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Ministério da Saúde
Direcção de Recursos Humanos
Departamento de Formação
Módulo Vocacional 8:
EXAMES PARASITOLÓGICOS
Moçambique
________________
2016
ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
NOTA INTRODUTÓRIA
O presente manual faz parte do currículo de formação inicial do curso de Técnico Médio de
Laboratório (TML) baseado em competências, o qual consiste em 4 semestres lectivos, sendo os
três primeiros de carácter teórico-prático em sala de aula e laboratórios humanístico e
multidisciplinar, com uma componente de estágios parciais, sendo o último referente ao estágio
integral.
O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não representa
necessariamente a opinião do CDC.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
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FICHA TÉCNICA
Coordenação:
Joaquim Wate (I-TECH)
Gerito Augusto (I-TECH)
Florindo Mudender (I-TECH)
Ermelinda Notiço (MISAU/ DRH/Departamento Formação)
Suraia Nanlá (MISAU/ DRH/Departamento Formação)
Flávio Faife (CDC Moçambique)
Formatação e Edição
Joaquim Wate
Serene Myers
Flávio Faife
António Paunde
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LISTA DE ABREVIATURAS
CA - Critério de Avaliação
CD - Critério de Desempenho
3
cm - Centímetro cúbico
cm2 - Centímetro quadrado
CO2 - Dióxido de carbono
dl - Decilitro
DNAM - Direcção Nacional de Assistência Médica
ECV - Elemento de Competência Vocacional
EPF - Exame Parasitológico de Fezes
Fig - Figura
g - grama
HIV - Vírus de Imunodeficiência Humana
h - Hora
IDF - Instituicao de formação
Ig - Imunoglobulina
ITS - Infecção de transmissão sexual
Kg - Kilograma
KI - Iodeto de Potássio
l - Litro
L - Larva
MF - Módulos Formativos
mg - Miligrama
MIF - Solução Mertiolato-Iodo-Formaldeído
ml - Mililítros
MISAU - Ministério da Saúde
NaCl - Cloreto de sódio
OMS - Organização Mundial da Saúde
PCR - Reação de polimerização em cadeia
QNQP - Quadro Nacional de Qualificação Profissional
RA - Resultado de Apendizagem
rpm - Rotações por minuto
SAF - Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído
sp - Espécie
SIDA - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
SM - Sub-módulos
UC - Unidade de Competência
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UD - Unidade Didática
µm - Micrómetros
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PREFÁCIO
Este módulo é um recurso de apoio aos professores, na planificação e implementação das aulas
que se destinam a formação de Técnicos Médios de Laboratório e visa desenvolver nestes
futuros profissionais de saúde, conhecimentos, habilidades e atitudes com relação as práticas de
prestação de cuidados de saúde com elevada qualidade e em conformidade com o perfil
profissional estabelecido. Por outro lado, o módulo é resultado da revisão do currículo de
técnicos médios de laboratório para a nova abordagem baseada em competências.
Esperamos, por um lado, que este módulo constitua um verdadeiro suporte para o
desenvolvimento e alcance dos objectivos das diferentes temáticas de formação dos profissionais
de laboratório e por outro como uma base sólida onde o professor possa buscar o fortalecimento
de conhecimentos, garantia de uma dinâmica uniformizada tanto na mediação como na
assimilação das matérias de ensino.
O módulo apresenta uma linguagem simples, acessível e clara de modo que permita a fácil
compreensão dos estudantes das Instituições de Formação de Saúde a nível nacional.
_______________________________
Nazira Karimo Vali Abdula
Ministra da Saúde
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ÍNDICE
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Para facilitar a leitura deste manual se encontra dividido nas partes apresentadas no sumário
inicial:
Dados básicos do módulo/submódulo.
Referentes do manual de ensino: perfil profissional e módulo formativo.
Unidades Didácticas:
- Conteúdo organizador.
- Sequência das Unidades Didácticas.
- O Desenvolvimento das Unidades Didácticas: a denominação, o objetivo geral, a
introdução da unidade, os conteúdos, o desenvolvimento dos conteúdos, as
actividades de ensino–aprendizagem e o caso práctico / projeto.
- As Actividades de Ensino-Aprendizagem que se apresentam têm como objectivos:
- Facilitar aos alunos a aprendizagem significativa.
- Conseguir a implicação dos alunos.
- Despertar neles a intencionalidade.
- Integrar os conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais.
- O Caso Práctico /Projeto: Integra os conteúdos da Unidade Didáctica completa
apoiados em informações e documentos similares aos reais. Todas as Unidades
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4. UNIDADES DIDÁCTICAS
Aplicar …
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UNIDADE DIDÁCTICA 1
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ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
Analisar os processos relacionados às parasitoses humanas para melhor indentificação dos
parasitas
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INTRODUÇÃO
As chamadas doenças parasitárias ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade ao
redor do mundo. Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa
nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo os países desenvolvidos estão sujeitos a doenças
parasitárias. Desta forma, a parasitologia humana mantém seu auge em importância.
Nesta unidade, o estudante aprenderá os conceitos usados em parasitologia, seu significado, bem
como as regras/normas de trabalho no laboratório de parasitologia para permitir que tenha bases
conceituais, procedimentais e atitudinais para as fases subsequentes das unidades didáticas.
– O segundo capítulo o estudo será feito em volta dos conceitos de hospedeiro, vector e
agente etiológico e os princípios parasitológicos dum infecção.
– Para o quarto capítulo a temática sobre as características gerais dos parasitas com foco
nos protozoários e os helmintos.
– E por fim, teremos o sexto capítulo que vai abordar as normas de biossegurança aplicadas
em laboratórios de patologia.
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Quanto à necessidade de um hospedeiro para passar toda ou uma parte do seu ciclo evolutivo os
parasitas podem ser: Facultativo e obrigatório
EXEMPLO
Larvas de moscas Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas
necrosadas ou em matéria orgânica em decomposição (esterco).
b) Parasito Obrigatório. Organismo que deve obrigatoriamente passar pelo menos parte da
sua vida no hospedeiro para completar o seu ciclo. Podem ter um período de vida livre
fora do hospedeiro, no meio ambiente dentro duma capa protectora, o ovo ou cisto.
EXEMPLO
Toxoplasma gondii, Plasmodium sp, Schistosoma mansoni, etc.
Os parasitas podem ao longo da sua fase de desenvolvimento alternar ou não sua forma de
reprodução de um hospedeiro para o outro. Assim, chama-se parasita Heterogenético, aquele
que apresenta alternância de gerações.
EXEMPLO
Plasmodium, com ciclo assexuado no mamífero e sexuado no mosquito
Designa-se por parasita Monogenético, aquele não apresenta alternância de gerações; isto é,
possui um só tipo de reprodução: sexuada ou assexuada.
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EXEMPLO
Ascaris lumbricoides, Ancylostomatidae, Entamoeba histolytica
EXEMPLO
Trypanosoma cruzi, S.mansoni
EXEMPLO
Enterobius vermicularis, A.lumbricoides
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EXEMPLO
O piolho, a pulga, etc.
EXEMPLO
As tênias (solitárias), Ascaris, e Schistosoma, etc.
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Protozoários
Helmintos
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B. malayi
Brugia
B. timori
Loa L. loa
Dracunculus D. medinensis
Enterobius E.vermiculares
Ancylostoma A.duodenale
Necator N.americanus
Ancylostoma A. braziliense
Strongyloides S.stercoralis
Trichinella T. spiralis
Schistosoma S. mansoni
S. japonicum
S. haematobium
Fasciola F. hepatica
T. solium
Taenia
T . saginata
Platyhelminthes
Echinococcus E. granulosus
H. nana
Hymenolepis
H. diminuta
Diphyllobotrium D. latum
2.1. Hospedeiro
DEFINIÇÃO Hospedeiro é um organismo que alberga ou aloja o parasita.Exemplo: o
hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser humano (Neves, 2009, P.4;
Noormahomed, 2014, P.17)
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2.2. Vector
DEFINIÇÃO
Considera-se Vector qualquer meio de transmissão do parasito entre dois
hospedeiros (Neves, 2009, P.5 )
b) Vectores Mecânicos: são organismos que transportam o parasita até ao hospedeiro, onde
o parasita não sofre nenhum processo evolutivo, nem de multiplicação, isto é, quando o
parasita não se multiplica nem se desenvolve no vector, este simplesmente serve de
transporte.
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EXEMPLO
Ascaris lumbricoides tem como habitat o intestino delgado humano.
Exposição – termo genérico para descrever factores (variáveis ou medidas) que uma
pessoa ou grupo de indivíduos tenha tido contato e que podem ser relevantes para sua
saúde (qualitativamente e/ou quantitativamente).
EXEMPLO
Anopheles sp (Na transmissão da malária)
Acção Infecciosa Indirecta – o parasita prepara a porta de entrada para outros agentes
infecciosos através de traumatismos.
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b) Período Prepatente: este período vai desde a penetração do parasita no hospedeiro até
demonstração de suas formas por métodos laboratoriais específicos.
c) Período Patente: considerada a etapa em que as formas dos parasitas são facilmente
reveladas laboratorialmente.
d) Período Subpatente: segue-se ao período patente com duração indefinida em que não se
pode evidenciar a presença do parasita pelos métodos correntes.
e) Períodos Clínicos: são descritivas das reacções do hospedeiro sob a acção dos parasitas.
g) Período de Sintomas: este período começa após o aparecimento dos primeiros sintomas
e termina quando eles cessam.
h) Período de Convalescença: este inicia-se logo após ser atingida a fase de maior
sintomatologia, findando com a cura do hospedeiro.
i) Período Latente: em alguns casos, os sintomas desaparecem sem ter havido a destruição
total dos parasitas, seguida de um aumento do número dos parasitas e retorno dos
sintomas - Período de recaída.
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Uma das caracteríticas dos seres vivos é a interdependência, nenhum ser vivo é capaz de realizar
todas funçoes vitais sem necessitar do outro. Contudo, é importante lembrar que a parte da
ciência que estuda esta interdependência é a ecologia.
Esta procura contínua pela sobrevivência, nem sempre traz harmonia nas relações de
interdependência, pois nem todos saem beneficiados. Por esta razão, as associações entre os
seres vivos podem ser enquadrados em 2 grandes grupos: Harmônicas e Desarmônicas.
– Simbiose: é a associação entre seres vivos, na qual há uma troca de vantagens a nível tal
que esses seres são incapazes de viver isoladamente.
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Estas infecções causam danos muito grandes aos pacientes desdeDesnutrição, anemia,
diminuição no crescimento, retardo cognitivo, irritabilidade, aumento de suscetibilidade a outras
infecções e complicações agudas e até a morte.veja que as parasitoses quando acontecem em
comunidades menos informadas podem desencadear um processo depressivo principalmente em
crianças. Ex.: Crianças com ascardíase com proeminência do abdómen pode sofrer “bulling” no
seio de outras crianças, devido ao seu abdómen ou sua necessidade de alimentar-se levando esta
a evitar ambientes com outras crianças.
A ocorrência de parasitoses de forma geral, tem uma estreita relação com os seguintes factores:
– Condições Socio-económicas
– Factores socioculturais,
– Hábitos
– Idade do hospedeiro
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Nesta secção descreveremos as características gerais dos grandes grupos taxonómicos sem entrar
em detalhe nos próprios parasitas porque isso é estudado com detalhes nas unidades
subsequentes. Assim, serão abordados neste manual os protozoários e os helmintos que
constituem a maioria.
4.1. Protozoários
Organismos eucarióticos, unicelulares e na sua maioria heterotróficos.
Maior parte destes organismos são de vida livre, habitando no solo e na água.
4.1.1. Classificação
Os protozoários classificam-se segundo:
a) A Taxonomia
c) Órgãos de locomoção:
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4.1.2. Morfologia
Quanto a morfologia, os protozoários apresentam grandes variações, podendo ser esféricos, ovais
ou mesmos alongados. Algumas espécies possuem também fases distintas durantes seu
desenvolvimento, compreendendo:
e) Esquizontes: Célula que em processo de divisão múltipla que dá origem aos merozoitos
Endoplasma
– Núcleo
Corpos cromatoides.
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Respiração
Nutrição
Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima
descritos.
Reprodução
Reprodução assexuada
– Divisão binária: A partir de uma célula mãe, por divisão simples obtêm-se duas novas
células filhas. Pode ser transversal (Balantidium) ou longitudinal (flagelados).
– Esquizogonia (divisão múltipla): Uma célula sofre várias divisões resultando em várias
células filhas.
EXEMPLO
Plasmodium sp
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EXEMPLO
Toxoplasma gondii.
4.2. Helmintos
Os dois filos com mais parasitas de interresse médico são os Planthelmintas e Nemathelmintas.
– Corpo cilíndrico
– Possuem dimorfismo sexual (As fêmeas são geralmente maiores que os machos)
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EXEMPLO
Ancylostomatidae, que ingerem sangue da mucosa intestinal para obterem ferro e
O2.
b) Acção Tóxica: ocorre quando espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem
lesar o hospedeiro.
EXEMPLO
As reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. Lumbricoides.
EXEMPLO
A.lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a;
EXEMPLO
Migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae
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e) Acção Irritativa: deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões
traumáticas, irrita o local parasitado.
EXEMPLO
Penetração de S. mansoni através da pele
– As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das
mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de microrganismos
presentes nas mãos serem transmitidos durante procedimentos. Lavar instrumentos,
roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. NÃO usar luvas fora da área de
trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. NUNCA reutilizar as luvas,
DESCARTÁ-LAS de forma segura.
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– As batas são usadas para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de
transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do pessoal,
protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corporais, salpicos e derramamentos
de material infectado. São de uso constante nos laboratórios. Devem sempre ser de
mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável). Uso de
batas é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM
REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, machimbombos, ETC. As batas
NUNCA devem ser colocadas no armário onde são guardados objetos pessoais. Devem
ser descontaminados antes de serem lavados.
Evitar tocar o rosto com as mãos, e não colocar objetos de uso pessoal, como
óculos ou livros, sobre a bancada de trabalho; deve-se tomar cuidado para
ATENÇÃO deixar toda a área de trabalho limpa e desimpedida. A bancada de trabalho deve
ser limpa com desinfetante. Após o exame do material colocar a amostra em
solução desinfetante e posteriormente recipiente de descarte. Lâminas utilizadas
em exames microscópicos descartar em recipiente com solução de hipoclorito.
(Ver o módulo pré pós analítico para mais informacoes).
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– Condições Socio-económicas.
– Instalações sanitárias inadequadas.
– Poluição fecal da água e de alimentos consumidos.
– Factores socioculturais.
– Contacto com animais.
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Actividades de ensino-aprendizagem
Identificacao de factores favoraveis a eclosao de parasitoses na IDF
ACTIVIDADE nº 01
Duração 4h
Objectivos:
Identificar condições ou factores que propiciam eclosão de parasitoses em diferentes locais
da IDF
Conteúdos de referência:
– Parasitas
– Meios de transmissão de infecções parasitárias
– Factores associados as parasitoses
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Os estudantes serão divididos em grupos e terão 50 minutos para deslocarem-se ao-
Refeitório,Pátio,casas de banho, Dormitório,Lavandaria e Escritórios a fim de identificarem
os factores associados ás parasitoses.
Após 50 minutos, eles deverao regressar a turma para:
– Discutir em grupo os prováveis factores identificados
– Elaborar uma apresentação para plenária.
– Apresentar suas constatações no seio da turma
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
– Orienta a formação dos grupos de trabalho
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Caso prático/Projeto
Título: Identificação dos focos e do tipo de parasitoses no bairro
Descrição
Planeamento da situação
O foco das parasitoses em qualquer canto do mundo, parte da forma de vida de cada um,
como cada um cuida de si, do seu meio (Como trata o seu lixo, como é sua higine,etc) de tal
maneira que se cada um fizer sua parte o risco de doenças parasitárias fica reduzido em sua
casa, depois no seu bairro, na sua localidade, no seu distrito, na sua província e em todo país.
Neste trabalho o estudante irá desenvolver um projecto que ajudá-lo-á a conhecer e entender
as doenças parasitárias, descobrir os focos de doenças parasitárias na sua comunidade e
implementar medidas de prevençao.Assim, até ao fim do módulo o estudante estará apto para
ajudar sua comunidade a melhorar sua condição de saúde.
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projecto será desenvolvido por fases e será entregue até ao fim do módulo
Cada aluno tem a missão de:
1ª fase
1. Identificar os focos de doenças parasitárias no seu bairro/ comunidade (Nesta fase não
importa conhecer os detalhes da doença, aponta tudo que acha que pode ser foco de
uma doença parasitária).
2a fase
2. Há medida em que as aulas vão decorrendo, vai colhendo detalhes do foco
identificado na fase anterior.Qual é a doença ou as doenças que podem surgir de cada
foco, o (s) agente etiológico (s) forma (s) de transmissão,Ciclo evolutivo,
Patogenia,manifestações da doença,prevenção.
3ª fase
3. Apresentação e defesa do projecto nas últimas aulas do módulo
4ª fase
4. Efectuar as correcções propostas pelo corpo de acessoria, entregar o projecto ao
docente e fazer uma cópia para entregá-la ao líder comunitário. A cópia entregue ao
líder deve ser usada pela comunidade para informar-se sobre as doenças e também o
estudante deverá ser convidado nas reuniões comunitárias para apresentar seu
trabalho quando for possível, propondo medidas para cada foco de doenças e
integrando-se na solução dos problemas da saúde da comunidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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UNIDADE DIDÁCTICA 2
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ÍNDICE
OBJECTIVO GERAL _______________________________________________________ 49
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica _______________________________ 49
INTRODUÇÃO ___________________________________________________________ 50
1. COLHEITA E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE FEZES __________________ 51
1.2. Conservação das amostras de fezes _____________________________________ 52
1.2.1 Conservantes e preservantes para amostras de fezes usados em Parasitologia _ 52
2. EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF) _____________________________ 53
2.1. Exame macroscópico de fezes _________________________________________ 54
2.2. Exames microscópico de fezes _________________________________________ 57
2.2.1. Exame directo a fresco ___________________________________________ 58
2.2.2. Sedimentação espontânea (Método de Hoffman, Pons & Janer) ___________ 60
2.2.3. Sedimentação por centrifugação, Método de Ritchie, de Blagg ou “formol-éter”61
2.2.4. Flutuação simples (método de Willis) ________________________________ 63
2.2.5. Centrífugo-Flutuação (método de Faust) _____________________________ 64
2.2.6. Métodos de Baerman-Moraes e de Rugai _____________________________ 65
2.2.7. Método de kato – katz ____________________________________________ 66
2.2.8. Método de graham (Método da fita adesiva) __________________________ 67
2.2.9. Métodos de Coloração ____________________________________________ 68
3. PRINCIPAIS PARASITAS INTESTINAIS ___________________________________ 69
3.1. Giardia lamblia (G. intestinalis) ________________________________________ 70
3.1.1. Morfologia _____________________________________________________ 70
3.1.2. Epidemiologia __________________________________________________ 71
3.1.3. Ciclo Biológico _________________________________________________ 71
3.1.4. Transmissão ____________________________________________________ 72
3.1.5. Patogenia ______________________________________________________ 73
3.1.6. Diagnóstico ____________________________________________________ 74
3.1.7. Tratamento ____________________________________________________ 75
3.1.8. Medidas de Prevenção ____________________________________________ 75
3.2. Entamoeba histolytica________________________________________________ 75
3.2.1. Morfologia _____________________________________________________ 76
3.2.2. Epidemiologia __________________________________________________ 77
3.2.3. Ciclo Biológico _________________________________________________ 77
3.2.4. Transmissão ____________________________________________________ 78
3.2.5. Patogenia ______________________________________________________ 78
3.2.6. Diagnóstico ____________________________________________________ 79
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OBJECTIVO GERAL
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INTRODUÇÃO
Uma vez o estudante já familiarizado com o laboratório de parasitologia, nesta unidade didáctica
o estudante, irá ter a oportunidade de aprender sobre as fezes, o que as fezes “dizem” sobre a
saúde, também com esta unidade ele saberá classificar as fezes macroscopicamente, conhecer a
diversidade de parasitas intestinais bem como exames para sua identificação.
O processo começa com a colheita de amostras que pode ser feita no laboratório ou pelo
paciente em casa.
A qualidade dos resultados laboratoriais depende fundamentalmente da qualidade da mensagem
que é transmitida ao paciente para observar rigorosamente os procedimentos preconizados na
colheita de amostras de qualidade.
As fezes poderão, também ser mantidas em conservantes, permitindo que o exame seja realizado
semanas, meses após a colheita. Para tal é necessário que sejam usados conservantes fornecidos
pelo laboratório.
A presente unidade didáctiva está composta por quatro grandes capítulos:
– O primeiro capítulo vai abordar a colheita e conservaçã de amostras de fezes, com
enfoque nos cuidados fundamentais e na conservação das amostras.
– O segundo capítulo abordará a temática sobre o exame parasitológico de fezes, onde
falaremos das técnicas diretas e das indiretas.
– No terceiro capítulo faremos menção aos exames macroscópico de fezes, onde será
abordado os exames qualitativos e quantitativos, bem como a escolha do método a usar.
– E por fim, teremos o nosso quarto capítulo que descreverá os parasitas intestinais
destacando os grupos dos protozoários e o grupo dos helmintos.
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Cada amostra deve conter no mínimo as seguintes informações: nome do paciente, número de
identificação, nome do médico, data e horário de colheita.
– O recipiente deve ser limpo e seco, com a boca larga, de capacidade aproximada de
250ml para que possa conter uma amostra significativa e que tenha vedação hermética.
– As fezes obtidas do vaso sanitário não são recomendadas, porque a água e a urina
poderiam destruir as formas trofozoíticas.
– As fezes excretadas no solo não recomendadas, porque larvas de vida livre do solo
poderiam confundir o diagnóstico.
– Recomenda que as amostras sejam processadas num intervalo não superior a 30 minutos
após a evacuação para amostras líquidas e 1h para fezes pastosas. Fezes formadas podem
ser examinadas após um dia para evitar que os trofozoítos de protozoários morram e se
degenerem em poucos minutos fora do corpo humano.
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a) Formol a 10% (formaldeído, formalina, metil aldeído, metileno glicol): Conserva por
mais de um mês os ovos ou larvas de helmintos e os cistos e oocistos de protozoários.
b) SAF (Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído): Usado para conservar cistos e
trofozoítos, sendo útil para fezes formadas ou diarréicas. Para a execução do método da
hematoxilina férrica, no diagnóstico de amebas e Giardia. Usa-se na mesma proporção
citada anteriormente.
O EPF é utilizado para identificação das diversas formas evolutivas de parasitas (ovos e larvas
de helmintos e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do
parasitismo influencia no número de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de
fezes em três amostras colhidas em dias alternados, pois a ausência de parasitas em uma amostra
de fezes não exclui a possibilidade da presença do mesmo no organismo. Em parasitologia, são
usadas diversas as técnicas para o diagnóstico de parasitas intestinais. Estas técnicas são
classificadas em directas ou indirectas.
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– Técnicas directas: São aquelas através das quais confirmar-se a presença do agente
etiológico da doença em suspeita no hospedeiro através da visualização das suas formas
parasitárias.
– Técnicas indirectas: Aquelas que confirmam a presença do agente através de partículas
pertencentes ao agente etiológico (Antígenos, proteínas, enzimas) ou pela reacção do
hospedeiro á presença do agente (Anticorpos).
Nesta unidade didáctica iremos abordar com mais ênfase as técnicas directas.
As técnicas directas têm como objetivo diagnosticar as parasitoses intestinais, por meio da
pesquisa das diferentes formas parasitárias que são eliminadas nas fezes.
Geralmente, as formas que saem junto com as fezes são microscópicas, demandando o uso do
microscópio para a sua pesquisa, não obstante, podem aparecer nas fezes formas parasitárias que
podem ser observadas macroscópicamente ex: vermes adultos de helmintos, assim como outras
estructuras/substâncias sugestivas de parasitoses intestinais: gorduras, muco, sangue, etc. Pelo
que, recomenda-se começar pelo exame macroscópico das fezes.
1. O exame macroscópico- Permite a verificação da consistência das fezes, do odor, da
presença de elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes adultos ou partes
deles.
2. O exame microscópico- permite a visualização de ovos ou larvas de helmintos, cistos,
trofozoítos ou oocistos de protozoários.
Procedimento
Observar a consistência das fezes: Podem ser líquidas, semi-líquidas, pastosas,formadas e
duras.
o Fezes moles ou líquidas sugerem a possível presença de trofozoítos de
protozoários intestinais.
o Cistos de protozoários são encontrados com mais freqüência em fezes formadas.
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o Ovos e larvas de helmintos podem ser encontrados tanto em fezes líquidas quanto
em fezes formadas.
Observar a côr: Pode variar de acordo com os hábitos alimentares mas,normalmente são
de côr castanho claro ou escuro pela presença de estercobilina. A alteração da cor pode
ser pode ser indicativo de doença. (Ver tabela 1)
Sentir o cheiro: Assim como a cor, o cheiro tambem pode variar devido a vários factores
como alimentação, medicação, estado patológico, tipo de patologia, etc. (Ver tabela 2)
Observar o conteúdo
o Examinar a superfície da amostra para observar a presença de proglotes de ténias
o Examinar a amostra fecal com auxílio de um palito para verificar a presença de
outros helmintos adultos.
o Examinar as fezes quanto à presença de sangue e/ou muco, gorduras e outros.
Sangue fresco (vermelho vivo) indica hemorragia aguda no trato intestinal.
Muco sanguinolento sugere ulcerações e uma porção desse material deve,
de preferência, ser examinada, ao microscópio, para a procura de
trofozoitos.
Os vermes adultos, quando encontrados, devem ser imediatamente
examinados e identificados. As tênias são identificadas
ATENÇÃO
especificamente pelo exame das proglotes grávidas. As proglotes
devem ser fixadas em formol a 10% e depois clarificadas por
imersão em glicerina ou solução de lactofenol (1:1). Recomendável
colher 15-20g de fezes.
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ATENÇÃO Cerca de 3/4 das fezes é água. Mas a proporção pode variar de acordo com
a consistência. Quanto menos água tiver, mais duras, elas serão. O resto é
sobra de alimento, bactérias mortas e um pouco de muco do intestino grosso
para facilitar a passagem.
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Obtida diretamente da amostra fecal, sem conservante, pouco material não obstante,
pouco sensível (probabilidade elevada de falso negativos)
Solução de Lugol:
Composição: Lugol 2,0 g Iodeto de Potássio - KI 4,0 g Água destilada Completar para 100 ml
Procedimento:
1. Identificar uma lâmina (registar o nome ou código do paciente)
2. Depositar uma gota de solução salina no centro da metade esquerda da lâmina e uma gota
de lugol no centro da metade direita da lâmina.
3. Tomar uma pequena porção de fezes (tamanho de uma cabeça de fósforo) com uma
vareta de vidro/palito de madeira, e depositar na gota de solução salina; juntar uma
porção análoga à gota de lugol.
4. Misturar as fezes com cada gota até se obter uma suspensão.
5. Colocar uma lamela sobre cada gota, apoiando-se primeiro em um ângulo sobre o bordo
da mesma e baixando-se logo com cuidado.
6. Examinar as preparações com as objectivas: primeiro de 10x e depois de 40x.
ATENÇÃO O lugol é um corante temporário que serve para dar contraste e
aumentar a visibilidade das estruturas internas das formas
parasitárias. Pode ser usado também em algumas técnicas de
concetração que não sejam de coloração.
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Solução de Lugol
Composição: Lugol 2,0 g Iodeto de Potássio - KI 4,0 g Água destilada Completar para 100 ml
Utilizado para pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. Método pouco sensível e
só apresenta resultados positivos em infecções massivas. Procedimento: Adicionar solução de
lugol às fezes, preparar a lâmina e observar direto ao microscópio em aumento de 10X e 40X.
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Procedimento:
1. Colocar
aproximadamente 2g
de fezes em um
frasco de Borrel
(pode ser substituído
por copo plástico
descartável), com
cerca de 5ml de
água, e triturar bem
com bastão de vidro
(ou "palito de
picolé").
2. Acrescentar mais 20ml de água.
3. Filtrar a suspensão para um cálice cônico de 200 mL de capacidade, por intermédio de
tela metálica ou de náilon com cerca de 80 a 100 malhas por cm2, ou gaze cirúrgica
dobrada em quatro; os detritos retidos são lavados com mais 20mL de água, agitando-se
constantemente com o bastão de vidro, devendo o líquido da lavagem ser recolhido no
mesmo cálice.
4. Completar o volume do cálice com água.
5. Deixar essa suspensão em repouso durante 2 a 24 horas.
6. Decartar o sobrenadante num movimento único.
7. Retirar o sedimento com um canudo ou pipeta Pasteur e transferir para lâmina de vidro
adicionando 2 gotas de solução de Lugol e cobrindo com lamela. Observar ao
microscópio em objetiva de 10x e 40x.
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Procedimento:
1. Colher as fezes recém-emitidas em líquido conservador Formol ou MIF.
2. Homogeneizar bem.
3. Filtrar a suspensão de fezes em gaze dobrada em quatro ou em filtro descartável, num
copo plástico descartável.
4. Transferir 1 a 2ml do filtrado para um tubo cônico de centrifugação, com capacidade para
15ml.
5. Acrescentar 4 a 5ml de éter sulfúrico e agitar vigorosamente (importante para
desengordurar o material).
6. Centrifugar por um minuto a 1.500rpm: Formar-se-ão 4 camadas – no fundo estará o
sedimento com os parasitas.
7. Inverter o tubo para descartar o líquido sobrenadante, num único movimento.
8. Inverter o tubo em uma lâmina, deixando escoar todo o sedimento. Se a quantidade de
sedimento for excessiva, utilizar uma pipeta para colhê-lo e preparar a lâmina.
9. Cobrir com lamela e examinar com as objetivas de 10 e 40X.
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Procedimento
1. Dissolver cerca de 5g de fezes em uma solução saturada de NaCl.
2. Filtrar em gaze dobrada em quatro para um frasco de Borrel (frasco comum) e completar
com a solução saturada de NaCl até formar um menisco convexo na boca do frasco.
3. Colocar uma lâmina por sobre as bordas do frasco para que fique em contato com o
líquido ao menos por 5 minutos.
4. Retirar a lâmina sem escorrer o líquido
5. Colocar a lamela
6. Examinar ao microscópio.
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Procedimento
1. Diluir 10g de fezes em 20ml de água filtrada.
2. Homogeneizar bem.
3. Filtrar através de gaze dobrada em quatro, num copo plástico, e transferir para um tubo
de centrífuga.
4. Centrifugar por um minuto a 2.500rpm.
5. Desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento em água.
6. Repetir as operações 4 e 5 mais duas ou três vezes, até que o líquido sobrenadante fique
claro.
7. Os cistos e alguns oocistos de protozoários e os ovos leves, presentes na amostra fecal,
estarão na película superficial.
8. Recolher a película com alça de platina, colocar numa lâmina, acrescentar uma gota de
lugol e cobrir com lamela.
9. Examinar com as objetivas de 10x e 40x.
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Procedimento
1. Colocar a água aquecida no funil com o tubo de látex vedado pela pinça de Mohr,
quantidade suficiente para tocar a extremidade inferior da peneira contendo as fezes.
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2. Depositar pequena quantidade de fezes sobre a peneira contendo gaze e deixar em repouso
por 45 a 60 minutos.
3. Após este tempo, soltar a pinça de Mohr e deixar que o material escorra para um tubo de
hemólise.
4. Centrifugar o material em baixa rotação
5. Observar o sedimento em objetiva de 10x e 40x.
ATENÇÃO
Este método é específico para a pesquisa de larvas de S. stercoralis.
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Procedimento:
1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel higiênico
colocando a tela por cima e pressionando com a paleta.
2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no centro do orifício as
fezes que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60 mg).
3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo.
4. Sobrepor a lamínula de celofane (embebida em verde malaquita) e inverter a preparação
realizando pressão com o polegar sobre a lâmina até obter uma uniformidade do material.
5. Deixar em repouso por cerca de 60 minutos a temperatura ambiente.
6. Contar todos os ovos encontrados e multiplicar o total por 24, resultando em ovos/grama
de fezes.
Procedimento:
1. Colocar um pedaço de fita adesiva transparente em uma espátula de madeira com a parte
adesiva voltada para fora.
2. Pressionar firmemente a espátula contendo a fita adesiva contra as pregas anais e
perianais.
3. Colar a fita adesiva em lâmina devidamente identificada
4. Levantar cuidadosamente a fita da lâmina e pingar uma gota de toluol ou xileno e
pressionar novamente a fita contra a lâmina.
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Procedimento
1. Preparar um esfregaço de fezes numa lâmina e esperar que seque.
2. Fixar a preparação com metanol puro durante 3 minutos.
3. Cobrir toda a lâmina com solução de carbol Fucsina e deixar actuar durante 15 minutos.
4. Passar a lâmina por álcool acidificado durante 10-15 segundos.
5. Lavar com água tamponada.
6. Mergulhar em solução de azul de metileno durante 30 segundos.
7. Lavar com água destilada.
8. Deixar secar a temperatura ambiente.
9. Observar ao microscópio com objectiva de 100x (com óleo de imersão).
Portanto, para cada um dos parasitas intestinais apresentados iremos abordar o conceito, a
morfologia do parasita, a epidemiologia da doença, o ciclo biológico do parasita, a transmissão
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3.1.1. Morfologia
A Giardia apresenta duas formas evolutivas: Trofozoíto o Cisto.
O trofozoíto tem formato de pêra, com simetria bilateral e mede 20µm de comprimento por
10µm de largura. A face dorsal é lisa e convexa, enquanto a face ventral é côncava. No interior
do trofozoíto, e localizados na sua parte frontal, são encontrados dois núcleos. O trofozoíto
possui ainda quatro pares de flagelos: um par de flagelos anteriores, um par de flagelos ventrais,
um par de flagelos posteriores e um par de flagelos caudais. Em preparações a fresco, o
movimento oscilatório de Giardia lamblia facilita sua identificação.
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O Cisto é oval ou elipsóide, medindo cerca de 12µm de comprimento por 8µm de largura. Este,
quando corado, pode
mostrar uma delicada
membrana destacada do
citoplasma. No seu
interior encontram-se
dois ou quatro núcleos,
um número variável de
fibrilas e os corpos
escuros com forma de
meia-lua, situados no
pólo oposto aos núcleos.
Os cistos são resistentes
as condições adversas
do meio ambiente. Em condições favoráveis de temperatura e humidade podem sobreviver até
dois meses no meio ambiente.
3.1.2. Epidemiologia
A giardíase é encontrada no mundo todo, tendo como maior grupo alvo as crianças de oito meses
a 12 anos de idade. A alta prevalência observada em crianças atribuída aos deficientes hábitos
higiênicos nessa idade constituíndo assim uma das causas mais comuns causas de diarreia entre
crianças nos Países em via de desenvolvimento e também uma das causas de desnutrição e atraso
no desenvolvimento.
A giardíase é uma infecção frequentemente encontrada em ambientes coletivos: enfermarias,
creches, internatos etc., onde o contacto directo de pessoa a pessoa é frequente e medidas de
higiene difíceis de serem implementados. Há estudos que revelaram uma prevalência de até 98%
no Egípto, 40% na América do sul 36% em Maputo (citar referência bibliográfica) acreditando
que se estudos similares forem realizados actualmente podem revelar realidades mais críticas.
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3.1.4. Transmissão
A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos maduros, que podem ser transmitidos
por um dos seguintes mecanismos:
– Ingestão de águas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratadas;
Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas); esses alimentos também podem
ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas;
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Contacto pessoa a pessoa por meio das mãos contaminadas em locais de aglomeração humana
(creches, orfanatos etc.); quando se tem algum indivíduo infectado no seio do grupo;
– Através de contactos homossexuais.
É importante salientar que os portadores assintomáticos são os mais importantes na
disseminação da infecção pois estes podem eliminar 300 mil quistos por 1g de fezes por dia
tendo o período quente como o de maior frequência e não estão cientes do seu estado.
3.1.5. Patogenia
Os trofozoítos de Giardia lamblia formam um “tapete” por cima da mucosa intestinal,
dificultando a absorção de gorduras, carbohidratos, vitaminas, etc. O atapetamento da mucosa
por um grande número de trofozoítos e libertação das prostaglandinas são tidos como factores
activos das mudanças na arquitetura da mucosa, tais como: edemas, atrofia parcial e completa da
mucosa.
As prostaglandinas agem directamente sobre a motilidade intestinal ou através da estimulação da
adenilciclase da mucosa, provocando o aparecimento de diarréia. Por outro lado, o parasita entra
em contato com macrófagos que activam os linfócitos T que, por sua vez, ativam os linfócitos B
para produzir IgA e IgE. A IgE se liga aos mastócitos presentes na superfície da mucosa
intestinal, provocando a degranulação dessas células e a liberação de várias substâncias, entre
elas a histamina. Desta forma, é desencadeada uma reação anafilática local (reação de
hipersensibilidade), que provoca edema da mucosa e contração de seus músculos lisos, levando a
um aumento da motilidade do intestino.
Sinais e Sintomas
A giardíase apresenta um espectro clínico diverso, que varia desde indivíduos assintomáticos
até pacientes sintomáticos que podem apresentar:
- Diarréia aguda a persistente
- Má-absorção de nutrientes
- Perda de peso
- Irritabilidade
- Insônia
- Náuseas
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- Vômitos
- Perda de apetite
- Dor abdominal
ATENÇÃO
Apesar desses sintomas serem bastante característicos, é conveniente a
comprovação por exames laboratoriais
3.1.6. Diagnóstico
A supeita clínica dá-se pelos sinais e sintomas que são muito característicos principalmente em
crianças de 8 meses a 12 anos. Para confirmar a suspeita clínica, deve-se fazer o exame
parasitológico de fezes (Ver conteúdo de exames de fezes) nos pacientes para a identificação de
cistos ou trofozoítos.
Os cistos são encontrados nas fezes da maioria dos indivíduos com giardíase, enquanto a
presença de trofozoítos é menos frequente. Com isto, a observação do aspecto e consistência das
fezes fornece informações sobre a forma evolutiva a ser pesquisada, uma vez que em fezes
formadas e fezes diarréicas predominam cistos e trofozoítos, respectivamente.
Podem ser usadas preparações a fresco pelo método directo para detectar Giardia lamblia,
também podem ser efectuados métodos de concentração, como o de flutuação pelo sulfato de
zinco.
Preparações coradas com Giemsa ou com Hematoxilina férrica podem ser feitas para visualizar
cistos ou mesmo trofozoítos embora estes últimos sejam melhor visualizados no método directo.
Como nas fezes diarréicas encontram-se trofozoítos, recomenda-se colher o material no
laboratório, e examiná-lo imediatamente, ou diluir as fezes com preservante próprio (formol a
10%), uma vez que os trofozoítos sobrevivem durante pouco tempo no meio externo (15-20
minutos).
ATENÇÃO Um aspecto importante com relação ao diagnóstico da giardíase é o facto de
indivíduos parasitados não eliminarem cistos continuamente. O período em que
não se observa eliminação de cistos nas fezes denomina-se "período negativo" e
pode durar em média dez dias. Além disso, o padrão de excreção de cistos varia
de indivíduo para indivíduo, e nos baixos excretores as amostras de fezes podem
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3.1.7. Tratamento
As drogas de eleição têm sido:
- Metronidazol
- Tinidazol
- Albendazol
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3.2.1. Morfologia
A E. histolytica apresenta duas formas principais: trofozoíto e cisto.
Trofozoítos
Os trofozoítos medem entre 20 e 30µm. Geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas
coradas e pouco visível nas formas vivas. O trozofoíto, quando fixado e corado pela
hematoxilina férrica, apresenta diferenças entre ecto e endoplasma; o núcleo é bem visível e
destacado, geralmente esférico.
Cistos
São esféricos ou ovais, medindo 8 a 20µm de diâmetro. Em preparações sem coloração ou a
fresco, eles aparecem como corpúsculos hialinos, claros, às vezes de coloração palha. Os núcleos
são pouco visíveis. Quando corados pelo lugol ou pela hematoxilina férrica, os núcleos tornam-
se bem visíveis e variam de um a quatro, tomando a cor castanho-escuro.
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3.2.2. Epidemiologia
Estima-se que existam cerca de 480 milhões de pessoas no mundo infectadas com a E.
histolytica, das quais 10% apresentam formas invasivas, isto é, alterações intestinais ou extra-
intestinais.
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3.2.4. Transmissão
O mecanismo de transmissão ocorre através de:
Ingestão de cistos maduros, com alimentos (sólidos ou líquidos).
O uso/consumo de água (sem tratament) contaminada por dejectos humanos (modo frequente de
contaminação)
– Ingestão de alimentos contaminados (verduras cruas – alface, frutas)
Contaminação de alimentos por cistos veiculados nas patas de baratas e moscas
Obs: Os "portadores assintomáticos" que manipulam alimentos são os principais disseminadores
dessa protozoose.
3.2.5. Patogenia
Em situações que não são bem conhecidas, o equilíbrio parasita-hospedeiro pode ser rompido e
os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, necrosando o tecido com posterior formação de
úlceras e amebomas. As amebas multiplicando-se activamente no interior das úlceras e podem,
através da circulação porta, atingir outros órgãos, como o fígado, pulmões, rins, cérebro ou pele,
causando a amebíase extra-intestinal. O trofozoíto presente nestas úlceras é denominado forma
invasiva ou virulenta. A forma extra-intestinal mais frequente da amebíase é a hepática, quando
estes parasitsa se encontram no fígado.
Sinais e Sintomas
Colite não-disentérica (manifesta-se por duas a quatro evacuações, diarréicas ou não, por dia)
– Desconforto abdominal ou cólicas
– Diarréia, com evacuações mucossanguinolentas, com predominância de muco ou de
sangue, acompanhadas de cólicas intensas
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– Tenesmo
– Dor no hipocôndrio direito- (amebíase hepática)
3.2.6. Diagnóstico
O diagnóstico da E.histolytica não é fácil devido a enorme confusão que se pode estabelecer com
outras espécies de amebas que parasitam o homem, necessitando então de treino intenso para um
diagnóstico bem-sucedido.
Para a pesquisa deste parasita, as fezes podem ser colectadas em frascos com preservantes como
Schaudinn, SAF, álcool prolivinílico, quando estão liquefeitas, ou diarréicas e em formol a 10%,
MIF, SAF, quando são formadas ou semi-sólidas.
O exame a fresco das fezes deve ser feito tão logo que elas forem emitidas, no máximo 20 a 30
minutos após a colheita, se tiver como objetivo observar trofozoítos.
Os métodos de MIF, formol-éter ou Faust apresentam resultados muito semelhantes e detectam
de 80% a 90% dos cistos. Recomenda-se sempre fazer o exame directo como triagem, seguido
do MIF, formol-éter ou Faust. Se necessário, faz-se coloração pela hematoxinina férrica.
Para o diagnóstico diferencial dos quistos das amebas intestinais é necessária uma coloração. A
mais simples coloração para a visualização é a solução de lugol que é uma coloração temporária
(não permite guardar a preparação por tempo prolongado) mais que evidencia os núcleos.
São colorações definitivas a hematoxilina, coloração tricrómica, etc.
Como a eliminação dos cistos é intermitente é irregular, aconselha-se colher as fezes em dias
alternados e colocá-las em preservantes.
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3.3.1. Morfologia
O parasita apresenta formas estruturais encontradas nos tecidos (formas endógenas), nas fezes e
no meio ambiente (oocistos).
Os oocistos do Cryptosporidium são pequenos, esféricos ou ovóides medem cerca de 5,0 µm x
4,5µm para C. parvum, e 7,4 µm x 5,6 µm para C. muris, e contêm quatro esporozoítos livres no
seu interior.
Ao microscópio óptico torna-se impossível distinguir os ooquistos das diferentes espécies.
3.3.2. Epidemiologia
O Cryptospoidium sp é o agente etiológico da criptosporidíase, uma enfermidade entérica
cosmopolita encontrando-se a maior parte dos casos em áreas de clima tropical, seguido das
áreas de clima temperado. É reconhecida como uma das mais comuns parasitoses transmissíveis
através da água de beber e recreacional. Estudos realizados em mais de 100 regiões geográficas
de pelo menos 40 países em indivíduos portadores ou não de diarréia, indicam que as regiões
mais desenvolvidas apresentam uma prevalência média de 1% a 3%, e que nas menos
desenvolvidas os índices variam de 5% a 10%, podendo atingir mais de 15%. A alta prevalência
verifica-se em crianças na faixa etária de 6meses a 3 anos.
A partir de 1983, esta parasitose ganhou maior importância na medicina humana, por estar
muitas vezes associada a diarreia em crianças mal nutridas, como em adultos imunologicamente
comprometidos devido ao HIV/SIDA.
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3.3.4. Transmissão
A infecção no homem e outros mamíferos é causada pela ingestão de oocistos a partir de água ou
alimentos contaminados pelas fezes dos animais que constituem reservatórios. (sabe-se que as
ostras e ameijoas concentram grandes quantidades do parasita),
Geralmente, as formas de transmissão têm sido pelas seguintes vias:
3.3.5. Patogenia
Factores como a idade do indivíduo infectado, a associação com outros patógenos, competência
imunológica influenciam grandemente na patogenia e o quadro clínico da criptosporidiose. As
alterações provocadas por Cryptosporidium sp nas células epiteliais (atrofia das
microvilosidades da mucosa gastrontestinal interferem nos processos digestivos e resultam na
síndrome da má absorção. A diarreia é devida ao aumento da permeabilidade intestinal, secreção
de acido clorhidrico e malabsorção.
Sinais e sintomas
– Diarreia
– Dor abdominal
– Flatulência
– Vómitos ocasionais
– Náuseas
– Febre
– Anorexia
– Emagrecimento e deshidratação
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3.3.6. Diagnóstico
O diagnóstico da infecção por este protozoário, baseia-se na demonstração da presença de
oocistos nas fezes.
O exame de fezes frescas por método directo com solução Lugol pode revelar a presença deste
parasita. Os oocistos são vistos como áreas de 8-10 μm de diâmetro, contendo glóbulos
numerosos presos no interior.
Os oocistos de Cryptosporidium spp são álcool- ácido resistente e por isso a técnica de coloração
de Ziehl-Neelsen modificada é útil para revelar a presença dos mesmos onde aparecem sempre
vermelho escuro, podendo ser usados outros corantes como Giemsa, carbol-fucsina com
dimetilsulfóxido, etc. Devido a baixa concentração de microorganismos em muitos casos,
recomenda-se uso as técnicas de concentração, como a técnica de Ritchie, previamente á
coloração.
3.3.7. Tratamento
Não existem fármacos específicos no tratamento da criptosporidiose, não obstante, os seguintes
fármacos apresentam certa eficácia:
– Cotrimoxazol (160 mg de trimetropim +800mg de sulfametoxazol.
– Nitazoxanida
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3.4.1. Morfologia
As formas adultas são longas, robustas, cilíndricas e apresentam as extremidades afiladas. O
macho mede em geral 15 a 35 cm de comprimento e tem a extremidade posterior enrolada para
proteger o espículo e a fêmea de 35 até 40 cm, alcançando em casos excepcionais 48cm, sendo
esta geralmente maior que o macho. O tamanho dos exemplares de A. lumbricoides está na
dependência do número de parasitas albergados e do estado nutricional do hospedeiro.
O macho possui boca (localizada na extremidade anterior), o esôfago, o intestino retilíneo, o
recto, um testículo, canal ejaculador, cloaca.
Os ovos são brancos e adquirem cor castanha devido ao contacto com as fezes. São grandes, com
cerca de 50µm de diâmetro, ovais e com cápsula espessa. A parte externa está coberta de
albúmina e é mamilonada.
Os ovos são depositados pelas fêmeas no intestino (a maioria são ovos férteis mas, também
aparecem ovos não férteis, que são mais alongados) a embriogênese ocorre no meio ambiente.
3.4.2. Epidemiologia
Dados recentes indicam que o A. lumbricoides é o helminto mais frequente nos países pobres,
sendo sua prevalência estimada em aproximadamente 30%, ou seja, 1,5 bilhão de pessoas em
todo o mundo. Distribuída por mais de 150 países, atinge cerca de 70% a 90% das crianças na
faixa etária de 1 a 10 anos. Apesar de cosmopolita, na sua maioria, as infecções por A.
lumbricoides ocorrem na Asia (73% de prevalência), seguida pela África (12,0%) e América
Latina (8%). As condições climáticas têm um importante papel nas taxas de infecção.
Num estudo realizado em trabalhadores de restaurante em Maputo foi encontrada uma
prevalência de 80% e um outro estudo efectuado em crianças do ensino primário revelou uma
taxa de 6,24%.
Em geral, a prevalência é baixa em regiões áridas, sendo, contudo, relativamente alta onde o
clima é húmido e quente, condição ideal para a sobrevivência e o embrionamento dos ovos.
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3.4.4. Transmissão
– Ver transmissão da amebíase
3.4.5. Patogenia
Em infecções de baixa intensidade, geralmente não se observa alterações. Em infecções maciças
encontramos lesões hepáticas e pulmonares. No figado, podem ser vistos pequenos focos
hemorrágicos e de necrose quando há migração maciça das larvas pelo tecido, da mesma forma
que pontos hemorrágicos podem aprarecer nos pulmões devido a passagem das larvas pelos
alvéolos, e isto pode determinar um quadro de pneumonia com febre, tosse, dispnéia e
eosinofilia, denominado Sindrome de Loffler.
Pode ocorrer a edemaciação dos alvéolos e na tosse productiva, o catarro pode ser sanguinolento
e apre sentar larvas.
Quando a carga parasitária é de 100 ou mais vermes, as acções patogénicas são mais acentuadas:
Acção espoliativa: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carbohidratos, lipídios
e vitaminas A e C, levando o paciente, principalmente crianças, a subnutrição;
Acção tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro,
causando edema, urticária, convulsões.
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Acção mecânica: causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal, levando à sua
obstrução.
Sinais e Sintomas
O quadro é variado, dependendo de factores como idade, estado nutricional, grau de resposta
imunológica do hospedeiro. Mas as principais alterações especialmente em crianças até 12 anos
compreende:
– Desconforto abdominal
– Proeminência abdominal
– Má digestão
– Náuseas
– Perda de peso
– Ranger dos dentes (principalmente de noite)
– Retardo mental
– Desnutriçao
3.4.6. Diagnóstico
É feito pela pesquisa de ovos nas fezes, tanto pelo método de sedimentação espontânea, método
de Kato-Katz, Método de centrifugação, etc.
3.4.7. Tratamento
As drogas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para o tratamento e controle de
helmintos transmitidos pelo solo são:
– Albendazol
– Mebendazol
– Levamisol
– Pamoato de pirantel
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3.5.1. Morfologia
Vermes adultos: apresentam cor rosácea, um formato semelhante a um chicote e medem de 3 a
5cm de comprimento, sendo os machos são menores que as fêmeas. A boca, localiza-se na
extremidade anterior, e é uma simples abertura sem lábios, seguida por um esôfago bastante
longo e delgado, que ocupa aproximadamente 2/3 do comprimento total do verme.
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3.5.2. Epidemiologia
A infecção de T. trichiura tem distribuição cosmopolita. Estima-se que exista cerca de 1 bilhão
de pessoas infectadas no mundo, destas, aproximadamente 350 milhões apresentam idade
inferior a 15 anos.
Estudos recentes demonstraram prevalência superior a 90% em crianças de idade escolar que
vivem em subúrbios na Indonésia, áreas rurais do Kênia, em Zimbabwe, Uganda, Nigéria, nas
províncias equa- tonais de Camarões, na Malásia e no Vietiname. A prevalência também é
elevada na China, Índia, América Latina e Caribe, com relatos de regiões com 60-80 % da
população infectada.
3.5.4. Transmissão
Os ovos de T. trichiura eliminados com as fezes do hospedeiro infectado contaminam o meio
ambiente,e sendo eles resistentes as condições ambientais, podem ser levados pelo ar, água,
moscas, barratas a contaminar alimentos ou água que posteriormente são ingeridos pelo
hospedeiro.
3.5.5. Patogenia
A extremidade afilada do verme entra na mucosa duodenal, pode causar.
– Úlceras, eritema, hemorragias, abcessos, permitindo invasão bacteriana
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Sinais e Sintomas
– Insónia
– Nervosismo
– Perda de apetite e peso
– Diarreia, dor abdominal, flatulência e obstipação.
– O proplapso rectal ocorre como complicação em infecções mito densas.
3.5.6. Diagnóstico
Os ovos de T. Trichuris são produzidos e eliminados nas fezes do hospedeiro em quantidades
relativamente elevadas, e sendo de características peculiares facilita o diagnóstico parasitológico
pelos métodos de Ritchie, Willis, etc.
3.5.7. Tratamento
– Albendazol
– Mebendazol
Para o tratamento de pacientes sintomáticos, em geral recomenda-se o uso de mebendazol
100mg, duas vezes ao dia por três dias consecutivos ou albendazol,400mg em dose única.
– O prolapso rectal pode ser corrigido através de uma cirugia.
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Doença: Estrongiloidíase
3.6.1. Morfologia
S. stercoralis pode apresentar as seguintes formas: ovo, larva rabditóide, larva filaróide, macho e
fêmea de vida livre e fêmeas partenogénicas.
Ovos
– São eliptícos;
– Parede fina;
– Idênticos aos dos ancilostomídeos;
– Medem 0,05mm de comp por 0,03mm de largura;
– Exepcionalmente podem ser observados nas fezes de
indivíduos com Diarréia grave.
Larva rabditóide
– O esôfago, do tipo rabditóide, dá origem ao nome das larvas.
– Apresentam cutícula fina e hialina
– Medem 0,2mm de comprimento por 0.0 15 mm de
largura.
– Estágio de diagnóstico
Larva filaroide
– O esôfago, do tipo filarióide, dá origem ao
nomedas larvas.
– Cutícula fina e hialina. Medem de 0,35mm a
0,50mm de comprimento por 0,01 a 0,031mm de
largura.
– Forma infectante (L3) capaz de penetrar através da
pele ou mucosas
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3.6.2. Epidemiologia
A estrongiloidíase tem distribuição cosmopolita. Nos países desenvolvidos, a infecção prevalece
em agricultores, viajantes que visitaram áreas endêmicas enquanto, nos países em
desenvolvimento, atinge principalmente crianças, pela frequente permanência em solos
contaminados.
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3.6.4. Transmissão
– A infecção por Strongyloides stercoralis pode ocorrer por um dos seguintes mecanismos:
Hetero ou primoinfecção, Autoinfecção externa ou exógena e Autoinfecção interna
ou endógena.
3.6.8. Patogenia
Lesões cutâneas: edema local, prurido (penetração cutânea)
Lesões pulmonares: Síndrome de Löeffler: tosse, expectoração, edema pulmonar,
insuficiência respiratória, mal-estar (fase de migração pulmonar)
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3.6.10. Diagnóstico
Os métodos de diagnóstico de S. stercoralis baseiam-se no encontro das formas evolutivas do
parasita (principalmente larvas) tanto de forma directa assim como indirecta. Podem ser usados
os métodos rotineiros de pesquisa de parasita como Lutz ou Hoffmann, Pons e Janer, Ritchie ou
formol-éter ou MIFC, Faust ou centrífugo-flutuação) embora sejam bastante afectados
principalmente quando o número de larvas for reduzido.
ATENÇÃO A identificação morfológica correcta das larvas é fundamental devido a
semelhança com a dos ancilostomídeos. Tem sido demonstrado que uma única
amostra de fezes falha em detectar larvas em até 70% dos casos. Repetidos
exames de fezes aumentam a chance de encontrar os parasitas, elevando a
sensibilidade para 50%, com três amostras e aproximadamente para 100% com
sete amostras fecais seriadas
3.6.11. Tratamento
– Tiabendazol
– Cambendazol
– Albendazol
– Ivermectina
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DEFINIÇÃO A teníase é uma alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia
solium ou da T. saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os
humanos; enquanto que a cisticercose é a alteração provocada pela presença da
larvas de Taenia solium (Cysticercus cellulosae) nos tecidos de hospedeiros
humano que age, neste caso, como hospedeiro intermediário. Sendo a
cistecercose humana quando as larvas encontram-se enquistadas nos tecidos
humanos quer seja nos olhos, músculos, ou cérebro (Neves, 2009, P.227).
3.7.1. Morfologia
A T. saginata e T. solium apresentam corpo achatado, em forma de fita, cor esbranquiçada,
dividido em escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo ou corpo.
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3.7.2. Epidemiologia
Tem uma distribuição Cosmopolita, um pouco raro em Moçambique, ocorre espontâneamente
nas áreas com muitos hábitos de consumo de carne não ou mal cozida, nas áreas de grande
concentração de gado bovino e suíno.
Estimativas realizadas por Stool em 1947 baseadas em literaturas apontavam para as seguintes
prevalências:
– T. saginata em 39 milhões de indivíduos 2,5 milhões por T solium na população mundial.
– Atualmente, acredita-se que existam cerca de 77 milhões de pessoas parasitadas por T.
saginata no mundo, dos quais:
– Cerca de 32 milhões na Africa, 11 milhões na Asia, dois milhões na América do Sul e um
milhão na América do Norte.
– A OMS estima que ocorram, a cada ano, 50.000 mortes devido a neurocisticercose. Que
exista um número ainda maior de pacientes, que sobrevivam, todavia, incapacitados,
devido aos ataques convulsivos ou outros danos neurológicos.
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3.7.4. Transmissão
O hospedeiro definitivo (homem) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal
cozida, infectada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia.
A cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium que
foram eliminados nas fezes de portadores de Ténias pelos seguintes mecanismos:
– Auto-infecção externa: ocorre em portadores de T. solium que se infectam com
proglotides e ovos eliminados por si próprios.
– Auto-infecção interna: poderá ocorrer durante vômitos ou movimentos
retroperistálticos do intestino, possibilitando a presença de proglotides grávidas ou ovos
de T. solium no estômago.
– Heteroinfecção: ocorre quando os humanos ingerem alimentos ou água contaminados
com os ovos da T. solium disseminados no ambiente através das dejeções de outro
paciente.
3.7.5. Patogenia
Devido ao longo período em que a T. solium ou T. saginata parasitam o homem, elas podem
causar fenómenos tóxicos alérgicos, através de substâncias excretadas, provocar hemorragias
através da fixação na mucosa, destruir o epitélio e produzir inflamação com infiltrado celular
com hipo ou hipersecreção de muco. O acelerado crescimento do parasita exige do hospedeiro
forte suplemento nutricional o que leva a disputa de nutrientes entre o hospedeiro e o parasita,
trazendo consequências lesivas ao hospedeiro.
A cisticercose humana é uma doença pleomórfica pela possibilidade de o cisticerco alojar-se em
diversas partes do organismo, como tecidos musculares ou subcutâneos; glândulas mamárias
(mais raramente); globo ocular e com mais fieqüência no sistema nervoso central, inclusive
intramedular, o que traz maiores repercussões clínicas. É responsável por graves alterações nos
tecidos, e grande variedade de manifestações.
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– Vômitos
– Alargamento do abdômen
– Dores de vários graus de intensidade em diferentes regiões do abdômen
– Perda de peso
3.7.8. Diagnóstico
– É feito pela pesquisa e indentificação de proglótides.
– Também faz-se a pesquisa de ovos de tênia nas fezes, não obstante, os ovos de T.
saginata e de T. Solium através da microscopia óptica.
3.7.9. Tratamento
– Albendazol
– Praziquantel
– Nicotinamida
– Niclosamida
– Pacientes com anemia: Tratar com vit. B12 e ácido fólico.
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3.8.1. Morfologia
Têm cor branca, filiformes. Na extremidade anterior, lateralmente à boca, notam-se expansões
vesiculosas muito típicas, chamadas "asas cefálicas". A boca é pequena, seguida de um esôfago
também típico: é claviforme, terminando em um bulbo cardíaco. As fêmeas medem cerca de
1cm de comprimento, por 0,4mm de diâmetro. Macho mede cerca de 5mm de comprimento, por
0,2rnm de diâmetro.
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Ovo
Mede cerca de 50µm de comprimento por 20µm de largura. Apresenta o aspecto grosseiro de um
D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. Possui membrana dupla,
lisa e transparente. Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice. As fêmeas, repletas de ovos (5 a
16 mil ovos), são encontradas na região perianal.
É do tipo monoxênico; após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem. As
fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à
noite). Alguns autores suspeitam que elas realizam oviposição na região perianal, mas a maioria
afirma que a fêmea não é capaz de fazer postura dos ovos; os mesmos seriam eliminados por
rompimento da fêmea, devido a algum traumatismo ou dissecamento.
Os ovos eliminados, já embrionados, se tomam infectantes em poucas horas e são ingeridos
pelo hospedeiro.
No intestino delgado, as larvas rabditóides eclodem e sofrem duas mudas no trajeto intestinal
até o ceco. Aí chegando, transformam-se em vermes adultos. Um a dois meses depois as fêmeas
são encontradas na região perianal. Não havendo reinfecção, o parasitismo extingue-se.
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3.8.3. Transmissão
Os mecanismos de transmissão que podem ocorrer são: Heteroinfecção, Indireta, Auto-
infecção interna e Retroinfecção.
3.8.4. Patogenia
Na maioria dos casos, o parasitismo passa despercebido pelo paciente. Este só nota que alberga o
verme quando sente ligeiro prurido anal (a noite, principalmente) ou quan- do vê o verme
(chamado popularmente de "lagartinha") nas fezes. Em infecções maiores, pode provocar
enterite catarral por ação mecânica e imtativa. O ceco apresenta-se inflamado e, as vezes, o
apêndice também é atingido. A alteração mais intensa e mais frequente é o prurido anal. A
mucosa local mostra-se congesta, recoberta de muco contendo ovo e, por vezes, fêmeas inteiras.
O acto de coçar a região anal pode lesar ainda mais o local, possibilitando infecção bacteriana
secundária. O prurido ainda provoca perda de sono, nervosismo e, devido a proximidade dos
órgãos genitais, pode levar à masturbação e erotismo, principalmente em meninas.
3.8.5. Epidemiologia
Essa helmintose tem alta prevalência nas crianças em idade escolar. E de transmissão
eminentemente doméstica ou de ambientes coletivos fechados (creches, asilos, enfer- marias
infantis etc.).
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3.8.7. Diagnóstico
O exame de fezes não funciona para essa verminose intestinal. O melhor método é o da fita
adesiva (trans- parente) ou método de Graham, que é descrito a seguir:
1. Corta-se um pedaço de 8 a 10cm de fita adesiva transparente.
2. Coloca-se a mesma com a parte adesiva para fora, so-bre um tubo de ensaio ou dedo
indicador (nesse últimocaso, é perigoso pela possível contaminação do executor do
método).
3. Põe-se várias vezes a fita na região perianal.
4. Coloca-se a fita (como se fosse uma lamínula) sobre uma lâmina de vidro.
5. Leva-se ao microscópio e examina-se com aumento de 10 e 40x.
Essa técnica deve ser feita ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, e
ATENÇÃO
repetida em dias sucessivos, caso dê ne- gativo. Caso a lâmina não possa
ser examinada no mesmo dia, a mesma deverá ser conservada na geleira,
devida mente embalada em papel-alumínio
3.8.8. Prevenção
Os métodos preventivos para este helminto são os seguintes:
– A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser "sacudida" pela manhã,
e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente.
– Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir o
medicamento duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se
apresente parasitada.
– Corte rente das unhas, Banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com
aspirador de pós.
3.8.9. Tratamento
– Pamoato de Pirantel
– Albendazol
– Ivermectina
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
3.9.1. Morfologia
A morfologia do S. mansoni comprende 5 fases que podem ser encontradas em seu ciclo biológi-
co: adulto (macho e fêmea), ovo, miracídio, esporocisto e cercária.
Parasita Adulto
O macho mede cerca de
1cm. Tem cor
esbranquiçada, com te
gumento recoberto de
minúsculas projeções. A
fêmea mede
cerca de 1,5cm. Tem cor
mais escura devido ao ceco
com sangue semidigerido,
com tegumento liso. Na
metade anterior,
encontramos a ventosa oral e o acetábulo
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Ovo
Mede cerca de 50µm de comprimento por 60
de largura, sem opérculo, com um formato
oval, e na parte mais larga apresenta um
epísculo voltado para trás. O que caracteriza o
ovo maduro é a presença de um miracídio
formado, visível pela transparência da casca. O
ovo maduro é a forma usualmente encontrada
nas fezes.
Miracídio
O miracídio é uma larva ciliada, apresenta
forma cilíndrica, com dimensões médias de 180µm de comprimento por 64µm de largura.
Apresenta, ademais, células epidérmicas, onde se implantam os cílios, os quais permitem o
movimento no meio aquático.
Cercária
As cercárias apresentam um comprimento total de 500µm, cauda bifurcada medindo 230 por 50
µm e corpo cercariano com 190 por 70µm.
3.9.2. Epidemiologia
A esquistossomose é doença que afecta as populações humanas há milhares de anos. Foram
encontradas em múmias egípcias da XX dinastia (> 3.000 anos de idade), lesões típicas da
doença como também antígenos do parasita detectados por anticorpos monoclonais. A
schistosomíase mansoni ocorre em Africa, Médio Oriente, Brazil e Venezuela.
3.9.3. Patogenia
O homem é o principal reservatório e é o hospedeiro definitivo. Hospedeiros intermediários e
vectores são caracois de água doce, da família planorbidae. A transmissão da doença depende de
sua existência. Principais Biomphalaria e Bullinus.
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3.9.4. Transmissão
Os ovos do Schistosoma sp são eliminados pelas fezes ou urina do homem. Na água, esses ovos
eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios,que infectam o hospedeiro
intermediário (caracol). Após quatro a seis semanas, abandonam o caracol, na forma de cercárias
que ficam livres nas águas naturais. O contato humano com água que contém cercárias, é a
maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomiase.
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3.9.8. Diagnóstico
– Pesquisa de ovos nas fezes
– Biópsia retal, biópsia hepática, eclosão de miracídios
– Serologicos
3.9.9. Tratamento
– Oxamniquine
– Praziquantel
– Niridazol
– Metrifonato
Para a realização de uma boa colheita recomenda-se que o profissional do
laboratório siga rigorosamente os procedimentos abaixo indicados:
– A evacuação deve ser feita em recipiente limpo e seco e parte das
fezes transferida para um frasco próprio,
– O frasco para colheita de amostra de fezes deve ser fornecido pelo
laboratório (limpo, de boca larga e com tampa).
RESUMO
– Colocar pouca quantidade de fezes no frasco 15 a 20 g.
– Não contaminar a amostra com urina, água ou terra.
– Não sujar a parte externa do recipiente.
– Não expôr o frasco com amostra a luz durante o transporte.
– Não embrulhar ou sobrepôr a amostra pela requisição de análises.
– Verificar se os dados do paciente estão rotulados no frasco (nome,
idade, sexo,hora da colheita).
– Quando não há possibilidade de remeter as fezes frescas rapidamente
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Bibliografia
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UNIDADE DIDÁCTICA 3
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ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, o estudante irá aprender a “descodificar a mensagem que a urina traz” sobre sua
saúde, saberá classificar as urinas macroscopicamente, conhecer a diversidade de substâncias,
células presentes na urina, conhecer os parasitas do tracto uro-genital bem como exames para sua
identificação.
A presente unidade tem seis grandes capítulos a destacar:
- No primeiro capítulo abordaremos o processo de colheita de amostra de urina para
urinálise, onde aprofundaremos a cclassificação da urina quanto a finalidade, a colheita
de amostra de urina, o procedimento para colheita de amostra de urina na mulher, homem
criança.
- Para o segundo capítulo falaremos da manipulação de amostras e sua integridade, onde
abordaremos a cconservação de amostra de urina e as aalterações da urina como
consequências de má conservação.
- No quarto capítulo falaremos sobre o exame citoquímico da urina, a técnica de tira ou fita
reactiva e os parâmetros medidos pela fita.
- E por fim, teremos o nosso sexto capítulo sobre as características dos parasitas
encontrados na urina, onde abordaremos os parasitas encontrados na urina: trichomonas
vaginalis e schistosoma hematobium.
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Normalmente cerca de 180 litros de urina (filtrado glomerular) é produzida por dia, mas desta
apenas 1 a 2 litros é eliminado, outra parte sofre reabsorção para organismo.
As pessoas não eliminam mesma quantidade de urina porque a quantidade depende de vários
factores como: regime alimentar (quantidade de água ingerida), clima, etc.
Na composição da urina, cerca de 95% da urina é água, 3% urea e o restante ácido (como ácido
úrico,etc), sais e iões dissolvidos.
- Tipo I - A que é colectada durante 24 horas em condições controladas, usada para cálculo
da depuração de creatinina, urea e outras substâncias
- Tipo II - A que é colectada uma vez pelo jacto médio, usada para diagnóstico
parasitológico ou micobiológico.
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- Lavar rigorosamente a região genital, da frente para trás com água e sabão.
- Não enxugar.
- Afastar os grandes lábios para que a colheita seja feita directamente do jacto urinário.
- Desprezar o 1º jacto sem interromper a micção, recolher apenas o jacto intermédio para
um frasco esterelizado e voltar a rejeitar a última parte do jacto urinário.
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- Não enxugar.
- Rejeitar o 1º jacto, recolher apenas o jacto intermédio para um frasco esterilizado e voltar
a rejeitar a última parte do jacto urinário.
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- Para os meninos, o pénis deve ficar introduzido na abertura do saco que se aplica na
metade superior do orgão genital.
- Para as meninas a abertura do saco deve ser aplicada na metade superior do orgão genital.
- Após a colheita de urina, retirar o saco e fechar colando metade do adesivo na outra
metade.
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Este tipo de urina (de 24 horas) é pedido para exames bioquímicos para avaliar a taxa de filtração
glomerular entre outros exames.
- Esvaziar a bexiga pela manhã, ao levantar, desprezando esta urina. Marcar rigorosamente
a hora.
- Daí por diante, colher todas as urinas do dia e da noite seguinte no recipiente fornecido.
- No dia seguinte, colher também a primeira urina na mesma hora em que foi esvaziada a
bexiga no dia anterior (para
completar 24h).
Utilizar recipiente limpo e bem vedado (uma ou mais garrafas de 1,5 litros, se necessário, ou um
recipiente fornecido pelo laboratório).
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- O profissional deve usar sempre as luvas quando for fazer as análises (deve usar sempre
luvas).
- O descarte da urina pode ser feito numa pia, lançando depois grandes quantidades de
água.
- O recipiente em que a amostra ficou deve ser descartado (modo de lixo com risco
biológico).
- A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco. O uso de recipientes descartáveis
é recomendável por eliminarem a possibilidade de contaminação decorrente de lavagem
incorrecta. As tampas de rosca são as mais aconselháveis para evitar que se entorne,
quando bem fechados, do que as de encaixe.
- O recipiente de amostras deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente, data
e hora da colheita e, se conveniente, informações adicionais tais como: a identificação do
hospital e o nome do médico.
ATENÇÃO
As etiquetas devem ser postas sobre o recipiente, e não sobre a tampa. Nunca
colocar a mostra sobre a requisição
- A amostra entregue imediatamente ao laboratório deve ser analisada dentro de uma hora,
após esse tempo deverá ser refrigerada ou receber conservante químico apropriado.
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ATENÇÃO Para processar uma amostra que passou pela refrigeração, é necessário deixar
que a amostra volte a temperatura ambiente antes da análise química com fitas
reactivas; isso corrigirá a densidade e poderá dissolver alguns uratos amorfos. A
restabilização da temperatura da amostra não pode ser acelerada com uso de
aquecedores ou estufa, deve ser espontânea a temperatura ambiente.
- A cor normal da urina é variável podendo ser amarelo citrino, amarelo claro e amarelo
ouro.
- A urina é normalmente estéril quando é expelida e tem apenas uma vago odor.
- Um adulto saudável de dieta comum pode produzir entre 1000 e 2000 ml de urina por
dia.O volume mínimo de urina necessário para remover do organismo todos os produtos
residuais é de cerca de 0,5 L em um homem de 70 kg; todo o volume produzido acima
deste consiste em excesso de água. Uma grande ingestão de líquidos aumenta a
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
A primeira descrição que se faz na urina é denominada exame físico, visa aferir o estado físico
da amostra. Envolve descrição sobre: coloração da urina, aparência, cheiro e a densidade.
A urina humana é habitualmente amarelada, podendo haver variações no tom do amarelo de acordo com
a quantidade de água presente na mesma. Quando nos encontramos desidratados, os rins tendem a reter
água no corpo fazendo com que a urina fique com um amarelo mais forte. Por outro lado, quando
bebemos muita água, ou quando utilizamos substâncias diuréticas, que podem ser desde remédios até
bebidas alcoólicas, os rins permitem a perda da água, tornando a urina muito diluída e com uma
coloração que tende a ser bem clara, parecida com água.
Eventualmente, a urina pode apresentar uma coloração atípica, bem diferente dos tons de amarelo que
estamos habituados. Situações como consumo de corantes, alimentos de coloração forte, medicações,
infecção do trato urinário ou doenças sistêmicas podem fazer com que a urina mude completamente de
cor, às vezes, assumindo cores muito fora do comum, tais como roxo, azul, rosa ou até preto.
A seguir faremos a descrição das diferentes cores que a urina pode apresentar: urina amarela escura,
urina roxa, urina laranja, urina verde e azul, urina vermelha ou rosa e urina preta.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
- Como a cor normal da urina é amarelo claro,o escurecimento da mesma pode ser indicativo do
aumento de concentração da urina (urina concentrada), devido a pouca quantidade de água
disponibilizada pelos
rins para diluí-la.
Todavia, quando o
amarelo se torna
muito intenso e
persistente, é possível
que haja algum
problema por trás que
não seja somente
desidratação. Algumas
doenças como a
hepatite, que cursam
com a presença de
bilirrubina na urina.
Urina roxa
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Urina Laranja
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- Em uma pessoa com boa hidratação, a urina vermelha pode ficar diluída pela água e se
apresentar mais rosada ou alaranjada. Ao longo do dia, a urina pode variar entre vermelho, rosa
ou laranja, dependendo da quantidade de água para diluí-la. A schistosomíase também pode
causar hematúria.
ATENÇÃO
As descrições mais comuns na análise física da cor da urina são: Amarelo claro,
amarelo, amarelo escuro
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A urina normal, recém eliminada, geralmente é transparente, porém aparece certa opacidade
causada pela precipitação de fosfatos amorfos e carbonatos na forma de névoa branca. A urina
ácida normal também pode mostrar-se opaca devido a precipitação de uratos amorfos, cristais de
oxalato de cálcio ou de acido úrico.
ATENÇÃO
Os termos comummente usados para descrever a aparência são: transparente,
opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa
Além dos cristais amorfos, há quatro substâncias que mais comumente causam turvação da urina
são: leucócitos, hemácias, células epiteliais e bactérias.
Outras substânciais que provocam turvação na urina são: sêmen, muco, linfa, cristais, leveduras,
material fecal e contaminação externa, como: talco, cremes vaginais e material de contraste
radiográfico. Geralmente as causas da turvação da urina são esclarecidas na microscopia e testes
bioquímicos.
A urina turva pode dever-se a uma infecção do trato urinário e, nesse caso, tem um cheiro fétido.
Os cálculos do trato urinário podem também originar uma urina turva, mas não necessariamente
infectada. Quanto a hematúria (presença de sangue na urina) dá a urina um aspecto escurecido
que pode ser sinal da presença de Schistosomas. Quando a quantidade de sangue na urina
aumenta, esta torna-se avermelhada e pode conter coágulos.
Uma urina com excesso de espuma sugere a presença de proteínas que é um sinal de doença renal. Uma
urina “leitosa” pode significar a presença de pus ou linfa.
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predominante e é causada pela degradação da ureia. Uma urina com odor forte indica que a mesma está
muito concentrada, favorecendo a formação de cálculo renal.
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- A medida que ela vai sendo retirada, esperar o tempo especificado para ocorrer a reacção
e comparar com a cor da tira com a tabela de cores.
- O tempo necessário para que ocorram reacções varia conforme o teste o teste e o
fabricante, indo desde a reacção imediata para o pH, até 120 segundos para os leucócitos.
- Quando não for possível observar o tempo com precisão, recomenda-se que as reacções
sejam lidas a partir dos 60 segundos, mas nunca além dos 120 segundos, sendo feita por
último a leitura para leucócitos.
- Uma boa iluminação é essencial para a precisão das interpretações das reacções de cor.
- As amostras refrigeradas devem voltar à temperatura ambiente antes do teste com fita
reactiva, porque as reacções enzimáticas na fita dependem da temperatura.
ATENÇÃO O uso incorrecto da técnica pode provocar erros. Se a tira ficar mergulhada na
urina por muito tempo poderá ocorrer a lavagem do reagente da tira. Do mesmo
modo se ficar urina em excesso na tira após a sua retirada da amostra, poderá
ocorrer a passagem de uma substância química para o quadriculado adjacente,
produzindo distorções nas cores.
Para que isso não aconteça, recomenda-se secar as bordas da tira em papel
absorvente e mantê-la na posição horizontal durante a comparação com a tabela
de cores.
Para a execução desta técnica são efectuados apenas quatro passos bascos a destacar:
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
pH
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Valor Normal
- 5,5 a 6,5.
Significado Clínico
Interferências
Densidade
Valores normais
- 1,010 a 1,025.
Significado Clínico
Proteínas
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Valores normais
- 150 mg/24 horas (geralmente séricas e de baixo peso molecular, filtradas seletivamente
pelos glomérulos).
Significado Clínico
Glicose
- Em situações normais quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelos
túbulos proximais.
Significado Clínico
Cetonas
Valores normais
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Significado Clínico
Interferências
- Em amostras mal conservadas, valores muito baixos podem aparecer falsamente, devido à
volatilização da acetona e à degradação do ácido acetoacético por bactérias.
Valores normais: 0
Significado Clínico
Bilirrubina
Valores normais
- Não aparece na urina, pois passa diretamente do fígado para o ducto biliar e daí para o
intestino, onde é convertida em urobilinogênio e excretada nas fezes na forma de
urobilina.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Significado Clínico
- Indicação precoce de possível hepatopatia, como, hepatite, cirrose e até mesmo obstrução
biliar.
Interferências
Urobilinogênio
Valores normais
Significado Clínico
Nitrito
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Valores normais: 0
Significado Clínico
- Infecção de trato urinário, podendo ser útil na avaliação da terapia com antibióticos e
monitoração de pacientes com alto risco de infecção no trato urinário.
Interferências
Leucócitos
Valores normais: 0
Significado Clínico
EXEMPLO
Eritrócitos, leucócitos, células epiteliais), cristais, bactérias, leveduras, parasitas,
bem como interferentes como muco, espermatozoides, bem como artefactos.
Para realização deste exame é necessário que se prepare o sedimento urinário cuja técnica é a
seguinte:
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Hemácias
- Achado de algumas hemácias ocasionalmente é considerado nomal. Quando o número é
maior já é preocupante e pode estar relacionado a lesões na membrana glomerular ou nos
vasos do sistema urogenital e o número pode indicar a gravidade do problema.
ATENÇÃO Falta de cuidados na colheita pode influenciar na qualidade da amostra, é o caso
de contaminação com sangue menstrual
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Na urina concentrada encolhem e crenam. Na urina alcalina incham e lisam (ficando vazias
= células fantasmas).
Dismórficas – protrusões celulares ou fragmentadas. Hemorragia glomerular; exercício intenso.
Acantócitos – comum em hemorragia glomerular. Múltiplas protrusões.
A amostra da urina apresenta turvação, tom vermelho. Valores de referência: 0 a 2 em Grande
Aumento.
Leucócitos
- É normal achar um pequeno número de leucócitos no sedimento urinário (< 5). Números
aumentados indicam inflamação das vias urinárias, em geral provocada por infecções
bacterianas, pielonefrite, cistite, prostatite, uretrite. Excesso de leucócitos na urina
denomina-se piúria. Microscopicamente são identificados devido aos grânulos
citoplasmáticos e núcleos lobulados, o uso de corantes supravitais ou ácido acético
evidencia os detalhes nucleares. Lisam-se rapidamente em urinas alcalinas.
ATENÇÃO
Os leucócitos são maiores que as hemácias
Células epiteliais
Algumas células epiteliais da uretra e da
bexiga são encontradas normalmente na
urina. São menos comuns células renais.
Quando há inflamação ou infecção das
vias urinárias, o número de células
aumenta, e a altura da lesão pode ser
determinada pelo tipo de célula
predominante. Elas podem ser:
pavimentosas, transicionais e
tubulares.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Pavimentosas
- Geralmente tem menor significado clínico. Essas células têm origem da porção distal do
epitélio uretral feminino ou da porção distal do epitélio uretral masculino. Elas podem,
também, serem originárias da vagina ou do períneo (sexo feminino) ou do prepúcio (sexo
masculino), no caso de a amostra haver sido inadequadamente colhida.
Transicionais
Revestimento da pelve renal, bexiga e parte superior da uretra. Menores que pavimentosas.
Morfologia: Esféricas, caudadas ou poliédricas. Possuem núcleo central, enquanto das outras
esféricas é excêntrico. Pouco significado.
Tubulares
- Mais importantes. Sua grande quantidade indica necrose tubular, pielonefrite, infecções
virais, rejeição de transplante. Morfologia: Redondas e ligeiramente maiores que os
leucócitos. Um só núcleo redondo e excêntrico.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Bactérias e Leveduras
Em pessoas saudáveis, a urina é estéril; não são observados micro-organismos no sedimento
urinário. Bactérias da pele circundante podem penetrar na uretra e causar uma infecção urinária,
que, se não for tratada, pode se expandir até os rins, provocando uma pielonefrite. Deve ser
feita cultura de urina sempre que houver suspeita de infecção. Bactérias podem aparecer na urina
por contaminação ou as que ficam à temperatura ambiente por muito tempo. Leveduras também
podem ser encontradas na urina, especialmente em mulheres com infecção vaginal por fungos.
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Parasitas
Os parasitas possíveis de encontrar na urina são: Trichomonas vaginalis e Schistosoma
hematobium.T. vaginalis é flagelado e facilmente identificado pelo seu movimento ao
microscópio.
Cilindros
Cilindros são partículas de proteína coagulada que se formam nos túbulos renais, onde adoptam
sua forma característica. Um pequeno número de cilindros hialinos é normal. Números maiores
sugerem doenças renais. Quando há um distúrbio renal, leucócitos ou hemácias podem ser
incluídos na proteína que forma o cilindro, e este passa a se chamar cilindro leucocitário ou
cilindro hemático. Diferentes tipos de cilindros estão associados a doenças renais diferentes.
Outros tipos de cilindros incluem cilindros hialinos, granulosos, cilindros gordurosos e cilindros
céreos.
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Cilindro Hemático
Cilindro Hialinos
Os cilindros mais frequentes são do tipo hialino, constituídos quase inteiramente por proteína de
Tamn-Horstfall. A presença de 0 a 2 desses cilindros por campo de pequeno aumento é
considerada normal, assim como o achado de quantidade elevada após exercício físico intenso,
desidratação, exposição ao
calor e estresse emocional.
Os cilindros hialinos são
incolores nos sedimentos
não-corados e tem um
índice de refrigência
semelhante a da urina;
portanto, podem facilmente
passar despercebidos se as
amostras não forem
examinadas com pouca
luminosidade. Com o
corante de Sterrnheimer-Malbin sua coloração é rósea; é possível destingui-los melhor com
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microscopia de fase. A morfologia dos cilindros hialinos é variável: formas normais enrugadas e
contorcidas; o enrugamento e a contorção parecem ser devido ao envelhecimento do cilindro.
Devem-se também observar a presença eventual de células ou grânulos aprisionados no seu
interior.
Cilindro Leucocitário
O aparecimento de cilindros
leucocitários na urina significa
infecção ou inflamação no interior
dos néfrons. Os cilindros
leucocitários são refringentes, têm
grânulos e, a menos que a sua
desintegração tenha começado,
serão visíveis os
núcleosmultilobulados. A
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
distinção entre cilindros leucocitários e epiteliais pode ser um tanto difícil, e, pode ser necessário
corar o sedimento para tornar os núcleos visíveis. A observação de leucócitos livres no
sedimento também pode ajudar na identificação. A presença de cilindros leucocitários indica a
necessidade de realizar a cultura de bactérias.
Pode ser facilmente confundidos com cilindros granulares, e deve-se suspeitar de sua presença
em sedimento que contenham leucócitos e bactérias. A identificação pode ser facilitada pelo
corante de gram.
Cilindros Granulares
É frequente observar cilindros granulares
grosseiros e finos no sedimento urinário;
podem ter significado clínico ou não; não se
considera necessário fazer a destinação de
grosseiros e finos. Nos estados patológicos os
grânulos podem representar a desintegração
de cilindros celulares e de células tubulares,
ou então de agregados protéicos filtrados
pelos glomérulos.
Estudo feito com microscopia electrónica de varredura confirmaram que cilindros granulares
vistos em conjunto com cilindros hemáticos nos túbulos contém grânulos hemático de vários
tamanhos. É preciso que haja estase urinária
em que os cilindros celulares permaneciam
nos túbulos para que a sua desintegração
produza grânulos.
Cilindro Céreo
Trata-se de cilindros refringentes com textura
rígida, e por isso se fragmenta ao passar pelos
túbulos. O exame da altura-estrutura de sua
superfície revela placas rompidas de proteína
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
superficial, que representam a destruição final dos grânulos que aderem a matriz cilindro.
Cristais
A urina contém muitas substâncias dissolvidas. Dependendo da concentração da substância, do
pH e da temperatura da urina, podem se formar cristais que são observados no exame
microscópico. Os cristais podem ser partículas sem forma definida (amorfos) ou com formas
geométricas que permitem sua identificação. O tipo encontrado sugere um diagnóstico
específico.
ATENÇÃO
Cilindros leucocitários indicam pielonefrite, e cilindros hemáticos indicam
glomerulonefrite.
É comum encontrar cristais na urina. Embora raramente tenham qualquer significado clínico,
deve-se proceder à sua identificação para se ter certeza de que não apresentam anormalidades.
Os cristais são extremamente abundantes em amostras refrigeradas e muitas vezes causam
problemas porque mascaram outros componentes de maior significado clínico.
Alguns cristais normais dissolvem-se quando a amostra é aquecida, mas em outros pode ser
preciso adicionar ácido, que destrói também outros elementos figurados, como as hemácias.
O recurso mais útil na identificação dos cristais é o conhecimento do pH da urina, pois ele
determinará o tipo de substâncias químicas precipitadas. Os cristais geralmente são classificados
não só como normais e anormais, mas segundo a urina em que está presente: ácida ou alcalina.
Alguns cristais comuns na urina normal são: Cristais de Urina Ácida (Uratos amorfos, ácido
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úrico, Oxalato de cálcio), Cristais da Urina Alcalina (Fosfatos amorfos, fosfatos triplos e
Carbonato de cálcio. Os cristas anormais incluem: cistina, colesterol, leucina, tirocina,
bilirrubina, sulfonamidas, corantes radiográficos e medicamentos.
Cristais anormais
Os cristais anormais mais importantes
são: cistina, colesterol, leucina,
tirocina, bilirrubina, sulfonamidas,
corantes radiográficos e
medicamentos. A hemossiderina, que
aparece como grânulos castanho-
amarelados, também pode ser vistas nas
anemias causadas pela destruição de
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
hemácias, esses grânulos às vezes se localizam em cilindros e células epiteliais, mas também
flutuam livremente. A coloração do sedimento com azul-da-prússia confirma a presença de
hemossiderina. O uso de citocentrifugação para obter lâminas fixadas, com células epiteliais
integras do túbulo renal, ajuda na identificação.
Muco
- É um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais. Não é significativo
clinicamente. Abundante quando há contaminação vaginal. Visto como estruturas
filamentosas com baixa refração, o que exige observação em luz de baixa intensidade. Os
grumos mucosos podem ser confundidos com cilindros hialinos, mas
os filamentos mucosos são irregulares.
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T. vaginalis
Patogênica, foi descrita pela primeira vez em 1836, por Donné, que a isolou de uma mulher com
vaginite. Em 1894, Marchand e, independentemente, Miura (1894) e Dock (1896), observaram
este flagelado na uretrite de um homem.
6.2. Morfologia
O Trichomonas vaginalis é uma célula polimorfa, tanto no hospedeiro natural como em meios de
cultura. Éflagelado
com forma oval e
algumas vezes
esférico. A presenta-
se sempre na forma
de trofozoíto, nao
possui forma
quística. Em
preparações fixadas
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Epidemiologia
A tricomoníase é a infecção de transmissão sexual (ITS) não-viral mais comum no mundo, com
170 milhões de casos novos ocorrendo anualmente. A incidência da infecção depende de vários
factores incluindo idade, actividade sexual, número de parceiros sexuais, fase do ciclo menstrual,
e condições socioeconômicas. A prevalência é alta entre os grupos de nível socioeconômico
baixo, entre as pacientes de clínicas ginecológicas, pré-natais e em serviços de doenças
sexualmente transmitidas. O organismo, não tendo a forma cística, é susceptível a dissecação e
as altas temperaturas, mas pode viver, surpreendentemente, fora de seu hábitat por algumas horas
sob altas condições de humidade. O T.vaginalis pode viver durante três horas na urina coletada e
seis horas no sêmen ejaculado.
Ciclo Biológico
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Transmissão
O T. vaginalis habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não
sobrevive fora do sistema urogenital. O T.vaginalis é transmitido através da relação sexual e
pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com a
mulher infectada. O homem é o vector da doença; com a ejaculação, os tricomonas presentes na
mucosa da uretra são levados a vagina pelo esperma.
Embora o T.vaginalis seja transmitido por relação sexual, certas circunstâncias levam a crença de
que, teoricamente, uma via não-venérea pode existir, explicando a tricomoníase em meninas,
incluindo recém-nascidas, assim como em mulheres virgens. No recém-nascido, a tricomoníase
pode ocorrer durante a passagem pelo canal de parto, em conseqüência da infecção materna,
quando a mãe não toma me- didas profiláticas contra a parasitose durante a gestação ou quando
ainda não iniciou o tratamento por não apresentar sintomas. Aproximadamente 5% dos neonatos
podem adquirir a tricomoníase verticalmente de suas mães infectadas.
Patogenia
O T.vaginalis tem-se destacado como um dos principais patógenos do trato urogenital humano e
está associado a sérias complicações de saúde. Publicações recentes mostraram que T.vaginalis
promove a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV); é causa de baixo peso, bem
como de nascimento prematuro; predispõe mulheres a doença inflamatória pélvica atípica,
câncer cervical e infertilidade.
O risco de infertilidade é quase duas vezes maior em mulheres com história de tricomoníase
comparado com as que nunca tiveram tal infecção. O T.vaginalis está relacionado com doença
inflamatória pélvica pois infecta o trato urinário superior, causando resposta inflamatória que
destrói a estrutura tubária e danifica as células ciliadas da mucosa tubária, inibindo a passagem
de espermatozóides ou óvulos através da tuba uterina. Mulheres com mais de um episódio de
tricomoníase têm maior risco de infertilidade do que aquelas que tiveram um único episódio.
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Sinais e Sintomas
A infecção é, maior parte das vezes, assintomática. Nos casos em em que há sintomas são:
- Irritação na vagina e/ou no pénis, Prurido vulvar, Ardor ao urinar, Dor ao urinar
(disúria), Aumento na frequência das micções (poliúria), Uretrite e Prostatite.
Diagnóstico
Clinico
Laboratorial
- Exame a fresco das secreções, Esfregaço em lâmina (coloração com Giemsa), Exame de
urina, Cultura e Serologia.
Medidas de prevenção
Tratamento
- Metronidazol e Tinidazol.
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Habitat
Morfologia
A morfologia do Schistosoma sp
compreende 5 fases que podem ser
encontradas em seu ciclo biológico: adulto
(macho e fêmea), ovo, miracídio,
esporocisto e cercária.
Adulto: Macho
Adulto: fêmea
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acetábulo.
Ovo
- Mede cerca de 50µm de comprimento por 60µm de largura, sem opérculo, com um
formato oval, e na parte mais larga apresenta um epísculo voltado para trás. O que
caracteriza o ovo maduro é a presença de um miracídio formado, visível pela
transparência da casca. O ovo maduro é a forma usualmente encontrada nas fezes.
Miracídio
Cercária
- As cercárias apresentam um comprimento total de 500µm, cauda bifurcada medindo
230µm por 50 µm e corpo cercariano com 190µm por 70µm.
Epidemiologia
A esquistossomose é doença que interage com populações humanas há milhares de anos. Foram
encontradas em múmias egípcias da XX dinastia (> 3.000 anos de idade), lesões típicas da
doença como também antígenos do parasita detectados por anticorpos monoclonais.
- S. mansoni- Africa, Médio Oriente, Brazil e Venezuela.
- S. haematobium- Africa, Médio Oreiente e India.
- S. japonicum- China, Japão, Asia.
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Patogenia
Transmissão
Ciclo Biológico
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Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas incluem: Dermatite cercariana, Fraqueza, Tontura, Alterações
hepatosplénicas, Dor ao urinar, Dor abdominal, Diarreia, Anorexia e Hematúria.
Diagnóstico
O Clinico baseia – se em sintomas clinicos
Laboratorial
• Pesquisa de ovos nas fezes
• Biópsia retal
• Biópsia hepática
• Eclosão de miracídios.
Serologicos
• Elisa
Tratamento
Para o tratamento usa-se: Oxamniquine, Praziquantel, Niridazol e Metrifonato.
Medidas de prevenção
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RESUMO
Urina é um líquido amarelo, transparente, resultante da filtração renal e que é usado como meio
para remoção de produtos residuais do metabolismo e seus tóxicos do organismo. A colheita
depende da finalidade da urina do sexo e da idade, para cada item há medidas próprias a serem
observadas na colheita.
A primeira descrição que se faz na urina é denominada exame físico, visa aferir o estado físico
da amostra. Envolve descrição sobre:
1. Coloração da urina: amarelo escura, roxa, laranja, azul, verde, preta, rosa, vermelha.
2. Aparência: transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa.
3. Odor.
4. Densidade
O exame químico ou citoquímico da urina, geralmente é realizado através de tiras reativas
(reagentes) contendo seguintes áreas reagentes: pH, proteínas, glicose, cetona, sangue,
bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e densidade.
1. Preparar as fitas.
4. Após esperar tempo de reação comparar as cores da fita com o padrão do frasco ou usar
analisador automático.
Exame microscópico é o exame de urina que é efectuado no sedimento urinário com auxílio do
microscópio com a finalidade de detectar e identificar elementos insolúveis, como células
(exemplo: eritrócitos, leucócitos, células epiteliais), cristais, bactérias, leveduras, parasitas,
bem como interferentes como muco, espermatozoides, bem como artefatos. Os principais
parasitas do tracto genito-urinário são: Tricomonas vaginalis, Schistosoma hematobium.
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Actividades de ensino-aprendizagem
Actividades de ensino-aprendizagem: Classificação macroscópica da urina
ACTIVIDADE nº 01
Duração 4h
Objectivos:
Classificar macroscopicamente a Urina
Conteúdos de referência:
Exame macroscópicoou físico da urina: Cor, aparência, odor, Densidade
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- Os alunos terão 5 amostras e em grupos de 4 farão o exame físico ou macroscópico da
urina.
- Descrever toda actividade em um relatório.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Orienta a formação dos grupos de trabalho.
- Disponibiliza amostras, equipamentos, reagentes, e materiais necessários
- Supervisiona os estudantes durante a execução da actividade
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Bloco de notas
- Esferográfica
- Cabine de segurança biológico
- Material de proteção individual
- Solução desinfectante
Critérios de avaliação
- A critério do docente da cadeira
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ACTIVIDADE nº 02
Duração 4h
Objectivos:
-Realizar o exame citoquímico e de microscópico da urina
Conteúdos de referência:
- Exame citoquímico da urina
- Exame microscópico da urina (Análise de sedimento urinário)
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Os alunos terão 5 amostras e em grupos de 4 farão exame citoquímico da urina e
posteriormente seu exame microscópico.
Descrever toda actividade em um relatório.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Orienta a formação dos grupos de trabalho
- Disponibiliza amostras, equipamentos, reagentes, e materiais necessários
- Supervisiona os estudantes durante a execução da actividade
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Bloco de notas
- Esferográfica
- Cabine de segurança biológico
- Material de proteção individual
- Microscópio
- Lâminas microscópicas
- Lamelas
- Solução desinfectante
- Fitas reactivas de urina
Critérios de avaliação
- A critério do docente da cadeira
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
1. Ministério da Saúde (2011) Urinálise e Parasitologia 1ª Edição
2. Neves David Perreira. (2009) Parasitologia Humana, 11ª Edição, Editora: Atheneu-
Brasil.
3. Niquice Aníbal J.(1997) Parasitologia Intestinal Clínica, Editor:Instituto de Ciências de
saúde de Maputo.
4. Noormahomed Emília Virginia R.I, (2014) Manual de parasitologia humana, 1ª Edição,
Editora:Imprensa universitária, Maputo- Moçambique
5. PESSÔA Samuel B & Martins Amilcar V.(1982) Parasitologia Médica, 11ª edição,
Editora: GUANABARA KOOGAN.
6. ROBERT W.Bauman, (2009) Microbiology 2ª Edição.
Webgrafia
https://www.google.co.mz/search?q=exame+directo+das+fezes&biwciclo+de+vida
+de+tricomonas+vaginalis
https://www.google.co.mz/search?q=schistosoma+haematobium&biw_AUIBigB#tbm
=isch&q=ciclo+de+vida+de+schistosoma+haematobium
https://www.google.co.mz/search?q=schistosoma+haematobium&biw=1366&bih=6
67&site=webhp&source=
https://www.google.co.mz/search?q=exame+directo+das+fezes&biwcoloracao+da+urina
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UNIDADE DIDÁCTICA 4
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ÍNDICE
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OBJECTIVO GERAL
Aplicar técnicas de análise parasitológicas para detectar a presença das formas parasitárias em
sangue.
INTRODUÇÃO
Os exames de sangue são laboratoriais, realizados no sangue para adquirir informações sobre
doenças e funções dos órgãos. Como o sangue flui por todo o corpo, actuando como meio de
obtenção de oxigênio e nutrientes pelos tecidos, e levando de volta os produtos usados para os
sistemas excretórios, o estado do sangue afeta, ou é afetado, por muitas doenças ou condições
médicas. Por estas razões, os exames de sangue são os exames médicos mais comuns. O sangue
é obtido de um paciente através de uma punção na veia ou um pequeno furo no dedo.
O sangue é útil por ser um meio relativamente não-invasivo se se obter células, fluido
extracelular (plasma sanguíneo) do corpo para verificar sua saúde.
A presente unidade sobre parasitas e exames no sangue apresenta dois grandes capítulos a
destacar:
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
1. COLHEITA DE SANGUE
DEFINIÇÃO Sangue: é um tecido conjuntivo líquido, de cor avermelhada que circula pelo
sistema vascular em animais com sistema circulatório fechado;formado por
células (parte sólida) e plasma (parte líquida) (Misau, 2011, P.5)
Para os exames hematológicos o sangue é colhido das veias, artérias ou capilares, dependendo do
tipo de exame a que se destina. Devido a delicadeza do processo de colheita de sangue, é
necessário que o laboratório disponha de uma sala especial e independente, onde o paciente
possa se sentir confortável. Portanto, em seguida vamos abordar a colheita de sangue venoso e
colheita de sangue capilar.
Geralmente, para colheita de sangue venoso para pesquisa de parasitas não é necessário que o
paciente esteja em jejum e o sangue é colhido num tubo com anticoagulante EDTA K2 ou EDTA
K3.A quantidade é indicada no rótulo do tubo e tem sido 3 ou 4 ml dependendo do
anticoagulante.
Para colheita de sangue capilar para pesquisa de parasitas também não é importante que o
paciente esteja em jjum, o sangue é colhido directamente para lâmina com auxílio de
micropipetas,não necessitando de tubos, anticoagulantes pois a quantidade é menor, em torno de
20 a 30 µl.
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Material necessário
1. Ler a requisição e decidir que tipo de tubo irá utilizar de acordo com o tipo de exames a
serem realizados.
4. Explicar o procedimento ao
paciente
5. Higienizar as mãos
6. Colocar as luvas de
procedimento
12. Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool etílico a 70%, em
movimentos circulares, do centro para as extremidades
13. Testar a seringa e agulha aspirando através do êmbolo e colocar a seringa sobre a veia, um
pouco de lado, com o bisel orientado para cima, em um ângulo aproximado de 30 a 45o
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
15. Puxar o êmbolo lentamente para trás até atingir a quantidade desejada (Quando começar a
fluír o sangue)
17. Pôr uma bola de algodão seco no lugar da punção e retirar a agulha. Informar o paciente
para manter o algodão por alguns minutos até deixar de sangrar.
18. Depositar o sangue no tubo, deixando-o escorrer pelas paredes lentamente para evitar
hemólise. No caso de tubo com anticoagulante, mexer o conteúdo invertendo-o suavemente
várias vezes para evitar a coagulação
19. Tirar a agulha e deitá-la na jarra com hipoclorito de sódio ou na caixa incineradora
23. Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool a 70 %.
Material Necessário
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
3. Puncionar no lado direito do dedo rapidamente e com firmeza mas não profundamente,
com uma lanceta estéril. No caso de bebés com idade inferior a 6 meses, puncionar no
calcanhar ou no dedo maior do pé.
5. Colher o sangue num tubo capilar, uma lâmina, etc, de acordo com a finalidade do sangue
colhido.
2. Colocar a outra lâmina sobre a gota de sangue deixando o sangue fluir sobre os bordos da
lâmina.
4. Deslizar com firmeza sobre a lâmina de baixo para frente num movimento único com a
outra lâmina.
5. Secar a lâmina a temperatura ambiente (Se tiver urgência, pode usar a estufa).
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
1. Com a ponta de uma lâmina limpa tocar na outra de gota de sangue fazer movimentos
circulares espalhando-a uniformemente.
3. Fixe a gota estendida em metanol absoluto durante 30 segundos e deixe secar novamente.
ATENÇÃO
A gota espessa e estendida (esfregaço) podem ser preparadas na mesma lâmina
para poupar recursos.
Gota estendida: permite a identificação das formas parasitárias assim como das espécies
envolvidas pois, os parasitas são observados no interior dos eritrócitos.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Gota espessa: permite identificação das formas parasitárias (por vezes torna-se difícil
identificar a especie nesta gota), a determinação quantitativa da parasitemia visto que os
parasitas encontram-se concentrados.
Para a técnica são necessários os seguintes materiais: balança, provetas de 500ml ou 1000ml,
frasco escuro de 1 ou 5 litros e pérolas de vidro 20-30.
Reagentes
Corante de Giemsa..............................7.6grs
Procedimento
7. Transferir para o frasco e agitar bem durante 2 - 3 minutos, repetir 6 ou mais vezes
durante 3 horas.
ATENÇÃO
A estabilidade do reagente dura 6 meses e 24 horas após sua preparação pode
ser usado.
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Material necessário
Para a preparação da Giemsa Solucao de trabalho são necessários os seguintes materiais:
Provetas de 100ml, Tinas de coloração, Papel de filtro e Vareta.
Reagentes
Corante de Giemsa Stock
Água tamponada pH 7.0
Procedimento:
Giemsa à 5%
1. Colocar numa proveta graduada de 100ml, 5ml de Giemsa padrão filtrado
2. Acrescentar água tamponada até perfazer 100ml.
Tempo de coloração: 20 minutos.
Giemsa à 10%
1. Colocar numa proveta graduada de 100ml, 10ml de Giemsa padrão filtrado
2. Acrescentar água tamponada até perfazer 100ml.
Tempo de coloração: 10 minutos
Giemsa à 20%
Giemsa à 20%
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Procedimento de Coloração
1. Colocar a lâmina numa tina de coloração (podem ser colocadas várias lâminas ao mesmo
tempo, de acordo com a capacidade da tina de coloração)
5. Colocar uma gota de óleo de emersão sobre a preparaçãoe observar com objectiva de
100x.
2. PARASITAS SANGUÍNEOS/TECIDUAIS
A Doença: Toxoplasmose
A toxoplasmose é causada por Toxoplasma gondii (Descoberto e descrito por Nicolle e
Manceaux em 1909) e pode apresentar quadro grave de evolução em indivíduos com o sistema
imunocomprometido. É uma zoonose, a infecção ocorre em várias espécies de animais
mamíferos (carneiro, cabra e porco e aves, incluindo o homem. O gato e outros felídeos são os
hospedeiros definitivos, sendo o homem e os outros animais, hospedeiros intermediários.
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Morfologia
Este parasita apresenta uma morfologia múltipla, dependendo do hábitat e do estágio evolutivo
(Taquizoítos, Bradizoíto, oocisto, esporozoítos), sendo os esporozoítos as formas infectantes
para o homem.
Esporozoítos
- Apresenta organelos citoplasmáticos com aparelho apical que apresenta conóide (forma
de cone) e dois anéis apolares.
Taquizoito
- É a forma encontrada durante a fase aguda da infecção dentro do vacúolo parasitoforo de
várias células, como nos líquidos orgânicos, excreções, células hepáticas, pulmonares,
nervosas, submucosas e musculares, sendo também denominada forma
proliferativa,forma livre ou trofozoíto.
Apresenta formato de um arco, banana ou meia-lua, com dimensões de 2x 6µm, com o núcleo
muito próximo do centro.Quando corado com giemsa, o citoplasma apresenta-se azulado e o
núcleo avermelhado. É uma forma móvel e de multiplicação rápida que provêm de (tachos =
rápido), porém são pouco resistentes ao suco gástrico do estômago.
Bradizoíto
- É a forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso,
retina), geralmente durante a fase crônica da infecção, sendo também denominada
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Oocisto
- Constitui a forma de
resistência, possui uma
parede dupla bastante
resistente às condições do
meio ambiente. Os oocistos
são produzidos nas células
intestinais de felídeos não-
imunes e eliminados
imaturos junto com as fezes.
Os oocistos são esféricos,
medindo cerca de 12,5 x
11,0µm.
Epidemiologia
Ciclo Biológico
O ciclo biológico de T. gondii desenvolve-se em duas fases distintas: Fase assexuada e Fase
coccidiana ou sexuada
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Fase assexuada
- Nas células do epitélio intestinal de gatos jovens (e outros felídeos) não-imunes. No gato,
a reprodução dá-se por gametogonia (sexuadamente) e por esquizogonia
(assexuadamente).
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Os gatos infectam-se, principalmente, pela ingestão dos cistos presentes nos tecidos dos
hospedeiros intermediários (ratos, etc). A parede dos cistos é digerida, libertando organismos
infectantes na luz intestinal (bradizoítos), que penetram pela parede intestinal e rapidamente
multiplicam-se, formando taquizoítos que, espalham-se por todos os órgãos do animal.
Simultaneamente, o parasita reproduz-se nas células da parede intestinal, culminando com a
formação de oocistos, que são excretados com as fezes,os quais amadurecem no meio externo
em três ou quatro dias em oocistos infectantes. Quando o homem e outros hospedeiros ingerem
(através de alimentos contaminados, água, etc) os oocistos que são eliminados pelo gato, ocorre
apenas o ciclo extra-intestinal, com proliferação de taquizoítos nos órgãos e, com a resposta
imune, desenvolvem-se os cistos teciduais.
Transmissão
- Transfusão sanguínea.
Patogenia
As mulheres com infecção crónica por Toxoplasma gondii nãocontaminam os seus filhos durante
o desenvolvimentointrauterino ou seja, as mulheres grávidas apenas transmitem a infecção aos
filhos quando esta é adquirida durante a gestação. Quando a infecçao materna ocorre entre a
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
concepçao e o 6º mês costuma haver um quadro agudo ou subagudo e quando ocorre no último
trimestre a doença tende a ser branda ou asintomática.
Sinais e Sintomas
A maioria dos casos adquiridos na idade adulta ou 2ª infancia sao assintomáticos. Pelo poder de
sua difusão,a toxoplasmose pode encontrar- se em vários órgãos e os sinais e sintomas estão
geralmente relacionados com as áreas afectadas, e podem ser: cefaléia, febre, anomalias focais
manifestando hemiparesia (paralisia) leve até perda da capacidade de coordenação muscular,
confusão mental, convulsões, letargia, que pode progredir para estupor, coma, até a morte do
paciente- na toxoplasmose meningoencefálica; lesões generalizadas na pele.
Toxoplasmose congénita
Nos primeiros 2 trimestres da gestação, o quadro tende a ser agudo ou sub-agudo mas as
manifestações geralmente não são observadas porque ocorre morte fetal ou aborto. No último
trimestre, a doença tende a ser branda ou assintomática, as crianças sobrevivem em geral
apresentam anomalias graves, retardo no desenvolvimento físico e mental, retinocoroidite,
calcificações cerebrais, perturbações neurológicas e hidrocefalia.
A doença aguda resulta geralmente da reativação de uma infeção latent e é extremamente grave.
Encefalite toxoplásmica: confusão, letargia, alucinações ou psicose profunda, perda de memória
e coma. Convulsões aparecem em um terço dos casos. Sintomas neurológicos focais (60%):
hemiparesia, ataxia, afasia, paralisia dos nervos cranianos. Raramente ocorre a corioretinite.
Diagnóstico
- ELISA
- PCR
- Coloração de esfregaços com gimsa
- Biópsia, etc.
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Tratamento
Medidas de prevenção
Doença: Malária
Também conhecida como paludismo, febre palustre, im-paludismo, maleita ou sezão, a malária
foi primeiramente citada na era pré-Cristã, por Hipócrates. Inicialmente havia entendimento de
quea doença era causada por vapores nocivos exalados dos pântanos tiberianos, designando-a
"mal aria", cujo sentido literal é "mau ar". Em 1880, um médico francês, Charles Louis Alphonse
Laveran, conseguiu observar organismos em movimento ao examinar, a fresco, o sangue de um
paciente com malária.
A descoberta de que a malária era uma hemoparasitose foi confirmada por Gerhardt, em 1884, ao
conseguir reproduzir a doença a partir de transfusão de sangue infectado. Em 1885, Golgi e cols
descreveram o ciclo assexuado do parasita (por isso denomina- do ciclo de Golgi) e, em 1891, a
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
morfologia dos parasitos sanguíneos foi a demonstrada através do método de esfregaços corados,
desenvolvido por Romanowsky.
Morfologia
Este parasita apresenta uma morfologia múltipla (Merozoítos, Esporozoítos, Macrogametócito,
Trofozoito, etc), dependendo do hábitat e do estágio evolutivo, sendo os esporozoítos as formas
infectantes para o homem.
A seguir serão descritas algumas formas, a que constitui a forma infectante para o homem e as
diversas formas formas que podem ser encontradas no esfregaço em lâmina.
Esporozoíto
- É alongado, medindo cerca de 11 µm de comprimento por 1 µm de largura e apresenta
núcleo central único. Sua estrutura interna é semelhante nas diferentes espécies de
plasmódio. Consttui a forma infectante para o homem.
Trofozoíto
- Geralmente são polimorficas, tendo algumas formas mais frequentes em determinadas
espécies, como a forma de vírgula (meia lua,foice,anel), bastonete, etc, com citoplasma
azulado e o núcleo avermelhado. Após sucessivas divisões celulares dará origem ao
esquizonte tissular (ou criptozoíto), composto por uma massa citoplasmática e milhares
de núcleos filhos.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Gametócito
- Os gametócito constituem formas sexuadas de plasmodium, podem tomar diversas
formas dependendo da espécie do plasmodium. Constituem fase infectante para o
mosquito vector.
Esquizonte
A imagem acima representa diversas formas de plasmodium falciparum, espécie mais frequente
em Moçambique. Do lado esquerdo (cima para baixo): Trofozoitos jovens, maduros, esquizontes
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
e gametocitos. Este lado apresenta os parasitas dentro do eritrócito, isto é na gota estendida. Do
lado direito apresentam-se as mesmas formas mas fora do eritrócito (gota espessa).
Epidemiologia
Estima-se que 3.4 biliões de pessoas no mundo, correspondente à metade da população mundial,
vivem em áreas expostas a malária e, destas, 1.2 biliões estão em risco de contrair a infecção.
Dos 101 países afectados pela malária, 53 são africanos, outros países afectados encontram-se
nas Américas, e no sudeste Asiático. Esta doença está ausente na África do Norte e grande parte
do território Sul Africano. Este cenário pode alterar-se no futuro com a tendência actual de
mudanças climáticas e a globalização que impulsiona grandes movimentos migratórios.
Segundo Neves (2009), actualmente, são registrados no mundo cerca de 300-500 milhões de
casos de malária a cada ano. Deste número alarmante, 90% se concentram na África Tropical,
com aproximadamente 1,7 milhão de mortes, principalmente entre crianças menores de 5 anos de
idade. O restante está distribuído nas Américas Central e do Sul, Sudeste Asiático e Ilhas da
Oceania.
De acordo com os dados da OMS de 2013, 207 milhões de pessoas desenvolveram malária
sintomática em 2012 e, 627.000 morreram devido à doença. As mulheres grávidas,
especialmente as primigestas, segundas gestas e as crianças menores de 5 anos, são as mais
afectadas, (Noormahomed; 2014)
Num estudo realizado em uma determinada população da cidade de Maputo, a prevalência foi de
1,9% enquanto que noutra população com características semelhantes estudada na cidade de
Mocuba, a prevalência foi de 14,7% para semelhante período do ano (2007 a 2008).
Segundo Noormahomed (2014), a doença representa 44% do total de consultas externas, 57%
dos internamentos em pediatria nos hospitais rurais e gerais e 26 % de todos os internamentos
nos hospitais, sendo o Plasmodium falciparum responsável por cerca de 90% de todas as
infecções por malária. Entre Dezembro de 2012 a Abril de 2013 6% das admissões nos serviços
intensivos do Hospital Central de Maputo, foram devido a malária severa, com uma taxa de
mortalidade de 23%. Casos de malária por outros plasmódios como o P. malaria e P. ovale estão
também documentados e respondem por 9% e 1% das infecções respectivamente. O Plasmodium
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vivax também tem sido detectado em algumas regiões do país embora com prevalência muito
baixa, inferior a 1%. Recentemente, um japonês que esteve em Moçambique, ao regressar ao
Japão apresentou-se com sintomas de malária e febre e, ao ser submetido a testes de malária,
foram nele detectadas as 4 espécies.
Ciclo Biológico
O ciclo de vida do plasmodium é heteroxénico, pode ser divido em duas partes principais, a
sexuada que ocorre no mosquito e a assexuada que ocorre no homem.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
ingere consigo as formas sexuadas do parasita, os gametócitos. Deste modo, inicia-se uma fase
sexuada no interior do estômago do mosquito com a cópula, fecundação e formação de um ovo
ou zigoto.
O zigoto formado migra através da camada única de células do estômago do mosquito,
posicionando-se entre esta e sua membrana basal, iniciando-se de seguida um processo de
reprodução assexuada por esporogonia, donde resultam centenas esporozoítos que são as formas
infectantes para o homem. Os esporozoítos migram para as glândulas salivares do insecto onde
permanecem até este voltar a picar o homem onde são inoculados neste, junto com a saliva.
Quando o mosquito infectado com formas evolutivas dePlasmodium spppica o homem para se
alimentar, injecta uma pequena quantidade de saliva contendo substâncias anticoagulantes de
modo a permitir-lhe sugar o sangue que necessita. Neste acto, são inoculados ao mesmo tempo
os esporozoítos. Estes permanecem cerca de 30 minutos livres na corrente sanguínea, sendo
alguns fagocitados e outros alcançam o fígado alojando-se de seguida no interior das células
hepáticas (hepatócitos).
Dentro do hepatócito, os esporozoítos passam por uma primeira divisão assexuada denominada
esquizogonia intrahepática. Decorridos alguns dias, dependendo da espécie do Plasmodium,
formam-se milhares de merozoítos e a célula hepática rompe-se libertando os merozoítos
resultantes para a corrente sanguínea. Na corrente sanguínea, os merozoítos invadem os glóbulos
vermelhos parasitando-os. Daí, inicia-se um processo de reprodução assexuada por esquizogonia,
denominado esquizogonia intraeritrocitária.
A esquizogonia intraeritrocitária cursa em ciclos que variam entre 24 a 72 horas e cada parasita
produz de 8 a 32 novos merozoítos dependendo da espécie do Plasmodium envolvida. Através de
mecanismos pouco conhecidos, alguns dos merozoítos formados durante a esquizogonia
sanguínea ou intraeritrocitária, sofrem diferenciação e transformam-se em gâmetas masculino e
feminino, 6 a 8 dias depois do início das crises febris. Os gametócitos constituem as formas
infectantes para o mosquito. Os acessos febris da malária coincidem com a ruptura dos
esquizontes.
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Transmissão
Para que haja transmissão da malária tem que haver pessoas infectadas, mosquitos do género
Anopheles e pessoas susceptíveis. A principal via de transmissbão da doença é pela picada da
fêmea dos mosquitos do gênero Anopheles.
Pode ainda ser contraída através da transfusão sanguínea, transmissão transplacentar, transplante
de órgãos, partilha de seringas e agulhas infectadas, acidentes de trabalho em pessoal de
laboratório ou outros profissionais de saúde ao manejar sangue infectado.
Geralmente, a transmissão ocorre em maior grau, nas regiões rurais e semi-rurais mas, pode
ocorrer também nas zonas urbanas. Nas regiões cuja altitude seja superior a 1.500 metros, o risco
de contracção de malária é pequeno. Os mosquitos transmissores possuem maior actividade
durante a noite e ao amanhecer, infectando-se a partir de homens infectados contendo
gametócitos.
O mosquito tende a picar mais as pernas, os braços ou o pescoço onde os vasos sanguíneos são
mais acessíveis, poupando o rosto e as mãos com vasos sanguíneos menos acessíveis. O maior
risco de aquisição da infecção é no interior das habitações, embora a transmissão também possa
ocorrer ao ar livre.
Patogenia
Qualquer indivíduo é susceptível à malária incluindo aqueles que já a contraíram por diversas
vezes, uma vez que a imunidade induzida pela presença do parasita nunca chega a conferir
proteção total. Apesar desta proteção não ser total ela contribui para o abrandamento dos
sintomas.
Certas características individuais (genéticas e fisiológicas), podem conferir uma certa resistência
natural à doença, contribuindo para que o indivíduo não apresente quadros mais graves de
doença. Constituem exemplos, a ausência de antígeno Duffy nos glóbulos vermelhos, que os
tornaria refratários à invasão pelo P. vivax, as hemoglobinopatias (HbS), em que a invasão pelo
P. falciparum é bastante reduzida, as enzimopatias como a deficiência em glicose-6-fosfato
desidrogenase, em que os parasitas não apresentariam um bom desenvolvimento no interior das
hemácias. A anemia das células falciformes é uma doença genética que ocorre nas regiões de alta
incidência de malária e os portadores da mesma, têm altas taxas de sobrevivência à malária,
sendo parcialmente resistentes a ela. As hemoglobinas anormais são uma proteção contra a
infecção malárica por, as suas hemáceas serem facilmente hemolisadas, traduzindo-se num
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
tempo de vida curto e impedindo deste modo que o ciclo do parasita se complete na hemácea
com a consequente redução da parasitémia. Outros portadores de doenças genéticas, como
algumas talassémias, ou deficiências no gene da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase,
frequente nas populações do Mediterrâneo, também poderão ser o produto de selecção natural
positiva dos portadores, devido a maior resistência ao parasita.
A principal acção patogénica do parasita deve-se à anóxia dos tecidos, por causa da redução na
capacidade de transporte de oxigénio pelo sangue. Esta anóxia é fruto do aumento da destruição
intra e extravascular das hemáceas parasitadas e não parasitadas, exercida pelos macrófagos e,
também, como consequência da ruptura das hemáceas no final da esquizogonia intraeritrocitária.
As crises febris na malária, devem-se à ruptura dos eritrócitos com libertação dos merozóitos na
circulação sanguínea. Na infecção por Plasmodium falciparum, o período de incubação da
doença varia entre 9 a 15 dias. Na infecção por P. vivax e P. ovale ela ocorre entre 10-20 dias e
na infecção por P. malariae ocorre entre 20 a 40 dias.
Sinais e Sintomas
- Anemia,Astenia, Anorexia, Hepato esplenomegália, Fraqueza, Hemorragia,
Microinfartos, Comprometimento ou a falência da função renal e ou respiratória,
Síndrome de angústia respiratória, Confusão mental, convulsões e coma.
ATENÇÃO A malária cerebral é responsável por 80% dos óbitos devido a malária. Pode ter
um início gradual ou súbito, sendo os principais sintomas e sinais a febre,
cefaleia, confusão mental, sonolência, vômitos, diarreia, desidratação,
convulsões e coma. Outras manifestações neurológicas e psiquiátricas podem
surgir, incluindo delírio, hemiplegia, monoplegia, depressão, excitação, quadros
espásticos e flácidos, para além dos sintomas e sinais anteriormente descritos.
Por vezes, o quadro pode lembrar alcoolismo, tétano ou epilepsia. Plasmodium
falciparum é a unica espécie que causa malária cerebral.
Diagnóstico Parasitológico
Pode ser feito pelo método da gota espessa e da gota estendida. A gota espessa é o método
universalmente aceite e adoptado para o diagnóstico da malária. Trata-se de um método simples,
eficaz, de baixo custo e fácil de realizar. Sua técnica baseia-se na visualização do parasita através
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
de microscopia óptica, após coloração pelo método de Giemsa, azul de metileno, Leishman e
Wrigth, examinado ao microscópio com aumento de 100x (Objectiva de imersão em óleo). A
gota espessa é 30 vezes mais sensível que a gota estendida pois, o sangue está concentrado. É útil
para se estimar o grau de parasitemia, existindo várias métodos de contagem de parasitas a saber:
ATENÇÃO
Parasitas / µl de sangue = (nr. de parasitas x 40) / nr de Leucócitos x 8.000
leucócitos/µl
Se depois de 200 leucócitos terem sido identificados 9 ou menos parasitas, continua-se com a
contagem até que se atinja 500 leucócitos, depois pára-se a contagem e usa-se a fórmula:
ATENÇÃO
Parasitas / µl = (nr. de parasitas x 16) / nr de Leucócitos x 8.000 leucócitos/µl
Sistema de cruzes
Considera-se
+ = 1 a 10 parasitas em 100 campos microscópicos de gota espessa.
++ = 11 a 100 parasitas em 100 campos microscópicos de gota espessa.
+++ = 1 a 10 parasitas por cada campo microscópico de gota espessa.
++++ = 11 a 100 parasitas por cada campo microscópico de gota espessa.
+++++= Mais de 100 parasitas por cada campo microscópico de gota espessa.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Medidas de prevenção
As medidas de controle e prevenção, devem basear-se em medidas de ordem pessoal,
comunitária e de luta antivectorial:
- Para evitar o contacto entra o homem e o vector: Uso de repelentes químicos, redes
mosquiteiras, redes nas janelas
- Para dimunuir a população de mosquitos: Uso de insecticidas, drenagem de pântanos,
eliminação de lixo e resíduos que portam água estagnada.
Tratamento
Os fármacos utilizados para o tratamento da malária dependem da espécie do plasmódio, das
condições locais, tais como a resistência aos antimaláricos, os esquemas definidos pelos sistemas
nacionais de saúde e das condições individuais de cada paciente.
Existem vários grupos de fármacos antimaláricos de acordo com fase evolutiva dos plasmódios,
nomeadamente: Drogas com acção esquizonticida tecidual (primaquina, tetraciclina,
doxiciclina), Drogas com acção esquizonticida hemático (cloroquina, quinina, tetraciclina,
doxiciclina, clindamicina, mefloquina, lumefantrine, artemisina e derivados) e Drogas com
acção gametocida (cloroquina).
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Morfologia
Wuchereria bancrofti possui diferentes formas evolutivas (Verme adulto,microfilária, larvas) nos
hospedeiros vertebrados (humanos) e invertebrados (mosquitos-vectores). Suas primeiras
descobertas (microfilárias) dão-se a Desmarquay em 1863 na linfa escrotal de um paciente,
estudos foram também realizados por Wucherer em 1866, mas foi Bancroft que encontrou o
verme adulto em 1876 daí a relação entre o nome do parasita e deste autor.
Os vermes adultos
também são
denominados
filárias,daí advindo o
nome da doença-
filaríase linfática.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Microfilária
Esta forma também é conhecida como embrião. A fêmea grávida faz a postura de
microfilárias,por isso as microfilárias são as larvas produzidas pelas fêmeas que possuem uma
membrana extremamente delicada e que funciona como uma flexível". A microfilária mede de
250µm a 300 µm de comprimento e se movimenta activamente na corrente sanguínea do
hospedeiro.
Seu movimento chicoteante sem carácter direcional chama logo atenção de quem examina ao
microscópio o sangue recém colhido do paciente. Ela apresenta núcleos que se coram os quais
correspondem as células subcuticulares (formarão a musculatura); células somáticas (formarão
tubo digestivo). Na região caudal possui uma fiada de núcleos que constituem percursores do
aparelho genital.
Por razões aida desconhecidas estas, não aparecem na circulação periférica durante o dia,
começando a aparecer ao anoitecer até primeiras horas da madrugada, depois desaparecem pela
manhã.
Larvas
São encontradas no insecto vector. A larva de primeiro estádio (L1) mede em torno de 300 µm
de comprimento e é originária da transformação da microfilária. Essa larva se diferencia em
larva de segundo estádio (L2), duas a três vezes maior, e sofre nova muda originando a larva in-
fectante (L3).
Epidemiologia
Essa enfermidade é endêmica em várias regiões com clima tropical e subtropical na Asia, Africa
e Américas, sendo sério problema de saúde pública em países, como China, Índia, Indonésia e
partes leste, central e oeste da África. Estimativas apontam para cerca de 1 bilhão a população
que vive em áreas de risco de contrair a infecção e em 120 milhões o número de parasitados.
Destes, aproximadamente 112 milhões são portadores de W. bancrofii e oito milhões são
portadores de B. malayi ou B. timori.
Dos cercade 112 milhões de pessoas infectadas porW. bancrofti, em pelo menos 80 países cerca
de um terço dos pacientes vive na India, um terço na África, e o restante no Sudeste Asiático,
ilhas a oeste do Pacífico e Américas.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
ATENÇÃO Brugia malayi e Brugia timori também são causadores da filariose linfática
humana. A Brugia malayi é encontrada no sul e sudeste da Ásia, e no Pacífico
Oriental, principalmente na China, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas,
Tailândia e Vietnã. A Brugia timori é encontrada no leste da Indonésia e na ilha
de Timor.
Patogenia
Duas acções patogénicas principais são exercidas pelo de W. bancrofti.
Acção mecânica
- A presença de vermes adultos dentro de um vaso linfático pode provocar estase linfática
com linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos); derramamento linfático ou
linforragia. Esse derramamento, ocorrendo nos tecidos, provocará o edema linfático (por
exemplo, nas pernas). Ocorrendo na cavidade abdominal, teremos a ascite linfática e na
túnica escrotal, a linfocele. Pode também ocorrer derramamento de linfa nas vias
urinárias (linfúria ou quilúria).
Acção irritativa
- A presença dos vermes adultos dentro dos vasos linfáticos, bem como dos produtos do
seu metabolismo ou de sua desintegração após a morte, provoca fenômenos
inflamatórios. Como conseqüência,ocorre a linfangite (inflamação dos vasos) e adenite
(inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos). Frequentemente aparecem fenômenos
alérgicos, como urticárias e edemas extrafocais.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
O mosquito vector ao sugar o sangue infectado durante a hora em que a filarémia é maior retira
também as larvas e no estômago do mosquito perdem a bainha. As larvas sobreviventes perfuram
a parede do
estomago,
nadam na
hemolinfa e
chegam ao
tórax do
insecto onde
sofrem
modificações.
Nos primeiros
5 dias a larva
cresce até
300µm. A L2
desenvolve-se
rapidamente
para L3 que
constitui a
forma
infectante para os vertebrados. Nesta fase o crescimento é interrrompido e ela move-se
activamente pels paredes do mosquito até a tromba. Quando o mosquito volta para sugar sangue,
a larva invade o organismo humano com estímulo do calor da pele, migram até chegar nos locais
definitivos, onde desenvolvem a processos obstrutivos.
Trasmissão
A transmissão é efectuada unicamente pela picada do inseto vector (fêmea de Culex
quinquefasciahrs,em outros casos os Anophelis e Aedis) e da penetração das larvas infectantes
na pele lesada das pessoas. O estímulo que provoca a saída das larvas da probóscida do mosquito
é o calor proveniente do corpo humano. A humidade da pele, permite a progressão e penetração
das larvas.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas incluem: linfangites, linfadenites, mal-estar, cefaleia, insónia, dores
musculares, fadiga, etc.
Diagnóstico Parasitológico
A pesquisa de microfilárias no sangue periférico é feita por diferentes métodos como pesquisa na
gota espessa em Lâmina, ELISA,testes rápidos etc. Entre as técnicas disponíveis, a mais utilizada
é a gota espessa preparada com 20 a 100µL de sangue colhido por punção capilar digital, entre as
22-24 horas devido a sua periodicidade nocturna. Após 12- 15 horas do preparo das lâminas com
sangue, faz-se a desemoglobinização, cora-se pelo Giemsa e examina-se ao microscópio para
verificar a presença de microfilárias. A gota espessa tem boa sensibilidade quando a parasitemia
se encontra acima de 10 microfilárias/ml de sangue. Para aumentar a sensibilidade desta técnica
recomenda-se preparar mais de uma lâmina de um mesmo paciente. Outra técnica é a descrita
por Knott (1939). Consiste em diluir 5 rnl de sangue na proporção de 1: 10 com formol 1 a 2% e
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
centrifugar. As microfilárias estarão no sedimento, que será analisado após preparo de gotas
espessas e coloração com Giemsa.
Tratamento
O tratamento da filariose bancroftiana é realizado para atingir três principais objectivos:
Para o tratamento do linfedema, recomenda-se intensiva higiene local, com uso de água, sabão e,
quando necessário, administração de antibióticos, para combater infecções bacterianas que
agravam o quadro. A higiene do membro afetado, fisioterapia ativa, drenagem postural, e uso de
compressas leva a melhora do linfedema.
Deve-se regularmente exercitar o membro afetado, para promover o fluxo da linfa. Também é
recomendável o uso de meias elásticas que, por compressão externa, ajudarão a reduzir o edema.
O tratamento da hidrocele e quilocele deve ser feito cirurgicamente.
Os vermes adultos, de ambas as espécies, têm aspecto branco leitoso e são encontrados nos vasos
linfáticos dos hospedeiros. O ciclo de vida, patogenia, transmissão, medidas preventivas,
diagnóstico é tudo semelhante a W. Bancrofti. (As microfilária tem algumas diferenças.
Medidas de Prevenção
As medidas de prevenção incidem principalmente:
- Tratamento de todas as pessoas parasitadas.
- Combate ao insecto vector.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Doença: Oncocercose
Morfologia
As principais Formas deste parasita são vermes adultos macho e fêmea e as microfilárias. As
fêmeas medem entre 40 e 50cm e os machos entre 2 e 4cm. As microfilárias não apresentam
bainha e medem cerca de 300µm de comprimento. Circulam nos vasos linfáticos superficiais e
no tecido conjuntivo da pele, mas podem ser encontradas também na conjuntiva ocular do
hospedeiro humano. Permanecem nesses locais por até 24 meses, não apresentam periodicidade
e podem, em alguns casos, alcançar o sangue, sendo encontradas no baço, nos rins e também no
sedimento urinário.
- Inexistência de bainha.
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- Cauda longa e bem afilada com 4 a 8 núcleos alongados que não chegam a ponta.
Patogenia
Oncocercomas
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Dermatite Oncocercosa
Lesões Oculares
Lesões linfáticas
Pode ocorrer infartarnento dos linfonodos próximos das lesões cutâneas ricas em microfilárias,
com adenopatias. Se a obstrução linfática for muito intensa e demorada, pode ocorrer edema
linfático e fibrose nas áreas atingidas.
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Ciclo Biológico
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Epidemiologia
Dos 35 países afectados pela oncocercose, 28 são da África (ao sul do Sahara), 1 na Península
Arábica (Iêmen) e 6 nas Américas. A oncocercose atinge cerca de 18 milhões de pessoas no
mundo (99% na África), das quais aproximadamente 270 mil estão cegas, devido ao parasitismo.
Em vista disso, essa doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma grave
endemia, sendo um obstáculo para o desenvolvimento socioeconómico.
Diagnóstico
Pela sintomatologia do paciente e dados epidemiológicos pode-se suspeitar da infecção, mas o
diagnóstico laboratorial confirma a parasitose. Como a microfilária de O. volvulus não é,
rotineiramente, encontrada no sangue, o exame deste por gota espessa não é utilizado para o
diagnóstico da oncocercose. O melhor método é a retirada de um fiagrnento superficial da pele
("retalho cutâneo") da região escapular e/ou do quadril ou da região do corpo mais afetada. Esse
fragmento, retirado com um esclerótomo, é incubado por 30 minutos em gotas de solução
fisiológica sobre uma lâmina de vidro e coberto com uma lamínula. Em alguns minutos, as
microfilárias abandonam o fragmento de pele, sendo vistas ao microscópio movimentando-se
ativamente.
Exames oftalmológicos. São de grande valia para verificar a presença de lesões e microfilárias.
Com auxílio de uma lâmpada de fenda podem-se identificar microfilárias no humor aquoso e
câmara anterior do olho.
Teste de Mazzotti. Quando não se consegue demonstrar o parasito por métodos convencionais,
pode-se utilizar o teste de Mazzotti (diagnóstico de infecções inaparentes ou assintomáticas). O
teste de Mazzotti consiste em administrar, por via oral, 50mg de dietilcarbamazina ao paciente,
aguardar algumas horas e verificar o aparecimento de prurido, edema e dermatite, que indicam a
oncocercose, pois estas reações alérgicas do hospedeiro são causadas pela morte de microfilárias
na pele. Estas reações podem permanecer por até 24 horas. O teste não deve ser utilizado em in-
divíduos com parasitismo evidente.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Tratamento
A ivermectina estimula a liberação do ácido gama amino butírico (GABA) nas terminações
nervosas, favorecendo sua fixação no nível dos receptores, interferindo na transmissão de
impulsos nervosos, determinando a eliminação dos parasitas. Em dose única de 200pg/kg (via
oral) destrói as microfilárias, impedindo a ampliação das lesões cutâneas e também atenuando ou
impedindo o acometimento do globo ocular.
Medidas de Prevenção
- Tratar os parasitados.
- Combater o vector.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Morfologia
A principal forma de T. Brucei é tripomastigota
Epidemiologia
A doença causada por T.b.gambiense é encontrada em países da África ocidental e central entre
os paralelos 15º N e 29º S.
A doença causada por T.b.rhodesiense ocorre na parte oriental do continente africano em países
como: Moçambique, Uganda, Malawi,Qénia, Tanzânia, Zâmbia,Zimbábwe.
Em Mçambique houve redução dos casos de 43 em 1968 para18 em 1977. Os principais focos
encontram-se nas províncias de Tete com 90% dos casos, Nampula, Niassa,Cabo Delgado,
(Rey;1991).
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Ciclo Biológico
Transmissão
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Patogenia
Sinais e Sintomas
- Anemia
- Imunodepressão
- Lesões celulares
- Linfocitose e monocitose
- Sonolência
- Lesões no SNC.
Diagnóstico Laboratorial
- Pesquisa do Parasita
- Sorológico
Pesquisa do Parasita
- Exame a fresco
- Gota espessa
- Esfregaço sanguíneo
- Cultura
Tratamento
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Medidas de Prevenção
Tendo em conta o modo de transmissão e o vector devem ser tomadas as seguintes medidas:
- Uso de insecticidas
- No caso de viajantes para zonas endémicas, estes devem utilizar roupas apropriadas,
mosquiteiros e repelentes de insectos.
Testes Rápidos
A imunocromatografia é uma técnica que começou a ser desenvolvida nos anos 60, sendo
primeiro criada para o estudo das proteínas séricas.
De grande valor em situações nas quais os profissionais de saúde necessitem tomar decisões e
assumir condutas imediatas.
- Qualitativos.
- Teste de triagem.
- Rápido.
- Económico.
- Fácil interpretação.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Procedimento
Para se efectuar o teste rápido é importante antes ler as instruções do fabricante, pois diferem de
acordo com o fabricante,mas basicamente os passos usado são: deposição da amostra no poço,
deposição do reagente, esperar determinado tempo para que ocorra a reação e ler o
resultado.Antes porém é importante verificar a dadta de validade dos tetes, as condições de
conservação.
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- NEGATIVO: Apenas uma linha é visível na região controle (C), não sendo observada
linha na região teste.
- INVÁLIDO: Não é evidenciada a linha controlo (C). As razões mais comuns de falha
são o volume insuficiente de amostra ou falha no procedimento
técnico. Neste caso, reler a técnica e repetir o teste com uma nova tira.
RESUMO
Na pesquisa parasitária no sangue, usam-se dois tipos de colheita, capilar e venoso. Na lâmina,
são realizadas duas gotas: espessa e estendida. Gota espessa: permite a determinação
quantitativa da parasitemia visto que os parasitas encontram-se concentrados. Gota estendida:
permite identificação do tipo de espécie de parasitas.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º 4
Actividades de ensino-aprendizagem:
Execução de esfregaço,coloração e identificação de espécie de plasmodium
ACTIVIDADE nº 01
Duração 4h
Objectivos:
Execução do esfregaço sanguíneo, coloração, identificação da espécie de plasmodium e sua
quantificação dando a densidade parasitária e a quantidade de glóbulos vermelhos
parasitados
Conteúdos de referência:
- Preparação da amostra de sangue para processamento.
- Identificação das características do plasmodium.
- Métodos de quantificação de parasitas
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Os alunos terão 3 amostras de sangue, nas quais irão efectuar esfregaços em cada, fazer a
coloração e quantificar os parsitas pela densidade parasitária e glóbulos parasitados.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Orienta a formação dos grupos de trabalho.
- Disponibiliza amostras, equipamentos, reagentes, e materiais necessários.
- Supervisiona os estudantes durante a execução da actividade
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Bloco de notas
- Esferográfica
- Cabine de segurança biológico
- Material de proteção individual
- Solução desinfetante
- Lâminas
- Gimsa
- Microscópio
- Óleo de imersão
- Papel de lente
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Critérios de avaliação
A critério do docente da cadeira
ACTIVIDADE nº 02
Duração 4h
Objectivos:
- Realizar pesquisa de parasitas usando testes rápidos
- Identificar parasitas
Conteúdos de referência:
- Testes rápidos
- Características morfológicas de parasitas
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Os alunos terão 4 amostras e em grupos de 4 farão pesquisa de parasitas de acordo com os
testes rápidos disponíveis e na mesma aula os alunos terão lâminas para identificar os
parasitas existentes.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Orienta a formação dos grupos de trabalho
- Disponibiliza amostras, equipamentos, reagentes, e materiais necessários
- Supervisiona os estudantes durante a execução da actividade
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Bloco de notas.
- Esferográfica.
- Cabine de segurança biológico.
- Material de proteção individual.
- Microscópio.
- Lâminas microscópicas.
- Lamelas.
- Solução desinfetante.
- Caixa encineradora.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
- Testes rápidos
Critérios de avaliação
- A critério do docente da cadeira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GLOSSÁRIO
A
Amostra biológica: Parte do material biológico de origem humana utilizado para análise
laboratorial
D
Diagnóstico laboratorial: É o processo conclusivo do laboratório sobre a existência ou
não; ou estágio de uma determinada patologia valendo-se de evidência cientificamente
comprovadas, possíveis de demostrar no laboratório.
E
Espécie: Conjunto de organismos semelhantes entre sí, capazes de se cruzar e originar
descendentes férteis.
H
Habitat: É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou população vive.
I
Incidência: É a frequência com que uma doença ou facto ocorre num período de tempo
definido e com relação a população.
M
Método: Maneira de ordenar uma acção ou etapas para chegar a um resultado, ou é o
modo de realizar determinados exames.
P
Portador: Hospedeiro infectado que alberga o agente infeccioso, sem manifestar
sintomas, mas capaz de transmiti-lo a outrem.
Prevalência: Termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma
doença ou qualquer outra ocorrência numa população em tempo definido.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
R
Requisição de análises: É um formulário identificativo que contém informações
relevantes do paciente, tipo de análise a efectuar bem como o indivíduo requisitante.
Rótulo: Toda informação referente a um producto que esteja transcrita na sua embalagem.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Unidade I
1.A associação que ocorre entre a Lactobacillus e a mucosa vaginal da mulher pode ser definida como:
a) Predatismo
b) Simbiose
c) Canibalismo
d) Parasitismo
5.Os termos “Parasita facultativo” e “Ectoparasitas” referem-se a classificação dos parasitas quanto a:
a) Necessidade de hospedeiro e a localização no hospedeiro
b) Alternância de gerações e ciclo evolutivo
c) Ciclo evolutivo e necessidade de hospedeiro
d) Localização no hospedeiro e Alternância de gerações
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
8. Giardia lamblia é um parasita que conclui todas fases do seu desenvolvimente apenas no homem, enquanto
quePlasmodium possui uma fase do seu desenvolvimento que acontece no homem e outra que acontece no
mosquito. Assim, pode-se dizer que G.lamblia e plasmodium são respectivamente:
a) Heteroxênico , Heteroxènico
b) Monoxênico , Monoxênico
c) Heteroxênico , Monoxênico
d) Monoxênico , Heteroxênico
9. A reprodução sexuada do plasmodium sp, acontece no estômago do mosquito, enquanto que a reprodução
assexuada acontece no homem. Assim pode- se dizer que o:
a) Homem é hospedeiro definitivo do plasmodium
b) Homem é hospedeiro intermediário do plasmodium
c) Mosquito é hospedeiro defintitivo do homem
d) Mosquito é hospedeiro intermediário do homem
10.Plasmodium sp é um parasita que não consegue completar seu ciclo de desenvonvimento sempassar por
um hospedeiro. Isso significa que é:
a) Parasita facultativo
b) Parasita obrigatório
c) parasita obrigatoriamente facultativo
d) Todas estão correcta
12.Explique quando é que um organismo pode ser vectror, hospedeiro, habitat de um agente infeccioso.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Unidade II
2.Estudantes de Laboratório do ICSM identificaram uma proteína de Ascaris lumbricoides através de um teste
imunocromatográfico na amostra de soro de um paciente. O método por eles usado é classificado como:
a) ELISA
b) Directo
c) Indirecto
d) Teste rápido
3. Um grupo de estudantes ao analisar as fezes descobriu que seguintes achados: presença de muco e ovos de
S. Mansoni. Os exames realizados pelos estudantes são respectivamente:
a) Macroscópico e Microscópico
b)Microscópico e Macroscópico
c) Macroscópico e Macroscópico
d) Microscópico e Microscópico
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
7.Diarreia é:
a) Aumento do número de evacuações acompanhada pela perda de consistência das fezes
b) Aumento do número de evacuações acompanhada pelo aumento da consistência das fezes
c)Diminuição do número de evacuações acompanhada pela perda de consistência das fezes
d) Diminuição do número de evacuações acompanhada pelo aumento de consistência das fezes
9.O Método de graham (Método da fita adesiva) é utilizado para pesquisa de:
a) Schistosoma mansoni
b) Taenia solium
c) Giardia lamblia
d) Enterobius vermiculares
10.Apresenta-se sob forma de quisto e trofozoíto; trofozoíto em formato de pêra,quisto resistente ao processo
de cloração de água.A descrição acima é referente a
a)Entamoeba hystolítica
b)Trichuris trichuria
c)Giardia lamblia
d)Ascaris lumbricoides
e) Taenia ssp
a) Entamoemba histolitica-
b) Giardia lamblia -
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
c) Balantidium coli –
d) Trichuris trichuria-
Ascaris lumbricoides-
13.Período negativo é:
B C D
16. Que estratégias podem ser efectuadas para contornar o período negativo?
17. Explique por palavras suas a diferença entre métodos de flutuação, sedimentação.
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
A B C
D E F
10.Durante o transporte de amostra de urina, ela deve ser protegida da luz solar porque pode:
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
a) Diminuir a bilirrubina
b) Diminuír as cetonas
c) Aumentar a bilirrubina
d) Aumentar as cetonas
15.Os termos transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa são usados para
descrever:
a) Densidade da urina
b) Transparência da urina
c) Coloração da urina
d) Odor da urina
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
18. A densidade da água pura é de 1g/cm3, quanto mais próximo deste valor estiver a urina é considerada:
a) Concentrada
b) Diluída
c) Adocicada
d) Salgada
20.4.Prepar as fitas 2.Ceritificar-se do bom estado e validade 3. Homegeinizar a amostra, 1.inserir a fita na
amostra 5.esperar tempo de reação 6.comparar as cores da fita com o padrão.Sobre os passos básicos da
técnica de leitura da fita reactiva a ordem correcta seria:
a) 1-2-3-4-5-6
b) 4-2- 3-1- 5-6
c) 6- 4-3- 2- 1-5
d) 2-4-3- 5- 1- 6
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
Unidade didática IV
1.Sobre a colheita de sangue venoso é correcto afirmar que:
a) O ângulo que o bisel deve formar com o braço do paciente é 3 a 4,5o
b) O ângulo que o bisel deve formar com o braço do paciente é 30 a 45o
c) O ângulo que o bisel deve formar com o braço do paciente é 25 a 50o
d) O ângulo que o bisel deve formar com o braço do paciente é 10 a 15o
2.A gota que permite identificar as formas parasitárias bem como a espécie é:
a) Estendida
b) Espessa
c) Todas
d) Nenhuma
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
a) Helicoidal
b) Circular
c) Zig- zag
d) Quadrangular
4.A forma evolutiva de toxoplasma gondii que se reproduz de forma lenta e que se encontra dentro do
vacúolo parasitóforo das células de vários tecidos é:
a) Taquizoíto
b) Bradizoíto
c)Esporozoítos
d) Oocisto
6. A forma de T. Gondii que é encontrada no vacúolo parasitóforo das células durante a fase aguda
da infecção e que é considerada forma proliferativa é:
a) Taquizoíto
b) Bradizoíto
c)Esporozoítos
d) Oocisto
8.Por ter descrito o ciclo asexuado do plasmodium, o mesmo ganhou seu nome. O autor dessa
descrição é:
a) Gerhardt
b) Romanowsky
c) Golgi
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ódulo Vocacional 8: Exames Parasitológicos
d) Eintein
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