, 265, n. 6866, p. 683-
688, 1955.
BRANDT, J. A. Grupos Balint: suas especificidades e seus potenciais para uma clínica
das relações do trabalho. Revista da SPAGESP, 10, n. 1, p. 40-45, 2009.
Questões de avaliação
a) Função apostólica
b) Referência desordenada
c) Conluio do anonimato
d) Companhia de investimento mútuo
Gabarito
1 A 2 B 3 C
167
Capítulo 22
Diversidade
na formação
Para alguns residentes existem desafios adicionais, por fazerem parte de minorias
(ou serem minorizados). A esse fenômeno chamamos de “dupla carga”.
Microagressões
Residentes referem a necessidade de “mudança do eu”, e são compelidos a mini-
mizar, disfarçar ou transformar suas verdadeiras identidades para serem aceitos no
trabalho (GUH; HARRIS; MARTINEZ; CHEN et al., 2019).
169
1 2 3 4 5 6 7
Ensinar diversidade
para lidar com pacientes
As disparidades de saúde estão presentes na vida da população. As desigualdades
se manifestam nos piores desfechos, como maior comorbidade, maior mortalidade
e falta de confiança no sistema de saúde.
Em uma sociedade cada vez mais plural, com novas expectativas de igualdade so-
cial, omitir-se das questões levantadas pela diversidade prejudica a credibilidade,
tanto da organização quanto do profissional (SWANWICK, 2018).
Habilidades
Conhecimento profissionais
• Compreensão da • Técnicas para aprender e
cultura, conflitos comuns ensinar sobre diversidade
e problemas potenciais
• Capacidade de se
• Conhecimento de comunicar com clareza e
história, língua, religião, precisão
costumes, valores
• Capacidade de discutir
• Conhecimento dos abertamente questões de
modelos médicos diversidade
predominantes
• Capacidade de
• Compreensão dos reconhecer questões
aspectos sociais, relacionadas ao conflito
políticos, econômicos e
• Capacidade de
fatores institucionais
reconhecer e combater o
• Conhecimento de racismo
serviços de suporte
• Capacidade de planejar
• Conhecimento o ensino culturalmente
da diversidade e apropriado
diferenças locais.
• Capacidade de
avaliar habilidades.
Atributos pessoais
171
1 2 3 4 5 6 7
Referências
GILBERT, J.; TAWARA, G.; DUNNE, C. Curricula Enhancement Module. National Cen-
ter for Cultural Competence. Georgetown University Child Development Center Uni-
versity Center for Excellence in Development Disabilities, 2007.
GUH, J.; HARRIS, C.; MARTINEZ, P.; CHEN, F. et al. Antiracism in residency: a mul-
timethod intervention to increase racial diversity in a community-based residency
program. Family medicine, 51, n. 1, p. 37-40, 2019.
OSSEO-ASARE, A.; BALASURIYA, L.; HUOT, S. J.; KEENE, D. et al. Minority resident
physicians’ views on the role of race/ethnicity in their training experiences in the
workplace. JAMA network open, 1, n. 5, p. e182723-e182723, 2018.
POTTS, S.; MCLEAN, I.; SABA, G.; MORENO, G. et al. Diversity and Facing Discrimi-
nation in Family Medicine Residencies: A CERA Survey of Program Directors. Family
Medicine, 53, n. 10, p. 871-877, 2021.
173
Parte VI.
PESQUISA
E ENSINO
Faremos, neste texto, um breve resumo da Norma Técnica da ABNT NBR 15287:2011,
cujo assunto é a “Informação e documentação – projeto de pesquisa – Apresenta-
ção” e outras relacionadas. Ou seja, essa normatização trata da estruturação e pa-
dronização de projetos de pesquisa e como apresentá-los. Vale ressaltar que exis-
tem outras normas vigentes que apoiarão na normatização do seu trabalho, e que
devem ser igualmente consideradas e consultadas durante a elaboração do texto:
175
1 2 3 4 5 6 7
1
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS OBRIGATÓRIOS
2
ELEMENTOS TEXTUAIS OBRIGATÓRIOS:
• Introdução: é a parte do texto considerada como “abre-alas”
do projeto e por isso precisa conter informações que levem o
leitor a se interessar pela leitura, tais como a problemática so-
bre a qual o autor se debruçou e as hipóteses levantadas para
solucionar os problemas elencados. Em geral, a introdução
precisa ser reescrita ao final do trabalho para corresponder
ao conteúdo realmente apresentado.
• Após ou ao final da introdução, devem ser evidenciados os
objetivos e as justificativas. No desenvolvimento, também se
indica o referencial teórico que embasa o projeto, a metodo-
logia a ser adotada, os recursos e o cronograma necessário à
sua execução. O cronograma pode ser apresentado em for-
mato de quadro esquemático.
3
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS OBRIGATÓRIOS:
• Referências: faremos a orientação dos tipos de referências
mais utilizadas em projetos de pesquisa. Para outras informa-
ções, orientamos que consultem a NBR 6023:2018
Referência a homepages:
Referência a livros:
Obs.: ao optar por um destaque (negrito ou itálico) _ nos títulos principais, deve-se
seguir o mesmo padrão em toda a lista de referências. Isso se aplica também aos nomes
dos autores, que podem ser abreviados ou por extenso, porém, ao optar por um estilo,
deve-se padronizar toda a lista.
177
1 2 3 4 5 6 7
DICA 1:
CUIDADO COM PLÁGIO ACADÊMICO!
Você saberia explicar, com segurança, o que é e quais são as formas de plá-
gio acadêmico?
Se você respondeu “não”, cuidado! Você pode, mesmo sem querer, cometer
plágio, que é considerado crime de violação de direitos autorais, previsto pelo
Código Penal, conforme a Lei n. 10.695/2003: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/2003/l10.695.htm.
Se você respondeu “sim, mas não tem como pegar, porque ninguém vai pes-
quisar parágrafo por parágrafo do seu trabalho!”. Cuidado! Existem softwares
identificadores de plágio que são frequentemente utilizados por pesquisado-
res, orientadores, bancas examinadoras e revisores. Basta pesquisar na inter-
net por “identificador de plágio” que você encontrará diversas informações
sobre o assunto.
Por isso, mesmo que você tenha respondido “sim, estou seguro(a)” indicamos
a leitura complementar da Cartilha sobre Plágio Acadêmico do Instituto de
Arte e Comunicação Social, disponível em cartilha-sobre-plagio-academico.
pdf (uff.br) e/ou assistir ao vídeo a seguir, que versa sobre conceito, tipologia
e como fugir de uma possível apropriação indébita de ideias no seu projeto
de pesquisa: O que é Plágio – Plágio Acadêmico – Revista Científica Multidis-
ciplinar Núcleo do Conhecimento – YouTube
DICA 2:
USE FERRAMENTAS PARA FACILITAR A FORMATAÇÃO DO SEU TRABALHO
Caso não tenha familiaridade com essas ferramentas, uma sugestão é come-
çar criando uma conta no Mendeley – Software de Gestão de Referência e
seguir os passos sugeridos neste vídeo disponível no Youtube: MENDELEY
REFERENCE MANAGER 2021/2022: Passo a passo para instalação e uso no
Word | tatyheiderich - YouTube. Assista também ao vídeo que trata da nova
versão desse software: Tutorial do novo Mendeley Reference Manager - You-
Tube. Os gerenciadores de referências permitem selecionar o padrão de nor-
mas a ser seguido, por vezes, instalando módulos suplementares (em nosso
caso, ABNT).
179
1 2 3 4 5 6 7
Referências
Questões de avaliação
a) Folha de rosto
b) Apresentação
c) Introdução
d) Conclusão
a) Homepages/sites
b) Teses de doutorado
c) Artigos científicos publicados em revistas
d) Livros e capítulos de livro
Gabarito
1 C 2 C
181
Capítulo 24
Ensino baseado
em projetos
Estrutura e desenho
O PI segue a seguinte estrutura: resumo, palavras-chave, introdução, problema,
justificativa, objetivos, revisão de literatura, metodologia, cronograma, recursos ne-
cessários, resultados esperados e referências.
183
1 2 3 4 5 6 7
1. PRIMEIRO PASSO
2. SEGUNDO PASSO
3. TERCEIRO PASSO
4. QUARTO PASSO
Explicação do problema (causas do problema e suas relações). Este quarto passo tem
como objetivo entender a gênese do problema que queremos enfrentar a partir da
identificação das suas causas.
5. QUINTO PASSO
6. SEXTO PASSO
Desenho das operações (concretização das operações). O plano de ação deve ser
composto de operações desenhadas para enfrentar e impactar as causas mais importantes
(ou os “nós críticos”) do problema selecionado. As operações são conjuntos de ações que
deverão ser desenvolvidas durante a execução do plano.
7. SÉTIMO PASSO
8. OITAVO PASSO
9. NONO PASSO
185
1 2 3 4 5 6 7
Metodologias ágeis
Em função da amplitude de problemas que podem ser identificados, assim
como da heterogeneidade das pessoas envolvidas no PES, se o planejamento
não for bem conduzido, pode ocasionar a geração de um “plano de ação ge-
nérico”, sem profundidade, que é difícil de monitorar e que não é revisitado e
adaptado regularmente.
Referências
PIL, I.-P. D. I. L. Orientação para elaboração do projeto de intervenção local (PIL). 2013.
187
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
a) ativas
b) avançadas
c) ágeis
d) pós-modernas
Gabarito
1 B 2 C
Elaboração da pesquisa
A iniciação na pesquisa envolve identificar uma boa pergunta. Deve-se, então, con-
siderar o tipo de dados que precisam ser coletados para responder a essa pergun-
ta. Em seguida, é preciso definir um plano ou proposta sobre como a pesquisa será
conduzida, com marcos delimitados. É importante considerar ainda as questões
éticas que afetam a pesquisa e como elas podem ser tratadas. Novos conhecimen-
tos são criados, integrados, aplicados e, através da disseminação, discussão e ava-
liação crítica, novas questões são geradas. Isso, por sua vez, leva à formulação de
novas questões de pesquisa e o círculo de investigação acadêmica está completo
(SWANWICK, 2018).
189
1 2 3 4 5 6 7
Existem muitas abordagens de pesquisa para escolher, cada uma com seu pró-
prio propósito. No entanto, abordaremos aqui as quatro categorias principais, a
saber: estudos exploratórios visando a criação de modelos; estudos experimen-
tais visando justificação; estudos observacionais visando predizer tendências; e
estudos translacionais visando a implementação (RINGSTED; HODGES; SCHER-
PBIER, 2011).
1
Problema
Revisão da literatura e
elaboração de pergunta SMART
2
Escolha do desenho
Identificar a melhor
abordagem de pesquisa
3
Implementação
Transformar a proposta de
pesquisa em ação
4
Coleta de dados
Complexidade depende do tipo
de estudo e tamanho da amostra
5
Análise de dados
Aplicação dos dados à
metodologia definida
6
Escrita
Desenvolvimento do texto entre
pesquisadores e orientadores
7
Publicação
Apresentação dos
resultados da pesquisa
191
1 2 3 4 5 6 7
Dentre as razões mais comuns para a realização de uma pesquisa durante os anos
de treinamento incluem curiosidade intelectual, exploração de possíveis opções
de carreira na academia ou em subespecialidade, conclusão de um requisito do
programa e desenvolvimento de currículo (HAMANN; FANCHER; SAINT; HENDER-
SON, 2006).
193
1 2 3 4 5 6 7
Referências
DENT, J.; HARDEN, R.; HUNT, D. A practical guide for medical teachers. 6. ed. London:
Elsevier Health Sciences, 2021. E-Book.
DOODY, O.; BAILEY, M. E. Setting a research question, aim and objective. Nurse Re-
searcher, v. 23, n. 4, p. 19-23, 2016.
HAMANN, K. L.; FANCHER, T. L.; SAINT, S.; HENDERSON, M. C. Clinical research du-
ring internal medicine residency: a practical guide. The American Journal of Medicine,
v. 119, n. 3, p. 277-283, 2006.
Questões de avaliação
Gabarito
1 D 2 B 3 B
195
Capítulo 26
Como solucionar dúvidas
clínicas e pedagógicas
Dúvidas clínicas/
pedagógicas e a preceptoria
A visão de aprendizagem mais centrada no aluno exigiu uma mudança fundamen-
tal no papel do preceptor, que deixou de ser um dispensador de informações e
passou a ser facilitador da aprendizagem. O papel do professor não é informar os
alunos, mas incentivá-los e facilitá-los a aprender por si mesmos usando a dúvida
como foco para o aprendizado. Nenhum conjunto de materiais oferecidos pelo
programa de residência, seja em formato impresso ou eletrônico, é perfeito para
todos os alunos. É responsabilidade do preceptor facilitar o uso dos recursos pelos
alunos, superando quaisquer deficiências nos materiais e integrando-os ao currícu-
lo (CROSBY, 2000)
197
1 2 3 4 5 6 7
O estudo das DENs pode ser realizado de forma individual ou em grupos que
compartilhem os mesmos DENs. Os programas de residência podem desenvolver
atividades de ensino a partir dos DENs de seus residentes e preceptores.
“O aprendizado através da
identificação de PUNs pode
fornecer respostas às nossas
dúvidas ou incertezas na prática.”
Transformando dúvida
em pergunta de estudo
I intervenção proposta
199
1 2 3 4 5 6 7
POEM e DOE
A busca de desfechos relevantes para o paciente é fundamental no desenvolvi-
mento de uma pergunta P.I.C.O. As evidências encontradas são chamadas de Evi-
dência Orientada ao Interesse do Paciente (Patient-Oriented Evidence that Mat-
ters - POEM) e descreve os resultados de importância para o paciente, sendo eles
(FARLEY LIBRARY, 2022):
201
1 2 3 4 5 6 7
Onde procurar?
Busca bibliográfica é o levantamento de um determinado tema, processado em
bases de dados nacionais e internacionais que contêm artigos de revistas, livros,
teses e outros documentos (NEVES; JANKOSKI; SCHNAIDER, 2013)
As bases de dados bibliográficas são as mais indicadas para pesquisas. Podem ser
fontes secundárias. que sintetizam criticamente conteúdos de fontes primárias, ou
as próprias fontes primárias (ou seja, estudos originais).
• UpToDate - www.uptodate.com/online
• Dynamed – https://www.dynamed.com
• Essential Evidence Plus - https://www.essentialevidenceplus.com/in-
dex.cfm
• Biblioteca Cochrane - https://www.cochranelibrary.com
As principais bases da área médica indexam tanto fontes secundárias como primá-
rias. São localizáveis via Portal da Biblioteca Virtual da Saúde/BVS, ou via Portal
da Capes, ou diretamente. Aqui, também, parte do conteúdo é gratuito e parte
depende de assinatura, pessoal ou institucional.:
Como procurar?
Após acessar a base de dados, algumas dicas para encontrar resultados mais facil-
mente (LATORRACA; RODRIGUES; PACHECO; MARTIMBIANCO et al., 2019):
203
1 2 3 4 5 6 7
Operadores boleanos permitem a relação entre dois ou mais elementos em uma busca
AND OR
A B A B
A AND B NOT A OR B
A B
A NOT B
Referências
CROSBY, R. H., JOY. AMEE Guide No 20: The good teacher is more than a lecturer-the
twelve roles of the teacher. Medical teacher, 22, n. 4, p. 334-347, 2000.
DEL FIOL, G.; WORKMAN, T. E.; GORMAN, P. N. Clinical questions raised by clinicians
at the point of care: a systematic review. JAMA internal medicine, 174, n. 5, p. 710-718,
2014.
EVE, R. PUNs and DENs: discovering learning needs in general practice. Radcliffe
Medical Press, 2013. 1 85775 807 2.
205
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
Gabarito
1 A 2 B
Não significa, no entanto, que, apenas por um estudo ser quantitativo, será meto-
dologicamente adequado ou com resultados confiáveis. Há elementos cruciais: (a)
seleção do delineamento capaz de responder à pergunta de pesquisa, (b) expli-
citação de conflitos de interesse e sua menor influência possível, (c) seguimento
dos padrões metodológicos e de controle de vieses pertinentes ao delineamento
escolhido, (d) procedimento amostral apropriado, (e) escolha correta das análises
estatísticas, (f) significância estatística e clínica dos resultados, (g) revisão por pa-
res e publicização.
207
1 2 3 4 5 6 7
Tudo isso terá significado fraco se não se souber como procurar a informação de
que se necessita. Habilidades de formulação de perguntas pesquisáveis e de busca
na literatura são essenciais, como abordado no capítulo 26.
Se o domínio desse campo do saber não é muito difundido, também não se trata
de algo excessivamente complexo. Está ao alcance de quem deseje maior autono-
mia científica e se disponha a construir essa competência. Algumas obras concisas
do início do movimento da Medicina Baseada em Evidências (MBE) ainda estão
entre as melhores, e seguramente podemos recomendar sua leitura a quem pre-
tenda se apropriar desses fundamentos. O USERS’ GUIDES TO THE MEDICAL LI-
TERATURE - A MANUAL FOR EVIDENCE-BASED CLINICAL PRACTICE, de Guyatt
e colaboradores, é bastante acessível para quem deseja aprender sobre pesquisa
quantitativa em saúde e sua aplicação no contexto clínico. Ao seu lado, o DE-
SIGNING CLINICAL RESEARCH, de Hulley e colaboradores, fornece um mergulho
maior nos aspectos mais diretamente relacionados à pesquisa quantitativa em si.
O HOW TO READ A PAPER, de Trisha Greenhalgh, por sua vez, sistematiza o olhar
do profissional para identificar o que é mais relevante na leitura de uma produção
científica. Todos têm tradução em português. A leitura de ao menos uma dessas
obras seminais já é capaz de alavancar as capacidades do profissional de saúde,
facilitando sua independência crítica em relação às opiniões e versões circulantes
sobre evidências científicas.
ESTUDOS OBSERVACIONAIS
TIPOS CARACTERÍSTICAS
O que? São uma fotografia de uma determinada realidade;
TRANSVERSAIS, Para quê? São usados principalmente para aferir
SECCIONAIS, prevalências populacionais;
INQUÉRITOS OU Vantagens? baixo custo, simplicidade e rapidez para
ESTUDOS DE coleta e análise dos dados, o alto potencial descritivo
PREVALÊNCIA Desvantagens? Não se pode fazer correlação de causa e
efeito porque ambos são coletados no mesmo momento.
O que? São tipos de estudos que observam a ocorrência de
determinadas situações ao longo do tempo. Como se fosse
feita a análise de uma história através de um filme. Por isso
são estudos necessariamente longitudinais prospectivos ou
retrospectivos;
COORTE Para quê? Tem como finalidade a determinação de causa
e efeito;
Vantagens? possibilidade de investigar vários desfechos
simultâneos;
Desvantagens? alto custo, são de difícil organização e não
são indicados para estudo de doenças de baixa prevalência.
209
1 2 3 4 5 6 7
A B
Systematic
Systematic Review/Meta
Review/Meta Analysis
Analysis
Randomised Randomised
Control Trials Control Trials
Randomised
Control Trials
Cohort Studies
Case Series/Reports
211
1 2 3 4 5 6 7
Referências
BASTOS, Cynthia Goulart Molina, D’AVILA, Otávio Pereira, e RIGATTO, Maria Helena
S. P. Capítulo 67: Pesquisa Quantitativa. IN GUSSO, Gustavo, LOPES, José Mauro Ce-
ratti. CHAVES, Lêda Dias Tratado de medicina de família e comunidade: princípios,
formação e prática [recurso eletrônico] – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.
SAVI, Maria Gorete Monteguti e SILVA, Edna Lucia da. O fluxo da informação na prática
clínica dos médicos residentes: análise na perspectiva da medicina baseada em evi-
dências. Ciência da Informação [online]. 2009, v. 38, n. 3 [Acessado 1 junho 2022], pp.
177-191. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-19652009000300012>. Epub
01 Jul 2010. ISSN 1518-8353. https://doi.org/10.1590/S0100-19652009000300012.
Questões de avaliação
a) V, F, V, F
b) F, V, F, V
c) V, F, V, V
d) V, V, V, F
a) Estudos de coorte
b) Estudos Transversais
c) Estudos ecológicos
d) Estudos de caso-controle
Gabarito
1 D 2 B
213
Capítulo 28
Métodos qualitativos
de pesquisa
Características dos
métodos qualitativos
Segundo TURATO (2005) algumas características podem ser delimitadas para a
pesquisa qualitativa:
215
1 2 3 4 5 6 7
Etnografia
Prática de coleta em um ambiente de estudo a longo prazo. Podem ser utilizados observação
direta e entrevistas, buscando um entendimento ou descrição mais profunda de uma cultura,
grupo ou comunidade específica.
Estudo de caso
Envolve uma análise aprofundada de um ‘sistema bem limitado’ (um programa, um evento,
uma atividade, um processo, um grupo etc.). O estudo de caso tem raízes na tradição
sociológica, bem como no relato de caso médico. Pode ter valor intrínseco, ou ser usado como
um meio de obter compreensão de um processo maior.
Fenomenologia
Hermenêutica
Usa a experiência vivida dos participantes como meio de compreender seus contextos políticos,
históricos e socioculturais. A análise hermenêutica envolve um processo cíclico chamado
‘círculo hermenêutico’: movimento de vai e vem entre a consideração do significado de partes
individuais de um conjunto de dados e o significado de todo o texto.
Narrativa
Pesquisa-ação
217
1 2 3 4 5 6 7
Definindo a amostra
A análise qualitativa
A análise de dados qualitativos é o processo de dar sentido a um conjunto de
dados qualitativos. Embora as diferentes abordagens qualitativas envolvam pro-
cedimentos analíticos um pouco diferentes, existem alguns processos básicos que
são comuns à maioria das análises qualitativas, como a codificação. Trata-se de um
processo de classificação ou organização dos dados em categorias que represen-
tam tendências semelhantes (SWANWICK, 2018).
219
1 2 3 4 5 6 7
Referências
RINGSTED, C.; HODGES, B.; SCHERPBIER, A. ‘The research compass’: An introduction to re-
search in medical education: AMEE Guide No. 56. Medical teacher, 33, n. 9, p. 695-709, 2011.
TONG, A.; SAINSBURY, P.; CRAIG, J. Consolidated criteria for reporting qualitative
research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. International
journal for quality in health care, 19, n. 6, p. 349-357, 2007.
Questões de avaliação
Gabarito
1 D
221
Capítulo 29
Avaliação do Programa
de Residência Médica
Foco na mudança
Muitas pessoas que participam de programas educacionais, incluindo alunos, pro-
fessores, administradores, profissionais de saúde, o fazem porque estão sensíveis
à necessidade de aperfeiçoamento. Ou seja, programas educacionais envolvem
mudança (FRYE; HEMMER, 2012).
“A avaliação de um programa de
residência médica envolve uma
compreensão ampla.”
Justificativa
Classificação de avaliações
Modelos de avaliação
223
1 2 3 4 5 6 7
• Modelo lógico
Semelhante aos modelos de avaliação já discutidos, o modelo lógico
pode ser fortemente linear em sua abordagem de planejamento e ava-
liação educacional. Em sua forma menos complexa, pode simplificar
demais o processo de avaliação do programa e, portanto, não produzir
o que os educadores precisam. Entretanto, devido a possibilidade de
interações circulares entre os elementos do programa, pode oferecer
aos educadores uma estrutura de avaliação que incorpora aplicações
da teoria de sistema ao pensar sobre programas educacionais.
Referências
CNRM, Comissão Nacional de Residência Médica. Dispõe sobre a avaliação dos Pro-
gramas de Residência Médica. RESOLUÇÃO CNRM N.06, de 05 de setembro de
2006. D.O.U. no 177, de 14/09/06, seção 1, pág. 17 2006.
DURNING, S.; HEMMER, P. Program evaluation. ACP teaching internal medicine. Phi-
ladelphia: American College of Physicians, 2010.
FRYE, A. W.; HEMMER, P. A. Program evaluation models and related theories: AMEE
guide no. 67. Medical teacher, 34, n. 5, p. e288-e299, 2012.
STUFFLEBEAM, D. L. The CIPP model for evaluation. In: Evaluation models: Springer,
2000. p. 279-317.
225
1 2 3 4 5 6 7
Questões de avaliação
a) linear
b) sistêmica
c) complexa
d) interativa
Gabarito
1 A 2 B 2 A
227
1 2 3 4 5 6 7
A estratégia de orientação
propriamente dita
A seguir, serão apresentadas 7 componentes de uma estratégia para o sucesso na
orientação de pesquisas:
229
1 2 3 4 5 6 7
S
Specific
Específico
Bem definido, claro e inequívoco
M
Measurable
Mensurável
Critérios definidos que medem o progresso em
direção à meta
A
Achievable
Alcançável
Atingível e não impossível de alcançar
R
Realistic
Realista
Ao alcance, realista e relevante para o propósito
T
Timely
Oportuno
Prazo claramente definido e adequado
Escolha do tema
Revisão Bibliográfica
Redação
Entrega ao Orientador
Revisão Final
231
1 2 3 4 5 6 7
233
1 2 3 4 5 6 7
Referências
NUTHALAPATY, F. S.; CASEY, P. M.; CULLIMORE, A. J.; DUGOFF, L. et al. To the point:
a primer on medical education research. American journal of obstetrics and gyne-
cology, 207, n. 1, p. 9-13, 2012.
Questões de avaliação
a) Autorização
b) Sistematização
c) Análise
d) Escrita
Gabarito
1 C 2 D 2 A
235
Capítulo 31
Redação e leitura crítica
de artigos científicos
Sobre a escrita
Em seu artigo “Preparo para a redação do artigo científico”, Pereira (2012) reco-
menda que a elaboração do artigo se inicie com a composição de tabelas e figuras,
acompanhadas dos respectivos títulos e legendas. Logo após, realiza-se a confec-
ção do texto correspondente a elas, sendo criada, assim, a parte dos resultados.
Passa-se para o preparo da seção de método. E, posteriormente, discussão e in-
trodução, nessa ordem. O autor aponta para a possibilidade de aproveitar parte
do texto do projeto de pesquisa para escrever a introdução e método, poupando
valioso tempo de escrita. Findas as seções principais do artigo, completa-se com
as demais partes: referências, título, resumo e palavras-chave. Também se pode
poupar um tempo precioso organizando as referências via gerenciadores de bi-
bliografia, usando-os ao longo de toda a escrita.
Já Magnusson propõe que a redação do artigo seja feita de trás para frente (ba-
ckwards): iniciando com a conclusão, posteriormente estruturando o restante do
texto em função dessa conclusão. Em seguida viria a parte do resultado, eviden-
ciando os dados mais importantes para fundamentar a conclusão. Na sequência,
o autor sugere a escrita dos materiais e métodos utilizados para a obtenção dos
resultados; a discussão (argumentos relacionados e necessários para sustentar a
conclusão) e a introdução com informações suficientes para apresentar o objetivo
da pesquisa. A seguir, escreve-se o título, resumo e referência bibliográfica. Aqui
também vale o dito, no parágrafo anterior, sobre gerenciadores bibliográficos.
237
1 2 3 4 5 6 7
Sobre a leitura
Devido à extensa oferta de artigos, o escasso tempo do leitor e a crescente espe-
cialização profissional, é necessário selecionar os artigos a ler. Os principais pa-
râmetros que, na prática, levam um leitor a escolher um artigo científico são: a
impressão estética, o título, as conclusões do resumo e as ilustrações. No entanto,
salvo que a necessidade seja real e haja tempo disponível, cada vez mais os mé-
dicos se direcionam a ler Revisões de alta qualidade e resumos estruturados. Mas
também estes requerem capacidade de avaliação crítica (VIRELLA, 2009 a, VI-
RELLA, 2009, b).
239
1 2 3 4 5 6 7
Referências
VIRELLA, D. A leitura crítica de um artigo médico (1ª parte). Acta Pediatrica Portu-
guesa, 40, n. 1, p. 37-41, 2009a.
VIRELLA, D. A leitura crítica de um artigo médico (2ª parte). Acta Pediatrica Portu-
guesa, 40, n. 2, p. 93-98, 2009b.
Questões de avaliação
a) discussão
b) introdução
c) conclusão
d) resultado
a) no título
b) nos resultados
c) no resumo
d) nas referências
a) coerência
b) sequência lógica
c) clareza
d) concisão
Gabarito
1 A 2 D 3 C 4 D
241
Parte VII.
INTERFACE
ASSISTÊNCIA-
ENSINO
Preceptoria de Residência Médica
Capítulo 32
Segurança do paciente
Errar é humano
O tema da segurança do paciente tornou-se uma questão central nas agendas de
diversos países do mundo no início do século XXI, a partir da divulgação do rela-
tório do Institute of Medicine (IOM), intitulado To Err is Human. O relatório apon-
tou que cerca de 100 mil pessoas morreram em hospitais a cada ano, vítimas de
eventos adversos (EA) nos Estados Unidos (EUA). O termo “evento adverso” foi
definido como dano causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de base, que
prolongou o tempo de permanência do paciente ou resultou em uma incapacidade
presente no momento da alta (CHASSIN; GALVIN, 1998).
243
1 2 3 4 5 6 7
ATRIBUTOS DEFINIÇÃO
Conceitos-chave
A segurança do paciente passou a ser tratada como uma questão estratégica no
mundo todo. Devido à preocupação com a situação, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) criou a World Alliance for Patient Safety e, posteriormente, desen-
volveu a Classificação Internacional de Segurança do Paciente, que foi traduzida
para a língua portuguesa pelo Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e
a Segurança do Paciente (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Alguns con-
ceitos-chave são apresentados no Quadro 32.2.
245
1 2 3 4 5 6 7
QUEIJO SUÍÇO
A premissa é de que os seres humanos cometem falhas e que, portanto, erros são
esperados. E os erros são consequências, não causas; embora não se possa mudar
a condição humana, é possível atuar nas condições em que os seres humanos tra-
balham, criando defesas no Sistema.
Perigos
Dano
1
desenvolvimento de sistemas de notificação de incidentes e
de eventos adversos.
247
1 2 3 4 5 6 7
CULTURA DE SEGURANÇA
De acordo com Leape (1994), no atual ambiente organizacional da maioria dos hos-
pitais e demais instituições de saúde, pelo menos seis grandes mudanças são reque-
ridas para iniciar a jornada com vistas a uma cultura da segurança. É necessário:
“A cultura de segurança do
paciente é um elemento que
perpassa todos os eixos do PNSP.”
249
1 2 3 4 5 6 7
Referências
CHASSIN, M. R.; GALVIN, R. W. The urgent need to improve health care quality: Ins-
titute of Medicine National Roundtable on Health Care Quality. Jama, v. 280, n. 11, p.
1000-1005, 1998.
REASON, J. Human error: models and management. Bmj, v. 320, n. 7237, p. 768-770, 2000.
VAN DER LEEUW, R. M.; LOMBARTS, K. M.; ARAH, O. A.; HEINEMAN, M. J. A syste-
matic review of the effects of residency training on patient outcomes. BMC medicine,
v. 10, n. 1, p. 1-11, 2012.
Questões de avaliação
Gabarito
1 A 2 C 3 D
251
Capítulo 33
Educação continuada x
Educação permanente
Apesar de haver clareza que o objetivo final comum a ambos os tipos de aprendi-
zagem profissional é a qualificação na prestação dos serviços aos usuários, vamos
começar tentando entender o porquê de diferenciar os conceitos de “Educação
Permanente” de “Educação Continuada”.
Este texto não tem como pretensão advogar por um ou outro modelo, mas sim
explicitar suas diferenças, uma vez que ambos têm sua importância na educação
profissional. E você já deve ter percebido que, muitas vezes, estes dois conceitos
podem ser confundidos, sobretudo quando não exemplificados. Por isso, a princí-
pio, serão apresentados dois cenários distintos:
Cenário 1:
Cabe destacar também que o hospital é referência para os municípios mais pró-
ximos à cidade onde ele é localizado. O curso, com 5 módulos presenciais, em
formato de aulas expositivas e aulas práticas com manequins, foi oferecido em
caráter obrigatório para as 10 enfermeiras das equipes de Saúde da Família da
cidade de Boa Bela Esperança.
Cenário 2:
253
1 2 3 4 5 6 7
Por sua vez, a educação continuada em saúde (ECS) é definida como aquela que
“contempla as atividades que possui período definido para execução e utiliza, em
sua maior parte, os pressupostos da metodologia de ensino tradicional, como
exemplo as ofertas formais nos níveis de pós-graduação. Relaciona-se ainda às
atividades educacionais que visam promover a aquisição sequencial e acumulativa
de informações técnico-científicas pelo trabalhador, por meio de práticas de esco-
larização de caráter mais formal, bem como de experiências no campo da atuação
profissional, no âmbito institucional ou até mesmo externo a ele” (Cavalcanti, Gui-
zardi, 2018).
Além disso, é importante destacar que, tanto a ECS quanto a EPS têm, a depender
da circunstância e objetivos, sua própria importância para o desenvolvimento pro-
fissional e para qualificação dos serviços oferecidos para a população.
Para melhor visualizar as características comuns e distintas entre EPS e ECS, veja
o infográfico desenvolvido para esta semana.
255
1 2 3 4 5 6 7
Referências
Questões de avaliação
a) Educação continuada
b) Educação permanente
c) Educação popular em saúde
d) Educação médica superior
é definida como
aquela que contempla as atividades teóricas, com período definido e uti-
liza, em sua maior parte, os pressupostos da metodologia de ensino tra-
dicional, como exemplo as ofertas formais nos níveis de pós-graduação.
a) A educação continuada
b) A educação permanente
c) A educação popular em saúde
d) A educação médica superior
Gabarito
1 A 2 B 3 A
257
Capítulo 34
Construção de
comunidades de práticas
O termo comunidades de práticas foi cunhado por Etienne Wenger e Jean Lave
somente em 1991, apesar de existirem há muito tempo. Trata-se de grupos de pes-
soas engajadas em práticas sociais correlatas e que apresentam preocupações, um
conjunto de problemas ou uma paixão por um tópico que as levam a uma busca
coletiva de conhecimento, com interação contínua.
Essas pessoas não precisam trabalhar juntas, nem mesmo se encontrar fisicamen-
te. Elas encontram valor em suas interações, ajudam umas às outras a resolver
problemas, discutir situações, aspirações e necessidades. Ponderam sobre ques-
tões comuns, exploram ideias e atuam como caixas de eco entre si. Podem criar
ferramentas, diretrizes, projetos, manuais e outros documentos – ou podem sim-
plesmente desenvolver e compartilhar um entendimento coletivo.
Características essenciais
das comunidades de práticas
Apesar da variedade de formas que as comunidades de práticas assumem, todas
compartilham uma estrutura básica. Uma comunidade de práticas é uma combi-
nação singular de três elementos fundamentais: um domínio de conhecimento (ou
área de interesse), uma comunidade de pessoas que se preocupam com esse do-
mínio e uma dinâmica de práticas compartilhadas que a comunidade desenvolve
para se aperfeiçoar na área de interesse definida.
259
1 2 3 4 5 6 7
Dinâmica de desenvolvimento
Comunidades de práticas principiantes focam na interação social e na troca de
conhecimento entre seus membros. A partir do amadurecimento da comunidade,
é possível sistematizar e produzir conhecimentos, até chegar ao ponto de desen-
volver a identidade pessoal-profissional dos participantes.
Início Maturidade
261
1 2 3 4 5 6 7
5 Foco no valor
7 Ritmo
Comunidades de práticas
na medicina e na residência
A literatura sobre comunidades de práticas na área de Saúde mostra resultados
diversificados em relação a como e por que essas comunidades são estabelecidas.
Entretanto, há um aspecto em comum entre os artigos: a intenção de facilitar o
aprendizado e a troca de conhecimento; e/ou para melhorar a prática clínica.
263
1 2 3 4 5 6 7
Referências
LI, L. C. et al. Use of communities of practice in business and health care sectors: a
systematic review. Implementation Science, [s. l.], v. 4, n. 1, p. 1-9, 2009.
Questões de avaliação
Gabarito
1 B 2 C
265
Anexos
Concordo totalmente
Discordo totalmente
Os itens abaixo são relacionados à experiência no seu ambiente
Concordo
Discordo
Neutro
de trabalho. Por favor, leia atentamente as afirmações abaixo e
responda de acordo com seu sentimento em relação ao atual local
de trabalho.
267
1 2 3 4 5 6 7
Concordo totalmente
Discordo totalmente
Os itens abaixo são relacionados à experiência no seu ambiente
Concordo
Discordo
Neutro
de trabalho. Por favor, leia atentamente as afirmações abaixo e
responda de acordo com seu sentimento em relação ao atual local
de trabalho.
Os itens devem ser pontuados: 4 para Concordo Totalmente (CT), 3 para Concor-
do (C), 2 para Neutro (N), 1 para Discordo (D) e 0 para Discordo Totalmente (DT).
No entanto, quatro itens (7, 8, 11 e 13) são declarações negativas e deve ser pontu-
ados: 0 para CT, 1 para C, 2 para N, 3 para D e 4 para DT.
121-160 Excelente
Fonte: Adaptado de: S. ROFF, S. MCALEER, A. SKINNER. Development and validation of an ins-
trument to measure the postgraduate clinical learning and teaching educational environment for
hospital-based junior doctors in the UK. Medical Teacher, v27, n4, 2005. (Tradução livre para o Por-
tuguês, não validada, realizada por Marcia Cristina Santos e Olivan Queiroz, 2022).
269
1 2 3 4 5 6 7
Título da APC
Descrição da APC
(especificidades e limitações)
Riscos à segurança do paciente
Domínios de competências
Domínios (cada domínio deve ser avaliado Grau de relevância Avaliação do aluno:
Data
por um instrumento específico diferente) para a APC descrita* Satisfatório?
1. Auto-gestão do conhecimento ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
2. Comunicação ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
3. Expertise técnica ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
4. Liderança colaborativa ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
5. Profissionalismo ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
6. Responsabilidade Social ( )1 ( )2 ( )3 ( ) Sim ( ) Não, pois...
Nível de desenvolvimento do aluno/residente
Nível Avaliação (marcar X) Preceptor(a) Data
Nível 1: Aprendiz novato
Nível 2: Aprendiz avançado
Nível 3: Aprendiz competente
Nível 4: “Proficiente”
Nível 5: “Especialista”
Conhecimento, habilidades, atitudes e experiências
Desenvolvimento satisfatório
esperadas para conferir confiança (Basear-se no conteúdo da
do aluno/residente
matriz do currículo baseado em competências
Conhecimentos ( ) Sim ( ) Não
Habilidades ( ) Sim ( ) Não
Atitudes ( ) Sim ( ) Não
FeedBack final: Preceptor:
Data:
* Grau de relevância para a APC descrita: O grau de trabalho ou comitê gestor das APCs devem
avaliar previamente este ítem 1. Pouco relevante; 2. Relevante; 3. Muito relevante ou indispensável
para o desenvolvimento deste APC
271
1 2 3 4 5 6 7
Resultado
De 0-20 pontos
Nenhum indício da Burnout.
De 21-40 pontos
Possibilidade de desenvolver Burnout, procure trabalhar as recomendações de
prevenção da Síndrome.
De 41–60 pontos
Fase inicial da Burnout, procure ajuda profissional para debater os sintomas e garantir,
assim, a qualidade no seu desempenho profissional e a sua qualidade de vida.
De 61-80 pontos
A Burnout começa a se instalar. Procure ajuda profissional para preveir o
agravamento dos sintomas.
De 81-100 pontos
Você pode estar em uma fase considerável da Burnout, mas esse quadro é
perfeitamente reversível. Procure o profissional competente da sua confiança e
inicia o quanto antes o tratamento.
273