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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO
Módulo Vocacional 2:
BANCO DE SANGUE
Moçambique
________________
2017
NOTA INTRODUTÓRIA
O presente manual faz parte do currículo de formação inicial do curso de Técnico Médio de
Laboratório (TML) baseado em competências, o qual consiste em 4 semestres lectivos, sendo
os três primeiros de carácter teórico-prático em sala de aula e laboratórios humanístico e
multidisciplinar, com uma componente de estágios parciais, sendo o último referente ao estágio
integral.
O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não representa
necessariamente a opinião do CDC.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
FICHA TÉCNICA
Elaboração, distribuição e informações:
Ministério da Saúde (MISAU)
Direcção de Recursos Humanos (DRH)
Departamento de Formação
Repartição de Planificação e Desenvolvimento Curricular (RPDC)
Av. Eduardo Mondlane, 1008, 4º andar
Maputo, Moçambique
Coordenação:
Joaquim Wate (I-TECH)
Gerito Augusto (I-TECH)
Florindo Mudender (I-TECH)
Ermelinda Notiço (MISAU/ DRH/Departamento Formação)
Suraia Nanlá (MISAU/ DRH/Departamento Formação)
Flávio Faife (CDC Moçambique)
Formatação e Edição
Joaquim Wate
Serene Myers
Flávio Faife
Leonel Monteiro
Este módulo é um recurso de apoio aos Professores, na planificação e implementação das aulas
que se destinam à formação de Técnicos Médios de Laboratório e visa desenvolver nestes
futuros profissionais de saúde, conhecimentos, habilidades e atitudes com relação as práticas de
prestação de cuidados de saúde com elevada qualidade e em conformidade com o perfil
profissional estabelecido. Por outro lado, o módulo é resultado da revisão do currículo de
técnicos médios de laboratório para a nova abordagem baseada em competências.
Esperamos, por um lado, que este módulo constitua um verdadeiro suporte para o
desenvolvimento e alcance dos objectivos das diferentes temáticas de formação dos
profissionais de laboratório e por outro, como uma base sólida onde o Professor possa buscar o
fortalecimento de conhecimentos, garantia de uma dinâmica uniformizada tanto na mediação
como na assimilação das matérias de ensino.
O módulo apresenta uma linguagem simples, acessível e clara de modo que permita a fácil
compreensão dos estudantes das Instituições de Formação de Saúde a nível nacional.
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saúde
Sub-módulo 1: Formação de recursos humanos em
MV11: Formação e Investigação em
saúde
Saúde
Sub-módulo 2: Metodologia de investigação
aplicada em saúde
Estágio Parcial
Estágio Rural e Integrado
O presente manual desenvolve o módulo nº 2, intitulado Banco de Sangue.
Para facilitar a leitura, este manual encontra-se dividido em partes apresentadas no sumário:
Dados básicos do módulo/submódulo.
Referentes do manual de ensino: perfil profissional e módulo formativo.
Unidades Didácticas:
- Conteúdo organizador.
- Sequência das Unidades Didácticas.
- Desenvolvimento das Unidades Didácticas: a denominação, o objetivo geral, a
introdução da unidade, os conteúdos, o desenvolvimento dos conteúdos, as
actividades de ensino-aprendizagem e o caso práctico/projeto.
- As Actividades de Ensino-Aprendizagem que se apresentam têm como seguintes
objectivos:
- Facilitar aos alunos a aprendizagem significativa.
- Conseguir a implicação dos alunos.
- Despertar neles a intencionalidade.
- Integrar os conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais.
- O Caso Práctico/Projeto: Integra os conteúdos da Unidade Didáctica completa
apoiados de informações e documentos similares aos reais. Todas as Unidades
Didácticas incluem a resolução de um projecto ou caso que parte de situações
concretas relacionadas com o desenvolvimento da actividade habitual, de maneira
que permita a transferência do conteúdo aprendido à outros contextos.
Anexos: caso o manual necessite de algum dado, instrumento, enlaces web,
informação, entre outros, que seja apenas para consulta.
Lista de abreviaturas e glossário: com a definição dos termos utilizados.
Questionário final de Auto-avaliação do módulo/submódulo: serve para que o aluno
avalie os seus conhecimentos referentes ao módulo.
Referências Bibliográficas: todos os materiais que foram consultados para a
elaboração do manual.
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4. UNIDADES DIDÁCTICAS
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UNIDADE DIDÁCTICA 1
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ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
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INTRODUÇÃO
Os serviços de sangue são de extrema importância para a saúde de qualquer país, pois tem em
vista assegurar a obtenção de sangue de qualidade segura para uso hospitalar. O Banco de
Sangue e a Hemoterapia é uma área científica recente e em expansão. Nos últimos anos, este
sector ganhou dimensão multidisciplinar e multisectorial, sendo de interesse para a sociologia,
antropologia, enfermagem, laboratório, medicina e para a gestão (WEIR, 1998). Neste
contexto, incluiu-se o módulo de Banco de Sangue e Hemoterapia no curso de técnicos médios
de laboratório em conformidade com o preconizado no Plano Estratégico do Sector de Saúde
(PESS 2014-2019).
A condensação de alguns conteúdos pode aparentar a omissão de outros, mas o facto visa
essencialmente a limitação de algumas unidades didácticas e à forma de abordagem de certos
conteúdos. Sendo a gestão de qualidade aplicada aos serviços de sangue mandatoriamente, foi
abordada na primeira unidade didáctica, e de forma gradual foram incorporados os aspectos
particulares e específicos de gestão de qualidade nas unidades temáticas. Esta abordagem visa,
por um lado, facilitar a percepção de que a qualidade é parte integrante de qualquer processo
desenvolvido e não um assunto insolado, como também, incutir a cultura de qualidade que vai
sendo aprofundanda à medida que o aprendizado vai é desenvolvido. De igual modo, foram
incorporados gradualmente os aspectos específicos de biossegurança aplicada ao Banco de
Sangue, assim como, a preparação dos equipamentos, materiais e reagentes específicos.
Além da introdução, esta primeira unidade didática apresenta uma descrição geral dos serviços
de sangue, sub-unidade história das transfusões de sangue relata os principais marcos históricos
de transfusões de sangue com vista àfacilitação da assimilação de novos conhecimentos incutir
valores científicos associados ao sector de sangue, introduz os conceitos gerais aplicados ao
Banco de Sangue e Hemoterapia na sub-unidade sangue: definição, composição, funções e
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Numa outra tentativa em 1968 Jean-Baptista falha e por consequência são banidas as
transfusões de sangue na França e em Laondres. As transfusões de sangue foram interrompidas
até ao ano de 1818 quando um obstetra Londrino James Blundell verifica que a transfusão de
sangue deveria ser feita entre animais da mesma espécie, entre outras descobertas. Daí em
diante sucederam-se várias pesquisas científicas, algumas com sucesso e outras não.
O cientista Karl Landsteiner é reconhecido como o Pai das ciências de transfusões de sangue,
sendo 14 de Junho, dia do seu aniversário natalício, o dia mundial de dadores de sangue. Nos
anos seguintes muitas descobertas foram feitas. Apenas para citar alguns exemplos, pode-se
mencionar a descoberta de anticoagulante citrato de sódio em 1914/15 por Lewisohn nos
estados Unidos e por Agote na Argentina em trabalhos feitos de forma separada. A primeira
transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por
Reuben Ottenber, Leninegrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em
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1936 durante a Guerra Civil Espanhola. a identificação do factor Rh, realizada por Landsteiner
no século XX. O progresso das transfusões foi firmado através da descoberta dos grupos
sanguíneos. do factor Rh e o emprego científico dos anticoagulantes.
Para melhor entendimento do que acontece no banco de sangue serão apresentados alguns
conceitos e posteriormente serão abordados assuntos sobre o equipamento, material e reagentes
utilizados no banco de sangue.
Reacções antigénios-anticorpos
Para que haja uma reacção antigénios-anticorpos é necessário que primeiro tenha-se
estabelecido o contacto prévio do organismo por um antígeno para iniciar o processo de
desencadeamento da resposta imune.
Sangue
O Sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular em animais com
sistemas circulatórios fechados. Ele é composto de uma parte líquida (o plasma), e de uma
outra constituída por células. O volume de sangue num adulto é cerca de 5 litros, o PH vária de
7.3-7.4. As células que compõem o Sangue são:
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Eritrócitos
São elementos formes do sangue sendo cerca de 5 milhões por milímetro cúbico (mm3).
A vida média de um eritrócito é de 120 dias e tem como função o transporte da
hemoglobina.
Leucócitos
São células responsáveis pela defesa e protecção do organismo contra infecções. Existem
vários tipos a saber:
Monócitos: estas células são mais pequenos que os linfócitos, com núcleo pequeno
apresentando maior volume citoplasmático. Responsáveis por ingestão das bactérias
ou por fagocitose.
Linfócitos: responsáveis pela defesa específica, pode-se encontrar dois tipos
linfócitos B e T. os linfócitos T responsáveis pela imunidade celular e linfócitos B
responsáveis pela imunidade humoral.
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células da medula óssea). Cerca de 350 mil
por decímetro cúbico. Entram no complexo mecanismo da coagulação do sangue.
Plasma
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Água 90%
Substâncias inorgânicas (Cloretos, sódio, cálcio, potássio, ferro, etc.) 0.9%
Substâncias orgânicas (proteínas, lípidos, carbohidratos, ácidos 9,1%
nucléicos)
2.1 Equipamento
As balanças são utilizadas no serviço de sangue para a pesagem. Algumas delas são
específicas para a pesagem do sangue balança (1) durante a colheita e outra balança (2) para
pesagem de reagentes, figura1.
Algumas centrífugas servem para lavagem de células e centrifugação de baixa rotação para
observação de aglutinação e hemólise, determinação do grupo sanguíneo e obtenção do soro
conforme indicado na figura 2. Respectivamente os números 1 e 2 são centrífugas
vocacionadas para lavagem de células e centrifugação de baixa rotação para observação de
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Banho-maria serve para aquecer lenta e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida
num recipiente, submergindo-o com outro, onde existe água a ferver ou quase a ferver.
Conforme figura 4.
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Selador serve para selar o segmento de sangue que constitui os sacos de sangue no acto da
colheita e de produção de componentes. Conforme ilustra a figura 5.
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2.2. Materiais
Os materiais necessários para as técnicas do banco de sangue dependem de cada técnica e suas
respectivas análises (ver nos POPs). Antes de cada procedimento deve-se preparar todo o
material necessário, ter uma lista de verificação (Check list). Verificar o prazo de validade e
qualidade, tendo em conta o número de procedimentos que se pretende realizar. Os materiais
do serviço de sangue são vários utilizados para fins diversificados e, inclui: cestos, suportes,
bandejas entre outros. Cestos metálicos servem para arrumação de bolsas de sangue, para
facilitar a sua organização na geladeira conforme ilustrado na figura 12.
O suporte serve como sustento ou apoio dos tubos de hemólise, ou amostras de sangue, o
esguicho serve para conservar preparações líquidas. Conforme ilustrado na figura 13.
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A figura 14 ilustra os copos que são recipientes utilizados para depositar as substâncias que
auxiliam nas técnicas imunohematólogicas.Existência de um copo com soro fisiológico, outro
com água corrente e o último a bacia para depósito de resíduos.
Figura 15 imagem (1) mostra a ficha de inquérito que serve para auxiliar na triagem clínica e
Cartão de identidade de dador e a imagem (2) mostra a ficha de inquérito que serve para
registos de dados do dador.
2.3. Consumíveis
Os consumíveis servem para auxiliar o processo do serviço de sangue são utilizados para vários
fins diversificados e, inclui: sacos de colheita, sacos de transferência, sistemas entre outros.
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d) Os Sacos Pediátricos são sacos de colheita normais, com um apêndice com 4 à 6 sacos
pequenos que permitem a distribuição de Concentrado de Glóbulos Vermelhos em
pequenas quantidades, num sistema fechado para posterior utilização em crianças.
e) Os sacos de transferência servem para transferir pequenas quantidades em sistema
aberto, para o uso em geral nas crianças, na falta de sacos pediátricos.
Sistemas
Os sistemas possuem um sistema de filtro, servem de ligação entre a unidade à transfundir e o
local da punção.
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2.4. Reagentes
Reagentes são substâncias inicialmente presentes num sistema que ao decorrer de uma reacção
química sofrem alterações. Sempre que se pretende usar um reagente é necessário ter-se em
conta a sua integridade física, para além da verificação do prazo de validade, condições de
armazenamento. O tipo de reagente tem muito a ver com a técnica que se pretende realizar. Por
essa razão, sempre que se realiza um teste deve-se consultar o guião de procedimento, pós
existem reagentes para determinação do grupo sanguíneo que são os antisoros Anti- A, Anti- B,
Anti- A, B, Anti- D, suspensões para confirmação de grupo sanguíneo, soro de Coombs,
Albumina a 22 e a 30%, LISS, kits de ELISA, RPR, entre outros.
- Preparação de suspensão
- Preparação do pool da suspensão para o coombs indirecto
- Preparação de Coombs-Control
- Preparação de Solução de Sulfato de Cobre
- Eritrócitos do dador
- Soro fisiológico
- Um tubo
Procedimento Técnico
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Material
Procedimento Técnico
ATENÇÃO
A suspensão deve ser guardada no frigorífico e poderá ser utilizada até quando
aparecer uma hemólise inicial.
Material
Procedimento Técnico
1. Lavar os glóbulos vermelhos do grupo ORh+ (1-2 segmentos de saco de sangue ORh+), 1
vez com soro fisiológico 0.9%.
2. Fazer uma suspensão de glóbulos vermelhos lavados 50%.
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- Água destilada
- CuSO4.5H2O
- Urómetro
Procedimento Técnico
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Deve-se fazer manutenção aos equipamentos de forma regular, de acordo com o calendário
definido, e deve ser feito por pessoal qualificado e treinado para o efeito. A Acção deve ser
documentada num livro de registo apropriado.
Os manuais do utilizador também devem estar disponíveis para serem utilizados pelo pessoal
que realiza os testes, e quando possível na língua que os técnicos percebem.
O manual com todos os procedimentos deve estar disponível na bancada ou na área de trabalho.
É o conjunto de acções e técnicas administrativas de cuidado e inspecção diária, dela faz parte:
limpeza, remoção de elementos estranhos ou nocivos à estrutura física dos equipamentos,
controle de temperaturas, etc.
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EXEMPLO
Verificação de desempenho dos equipamentos nos laboratórios deve ser
reportada diariamente por pessoa qualificativa.
Assinatura do responsável
----------------------------------------
Data-------/----------/----------
Este formulário pode ser utilizado para Geleira, Congelador, Banho-maria, Estufa de Secagem
ou qualquer outro equipamento que possua controlo de temperatura. A calibração consiste em
corrigir o funcionamento e colocar os equipamentos nas condições iniciais de operação. Esta
actividade é feita com recurso aos POPs.
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evitando e detectando pequenos defeitos, antes que se transformem em defeitos maiores. Esta
manutenção pode ser realizada diariamente ou semanalmente.
EXEMPLO
Falhas de uma peça por desgaste ou falta de lubrificação.
EXEMPLO
Equipamento fora de uso por muito tempo e sobre custos de pagamentos de
trabalho extra e compras imediatas de peças de reposição.
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Anti-séptico: É uma substância anti-séptica ou química que pode não ter efeito germicida, que
impede ou bloqueia o desenvolvimento, ou a acção dos microorganismos, tanto pela inibição
de sua actividade, quanto por sua destruição. Fungicida e viricida: são processos físicos, ou
substâncias químicas que destroem fungos, ou vírus respectivamente. O objectivo de um
programa de limpeza e desinfecção é manter uma concentração baixa de agentes patogénicos,
diminuindo consequentemente, a probabilidade de infecções e resultando nos seguintes
benefícios: o aumento da produtividade. a diminuição na incidência de doenças infecciosas e
parasitárias. a diminuição do número de animais refugos (debilitados). a diminuição de gastos
com medicamentos, por animal/ano. bem como a diminuição de gastos com mão-de-obra.
Físicos
- Pasteurização
- Termo desinfectadora
- Lavadoras de descargas
Químicos
- Ácido peracético, soluções cloradas, álcool, glutaraldeído, quaternário de amónia,
peróxido de hidrogénio, água electrolisada, entre outros.
Primeira escolha
a) Lavadoras termodesinfetadoras
- Tubos plásticos e metálicos: diâmetros - 3mm e comprimento - 40 cm
- Contaminação com 104 a 106 UFC bactérias vegetativas (S. aureus, K. pneumoniae),
fungos (C. albicans), Mycobacterium terrae e Bacillus subtillis.
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Última escolha
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A desinfecção por meios químicos é a prática mais usual e efectiva em saúde animal.
Actualmente há um grande número de produtos químicos à disposição no comércio para a
prática da desinfecção. Embora as marcas comerciais sejam as mais variadas, os princípios
activos são restritos, principalmente, a compostos fenólicos e derivados do alcatrão de hulha,
halogênios, álcoois e aldeídos, agentes tensoativo como os detergentes, agentes oxidantes,
derivados de metais pesados, corantes, álcalis, ácido e ainda os compostos orgânico-naturais.
Nesta unidade iremos falar de alguns dos produtos mais importantes.
Fenol ou ácido carbólico: Foi descoberto no alcatrão de hulha, sendo denominado inicialmente
como ácido carbólico. Foi o primeiro anti-séptico a ser usado em cirurgia asséptica.
Cloro: Foi utilizado inicialmente, como alvejante na indústria têxtil, e teve suas propriedades
desinfetantes demonstradas sob condições laboratoriais, pelo bacteriologista alemão Kock, em
1881.O cloro é considerado como desinfetante universal para a água, e a parte que permanece
nesta, após período de acção média de 20 minutos, constitui o cloro livre, de grande poder
desinfectante. Nas concentrações recomendadas, os hipocloritos desinfectam superfícies
limpas. Quando há considerável resíduo de matéria orgânica e/ou minerais, estas se combinam
à solução de cloro, dando origem ao cloro combinado, que apresenta baixa acção desinfectante.
Os álcoois alifáticos comuns são bons solventes anti-sépticos e desinfectantes. O álcool etílico
ou etanol é tradicionalmente o mais comum e também o mais utilizado, é conhecido, ainda,
como álcool de cereal, porque é produzido pela fermentação de grãos de cereais. Os álcoois
possuem pronunciada acção bacteriana.
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Natureza do item a ser desinfectado: Superfície lisa, não porosa e simples - articulações,
cremalheiras e reentrâncias: barreira à limpeza número de microrganismos presente no produto:
maior nível de contaminação – maior o tempo de contacto.
Quantidade de matéria orgânica e inorgânica (sangue, muco, fezes, sais: Matéria orgânica:
microrganismos em grande quantidade e diversidade
Não existe o desinfectante ideal, assim a escolha deverá recair sobre aquele que cumprir com
maior número de requisitos à finalidade desejada, lembrando- entretanto que um bom
desinfectante, é aquele que na mesma concentração e no mesmo espaço de tempo elimina
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O desinfectante ideal deve ser capaz de destruir a forma vegetativa de todos os microrganismos
patogénicos, requerer tempo limitado de exposição e ser eficaz em temperatura ambiente, não-
corrosivo, atóxico para seres humanos e de baixo custo.
Método automatizado:
Método manual:
- Recipiente de plástico com tampa - limpeza dos recipientes com água e sabão.
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- Limpeza priorizada.
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- Actuam contra microrganismos vegetativos, não são tuberculicidas, não agem contra
esporos, têm actividade irregular contra fungos, actuam contra vírus lipídicos e de
tamanho médio, mas não contra os lipídios de tamanho pequeno.
Os desinfectantes possuem uma vasta gama de propriedades, como pode-se observar na tabela
2 abaixo, que ilustra capacidade que cada um possui em relação ao patógeno.
Desifectantes
Propriedades Glutaraldei Clorhexidi Cloro Iodo Fenol Formo
do na l
Viricida + + +- + + +
Bactericida + + + + + +
Fungicida + - - + + +
Acção na presença matéria
++++ + + +++ +++ +++
orgânica
Fonte: Andrade, N.J. (1988).
+ : Actividade do desinfectante
− : Ausência de actividade
± : Actividade limitada à condições especiais.
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EXEMPLO Alguns equipamentos utilizados nos serviços de sangue e o tempo para fazer a
manutenção. A tabela ilustra um exemplo de materiais usados no serviço de
sangue e o período que se deve fazer a manutenção.
Alguns equipamentos utilizados nos serviços de sangue e o tempo para fazer a manutenção. A
tabela ilustra um exemplo de materiais usados no serviço de sangue e o período que se deve
fazer a manutenção.
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Separador de
plasma e X X X Diário
plaquetas
Agitador de
X X X Diário
plaquetas
Balança X X X Diário
Geleira X X X Diário
Congelador Diário
Equipamento
X X X Diário, semanal trimestral
ELISA
Fonte: Adaptado pelos Autores.
Após cada procedimento de limpeza, deve-se verificar (Check list) o sistema, para averiguar se
o equipamento encontra-se dentro dos limites de confiança específicos e se o sistema pode ser
usado (Roche Diagnostics, 2007).
O sangue deve ser bem processado para oferecer benefícios aos utentes, quando isso não for
verificado pode trazer riscos. Neste tema serão abordados os seguintes tópicos:
6.1. Benefício
Para que haja segurança de sangue é necessário que se aposte em dadores de baixo risco,
métodos de testagem precisos e sensíveis, pessoal qualificado para fazer a triagem clínica. Pois,
nem todas doenças são testadas no sangue algumas não sobrevivem por muito tempo devido a
presença de lisinas, temperaturas de conservação. Para além de que algumas doenças são
observadas pelo aparecimento de sinais e sintomas. Por isso deve-se ter em conta que o banco
de sangue difere do laboratório clínico pelo facto de ser um meio auxiliar de diagnóstico e
poder se comparar à uma industria farmaúcetica, porque faz o processamento de sangue desde
a entrada até a recepção do sangue do paciente.
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6.2. Riscos
O sangue salva vidas, porém pode representar riscos diversos, a saber: risco de transmissão de
doenças através de sangue (virais, bacterianas e parasitológicas), riscos de reacções
transfusionais devido à reacções antigénios-anticorpos, sobrecarga da volémica em transfusões
massivas, para além de riscos resultantes de falhas humanas, devido ao mau segmento de
procedimentos (POPs).
LEMBRA-TE
Ter muito cuidado em todos os processos de manipulação do sangue
desde da mobilização para a colheita até a transfusão.
6.3. Custos
Para aquisição de sangue um role de materiais são necessários. O custo dos materiais e
processamento de sangue é estimado em 100 a 150 USD por unidade (PNTS-SENASA). Deve-
se apostar no material que ofereça garantia e segurança.
O serviço de sangue pode ser organizado de acordo com o sistema de funcionamento adoptado
em vários países. No geral, considera-se três tipos principais de organização, a saber: serviços
públicos, organizações não-governamentais sem fins lucrativos e privados.
São aqueles que funcionam sob gestão directa do estado, podendo ser subdivididos em serviços
nacionais com funcionamento no regime de tutela ou de subordinação ao Ministério de Saúde.
São serviços de transfusão inseridos nos hospitais, como é o caso do funcionamento actual em
Moçambique, embora esteja num processo de transição para o funcionamento no serviço
nacional de sangue subordinado ao MISAU.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
EXEMPLO
Serviço de Sangue do Hospital Central de Maputo, Beira, Nampula. Etc.
Neste sistema de funcionamento o estado delega a prestação dos serviços à organizações não-
governamentais e mantendo a regulamentação e controlo das actividades financiadas pelo
Estado na base dum contracto do programa. Este é sistema de funcionamento em vigor de
alguns países vizinhos.
EXEMPLO
África do Sul e Suazilândia.
São aqueles que funcionam através da gestão de entidades privadas sem financiamento por
parte do Estado. Este funcionamento não é recomendado pelo facto de transformar os serviços
de sangue em actividades comerciais que dificulta o acesso ao cidadão e a segurança do
sangue.
ATENÇÃO
Em Moçambique, existem apenas serviços de Sangue Públicos.
Na organização dos serviços de sangue hospitalares em vigor no país os bancos de sangue tem
acordo com o espaço, os Serviços de Sangue podem apresentar uma recepção, secretária, sala
de espera, sala de triagem clínica, sala de colheita, sala de refeições, laboratório,
armazém, sala de lavagem de material, gabinetes para os responsáveis e casas de banhos.
Sala de espera: é o lugar onde o candidato a doação ou dador (utente) aguarda para ser
atendido e encaminhado.
Recepção e secretária: é o lugar onde os utentes são recebidos e atendidos conforme as
necessidades, destacando-se o registo dos candidatos a dadores e a localização das
fichas previamente arquivadas dos dadores regulares de sangue e sua orientação.
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2017 45
Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Sala de triagem clínica: é o espaço onde o dador e candidato são submetidos a uma
triagem clínica incluindo a pesagem, medição do pulso, hemoglobina, tensão arterial
temperatura e a selecção através de um questionário para permitir a decisão da aptidão
para a doação. Após o inquérito o dador é submetido a exames para verificação de
sinais vitais como temperatura, pulso, pressão arterial e dosagem de hemoglobina.
Sala de colheita: é o sector onde se faz todos os registos de identificação dos produtos
a serem colhidos e a realização da colheita propriamente dita.
Laboratório: é o espaço reservado para produção de hemocomponentes, a realização
de técnicas Imuno-hematológicas (determinação de grupos sanguíneos,
compatibilidade, Coombs e pesquisa de anticorpos irregulares), Serologia de doenças
transmissíveis pelo sangue.etc.
RESUMO
Este módulo de Banco de Sangue e Hemoterapia tem 5 unidades didácticas, a saber: Banco de
Sangue e Hemoterapia. dadores e doação de sangue. hemocomponentes e hemoderivados.
testagem serológica de sangue. testagem imuno-hematológico de sangue.
A gestão de qualidade aplicada ao Banco de Sangue é mandatória e está incorporada em todas
as unidades didácticas.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Deve-se garantir a manutenção regular dos equipamentos de acordo com o calendário definido,
e feita por pessoal qualificado e treinado para o efeito. Esta acção deve ser documentada num
livro de registo apropriado.
Os manuais do utilizador também devem estar disponíveis para serem utilizados pelo pessoal
que realiza os testes, e quando possível na língua que os técnicos percebem.
O processo de higiene e limpeza deve obedecer as técnicas descritas no módulo pré e pós
analítico. Porém, os serviços de sangue produzem hemocomponentes que são transfundidos aos
utentes, por isso a higiene e limpeza neste sector deve ser mais rigorosa para evitar a
contaminação de hemocomponentes. Deve-se limpar os equipamentos após cada corrida de
testes.
ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE 1
Duração 2h
Objectivos
- Seleccionar materiais, reagentes, equipamentos e amostras em função das técnicas a
realizar por forma a garantir a qualidade dos resultados.
- Identificar o material usado para as técnicas a realizar
- Descrever os reagentes utilizados para diferentes técnicas
Conteúdos de referência
- Materiais, reagentes, equipamentos e amostras
- Material necessário para as técnicas a realizar
- Reagentes necessários para diferentes técnicas
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
- Acompanhar os procedimentos
- Detectar os erros cometidos
- Propor as medidas correctivas
- Valorizar a limpeza, ordem e seguimento das normas estabelecidas
- Cada membro do grupo deverá fazer uma exposição oral com os erros e as propostas
para a melhoria
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
As actividades que o professor deve planificar e desenvolver na sala de aulas são:
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
suspensão.
Prepara suspensões utilizando reagentes químicos.
- Demonstra como fazer a preparação de suspensão.
- Avalia a integridade física da amostra para garantir os resultados do processo.
- Explica os passos a serem seguidos desde o início até ao fim do procedimento.
- Mantém sempre a ordem e a limpeza do seu local de trabalho
CASO PRÁTICO
Caso prático
Uma senhora de 32 anos foi atendida como paciente ambulatório no Hospital Provincial de
Inhambane para a sua visita regular de acompanhamento como gestante pela terceira vez. Ela
vem recebendo seguimento da gravidez e actualmente encontra-se no quinto mês. Aquando
da realização do teste para a determinação do grupo sanguíneo pela primeira vez constatou-se
que era do grupo ARh positivo, porém, ela não sossegou porque os pais são ambos ORh
negativo. Nisso, preferiu repetir o teste noutro local onde obtiveram o resultado de ARh
negativo.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
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Agropecuário. V.13, n.155, p.48-52. Belo Horizonte.
2. Denise, M.H. (s/a.) Técnicas modernas em banco de sangue e transfusão, 4˚ Edição.
S/C.
4. OMS, (s/a). Sangue e produtos sanguíneos seguros, Normas e princípios para uma
práticatransfusional segura.S/E. Genebra.
5. OMS. (s/a). Sangue e produtos sanguíneos seguros, Sorologia dos grupos sanguíneos.
S/E. Genebra.
6. Roche, M.B. (2007). Diagnóstico laboratorial. s/e. Genebra.
7. Sobestiansky, J. (1981). Limpeza e desinfecção na suinicultura, Aspectos técnicos
eeconômicos. Concórdia, SC, Circular Técnica, n.3., Cnpsa, 36p.S/e. Embrapa.
8. Weir, s. (1998). Manual do banco de sangue, s/e, s/c.
SITES CONSULTADOS
1. http://www.profbio.com.br/aulas/hemato2_04.pdf.
2. https://www.einstein.br/estrutura/banco-sangue.
3. http://www.profbio.com.br/aulas/hemato2_04.pdf.
4. https://www.google.co.mz/search?q=centrifuga+immufuge.
5. http://www.shhsjc.com.br/banco-de-sangue./
6. https://www.google.co.mz/webhp?ie=UTF-8&rct=j#q=banho+maria+imagem.
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8. https://www.google.co.mz/search?q=agitador+de+plaquetas.
9. https://www.google.co.mz/search?q=agitador+de+plaquetas+imagem&biw.
10. https://Ptm, Wikipedia, omy, wild desifentantes.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
UNIDADE DIDÁCTICA 2
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
ÍNDICE
OBJECTIVO GERAL _______________________________________________________ 55
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica _______________________________ 55
INTRODUÇÃO ___________________________________________________________ 56
1. LOCAIS DE BAIXO RISCO _____________________________________________ 56
1.1. Palestras __________________________________________________________ 56
1.2. Arquivos de fichas de dadores de sangue _________________________________ 57
1.3. Rotina de admissão __________________________________________________ 57
2. SELECÇÃO DE DADORES DE SANGUE __________________________________ 57
2.1. Critérios de selecção de dadores de sangue _______________________________ 57
2.2. Critérios físicos para aceitação de dadores ________________________________ 58
3. DADORES ____________________________________________________________ 59
3.1. Tipos de dadores de sangue ___________________________________________ 59
3.2. Vantagens e desvantagens dos dadores de sangue __________________________ 60
4. PROCEDIMENTOS DE DOAÇÃO DE SANGUE ____________________________ 61
4.1. Procedimentos prévios à doação de sangue _______________________________ 61
4.2. Procedimentos de orientação prévios à doação de sangue ____________________ 62
5. REGISTO _____________________________________________________________ 62
5.1. Tipos de registo ____________________________________________________ 62
5.2. Natureza dos registos de dadores de sangue _______________________________ 63
5.3. Ficha de dadores de sangue ___________________________________________ 63
6. TÉCNICAS DE REGISTO DOS DADORES DE SANGUE _____________________ 64
6.1. Formulários de consentimento do dador de sangue _________________________ 65
6.2. Informações sobre doação ____________________________________________ 65
6.3. Cuidados antes da doação _____________________________________________ 66
6.4. Cuidados durante a doação ____________________________________________ 66
6.5. Cuidados pós doação ________________________________________________ 66
6.6. Exclusão de dadores _________________________________________________ 67
6.7. Consulta médica (História Clínica) _____________________________________ 68
6.8. Monitoria da selecção dos dadores ______________________________________ 68
7. CONFIDENCIALIDADE ________________________________________________ 69
7.1. Factores de risco para a transfusão ______________________________________ 69
7.2. Aspectos essências para a retenção dos dadores ___________________________ 70
7.3. Referenciamento do dador de sangue ____________________________________ 71
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OBJECTIVO GERAL
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
INTRODUÇÃO
Os locais com candidatos de baixo risco são aqueles onde é encontrada a baixa prevalência de
infecções transmissíveis por transfusão. Segundo os dados do MISAU- PNTS, as escolas fazem
parte destes locais, com a população de dadores de sangue que são na sua maioria jovens. Os
locais de colheita de sangue podem ser classificados: em locais fixos ou postos de colheita fixo
e ou postos de colheita móveis. Os Bancos de sangue que trabalham mais com dadores de
reposição colhem mais em postos de colheita fixos. Estes serviços atraem mais dadores de
sangue por encontrarem-se bem situados sendo mais fácil desenvolver um painel de dadores de
sangue voluntários.
1.1. Palestras
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Todo o candidato à doação de sangue deve ter um registo no serviço de banco de sangue e
sempre que ele volta para doação o seu registo deve ser actualizado. Podendo ser impresso ou
ficar em arquivo electrónico.
A doação de sangue é um acto voluntário não remunerado que envolve princípios médicos e
éticos de modo a proteger a saúde quer do dador assim como do receptor. Para garantir a
qualidade e a segurança transfusional de sangue, todas as etapas, desde a identificação,
selecção criteriosa dos dadores de sangue até à administração dos componentes sanguíneos,
devem ser executadas de acordo com os critérios de qualidade aceites internacionalmente pela
Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB) e Organização Mundial de Saúde
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Existem três documentos de suporte legal, que regulam os serviços de sangue a saber:
- Resolução WHA 28.72 da OMS de 1975 que recomenda a criação dos Serviços
Nacionais de Sangue.
- Resolução AFR/RC44/R12 da OMS -Afro de 1994 que renova o apelo aos estados
membros.
Os dadores com problemas clínicos ou analíticos devem ser encaminhados ou referidos para
um profissional de saúde. A selecção criteriosa dos dadores de sangue e os testes analíticos
efectuados às unidades de sangue colhidas devem garantir a máxima segurança dos
componentes sanguíneos.
Os critérios fiscos para aceitação de dadores incluem: a idade, o peso, a tensão arterial, o pulso
e também a hemoglobina.
Idade
- Os dadores devem ter idade compreendida entre 16 a 65 anos
- Os dadores esporádicos podem continuar a doar sangue após 65 anos mediante
autorização dada anualmente pelo médico responsável.
Peso
- O peso mínimo dos dadores é de 50kgs.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Tensão arterial
- A pressão arterial sistólica deve ser superior a 180mm de mercúrio e a diastólica não
deve ser superior a 100 mm de mercúrio.
Pulso
- Pulso deve ser regular e estar entre 50 e 110 batimentos por minuto. Os candidatos
sujeitos a treino desportivo intenso e que tenham uma frequência cardíaca inferior
a 50 batimentos por minuto podem ser aceitáveis.
Hemoglobina
- A concentração de HgB deve ser determinada no momento da doação, não devendo
ser inferior a 12.5 g/ 100 ml, relativamente as mulheres e a 13.5 g/ 100 ml aos
homens.
3. DADORES
Dador - aquele indivíduo que doa ou dá o seu sangue para transfusões (Eder, 2008). O processo
de identificação de dador é extremamente importante dado que este fornece: garantia,
segurança e qualidade transfusional e a sua informação permite recordar futuras doações, e
investigações, isto é, rastreabilidade. Para promover a doação e obter dadores voluntários de
baixo risco as campanhas de dadores precisam de ser elaboradas com acções que incentivam a
promoção de saúde, estilos de vida saudáveis e educação sexual. Esta acção visa ter resultados
fiáveis que permitem reduzir o número de bolsas descartadas devido a presença de marcadores
sorológicos para doenças transmissíveis pelo sangue.
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b) Familiares ou de reposição: Aqueles que doam o seu sangue quando solicitados por um
membro da sua família ou da sua comunidade para atender as necessidades de um paciente.
c) Autológos: Aqueles que doam sangue para posteriormente servir a eles próprios.
EXEMPLO
Colher antes de uma cirurgia o sangue do paciente que vai ser operado.
I. Vantagens
- O sangue colhido fica armazenado na geleira até a véspera da operação no hospital onde
será feita a cirurgia.
- Com a doação autóloga, o paciente vai receber seu próprio sangue. Com isso não corre o
risco de uma eventual contaminação numa transfusão.
- A libertação das bolsas de sangue somente é feita para o respectivo dador e hospital onde
será realizada a cirurgia.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
II. Desvantagens
- Doam sob stress devido a doença ou situação que se encontra o seu familiar.
- Há pressão sobre os membros da família em doarem, mesmo que seja inadequado para
este fim.
- Apesar de doarem o seu sangue, estes fazem parte de dadores de comportamento de
risco.
- A doacção de sangue pode ser prejudicial para este tipo de dador pelo facto de
encontrar-se sem critérios para doação e ocultação durante a triagem.
b) Dadores Remuneráveis
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
São usados já na sala de inquérito, isto é, perante o dador aparentemente saudável após uma
conversa e avaliação de sinais vitais. Se não tiver indicação de ter-se envolvido com pessoas
com comportamentos de risco, passa-se para a próxima etapa do processo de selecção que é a
levantar sua história médica. Nesta etapa um membro da equipa responsável pelo inquérito fará
perguntas ao dador a respeito da sua saúde. Sendo importante para a tomada de decisão para
doação. O que ajuda o dador à:
- Fornecer as informações necessárias para a decisão (se aceita-se ou não o dador
temporariamente ou se exclui-se permanentemente).
- Fornecer um registo permanente do estado de saúde do dador.
- Permite que a equipa avalie qualquer tipo de rejeição, temporária ou permanente.
(temporária exemplo: dador vacinado recentemente, ou estava a medicar).
- Permite que a equipaequipa impeça a doação do dador que compareceu, quando foi
previamente excluído ex: por causa da sua história médica ou comportamento de risco.
- Permite examinar as razões para as rejeições temporárias ou permanentes, permitindo
ao serviço monitorar a eficiência da sua educação sobre auto-exclusão ou auto-rejeição.
- Pode ser usado para proteger o serviço se o dador tiver um dano inesperado ou efeitos
colaterais pelo qual o serviço possa ser responsabilizado.
5. REGISTO
Para efeitos de selecção dos dadores de sangue, os bancos de sangue usam formulários e livros
de entrada de dadores. Os registos dos dadores contêm informações sobre os dadores, incluindo
detalhes pessoais, história médica, resultados de exames laboratoriais.
EXEMPLO
Ficha do dador, ficha de inquérito, livro de entrada do dador e formulário de
análise de colheita.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
O consentimento tem informações sobre os dadores, estes não devem ser revelados para outras
pessoas, tais como: familiares, colegas empregadas sem consentimento escrito do dador.
- Dados pessoais
- Consentimento informado por escrito
- História médica
- Registo das condições básicas de sua saúde
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
- Evita que a equipa dos técnicos de saúde dos serviços do banco de sangue que atendem ao
dador não esqueça de fazer perguntas importantes.
- Rememora à equipa dos técnicos de saúde dos serviços do banco de sangue que atendem o
dador para observar os sinais clínicos de doença, enquanto escuta o que o dador tem a dizer.
- Faz com que seja fácil para a equipaequipa dos técnicos de saúde do serviço de
atendimento do dador, possam rejeitar temporariamente ou permanentemente, pós todas as
informações relevantes são apresentadas em formato padrão.
Várias técnicas podem ser utilizadas nos bancos de sangue para o registo do dador como
mostra a figura 1 (nas imagens 1 e 2). Estas técnicas obedecem a natureza do tipo de dador de
sangue, a qualificação do respectivo serviço e os meios técnicos que possui. Sendo assim,
pode-se encontrar técnicas de registo como: o uso livros dos dadores (sistema manual) e
computador (automático).
As técnicas de registo dos candidatos a dadores de sangue usam fichas, livros padronizadas
previamente elaboradas. Nas técnicas de registo aos dadores de sangue são usados fichas de
dadores para voluntários e repositores.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
A doação de sangue é um acto que carrega consigo valores, de salvar vidas. Os dadores de
sangue sempre assumem que estão de boa saúde e não não consideram a possibilidade de terem
problemas que lhes impeça de doar, sendo por isso necessário que se obtenha as seguintes
informações precisas sobre a doação:
Pré doação: Na fase pré doação os dadores recebem informações a respeito do processo e
procedimentos, a fim de identificar a sua conveniência como dador, e de se auto excluirem ou
auto rejeitarem, caso considerem-se inadequados para a doação.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Pós doação: Na fase pós doação, os dadores recebem informações de procedimentos que
deverão seguir para evitar que corram algum problema de saúde. Ex: não praticar desporto no
dia da doação, caso seja atleta, não carregar pesos. Os profissionais de saúde dos serviços do
banco de sangue devem recordar-se sempre de agradecer aos dadores pela boa vontade de
terem doado o seu sangue para salvar vidas.
Segurança do dador: Tanto na fase pré doação assim como na pós doação é necessário que
sejam observados medidas ou cuidados que possam proteger o dador nas diferentes etapas:
antes da doação, durante a doação e depois da doação.
O dador de sangue deve ser explicado sobre os seguintes aspectos aquando da doação de
sangue:
- Os procedimentos ao serem realizados durante a colheita de sangue.
- Ter dormido durante as últimas 24 horas e ter ingerido álcool nas últimas 24 horas.
- Não ter ingerido um alimento pesado.
- Ter passado uma refeição na noite anterior à deslocação ao banco de sangue
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
A rejeição temporária ou permanente dos dadores para doar sangue pode gerar ansiedade nos
mesmos.
Existem 6 fases que deverão ser seguidas quando não for possível aceitar o dador.
1. Explicar de maneira clara e gentil o motivo da sua rejeição, que podem ser os seguintes:
- Ao doar sangue, pode colocar a sua saúde em risco (ex: se tiver com anemia).
- O sangue doado pode ser perigoso para o receptor, por causa das condições clínicas do
dador, ou por causa do possível risco de agentes infecciosos no sangue doado (ex:
dador que diz ter tido contacto sexual sem protecção com alguém de risco).
2. Tranquilizar o candidato a dador de sangue, pois, o facto de não ser elegível pode coloca-
lo em pânico, achando que a sua condição clínica é má.
3. Explicar se a rejeição é temporária ou permanente.
4. Dar informações a respeito do local onde pode obter mais conselhos ou ajuda se
necessário.
5. Quando necessário, encaminha-lo à especialistas médicos ou psicológicos, afim de ser
seguido.
6. Sempre que possível, acompanhe-o você mesmo, a fim de assegura-lo que terá a
oportunidade de abordar qualquer tema que o inquieta.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
a) Exclusão temporária
EXEMPLO
Gravidez, aborto e prática de desporto perigoso.
EXEMPLO
HIV, HBV, HCV, Epilepsia
A Figura 3 mostra o momento da recolha de dados sobre a história clínica, incluindo todas as
características comportamentais que podem contribuir para identificar e excluir pessoas cuja
doação apresente riscos para a sua própria saúde ou de outrém. Neste momento, devem ser
recolhidos dados através do questionário que obedece os critérios recomendados.
As metas estabelecidas para o programa da selecção de dadores são geralmente muito ligadas
as metas para as campanhas de educação, motivação e recrutamento de dadores como se
seguem:
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
7. CONFIDENCIALIDADE
Durante o acto de avaliação de sinais vitais, é importante, explicar ao dador sobre os factores
de risco associados à transfusão, caso o dador seja de risco. Para a melhor percepção, o técnico
deve explicar os seguintes aspectos:
O que é comportamento de risco.
O que deve ser evitado para não se colocar em risco a unidade doada.
No acto da triagem do dador, é necessário que este seja sensibilizado para a não doação,
caso saiba que faz parte de algum grupo de alto risco como:
o Usuário de drogas injectáveis,
o Trabalhadora de sexo,
o Homossexual,
o Tenha mantido sexo desprotegido com pessoa que não é parceiro sexual.
O profissional de saúde, nunca deve auto-assumir que o dador não precisa de explicações sobre
os riscos, por causa do elevado nível académico que este apresenta. Todos os prováveis dadores
independentemente do nível académico devem ser informados que ao fazerem a doação
equanto têem comportamento de risco estarão colocando em risco a pessoa que irá receber o
seu sangue. Pois, mesmo que o resultado seja negativo este poderá estar no período de janela.
Os dadores de sangue devem ser conscientizados que o acto de doação não visa prejudicar mas
sim salvar vidas. Figura 4.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
No processo de selecção e recrutamento dos dadores de sangue, não basta somente ter números
elevados de novos dadores, é importante que sejam garantir estratégias para a retenção de
dadores voluntários, não remunerados e dispostos a doarem sangue com frequência por forma a
garantir um estoque de sangue seguro.
É necessária a observância de algumas normas para que os dadores se sintam sempre
motivados em voltar após cada doação. Contudo, é preciso ter em mente os seguintes aspectos:
Deve-se identificar dadores de baixo risco e providenciar incentivos para os de
reposição ou familiares.
Sensibilizar os dadores de modo que eles próprios reconheçam que não podem doar
sangue quando tiverem algum problema de saúde.
Promover campanhas de educação e motivação para incentivar as pessoas a perceberem
que quando doam sangue estão ajudando a comunidade, e não precisam de algo em
troca.
Proporcionar padrões de cuidados aos dadores a fim de incentiva-los a doarem sangue.
Manter registos precisos e acompanhar os dadores que deixam de aparecer, da mesma
forma, procurar saber os motivos da não comparência, e consequentemente empreender
acções para incentiva-los a retornarem.
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2017 70
Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Os dadores de sangue são os clientes, são os fabricantes do precioso líquido, pois, sem eles não
haverá sangue nos bancos de sangue, consequentemente, os pacientes podem correr risco de
perder a vida por falta do mesmo.
Os serviços dos bancos de sangue jogam uma extrema responsabilidade no processo de colheita
e conservacao de sangue seguro, visto que, apesar das pessoas que procuram o banco de sangue
se auto-assumam como saudáveis, alguns precisam seguimento meédico. Em Moçambique os
bancos de sangue ainda não possuem pessoal suficiente para cuidar de todos casos de
inaptidão, quer por resultados reactivos, quer por sinais e sintomas que os dadores as vezes
apresentam.
Sendo assim, os dadores inaptos por falta de observação dos critérios de elegibilidade na
avaliação dos sinais vitais, devem ser referidos à um profissional de saúde (unidade sanitária)
para melhor seguimento. Neste caso, o banco de sangue apenas irá providenciar orientações
básicas. Em casos de inaptidão devido aos resultados laboratoriais (HIV, HBV e HCV), os
candidatos a dadores devem ser referidos à consulta de TARV, os com com resultado de RPR
positivo também devem ser referidos para as consultas de Infecões de Transmissão Sexual
(ITS).
Contudo, é necessário garantir o seguimento aos dadores de sangue pois estes serviram durante
muito tempo a salvar vidas.
RESUMO
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2017 71
Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
e seguimento. O sigilo profissional deverá ser mantido em todos processos e etapas durante a
selecção do dador. Os dadores deverão ser explicados sobre os cuidados a terem antes e após
doação de sangue. Os dadores que doam em troca de algo não podem fazer parte do banco de
sangue.
ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 1
Duração 2h
Objectivos
- Identificar os possíveis dadores de sangue de acordo com os critérios de elegibilidade
para obtenção de sangue seguro.
- Identificar o material usado no acto de doação de sangue
- Listar os equipamentos usados para doação e colheita de sangue
- Descrever os principais cuidados para doação de sangue
Conteúdos de referência
- Material, equipamento usado no banco de sangue para doação e colheita de sangue
- Cuidados a ter na doação de sangue
- Importância da doação de sangue
Desenvolvimento da actividade por parte do estudante
A turma organiza-se em grupos de 6
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Critérios de avaliação
- Organiza o material: materiais de registo, formulários utilizados para a doação de
sangue.
- Faz a avaliação dos registos e formulários de aceitação e rejeição de dadores.
- Explica os passos a serem seguidos na selecção de dadores.
- Verifica a aplicação das medidas de biossegurança.
- Verifica a referência dos dadores.
- Mantém sempre a ordem e a limpeza de seu lugar de trabalho.
CASO PRÁTICO
Caso prático
Título: Pré triagem
Elaborar proposta de encaminhamento de dadores
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Descrição
Planificação da situação
O um dador de sangue de 28 anos de sexo masculino que doa há mais de 5 anos, dirigiu-se ao
banco de sangue para efectuar a doação, após todas avaliações vitais e histórico clínico, o
profissional de saúde obteve os seguintes resultados:
- HgB: 10.5g/dl.
- TA: 120/70mmHg.
- Peso 50 kg, pulso normal.
Actividades que devem ser desenvolvidas pelos grupos de 4 estudantes
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Bibliografia
1. Anomeliyaka, S.M. (2015). A doação de Sangue em Moçambique. 1ª Edição, Maputo -
Moçambique. AABB. (1999). Standards for Blood Banks and Transfusion Services.
19th edition.
2. AABB. (1999). Technical Manual – American Association of Blood Banks, 13th edition.
3. Assane A. A. (S/ a.e). Guião orientador na Indicação de Hemocomponentes. DNAM-
Programa Nacional de Transfusão de Sangue.
4. Eder F. (2008). Technical Manual. Blood Donation and Collection. 16 th edition, AABB
5. Gamma R, Erb B, Neuenschwander M, Pulver, Langa J, Wolff A. (1997). Manual de
Imunohematologia. Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo. PNTS- MISAU.
6. Genovez G, (Coord) (2010). Guia prática para o uso de Hemocomponentes. (1ª edição).
SP. Brasil.
7. Manual de Orientações para Promoção da Doação Voluntária de Sangue, 1ª edição
Brasília, 2015.
8. OMS (WHO/GPA/CNP/93.2B). Sangue e Produtos Sanguíneos Seguro. Doação Segura
de Sangue. Módulo.1. Genebra.
9. Roback J, Combs M, Grossman B, Hillyer C. Technical Manual. 16 th edition, AABB.
10. Sakuma A, Ottoboni M, Sierra P, (Coord) (2011). Manual para Controlo de Qualidade
de Sangue Total e Hemocomponentes. (1ª edição). Brasil.
11. Samo Gudo, J. (2001). Normas sobre a Prática Clínica Transfusional em Moçambique.
Ministério de Saúde. DNS - PNTS.
SITES CONSULTADOS
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nguíneos%2c+processamento
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mazenamento+de+comonentes+sanguíneos
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E+CONTROLO+DE+QUALIDADE+NO+BANCO+DE+SANGUE+E+HEMOTERAP
IA
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A55E5B282C99&ind=2015122906&n=781c55da&st=bar&searchfor=PROCESSO+DE
+IDENTIFICA%c3%87%c3%83O+E+SELEC%c3%87%c3%83O+DE+DADORES+E
+DOA%c3%87%c3%83O+DE+SANGUE+
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UNIDADE DIDÁCTICA 3
PRODUÇÃO DE HEMOCOMPONENTES
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ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
Obter componentes e derivados de sangue de acordo com as normas estabelecidas e/ou POPs
para uso hospitalar.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
INTRODUÇÃO
O uso de sangue e seus componentes é uma prática cara, que necessita e utiliza tecnologias de
ponta e recursos humanos altamente especializados, e tem seu fornecimento diretamente
relacionado à doação voluntária. Tais particularidades, tornam indispensável a racionalização
na utilização dos componentes, considerando sempre a segurança do dador, do receptor e a
disponibilidade de acesso. Nesta unidade o estudante terá a oportunidade de lidar com
diferentes métodos de obtenção de componentes ou hemocomponentes usados nos bancos de
sangue, bem como as normas estabelecidas para sua produção, conservação, tipos de
equipamentos, cuidados a ter, visto que, o não respeito das normas para a produção dos
componentes pode colocar em risco a vida do paciente, que irá receber produtos de baixa
qualidade, como também o risco para o técnico caso não conheça o funcionamento correcto do
equipamento.
Hemácias: São conhecidas como glóbulos vermelhos que apresentam um alto teor de
hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro.
Plasma: É a parte líquida do sangue, de coloração amarela palha, composto por água (90%),
proteínas e sais. Através dele circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas
necessárias à vida das células. Essas substâncias são: proteínas, enzimas, harmónios, factores
de coagulação, imunoglobulina e albumina. O plasma representa aproximadamente 55% do
volume de sangue circulante.
Plaquetas: São pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea
agindo nos sangramentos (hemorragias).
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a) Plasmaferese,
b) Plaquetaferese
c) Aférese de células vermelhas.
Normas dos bancos de sangue: São requisitos estabelecidos pela Associação Americana dos
Bancos de Sangue (AABB) e por outros paises a nivel internacional para melhorar a segurança
e eficácia de colheita, processamento dos componentes e a transfusão de sangue.
Os dados podem ser: dados pessoais, ex: nome, morada, idade, sexo, proveniência,
naturalidade, residência), e imunohematológicos ex: grupo sanguíneo sistema ABO e Rh,
anticorpos irregulares).
Toda a documentação e outras notas no registo devem ser: exactas, legível, indeléveis que
possam identificar cada pessoa que participa no processo.
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ATENÇÃO Os dados são registos médicos legais e permanentes. Nunca devem ser
rasurados nem corrigidos.
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Para a obtenção de cada tipo componente sanguíneo é necessário ter em conta as temperaturas
no qual estes serão armazenados. Os componentes como, concentrados de hemácias,
concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado são obtidos a partir de uma centrifugação
(AABB,1999), usando um aparelho refrigerado com temperaturas ajustadas de 22ºC. No fim da
produção, cada componente é armazenado em temperaturas recomendadas segundo os
procedimentos operacionais padronizados (PoPs).
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colhido em solução CPDA-1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e
adenina) tem validade de 35 dias a partir da data de colheita e de 21 dias quando colhido em
ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextrose), CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de
sódio, dextrose), CP2D (citrato, fosfato e dextrose-dextrose) e 42, quando colhidos com SAG-
M (soro fisiológico, adenina, glicose e manitol) (MISAU-PNTS, 1997).
3.4. Propriedades
O sangue total mantém suas propriedades por um período de tempo limitado. Actualmente
existem poucas indicações de transfusão de sangue total, porém o ST, não necessita de
processamento para a transfusão. O mesmo deve estar armazenado em condições proprias. A
figura 3 indica as duas diferentes formas de repousar o sangue.
Figura 3: Sangue total em repouso (1), Bolsas em repouso em placas de butanodiol (2).
Fonte: Sakuma A, (Coord) (2001). Manual para Controlo de Qualidade de Sangue Total e
Hemocomponentes. (1ª edição).
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Sacos
- Alguns sistemas de colheita, saco satélite pode conter uma solução aditiva especial a ser
acrescentada as células vermelhas depois do plasma ter sido removido.
- Aqueles usados para a colheita de sangue, com a bolsa principal de 500mL, volumes
entre 63 - 70mL de
anticoagulante, com um
seguimento que na parte
terminal possui uma agulha.
Conforme apresentado na
figura 4.
Sacos de transferência
ATENÇÃO Antes de o sangue ser colhido, o sistema de colheita de sangue deve ser
inspecionado procurando: líquido na superfície do saco, manchas ou
descoloração da etiqueta, orifícios, selos defeituosos e ligações com fugas.
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Obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior
parte do plasma. O seu volume varia entre 225mL - 350mL. Assim como o ST, o concentrado
de hemácias deve ser mantido entre 2°C e 6°C e sua validade varia entre 35 e 42 dias,
dependendo da solução conservadora. Os CH podem ser desleucócitados com a utilização de
filtros para leucócitos ou desplamatizados pela técnica de lavagem com solução salina
fisiológica preferencialmente em sistema fechado.
Obtido a partir de uma unidade individual de sangue total (sacos triplos) ou por aférese, colhido
de dador único. Cada unidade de CP unitário contém volume de 40 - 70mL de plasma, as
unidades por aférese contém 200 - 300mL de plasma (correspondente de 6 à 8 unidades de CP
unitários).
Para o CP, dois métodos diferentes são utilizados para a sua obtenção pela centrifugação de
sangue total.
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- Para o método de bolsas top and bottom, o sangue total é submetido à centrifugação,
visando à separação da camada leucoplaquetária. O plasma sobrenadante é transferido
para uma bolsa-satélite, pela saída superior (top) da bolsa e o concentrado de hemácias
é extraído pela saída inferior (bottom) da bolsa. A camada leucoplaquetária permanece
na bolsa original.
Consiste na porção acelular do sangue obtida por centrifugação a partir de uma unidade de
sangue total e transferência em circuito fechado para uma bolsa satélite. Pode ser obtido
também a partir do processamento em equipamentos automáticos de aférese, é completamente
congelado até 8 horas após a colheita e mantido entre 18°C a 25°C negativos. Quando
armazenado a estas temperaturas a sua validade é de 12 meses. Se congelado a temperaturas
inferiores a 18°C negativos sua validade é de 24 meses.
A unidade de plasma deve apresentar volume superior a 180mL, quando utilizado para fins
transfusionais, não devem conter anticorpos eritrocitários irregulares de importância clínica
(MISAU-PNTS, 1997). O congelamento permite a preservação dos factores da coagulação,
fibrinólise e complemento, além de albumina, globulinas, outras proteínas e sais minerais, e
mantém constantes suas propriedades.
Componente a partir do qual foi retirado, em sistema fechado, o crioprecipitado. Deve ser
armazenado à temperatura mínima, 18°C negativos, sendo, porém, recomendada a temperatura
igual ou inferior a 25°C negativos, sua validade é a mesma do PFC e seu volume aproximado
de 150mL - 200mL.
Componente separado do sangue total por centrifugação entre 8 e 24 horas após a colheita e
congelado completamente, no máximo em uma hora, atingindo temperaturas inferiores a 30°C
negativos. A temperatura de armazenamento recomendada 25°C negativos, sua validade é a
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mesma do PFC e seu volume aproximado de 200 à 250mL. O plasma apresenta uma redução
variável de alguns factores da coagulação em relação ao PFC, principalmente factores V e VIII.
Uma fonte concentrada de algumas proteínas plasmáticas que são insolúveis à temperatura de
1°C a 6°C. É preparado descongelando-se uma unidade de plasma fresco congelado à
temperatura de 1°C a 6°C (Sakuma, 2011). Depois de descongelado, o plasma sobrenadante é
removido deixando-se na bolsa a proteína precipitada e 10-15mL deste plasma. Este material
deve ser recongelado no período de 1 hora e tem validade de 1 ano.
Componentes obtidos por aférese de único dador, por meio de máquinas separadoras de
células, de fluxo contínuo ou descontínuo, cujo rendimento de colheita pode ser melhorado
pela utilização de dadores estimulados com a administração de factor estimulador de colônias
de granulócitos (G-CSF) e corticosteróides. Cada concentrado deve conter um volume final
inferior a 500ml, (geralmente 200-300ml) incluindo anticoagulante, plasma e também resíduo
do agente hemossedimentante utilizado no procedimento de colheita. Como a função dos
granulócitos se deteriora mesmo durante curto armazenamento, os CG devem ser transfundidos
assim que possível após a colheita, seu armazenamento deve ser em temperatura entre 20°C e
24°C, em repouso no máximo 24 horas. Para transporte deste hemocomponente, recomenda-se
o uso de recipientes próprios, com produto refrigerante comercial que assegure a manutenção
desta temperatura. A tabela 1, mostra a temperaturas de armazenamento de componentes.
Temperatura de
Componente Formas de obtenção Características físicas
armazenamento
Centrifugação do
Concentrado sangue total (ST), Eritrócitos e pequena
2°C a 6°C.
de hemácias removendo-se o quantidade de plasma. Volume
(CH) plasma da massa aproximado: 225 à 350 ml.
eritrocitária da bolsa.
Centrifugação de uma
CP obtida de ST:Volume
Concentrado unidade de sangue 22 ± 2°C, sob
aproximado 40ml à 70ml CP.
de plaquetas total ou por aférese de agitação
Por aférese:Volume
(CP). dador único. constante.
aproximado: 200ml a 300ml.
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Centrifugação do
Plasma sangue total e Rico em factores de coagulação
fresco congelado (V, VII e IX) e fibrinogênio: 18°C à 25°C
congelado completamente até 8 Volume aproximado:> 180ml. negativos.
(PFC). horas depois da
colheita do sangue.
Depletado de FVIII,
Plasma
fibrinogênio e multímeros de
isento do Plasma do qual foi
alto peso molecular de Fator de
crioprecipita retirado, em sistema 18°C à 25°C
von Willebrand, com
do (PIC).* fechado, o negativos.
metaloproteínase responsável
crioprecipitado
por sua metabolização.
Volume: 150ml a 200ml.
Plasma separado a
partir de 1 unidade de
Plasma de
sangue total por
24 horas
centrifugação, entre
(P24). Apresenta redução variável de
8h e 24 horas após a
18°C factores V e VIII, em relação ao
colheita, e congelado
negativos. PFC. Volume aproximado: 18°C à 25°C
completamente, no
Recomendad 200ml à 250ml. negativos.
máximo em uma hora,
a 25°C
atingindo
negativos ou
temperaturas iguais ou
inferio
inferiores à 30°C
negativos.
Glicoproteínas de alto peso
Fração de plasma molecular como de Fator VIII,
Crioprecipit
insolúvel em frio, Fator VIII:vWF (Fator von
ado 18° a 25°C
obtida a partir do Willebrand), fibrinogênio, Fator
(CRIO).* negativos.
PFC. XIII e fibronectina. Volume
aproximado: 15ml.
Deve conter granulócitos.
Concentrado Contém outros leucócitos,
de Aférese de dador plaquetas e cerca de 20ml à
granulócitos único. 50ml de hemácias. Volume 20°C à 24°C,
(CG). * aproximado: 220ml. Em
repouso no máximo 24 horas.
*Componentes não disponiveis nos bancos de sangue de Mocambique actualmente.
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Um corpo está em equilíbrio quando a resultante das forças que nele atua for nula. O peso é
uma grandeza vectorial, apresentando intensidade, direcção e sentido. A direcção é a linha que
passa pelos centros do objecto e do corpo massivo, e o sentido é o que aponta para o centro de
massa do corpo responsável pela atracção.
G = F/m = GM/R2
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
por minuto - RPM) e à distância entre o centro para fora (Fuga do centro da circunferência
osciladora a circunferência que tangencia a curva num dado ponto). A Tabela 3, ilustra os
programas para centrifugação.
Fórmula (2)
A centrifugação é um processo de
separação em que uma amostra fluida é
submetida a um aparelho centrifugador
ou centrífuga a fim de se promover a
separação dos componentes via
sedimentação dos líquidos imiscíveis de
diferentes densidades. A produção de
componentes, inicia com a rótulagem dos
sacos (número de saco e do dador),
colheita, a identificação do sistema ABO
e Rh nas fichas dos dadores, a pesagem
das bolsas de sangue dois a dois usando uma balança digital para garantir equilíbrio dinâmicos.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
1. É preciso ter em conta que deve-se processar apenas as unidades de sangue total
(ST) que tenham sido colhidas há mais de 4 (quatro) horas e conservadas entre 20º
C e 24º C (em condições controladas) durante este período.
Ligar o equipamento
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
5. Utilizar um extrator de plasma transferir o PRP para o saco satelite vazio e clampar a
tubuladura, deixando no saco primário cerca de 2 dedos de altura de plasma.
6. Selar a tubuladura que sai do saco primário para saco satélite (deixar cumprimento
suficiente para obtenção de amostra para controlo de qualidade do CH).
LEMBRA-TE - Sempre que for manusear os produtos deverá usar EPI e EPC
- Certificar sempre que os componentes estão identificados
correctamente
- Não deve abrir a centrífuga antes de parar.
- Não coloque na centrífuga sangue sem pesar
- No fim garantir que os componentes foram armazenados
correctamente segundo as normas estabelecidas.
Método PRP (Centrifugação do ST para obtenção de CP e PPP).
1. Pesar e arrumar as unidades de PRP nos copos da centrífuga de acordo com o método
estabelecido como adequado (evite deixar tubulações salientes além do limite superior
dos copos.
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7. Selar a tubuladura entre os sacos (Deve deixar cumprimento suficiente para obtenção de
amostra para controlo de qualidade do CP e do PPP).
8. Colocar os CP numa bancada com rótulos voltados para baixo e deixar repousar 1 hora.
Ligado o equipamento
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7. Selar a tubuladura entre os sacos (Deve deixar cumprimento suficiente para obtenção de
amostra para controlo de qualidade do CH e do PPP.
O peso dos componentes pode ser obtido, usando as equações 3 e 4. Seguindo os passos
seguintes:
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9. AVALIAÇÃO
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OMS (Baixo peso, PFC, CP com eritrocitos, bolsa sem identificação, má conservação). Como
ilustra a figura 8.
A validação é o acto documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, actividade,
método analítico ou sistema esteja realmente conduzindo aos resultados esperados e atende às
especificações e aos atributos de qualidade pré- determinados, permite identificar e corrigir
problemas antes que os mesmos comprometam a segurança, a eficácia e a qualidade dos
produtos ou serviços. Compreende a qualificação dos equipamentos e instalações, a calibração
dos instrumentos de medição e ensaios, a descrição do processo, protocolo e relatório de
validação/revalidação, procedimentos estabelecidos, treinamento dos operadores e
monitoramento do processo. Tabela 4.
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1% da
Relatório
produção ou
de
Produção Centrífugas 10 unidades
Validação
de CH, CP refrigerado Conform por mês (o
dos novos
, PRP, ras e que for
hemocomp
PPP, PFC Qualificaç Program maior, para Inspeção
onentes
e Crio ão antes a de CHs e CPs). visual a
Extratoras do uso Gestão 1% da cada
automática de produção ou etapa
s Equipam 4 unidades
entos por mês (o
que for
Seladoras
maior, para
Plasmas).
Conform
Qualificaç e
Câmara
Armazena ão antes Program Monitoramen
Fria e
mento de do uso e a de to automático
refrigerado
Hemocom Qualificaç Gestão da
res e
ponentes ão térmica de temperatura
freezer
anual Equipam
entos
Fonte: Adaptado pelos Autores.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
A rotulagem de sangue e seus componentes, trás informação importante para o pessoal que
administra o sangue/ componente e também permite que a sua natureza seja conhecida. O
rótulo tem informações como: o tipo de componente, o grupo sanguíneo ABO/Rh, o volume,
data de colheita e de expiração, o número de saco de dador, assinatura do técnico que
processou e a unidade onde foi colhido.
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Não há como falar de gestão de reserva, quando não há reserva, daí que há necessidade de
definir. A reserva de sangue poder ser considerada como sangue doado com todos testes
negativos e pronto para uso, portanto, conservado para atender alguma enventualidade de
carácter urgente. Na gestão de reservas, os gestores de bancos de sangue devem conhecer a
quantidade de sangue que pode ser considerado de reserva segura e os grupos mais procurados.
O responsável pelo preenchimento das fichas de reserva deve diariamente fazer o levantamento
das unidades consumidas, e das que devem ser restituidas, não deixando de verificar as datas
validade. Esta activdade deve ser feita em coordenação com a direcção, o que irá ajudar a
definição de estratégias para a reposição ou garantia de reservas que permite o pleno
funcionamento. O plano de gestão de reservas de sangue deve ser feito todos os dias e enviado
ao director da instituição.
- Avaliar competências.
12. BIOSSEGURANÇA
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RESUMO
No método manual só obtém-se o plasma, não sendo possível obtenção de plaquetas. Para a
preparação de componentes devem ser respeitados vários factores. O equipamento que será
usado, conhecimento da técnica, as temperaturas da sua conservação, e a aplicação de medidas
de biossegurança. No método automático os componentes sanguíneos são obtidos a partir da
centrifugação do sangue total. As unidades antes do seu processamento são pesadas e após
fraccionamento rótuladas.
Durante a conservação das unidades dever-se-á respeitar a temperatura. Os componentes como
sangue total, concentrado de hemácias, devem ser conservadas a temperatura de 2 a 6º C. O
plasma fresco e o crioprecipitado deve ser armazenado a temperaturas 18º C negativo e o
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ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 1
Duração 2h
Objectivos
- Identificar os procedimentos e técnicas para obtenção de componentes e derivados de
sangue para uso hospitalar.
- Identificar o material para produção de componentes de sangue
- Listar os equipamentos usados para produção de componentes de sangue
- Descrever os PoPs para produção de componentes de sangue
Conteúdos de referência
- Procedimentos e técnicas para obtenção componentes e derivados de sangue para uso
hospitalar.
- Material usado para produção de componentes no banco de sangue.
- Equipamento usado para produção de componentes no banco de sangue.
- Importância da produção de componentes de sangue.
Desenvolvimento da actividade por parte do estudante
Dividir a turma em grupos de 5 (6 elementos cada).
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CASO PRÁTICO
Caso prático
Título Obtenção de Componentes de sangue a partir de Sangue total
Descrever como obter Componentes de sangue a partir de Sangue total
Descrição
Planeamento da situação
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
SITES CONSULTADOS
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7%c3%83O+DE+HEMOCOMPONENTES
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c+peso%2c+volume
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UNIDADE DIDÁCTICA 4
ANÁLISES IMUNO-HEMATOLÓGICAS
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
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INTRODUÇÃO
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– E por fim, no capítulo doze será para a abordagem dos benefícios clínicos e riscos da
transfusão de sangue e também sobre a gestão hospitalar de sangue preparado.
DEFINIÇÃO
Banco de sangue: é a empresa que presta serviços de hemoterapia e
imunohematologia. (MISAU-PNTS, 1997).
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reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias
que auxiliam no combate à infecção.
Hemólise: é uma destruição das hemácias (glóbulos vermelhos) por rompimento da membrana
plasmática, resultando na libertação de hemoglobina. (MISAU-PNTS, 1997).
Sensibilização de eritrócitos:
estimula a combinação dos antigénios
eritrocitários com os respectivos
anticorpos.
Reacção antigénio-anticorpo: a
molécula do anticorpo possui o
formato de um Y, sendo que nos
‘braços” do Y que encontram-se as
regiões variáveis, específicas para um
determinado antigénio, onde ocorre a
ligação entre eles. Conforme afigura
2.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
DEFINIÇÃO
Genes: são os factores que determinam a forma ou função de uma ou várias
características dos seres vivos.
A teoria para herança dos grupos sanguíneos ABO foi descrita inicialmente por Bernstein, em
1924, ele demonstrou que cada indivíduo herda um gene ABO de cada um dos pais e que esses
dois genes determinam os antigénios presentes na membrana das hemácias do indivíduo
herdado. Os grupos sanguíneos são determinados pelos antigénios expressos na superfície das
hemácias dos indivíduos. Estes antigénios são a expressão dos genes herdados da geração
anterior. Quando um antigénio está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de
um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. Os
Genes A e B são dominantes sobre o gene O, e o Fenótipo A pode, derivar tanto do Genótipo
AO, como o AA, da mesma forma, o Fenótipo B pode ser proveniente dos genótipos BO ou
BB. A tabela 1, mostra as possíveis combinações dos genes e os grupos sanguíneos resultantes.
Tabela 1: Combinações dos genes e os grupos sanguíneos resultantes
Genótipo Grupo sanguíneo (Fenótipo)
AA A
AO A
BB B
BO B
AB AB
OO O
O Sistema ABO foi o primeiro dos grupos sanguíneos descobertos (1900 - 1901) no início
do século XX, pelo cientista austríaco Karl Landsteiner. Fazendo reagir amostras de sangue de
diversas pessoas, ele isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações
entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em
alguns casos, e sua ausência em outros. Assim, Landsteiner classificou os seres humanos em
três grupos sanguíneos: A, B e O, e explicou porque algumas pessoas morriam depois de
transfusões de sangue e outras não. Landsteiner não previu o grupo AB, mais raro, o qual foi
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Os antigénios das hemácias que determinam os grupos sanguíneos são codificados pelos genes,
e a transmissão da informação genética, dá-se de acordo com a lei de hereditariedade do
Mendel.
EXEMPLO
AO x BB
Ꝗ A O
B AB BO
B AB BO
Fenótipo Grupo AB Grupo B
No sistema ABO, são encontrados dois tipos de antigénios na superfície das hemácias. Estes
são, os antigénios A e B.
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A determinação do grupo sanguíneo deste sistema é feita usando dois tipos de testes.
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a) Material e Reagentes
b) Preparação da Suspensão
a) Prova Directa
- Identificar os tubos de Hemólises com a designação A, B, e AB.
- Colocar 2 gotas de Soro Anti- A no tubo A.
- Colocar 2 gotas de Soro Anti- B no tubo B.
- Colocar 2 gotas de Soro Anti -A,B no tubo AB.
- Colocar 1 gota da suspensão em cada tubo acima indicado.
- Centrifugar a 1500 rpm por 30 segundos (Low).
- Verificar a ocorrência de aglutinação nos tubos.
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Grupos Sanguíneos A1 B O
A __ + __
B + __ __
AB __ __ __
O + + __
Fonte: MISAU-PNTS, 1997.
Em seguida abordar-se-á sobre o grupo A, onde serão descritas as características dos subgrupos
de A, bem como os subgrupos de B.
3. SUBGRUPOS DE ABO
a) Subgrupo de A
Em 1911 Von Dungern descreveu dois antigénios diferentes com base em reacções entre
hemácias do grupo A e os anti-soros anti-A e Anti-A1.(DENISE, 2006). As hemácias do grupo
A que reagem com Anti-A e Anti-A1 são classificadas como A1, enquanto que aquelas que
reagem com anti- A e não reagem com A1 são classificadas como A2.
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Características de subgrupos de A
Tabela 7: Características de subgrupos de A
A1 -
Tem Ags A1, e A
-
Aglutinação é muito forte, tem muitos Ags.
A2 -
Tem somente antigénio A, não tem Ag A1, aglutinação é menos forte que no A1.
A3 -
Tem somente Ags A, Tem menos Ags que o grupo A2, Aglutinação é mais fraca
do que A2.
AX - Tem muito pouco Ags, aglutinação é muito fraca.
AO - Tem muitíssimo pouco Ags, aglutinação encontra-se somente com anti. AB.
Fonte: Adaptado pelos Autores.
O gene B codifica para uma alfa-3-D galactosiltransferase, que transfere um acuçar galatose
para o antigénio H previamente formado. Esses Ags b são designados por B1, B2, B3 e B4 com
acréscimo da D-galactose à respectiva variante glicolipidíca.
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O grupo sanguíneo é hereditário e não muda num indivíduo até a sua morte. Mas determina-se
os grupos sanguíneos definitivos depois de 6 meses de idade.
Fenótipo Genótipo
A AA ou AO
A1 A10 ou A1A ou A1A2
B BB ou BO
O OO
Fonte: Adaptado pelos Autores.
ATENÇÃO - A determinação destes dois testes deve ser no mínimo duas vezes e se
possível com pessoas diferentes.
- Controlar bem os resultados antes de passar no cartão, para ver se
corresponde exactamente, evitando atribuir grupos falsos aos dadores e
receptores.
4.1. Isohemolisinas
DEFINIÇÃO
Isohemolisinas: são imuno - iso - anticorpos, a reacção no vidro e no vivo,
provoca uma lise dos eritrócitos. (OMS-PNTS, 1997).
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Química
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No início da decada 1940, Fisher e Race estavam estudando os antígenos encontrados nas
hemácias hunamas inclusive o Rh. Eles postularam que os antigénios do sistema eram
produzidos por três grupos de alelos com estreita relação entre eles. Fisher e Race
denominaram os antigénios do sistema de D, C, c, E, e e. Segundo a proposta dos cientistas
cada pessoa herda um grupo de genes Rh de cada progenitor, como os genes Rh são co-
dominantes, cada gene herdado expressa seu antigénio correspondente na hemácia.
A nomenclatura do Fisher e Race representa os cinco antígenos do sistema Rh, mas não atribuí
nomes a muitos dos antigénios Rh. Quando uma pessoa herda um gene D, as suas hemácias são
positivas quando analisadas com o anti-D e esta pessoa e caracterizada como RH Dpositivo.
Se uma pessoa herda um gene d de ambos os pais será (d/d) ou se não herda o gene D, as suas
hemácias serão negativas quando analisadas com o anti-D. Logo será RhDnegativo.
5.1. Antigénio D
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Segundo a terminologia Rh-Hr, este gene Rh produz pelo menos três factores dentro de um
aglutinógeno. O aglutinógeno pode ser considerado como expressão fenotipica do haplótipo.
Cada fator é um antígeno reconhecido por um anticorpo. A nomenclatura de Fisher e Race
pode ser transformada na nomenclatura de Wiener e vice – versa.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
O primeiro mecanismo resulta da herança dos genes que codificam uma menor expressão do
antigénio D. A transmissão desses genes pode ser traçada verticalmente de uma geração para
outra. O segundo mecanismo que resulta expressão fraca do antigénio D e descrito como um
efeito de posição ou efeito de interacção genética. O alelo que carrega o D é trans (haplótipo
oposto) ao alelo que carrega o C.
A determinação da expressão D em uma amostra de hemácias é vista como Rh0 (D) positivo se
o D estiver positivo em qualquer dos passos do teste, caso não deve-se fazer a prova de Du que
é a técnica de globulina anti-humana indirecta se ambos forem negativos Consider-se-a amostra
negativa.
Os grupos sanguíneos têm uma característica hereditária que se encontra, por aglutinação ou
lise, na superfície das células. Os sistemas dos eritrócitos conhecidos são os seguintes (Tabela
12).
Tabela 12: Sistemas dos eritrócitos conhecidos
Sistemas Antigénios
ABO A1,A,B
Rhesus C,D, e, c,e
Kell K,K,Kpa, Kpb,Isa,Isb
Lutheran Lu a, Lu b
Duffy Fy a, Fy b
Kidd Jk a JK b
Lewis Le a, Le b
MNS M,N,S,s
P P1,P2, pk, p
Xg Xga
I I,i
Yt Yt a, yt b
Diego Di a, di b
Dombrock Do a
Colton Co a, Co b
Fonte: MISAU-PNTS, 1997.
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LEMBRA-TE
Os sistemas mais importantes para a transfusão são ABO e RHESUS.
Há vários grupos sanguíneos herdados independentemente entre si. São conhecidos diversos
sistemas de grupo sanguíneos. Entre eles pode-se citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell,
Lewis, etc. O sistema ABO é o de maior importância na prática transfusional por ser o
mais antigênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos,
seguido pelo sistema Rh. Os antigénios deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos
do organismo. Fazem parte deste sistema três genes A, B e O podendo qualquer um dos três
ocupar o loco ABO em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema.
O fenotipo Bombay foi encontrado pela primeira vez por Bhende, em 1952, em Bombaim
(Bombay). Essas hemàcias são desprovidas dos antigénios ABH normais. As hemácias
Bombay não reagem com anti-A, anti-B, anti-H porém o soro contém anti- A, anti -B e anti-A
B e anti H ao contrário do anti-H encontrado ocasionalmente no soro A1 e em indivíduos A1B, O
anti- Bombay geralmente é potente reage a37˚C, anticorpo IgM que pode fixar complemento e
causar hemólise. Como o antigénio H é comum a todos os grupos sanguíneos ABO, o sangue
Bombay é incompatível com todos os dadores ABO. Na classificação directa de rotina, o
Bombay pode ser fenótipada como grupo sanguíneo O. No entanto as hemácias do fenótipo
Bombay (Oh) não reagem com lectina anti-H ao contrário com das hemácias dos indivíduos O
normais, reagem fortemente. A transfusão de sangue normal do grupo O com alta concentração
do antigénio H para receptor Bombay pode causar hemólise imediata peloanti-H no soro.
Pessoas do tipo Bombay devem receber sangue somente do mesmo tipo.
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por três fenótipos. grupo M, grupo N e grupo MN. Nesse caso, os grupos sanguíneos são
determinados por um par de alelos sem relação de dominância entre si.
Antigénio MN
Antigénio Ss
Os antigénios Ss estão localizados em uma glicoproteina menor, muito parecida com MN,
chama-se Ss-sialoglicoproteina (Ss-SGp) ou glicoforina B.
CURIOSIDADE
A letra L é empregada em homenagem a Landsteiner e Levine.
As heranças ABO e MN são independentes, pois os pares para esses caracteres estão
localizados em cromossomas não homólogos.
As discrepâncias ABO ocorrem quando as duas reacções positivas e as duas reacções negativas
esperadas não são observadas e geralmente são de natureza técnica, nomeadamente:
- Identificação inadequada das amostras de sangue, tubos de ensaio ou lâminas
- Suspensão celular muito concentrada ou muito diluída
- Erros de transcrição
- Troca das amostras
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Ocorrem entre as classificações directa e reversa por causa de anticorpos de reacção fraca ou
ausentes. Essas discerpâncias são mais comuns do que aquelas dos outros grupos, como é o
caso de:
- Recém-nascidos.
- Pacientes idosos.
- Pacientes com leucemias apresentando hipogamaglobulinemia.
- Pacientes com linfomas demostrando hipogamaglobulinemia.
- Pacientes utilizando drogas imunossupressoras que geram hipogamaglobulinemia,
agamaglobulinemia congênita, imunodeficiências, transplantes de medula óssea.
As discrepâncias do grupo II ocorrem entre as classificações directa e reversa por causa dos
antigénios de reacção fraca ou ausentes. Este tipo discrepâncias do grupo II é menos frequente
devido ao seguinte:
- Presença de subgrupos de A, leucemia pode gerar antigénios A ou B fracos.
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Estas ocorrem entre as classificações directa e reversa por causa de anomalia das proteínas ou
do plasma e resultam na formação rouleaux ou pseudo-aglutinação atribuível a:
- Níveis elevados de globulinas secundários a certos estados ptológicos, como mieloma
múltipla, níveis elevados de fibrinogênio.
Ocorrem entre as classificações directas e reversa por problemas de vária ordem, a saber:
- Poliaglutinação
- Anticorpos reactivos frios (alo e auto)
- Isoaglutininas ABO irregulares
- Anticorpos diferenters de ant-A e B podem reagir e formar complexos antigénio-
anticorpo
- Hemácias com fenótipo AB cis - ocorrências raras expressam um antigénio B fraco.
A poliaglutinação (hemácias aglutinando com todos os soros humanos) pode ocorrer como o
resultado de herança genética ou infecçãoVbacteriana.
8. ANTI-IMUNOGLOBOLINAS HUMANAS
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a) Teste no tubo
Material
- Suspensão do sangue do doente, lavado 3 ou 4 vezes.
- Soro de Coombs e 1 tubo.
Procedimento técnico
- Marcar um tubo com nome do doente.
- Por uma gota da suspensão do sangue do doente.
- Juntar duas gotas de soro de Coombs.
- Misturar bem
- Incubar 5 minutos em temperatura ambiente.
- Centrifugar.
- Observar, se for negativo.
- Fazer Cooms control.
Resultado
- Aglutinação e positiva
ATENÇÃO
A presença de aglutinação indica que as hemácias podem estar sensibilizadas
por anticorpos ou por componentes do complemento.
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Resultado
- Aglutinação é positivo.
ATENÇÃO
Alguns medicamentos podem levar a positividade do Coombs directo.
9. PROVAS DE COMPATIBILIDADE
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Nas crianças até aos 4 meses, a PAI pode ser realizada com soro ou plasma da mãe, No soro ou
plasma dos RN do grupo A, B ou AB, a pesquisa também tem que ser feita com eritrocitos
reagentes A1, e B com incubação a 37˚C.
10.REACÇÕES TRANSFUSIONAIS
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Dentro destes dois grupos de reacções pode-se encontrar as imunológicas (que são aquelas que
acontecem em resposta a entrada de um agente estranho no organismo) e as não-imunológicas
(que são aquelas que ocorrem devido ao erro humano ou então contaminação de produtos
sanguíneos por agentes infecciosos).
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A transfusão de sangue apresenta benefícios clínicos, pois o sangue em algum momento é uma
terapia para aliviar algum problema, caso concreto de anemia. Apesar disso pode em algum
momento acarretar alguns riscos, quando não for bem gerido os quais serão bordados a seguir.
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– Garantir uma correcta selecção de dador (de baixo risco), identificação correcta da bolsa
e amostras devidamente rotuladas.
– Fazer correctamente a colheita, tipagem sanguínea, testagem segura, armazenamento,
até chegar a administração ao paciente.
A gestão do sangue nos hospitais é uma tarefa muito importante, visto que, com uma boa
gestão pode-se evitar a roptura de stock, garantia de que o hospital disponha dos tipos de
sangue mais frequentes e ainda os mais raros.
Todos os técnicos de banco de sangue deveriam estar familiarizados com os procedimentos
rotineiros de gestão hospitalar de sangue.
Portanto, todo o sangue quando entra no banco de sangue é feita a conferência dos dados da
bolsa e a ficha do dador e, levado para o sector da tipagem para a determinação do grupo
sanguíneo em seguida passa para o sector da separação de componentes e armazenado em
geleiras de sangue não processado.
Após estas fases, o sangue é colocado em quarentena a espera dos resultados serológicos.
Portanto, os exames serológicos são importantes para fazer o despiste de doenças infecciosas
ou transmissíveis pelo sangue, dentre elas pode-se destacar a Sífilis, HIV1/2, hepatite B e C.
Depois deste procedimento, pode-se ter dois tipos de sangue, o sangue pronto para uso e o
sangue que será descartado. O sangue para uso deverá ser é armazenado conforme as suas
exigências:
– Plasma fresco congelado no frigorífico a-25˚C.
– Plaqueta a temperatura ambiente no agitador.
– Concentrado de glóbulos vermelhos na geleira a temperatura de 2 à 8˚C agrupado
conforme os grupos sanguíneo.
RESUMO
Neste tema de análises imuno-hematológicas serão abordados tópicos sobre todo o processo
que consiste em aplicar técnicas imuno-hemátologicas do banco de sangue de acordo com as
normas estabelecidas e/ ou POPs com vista a prevenir incompatibilidades. Para que isso
aconteça é necessário que serse saiba que o sistema de grupo sanguíneo ABO possui anticorpos
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de ocorrência natural que primeiro são IgMs, os genes ABO, como a maioria dos ourtos grupos
sanguíneos, são herdados de modo co-dominante.
Os antígenes ABH solúveis são secretados pelas células teciduais e são encontrados em todas
secrecões corporais.Os antígenes secretados dependem do grupo ABO do indivíduo.
A classificação sanguínea preconiza dois tipos directa e reversa, porêm na tipagem de sangue
de cordão umbilical em recém-nascidos e omitida a classificação reversa visto que a tutulação
dos seus anticorpos geralmente é muito baixa para a detenção.
Os antígenos das células ABO são glicolípidos, as substâncias secretadas ABO são
glicoproteínas, A L-Fucose é o açucar imunodominante responsável pela especificidade H.
Os indivíduos do grupo A contêm anti-B em seus soros, Os indivíduos do grupo B contêm anti-
A em seus soros, Os indivíduos do grupo A, B não contêm anti-A ou anti-B em seus soros. Os
indivíduos do grupo O contêm anti-A e anti-B em seus soros.
O teste de antiglobulina é usado para detectar hemácias sensibilizadas por aloanticorpos IgG,
auto-anticorpos IgG e /ou componentes do complemento.
As hemácias Bombay não reagem com anti-A, anti-B, anti-H porêm o soro contém anti- A, anti
-B e anti-A B e anti H ao contrário do anti-H encontrado ocasionalmente no soro A1 e em
indivíduos A1B, O anti- Bombay geralmente é potente reage a 37˚C no banho-maria, anticorpo
IgM que pode fixar complemento e causar hemólise. Pessoas do tipo Bombay devem receber
sangue somente do mesmo tipo.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
O teste de antiglobulina direta (TAD) detecta in vivo a sensibilização de hemácias por IgG e /
ou componentes do complemento. As condições clínicas que podem resultar num TAD
positivo incluem a doença hemolítica do recém-nascido, reacções hemolíticas transfusionais e
anemia hemolítica auto-imune e induzida por medicamentos.
O teste de antiglobulina indirecta (TAI) detecta in vitro a sensibilização de hemácias e pode ser
aplicado para teste compatibilidade, DU, em mães grávidas com RhD negativo.
Resultados positivos na prova cruzada podem ser causados por tipagem ABO incorrecta do
paciente ou do dador, alo anticorpos ou auto-anticorpos no paciente reagindo com o antígeno
correspondente nos eritócitos do dador doado. As reacções transfusionais variam desde
benignas até fatais, qualquer suspeita de reacção transfusional deve ser imediatamente avaliada.
Se ocorrer alguma morte em consequência de transfusão deve ser notificado. O primeiro sinal
de reacção transfusional, deve-se interromper a transfusão. Transfusões podem salvar vidas,
contudo, deve-se estar ciente dos riscos da transfusão, identificar reacções, causas e modos de
tratamento e identifica e métodos de administração apropriados.
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 1
Duração 2h
Objectivos
- Aplicar técnicas imuno-hemáticas do sangue
- Determinar grupo sanguíneo
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Critérios de avaliação
- Realiza as técnicas imuno-hemáticas do sangue para determinação do ngrupo
sanguíneo
- Determina o grupo sanguíneo utilizando a prova ditecta e reversa
- Prepara as suspensões que seram utilizadas na prova directa
- Identifica o material com base nos testes imuno-hemáticas
- Avalia a integridade física da amostra para garantir os resultados do processo
- Explica os passos a serem seguidos no registo das amostras e dos resultados.
- Mantém sempre a ordem e a limpeza de seu lugar de trabalho.
CASO PRÁTICO
Caso prático
Título: Elaborar proposta de resolução do Caso proposto
Descrição
Planeamento da situação
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
- Papel gigante
- Marcadores
- Quadro
- Apagador
- Computador
- Datashow
- Laboratório Multidisciplinar
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 15 de Março de 2012 Resolução da
Diretoria Colegiada – Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de
produtos para saúde e dá outras providências.
2. Agência Nacional da Vigilância Sanitária/ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC n. 35 de 16 de agosto de 2010. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para produtos
com ação antimicrobiana utilizados em artigos críticos.
3. Denise, M..H. (S/A. ) Técnicas modernas em banco de sangue e transfusão, 4˚ Edição.
S/C.
4. MISAU – PNTS. (1997). Manual de Imunohematologia. Maputo – Moçambique.
5. Martins da Silva. P.M.(1994). Guia prático de uso de sangue em Moçambique, OMS.
(SA). Sangue e produtos sanguíneos Seguros, sorologia dos grupos sanguíneos,
Genebra.
6. OMS. (SA). Sangue e produtos sanguíneos Seguros, Normas e princípios para uma
prática transfusional Segura, Genebra.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
7. Rutala W.A, Weber DJ. (2008). Guideline for disinfection and sterilization in healthcare
facilities. US Department of Health and Human Services. Atlanta, GA.
SITES CONSULTADOS
1. https://www.google.co.mz/search?q=reação+antígeno+anticorpo.
2. https://www.google.co.mz/webhp?ie=UTF8&rct=j#q=rea%C3%A7%C3%A3o+antígen
o+anticorpo.
3. http://clinicamedicarquivo.blogspot.com/2004/06/algoritmo-para-o-diagnstico-
sorolgico.html.
4. https://www.google.co.mz/search?q=hemolise&biw=1600&bih=755&site=webhp&sour
ce.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
UNIDADE DIDÁCTICA 5
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ÍNDICE
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
OBJECTIVO GERAL
Executar análises serológicas para o despiste de infecções transmissíveis pelo sangue segundo
normas estabelecidas e/ou POPs.
- Descrever o princípio de teste rápido para um melhor uso e interpretação dos resultados.
- Confrontar os resultados das análises com os dados dos registos nas bolsas.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
INTRODUÇÃO
A infecção pelo HIV pode ocorrer da mulher infectada para seu feto ou recém-nascido durante
a gravidez, trabalho de parto, ou durante o período puerperal pela amamentação, relações
sexuais desprotegidas (OMS). Embora a transmissão vertical possa ocorrer desde a oitava
semana de gestação, a utilização das técnicas de replicação dos ácidos nucléicos possibilitou
demonstrar que pelo menos metade dos casos de infecção fetal acontecem imediatamente antes
ou durante o parto.
1. ANÁLISES SEROLÓGICAS
DEFINIÇÃO
A Serologia ou Sorologia: é o estudo da parte líquida do sangue após
este ter coágulado (ISBT. 2OO8).
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
DEFINIÇÃO
A infecção: é a penetração, desenvolvimento ou multiplicação de um
agente infeccioso no organismo de um indivíduo. (ISBT. 2OO8).
As infecções são causadas por agentes infecciosos e, existem quatro tipos principais de agentes
infecciosos, que são os vírus, as bactérias, os protozoários e os fungos. Apenas, os vírus, as
bactérias e os protozoários já foram notificados como transmitidos por transfusão de sangue.
As infecções fúngicas severas, geralmente fazem com que as pessoas fiquem muito infermas
para serem aceitas como dadores de sangue. Dos três tipos, os vírus são os agentes mais
comumente transmitidos por transfusões, embora a transmissão de bactérias e protozoários
possa ocorrer, a sua extensão vária de país para país. (OMS).
As vias de transmissão das infecções pelos diversos microorganismos variam de acordo com o
tipo de organismo e, alguns agentes infecciosos podem ser transmitidos por mais de uma via.
As principais vias de transmissão das infecções são: via aérea ou respiratória, via oral, via
contacto, transfusão sanguínea e via congénita (placentária). (OMS-PNTS,1997).
- A transmissão das infecções por via aérea ocorre pela passagem dos microorganismos
através das partículas libertadas durante a tosse, espirro ou fala. Essas gotículas podem-
se depositar nos olhos, na boca ou nariz. Por exemplo: o virus da gripe e
Mycobacterium tuberculosis (o agente causador da tuberculose).
- A transmissão das infecções por via oral ocorre pela passagem dos microrganismos
através da boca (água e alimentos contaminados). Por exemplo: cistos da giardia
lãmblia (um dos principais causador de diarreias em crianças).
- A via de transmissão por contacto directo pode ocorrer quando os microrganismos são
transferidos de uma pessoa contaminada a outra, sem a participação de um objecto ou
uma pessoa intermediária contaminada. Por exemplo, quando o sangue ou fluídos
corpóreos de um paciente são inoculados directamente em um profissional de saúde por
via mucosa ou lesões cutâneas.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
A transfusão sanguínea, transmite o agente infeccioso, caso estes, estejam presentes no sangue
doado. Os serviços de sangue devem procurar saber, dos agentes infecciosos específicos
frequentes na população das quais os mais predominantes oriúdos nos dadores.
Existem três condições básicas que irão determinar se um agente infeccioso pode ou não ser
transmitido por transfusões:
1. O agente deve ser capaz de usar a corrente sanguínea como uma via de entrada no
seu hospedeiro, o paciente.
3. O agente deve existir naturalmente por período definido de tempo, seja livre no
plasma, ou presente em um componente celular na corrente sanguínea do dador
infectado.
Qualquer agente infeccioso que atenda todas estas condições pode ser transmitido por
transfusões de sangue.
Embora a transfusão de sangue possa ser uma via eficiente de transmissão de um agente
infeccioso, é importante lembrar que, em circunstâncias normais, não é a via primária de
infecção de qualquer agente infeccioso, isso porque o sangue passa pelo processamento de
testagem usando testes de quarta geração.
DEFINIÇÃO Os testes serológicos: são exames realizados com a parte líquida das
amostras de sangue, sobretudo, para detectar a presença de anticorpos
gerados pelo sistema imunitário contra antigénios pertencentes a agentes
infecciosos. (OMS).
Estes testes baseiam-se no facto de o sistema defensivo do organismo, cada vez que este entra
em contacto com um novo tipo de micróbio, produz anticorpos específicos perceptíveis na
circulação sanguínea ao fim de um determinado período de tempo.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
pertencentes à estrutura dos micróbios. Desta forma, consegue-se observar se, de facto, se
produz uma reacção antigénio-anticorpo.
O principal objectivo de triagem serológica nos serviços de sangue é de assegurar sangue livre
de agentes infecciosos da melhor forma possível, detectando qualquer agente infeccioso que
possa estar presente antes que o sangue seja destinado para a transfusão. As doenças testadas
no serviço de sangue no País incluem o HIV, Sífilis, HBV e HCV.
Existem diferentes tipos de testes de HIV, sendo possível detectar anticorpos ou antigénios no
soro, plasma, podendo ser detectados também em fluidos corporais, como por exemplo:
amostras de saliva e urina. Os testes de detectação dos anticorpos dos virus variam no custo e a
precisão do resultado. Para a testagem do HIV, HBV, HCV existem vários métodos a saber:
ELISA, a imunofluorescência indireta, o Western-Blot, o imunoblot e o imunoblot rápido e
testes rápidos. Para este módulo importa-nos falarmos de Testes rápidos e ELISA usados em
bancos de sangue.
- Sensibilidade: a percentagem dos resultados que serão positivos quando o HIV estiver
presente.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
- Especificidade: a percentagem dos resultados que serão negativos quando o HIV não
estiver presente.
O teste de ELISA (do acrónimo inglês de Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay) foi o
primeiro exame amplamente empregado. Ele tem uma alta sensibilidade. A baixa
especificidade deste teste ocorre quando os anticorpos se ligam aos antigénios nos kits de
exame "por acaso", mesmo que a pessoa nunca tenha sido exposta ao HIV. Cerca de 80% dos
testes ELISA positivos são seguidos por um exames Western blot negativo e,
consequentemente, considerados como falso positivo. Eis a baixo na figura 1 equipamento do
sistema ELISA.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
anticorpos contra o HIV, estes se ligarão aos antigénios (proteínas do HIV). A figura 2 ilustra
Leitor do sistema ELISA.
Este teste envolve, inicialmente, a separação das proteínas virais por eletroforese em gel de
poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética dos antigénios para uma membrana de
nitrocelulose. O soro do paciente, onde se faz a pesquisa dos anticorpos contra o HIV, é
colocado em contacto com esta membrana. As reacções antigénio-anticorpo são detectadas por
meio da reacção com anti-imunoglobulina humana, conjugada com uma enzima.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
detecção em tempo real de fluorescência emitida por uma sonda específica para uma assinatura
genética do vírus.
Os testes moleculares são especialmente úteis para o diagnóstico em crianças com idade
inferior a 18 meses e na infecção aguda em adultos. As doenças testadas nos serviços de sangue
no País incluem o HIV, Sífilis, HBV e HCV. Importa referir que para esta subunidade iremos
debruçar muito mais dos testes rápidos que são ensaios simples que podem ser realizadas em
até 30 minutos. Existem vários formatos de testes rápidos e os utilizados mais frequentemente
são: dispositivos ou tiras de imunocromatografia ou fluxo lateral, imunocromatografia de dupla
migração (DPP) e dispositivos de imunoconcentração e fase sólida.
Desde Março de 2006, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do MISAU vem
implantando o teste rápido como diagnóstico da infecção pelo HIV. Esta metodologia é
utilizada no mundo inteiro e traz vantagens significativas quanto ao método laboratorial, pois
são de simples realização, dispensando a atuação de profissionais especializados e de
equipamentos de laboratório, permitindo o conhecimento dos resultados e assistência imediata
aos pacientes. A Portaria nº 29 de 17 de dezembro de 2013, normatiza o algoritmo para o
diagnóstico da infecção pelo HIV utilizando exclusivamente testes rápidos. A elaboração deste
documento está fundamentada na realização dos estudos de validação dos testes rápidos e de
extensa discussão com diversos segmentos da comunidade científica e instituições
governamentais. O algoritmo preconizado no país permite que o diagnóstico da infecção pelo
HIV seja realizado e confirmado.
A Testagem rápida do HIV é feita com uma gota de sangue através de uma picada no dedo do
dador. Também pode-se pipetar 50 microlitros de soro. Essa gota de sangue é colocada no local
indicado com a letra S da cassete do teste, a leitura é feita após cerca de 15-20 minutos, sendo
negativo quando apenas aparece uma (1) linha vermelha na coluna de controlo (c), e positivo
quando aparecem 2 linhas vermelhas nas duas colunas C e T.
No entanto, nos casos em que o resultado do teste é positivo, deve-se fazer o segundo teste para
confirmar a presença do HIV. Quando apenas aparece uma (1) linha vermelha na coluna de (T),
ou não aparece nenhuma linha em ambas as colunas o teste C e T considera-se como sendo
teste inválido. É importante lembrar que ambos os testes rápidos do HIV são confiáveis, tendo
resultados com 99% de acerteza. Conforme a figura 3.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Se o resultado do teste de anticorpos ao HIV é negativo, isso significa que não foi detectado
nenhum anticorpo contra o HIV, o que significa que não existe infecção pelo HIV. Contudo o
teste só é fiável se for efectuado três meses depois da possível infecção. Se durante os três
meses houve alguma situação de risco, não se pode ter certeza acerca do resultado do teste. Eis
a representação da testagem rápida do HIV na figura 4. Pessoas que tiveram algum
comportamento de risco e fizeram o teste mas tiveram resultado negativo devem repetir o teste
após 1 mês para se certificar o resultado porque em alguns casos pode haver um resultado falso
negativo. Os testes de despiste do HIV não detectam uma infecção com exactidão a menos que
tenham passado três meses após a situação de risco. Efectivamente, no início da infecção estão
presentes vírus e anticorpos ao HIV no sangue em concentrações variáveis e por vezes muito
baixas para serem detectadas pelo teste. Um resultado negativo antes do final dos três meses,
não afirma categoricamente ausência de infecção. Porém depois dos três meses, um resultado
negativo é suficientemente fiável.
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2017 155
Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Devem ser mantidas a temperatura entre 2 a 30ºC. Deixar os kits adquirir a temperatura
ambiente antes de realizar os testes. (se armazenado na geleira). Os reagentes deverão
permanecer a temperatura estável de 2 a 30ºC até a data do vencimento.
Usar amostra de soro, plasma ou sangue total livre de hemólise. Amostras recém-colhidas
devem ser utilizadas. Se isto não for possível, devem ser conservadas em geleira (2 a 8ºC) por
72h. Para armazenagens mais longas as amostras de soro e plasma devem ser mantidas no
freezer (-20ºC). Não congelar.
O Princípio do teste rápido HIV TEST BIOEASY STANDARD DIAGNOSTIC (SD), utilizado
para investigar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês Human
Immunodeficiency Virus), baseia-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral.
Esse teste permite a detecção de anticorpos das classes IgG, IgM e IgA, específicos para HIV-
1, incluindo grupo O, e HIV-2 em sangue total, soro ou plasma. Trata-se de um teste qualitativo
que utiliza um conjugado composto por antígenos recombinantes associados com ouro coloidal.
Esse conjugado está impregnado na membrana presente no dispositivo de teste e funciona
como revelador do teste.
O dispositivo contém uma área denominada janela de leitura de resultados. Na parte acima da
janela, existem letras C e T, que delimitam, respectivamente, a área de CONTROLO e a área
de TESTE. Na parte abaixo da janela, vê-se os algarismos 1 e 2, que marcam a área de teste e
onde estão localizados, respectivamente, os antígenos de captura recombinantes de HIV-1
(gp41, p24) e os antígenos de captura recombinantes de HIV-2 (gp36). Além dos algarismos,
pode-se observar o carácter C, que corresponde à area de controlo processual do teste. Ao
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Se a linha colorida aparecer nas duas áreas na área do controlo (C) e na área do teste (T),
considera-se que o resultado é reactivo. Como foi ilustra anteriormente na figura 3.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
4.5. Sífilis
A sífilis é normalmente transmitida como resultado do contacto sexual com uma lesão
infecciosa da membrana mucosa ou pele desgastada ou por meio da placenta de uma gestante
para o feto.
O Métodos de detecção directa para o diagnóstico de sífilis uma vez que o T. pallidum não
pode ser cultivado em meio artificial, os métodos de detecção directa, tais como a microscopia
de campo escuro, imunofluorescência directa (IF) e testes para detectar sequências de DNA
específicas de T. pallidum em espécimes obtidos de lesões na pele ou tecidos são os métodos
de escolha para diagnosticar a sífilis precoce.
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
O teste de infectividade em coelhos (RIT, do inglês rabbit infectivity test) vem sendo
considerado, há muito tempo, o padrão ouro para a detecção directa de T. pallidum em
espécimes clínicos. Esse método tem uma sensibilidade de aproximadamente um único
organismo, quando são utilizadas passagens repetidas em coelhos.
Entretanto, esses testes raramente são realizados, excepto em laboratórios de pesquisa, uma vez
que são demorados (necessitam de aproximadamente 1-2 meses para serem completados). Nos
bancos de sangue de Moçambique são usados dois métodos: testes ELISA e testes Rápidos. As
amostras positivas nos ambos métodos são confirmados usando Uni-Gold, quando positivas são
consideradas confirmadas e quando negativas indeterminados. Conforme a figura 5.
Existem dois grupos de testes disponíveis: Testes específicos e testes não específicos.
- Testes específicos, tais como o TPHA, utilizam o T. Pallidum como antigénio numa
série de diferentes tipos de testes, todos eles dirigidos para a detecção de anticorpos
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RESUMO
O primeiro passo mais importante para garantir que o sangue transfundido não transmita
doença viral é a selecção e triagem cuidadosa do dador não dispensando a testagem serológica.
Através do sangue pode-se transmitir o vírus de HIV, hepatite B e C. No que concerne à
hepatite B o primeiro marcador sorológico a surgir é o HbsAg, seguido por HbeAg e IgM anti-
HBc, dentro das primeiras semanas subsequentes à exposição.
O vírus da hepatite C tem um período de incubação de 40-60 dias, o teste mais sensível para
detenção do HCV é a reacção em cadeia de polimerase (PCR), em que se pode detectar RNA
do HCV 10 dias depois do inicio da infecção.
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cuja presença demonstrará que os reagentes estão funcionando corretamente (área controle
“C”).
Se o resultado do teste de anticorpos ao HIV é negativo, isso significa que não foi detectado
nenhum anticorpo contra o HIV, o que significa que não existe infecção pelo HIV. Contudo o
teste só é fiável se for efectuado três meses depois da possível infecção. Se durante os três
meses houve alguma situação de risco, não se pode ter certeza acerca do resultado do teste.
Após a testagem deve-se libertar o sangue para uso nas geleiras apropriadas e arrumado
conforme os rótulos e seus grupos sanguíneos e a validade.
Nos bancos de sangue de Moçambique são usados dois métodos: testes ELISA e testes
Rápidos. As amostras positivas em ambos métodos são confirmados usando Uni-Gold., quando
positivas com Uni-Gold são consideradas confirmadas e quando negativas indeterminados.
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 1
Duração 2h
Objectivos
- Realizar o teste rápido do HIV1&2, HBsAg e HCV.
- Preparar as amostras dos dadores para testar
- Preparar os reagentes necessários
Conteúdos de referência
- Teste rápido do HIV1&2, HBsAg e HCV.
- As amostras dos dadores para testar
- Reagentes necessários
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
A turma organiza-se em grupos de 6
- Preparação duma simulação onde um aluno leva e organiza as amostras e reagentes
para teste rápido do HIV1&2, HBsAg e HCV, e o resto da turma deverá:
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CASO PRÁTICO
Caso prático
Título
Elaborar proposta de resolução do Caso proposto
Descrição
Planeamento da situação: Uma criança de 7 anos de Idade, esteve internada no hospital
Pronvíncial de Mochungue com problemas de dores de cabeça, franqueza, toturas, feito
exames laboratorias constantou-se estava com Hb-6.0g/dl, HIV- negativo. O médico
recomendou uma transfusão de sangue. Melhorou teve alta. Passados três meses a criança
apresentou sintomas de emagrecimento, manchas na pele, Feito novamente fazer o teste de
HIV-foi Positivo. Actividades que devem ser desenvolvidas pelos grupos de 4 alunos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Bibliografia
1. Denise, M.H. (n/a). Técnicas Modernas em Banco de Sangue e transfusão.
2. OMS. (s/a). Sangue e produtos sanguíneos seguros. Normas e príncipios para uma
prática transfusional segura. s/e. Genebra.
3. OMS. (s/a). Sangue e produtos sanguíneos seguros. Triagem para HIV e outros Agentes
infeccios. s/e. Genebra.
SITE CONSULTADO
1. https://www.google.co.mz/search?q=neisseria+gonorrhoeae&biw=1600&bih=799&site
=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved
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UNIDADE DIDÁCTICA 6
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ÍNDICE
OBJECTIVO GERAL ______________________________________________________ 167
Resultados de Aprendizagem da Unidade Didática _____________________________ 167
INTRODUÇÃO __________________________________________________________ 168
1. GARANTIA DE QUALIDADE __________________________________________ 168
1.1. Gestão da Qualidade (GQ) ___________________________________________ 168
1.2. Alguns modelos das normas ISO, usadas internacionalmente ________________ 169
1.3. Requesitos do Sistema de Gestão de Qualidade (RSGQ)____________________ 170
1.4. Funções do Gestor de Qualidade ______________________________________ 170
2. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE _________________________________ 170
2.1. Tipos de documentos recomendados ___________________________________ 171
2.2. Controlo de Dados e Documentos _____________________________________ 171
2.3. Responsabilidade da Direcção ________________________________________ 171
2.4. Gestão de Recursos _________________________________________________ 172
2.5. Ambiente de Trabalho ______________________________________________ 172
2.6. Competências e Treinamento de Pessoal ________________________________ 172
2.7. Realização de Produto ______________________________________________ 172
2.8. Medição, Análise e Melhoria _________________________________________ 172
2.9. Produto ou serviço não conforme ______________________________________ 173
2.10. Acções Correctivas e Preventivas ____________________________________ 173
2.11. Análise de dados _________________________________________________ 173
2.12. Princípios do Sistema de Gestão de Qualiade___________________________ 173
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ______________________________________ 175
3.1. Garantia De Qualidade ______________________________________________ 176
3.2. Necessidades Para Garantia De Qualidade _______________________________ 178
3.3. Controlo de Qualidade ______________________________________________ 179
4. QUALIDADE DO SANGUE E SEUS COMPONENTES ______________________ 179
4.1. Controlo de qualidade do sangue e seus componentes ______________________ 179
5. PRINCÍPIOS E REGRAS ÉTICAS APLICADOS NO BANCO DE SANGUE _____ 183
5.1. Regras éticos aplicáveis ao sector de sangue _____________________________ 183
ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA UD6 _______________________ 185
CASO PRÁTICO/PROJECTO DA UD6 _______________________________________ 186
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA____________________________________________ 187
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OBJECTIVO GERAL
Analisar os processos de controlo de qualidade no banco de sangue e hemoterapia, em
conformidade com os padrões em vigor.
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INTRODUÇÃO
1. GARANTIA DE QUALIDADE
- Planificar a acção que deve ser tomada, e identificar a melhor maneira de fazê-la.
O Sistema de Gestão da Qualidade não só, é importante porque permite identificar, organizar e
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geriar os processos de uma organização, a fim de garantir a qualidade de seus produtos e/ou
serviços. Como também ela oferece ferramentas para que os serviços implantem, gerirem e
visualizem a qualidade de seus processos, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
(CTIRA), sendo algumas das principais razões que levam à sua implementação as seguintes:
- Acreditação, Certificação e Uso das Normas ISO pela organização ou serviços, o que irá
elevar a qualidade e reconhecimento dos serviços, quer a nivel interno ou
internacionamente.
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ABNT NBR ISO 9001 possui uma característica prática, apresentando objectivamente os
requisitos imprescindíveis à aplicação de um Sistema de Gestão da Qualidade eficaz e
eficiente. Uma vez cumpridos esses requisitos, a organização poderá solicitar a certificação
do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo os padrões normativos.
- Responsabilidade da Direcção.
- Gestão de Recursos.
- Realização do Produto.
Essa secção estabelece o cenário para a ABNT NBR ISO 9001, enfatizando a necessidade de
documentar, implementar e manter um Sistema de Gestão da Qualidade, melhorando-o
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O modo como essa documentação será elaborada cabe a cada organização específica. Ela
poderá ser composta por uma única página ou por várias. No entanto, recomenda-se que sejam
evitadas documentações excessivamente pesadas. Algumas organizações preferem utilizar
softwares para mapeamento de seus processos. Permitindo dessa forma, que elas identifiquem
com mais facilidade a documentação crítica em determinado contexto. Outras organizações
preferem disponibilizar a documentação do seu sistema ou referenciá-las na Internet.
De acordo com a ABNT NBR ISO 9001, a alta direcção é composta pelos responsáveis pelo
serviço, já que são eles que definem a política e os objectos da qualidade para um dado local ou
actividade. Uma vez definida a política e os objectos da qualidade, cabe a essa direcção
comunicar a necessidade de melhoria contínua, de forma a atender aos requisitos dos clientes.
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A análise crítica por parte da direcção, poderá indicar, por exemplo, que há necessidade de
adequações no espaço físico de trabalho ou mesmo que o treinamento da equipa seja
aperfeiçoado.
Para a realização de um produto e/ou serviço com qualidade, é imprescindível que, em primeiro
lugar, as necessidades do cliente sejam claramente compreendidas. Somente a partir dessas
informações a organização poderá definir os processos necessários e a melhor maneira de
implementá-los, a fim de garantir a satisfação do cliente. Ou seja, antes de iniciar a execução
de um produto é necessário que essa operação seja planejada com atenção.
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Em algumas ocasiões, pode acontecer de algum produto e/ou serviço não estar conforme os
requisitos especificados previamente pelo sistema. Nesse caso, a organização deverá garantir
que esses produtos e/ou serviços não sejam entregues ao cliente. Deverão ser estabelecidos
também, procedimentos documentados, garantindo a eliminação da não conformidade
encontrada no produto ou a tomada de outra acção adequada. O processo de melhoria contínua
do SGQ, para garantir a qualidade ela recorre aos objectivos da qualidade, resultados de
auditorias, análise de dados, acções correctivas e preventivas e análise crítica por parte da
direcção da organização.
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a) Foco no Cliente
b) Liderança
Para que o serviço ou organização actue efectivamente com a qualidade, o Sistema de Gestão
da Qualidade recomenda à organização uma liderança sólida, capaz de acompanhar o mercado
no qual actua. É necessário, que a instituição forneça aos seus liderados não apenas directrizes
como também insumos, para permitir que sejam capazes de executar os processos nos quais
estão envolvidos.
d) Abordagem de processo
Esse princípio toma como foco a relação entre os colaboradores e os processos de uma
organização. Ele também aborda as entradas e saídas de um processo e o fornecimento dos
recursos necessários para que apresentem um bom desempenho.
Essa abordagem sugere que os processos de uma organização sejam vistos como um sistema,
no qual as partes não apenas compõem o todo, mas interagem entre si. A partir dessa visão seus
processos poderão ser alinhados e mensurados.
f) Melhoria contínua
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
Esse princípio afirma que as informações obtidas a partir dos indicadores, auditorias internas e
análises críticas que compõem o Sistema de Gestão da Qualidade permitem à liderança da
organização mapear as oportunidades e os desafios do negócio, a fim de tomar decisões no
sentido de melhorar seu desempenho e a qualidade dos produtos e/ou serviços que oferece.
Apenas assim é possível obter o compromisso da equipa com prazos, preços e com a qualidade
dos produtos e serviços oferecidos, havendo benefício para todos.
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
É função da alta direcção garantir que toda a equipa de colaboradores esteja consciente de suas
responsabilidades e compreenda o impacto de suas decisões sobre o serviço. Grande parte dos
requisitos é cumprida por meio da formalização do Sistema de Gestão da Qualidade.
Fazem parte de exemplos disso, os relatórios que os responsáveis pelo Sistema de Gestão da
Qualidade devem apresentar à direcção, em reuniões de análise crítica, informando sobre o
desempenho do sistema à direcção.
Essa secção trata ainda sobre uma declaração de comprometimento da alta direcção com a
qualidade, que deverá compor uma política e os objectivos.
A organização dos servicos, faz parte de um dos elementos de SCQ, dentro de um servico de
banco de sangue as actividades iniciam com entrada dos clientes (Dadores) e terminam com a
saida de sangue para as enfermarias (paciente).
Cada etapa, envolve processos e documentos, pessoas, equipamentos. A figura 1 abaixo ilustra
uma estrutura ideal da organização de SGQ.
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ATENÇÃO Em qualidade não existe etapa menos importante, assim como pessoas mais
importante dentro do organigrama. A fase pré-analitica, analítica e pós
analítica.
- Os registos são uma das partes mais importantes de um sistema de garantia de qualidade,
pois fornecem evidências que padrões específicos foram aplicados. Devem cobrir todo o
processo desde a colheita do sangue do dador até a sua utilização (triagem do dador,
colheita, analise, armazenamento, provas de compatibilidade e libertação da unidade para a
transfusão).
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- Os registos permitem que a história de cada unidade seja rastreada do paciente ao dador a
fim de verificar se ocorreram alguns erros ou omissões, mostram também que são os
funcionários que executaram a cada etapa durante todo o processo.
Os registos devem ser claros e simples, preenchidos com informações relevantes, devem ser
completados na totalidade de modo claro e conciso, devem a seguir serem verificados por uma
segunda pessoa para garantir que nenhum erro tenha sido cometido.
Um dos aspectos importantes na prática laboratorial é o descarte seguro do lixo. O seu descarte
incorrecto pode colocar em perigo os funcionários, assim como o público em geral. É
necessário que o banco de sangue tenha procedimento rígidos para o descarte do lixo, e que
todos sigam sempre. Na gestão do lixo é necessário ter conhecimentos que nem todo lixo é
infeccioso. As embalagens e papéis presentes nos reagentes, devem ser mantidos separados do
lixo contaminado, e descartados com o lixo geral (lixo comum). O que poderá reduzir o volume
de lixo que necessita de descarte específico, sendo particularmente útil se as instalações para o
descarte de lixo infeccioso forem limitados.
- 1ª. Embrulhe o lixo com segurança, e transporte-o para locais próximos apropriados
para o descarte.
- 2ª. Embrulhe o lixo com segurança, e enterre-o. Devendo garantir que as bolsas foram
enterradas profundamente de forma que não sejam desenterradas por animais. Para o
caso de hepatite B, a infectividade pode permanecer por longos períodos.
- 3ª. Abra as bolsas infectadas, e jogue o sangue numa fossa profunda com forte
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ATENÇÃO A autoclavagem do lixo deve ser feita no mínimo 121º C por 30 minutos. A
seguir a unidade poderá ser incinerada. Não deve autoclavar ou incinerar
agentes químicos a menos tenha recebido instruções específicas de um dos seus
superiores. O lixo químico não deve ser misturado
ATENÇÃO As acções correctivas deverão ser executadas logo após a identificação da falha
e acções preventivas possuem um carácter proactivo e são executadas ao
identificar algo que possivelmente poderá dar errado. O sistema defende que se
mantenham registos tanto das acções correctivas, como das preventivas.
Para a garantia de qualidade deve-se sempre lembrar que uma falha no sistema de colheita,
transporte, processamento, armazenamento e liberação de uma unidade de sangue doada pode
trazer graves problemas, as vezes fatais para o paciente. As falhas no sistema de qualidade do
laboratório podem ser potencialmente perigosas.
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Portanto a libertação de uma unidade imprópria pode ser evitada se um sistema de qualidade
adequado for elaborado, implantado e monitorado.
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Para os componentes como plasma e crioprecipitado o controle de qualidade deve ser feito em,
pelo menos, quatro unidades produzidas, contudo o controlo deve ser mensal (Figura 2):
O banco de sangue deve ter protocolos escritos, definindo o tipo de controlo a ser feito em cada
componente e os parâmetros mínimos esperados para cada item. Cada item verificado pelo
controle de qualidade deve apresentar um percentual de conformidade superior a 75%, a
expção de esterilidade, que deve apresentar a conformidade superior a 99,5% (Figura 3).
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
- Alteração da cor
- Lipemia do sobrenadante
- Presença de vazamento
Componente Causas
- Volume de sangue total abaixo de 606 e superior a 710 g.
- Tempo e/ou velocidade excessivos na primeira centrifugação (leve).
- Volume insuficiente de plasma retirado do ST após centrifugação leve.
- Falhas na homogeneização na coleta de amostra do CP para efeito de
contagem.
- Movimento brusco na manipulação da bolsa retirada da centrífuga.
CP - Volume excessivo de plasma retirado do ST após centrifugação leve.
- Tempo e/ou velocidade insuficiente na primeira centrifugação impedindo
a sedimentação completa dos leucócitos.
- Plasma insuficiente no CP.
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Procedimentos
Determinação do volume
Para a determinação do volume é importante utilizar uma balança calibrada, conhecer os pesos
das bolsas de componentes vazias e as densidades dos componentes.
Procedimento
- Tarar a balança
- Pesar o componente
- Anotar o peso bruto (g)
Cálculo
- Aplicar a fórmula:
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Como controlo da qualidade tem a finalidade de prevenir, detectar, identificar e corrigir erros
ou variações que possam ocorrer em todas as fases da realização dos testes. Para a
padronização correcta dos processos e garantir a avaliação da qualidade desejada, o laboratório
deve possuir
c) Contar com uma equipa técnica com formação profissional, com conhecimento,
experiência e habilidade para a realização de ensaios, medições, validações e
verificações, além de iniciar acções para prevenir ou minimizar desvios encontrados.
Existem em todos bancos de sangue registos que devem ser mantidos para cada dador, não
apenas para aqueles que doam sangue mas também para aqueles que são excluídos por
qualquer que seja a razão de forma que a sua adequação com dador possa se verificada. Um
rígido sigilo deve ser mantido sobre a identidade do dador, e as razões de rejeição.
Esta informação deve ser apenas acessível ao responsável pela garantia de qualidade ou um
funcionário sénior autorizado. São considerados registos de carácter confidencial os seguintes:
c) O armazenamento do registo.
d) Descarte de registos.
Nenhuma unidade de sangue deve ser libertada a enfermaria sem confirmação de todos os
marcadores laboratoriais sejam negativos. O resultado do dador de sangue só poder ser entre ao
próprio dador. Qualquer informação relacionada com sangue dador (dador), ou receptor
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RESUMO
A garantia de qualidade e a manutenção de um sistema que zele para que todo o trabalho
executado esteja dentro da qualidade requerida. O controlo de qualidade é um sistema de
inspecção que monitora a eficácia do sistema de garantia de qualidade. Os procedimentos
operacionais padrão são instruções escritas sobre como uma tarefa em particular deve ser
realizada. Devem ser seguidos pelos funcionários em todas as ocasiões. Os registos completos
e precisos são uma parte essencial do sistema de qualidade.
Monitoramento habitual e necessário para os resultados dos testes e para a operação dos
equipamentos. Uma auditoria e uma revisão formal de todos os factores envolvidos na garantia
de qualidade que e realizada para identificação de problemas, e as formas de soluciona-los.
Cada funcionário tem a responsabilidade profissional pela manutenção da qualidade.
A responsabilidade pela segurança recai sobre cada pessoa que trabalha nas áreas, mesmo que
haja uma pessoa especial designada para responder pela qualidade. Os documentos e processos
devem ser devidamente guardados e protegidos.
Nenhum profissional deve libertar resultados sem que tenha autorização do seu superior
hierárquico. Os resultados das pessoas devem ser tratados com sigilo, ética e deontologia
profissional. O descarte do sangue nos bancos de sangue deve respeitar os padrões
estabelecidos para evitar a contaminação dos solos, assim como a população.
Todas unidades infectadas não devem ser descartadas antes de serem autoclavadas ou um outro
método aprovado pela instituição evitando criar riscos biológicos.
As unidades libertadas devem ser isentos de qualquer anómalia. Sendo necessário que este
respeite todas as etapas de gestão de qualidade. Os produtos conformes devem ser registados, e
os erros dos processos corrigidos para que eles não se repitam.
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ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 1
Duração 2h
Objectivos
- Analisar os processos de controlo de qualidade no banco de sangue e hemoterapia, em
conformidade com os padrões em vigor.
- Identificar os elementos básicos de controlo de qualidade.
- Analisar os parametros para validar os produtos conformes e não conformes.
- Descrever os PoPs para garantia de Qualidade.
Conteúdos de referência
- Procedimentos e técnicas para validação dos componentes de sangue.
- Exames usados para a garantia de qualidade dos produtos.
- Equipamentos usados para o controlo de qualidade
- Importância dos processos de controlo de qualidade no banco de sangue.
Desenvolvimento da actividade por parte do estudante
Dividir a turma em grupos de 5 (6 elementos cada).
- Preparação duma simulação onde um estudante deve fazer a simulação dos processos
de controlo de qualidade no banco de sangue e hemoterapia, em conformidade com os
padrões em vigor.
- Descrever tipos de controlo de qualidade
- Explicar o funcionamento de Controlo de qualidade interno e externo
- Interpretar os resultados do controlo de qualidade
- Cada grupo deve fazer uma demonstração do controlo de qualidade.
Papel do professor no desenvolvimento da actividade
As actividades que o professor deve planejar e desenvolver na sala de aulas são:
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CASO PRÁTICO
Caso prático
Título
Elabore os procedimentos que seriam tomados para validar a conformidade do sangue
Descrição
Planeamento da situação
Uma unidade de sangue total ficou 27 horas fora da geleira. Na hora que foi constatado o
problema só havia uma unidade para o consumo. Os técnicos antes de realizarem as provas
de compatibilidade submeteram a unidade à avaliação de qualidade de modo que fosse
possível salvar vida.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografaia
1. Gamma R, Erb B, Neuenschwander M, Pulver, Langa J, Wolff A. (1997). Manual de
Imunohematologia. Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo. PNTS- MISAU.
2. Genovez G, (Coord) (2010). Guia prática para o uso de Hemocomponentes. (1ª edição).
SP. Brasil.
4. OMS (1998) Normas e Princípios para uma Prática Transfusional de Sangue. Genebra.
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SITES CONSULTADOS
1. http://int.search.tb.ask.com/search/GGmain.jhtml?p2=^BA5^xdm067^YYA^mz&si=CJ
D4x533gMoCFYOfGwodvJ8J5w&ptb=C4067FB3-8131-431B-879F-
A55E5B282C99&ind=2015122906&n=781c55da&st=bar&searchfor=producao%2c+ar
mazenamento+de+comonentes+sanguíneos
2. http://int.search.tb.ask.com/search/GGmain.jhtml?p2=^BA5^xdm067^YYA^mz&si=CJ
D4x533gMoCFYOfGwodvJ8J5w&ptb=C4067FB3-8131-431B-879F-
A55E5B282C99&ind=2015122906&n=781c55da&st=bar&searchfor=qualidade+em+ba
ncos+de+sangue%2c+validacao
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GLOSSÁRIO
A
ABNT ISO 9000: Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário:
documento que especifica os termos utilizados pelo sistema. Serve como referência para
outras normas da qualidade.
ABNT NBR ISO 9001: Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos: essa norma
apresenta o Sistema de Gestão da Qualidade indicando, objectivamente, cada um dos
requisitos necessários para a obtenção da certificação.
ABNT NBR ISO 9004: Gestão para o Sucesso Sustentado de uma Organização – Uma
abordagem de Gestão da Qualidade: nesse documento são definidas as directrizes para a
aplicação do Sistema de Gestão da Qualidade.
Anti-séptico: é uma substância anti-séptica ou química que pode não ter efeito
germicida, impedem ou bloqueiam o desenvolvimento, ou a acção dos microrganismos,
tanto pela inibição de sua actividade, quanto a sua destruição.
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Buffy coat: camada leucoplaquetária que se encontra entre a camada das hemácias e o
plasma.
C
Centrifugação: um processo que permite a separação dos componentes via
sedimentação dos líquidos imiscíveis de diferentes densidades.
D
Derivados de sangue ou Hemoderivados: são produtos obtidos em escala industrial,a
partir do fracionamento do plasma por processos físico - químicos.
Desinfetantes: são substâncias químicas, que são aplicadas em superfícies não vivam
para destruir os microrganismos que vivem nesses objectos.
E
Eritrocitos: são elementos formes do sangue são cerca de 5 milhões por milímetro
cúbico (mm3), com a vida média de 120 dias.
F
Fungicidas: são os processos físicos, ou substâncias químicas que destroem fungos, ou
vírus respectivamente.
G
Germicida: é o termo aplicado à substância química ou processo físico capaz de destruir
todos os microrganismos, incluindo também suas formas de resistência, denominadas de
esporos, como aqueles produzidos por bactérias do género Clostridium sp e Bacillus sp.
H
HCV - virus RNA da familia Hepadnaviridae, com genoma de aproximadamente
10.000 nucleotídeos, e de 50 a 60 nm de diametro.
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L
Leucocitos: são células responsáveis pela defesa e protecção do organismo contra
infecções.
P
Plaquetas: pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea,
agindo nos sangramentos (hemorragias).
Plasma: parte líquida do sangue, de coloração amarela palha, composto por água (90%),
proteínas e sais.
R
Reacção in-vitro: reacção que ocorre fora do corpo, no tubo de ensaio durante as
pesquisas no laboratório.
Reacção in vivo: reacção que ocorre no organismo, o próprio corpo provoca a reacção
sem influência externa
S
Sacos de Colheita Duplos: sacos que servem para a colheita de Sangue total,
permitindo a partir deste, a produção de componentes.
Sacos de Colheita Triplos: sacos servem para a colheita de Sangue total, permitindo a
partir deste, a produção de componentes.
Sacos Simples: servem apenas para a colheita de Sangue total, e não permitindo a sua
separação em componentes.
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T
Testes serológicos: são exames laboratoriais que usam soro para detectar a presença de
anticorpos gerados pelo sistema imunitário contra antigénos pertencentes a agentes
infecciosos.
V
Vírus da hepatite B (HBV): Virus DNA que pertence a familia hepadnaviridae, com
42 nm de diametro constituido de uma parte central de 28 nm com DNA circular de
duplo filamento e DNA polimerase.
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1. Define aférese?
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Módulo Vocacional 2: Banco de Sangue
1. Define qualidade?
2. Esboce um organigrama de um gestor de qualidade?
3. Apresentes os requisitos necessários para uma boa gestão?
4. Quais são as funções dum gestor?
5. Quais as técnicas usadas no controlo de qualidade de hemocomponentes?
6. Apresente a lista dos exames usados para garantir a conformidade dos produtos
sanguíneos?
7. Como garantir a gestão dos desperdícios e descarte do lixo no banco de sangue?
8. Quais as possíveis causas de não conformidade dos componentes? Sanguíneos, como o
CP?
9. Apresente os benefícios da implantação de conceitos da qualidade em um laboratório de
banco de sangue?
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Esta publicação foi financiada pelo Centro Internacional para Educação e Formação em HIV/SIDA
(IAETC), com financiamento do acordo de Cooperação U91HA06801 do Departamento de Saúde e
Serviços Humanos (HHS) dos EUA, a Administração dos Recursos e Serviços de Saúde (HRSA),
no âmbito do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da SIDA (PEPFAR). O
seu conteúdo e as suas conclusões são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não devem
ser interpretados como posicionamento ou politicas oficiais, assim como não se deve inferir
nenhum endossamento à HRSA, HHS ou ao Governo dos EUA.