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Ministério da Saúde
Direcção de Recursos Humanos
Departamento de Formação
Módulo Vocacional 1:
PROCEDIMENTOS PRÉ E PÓS-ANALÍTICOS
Moçambique
________________
2016
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
NOTA INTRODUTÓRIA
O presente manual faz parte do currículo de formação inicial do curso de Técnico Médio de
Laboratório (TML) baseado em competências, o qual consiste em 4 semestres lectivos, sendo os
três primeiros de carácter teórico-prático em sala de aula e laboratórios humanístico e
multidisciplinar, com uma componente de estágios parciais, sendo o último referente ao estágio
integral.
O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não representa
necessariamente a opinião do CDC.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
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FICHA TÉCNICA
Coordenação:
Formatação e Edição
Joaquim Wate
Serene Myers
Flávio Faife
António Paunde
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LISTA DE ABREVIATURAS
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PREFÁCIO
Este módulo é um recurso de apoio aos professores, na planificação e implementação das aulas
que se destinam a formação de Técnicos Médios de Laboratório e visa desenvolver nestes
futuros profissionais de saúde, conhecimentos, habilidades e atitudes com relação as práticas de
prestação de cuidados de saúde com elevada qualidade e em conformidade com o perfil
profissional estabelecido. Por outro lado, o módulo é resultado da revisão do currículo de
técnicos médios de laboratório para a nova abordagem baseada em competências.
Esperamos, por um lado, que este módulo constitua um verdadeiro suporte para o
desenvolvimento e alcance dos objectivos das diferentes temáticas de formação dos profissionais
de laboratório e por outro como uma base sólida onde o professor possa buscar o fortalecimento
de conhecimentos, garantia de uma dinâmica uniformizada tanto na mediação como na
assimilação das matérias de ensino.
O módulo apresenta uma linguagem simples, acessível e clara de modo que permita a fácil
compreensão dos estudantes das Instituições de Formação de Saúde a nível nacional.
_______________________________
Nazira Karimo Vali Abdula
Ministra da Saúde
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ÍNDICE
3. UNIDADES DIDÁCTICAS__________________________________________________19
UNIDADE DIDÁCTICA 1______________________________________________________20
UNIDADE DIDÁCTICA 2______________________________________________________61
UNIDADE DIDÁCTICA 3______________________________________________________93
UNIDADE DIDÁCTICA 4______________________________________________________116
UNIDADE DIDÁCTICA 5_____________________________________________________141
UNIDADE DIDÁCTICA 6_____________________________________________________173
GLOSSÁRIO________________________________________________________________183
QUESTIONÁRIO FINAL DE AUTO AVALIAÇÃO DO MÓDULO_____________________185
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UC8: Processar amostras biológicas para a pesquisa de parasitas e/ou materiais associados, no
sangue, no tracto gastrointestinal e urinário para auxiliar no diagnóstico clínico e
monitoria de tratamento de infecções
UC9: Gerir recursos humanos, aprovisionamento, qualidade, segurança, e actividades
administrativas do laboratório
UC10: Atender ao utente, realizar actividades administrativas e manter as comunicações nos
serviços de saúde
UC11: Participar na formação de novos profissionais de saúde e na formação contínua de
funcionários, assim como em actividades de investigação que assegurem a eficácia dos
serviços
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Estágio Parcial
Estágio Rural e Integrado
Para facilitar a leitura deste manual se encontra dividido nas partes apresentadas no sumário
inicial:
Dados básicos do módulo/submódulo.
Referentes do manual de ensino: perfil profissional e módulo formativo.
Unidades Didácticas:
- Conteúdo organizador.
- Sequência das Unidades Didácticas.
- O Desenvolvimento das Unidades Didácticas: a denominação, o objetivo geral, a
introdução da unidade, os conteúdos, o desenvolvimento dos conteúdos, as
actividades de ensino–aprendizagem e o caso práctico / projeto.
- As Actividades de Ensino-Aprendizagem que se apresentam têm como objectivos:
- Facilitar aos alunos a aprendizagem significativa.
- Conseguir a implicação dos alunos.
- Despertar neles a intencionalidade.
- Integrar os conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais.
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3. UNIDADES DIDÁCTICAS
Conteúdo organizador
Aplicar …
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UNIDADE DIDÁCTICA 1
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ÍNDICE
OBJECTIVO GERAL__________________________________________________________22
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica__________________________________22
1. INTRODUÇÃO____________________________________________________________23
2. LABORATÓRIO___________________________________________________________24
2.1 Tipos de laboratório_____________________________________________________25
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OBJECTIVO GERAL
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1. INTRODUÇÃO
O laboratório clínico desempenha um papel importante no suporte das decisões clínicas. Este
laboratório, é organizado segundo o nível de unidade sanitária onde se encontra inserido e da
complexidade dos exames realizados.
- Para o quarto capítulo a atenção estará voltada para o estudo da organização hierárquica
do laboratório clínico.
- E por fim, teremos o sexto capítulo que vai dedicar a sua atenção no estudo sobre os
cuidados a observar com o material do laboratório com relação à sua lavagem.
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2. LABORATÓRIO
- Fase Pré-Analítica
- Fase Analítica
- Fase Pós-Analítica.
A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, através do controlo da qualidade
interno e termina quando a determinação analítica gera um resultado.
A fase pós-analítica, iniciam-se, após a geração do resultado analítico, sendo finalizada, após a
emissão e entrega do mesmo, ao solicitante.
Os laboratórios governamentais são aqueles laboratórios que funcionam com gestão do estado.
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Os laboratórios privados são aqueles laboratórios que funcionam com a gestão de entidades
privadas.
EXEMPLO
Laboratório do Hospital Privado de Maputo, entre vários.
Laboratório Clínico
Os laboratórios clínicos podem ser colocados em dois grandes grupos: laboratórios hospitalares e
laboratórios não hospitalares.
- Os Laboratórios Clínicos Pequenos são aqueles que estão inseridos em hospitais com
capacidade de 100 camas. Estes laboratórios realizam exames de rotina, tais como
plasmódio e parasitas.
- Os Laboratórios Clínicos Médios são aqueles que estão inseridos em hospitais com
capacidade de 300 camas. Estes laboratórios realizam exames mais complexos.
- Os Laboratórios Clínicos Grandes são aqueles que estão inseridos em hospitais com
capacidade acima de 300 camas. Estes laboratórios realizam exames mais complexos
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Os laboratórios clínicos não hospitalares são aqueles que se encontram fora dos hospitais. Para
este grupo de laboratórios enquadram-se, os laboratórios de consultório médico, laboratórios de
referência e laboratórios de saúde pública.
São pequenos laboratórios localizados nos consultórios dos médicos que são especialistas, tais
como hematologístas e Urologístas. Os Médicos generalistas também podem ter laboratórios nos
quais técnicas de rotina, tais como: hematócrito e urinálise são executados/realizados.
Laboratórios de Referência
São de escala regional, nacional ou internacional, podem ser públicos ou privados, realizam um
grande volume e variedade de exames. Realizam testes sofisticados/especializados por
solicitação de outros laboratórios.
EXEMPL
O Laboratório Nacional de Referência da Malária, da Tuberculose, entre outros.
EXEMPLO
Laboratório Nacional de Higiene, Àgua e Alimentos, o Laboratório Nacional de
Referência da Tuberculose, entre outros.
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É o sector onde as amostras são recebidas, registadas e rotuladas, antes de serem encaminhadas
para cada sector do exame. Os laboratórios grandes, as amostras são colhidas em uma central de
colheita onde as mesmas são registadas e rotuladas antes de serem encaminhadas para cada
sector do exame. Estes laboratórios possuem também, um sector separado responsável pela
recepção, registo e rotulagem das amostras para o exame laboratorial. Em pequenos laboratórios,
as amostras são colhidas directamente pelo sector responsável pelo exame a ser feito. As pessoas
que colhem o sangue são chamadas de flebotomistas. Os procedimentos realizados neste sector,
fazem parte da fase pré analítica e estes são de estrema importância para a obtenção de um
resultado do exame laboratorial fiável.
A necessidade do jejum decorre do facto de os valores de referência dos testes terem sido
estabelecidos em indivíduos nessa condição. A não observância do jejum pode alterar a
composição sanguínea de alguns exames. A maioria dos exames exige três horas de jejum, com
excepção da glicemia (oito horas) e do perfil lipídico (12 horas). Para crianças mais novas, o
jejum pode ser de uma ou duas horas. Por outro lado, as alterações de parâmetros no plasma
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Estudos recentes mostram que, o paciente deve permanecer em jejum durante 8-12 horas de
tempo, antes da colheita da amostra, de acordo com o exame laboratorial solicitado, a excepção
da água. A ingestão de água suficiente para satisfazer a hidratação normal não significa que o
jejum tenha sido quebrado. Quando o nível da água diminui, o organismo fica desidratado, a
pressão cai e a circulação fica lenta. A desidratação do organismo torna as veias colapsas, o que
dificulta a punção venosa.
Após a avaliação da qualidade das amostras durante a recepção, uma vez aceites, estas devem ser
identificadas imediatamente, através de um procedimento capaz de assegurar que não sejam
confundidas fisicamente, nem quando citadas em algum registo do laboratório. A identificação
da amostra deve ser mantida durante toda a permanência da amostra no laboratório. Portanto, o
código de identificação da amostra deve ser colocado no corpo do recipiente da amostra, assim
como na requisição do paciente que acompanha a amostra e no livro de registos/programa
informático em uso no laboratório.
Sector de Bioquímica
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sangue ou urina do paciente pode ser analisado para descobrir qual droga está envolvida em uma
“overdose”, ou níveis de drogas
medicamentosas podem ser monitorados, ou o
nível de hormónios pode ser medido (figura
1). Estas análises, são geralmente realizadas
em amostras no soro (após uma centrifugação
adequada), que é a parte líquida do sangue
após ter-se formado um coágulo. Os testes
também podem ser feitos no plasma, urina e
outros fluídos do corpo como liquor (líquido
céfalo raquidiano-LCR), líquido sinovial,
líquido ascítico, entre outros.
Sector de Microbiologia
Sector de Hematologia
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O sangue total (colhida no tubo com anticoagulante) é usado na maioria dos exames. As técnicas
hematológicas podem ser qualitativas
ou quantitativas (figura 3).
Os procedimentos
quantitativos incluem contagens
dos vários componentes do sangue,
como por exemplo, o número de
leucócitos (células brancas), eritrócitos
(células vermelhas), hemostasia
e plaquetas em uma amostra de sangue
podem ser determinados. Estas
contagens podem ser feitas
manualmente ou em aparelhos
automatizados.
As técnicas qualitativas são aquelas nas quais os vários componentes do sangue são observados
por suas qualidades, sejam tamanho, forma e maturidade. Usando um microscópio, o técnico do
laboratório pode ver um esfregaço para determinar os tipos de leucócitos presentes, estimar o
tamanho, forma e conteúdo de hemoglobina das hemáceas (eritrócitos), ou estimar o número de
plaquetas.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
sangue testam ainda as unidades de sangue que estão estocadas para determinar quais são
compatíveis para transfusão nos pacientes. São realizados procedimentos de serologia usando
métodos antígeno-anticorpo para a testagem de doenças transmitidas pelo sangue como o HIV,
Sífilis, Hepatites B e C.
O sector de banco de sangue também processa o sangue doado em componentes específicos, tais
como concentrado de hemáceas e plasma.
Oferece os serviços básicos tais como: os testes rápidos (HIV,malária, sífilis) e microscopia
clínica sem, ou com equipamento mais simples disponível (Microscópio e centrifuga),
monitorização simples de hemoglobina (Hgb) e hematócrito (Hct) e encaminhamento para um
nível superior. Trabalham neste nível cerca de 1 a 2 técnicos básicos de laboratório ou outro
pessoal treinado afecto ao laboratório (por exemplo de laboratórios dos postos e centros de
saúde).
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nível terciário deve estar equipado para atender a situações que o nível secundário não conseguiu
resolver e eventos mais raros. Necessita pelo menos um pessoal especializado para diferentes
sectores (laboratório de microbiologia, laboratório de bioquímica e hematologia). Por exemplo
de laboratórios dos hospitais provinciais.
Constitui a referência para os doentes que não encontram soluções ao nível dos Hospitais
Provinciais, Distritais, Rurais e Gerais bem como dos doentes provenientes de Hospitais
Distritais e Centros de Saúde que se situam nas imediações do Hospital e que não têm Hospital
Geral para onde possam ser transferidos. Neste nível situam-se os laboratórios dos Hospitais
Centrais que concentram os equipamentos com alta incorporação tecnológica para a realização
de exames de alta complexidade. O pessoal que trabalha nestes laboratórios necessita de
formação especializada mais intensiva.
Os esquemas organizacionais dos laboratórios, variam de acordo com o tamanho dos mesmos
(ver no módulo de gestão). Em uma linha geral, o esquema organizacional pode ser estruturado
da seguinte forma: o Director de Laboratório, Supervisor Técnico ou Gerente de
laboratório, Supervisor Geral ou Chefe de Sector e Pessoal técnico ou tecnologistas de
bancada (fig 5).
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O Director de Laboratório
É o responsável pela quantidade e qualidade do trabalho realizado em seu setor (cada sector, tem
o seu supervisor geral), como também, responsabiliza-se pelo treinamento dos funcionários e por
avaliar o desempenho dos mesmos. O supervisor geral reporta ao supervisor técnico.
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O técnico de laboratório ou outra pessoa responsável por colheita da amostra deve estar treinado
para o efeito e doptado de conhecimentos e capacidade de aceitar ou rejeitar as requisições ou
ainda sugerir repetições de exames se necessário.
Por fim, o exame laboratorial é finalizado com o registo dos resultados e entrega à sua
proveniência depois da validação do resultado pelo director técnico ou chefe do laboratório ou
pessoal autorizado.
O tipo de equipamento usado no laboratório clínico é determinado pelo seu tamanho, o número e
variedade de exames efectuados.
Um laboratório pequeno (de nível primário) pode ter somente um microscópio, uma
centrífuga e um refrigerador.
Laboratórios maiores (de níveis secundário, terceário e quaternário) podem ter equipamentos
de qualidades diferentes, várias cores e com custos deversificado e, inclui instrumentos como as
centrifugas, pHmetros, autoclaves, balanças, Microscópio, estufas, Banho-Maria,
aglutinoscópio, pipetas, analisadores, etc.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Para obter resultados de confiança, o equipamento usado no processo dos exames deve ser
manipulado correctamente e é imperativa a consulta aos manuais fornecidos pelos fabricantes
dos equipamentos para determinar qual o uso apropriado de cada peça do equipamento.
a) A Centrífuga
Uma centrifugação inadequada pode hemolisar as mostras. As hemólises podem interferir nos
resultados laboratoriais, como é o caso do aumento dos valores de potássio. A centrifugação
inadequada também pode resultar em uma separação incompleta da amostra (presença de fibrina)
no soro, o que levaria à contaminação do analisador e a resultados errados.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
3. Se vai ser centrifugado somente um tubo, um outro tubo idêntico, com o mesmo
conteúdo de líquido (água) deve ser colocado no rotor em posição oposta ao tubo do
material. O Rotor é a parte da centrifuga que suporta, recebe os tubos a serem
centrifugados e que gira durante a operação da centrifuga. Para cada amostra colocada no
rotor, deve haver um outro tubo, directamente oposto, para equilíbrio da centrífuga;
A relação velocidade/tempo pode variar de um fornecedor para outro; por exemplo, alguns tubos
com gel separador podem ser centrifugados em tempos reduzidos, aproximadamente 4 a 5
minutos, aumentando a produtividade e optimizando a rotina laboratorial. O laboratório deve
consultar o seu fornecedor sobre as recomendações de centrifugação.
ATENÇÃO Em relação as regras gerais sobre o uso das centrífugas podemos encontrar mais
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
b) O ph-metro
ATENÇÃO
Mais detalhes sobre Phmetros encontraremos no módulo de Exames
Bioquímicos.
c) As Balanças
São equipamentos usados para a pesagem de substâncias no laboratório (fig.8). Existem vários
tipos de balanças e elas diferem nas quantidades que podem ser pesadas e na sensibilidade das
medidas, como é o caso de balanças analílticas e electrónicas.
As Balanças analíticas são usadas na obtenção (pesagens) da massa de sólidos e líquidos não
voláteis. Possuem menor precisão quando comparadas
com as balanças electónicas.
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d) O Autoclave
A maioria das autoclaves é programada para operar automaticamente, usando um ciclo de tempo.
Os materiais a serem esterilizados são colocados na câmara da autoclave, que é rodeada por um
cesto metálico que contém o vapor. A porta, com um vedante para previnir a fuga do vapor, deve
ser bem fechada antes que o processo de esterização seja iniciado.
Quando a autoclave é ligada, a câmara enche-se de vapor, que expulsa o ar contido. Uma válvula
se fecha e a pressão sobe até o ponto desejado, normalmente 15 libras/polegada quadrada (1
atmosfera de pressão). Após a temperatura alcansar 121 0C, os materiais serão aquecidos por 15 a
20 minutos. O vapor é então liberado lentamente, até que a pressão decresça e volte a pressão
atmosférica externa. Quando isso acontecer, a câmara é ventilada e pode-se abrir a porta,
tomando cuidado com algum vapor que eventualmente ainda possa escapar. Os materiais
esterilizados podem ser retirados usando pinça ou luvas termo-isolantes.
Quando esterilizar líquidos, deve-se usar frascos resistentes ao calor, frouxamente tapados e
cheios até, no máximo, da metade a capacidade total. Esses frascos devem ser colocados em uma
estante ou cesto para evitar derramamentos.
A pressão da câmara deve ser liberada lentamente, para evitar o derramamento do líquido
por excesso de ebulição. Os materiais não esterilizados em uso no laboratório pode ser
fonte de transmissão das infecções.
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ATENÇÃO
Podemos encontrar mais detalhes nos Módulo de Exames
Microbiológicos e Parasitológicos.
e) O Microscópio
Este tipo de microscópio, é constituido por uma parte mecânica e uma parte óptica. Cada parte
engloba uma série de componentes constituintes do microscópio.
- O Pé ou base: suporta o
microscópio, assegurando a sua
estabilidade.
- O Tubo ou Canhão: é um
cilindro que sustenta os sistemas de lentes, localizando-se na extremidade superior a
ocular e na inferior o revólver com objectivas.
- A Platina: é uma peça circular, quadrada ou rectangular, paralela à base, onde se coloca
a preparação a ser observada, possui no centro um orifício circular ou alongado que
possibilita a passagem dos raios luminosos concentrados pelo condensador.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- O Revólver: é um disco adaptado a zona inferior do tubo que suporta duas a quatro
objectivas de diferentes ampliações. Facilita a substituição de uma objectiva por outras
colocando-as por rotação em posição de observação.
- As Lentes das oculares: são um conjunto de lentes sobre as quais se coloca o olho.
Fornecem imagem virtual, ampliada e directa. O tamanho de aumento está gravado na
sua extremidade superior. Para o cálculo da ampliação total, multiplica-se a ampliação da
ocular pela da objetiva. Exemplo: ocular (10x) x objetiva (40x) = ampliação total de
400x.
Para uso da objectiva de imersão (100x), utilizar inicialmente, o menor aumento e focalizar a
preparação. Em seguida, coloca-se uma gota de óleo de emersão sobre o centro iluminado da
lâmina lateralmente e controlar o abaixamento até que a objetiva toque o óleo. Terminando o
estudo, limpar a lâmina e a lente usando o papel toalha, ou um pano macio molhado em xilol ou
álcool a 70%, entretanto, o ideal é limpar com papel de lente.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
5. Olhando pela ocular, girar o mesmo parafuso no sentido inverso até obter uma imagem
nítida da preparação.
6. A seguir fazer o foco com a objetiva de 40x: girar o revólver colocando a objetiva de 40x
na direcção da preparação e focalizar com o auxílio do parafuso micrométrico.
7. Para uma ampliação maior, (objetiva de 100x), girar o revólver apenas o suficiente para
afastar a objetiva de 40x da preparação. Colocar uma gota de óleo de imersão sobre a
preparação.
8. Em seguida, girar o revólver de forma que a objetiva de 100x fique posicionada sobre a
preparação. Girar o parafuso micrométrico até obter o melhor foco do material. Evitar o
contacto do óleo de imersão com as objetivas de 10 e 40x, pois este pode danificá-las.
O microscópio deve estar em uma posição permanente, em uma mesa sólida e uma área livre de
vibrações. Se precisar de ser movimentado, o microscópio deve ser transportado cuidadosamente
com as duas mãos, pelo braço e pela base. Ele deve ser colocado suavemente nas bancadas ou
mesas, para evitar vibrações.
Após o uso, o microscópio deve ser guardado livre de poeira ou óleo de emersão. Sempre com a
menor objetiva e a platina totalmente levantada.
Para limpar as lentes e outros componentes de vidro, remova a sujidade por meio de sopro e
depois passe suavemente uma gaze limpa.
Se a lente estiver suja com manchas de óleo, limpe suavemente com um pedaço de gaze
ligeiramente embebido em uma solução de limpeza (50% éter sulfúrico, 50% clorifórmio, ou
álcool a 70%).
ATENÇÃO
Mais detalhes sobre os cuidados podemos encontrar nos módulos de
Exames Parasitologicos e Hematológicos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
f) A Estufa bacteriológica
g) O Banho-maria
h) Aglutinoscópio
É empregue em análises onde o fenômeno de aglutinação esteja envolvido (figura 13). Este
dispositivo auxilia na visualização da
aglutinação em lâminas, por exemplo. Este
equipamento possui aquecimento que atinge a
temperatura de 37 °C, que é ideal para
promover as pontes entre os anticorpos IgG e
os respectivos sítios antigênicos durante as
análises de exames clínicos.
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A luz emitida por este aparelho possibilita a integração e homogeneização dos eritrócitos com
soro anti-Rh (D) na determinação de factor Rh (D). Além disto, este equipamento oferece uma
visualização prática da aglutinação na lâmina, devido ao calor e da luz incidida.
ATENÇÃO
Mais detalhes sobre Aglutinoscópio encontraremos no Módulo de
Banco de Sangue
Também chamadas de capelas de fluxo laminar, são equipamentos que tem como função
principal reter partículas contaminantes de
dimenções microscópicas; portanto, servem para
proteger a amostra, o profissional e o ambiente
laboratorial dos aerossóis potencialmente
infectantes que podem se espalhar durante a
manipulação de amostras (figura 14). Alguns tipos
de cabine protegem também o produto que está
sendo manipulado do contacto com o meio
externo, evitando contaminações. Para o uso das
CSB, recomenda-se o seguimento das instruções
do fornecedor.
j) As Pipetas
São usadas para medir rigorosamente e transferir líquidos. As mais comuns são: as
volumétricas, graduadas, automáticas e de Pauster.
A pipeta graduada é um tubo longo e estreito, aberto nas duas extremidades, marcado
com linhas horizontais que constituem uma escala graduada. Utilizam-se para medição e
transferência de volumes variáveis de líquidos, e apresentam uma precisão inferior à
pipeta volumétrica.
A pipeta volumétrica é um tubo
com uma ponta superior mais larga,
um bulbo oval ou Redondo no meio
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
e a outra ponta afinilada. Elas são usadas sempre que a exatidão da transferência de um
volume é necessária.
A Pipeta automática e micropipeta são feitas de plástico e são usados para transferir
volumes prefixados por premer e pressinonar um botão na pipeta (figura 15).
2. Aspirar o líquido até uma altura superior a marca de aferição ou ao “Zero”, quer para
pipeta volumétrica, assim como para a pipeta graduada.
3. Vedar a parte superior da pipeta volumétrica com o dedo indicador impedindo a liberação
do líquido. Certificar que não há bolhas no líquido e nem espuma em sua superfície.
Retirá-la do líquido, e inclinar um pouco enxugando a parede externa com papel
absorvente.
4. Tocar a ponta da pipeta volumétrica no recipiente para ajustar o nível do líquido ao traço
de referência superior, deixando o líquido escoar vagarosamente, dando uma ligeira folga
na pressão exercida pelo seu dedo
indicador, deixando-a na posição
vertical.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
k) O Espetofotómetro
É um instrumento usado na medição quantitativa da absorção da luz pelas soluções (figura 16).
ATENÇÃO
Mais detalhes sobre espetofotómetro encontraremos no Módulo de
Exames Bioquímicos.
A água da torneira não é adequada para o preparo dos reagentes a ser usados no laboratório
porque contém impurezas ou bactérias. As imporezas podem alterar os resultados laboratoriais,
diminuindo ou aumentado os seus valores. As bactérias podem inativar reagentes, contribuir para
a contaminação orgânica total, ou alterar as propriedades ópticas das soluções de ensaio.
O laboratório deve definir o tipo de água necessária para cada um dos seus procedimentos, e
deve ter um fornecimento adequado da mesma.
1. Água Reagente para Laboratório Clínico (CLRW), adequada para a maioria dos
procedimentos de laboratório;
2. Água Especial Reagente (SRW), definida para um laboratório com procedimentos que
precisam de especificações diferentes do que CLRW;
3. Água Purificada Engarrafada Comercialmente que pode ser adequada para alguns
procedimentos laboratoriais.
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45
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A vidraria são materias de rotina na maioria dos laboratórios e vem em vários tamanhos e forma.
A vidraria do laboratório tem duas composições básicas: o Cristal e borossilicatos. O Cristal tem
baixa resistência ao calor e produtos químicos, mas é barato. É usado muitas vezes para fazer
recipientes descartáveis do laboratório. O vidro de borossilicato é de alta resistência térmica e
não reage com a maioria dos produtos químicos. Pyrex e Kimax são marcas de vidro
borossilicato usualmente empregue no fabrico de béquer, frascos e outros artigos. Existem
alguns recepientes que são escurecidos/âmbar a fim de armazenar compostos que reagem com a
luz. A vidraria mais comum em laboratórios inclui as garafas, Béqueres, Balão de Erlenmeyer,
Balão volumétrico, Provetas (cilindros graduado), tubos de ensaio, Termómetro, vidro de
relógio, funil e vareta.
Garrafas
São recipientes usados para o armazenamento de regentes (figura 17). Existem garrafas de
vários tamanhos e tipos. O tamanho da garrafa não deve ser muito maior que a capacidade de
volume para o reagente. Garrafas escuras/âmbar são para o armazenamento de reagentes
fotossensíveis (figura 18). Os reagentes fotossensíveis se não forem armazenados em recipientes
apropriados podem perder as suas propriedades químicas.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O Balão de Erlenmeyer
O Balão Volumétrico
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Proveta
As marcações na lateral indicam a capacidade total e várias graduações em ml. Os líquidos são
medidos em uma proveta colocando-se o líquido até que o fundo do menisco esteja no nível de
marcação do volume desejado. Pode também ser usado para preparar soluções.
Tubos de Ensaio
São obtidos em uma variedade de tamanhos e formas, são usados em muitas técnicas do
laboratório (figura 23).
A maioria das análises são realizadas no tubo de ensaio, podem também ser empregues para
fazer reacções em pequena escala, principalmente nos testes de reacção em geral. As vezes, um
método de teste exige que seja aquecido o tubo e para este caso, o ensaio deve ser realizado
sempre em tubos de vidro termoresistente.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O Termómetro
O Vidro de Relógio
O Funil
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
c) Material de Porcelana
O mais comum no laboratóro clínico é o cadinho e o
almofariz com pistilo. O almofariz com pistilo, pode
ser fabricado com outros materiais. São recipientes
destinados á trituração de materiais sólidos, (figura
27).
O Cadinho
Um cadinho é um pequeno recipiente, com forma de pote, que é utilizado para aquecer sólidos a
temperaturas bastante elevadas (figura 28).
Estes podem ser feitos de metal ou de
cerâmica mas nos laboratórios é mais comum
encontrarem-se cadinhos de carâmica,
especialmente de porcelana. Os cadinhos são,
habictualmente, reutilizáveis. No entanto,
certas reações químicas podem danificar o
cadinho, pelo que, nestes casos, deve ser
descartado.
Os cadinhos são aquecidos, normalmente, por contacto directo de uma chama de um bico de
bunsen. Apesar de muito resistentes a elevações de temperatura, os cadinhos não possuem uma
grande resistência mecânica, pelo que é necessário cuidado ao escolher um suporte para os
sustentar. Habictualmente, a melhor solução é o uso de tripé e , o que confere ao cadinho mais
estabilidade e menores alterações bruscas de temperatura.
d) Material de Metal
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O material de metal usado no laboratório pode ser classificado como material de suporte e para
manuseamento. No grupo de material de suporte destacam-se materiais como, suporte de tubos
de ensaio, rede metálica, tripé e pinça metálica.
A Rede Metálica
O Tripé
Pinça Metálica
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Bico de Bunsen
É um queimador de gás que tem particular vantagem de permitir modificar o poder calorífico da
sua chama com o simples manuseamento de uma anilha (figura 33).
Esta anilha é móvel na base da chaminé do queimandor e possui dois orifícios que se podem
fazer acertar, ou não, com os outros dois abertos na dita base da chaminé. Quando se acerta a
anilha torna-se fácil o acesso do ar para a combustão do gás que entra no bico de Bunsen
próximo desse nível.
A chama obtida é então obscura e muito quente. Se os orifícios não se acertam, o acesso do ar é
insuficiente, o combustível arde mal e a chama torna-se luminosa e pouco quente.
Nos trabalhos do laboratório, os estudantes deverão empregar a chama obscura por ser a mais
quente, mas deverão ter o cuidado de rodar a
anilha e tornar a chama luminosa sempre
que tiverem o bico aceso, mas que não
estejam a utiliza-lo.
Espátula
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
É uma pequena pá de metal (ou de outro material) que serve, por exemplo, para retirar
substâncias sólidas do interior dos frascos, e para outros efeitos semelhantes (figura 34).
Agulhas hipodérmicas
São tubos cilíndricos ocos utilizados como componentes de equipamentos ou como um meio
através do qual passam fluidos (figura 35).
Geralmente são feitas da tubulação de aço
inoxidável. O uso de agulha hipodérmica e
seringa é o meio mais comum de colher
amostras de sangue. Ela é composta em partes
denominadas de canhão, protector e cânula,
este que termina pela ponta afiada bísel. O
Canhão é fabricado em cores diversas que
seguem padrão universal e identificam os
calibres das agulhas. Permite acoplamento fácil e seguro ao bico das seringas, proporcionando
segurança e eficácia na colheita do sangue e em outras actividades.
O Protector protege a agulha de possíveis danos até o momento do uso e garante a esterilidade
do conjunto por cinco anos, além de garantir a centralização da cânula no canhão.
A Cânula é um tubo fabricado à partir de uma fita de aço inoxidável, que vem colado no canhão.
A extremidade externa deste tudo é cortada de acordo com a finalidade de uso da agulha.Elas são
classificadas pelo seu diâmetro externo e espessura da parede, também conhecido como o
tamanho do calibre.
A escolha da agulha hipodérmica de um calibre que permita sua cômoda penetração nas veias
mais proeminentes, com pequeno desconforto é importante. A espessura (calibre) é consoante a
viscosidade do fluído e o calibre da veia/artéria que se quer alcançar.
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53
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A agulha hipodérmica se for muito grande para a veia à qual se destina, a agulha dilacerará o
vaso e causará sangramento (hematoma); se for muito pequena, lesionará as hemácias durante a
colheita, e os exames de laboratório que requerem glóbulos de sangue total ou hemoglobina e
plasma livre serão inválidos.
A colheita do sangue para transfusão requer um calibre maior do que o usado para colheita de
sangue .
Para a colheita de sangue, se o flebotomista utilizar uma agulha de comprimento menor do que o
adequado para o perfil corpóreo do utente/paciente, a colheita
pode ficar comprometida.
Nesta situação, principalmente em se tratando de pessoas
obesas que possuem uma camada de tecido de gordura mais
espessa, a agulha pode não ter comprimento suficiente para
alcançar as veias e a aplicação acaba sendo feita no tecido
subcutâneo.
Uma seringa é um equipamento de bombeamento, usado por
profissionais da área da saúde para inserir substâncias
líquidas por via intravenosa, intramuscular, intracardíaca, subcutânea, intradérmica, intra-
articular; retirar sangue; ou, ainda, realizar uma punção aspirativa em um paciente ﴾Figura 36﴿.
e) O Material de Plástico
Os recipientes de plástico são úteis no laboratório porque são resistentes a impactos e corrosão.
O plástico não liberta iões como certos tipos de vidros, mas pode fixar e passar por lixivia e
solutos.
Os plásticos não são afectados pela maioria de soluções aquosas. Muitos recipientes usados
actualmente em laboratório têm como matéria-prima o plástico, por ser um material mais barato
e durável. As soluções alcalinas devem ser armazenadas em recipientes plásticos.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Garrafa de Esguicho
É uma garrafa plástica que esguicha o líquido nele contido, quando se apertam com a mão
(figura 37). É usado para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou
outros solventes. É costume ter esguicho na mesa de trabalho.
Placa de Petri
O material de laboratório de qualidade é caro e deve ser manipulado com cuidado. A vidraria é
um item de rotina na maioria dos laboratórios, mas pode causar ferimentos. Somente vidraria
isenta de estilhaçamento e libertação de camadas devem ser usadas, vidraria partida está
fragilizada e pode resultar em ferimentos para o usuário. Os vidros partidos devem ser recolhidos
do local com uma escova e pá ou pano de limpeza, nunca com as mãos desprotegidas.
A vidraria não deve ser descartada no lixo comum, mas em uma caixa de cartão rígido ou
recipientes especialmente feitos para esse fim. A vidraria limpa e seca devem ser guardadas em
um lugar que ofereça protecção contra poeira, quebra acidental e humidade.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Sempre que possível, os frascos de vidro devem ser substituídos por materiais plásticos. As
pipetas com pontas rachadas ou partidas não são precisas e devem ser descartadas.
O material do laboratório descartável foi idealizado para ser usado uma só vez e descartado
imediatamente após o uso. A outra parte do material deve ser lavada antes de ser usada. Para ter
resultados precisos e de qualidade, somente o material do laboratório isento de detergentes ou
soluções contaminantes deve ser usado. Os resíduos de detergentes ou produtos químicos são
nocivos aos resultados dos testes.
Os problemas de limpeza podem ser evitados se o material do laboratório for enxaguado
imediatamente após o seu uso e deixado mergulhado em uma solução de detergente suave até
que seja lavado. As Substâncias secas em recipiente são difícil de remover, mas depósitos
resistentes podem ser removidos após deixar mergulhado em um detergente de laboratório.
O Material do laboratório usado para amostras biológicas ou substâncias deve ser
descontaminado antes da lavagem, colocando-os de molho em um desinfectante adequado. A
vidraria do laboratório deve ser lavada com um bom detergente, usando uma escova, se
necessário e enxaguar com bastante água, seguidas de duas ou três lavagens com água destilada.
A lavagem pode ser feita à mão, usando luvas de limpeza.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A água da torneira não é adequada para o preparo dos reagentes para o uso no
laboratório porque contém impurezas ou bactérias, devendo o laboratório,
definir o tipo de água necessária para cada um dos seus procedimentos, e
deve ter um fornecimento adequado da mesma.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE nº 2 Realização da focagem e desfocagem com a objectiva de 40x do
microscópio para visualizar as células patentes na lâmina.
Duração 2h
Objectivos:
- Realizar a focagem e desfocagem do microscópio
Conteúdos de referência
- Instrumentos e materiais do laboratório
- Funciomento do microscópio óptico
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- O aluno liga o microscópio, e coloca a lâmina com a preparação sobre a platina.
- Com o auxílio do condensador e do diafragma, o aluno obtem uma boa iluminação.
- O aluno gira o parafuso macrométrico e apróxima a objetiva de 10x o mais perto da
lâmina.
- Olhando pela ocular, o aluno gira o mesmo parafuso no sentido inverso até obter uma
imagem nítida da preparação.
- A seguir, o aluno gira o revólver colocando a objetiva de 40x na direcção da
preparação e focaliza com o auxílio do parafuso micrométrico.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Elogia o aluno e faz o resumo da colheita do sangue capilar
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- Laboratório multidisciplinar
- Lâminas microcópicas e Lancetas
- Esguicho com álcool a 70% e algodão
- Microscópio óptico
- Pops de colheita, cloração e observação de sangue capilar
Critérios de avaliação
- Acções e comportamentos do aluno durante a actividade
- Habilidades durante o manuseio do microscópio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
3. Walters, N. J.; Estridge, B. H.; Reynolds, A. P.; (1998); Laboratório Clínico: Técnicas
Básicas; 3a edição; Porto Alegre; Artmed,.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
UNIDADE DIDÁCTICA 2
A BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
ÍNDICE
INTRODUÇÃO_______________________________________________________________64
1. A BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL______________________________________65
1.1. Os equipamentos de proteção individual-EPI_________________________________66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS______________________________________________92
DOCUMENTOS OFICIAIS DO MISAU___________________________________________92
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
OBJECTIVO GERAL
Aplicar as normas de Biossegurança no Ambiente Hospitalar e Laboratorial
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
INTRODUÇÃO
Os laboratorios clínicos podem expor às pessoas que trabalham nele a riscos de diversas origens.
Para minimizar as consequências destes riscos é necessário tomar um conjunto de medidas ou
acções. Nesta unidade, o estudante irá discutir os factores-chave que determinam a virulência, os
principais potenciais de risco no laboratório, Equipamentos de protecção individual e colectiva,
Normas de biossegurança laboratorial, Classificar os laboratórios consoante o nível de
biossegurança. Também terá oportunidade de desenhar o fluxograma de reporte de incidentes
resultantes da exposição ocupacional.
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63
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- E por fim, temos o último capítulo sobre o controlo e responsabilidade pelo material
biológico.
1. A BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL
DEFINIÇÃO A Biossegurança é o conjunto de medidas ou acções voltadas para a prevenção,
controlo, minimização ou eliminação dos ríscos presentes nas actividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, a
preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
O •produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços que podem
comprometer a saúde do
homem, dos animais, a
preservação do meio ambiente
e/ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
O risco físico é aquele que é causado após a exposição aos agentes de risco físico. Consideram-
se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, humidade, radiações ionizantes e não-
ionizantes, vibração, entre outros.
O risco químico é aquele que é causado após a exposição aos agentes de risco químicos.
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias que possam penetrar no organismo do
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64
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, gases, vapores, ou que seja, pela
natureza de actividade, de exposição, possam ter contacto ou ser absorvidos pelo organismo
através da pele ou por ingestão. A maioria dos reagentes usados em laboratorio clinico,
encontram – se neste grupo de risco.
O risco biológico é aquele que é causado após a exposição aos agentes de risco biológico.
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre
outros.
Os Ríscos Ergonómicos é aquele que é causado após a exposição aos agentes de risco
ergonómico.
ATENÇÃO
Mais detalhes relacionados a riscos ergonomicos na Unidade Didática 05
deste módulo
Luvas
Protegem as mãos contra os materiais infecciosos e protegem os pacientes do contacto com
microrganismos presentes nas mãos do profissional de saúde. O profissional de saúde que não
calça as luvas para a realização de procedimento pode estar exposto a risco á infeccções pelos
microrganismos que o paciente ou a amostra transporta. As luvas mais comuns no laboratório
incluem as luvas de procedimentos, luvas cirúrgicas e luvas de borracha.
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65
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Luvas De Procedimentos
Que são de látex (borracha natural) ou de material sintético (vinil), servem para manipulação de
materiais potencialmente infectantes (figura
1). As luvas de procedimentos devem ser
usadas em todos os procedimentos, desde
colheita, transporte, manipulação até o
descarte das amostras biológicas, pois elas são
uma barreira de protecção contra os agentes
infecciosos. São vendidas em caixinhas
contendo 100 pares, que podem ser de
diferentes tamanhos (S, M, L e XL).
Luvas Cirúrgicas
São luvas estéreis, ou seja, totalmente livres de microorganismos, que são vendidas embaladas
em pares, havendo uma técnica correta de
colocação das mesmas. (figura 2). Usadas muito
mais nas cirurgias ou em outros procedimentos
invasivos.
As luvas de borracha são grossas e
antiderrapantes, servem para manipulação de
resíduos ou lavagem de materiais ou procedimentos
de limpeza em geral (figura 3). Estas luvas podem
ser usadas para a manipulação de materiais
submetidos a aquecimento ou congelamento, como
procedimentos que utilizem estufas para secagem de
materiais, banho-maria, câmaras frias, freezer para
conservação de amostras, além de outros. As luvas de
borracha são resistentes à temperatura e podem ser
reutilizadas.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A escolha de luvas para o uso laboratorial depende dos procedimentos técnicos que o
profissional pretende realizar. Por exemplo, para realizar a colheita venosa de sangue, aconselha-
se o uso de luvas de procedimentos e para fazer limpeza nos sectores do laboratório, aconselha-
se o uso de luvas de borracha.
ATENÇÃO
Seguir os procedimentos de Calçar e Remover as Luvas.
Bata
Protege a roupa e a pele do profissional, da contaminação por sangue, fluidos corpóreos, salpicos
e derramamentos de material infectados, que pode ocorrer desde colheita, transporte,
manipulação e descarte de amostras clínicas. É importante que a bata seja colocada assim que o
profissional entre no laboratório, e permaneça com ele o tempo todo, porém ao ir a cantinas,
refeitórios, bancos, bibliotecas, auditórios, outros, ele deve ser retirado, pois são áreas não
contaminadas e a bata pode levar agentes biológicos para estes locais.
A bata deve ser confeccionada em tecido resistente (feito de algodão) à penetração de líquidos,
com comprimento abaixo do joelho e mangas longas, pode ser descartável ou não. Caso não seja,
deve ser resistente à descontaminação e autoclavação. A limpeza da bata deve ser feita na
própria lavanderia do hospital, caso esse serviço não esteja disponível para o profissional da
saúde, o ideal é que primeiramente a bata seja autoclavado e depois levada para casa, esse
procedimento não gera riscos de contaminação.
Máscara
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Óculos de Protecção
Servem para proteger os olhos dos salpicos das amostras durante o manuseamento. Estes óculos
devem ser de material rígido e leve, com cobertura completa da área dos olhos (fig. 5). Os óculos
de grau não substituem os óculos de proteção. É importante o uso dos óculos com a máscara,
pois protegem todo o rosto. Após o uso, lavar os óculos com água e sabão e fazer a desinfecção
com álcool etílico70%.
Touca ou Barrete
Serve para manter preso o cabelo para evitar contacto com materiais biológicos ou
químicos(figura 6). Em alguns sectores o uso da touca é obrigatório.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Também chamadas de capelas de fluxo laminar são equipamentos utilizados para proteger o
profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que podem se
espalhar durante a manipulação. Os detalhes sobre a cabine de segurança biológica estão
descritos na unidade didática I deste módulo. Normalmente este, equipamento encontra-se em
microbiologia e deve ser utilizado de acordo com as orientações do Pop.
Chuveiro de Emergência
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Lava-Olhos
É um equipamento utilizado para acidentes na mucosa ocular, o jato de água também deve ser
forte e dirigido aos olhos (figura 8). Quando ocorrer
acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser
lavados por, no mínimo 15 minutos, para remoção da
substância, reduzindo danos ao indivíduo. Em geral o lava-
olhos é instalado junto dos chuveiros ou junto das pias do
laboratório, porém a proteção com óculos pode evitar esses
tipos de acidentes, que às vezes pode levar a danos
irreversíveis. Os chuveiros e os lava-olhos devem ser limpos
semanalmente.
Extintores de Incêndio
Usados em laboratórios são: extintor de água (mangueira) para fogo em papel e madeira; extintor
de dióxido de carbono (pó químico ou espuma) para fogo em líquidos ou gases inflamáveis;
extintor de dióxido de carbono (pó químico seco) para fogo em equipamentos elétricos. A manta
ou cobertor serve para abafar ou envolver a vítima de incêndio, é confeccionado em lã ou
algodão grosso, não pode ter fibras sintéticas. O balde com areia ou absorvente granulado, é
derramado sobre substâncias químicas perigosas como álcalis para neutralizá-lo. Este deve estar
localizado em locais de fácil acesso para todos os funcionários (corredores, salas aberta, entre
outros).
A sinalização é dividida de acordo com suas funções em: sinalização de alerta, sinalização de
proibição, Sinalização dos equipamentos de combate, sinalização de condições de
orientação e salvamento, entre outras.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Sinalização de Alerta tem a função de alertar para áreas e materiais com potencial de risco. Os
exemplos comuns em laboratório encontram-se em rotulos de frascos contendo reagentes, porta
de entrada dos laboratorios, recepientes de transporte de amostras, aliquotas de amostras e
reagentes, entre outros. Os símbolos de inflamável, radioativo,
corrosivo, risco biológico, entre outras, são exemplos de
sinalização de alerta.
Símbolo de Substâncias
Corrosivas, está presente em
frascos de ácidos fortes (como
ácido sulfúrico, ácido clorídrico, etc.). Deve-se tomar o cuidado
para que o ácido não respingue na pele ou nos olhos, o contacto
com a pele causa sérias queimaduras (figura 11).
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
conter, além de medicamentos, manta apaga-fogo (para caso de incêndios) e produto lava-olhos
(para respingos de ácidos nos olhos).
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O risco individual e para comunidade é baixo, são agentes biológicos, que têm probabilidade
nula ou baixa de provocar infecções ao homem ou aos animais sadios, e de risco potencial
mínimo para o profissional do laboratório e para o ambiente.
EXEMPLO
Lactobacillus.
O risco individual é moderado e para comunidade é limitado. Aplica-se a agentes biológicos que
provocam infecções ao homem ou aos animais, cujo risco de propagação na comunidade e de
disseminação no meio ambiente é limitado, não constituindo em sério risco a quem os manipula
em condições de contenção, pois existem medidas terapêuticas e profiláticas eficientes.
EXEMPLO
Toxoplasma spp.
O risco individual é alto e para comunidade é limitado. Aplica-se a agentes biológicos que
provocam infecções, graves ou letais, ao homem e aos animais e representam um sério risco a
quem os manipulam. É um risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo
se propagar de indivíduo para indivíduo, mas existem medidas de tratamento e prevenção.
EXEMPLO
Bacillus anthracis.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O risco individual e para a comunidade são elevados. Aplica-se aos agentes biológicos de fácil
propagação, altamente patogênicos para o homem, animais e meio ambiente, representando
grande risco a quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade por via de aerossóis
ou com riscos de transmissão desconhecido, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas.
EXEMPLO
Vírus Ebola.
Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de
risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção
necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
É adequado ao trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não
provocarem doença em seres humanos e que possuam o mínimo risco ao pessoal do laboratório e
ao meio ambiente. É o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino
básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes ao grupo de risco 1. Não é
requerida nenhuma característica de desenho, além de uma boa planificação espacial e funcional
e a adopção de boas práticas laboratoriais.
É adequado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado para as pessoas e para o meio
ambiente. Diz respeito aos laboratórios em contenção, onde são manipulados microrganismos da
classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de
diagnóstico, sendo necessário, além da adopção das boas práticas, o uso de barreiras físicas
primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual).
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
É indicado para o trabalho que envolve agentes exóticos e perigosos que exponham o indivíduo a
um alto risco de contaminação de infecções que podem ser fatais, além de apresentarem um
potencial relevado de transmissão por aerossóis. Estes laboratórios são de contenção máxima,
destinam-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de
contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras
áreas. Os laboratórios de NB-4 requerem, para além dos requisitos físicos e operacionais dos
níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho e equipamentos de
proteção) e procedimentos especiais de segurança.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O agente infeccioso é um ser vivo capaz de reconhecer o seu hospedeiro, penetrar, desenvolver-
se, multiplicar-se neste ser vivo e, mais tarde, sair para alcançar novos hospedeiros.
EXEMPLO
Bactérias, Vírus, Fungos E Parasitas.
O meio ambiente é o espaço constituído pelos factores físicos, químicos e biológicos, cujo
intermédio influenciam o agente infeccioso e o hospedeiro.
As vias de transmissão das infecções pelos diversos microrganismos variam de acordo com o
tipo de organismo e, alguns agentes infecciosos podem ser transmitidos por mais de uma via. As
principais vias de transmissão das infecções são: via aérea ou respiratória, via oral, via contacto e
via congénita (placentária).
A transmissão das infecções por via aérea ocorre pela passagem dos microrganismos através das
partículas liberadas durante a tosse, espirro ou fala. Essas gotículas podem-se depositar nos
olhos, na boca ou nariz. Por exemplo: o virus da gripe e Mycobacterium tuberculosis ( o agente
causador da tuberculose).
A transmissão das infecções por via oral ocorre pela passagem dos microrganismos através da
boca (água e alimentos contaminados). Por exemplo: cistos da giardia lãmblia (um dos
principais causador de diarreias em crianças).
A transmissão das infecções por contacto é a forma mais comum de transmissão, podendo ser
subdividida em contacto directo e contacto indirecto.
A via de transmissão por contacto directo pode ocorrer quando os microrganismos são
transferidos de uma pessoa contaminada a outra, sem a participação de um objecto ou uma
pessoa intermediária contaminada. Por exemplo, quando o sangue ou fluídos corpóreos de um
paciente são inoculados directamente em um profissional de saúde por via mucosa ou lesões
cutâneas.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A Letalidade entende-se como sendo o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar
a morte das pessoas/hospedeiros. Obtém-se a letalidade calculando-se a relação entre o número
de óbitos resultantes de determinada causa e o número de pessoas que foram realmente
acometidas pela doença, com o resultado expresso em percentual.
- Lavar bem com água e sabão antisséptico ou desinfetar com etanol a 70%, em excesso,
durante 10 a 15 minutos, deixando o líquido escorrer sobre material absorvente, que
possa ser facilmente descartado. Deixar secar espontaneamente.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Todos os laboratórios NB3 devem dispor de Kits de Emergência para derrames e acidentes com
perfuro-cortantes que contenha:
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Assim que ocorrer o acidente, execute os primeiros socorros e reporte imediatamente aos colegas
de trabalho e ao supervisor ou chefe do sector. O chefe do sector deve reportar o acidente
ocorido ao ao gabinete de prevenção e controlo das infecções (PCI). Isso permitirá o registo e o
gerenciamento adequados do evento.
Uma amostra de sangue do paciente e uma outra amostra do profissional acidentado devem ser
colhidas assim que possível após o acidente e encaminhada ao gabinete do PCI, onde está será
submetida a testes rápidos.
No gabinete de prevenção e controlo das infecções (PCI) estão desponíveis os Kits de profilaxia
pós exposição para caso em que o profissional de saúde tenha entrado em contacto com material
ou paciente com HIV. De seguida o profissional acidentado é encaminhado para a consulta do
trabalhador. Em cada sector deve estar disponível e com acesso de todos, o fluxograma de
reporte de acidentes resultantes da exposição ocupacional.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
As formas mais comuns usadas no laboratório para prevenir infecções consistem na assepsia e
vacinação.
A desinfecção das bancadas de trabalho no laboratório clínico deve ser realizada sempre, no
período antes e depois de realizar um trabalho, para evitar a contaminação das amostras, por
microrganismos que esta pode conter. No processo de desinfecção em laboratórios clínicos são
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
ATENÇÃO
Mais detalhes no módulo de exames microbiológicos.
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82
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A maioria das autoclaves é programada para operar automaticamente, usando um ciclo de tempo.
Os materiais a serem esterilizados são colocados na câmara da autoclave, que é rodeada por um
cesto metálico que contém o vapor. A porta, com um vedante para previnir a fuga do vapor, deve
ser bem fechada antes que o processo de esterização seja iniciado.
Quando a autoclave é ligada, a câmara enche-se de vapor, que expulsa o ar contido. Uma válvula
se fecha e a pressão sobe até o ponto desejado, normalmente 15 libras/polegada quadrada (1
atmosfera de pressão). Após a temperatura alcansar 121 0C, os materiais serão aquecidos por 15 a
20 minutos. O vapor é então liberado lentamente, até que a pressão decresça e volte a pressão
atmosférica externa. Quando isso acontecer, a câmara é ventilada e pode-se abrir a porta,
tomando cuidado com algum vapor que eventualmente ainda possa escapar. Os materiais
esterilizados podem ser retirados usando pinça ou luvas termo-isolantes.
Quando esterilizar líquidos, deve-se usar frascos resistentes ao calor, frouxamente tampados e
cheios até, no máximo, da metade a capacidade total. Esses frascos devem ser colocados em uma
estante ou cesto para evitar derramamentos.
A pressão da câmara deve ser liberada lentamente, para evitar o derramamento do líquido
por excesso de ebulição. Os materiais não esterilizados em uso no laboratório pode ser
fonte de transmissão das infecções.
ATENÇÃO
Mais detalhes nos módulos de Exames Microbiológicos e
Parasitológicos.
A esterilização pelo calor seco pode ser alcançada pelos métodos de flambagem, incineração,
raios infravermelhos e estufa de ar quente. A estufa bacteriológica de ar quente é a mais
utilizada na esterilização por calor seco no laboratório clínico. As estufas são utilizadas
frequentemente no sector de microbiológia, para incubar os meios de cultura à temperatura
constante (geralmente 36,5°C) por tempo variável, permitindo deste modo o crescimento e a
multiplicação dos microorganismos.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O Raios infravermelho utiliza-se de lâmpadas que emitem radiação infravermelha, essa radiação
aquece a superfície exposta a uma temperatura de cerca de 180O C.
O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor húmido, requer o uso de temperaturas
muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este método de esterilização só
deve ser utilizado quando o contacto com vapor é inadequado.
Os materiais de borracha, de aço e tecidos não devem ser esterilizados pelo calor seco, pois, a
temperatura empregada é altamente destrutiva, ou seja, o calor seco, interferir na estabilidade
destes materiais. Os materiais indicados para serem esterilizados por este método são
instrumentos de ponta ou de corte, que podem ser oxidados pelo vapor.
A esterilização química é obtida com aldeídos como glutaraldeído e formaldeído, ou com ácido
peracético.
A esterilização finaliza a limpeza dos materiais do laboratório de maneira eficaz, isto é, quando
realizada correctamente, a esterilização elimina todas as bactérias, fungos, vírus e esporos.
A higiene das mãos apesar de ser um acto simples e altamente eficaz na prevenção das
infecções, continua sendo muito pouco praticada entre os profissionais de saúde em geral. A
higiene das mãos em profissionais do laboratório é importante porque para além de reduzir a taxa
de infecções hospitalares, remove os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da
pele e a oleosidade, o suor e células mortas, retira a sujidade propícia para a permanência e
multiplicação de microrganismos. Este acto, impede que as mãos sejam uma fonte de
transmissão da infecção.
A higiene das mãos deve ser realizado antes de ter contacto com o utente, antes de realizar o
procedimento asséptico, depois de ter contacto com o utente, depois de ter contacto com fluidos
corporais, objectos, pele não intacta ou pessoas e depois de contacto com áreas próximas ao
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
paciente. A higiene das mãos deve ser realizada logo ao chegar no local de trabalho e depois de
terminar ou ao sair do local de trabalho.
Nota: As mãos devem ser lavadas após a remoção das luvas porque estas podem ter pequenos
furos e permitir a entrada de microrganismos. As bactérias por exemplo, podem multiplicar-se
rapidamente dentro das luvas por causa do ambiente húmido e quente.
8. A BIO-PROTECÇÃO
A Bioproteção são medidas de segurança institucional e pessoal e procedimentos para evitar a
perda, roubo, uso indevido, desvio ou libertação intencional de patógenos ou partes deles,
organismos produtores de toxinas, bem como toxinas, que são mantidas, transferidas ou
fornecidas por coleções microbiológicas ou Centros de Recursos Biológicos (CRBs).
Por exemplo, a Varíola foi erradicada há 32 anos, mas o vírus é mantido em centros
colaboradores da OMS sob máximo controlo. A reintrodução acidental ou deliberada do vírus ao
ambiente ameaça não apenas a saúde pública, mas também a estabilidade econômica e política
do mundo todo. Por isso, os estoques do vírus usados em pesquisa estão sob controlo restrito da
OMS que avalia a biossegurança e bioproteção dos laboratórios com muito rigor. Apesar destes
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
As Bioproteção são medidas para evitar o uso indevido de patógenos, partes deles, organismos
produtores de toxinas, bem como toxinas, em acções directas ou indirectas contra humanos,
rebanhos ou cultivos agrícolas. A Biossegurança e bioproteção mitigam diferentes riscos,
portanto, têm um objectivo comum, manter os agentes biológicos em segurança e protegidos nas
áreas onde são manipulados e mantidos.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
outra identificação evidente, de acordo com o Nível de Risco de Bioproteção a que eles poderão
ter acesso.
As visitas deverão ser previamente agendadas e discutidas entre vários membros da equipe, de
forma a avaliar sua real necessidade. Não permitir a presença de profissionais visitantes
trabalhando independentemente.
Para todos os casos, eles deverão ser submetidos aos mesmos procedimentos de gestão de
segurança. Apenas os membros da equipe com nível apropriado de acesso devem acompanhar
visitantes nas áreas de segurança restrita e alta, respeitando um limite máximo pre-estabelecido
de visitantes e acompanhantes.
Os profissionais e outros usuários do laboratório, estão expostos a vários riscos, ou seja, estão
expostos a ameaça ou perigo de determinada ocorrência. Para a prevenção, controle,
minimização ou eliminação destes ríscos, é fundamental a observância das normas de
Biossegurança.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
São considerados EPI: as luvas, máscaras, óculos de proteção, toucas, batas e sapatos e fazem
parte dos EPCs, a cabine de segurança biológica, Chuveiro de emergência, Lava-olhos,
Extintores de incêndio, Sinalização, entre outros. Caso ocorra um acidente do trabalho, deve ser
seguido o fluxograma de reporte dos acidentes, em uso em cada laboratório.
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º2
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE 1 Higiene das Mãos
Duração 90 minutos
Objectivos
Praticar os passos a serem seguidos no procedimento da higiene das mãos
Conteúdos de referência
Higienie das mãos
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- O estudante abre a torneira e molha as mãos;
- - O estudante fricciona a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços
interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos. Lava os antebraços
cuidadosamente, por 15 segundos.
- Por fim, o aluno seca as mãos com uma toalha de papel e fecha a torneira acionando o
pedal, com o cotovelo.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º2
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE Simulação do fluxograma de reporte de acidentes originados pela
2 exposição pela amostra de sague do paciente nas mucosas feridas.
Duração 50 minutos
Objectivos:
- Descrever o fluxograma de reporte de incidentes resultantes da exposição
ocupacional.
Conteúdos de referência
- Biossegurança
- Fluxograma de reporte de acidentes resultantes da exposição ocupacional
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- Os alunos dividem-se em grupos, e nos grupos os alunos subdivide-se em 1 chefe de
sector, um responsáveis do sector de PCI e outros simulam o acidente.
- Um aluno simula o acidente, e de seguida dirige-se a torneira lavando a parte afectada
com água e sabão antisséptico, por 15 minutos.
- O aluno reporta o incidente ao chefe do sector;
- O chefe do sector reporta o caso ao sector do PCI.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Moura, R; Wada, C. Purchio, A. De Almeida, T.; (2006); Técnicas de Laboratório; 3ª
edição. Atheneu; São Paulo;.
3. Walters, N. J.; Estridge, B. H.; Reynolds, A. P.; (1998); Laboratório Clínico: Técnicas
Básicas; 3a edição; Porto Alegre; Artmed.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
UNIDADE DIDÁCTICA 3
ERGONOMIA E GESTÃO DO LIXO OU RESÍDUOS
HOSPITALARES
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Índice
OBJECTIVO GERAL__________________________________________________________96
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica_________________________________96
INTRODUÇÃO_______________________________________________________________97
1. A ERGONOMIA__________________________________________________________98
1.1. Iluminação____________________________________________________________98
1.2. Temperatura__________________________________________________________99
1.3. Ruído________________________________________________________________99
1.4. Vibração______________________________________________________________99
2.3. A Postura____________________________________________________________102
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
5.2. Separação____________________________________________________________107
5.3. Acondicionamento_____________________________________________________107
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
OBJECTIVO GERAL
Aplicar as normas de Biossegurança no ambiente hospitalar
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
INTRODUÇÃO
O aumento da mecanização e da automatização, acelera frequentemente no trabalho e no seu
ritmo, podendo, por vezes, torná-lo menos motivador. Por outro lado, continuam a existir muitas
tarefas que são realizadas manualmente, implicando um grande esforço físico. Um dos resultados
do trabalho manual, assim como do aumento da mecanização, consiste no facto de os
trabalhadores sofrerem de dores nas costas, no pescoço, nos pulsos, nos braços, nas pernas e de
provocar um esforço ocular.
Por outro lado, um dos produtos do trabalho laboratorial manual automático, é a produção do
lixo ou resíduos hospitarares. Este lixo e resíduos hospitalares podem constituir um risco sério à
saúde humana e ao meio ambiente, se não houver adopção de procedimentos técnicos adequados
na sua manipulação. Nesta unidade, o estudante irá discutir a ergonomia, seus objectivos e as
normas de desenho de um posto de trabalho. Também terá a oportunidade de discutir as normas e
procedimentos de recolha, transporte e tratamento do lixo hospitalar.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
2. A ERGONOMIA
DEFINIÇÃO A ergonomia é o estudo do trabalho e da sua relação com o ambiente no qual é
desempenhado (o local de trabalho) e com aqueles que o desempenham, ou seja,
os trabalhadores.
A ergonomia é utilizada com o objectivo de determinar a forma como o local de trabalho deve
ser concebido ou adaptado ao trabalhador, de modo a prevenir diversos problemas de saúde,
aumentando a sua eficácia, por outras palavras, tem como objectivo a adequação e a adaptação
da tarefa ao trabalhador, em vez de forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa. Um exemplo
simples consiste em aumentar a altura das bancadas de trabalho, de modo a que o trabalhador
não tenha de se curvar desnecessariamente para poder realizar o seu trabalho.
A vantagem mais evidente da ergonomia consiste no aumento da produtividade laboral. A
ergonomia engloba uma grande variedade das condições de trabalho que podem afectar o
conforto e a saúde do trabalhador, incluindo factores como a iluminação, o ruído, a
temperatura, as vibrações, a concepção do posto de trabalho, equipamentos, assim como a
concepção da tarefa, incluindo factores como o trabalho por turnos, os respectivos
intervalos e os horários de almoço.
2.1. Iluminação
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
2.2. Temperatura
2.3. Ruído
2.4. Vibração
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
É importante que um posto de trabalho esteja bem desenhado, para o que deverá obedecer a
regras decorrentes da aplicação dos princípios da fisiologia e da biomecânica, criando condições
para a definição de esforços aceitáveis, pois evitará as doenças relacionadas com condições
laborais deficientes, designadamente, a fadiga excessiva ou desgastante do organismo, para além
de assegurar maior produtividade do trabalho (figura 6).
O posto de trabalho deve ser desenhado tendo em conta o trabalho e a tarefa que vai realizar, a
fim de que esta seja executada de modo confortável
e eficiente. Portanto, há que considerar que os
movimentos exigidos pelo trabalho como, as
posturas e o esforço intelectual. Se o posto de
trabalho for adequadamente desenhado, o
trabalhador poderá manter uma postura de trabalho
correcta e cómoda, sendo certo que se assim não fôr,
poderão decorrer várias consequências para a saúde.
As normas de concepção a ter em conta na disposição dos postos de trabalho deverão atender às
características humanas essenciais (capacidades sensoriais, dimensões do corpo, resistência
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
muscular, aptidões intelectuais, entre outras), para além de abordar a conduta do trabalhador
enquanto transformador da energia (fisiologia do trabalho), e como sistema de tratamento de
informação (psicologia do trabalho).
A carga de trabalho é um dos factores referidos aos esforços físico e mental, ao que se vê
submetido o trabalhador no desempenho de sua tarefa.
Os riscos derivados da carga física de trabalho incluem: esforços físicos de todo tipo
(manipulação de cargas, posturas de trabalho, esfórços físicos, etc).
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
3.3. A Postura
- A posição de pé implica uma sobrecarga dos músculos das pernas, costas e ombros.
- Um levantamento de peso mal executado pode causar sérios danos à coluna vertebral e
outras partes de corpo humano, por isso é preciso respeitar as regras básicas no
levantamento de peso.
- Antes de carregar um peso, verifique com antecedência, o caminho que será utilizado.
- Elimine todos os obstáculos de seu caminho. E não se esqueça daqueles, cuja remoção
não for possível fazer.
A aplicação de princípios ergonómicos na segurança do trabalho, será sempre mais eficaz, se for
feito o estudo e diagnóstico das condições de cada posto de trabalho, pois, nem sempre que é
necessário alterações ergonómicas maiores na concepção do trabalho.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
1. Para os trabalhos de montagem, o material deve estar colocado numa posição de modo a
que a maior parte do trabalho seja realizada pelos músculos mais fortes do trabalhador.
2. Para o trabalho de detalhe, que envolva uma relação próxima com os materiais, a mesa de
trabalho deve ser mais baixa do que a utilizada para o trabalho mais pesado.
3. As ferramentas manuais que provocam desconforto ou lesões devem ser modificadas ou
substituídas. Muitas vezes, os trabalhadores são a melhor fonte de sugestões para a
melhoria de uma ferramenta, a fim de tornar a sua utilização mais confortável.
4. Uma tarefa não deve obrigar o trabalhador a permanecer numa posição inadequada, como
obrigar a ficar esticada, curvada, durante longos períodos de tempo.
5. O trabalho executado em pé deve ser minimizado, tendo em conta que é muito menos
cansativo desempenhar uma função na posição de sentado do que em pé.
6. A atribuição de funções deve ser rotativa, a fim de minimizar a quantidade de tempo que
um trabalhador necessita para realizar uma tarefa altamente repetitiva, tendo em conta
que o trabalho repetitivo exige a utilização sucessiva dos mesmos músculos, sendo, regra
geral, extremamente cansativo.
7. Os trabalhadores e os equipamentos devem estar posicionados, de forma a poderem
desempenhar as suas funções com os seus antebraços ao lado do corpo e com os pulsos
direitos.
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102
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O estresse é um problema com ampla discussão na actualidade, uma vez que apresenta riscos
para o equilíbrio emocional do ser humano. Além disso, os profissionais de saúde são indivíduos
bastante afectados pelo estresse físico originado pelo excesso de trabalho e acúmulo de tarefas e
psicológico (situações conflituosas como controlo supervisionado em excesso).
O estresse no ambiente de trabalho de saúde é gerado pela inserção do trabalhador nestes
contextos adversos, uma vez que o trabalho deveria ser fonte de satisfação, crescimento e de
realização pessoal. A redução da incidência de incapacidade e enfermidades de trabalho
decorrentes do estress deve passar, necessariamente, pela adopção de medidas preventivas do
mesmo, através da valorização do ser humano pois este, está dotado de sentimentos, ambições e
necessidades, a quem deve corresponder o gozo integral da saúde como um direito.
- São os que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção.
Por exemplo das bolsas de sangue contaminado.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
EXEMPLO
Medicamentos para tratamento de cancer e reagentes para laboratório.
- São materiais que contenham radioactividade em carga acima do padrão e que não
possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear.
- É qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes. Por
exemplo de papéis não contaminados.
- São objectos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis,
agulhas e ampolas de vidro.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
6.1. Identificação
Símbolo Orientação
O Grupo A
O Grupo D
O Grupo C
O Grupo B
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O Lixo Do Grupo E
6.2. Separação
- A separação é uma etapa de grande relevância para que a gestão seja eficaz. O
processo de separação, consiste em acondicionar cada grupo de resíduo em um local
previamente determinado, isso porque cada um tem características que necessitam de
cuidados específicos.
Os resíduos do serviço de saúde são classificados considerando os grupos de risco, onde cada um
destes exige cuidados específicos.
6.3. Acondicionamento
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106
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Este lixo deve ser acondicionado em sacos plásticos autoclavavéis, grossos e resistentes com o
símbolo biológico de substância infectante. O destino desses é a autoclavação e incineração ou o
aterro sanitário através do sistema de colheita especial.
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107
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes é considerado como
sendo lixo comum (figura 12﴿.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
neles contidos, de acordo com este regulamento técnico. Devem ser providos de rodas revestidas
de material que reduza o ruído.
O local do armazenamento deve ser de fácil acesso para recolhimento externo, ter uso exclusivo
para armazenar os resíduos e oferecer segurança aos mesmos até que seja realizada a colheita
para a destinação final.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
8.1. Incineração
A incineração é uma das técnicas térmicas existentes para o tratamento de resíduos ( figura 15﴿.
Consiste na queima de materiais em alta temperatura
(geralmente acima de 900 oC), em mistura com uma
quantidade apropriada de ar e durante um tempo pré-
determinado.
O processo de microondas consiste na prévia trituração e aspersão de água nos resíduos, que são
submetidos na área de processamento, a acção de vapor e radiação de microondas, e dessa
maneira alcançam temperatura e pressão máxima de esterilização.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
RESUMO
Actividades de ensino-aprendizagem da UD nº 3
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE Liste em separado alguns exemplos dos resíduos resultantes da actividade
1 sanitária em infeccioso, comum e especial.
Duração 30 minutos
Objectivos:
Saber destingir os principais resíduos resultantes da actividade sanitária.
Conteúdos de referência
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD nº 3
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE 2 Mencione as etapas do gerenciamento dos resíduos hospitalares.
Duração 30 minutos
Objectivos
Reconhecer as etapas de gerenciamento dos resíduos hospitalares.
Conteúdos de referência
- Normas de gestão de resíduos hospitalares
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Em grupos, os estudantes fazem o levantamento e descrevem as etapas da gestão dos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
resíduos hospitalares.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Organizar os alunos em grupo e orienta os alunos no desenvolvimento das actividades
- Fazer breve resumo da aula
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
-Sala de aulas
-Papel gigante
-Marcador e quadro branco
Critérios de avaliação
- Comportamento do estudante durante a prática.
-Domínio dos estudantes no tema
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. CDC; Enquadramento e directrizes de gestão laboratorial; 2008.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
8. Pinto, A. (2009) Análise ergonómica dos postos de trabalho com equipamentos dotados
de visor em centros de saúde da administração regional de saúde do centro; Coimbra.
10. Xavier, R; Dora, J (2010) De sousa, C.; Barros, E.; Laboratório Clínico na prática
Clínica: Consulta rápida, 2ª ed.;Editora ABDR.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
UNIDADE DIDÁCTICA 4
COLHEITA, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO DAS
AMOSTRAS BIOLÓGICAS
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Índice
OBJECTIVO GERAL_________________________________________________________118
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica________________________________118
INTRODUÇÃO______________________________________________________________119
1. AMOSTRA BIOLÓGICA__________________________________________________120
1.2. COLHEITA DAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS____________________________________120
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
OBJECTIVO GERAL
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
INTRODUÇÃO
A colheita correcta de amostra biológica para o exame laboratorial constitui uma das actividades
importântes para a obtenção de um resultado do exame laboratorial fiável.
Nesta unidade, o estudante terá a opurtunidade de aprender, as principais amostras biológicas
usadas na rotina laboratorial, também terá oportunidade de aprender os procedimentos de
colheita, conservação e transporte das mesmas, antes da realização do exame laboratorial.
Em suma, a presente unidade apresenta três grandes capítulos:
- No primeiro capítulo sobre a amostra biológica, abordaremos a colheita de amostras
biológicas, a colheita de sangue venoso, colheita de sangue a vácuo, a colheita de sangue
capilar, a colheita de amostra de urina, o exame de rotina de fezes e ainda a colheita de
amostras de expectoração.
- No segundo capítulo será abordada a temática sobre o transporte de amostras biológicas.
- No terceiro capítulo será a apresentado e discutido o tema sobre a conservação de
amostras biológicas.
1. AMOSTRA BIOLÓGICA
DEFINIÇÃO A Amostra Biológica é a parte do material biológico do paciente que é utilizada
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Faz parte de amostra biológica, a pequena parte do material como a do sangue, urina, fezes,
líquidos corporais (cefalo-raquidiano-LCR, pleural, amniótico, etc.), tecidos (biópsia,
raspagem,etc.) e secreções corporais (expectoração, esperma, vaginal, uretral, entre outros).
A colheita da amostra biológica para o exame laboratorial, são procedimentos que fazem parte
da fase pré analítica e, são aactividades de estrema importância para a obtenção de um resultado
do exame laboratorial fiável.
A colheita da amostra biológica para o exame laboratorial, pode ser realizada no laboratório
(pelo profissional de laboratório), na enfermaria (pelo profissional de enfermagem e outros
profissionais de saude) ou em casa, pelo próprio paciente, após ter recebido do laboratório
orientações claras sobre a colheita de modo a previnir ocorências de enganos ou a introdução de
variáveis não controladas que poderão comprometer com a exactidão dos resultados nas fases
subsequentes.
No acto de colheita, o técnico do laboratório deve assegurar de que a amostra será colhida do
paciente especificado na requisição dos exames. Para isto, recomenda-se:
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Em seguida iremos abordar com detalhes as os seguintes tópicos: colheita de sangue venoso,
sangue vácuo, sangue capilar, a colheita de amostra de urina, o exame de rotina de fezes e a
colheita de expetoração.
DEFINIÇÃO
A colheita de sangue venoso é o procedimento de obtenção de amostras de
sangue para análises laboratoriais a partir de punção venosa.
A Punção venosa consiste na introdução de uma agulha numa veia para injectar medicamentos
ou para extrair sangue, de acordo com a figura-1, que apresenta Localização das veias humanas
mais utilizadas na punção venosa.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
As veias do dorso da mão também podem ser puncionadas. Nessa região, recomenda-se a veia do
arco venoso dorsal, por possuir maior calibre.
A outra é a veia dorsal do metacarpo que também poderá ser puncionada, porém a colheita será
mais dolorosa.
Garrote
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
No laboratório clínico, a oclusão venosa gerada pela aplicação do garrote induz um aumento da
pressão de filtração através das paredes dos
capilares.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
4. Não usar o garrote continuamente por mais de 1 minuto, ja que, a oclusão venosa
prolongada pode elevar a concentação dos analitos sanguíneos com a massa molecular
alta, gerando falsos em certas análises;
5. Pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia;
6. Não apertar intensamente o garrote pois o fluxo arterial não deve ser interrompido.
ATENÇÃO
O garrote deve ser trocado ou desinfetado sempre que a condição
higiénica for necessária, assim evitará a contaminação.
Para evidenciar as vias As técnicas para evidenciar as veias estão listados abaixo:
1. Pedir o paciente para baixar o braço e fazer movimentos suaves de abrir e fechar a mão;
2. Massagear delicadamente o braço do paciente (do punho para o cotovelo);
3. Fixar as veias com os dedos nos casos de flacidez.
Os tubos para a colheita de sangue devem ser seleccionados de acordo com o exame solicitado,
sendo de extrema importância conhecê-los para a realização de uma boa colheita de material
biológico (figura 3). A troca de tubos na colheita de amostras para o exame laboratorial,
influencia significativamente nos resultados de exames laboratorias.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
feito baseando ao método a que está sendo usado na colheita, para evitar a contaminação e
possível coagulação das mesmas.
EXEMPLO Pelo sistema aberto, a sequência deve ser, tubos com anticoagulante, tubo com
heparina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de
sódio (tampa cinza), seguido pelo tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou
tampa amarela).
Pelo sistema fechado, a sequência deve ser, tubo sem anticoagulante (tampa
vermelha ou tampa amarela), seguido pelos tubos com anticoagulante tubo com
heparina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de
sódio (tampa cinza).
O material colhido em recipiente inadequado deve ser rejeitado e descartado pelo laboratório
pois não terá validade para a realização da análise.
A colheita de sangue venoso pode ser realizada pelo sistema aberto, como também pelo
sistema fechado.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Os procedimentos técnicos para a colheita de sangue venosa pelo sistema aberto são:
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
As precauções que devem ser tomadas na colheita do sangue venoso em sistema aberto são: não
reencapar as agulhas, descartar em recipiente próprio a seringa e a agulha (caixa para material
perfuro-cortante); Ao transferir o sangue para os tubos, retirar a agulha e transferir o sangue
pelas paredes dos tubos, tapar e misturar por inversão; Evitar a formação de espuma.
Os procedimentos técnicos para a colheita de sangue venosa pelo sistema fechado são:
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
10. No acto de punção, com o indicador ou polegar de uma das mãos, esticar a pele do paciente
firmando a veia escolhida e com sistema agulha-adaptador na outra mão, puncionar a veia
com precisão e rapidez (movimento único);
11. O sistema agulha-adaptador deve estar em um ângulo de colheita de 15º em relação ao braço
do paciente;
12. Segurando firmemente o sistema agulha-adaptador com uma das mãos, com a outra pegar o
tubo de colheita a ser utilizado e conectá-lo ao adaptador;
ATENÇÃ
Sempre que possível: a mão que estiver puncionando deverá controlar o
O
sistema, pois durante a colheita, a mudança de mão poderá provocar
alteração indevida na posição da agulha.
13. Com o tubo de colheita dentro do adaptador, pressione-o com o polegar, até que a tampa
tenha sido penetrada;
ATENÇÃO
Deve: sempre manter o tubo pressionado pelo polegar assegurando um
óptimo preenchimento.
14. Tão logo que o sangue flua para dentro do tubo de colheita, o garrote deve ser retirado. Se a
veia for muito fina poderá manter o garrote;
15. Quando o tubo estiver cheio e o fluxo sanguíneo cessar, remova-o do adaptador trocando-o
pelo seguinte; Sempre seguindo a sequência correcta de colheita;
16. A medida que forem preenchidos os tubos, homogeneizá-los gentilmente por inversão (5 a 8
vezes);
ATENÇÃ
Agitar vigorosamente pode causar espuma ou hemólise. Nos tubos com
O
anticoagulantes, a homogeneização inadequada pode resultar em
agregação plaquetária e/ou microcoágulos.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
18. Orientar o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço
estendido, sem dobra-lo;
19. Uma vez estancado o sangramento aplicar uma bandagem;
20. Descartar a agulha em recipiente próprio para materiais infecto contaminantes.
ATENÇÃO
Descartar a agulha imediatamente após a remoção do braço do paciente,
em recipiente adequado (não desconectar a agulha – não reencapar).
21. Enviar as amostras para os sectores na posição vertical em maletas de transportes apropriados
ou em suportes;
22. Perguntar ao paciente “como se sente”.
- Em caso de positivo, agradeça a sua colaboração e dispensa-o.
- Em caso negativo por:
Acção:
- Remover o Garrote
- Remover a Agulha
- Aplicar a Pressão Quanto Tempo.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
1. Organizar o material (lanceta, bola de algodão, álcool a 70%, lâmina ou a placa do teste
rápido a ser realizado)
2. Pedir ao paciente os dados de idade, nome e sexo e logo anotar na requisição e lâmina ou
a placa do teste rápido a ser realizado o respectivo código.
3. Com a mão esquerda do paciente, palmas para cima, seleccionar o terceiro ou quarto
dedo ﴾contado a partir do polegar﴿. Para as crianças pode ser usado o dedão do pé ou no
calcanhar.
4. Usar uma bola de algodão levemente humedecido com álcool a 70% para limpar o dedo
usando movimentos firmes para remover a sujidade e a gordura da ponta do mesmo;
5. Utilizar outra bola de algodão para secar o dedo, usando movimentos firmes para
estimular a circulação sanguínea.
ATENÇÃO
Com a lanceta estéril, puncionar a ponta do dedo rodando a lanceta rapidamente
aplicando uma leve pressão no dedo.
6. Exprimir a primeira gota de sangue e limpar com algodão seco; certificar de que nenhum
fio de algodão permaneceu no dedo.
7. Asegurar a lâmina limpa apenas nas bordas e colher o sangue.
8. Limpe o sangue restante do dedo com algodão.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Em geral são colhidos de 50 a 100ml de urina mas, em casos especiais, como em crianças
pequenas ou de pacientes com problemas de micção, volumes bem menores podem ser
suficientes.
No caso de crianças pequenas, após a lavagem externa dos órgãos genitais, deve-se colocar
colectores plásticos e aguardar a micção. É necessário que a recepção do laboratório seja
orientada para julgar caso por caso.
Se a colheita for em casa, é necessário que a recepção do laboratório oriente o paciente como a
colheita deve ser feita e o paciente leve para casa instruções escritas para colheita de urina de 12
horas e de 24 horas.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Alguns pacientes hospitalizados poderão necessitar de punção suprapúbica para colher amostra
de urina para o exame laboratorial, esta será praticada pelo médico.
No dia de exame colher pelo menos 50g de fezes e encaminhar no laboratório. Esta amostra deve
ser colhida em recipiente de boca larga e limpa, sem necessidade de esterilização. Colher o
material correspondente a parte intermediária da evacuação, que é, em geral, de maior
uniformidade. É fundamental que se evite a contaminação com urina, água ou outro elemento.
- A pesquisa de sangue oculto é uma técnica usada para detectar precocemente o sangramento
intestinal provocado por tumores malígnos do cólon, na parte inferior do intestino. A colheita
de fezes para este teste deve ser bem-feita para que os resultados obtidos, tanto positivos
como negativos, tenham significado clínico. É necessário que a pesquisa de sangue oculto
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
As instruções para a colheita de expectoração devem estar disponíveis por escrito em todos os
laboratórios e serviços de consulta da tuberculose. O profissional de saúde deve conhecer
perfeitamente essas instruções para explicar ao paciente.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
ATENÇÃO A 1ª amostra deve ser colhida de imediato, isto é, no local da consulta; num sítio
arejado e distante das pessoas, pois, se esta for positivo, o paciente iniciará o
tratamento logo que este retorne a unidade sanitária para a entrega da segunda
amostra. Se não for possível realizar a colheita no local da consulta, o paciente
deve colher a noite, antes do jantar. O profissional de saúde deve entregar os
escarradores já identificados e simular a técnica de colheita durante as orientações
de colheita.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O laboratório clínico deve apresentar um procedimento de transporte das amostras para garantir
que a sua integridade não seja comprometida durante seu transporte.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
O transporte Inter institucional de material biológico deverá ser realizado em ebalagem tripla,
com as descrições acima apresentadas.
O profissional responsável pelo envio deve assegurar que a embalagem utilizada seja vedada e
identificada com o símbolo internacional de segurança biológica, além de conter informações,
tais como: nome, endereço completo e telefone do remetente e destinatário.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
RESUMO
A Amostra biológica é a parte do material biológico do paciente que é utilizada para análises
laboratoriais.
Faz parte de amostra biológica, a pequena parte do material como a do sangue, urina, fezes,
líquidos corporais (cefalo-raquidiano-LCR, pleural, amniótico, etc.), tecidos (biópsia, raspagem,
etc.) e secreções corporais (expectoração, esperma, vaginal, uretral, entre outros). A colheita de
cada tipo de amostra deve seguir os Pops existentes em cada laboratório.
O laboratório clínico deve apresentar um procedimento de transporte das amostras para garantir
que a sua integridade não seja comprometida durante seu transporte.
O transporte Inter institucional de material biológico deverá ser realizado em embalagem tripla,
com as descrições acima apresentadas. Se o transporte das amostras para o laboratório ocorrer
dentro de 24 horas, ou seja no mesmo dia de colheita, elas poderão estar a temperatura ambiente
protegidas da luz solar (18 a 22oC). Se a demora no envio ao laboratório for no máximo de 5
dias, as amostras deverão ser mantidas refrigeradas, em temperaturas que variam de acordo com
o tipo da amostra.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA UD Nº 4
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE
nº 1 A Colheita De Sangue Capilar Para Observação Microscópica
Duração 30 minutos
Objectivos:
- Identificar os materiais usados na colheita do sangue capilar
- Descrever os procedimentos de colheita de sangue capilar
- Realizar a punção capilar para colher a amostra
Conteúdos de referência
- Material para a colheita de sangue
- Tipos de amostras laboratoriais
- Técnicas de colheita de sangue
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
O aluno organiza o material (álcool 70%, bola de algodão, lancetas, lâminas)
Descrição: Acomoda o utente, sauda, seleciona o dedo medio, desinfecta, realiza a colheita.
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
- Elogia o aluno e faz o resumo da colheita do sangue capilar
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Laboratório multidisciplinar
- Manual de colheita de sangue ou POP
Critérios de avaliação
- Acções e comportamentos do aluno durante a actividade
- Capacidade de relacionamento com o utente
- Execução da colheita de sangue capilar
Actividades de ensino-aprendizagem da UD nº 4
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ANVISA; (2015); Manual de vigilância sanitária sobre o transporte de material
biológico humano para fins de diagnóstico clínico.
2. CDC; (2008); Enquadramento e directrizes de gestão laboratorial.
3. Ezembro, E.; Azam, K.; Cadi, N; (2012); Manual de Baciloscopia da Tuberculose,
Misau/PNCT/INS.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
UNIDADE DIDÁCTICA 5
FUNÇÕES QUÍMICAS, PUREZA DOS REAGENTES E
PREPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Índice
OBJECTIVO GERAL_________________________________________________________143
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica________________________________143
INTRODUÇÃO______________________________________________________________144
1. AS FUNÇÕES QUÍMICAS_________________________________________________145
a. Os ácidos____________________________________________________________145
b. As Bases_____________________________________________________________146
c. Os Sais______________________________________________________________146
d. Os Óxidos____________________________________________________________149
e. Os hidrocarbonetos____________________________________________________149
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
OBJECTIVO GERAL
Preparar reagentes e amostras, segundo as condições correspondentes para seu processamento
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
INTRODUÇÃO
No laboratório clínico, a maioria dos exames realizados, requer o preparo das soluções ou
reagentes. Por isso, é fundamental, conhecer os diversos modos de expressar a concentração das
soluções, saber pesar correctamente com a balança analítica e fazer os cálculos necessários para
o seu preparo.
Na presente unidade, o estudante terá a opurtunidade de aprender a efectuar os cálculos
estequiométricos das reacções químicas comuns em laboratórios, determinar o grau de pureza
dos reagentes, pesagem e preparar as soluções usadas com frequencia nos laboratórios clínicos.
Portanto, a unidade em estudo apresenta cinco grandes capítulos a destacar:
- O primeiro capítulo faz menção as funções químicas, onde abordaremos os ácidos, as
bases, os sais, os óxidos, os hidrocarbonetos, os álcoois e os aldeídos.
- Para o segundo capítulo a abordagem será feita em volta da estequiometria e pureza dos
reagentes.
- No terceiro capítulo faremos a abordagem da concentração de soluções.
- No quarto capítulo da unidade teremos a oportunidade de abordar o processo de
preparação do soro fisiológico.
- O quinto e o último capítulo será sobre o processo de conservação segura de produtos
químicos (reagentes).
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
1. AS FUNÇÕES QUÍMICAS
DEFINIÇÃO As funções químicas são grupos de substâncias compostas que apresentam com
propriedades químicas e comportamentos semelhantes devido a presença de um
ou mais átomos comuns em sua fórmula.
As funções químicas são classificadas como inorgânicas e orgânicas. As funções inorgânicas
são aquelas que não possuem cadeias carbônicas. Estas substâncias são divididas em ácidos,
bases, sais e óxidos.
a. Os ácidos
Segundo Arrehnius, os ácidos são compostos neutros que em meio aquoso que se dissociam,
libertando o catião hidrogénio (H+) e o anião correspondente. Por exemplo, o Cloreto de
Hidrogénio é um ácido porque quando dissolvido em água se ioniza para dar origem ao catião
Hidrogenio (H+) e anião cloreto (Cl-), segundo a equação: HCl ͢ H+ + Cl- . Os ácidos
(g) (aq) (aq)
incluem os compostos tais como HCl, HCN, H2SO4, entre outros.
Os ácidos, quanto a presença ou não de oxigênio em sua molécula classificam – se em Oxiácidos
e Hidrácidos. Os hidrácidos são ácidos que não possuem o elemento oxigênio em sua
composição.
EXEMPLO
ácido clorídrico (HCl).
EXEMPLO
Ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4).
A nomenclatura dos Hidrácidos é feita da seguinte maneira: nome Ácido + (prefixo do nome do
elemento) + ídrico.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
–ácido cianídrico.
A nomenclatura dos Oxiácidos será realizada da seguinte maneira: nome Ácido + (nome do
elemento) + ico.
EXEMPLO
HClO3 – Ácido clórico; H2SO4 – Ácido sulfúrico; HNO3 – Ácido nítrico;
H3PO4 – Ácido fosfórico e H2CO3 – Ácido carbônico.
b. As Bases
- As bases, são compostos neutros que se ionizam quando se dissolvem em água para
formar iões (OH-) e o correspondente ião positivo.
- O hidróxido de Sódio (NaOH) é uma base porque quando dissolvido em água se ioniza
para dar origem ao anião hidroxila (OH -) e o catião Sódio (Na+), de acordo com a
equação: NaOH (g) ͢ Na+(aq) + OH-(aq). As bases incluem compostos tais como NaOH,
KOH, Ca (OH)2, entre outros.
c. Os Sais
- Os sais são todos compostos que em água se dissociam liberando um catião diferente de
H+ e um anião diferente de OH-. A reação de um ácido com uma base recebe o nome de
neutralização ou salificação.
Ídrico eto
Ico ato
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145
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Oso ito
Os sais Ácidos e Sais Básicos são obtidos por neutralização parcial (H+ioniz ≠ OH-):
Os sais são classificados quanto a presença ou não do oxigénio, quanto a presença ou não
da água na sua estrutura e quanto a natureza de formação.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- Anidro: em suas estruturas moleculares não contém água. Por exemplo, KCl; NaCl;
CaSO4.
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
d. Os Óxidos
DEFINIÇÃO
Os óxidos são compostos químicos binários formados por átomos de oxigênio
com outro elemento em que o oxigênio é o mais eletronegativo.
EXEMPLO
Óxido de ferroIII e óxido de carbono IV (CO2).
As funções orgânicas são aquelas que possuem cadeias carbônicas. Neste grupo, fazem parte
muitas funções, sendo as mais comuns: Hidrocarbonetos, Álcool, Aldeído, Cetona, Ácido
carboxílico Éter, Aminas e Amidas.
e. Os hidrocarbonetos
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148
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Os radicais livres são os produtos de roptura de uma ligação, como exemplo de uma ligação
covalente entre carbono e hidrogênio; se houver uma ruptura homolítica dessa ligação, tem-se a
formação de um radical livre:
Os radicais são nomeados usando-se o prefixo do número de carbonos seguido do sufixo IL(a)
ou IL (o).
CH3-CH2- etil
EXEMPLO
Propriedades
- Os alcanos são pouco reactivos. Para fazer reagir um alcano é preciso fornecer grande
quantidade de energia, pois a sua estrutura é muito estável e muito difícil de ser quebrada.
São insolúveis em água e solúveis em solventes apolares como é o caso de benzeno.
Aplicação
Os álcoois
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Os álcoois são compostos orgânicos que contêm uma ou mais hidroxilas (OH) ligadas
diretamente a átomos de carbono saturados
EXEMPL
Propriedades
- O grupo OH dos álcoois é a sua parte mais reactiva e os álcoois mais simples são soúvel
em água.
Aplicações
- Os álcoois mais simples são muito usados no laboratório, dentre outras coisas, como:
Solventes.
Os aldeídos
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
EXEMPL
Propriedades
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Os ácidos carboxílicos
Aplicações
Os Éteres
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
EXEMPL
Propriedades
- Os éteres são pouco reativos, em virtude da grande estabilidade das ligações C-O-C e a
solubilidade dos éteres em água é comparável à dos álcoois correspondentes, já que, com
as moléculas de água, os éteres podem formar ligações de hidrogênio.
Aplicações:
As Aminas
EXEMPL
Propriedades
- As aminas têm caráter básico, semelhante ao da amônia, e por isso as aminas são
consideradas bases orgânicas. As aminas mais baixas são perfeitamente solúveis em
água, a partir das aminas com seis átomos de carbono a solubilidade decresce, e as
aminas passam a ser solúveis em solventes menos polares (éter, álcool, benzeno).
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153
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Aplicações
As amidas
EXEMPL
Aplicações
Para efectuar os cálculos estequiométricos, deve-se considerar algumas leis ponderais ﴾leis que
relacionam as massas das substâncias participantes em uma reacção química﴿, como é o
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154
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
caso de lei de conservação de massas ﴾Lei de Lavoisier﴿ e a lei de proporções Constantes ﴾Lei de
Joseph Louis Proust﴿. A lei de conservação de massas enuncia que, numa reação química em
um sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos,
ou seja, “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A Lei de Proust enuncia que, em
uma reação química as massas dos reagentes e as massas dos produtos estabelecem sempre uma
proporção constante. Estas leis, recordam a necessidade de realizar de acertos de equações
químicas dos compostos químicos envolvidos na reacção, antes de efectuar os pretendidos
cálculos.
Por exemplo:
Qual é a massa de água necessária, para preparar 24g de Hidróxido de Cálcio, segundo a
equação: Ca + H2O Ca﴾OH﴿2 + H2?
- Acertar o Oxigénio
4. Estabelecer Proporção.
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155
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Resposta:
Nos cálculos estequiométricos também, deve-se ter em conta as leis volumétricas ﴾leis que dizem
respeito aos volumes dos gases que participam de uma reacção química e complementam as leis
ponderais. ﴿ A mais importante lei volumétrica foi a criada por Joseph Gay-Lussac. Esta lei
enuncia que, nas condições normais de temperatura e pressão ﴾C.N.T.P﴿, os volumes dos gases
dos reagentes e dos produtos de uma reação química têm sempre entre si uma relação de
números inteiros e pequenos, ou seja, o volume de qualquer gás nas C.N.T.P é de 22,4l. Por
exemplo:
Determine a massa de CO2 que se obtém quando se utilizam 5,6l de CH 4 nas C.N.T.P conforme
a equação: CH4 + O2→ CO2 + H2O.
o Acertar o Oxigénio
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
4. Estabelecer Proporção
Resposta:
DEFINIÇÃO
O grau de pureza dos reagentes, descreve a pureza que a substância apresenta
para ser utilizada em diferentes aplicações laboratoriais.
Na maioria das vezes, as substâncias (reagentes) laboratoriais colocadas para reagirem não são
totalmente puros. Por exemplo do álcool concentrado que se encontra disponível a 95% ou 96%
é utilizado para a preparação da solução desinfectante de álcool a 70%.
Se dissermos que uma dada substância tem 80% de pureza, significa que em cada 100g dela,
apenas 80g será do reagente puro, as outras 20g será de impurezas. Nestes casos, para efectuar
os cálculos estequiométricos deve-se levar em conta apenas as substâncias puras.
O Resolvendo:
- 200g é 100%, como temos apenas 180g de calcário puro, basta fazermos
uma regra de três para sabermos qual a porcentagem de pureza desta
substância.
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157
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- 180g ________ x
- X = 180/2 = 90%
DEFINIÇÃO As soluções são misturas homogêneas constituida por duas ou mais substâncias
uniformemente distribuidas umas nas outras. As soluções incluem diversas
combinações em que um sólido, um líquido ou um gás actua como dissolvente
(solvente) ou soluto.
Solvente
O Solvente é a substância presente em maior quantidade em uma solução, por meio da qual as
partículas do soluto são preferencialmente dispersas. É muito comum a utilização da água como
solvente, originando soluções aquosas.
Soluto
As soluções são classificadas de acordo com o seu estado fisico em líquidas, sólidas e gasosas.
Soluções Líquidas
As soluções líquidas são importantes para o laboratório e para a vida. Estas soluções, apesar de
apresentar o aspecto final totalmente líquido, nem todos os seus componentes estão inicialmente
nesse estado físico. Existem três tipos básicos de soluções líquidas:
EXEMPLO
O álcool etílico’ é uma mistura de álcool etílico e água.
- Líquido + sólido: essa é a solução mais comum de todas, pois é produzida quando se
dissolve um sólido em um solvente que, normalmente, é a água.
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158
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
EXEMPLO
O Soro fisiológico (solução formada por água e cloreto de sódio – NaCl);
Álcool iodado (iodo dissolvido em álcool).
- Líquido + gás: esse tipo de solução necessita de alguns aspectos importantes para
solubilizar o gás no líquido.
Soluções Eletrolíticas
- As Soluções eletrolíticas: são as que conduzem energia elétrica, tais como soluções
aquosas de NaCl, KI, NaOH, HCl entre outras.
- As soluções não eletrolíticas ou moleculares: sao as soluções aquosas do açúcar, que não
conduzem energia, por exemplo: solução de açúcar, álcool, éter, entre outras.
As soluções líquidas podem ser obtidas por adição de soluto (concentrando-á) ou por adição de
solvente (diluíndo -á).
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159
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A concentração de uma solução constitui uma das principais características e muitas das
propriedades das soluções depende exclusivamente da concentração.
DEFINIÇÃO A concentração é definida como sendo a quantidade de soluto dissolvida em
uma quantidade de solvente. A concentração (C) de uma solução é tanto maior
quanto mais soluto estiver dissolvido em uma mesma quantidade de solvente.
Quando duas soluções têm a mesma concentração, elas são chamadas isotônicas ou
isosmóticas (iso= igual).
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160
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- Ao utilizar pipetas para medir sangue, ácidos concentrados, álcalis ou suspensões, lavar
imediatamente todo o material;
- Utilizar avental de cor clara para detecção e protecção de possíveis acidentes de trabalho;
A concentração das soluções pode ser expressa em concentração comum, concentração molar,
concentração nornal e entre outras.
Concentração Comum
solução [litro];
EXEMPLO Determine a massa de NaOH necessária para preparar 2litro de solução de NaOH
a 40g/L.
- Dados: m =? ; C = 40g/L; V = 2L
volume da solução.
Resposta: São necessárias 80gpara preparar 2 litro de solução de NaOH a
2g/L.
Para as concentrações molares, mol por litro (mol/L) é a expressão usada para substituir o
termo molaridade (M).
EXEMPLO Determine a concentração molar de uma solução de NaOH sabendo que a sua
massa é de 60g.
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161
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
- Fórmulas: n ;n ;n
A proporção é usada quando o reagente é preparado por adição de uma determinada quantidade
de uma solução a uma quantidade determinada de outra solução.
- Fórmula:
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162
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A proporção também pode ser usada para determinar quanto de uma solução concentrada é
necessário para preparar uma solução diluída.
EXEMPLO Prepare 100ml de uma solução de HCl a 0,1N a partir da solução concentrada de
HCl a 1N.
- Fórmula: C1 x V1 = C2 x V2
- ; ; V1 =10ml
Materiais:
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163
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Funil e NaCl.
Procedimentos:
LÉMBRA-
O soro fisiológico em laboratórios de biologia, microbiologia, bioquímica é usado
TE
para muitas finalidades.
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164
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Rotular o frasco
LÉMBRA-
TE
A solução de hipoclorito é usada para desinfectar superfícies.
DEFINIÇÃO
Uma Razão é a relação em número ou grau entre duas coisas. As diluições são
razões, e expressão a relação entre uma parte da solução e o total da solução
EXEMPLO
1:100 de soro (lê-se, “um para cem”) significa uma parte de soro para cem
partes da solução.
Muitas vezes, o trabalhador do laboratório deve fazer diluições seriadas de uma amostra de soro
para achar a mais alta diluição que contenha um determinado componente, ou que produza uma
reacção positiva a um teste.
Quanto maior a diluição, menor é a quantidade de amostra original e maior é a quantidade de
diluente. O resultado de um teste quantitativo de gravidez ou artrite reumatóide é expresso em
termos da maior diluição na qual a reacção pode ser detectada.Por exemplo, prepare uma
diluição seriada de soro a 1:512.
1. Colocar 2ml do soro a ser diluído em um tubo de ensaio;
2. Colocar 9 tubos de ensaio limpos, numerados de “1 a 9” em um supore. Adicione 1ml de
soro fisiológico a 0,9% a cada um dos tubos.
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165
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Uma solução a 20% foi diluída em 1:5, e esta por sua vez, foi diluida em 3:10, determine a
concentração da solução diluída.
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166
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
RESUMO
As funções químicas são grupos de substâncias compostas que se apresentam com propriedades
químicas e comportamentos semelhantes devido a presença de um ou mais átomos comuns em
sua fórmula.
As funções químicas são classificadas como inorgânicas e orgânicas. As funções inorgânicas são
aquelas que não possuem cadeias carbônicas. Estas substâncias são divididas em ácidos, bases,
sais e óxidos. As funções orgânicas são aquelas que possuem cadeias carbônicas.
Neste grupo, fazem parte muitas funções, sendo as mais comuns: Hidrocarbonetos, Álcool,
Aldeído, Cetona, Ácido carboxílico, Éter, Aminas e Amidas. Algumas destas funções são
utilizadas na preparação de soluções ou reagentes do laboratório e que, devem ser armazenados
de acordo com as exigências químicas de cada solução.
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º 5
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE no 1 Preparação de 50ml de uma solução de etanol a 70% a partir da
solução concentrada (100%).
Duração 60 minutos
Objectivos
- Identificar os materiais usados na preparacao de solucoes
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167
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
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168
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem
Duração 60 minutos
Objectivos
- Identificar os materiais usados na preparação de soluções
- Descrever as regras básicas de preparação de soluções
- Efectuar a medição de volumes e massas
- Preparar uma solução salina (soro fisiológico) a 0,9%.
Conteúdos de referência
- Material e equipamento do laboratório
- Regras básicas de preparação de soluções
- Tipo de soluções (Percentagem Peso/Volume)
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
Os alunos organizam o material e reagentes necessarios
- Balança, espatula, copo de precipitação, balão volumetrico de 500ml, papel de filtro,
Frasco de NaCl, vareta, agua destilada.
- Efectuam as seguintes proporções: 0,9g de NaCl --------100ml de água destilada
Xg de NaCl ---------- 500ml de água destilada
X = 4,5g de NaCl
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169
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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170
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
5. Moura, R; Wada, C.; Purchio, A.; De Almeida, T.; (2006); Técnicas de Laboratório; 3ª
ed.; Atheneu; São Paulo.
6. Nelson, D & Cox, M.; (2006); Princípios de Bioquímica, 4ª ed.; Sarvier Editora de Livros
Médicos Ltda.
8. Ucko, D.; (1992); Química para as ciências da Saúde; Editora Manole LTDA; 2ª ed.
9. Walters, N. J.; Estridge, B. H.; Reynolds, A. P.; (1998); Laboratório Clínico: Técnicas
Básicas; 3a edição; Porto Alegre; Artmed.
10. Xavier, R; Dora, J.; De sousa, C.; Barros, E.; (2010); Laboratório Clínico na prática
Clínica: Consulta rápida, 2ª ed.;Editora ABDR.
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171
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
UNIDADE DIDÁCTICA 6
VALIDAÇÃO E EMISSÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES
LABORATORIAIS
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Índice
OBJECTIVO GERAL_________________________________________________________175
Resultados de aprendizagem da unidade didáctica________________________________175
INTRODUÇÃO______________________________________________________________176
1. VALIDAÇÃO E EMISSÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES LABORATORIAIS__177
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º 6__________________________________180
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_________________________________________182
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173
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
OBJECTIVO GERAL
Validar os resultados dos exames laboratoriais para garantir a emissão dos mesmos em tempo
útil
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174
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
INTRODUÇÃO
Os procedimentos da fase pós-analítica, constituem uma das importantes na realização do exame
laboratorial e na liberatação dos resultados fiáveis. Estes procedimentos consistem em avaliar,
validar, emitir os resultados, conservar e descartar as amostras. Neste capítulo, o estudante terá a
opurtunidade de aprender, os critérios de aceitação ou rejeição dos resultados obtidos nas
análises, validar os dados obtidos e compara-os com os critérios estabelecidos, comprovar que o
resultado registado corresponde a análise efectuada e elaborar os relatórios técnicos seguindo as
normas estabelecidas.
Na presente unidade iremos focalizar ao estudo exclusivo do processo de validação e emissão
dos resultados dos exames laboratoriais.
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
175
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
A validação dos resultados consiste em decidir que os resultados avaliados estão prontos para
ser usados pelo solicitante. Depois da validação, os resultados são emitidos.
A emissão, consiste na impreensão dos resultados e a entrega dos mesmos ao destinatário. Em
alguns laboratórios, a documentação utilizada para a emissão e envio dos resultados é o relatório.
O relatório laboratorial é um compilado dos resultados e estabelece as conclusões da análisede
uma amostra. Deve ser emitido pelo laboratório e baseado no registro de análise.
Para garantir que os resultados de cada análise realizada pelo laboratório sejam relatados de
forma clara, objectiva, exacta, sem ambiguidades e apresentando todas as informações
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
176
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
necessárias para sua interpretação, é necessário que seja criado um procedimento para orientar a
elaboração do relatório.
O relatório deve atender as necessidades do cliente e o propósito a que se destina (seja apenas
uma folha de dados, ou um relatório mais completo).
- Título
- Data do recebimento da amostra (quando necessário);
- Número de registro da amostra do laboratório;
- Número do relatório laboratorial;
- Uma descrição do material analizado;
- Nome e endereço do laboratório que analisou a amostra;
- Nome de quem solicitou a análise;
- Nome, descrição e número de lote da amostra, quando aplicável;
- Uma introdução dando os antecedentes e os propósitos da investigação.
- Uma referência às especificações usadas para analisar a amostra ou uma descrição detalhada
dos procedimentos empregados, incluindo os limites;
- Identificação do método utilizado, informando se este é oficial ou validado segundo
procedimentos do laboratório;
- Resultados de análises com as devidas unidades de medida e expressão da incerteza do
resultado;
- Uma discussão dos resultados obtidos;
- Uma conclusão sobre se amostra foi encontrada ou não, dentro dos limites das especificações
usadas
- A data da finalização do ensaio
- A assinatura do chefe de laboratório ou pessoa autorizada;
- Se a amostra cumpre ou não com os requisitos;
- A data de repetição da análise, se aplicável;
- Uma declaração que indique que o relatório de ensaio analítico, ou qualquer parte do mesmo,
não pode ser reproduzido sem a autorização do laboratório.
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177
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Depois de emissão e entrega dos resultados, as amostras usadas para a realização das análises são
conservadas por cerca de 7 dias, a temperaturas recomendadas para cada tipo de amostras, com o
objectivo de serem novamente analisadas em casos de necessidades (perca dos resultados, entre
outros). Depois deste período de conservação, as amostras são descartadas.
RESUMO
A validação e emissão dos resultados é uma etapa da fase pós analítica que consiste em avaliar
os exames solicitados, decidir que os resultados avaliados estão prontos para ser usados e entrega
dos mesmos ao solicitante.
A validação dos resultados consiste em decidir que os resultados avaliados estão prontos para ser
usados pelo solicitante. Depois da validação, os resultados são emitidos e, a emissão, consiste na
impreensão dos resultados e a entrega dos mesmos ao destinatário. Depois da entrega dos
resultados, as amostras são conservadas por cerca de 7 dias, a temperaturas recomendadas para
cada tipo de amostras. Depois deste período de conservação, as amostras são descartadas.
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º 6
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE 01 Avaliação dos resultados laboratoriais
Duração 10 minutos
Objectivos
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178
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º 6
Actividades de ensino-aprendizagem
ACTIVIDADE 02 Descrição dos procedimentos a serem realizados depois de avaliação
dos resultados laboratoriais
Duração 10 minutos
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179
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Objectivos
- Listar os aspectos a ser considerados na avaliação dos resultados laboratoriais
Conteúdos de referência
- Validação e emissão dos resultados laboratoriais;
Desenvolvimento da actividade por parte do estudante
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
180
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
4. Moura, R; Wada, C.; Purchio, A.; De Almeida, T.; (2006); Técnicas de Laboratório; 3ª
ed.; Atheneu; São Paulo.
5. Nelson, D & Cox, M. (2006); Princípios de Bioquímica, 4ª ed.; Sarvier Editora de Livros
Médicos Ltda.
7. Walters, N. J.; Estridge, B. H.; Reynolds, A. P.; (1998); Laboratório Clínico: Técnicas
Básicas; 3a edição; Porto Alegre; Artmed.
8. Xavier, R; Dora, J.; De sousa, C.; Barros, E.; (2010); Laboratório Clínico na prática
Clínica: Consulta rápida, 2ª ed.;Editora ABDR.
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181
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
GLOSSÁRIO
A
Amostra Biológica é a parte do material biológico do paciente que é utilizada para
análises laboratoriais.
B
Biossegurança é o conjunto de medidas ou acções voltadas para a prevenção, controle,
minimização ou eliminação dos ríscos presentes nas actividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a
saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos.
E
Equipamentos de proteção individual (EPI) - são aqueles que conferem proteção
individual ao trabalhador ou manipulador. Nesta situação a proteção é específica para um
determinado indivíduo.
Equipamentos de proteção colectiva (EPC) são dispositivos, sistemas, ou meios, fixo ou
móveis de abrangência colectiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos
trabalhadores usuários e terceiros.
F
Fase pré-analítica - consiste na preparação do paciente, colheita, manipulação e
armazenamento da amostra, antes da determinação analítica, ou seja, engloba todas as
actividades que precedem ao exame laboratorial, dentro ou fora do laboratório clínico.
Fase pós-analítica - iniciam após a geração do resultado analítico, sendo finalizada, após
a emissão e entrega do mesmo, ao solicitante.
Função química são grupos de substâncias compostas que apresentam com propriedades
químicas e comportamentos semelhantes devido a presença de um ou mais átomos
comuns em sua fórmula.
I
Infecção é a penetração, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no
organismo de um indivíduo.
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182
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
L
Laboratório é uma sala ou espaço físico devidamente equipado com instrumentos de
medida próprios para a realização de experimentos e pesquisas científicas diversas,
dependendo do ramo da ciência para o qual foi planificado/concebido.
R
Risco é a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando negativo,
ou oportunidade, quando positivo.
S
Soluções são misturas homogêneas constituida por duas ou mais substâncias
uniformemente distribuidas umas nas outras. As soluções incluem diversas combinações
em que um sólido, um líquido ou um gás actua como dissolvente (solvente) ou soluto.
V
Validação e emissão dos resultados: é uma etapa da fase pós analítica que consiste em
avaliar os exames solicitados, decidir que os resultados avaliados estão prontos para ser
usados e entrega dos mesmos ao solicitante.
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
183
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
184
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD nº 2
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º3
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185
ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º4
Actividades de ensino-aprendizagem da UD n º5
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
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ódulo Vocacional 1: Procedimentos Pré e Pós-Analíticos
Módulo Vocacional para Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório – DRH/Formação – MISAU – 2016
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