Educativo na Comunidade
Margarete Gonçalves Macedo de Carvalho
Edilomar Leonart
Vânia Carla Camargo
Curitiba-PR
2016
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Eduardo Fofonca
Diretor de Ensino e Desenvolvimento de
Recursos Educacionais EaD
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando
caminho de o acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias
promotoras de ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educação dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos
e o Sistema S.
Ministério da Educação
Novembro de 2011
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
e-Tec Brasil
Indicação de ícones
e-Tec Brasil
Palavra dos professores-autores
Nosso objetivo neste livro é ajudá-lo a construir seu caminho como educador
em saúde na comunidade na qual irá trabalhar. Assim, você verá que tra-
balhar educação em saúde com as pessoas é gratificante e recompensador,
pois quando ajudamos nossos semelhantes a se promover como seres huma-
nos, orientando-os para as mudanças de hábitos saudáveis e contribuindo
para que a saúde e a vida deles melhorem nos sentimos parte do sucesso
dessas pessoas e vitoriosos junto com elas.
e-Tec Brasil
Sumário
e-Tec Brasil
Aula 9 – Pesquisa em saúde: objetivos e metodologia..........57
e-Tec Brasil
20.1 Aprendizagem em grupo..............................................138
20.2 Roda de conversa.........................................................139
20.3 Rodas de leitura...........................................................140
e-Tec Brasil
27.2 Plano de ação..............................................................182
Referências................................................................................211
e-Tec Brasil
Aula 1 – Conceitos básicos de educação
Quando paramos para pensar o que significa “educação”, o que nos vêm
à mente? Talvez uma pessoa gentil cedendo a vez para uma pessoa idosa
sentar-se no ônibus. Alguém usando as palavras, “por favor”, “com licença”
e muito obrigado”. Não está errado pensar assim, mas o que queremos con-
versar com você é algo mais profundo sobre esse tema “educação”. Vamos lá?
1 e-Tec Brasil
Exemplos:
Tudo isso num país que nos anos 50 estava destruído por uma guerra civil
que dividiu a Coreia ao meio, deixou um milhão de mortos e a maior parte
da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje,
oito em cada dez chegam à universidade. [...]
Se tomarmos como exemplo vivo a Coreia do Sul, que era um país onde exis-
tia grande pobreza, analfabetismo e doenças, e após grandes investimentos
do governo no país, dentre elas na educação, a economia mudou e hou-
ve progresso para o povo. Portanto, podemos crer que educar pessoas é
uma das melhores formas de obter reais mudanças de comportamen-
to para o bem, e, com isso, trazer saúde, prosperidade, segurança e
desenvolvimento pessoal e para a comunidade.
Segundo Zatti (2007), a educação deve ter como objetivo fazer com que o
indivíduo se posicione diante da própria vida, no sentido de transformá-la, e
que com isso promova a si mesmo e modifique as condições que bloqueiam
seu crescimento. Porém, é importante lembrar que antes de alguém buscar
ajudar o outro a aperfeiçoar-se, a promover-se, é necessário investir no seu
próprio aperfeiçoamento.
Para isso é preciso uma mudança na forma de ver a vida. É necessário in-
conformar-se com a própria condição atual e buscar a autossuperação. Para
aquele que quer mudar sua própria vida, seja em que área for (material,
física, mental), é necessário mudar a forma de pensar, de encarar as coisas, e
essa construção pessoal para o aperfeiçoamento nada mais é do que educar-
Para conhecer um pouco mais -se. Buscar estudar, ler livros, jornais, revistas, assistir a filmes, documen-
sobre este fantástico educador tários, reportagens, conversar com outras pessoas sobre os mais diversos
brasileiro, Paulo Freire, e sobre
o nosso tema “educação”, você assuntos, participar de grupos (seja na Igreja, na Unidade de Saúde, na Pre-
pode acessar gratuitamente
um de seus livros chamado
feitura, em atividades sociais), ouvir músicas diferentes, enfim, obter novas
“Paulo Freire para educadores”, informações e trocar outras com familiares, amigos e colegas. Assim todos
disponível no link:
<http://books.google.com.br/ ganham, todos crescem, todos se aperfeiçoam.
books?hl=en&lr=&id=8m6
RXzWakwcC&oi=fnd&pg=P
A5&dq=entrevista+com+pa Paulo Freire (2000), grande educador brasileiro, disse: “É uma contradição
ulo+freire+&ots=hUS20gRfI
Z&sig=I0IjSU7glbwxbvbUkL
um ser consciente de seu inacabamento não buscar o futuro com esperança,
1u_Ox9c 2w#v=onepage&q não sonhar com a transformação, enfim, não buscar a construção de um
=entrevista%20com%20
paulo%20freire&f=false>. mundo onde todos possam realizar-se com autonomia”.
Resumo
Nesta aula, você teve a possibilidade de conhecer o significado da palavra edu-
cação e a importância de aperfeiçoar-se como forma de crescimento pessoal.
Atividades de aprendizagem
1. A seguir temos a letra da música composta por Serginho Meriti, e inter-
pretada por Zeca Pagodinho, cujo nome é “Deixa a vida me levar”. Leia
a letra da música com atenção procurando analisá-la.
Eu já passei
Por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida
Espero ainda a minha vez
Confesso que sou
Guarida
De origem pobre Abrigo, refúgio, proteção.
Mas meu coração é nobre
Foi assim que Deus me fez...
c) A letra da música fala de alguém que aceita tudo que acontece com ele
de forma passiva, achando que foi Deus que quis que ele fosse pobre e
não fará nada para mudar deixando as coisas como estão.
d) A letra da música fala de uma pessoa que nasceu numa família pobre,
mas que está investindo em sua educação, se promovendo e aperfeiço-
ando-se para melhorar de vida.
Anotações
Vamos falar agora sobre o bem pessoal mais precioso que uma
pessoa pode ter: a saúde. Nesta, você aprenderá sobre os aspec-
tos mais importantes da saúde e sobre o bem-estar que o ajudará
a entender e trabalhar com as necessidades das pessoas nesta
área.
2.1 Saúde
Quando falamos de saúde, talvez a imagem que nos vem à mente é de
uma pessoa sorrindo, alegre, em equilíbrio, de bem com a vida. Realmente,
quando uma pessoa tem saúde, seu semblante tende a ser assim mesmo. A
saúde nos dá condições de trabalhar com vigor e disposição, para vivermos
bem. Ela nos dá condições de cuidarmos de nós e dos outros, de irmos atrás
de nossos objetivos, e nos dá energia para seguir adiante.
Todos os seres precisam de saúde para poder viver com plenitude e qualida-
de de vida. Mas, afinal de contas, o que é saúde? No dicionário Michaelis
(2015), ela é definida como:
7 e-Tec Brasil
1. Bom estado do organismo, cujas funções fisiológicas se vão fazendo
regularmente e sem estorvos de qualquer espécie. 2. Qualidade do que
é sadio ou são. 3. Vigor. 4. Força, robustez. 5. Disposição física, estado
das funções orgânicas do indivíduo. 6. Disposição ou estado moral do
indivíduo. 7. Bem-estar físico, econômico, psíquico e social (conceito
moderno).
Agora, reflita: de acordo com a definição que detalhamos, você acredita que
tem saúde? Falta adquirir bem-estar em algum setor da sua vida?
Reflita também sobre a comunidade onde você vive. As pessoas desta co-
munidade têm saúde? Analisando como um Agente Comunitário de Saúde,
o que crê faltar a elas para desfrutarem de um completo bem-estar físico,
mental, espiritual e social?
Você já esteve doente, certo? Sabe como é ruim ficar acamado ou mes-
mo num hospital. Assim como é igualmente debilitante passar por um
momento de estresse emocional. O estresse atrapalha nossas atividades
diárias, nosso lazer e descanso, chegando ao ponto de fazer mal física e
psicologicamente.
Qual é a diferença entre estar doente e estar enfermo? Estas duas palavras
parecem sinônimas, não é mesmo?
Portanto, quem está doente está sentindo dor por causa da doença; e quem
está enfermo está debilitado, enfraquecido pela doença. Na próxima aula
veremos como as doenças se desenvolvem no organismo.
Neste site você encontra a Ao término desta aula concluímos que viver com saúde não se limita ao
forma como as doenças são
classificadas no Brasil e no bem-estar físico, mas um bem-estar que envolva todas as dimensões da nos-
mundo: <http://concla.ibge. sa vida. E que, quando uma dessas dimensões está em desequilíbrio, ficamos
gov.br/classificacoes/por-tema/
saude/cid-10.html>. doentes.
Atividades de aprendizagem
1. Cite, para cada aspecto do ser humano, uma situação que pode indicar
adoecimento:
Aspecto físico:________________________________________________________________.
Aspecto mental:_______________________________________________________________.
Aspecto social:________________________________________________________________.
Aspecto espiritual:____________________________________________________________.
Anotações
− Fase da magia;
− Fase físico-química;
− Fase microbiológica;
− Fase de múltiplas causas;
− Fase atual de fatores biopsicossociais.
Vamos ver com detalhes cada uma dessas fases. Acompanhe a seguir!
13 e-Tec Brasil
3.2 Fase da magia
No início da humanidade, convivendo em sociedade, acreditava-se que as
doenças vinham de forças sobrenaturais, de deuses ou forças do mal. A do-
ença era considerada um castigo das forças sobrenaturais sobre o indivíduo.
Purificação de crimes ou
faltas cometidas - Depois, na era cristã, passou a ser considerada uma forma de expiação dos
meio usado para expiar(-
se); penitência, castigo,
pecados, e se a pessoa fosse de outra orientação religiosa, a doença era
cumprimento de pena; considerada possessão demoníaca.
sofrimento compensatório
de culpa.
Resumo
Nesta aula, você viu como a humanidade entendeu a forma de adoecer das
pessoas. Viu que esse entendimento foi composto por cinco fases, e que é
importante conhecermos o senso comum sobre o processo de adoecimento
para entendermos as pessoas e a doença em si. Esse conhecimento facilita
saber como auxiliar o indivíduo para mudanças em seus hábitos de vida que
geram as doenças.
Atividade de aprendizagem
1. Explique com suas palavras como a sociedade atual compreende a ori-
gem das doenças.
19 e-Tec Brasil
Figura 4.1: Modelo de Dahlgren e Whitehead: influência em camadas
Fonte: © DSS Brasil
Idade
Sistema imune - é o
mecanismo que um organismo
usa para se defender de
invasores externos (bactérias,
A idade de uma pessoa pode deixá-la mais vulnerável ao desenvolvimento de
vírus, fungos, venenos, etc.). Em certas doenças. Por exemplo, os bebês e os idosos têm seu sistema imune
outras palavras, é o exército do
corpo, defendendo-o contra os mais frágil, portanto, com mais facilidade de “pegar” doenças infecciosas.
inimigos que vêm de fora.
Gênero
Existem certas doenças que são próprias de cada gênero. Por exemplo: ten-
são pré-menstrual (TPM), eclampsia, câncer de colo do útero são questões
específicas das mulheres. O câncer de próstata, por sua vez, é uma questão
Fatores hereditários
Estilo de vida
A forma como uma pessoa leva sua vida influencia nas condições de sua
saúde. Uma pessoa que não tem uma alimentação saudável, que faz uso de
álcool e drogas, fuma, não pratica exercícios físicos, ou seja, que leva uma
vida desregrada, desenvolve mais facilmente certas doenças, pois o organis-
mo ficou fragilizado pelos maus hábitos do estilo de vida. Câncer de pulmão
Etilista - pessoa que faz uso
entre fumantes, doenças do coração entre os obesos e cirrose hepática entre frequente de bebidas alcoólicas.
os etilistas são algumas das consequentes doenças do estilo de vida.
Resumo
Nesta aula, refletimos sobre os fatores que determinam o desenvolvimento
das diversas doenças, e entendemos que eles vão muito além das condições
Incidência - qualidade daquilo
físicas de cada pessoa, individualmente. Compreendemos ainda que existem que afeta ou produz efeitos
determinantes e condicionantes sociais que influenciam na incidência e na sobre algo ou alguém.
Prevalência - condição ou
prevalência de problemas de saúde da população. estado do que é superior em
relação aos demais.
Atividades de aprendizagem
1. Para cada um desses fatores condicionantes ou determinantes da saúde,
cite dois exemplos de doenças possíveis de serem desenvolvidas:
Idade:___________________________________________________________
Gênero:__________________________________________________________
Fatores hereditários:_______________________________________________
Estilo de vida:____________________________________________________
Condições de trabalho:____________________________________________
Condições ambientais:_____________________________________________
25 e-Tec Brasil
A epidemiologia tem por objetivo:
• Quem adoeceu?
• Quando adoeceu?
• Paridade • Imunização
• País
• Região
• Estado
• Município
• Distrito
• Bairro
• Rua
• Residência
• Instituição
• Edifício
• Urbano-rural
• Tamanho da comunidade
• Latitude e longitude
• Detecção de casos.
• Investigação epidemiológica.
• Retroalimentação do sistema.
Resumo
Nesta aula, vimos um pouco mais sobre conceito de epidemiologia, seus ob-
jetivos, o que é preciso conhecer, quais as variáveis que permitem o estudo
das doenças (pessoa, tempo e lugar) e o conceito de vigilância epidemio-
lógica, a qual tem como objetivos acompanhar o comportamento epide-
miológico das doenças sob vigilância, detectar surtos e epidemias, propiciar
a adoção oportuna de medidas de controle e aprofundar o conhecimento
sobre as doenças.
Atividades de Aprendizagem
1. A partir do que você estudou, descreva quais são os objetivos da epide-
miologia.
35 e-Tec Brasil
• Compromissos internacionais – controle, eliminação ou erradicação
de doença.
• Atendimento antirrábico
• Botulismo
• Carbúnculo ou Antraz
• Cólera
• Coqueluche
• Dengue
• Difteria
• Doença de Creutzfeldt-Jakob
• Esquistossomose
• Febre amarela
• Febre tifoide
• Hanseníase
• Hantavirose
• Hepatites virais
• Leishmaniose visceral
• Leptospirose
• Malária
• Peste
• Poliomielite
• Raiva humana
• Rubéola
• Sarampo
• Sífilis adquirida
• Sífilis em gestante
• Tétano
• Tuberculose
• Tularemia
• Varíola
• Botulismo
• Carbúnculo ou Antraz
• Cólera
• Dermatoses ocupacionais
• Influenza humana
• Pneumonias
Esses agravos devem, também, ser conhecidos para que possam ser expan-
didas atuações do Sistema de Saúde e, assim, permitir o controle e a preven-
ção desses agravos epidemiologicamente relevantes, tanto no que se refere
às enfermidades que têm origem na escassez e na pobreza absoluta, quanto
àquelas associadas ao processo de “modernização” da sociedade, como as
neoplasias, as doenças cardíacas e as causas externas.
• Doenças hipertensivas
• Doenças cerebrovasculares
de tumores geralmente associados a condições sociais menos favorecidas – colo do útero, estômago, cabeça
ABC DO CÂNCER - Abordagens Básicas para o Controle do Câncer
• Doenças reumáticas
e pescoço.
SAIBA MAIS
• Demais doenças circulatórias
Breve introdução :à epidemiologia: http//w ww.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_07/index.html
Análise da situação da
: saúde: http//w ww.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_07/02_01.html
Neoplasias
O câncer está entre as doenças não transmissíveis responsáveis pela mudan-
3. O Nú MERO DE
ça do CASOS
perfil NOVOSdaDE
de adoecimento CÂNCER
população NO OBRASIL
brasileira. número de casos
novos de câncer cresce a cada ano. Para 2011, a estimativa do Instituto
O número de casos novos de câncer cresce a cada ano. Para 2011,
a a estim tiva do INCA é a ocorrência
Nacional do Câncer (INCA) era ocorrência de 489.270 casos novos de cân-
de 489.270 casos novos de câncer no Brasil.a
cer
A estim tiva deno Brasil.
casos novosEsta estimativa
de câncer podepode ser analisada
ser analisada sob diferentes
sob diferentes aspectos,aspectos. No
conforme descrito
a seguir. gráfico a seguir é possível verificar os tipos de câncer mais incidentes, exceto
o câncer de pele do tipo não melanoma, por localização primária e gênero,
a) Por localização primáriapara
esperados do tumor e sexo
2010/2011, no Brasil:
O câncer de estômago tem sido,
há 25 anos, a principal causa
Como você pode observar na Figura 12 e na Tabela 2, os tip
de morte por câncer masculino, o s de câncer mais incidentes (exceto pele
porém atualmente observa-se
• Homens – próstata, pulmão e estômago
não melanoma), por localização primária e gênero, esperados para 2010/2011, no Brasil, são:
a sua diminuição, tanto para
• Homens
os homens quanto para as – próstata, pulmão e estômago.
• Mulheres – mama, colo do útero e cólon e reto
• Mulheres – mama, colo do útero e cólon e reto.
mulheres.
60.000
Feminino
Masculino
50.000
40.000
Número
30.000
de casos
20.000
10.000
0
Mama Próstata Traqueia, Cólon Estômago Colo do Cavidade Esôfago Leucemias Pele
Feminina Bronquio e e Reto Útero Oral Melanoma
Pulmão
Figura 6.4: Distribuição das notificações de violência doméstica, sexual e outras vio-
lências, por faixa etária.
Fonte: Ministério da Saúde (2011).
Resumo
Nesta aula, vimos como são notificadas as doenças e como elas são divididas
para se obter controle. O Sistema Único de Saúde criou o SINAN para rece-
ber e controlar os dados referentes às notificações de agravos e doenças.
Existe uma relação de doenças de Notificação Compulsória, outra de Noti-
ficação Imediata e, ainda outra, de Notificação Compulsória em Unidades
Sentinelas.
Atividades de Aprendizagem
1. Descreva o que você entendeu sobre os demais problemas de saúde que
acometem a população e são importantes para a epidemiologia.
45 e-Tec Brasil
• Mapa inteligente
• Visita domiciliar
• e-SUS
• SINANIBGE
• SIAB
a) Mapa inteligente
Não é preciso ser um bom desenhista. Pode-se representar o que existe por
símbolos fáceis de desenhar, utilizando sua criatividade. Lembre-se de que é
importante que toda a equipe ajude nesse processo.
O conjunto dos mapas feito pelos ACS formará um grande mapa da área de
atuação da equipe de Saúde da Família (eSF). Esse mapa mais abrangente,
feito com todas as informações sobre a área de atuação, pode dar origem a
outros mais específicos. É possível fazer mapas de territórios manualmente,
com auxílio da comunidade, e fotos de territórios, utilizando recursos de
informática ou internet.
b) Visita domiciliar
Principais variáveis
Além das pesquisas, o IBGE divulga índices econômicos como, por exem-
plo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional da Construção
Civil (INCC). Também realiza vários censos, sendo o mais conhecido o censo
demográfico, que é o conjunto de dados estatísticos sobre a população de
um país.
Resumo
Nesta aula, você conheceu alguns recursos que o ajudaram a obter informa-
ções sobre a área de atuação do ACS. Conheceu ainda que o território é a
base do trabalho do ACS e que permite a coleta e sistematização de dados.
Nesse sentido, existem algumas formas de coleta de informações sobre a
população, tais como mapa inteligente, visita domiciliar, dentre outras.
Atividades de Aprendizagem
1. A partir dos conhecimentos que você adquiriu nesta aula, desenhe um
mapa inteligente do seu bairro, destacando todas as características que
considerar importantes para retratar e aumentar os conhecimentos sobre
aquela localidade.
Figura 8.1: Quem não sabe aonde vai, não chega a lugar algum!
Fonte: © Amöbe / visualhunt.
53 e-Tec Brasil
É uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta por
meio de uma pesquisa.
Muitas vezes, temos uma suposição ou uma hipótese sobre quais são as
causas dos problemas de saúde na comunidade onde trabalhamos. Mas, ao
utilizarmos os critérios corretos para investigá-los, podemos descobrir que
nossa hipótese não estava correta, ou seja, ela não foi confirmada pelos
resultados da pesquisa.
Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual
se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta
para alguma coisa (GERHARDT & SOUZA, 2009).
Agora que você conseguiu definir o que quer descobrir com sua pesquisa,
pode escrever algumas linhas sobre esse surto de diarreia que vem ocorren-
do nas crianças de sua comunidade e sua(s) hipótese(s) sobre o que pode
estar provocando esse problema.
Você pode discorrer brevemente sobre suas observações, como ACS, a res-
peito das condições de moradia, saneamento e alimentação das crianças
mais atingidas, por exemplo. Isso é o que chamamos de problematização!
Ok! Agora que já está bem claro para você o que pretende descobrir por
meio de sua pesquisa, é hora de você justificá-la. Sim! É fundamental que
você demonstre a importância de fazer essa pesquisa, para que, depois, en-
tão, seja desenvolvido um Projeto Educativo para diminuir a incidência de
diarreia entre as crianças da comunidade.
Resumo
Nesta aula, você ficou sabendo que, antes de planejar projetos educativos
para a sua comunidade, é necessário descobrir, por meio de uma pesquisa,
quais são suas reais necessidades e seus reais problemas. Aprendeu também
que o primeiro passo, num universo de necessidades que se apresentam, é
selecionar uma delas, e a partir daí estabelecer o problema que se pretende
investigar, justificando, então, por que sua pesquisa deve ser realizada.
Atividades de aprendizagem
1. Escolha e circule uma das três doenças listadas abaixo, criando a partir
dela um tema de pesquisa, um problema sobre ele a ser investigado na
comunidade e um pequeno texto que justifique a investigação (pesquisa):
Tema:__________________________________________________________
Problema:_______________________________________________________
Justificativa: _____________________________________________________
57 e-Tec Brasil
Por isso, é importante que o ACS saiba elaborar os objetivos de sua pes-
quisa em saúde, de tal forma que fique bem claro, não só para ele, mas
para qualquer pessoa que leia ou ouça sobre ela, o que se pretende com a
pesquisa, ou seja, qual a finalidade dela.
Viu só! É isso que deve ficar claro: o que você e sua equipe (quando houver)
querem com a pesquisa. Qual é o propósito dela? Esse passo é muito im-
portante para que se possa decidir sobre a metodologia a ser utilizada para
realizar a pesquisa. Afinal, é preciso saber o que queremos fazer, para depois
definirmos como chegaremos aos resultados desejados (GONÇALVES, 2008).
Objetivos específicos:
• Recursos humanos
• Recursos materiais
• Equipamentos
• Recursos financeiros
Resumo
Nesta aula, você aprendeu como elaborar os objetivos de sua pesquisa, tanto
o geral como os específicos. Também pôde compreender melhor como orga-
nizar o desenvolvimento da pesquisa ao construir a metodologia, ou seja, o
desenho da sua investigação.
Atividade de aprendizagem
Objetivo geral:
1)
Objetivos específicos: 2)
3)
O que vou coletar? Quais informações?
Com quem vou coletar os dados (participantes)
Como vou coletar os dados?
O que vou precisar para realizar a pesquisa?
Como os dados coletados serão analisados?
Para quem se propõe a fazer uma pesquisa, parece óbvio quais serão os re-
sultados esperados ao final dela. Tão óbvio que não seria necessário escrever
sobre eles!
Mas, não se engane sobre sua importância, pois esta parte do projeto não
só visa “convencer o leitor de que os resultados e/ou impactos esperados na
pesquisa serão benéficos, importantes, úteis, enfim, de relevância social [..]”
(GERHARDT & SILVEIRA, 2009), como servirão para deixar claro para você
mesmo porque sua pesquisa merece ir para frente!
63 e-Tec Brasil
“Ao término da execução do projeto de pesquisa esperamos identificar
[...]:” (ou)
“Esperamos que, por meio dos dados que serão coletados nesta pesquisa,
seja possível identificar [...]”:
Uma boa forma de visualizar claramente cada etapa da pesquisa com seu
respectivo prazo de cumprimento é criar um quadro, como no exemplo a
seguir.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu que na construção de um projeto de pesquisa
em saúde, existe uma seção onde precisam ser mencionados os resultados
esperados ao seu término. Também pode ter uma noção de como criar um
cronograma das atividades, organizadas por etapa, com seus respectivos
prazos de realização.
Atividades de aprendizagem
• No seu dia a dia na comunidade, você observa uma série de problemas
de saúde na população. Atuando com ACS, você tem a oportunidade
de investigar, a partir de critérios científicos, os fatores que podem estar
contribuindo para agravar esses problemas. Pare e pense: se pudesse
fazer uma pesquisa, o que você gostaria de investigar e quais resultados
esperaria obter ao final dela? Escreva suas reflexões.
67 e-Tec Brasil
Antes de continuar, tente fazer o seguinte exercício: explique para alguém o
que significa ensinar!
Para Freire (apud DIAS, 2005), não dá pra separar as palavras ensino-apren-
dizagem, pois há uma constante troca no processo de ensinar e aprender,
ou seja,
É aqui que entra a ação educativa do ACS, que ajudará as pessoas a compre-
enderem as causas de seus problemas de saúde e a tomarem cuidados e ini-
ciativas para solucioná-las. Por meio do ensino, você estimulará as pessoas a
agirem em favor de sua saúde no presente, para protegê-la e preservá-la no
futuro (WERNER, 1989). Sabemos que para que haja aceitação do novo, do
Resumo
Nesta aula, você ampliou seus conhecimentos sobre o que significa ensinar
e aprender, a partir do ponto de vista das teorias pedagógicas tradicionais e
atuais. Também conheceu algumas razões pelas quais ‘ensinar’ é uma atri-
buição tão importante na profissão de Agente Comunitário de Saúde.
Atividade de aprendizagem
• Explique a frase: “Muitas doenças podem ser evitadas por meio da edu-
cação”.
A
Figura 12.1: Faixas etárias
Fonte: IFPR (2016)
Para que uma comunidade progrida com relação à qualidade de vida e ad-
quira hábitos e posturas saudáveis, será preciso que todos os membros dela
participem e colaborem para essa transformação. Você não conseguirá resol-
ver tudo sozinho! Cada pessoa da comunidade, seja criança, jovem, adulta
ou idosa, precisará tomar parte no cuidado da sua própria saúde e na saúde
do grupo para que mudanças significativas aconteçam. Por esse motivo, faz-
-se necessário investir no ensino-aprendizagem, pois é partilhando conhe-
cimentos sobre saúde com a comunidade, haverá possibilidade do envolvi-
mento dela com as questões de saúde e melhoria da qualidade de vida.
73 e-Tec Brasil
Talvez você acredite conhecer bem as pessoas, pois já vive há um bom tempo
na comunidade onde trabalha ou trabalhará. Como ACS você deve olhar
para a sua comunidade como um todo, preocupando-se com o bem-estar
de todos os indivíduos que pertencem a diferentes grupos e faixas etárias.
Além disso, é importante saber que algumas estratégias de ensino que uti-
lizamos para determinado grupo não são convenientes para outro, pois de
acordo com a idade, as pessoas têm diferentes comportamentos, reações e
maneiras de compreender o que está sendo ensinado.
Atenção!
Não abordaremos aqui os bebês, pois os assuntos relativos a eles serão re-
passados para os pais ou responsáveis pelo ACS.
Como você pôde notar, cada faixa etária tem características bastante distin-
tas. Isso vai exigir de você um bom planejamento de projetos educativos que
envolvam momentos de ensino-aprendizagem, que contemplem e valorizem
• Debates em grupo.
• Visita às casas.
“As pessoas não aprendem com o que ouvem. Aprendem com o que pen-
sam, sentem, discutem, veem e fazem juntas” (WERNER, 1989).
Com essa aula foi possível concluir que as pessoas, dependendo de suas
faixas etárias, têm formas diferentes de aprender, e que conhecendo suas ca-
racterísticas físicas, cognitivas, sociais e emocionais, será possível promover
uma educação mais contextualizada e com melhores resultados de aprendi-
zagem.
Resumo
Nesta aula, você conheceu um pouco sobre o público com quem trabalhará,
observou algumas características por faixa etária, e aprendeu algumas dicas
de como trabalhar com elas ao desenvolver projetos educativos na comuni-
dade.
Atividade de aprendizagem
1. Observando as dicas dadas para ensinar adultos e idosos, planeje uma
forma de iniciar um momento de ensino com eles, cujo tema seja “Ali-
mentação saudável”. Lembre-se de que a característica mais marcante
dessa faixa etária é a experiência, a riqueza de conhecimento prévio.
Conforme vimos nas aulas anteriores, não basta sabermos o que e por que
queremos ensinar algo a alguém, precisamos nos preocupar também com
o como ensinar. A maneira como ensinamos pode despertar e aumentar
ou não, o nível de interesse e participação do aluno em relação ao que se
propõe (STACCIARINI & ESPERIDIÃO, 1999).
79 e-Tec Brasil
um caminho escolhido ou criado pelo educador para aplicar na sua prática
educativa, baseado em um raciocínio teórico, com o objetivo de conduzir o
aluno a uma aprendizagem eficaz. Poderíamos ainda enriquecer essa defi-
nição dizendo que, a estratégia de ensino-aprendizagem são os subsídios
utilizados pelo mediador do ensino para facilitar o processo de aprendiza-
gem dos alunos (RODRIGUES, 2005 apud BORDENAVE & PEREIRA, 1998, E
MASETTO, 2003).
A maior parte das estratégias de ensino apresentadas nessa aula opta pelo
ensino por meio da dinâmica de grupo, pois oportuniza que as pessoas en-
volvidas experimentem um processo de ensino-aprendizagem no qual o tra-
balho coletivo é apresentado como um meio de intervir na realidade, trans-
formando-a. Esse tipo de estratégia promove o encontro de pessoas onde o
saber é construído coletivamente (TEODORO et al., 2011).
Resumo
Nesta aula, você conheceu o conceito de estratégia, e viu como esse con-
ceito pode também ser aplicado à educação em saúde. Aprendeu sobre três
princípios básicos no uso de estratégias de ensino, e conheceu diversas es-
tratégias, tanto individuais como grupais para utilizar durante e após o mo-
mento de apresentação do assunto, com vistas a efetivar um aprendizado
adequado.
Atividade de aprendizagem
Escolha uma estratégia de ensino e adapte-a a uma situação de educação
em saúde na qual você é o mediador da atividade, respondendo as seguintes
perguntas:
83 e-Tec Brasil
verbais dadas pelo ACS, pois podem ser levados para serem lidos posterior-
mente (SALLES & CASTRO, 2009).
características básicas?
14.1.1 Folheto
Esse recurso pode ser apenas uma folha de papel impressa em duas colunas
e dois lados e dobrada ao meio. Costuma-se usar uma folha A4, dividi-la em
dois ou quatro cortes iguais. Conter textos explicativos sobre um tema, com
ou sem a presença de imagens.
14.1.3 Folder
A palavra ‘folder’ deriva do inglês fold, que significa dobra. Ele permite vá-
rios cortes criativos para chamar a atenção. Pode ser circular, retangular, ou
em qualquer outro formato. Suas características são: um chamado inicial e
um breve resumo, preferencialmente com ilustrações/fotos na frente, e no
outro lado (verso) segue-se com as demais informações, descrições, etc. De
acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, folder é um “im-
presso de pequeno porte, constituído de uma só folha de papel com uma ou
mais dobras, e que apresenta conteúdo informativo ou publicitário; folheto”
ou ainda “prospecto dobrável” (HOUAISS, 2009).
1. Um flyer deve conter uma parte de texto e outra de imagem que ilustrem
o tema tratado.
4. Fale diretamente com seus leitores. Isto irá adicionar um toque pessoal
ao seu panfleto.
10. Todo o trabalho deve ter um aspecto gráfico harmonioso e uma lingua-
gem simples. No caso de se tratar de uma campanha, esta deve ainda
chamar a atenção.
Atenção!
Além do Word e do PowerPoint que são recursos mais comuns, você tam-
bém pode construir seu material informativo utilizando o Publisher ou Corel
Draw, por exemplo.
–– Papel A4
–– Régua
–– Lápis
–– Molde de letra
–– Canetas coloridas
–– Borracha
Como você pôde perceber, existem recursos impressos para divulgação das
diversas iniciativas operacionalizadas pelas Unidades de Saúde. Cada uma
delas em determinadas ocasiões é mais apropriada que outras, necessitando,
portanto, do conhecimento de suas características para que se faça a melhor
escolha.
Atividade de aprendizagem
Imagine que você dará início a um projeto educativo na sua comunidade
sobre prevenção ao tabagismo. Crie um flyer (feito à mão ou no computa-
dor), informando sobre a atividade que será realizada, a data e o local. Não
se esqueça de convidar, de forma bem atrativa, as pessoas para participarem
(você pode colocar uma imagem ou não).
89 e-Tec Brasil
Vamos compreender melhor!
15.1 Flanelógrafo
O flanelógrafo é um recurso extremamente útil para explorar temas e pren-
der a atenção dos alunos. Em qualquer nível e para diversos tipos de con-
teúdo, é um recurso didático dos mais úteis e versáteis. Sua grande
vantagem é que dispensa o uso de aparelhos sofisticados para a utilização
e possibilita mobilidade na contação de histórias e na exposição de
assuntos diversos.
5º Vire as chapas e passe cola nas quatro pontas do papelão, colando ali
as pontas da flanela/feltro.
15.2 Cartaz
O cartaz é o recurso visual (para apresentação ou divulgação) mais popular
que a maioria conhece. É um meio de comunicação misto de palavras e
imagens que, juntas, pretendem comunicar uma mensagem de forma bem
objetiva. Ele é uma solução muito simples para apresentações, pois, com
baixo custo e pouca tecnologia, permite uma boa visualização de imagens
e palavras. Além disso, pode ser afixado em lousas, paredes, ou até mesmo,
caso não haja onde fixá-lo, pode ser segurado por você enquanto fala.
2º O tamanho das letras deve diminuir; o título deve ser destacado com
letras maiores, o restante com letras menores.
5º Os espaços vazios são importantes. São eles que vão fazer sobressair a
ilustração e a mensagem do cartaz.
6º O espaço ocupado pelo texto deve ser menor do que o espaço ocupa-
do pela imagem.
7º O texto pode ser feito à mão, com letras recortadas de jornais e re-
vistas, com letras autocolantes, com moldes de letras, etc. É importante
escolher letras simples e fáceis de ler.
Se for utilizar esse recurso, não esqueça de ter à mão um rolo de fita ade-
siva (durex, fita crepe, etc.), porque sem ela as condições de apresentação
ficarão prejudicadas, especialmente se você tiver planejado uma sequência
de cartazes.
• Régua
• Lápis
• Borracha
Com muita criatividade e liberdade, passo a passo, você vai fazer o seu
cartaz!
2. Faça três linhas leves. Um pouco abaixo do topo, desenhe uma linha cru-
zando o papel. Ela marcará onde você irá colocar o título. Faça o mesmo
um pouco acima da parte inferior. Ali você colocará informações, tais
como: um número de contato, a data do evento, ou do convite, como
“Participe da luta de combate à dengue!”.
Escreva as letras de leve, para poder corrigi-las até que o tamanho fique o ideal.
Pronto! Viu como fazer um cartaz é fácil! E pode ter certeza de que ele pro-
duzirá um impacto muito bom na apresentação.
Mãos à obra!
Aula 15 - Recursos educacionais: material informativo impresso – parte II 101 e-Tec Brasil
3º Grampeie as pregas para que não se desfaçam. Depois fixe o papel
pregueado no quadro de papelão ou chapa de madeira aglomerada,
bem esticado, e cole todas as bordas com fita adesiva.
Resumo
Nesta aula, você conheceu alguns recursos didáticos que podem auxiliá-lo
no processo de ensino-aprendizagem da comunidade, quando estiver apre-
sentando assuntos relacionados à educação em saúde. Você aprendeu ainda
algumas dicas de como confeccionar esses recursos, de um jeito simples e
prático com materiais que estão ao seu alcance.
Atividade de aprendizagem
• Agora é a sua vez de pôr a mão na massa! Escolha um dos três recursos
que conheceu, e crie uma apresentação, de cinco minutos, para uma pa-
lestra de corredor – aquela que acontece enquanto os pacientes estão
aguardando sua consulta na Unidade de Saúde. O tema será “Obesidade”.
Aula 15 - Recursos educacionais: material informativo impresso – parte II 103 e-Tec Brasil
Aula 16 – Recursos educacionais: contar
histórias – parte III
Talvez você esteja pensando: “mas, eu não sou professor de Educação Infan-
til. Por que tenho que aprender a contar histórias?” Essa é uma boa pergun-
ta, e encontraremos juntos a resposta no decorrer desta aula!
Contar histórias, portanto, é uma arte milenar! E, como toda arte, está su-
jeita a técnicas e artifícios específicos para que seja bem desempenhada
(BRASIL, 2014).
Aula 16 - Recursos educacionais: material informativo impresso – parte III 107 e-Tec Brasil
Todos sabem que uma boa história deve ter começo, meio e fim! Por isso,
nada melhor do que aprender algumas dicas sobre como dar início à narra-
tiva. Você pode começar, com os seguintes passos:
• Utilize algumas estratégias como: cantar uma música, ler uma poesia,
tirar um objeto que se relacione ao tema central da história de dentro de
um baú, entre outras coisas que sua criatividade sugerir.
• Comece com uma daquelas famosas frases introdutórias: “Há muito tem-
po , na terra dos...”, “Há muito tempo , bem antes de qualquer um de
nós ter nascido...”, “Em uma terra muito, muito distante...”, “Certa vez,
minha avó me contou a história de ...” (BRASIL, 2014. TEIXEIRA, 2015).
• Evitar descrições muito detalhadas, que não são interessantes para quem
ouve.
Aula 16 - Recursos educacionais: material informativo impresso – parte III 109 e-Tec Brasil
Não fale tão devagar que provoque sono nos ouvintes, nem tão rápido que
eles não desfrutem do prazer de ouvir a história!
c) “E foi assim que, há muito tempo, em uma terra muito distante daqui...”
d) “Entrou por uma porta, saiu por outra, quem quiser que conte outra!”
Aula 16 - Recursos educacionais: material informativo impresso – parte III 111 e-Tec Brasil
Resumo
Nesta aula, você pôde conhecer um pouco mais sobre o ato de contar histó-
rias e como utilizar esta prática em seus projetos educativos na comunidade.
Conheceu as origens da contação de histórias, que são bem antigas, e viu
como ela pode ser um recurso importante para debater questões relativas a
temas do cotidiano, como foi o caso da qualidade de vida e prevenção de
doenças. Refletiu sobre alguns critérios fundamentais para uma boa narra-
ção, e aprendeu algumas dicas para começar, desenvolver e terminar bem a
contação de uma história.
Atividade de aprendizagem
Introdução:______________________________________________________
Aplicação:_______________________________________________________
• O texto deve focar um só objetivo, para que seja bem assimilado pelos
ouvintes.
Atenção!
Se for possível, monte uma equipe, mas não deixe de realizar um trabalho
divertido por não tê-la. Trabalhe sozinho, se for necessário. Você é capaz!
17.1.2 O palco
Conforme Oliveira (1988), existem diferentes formas de inventar um palco
para encenar histórias com fantoches. Pode ser:
• Uma tábua forrada com feltro ou TNT, por exemplo, que se coloca numa
porta (Figura 16.2).
• Uma caixa de papelão grosso (de geladeira ou de TV), revestida com te-
cido ou papel colorido (Figura 16.3).
17.1.3 O cenário
Caso tenha condições de montar um cenário, planeje-o com base no texto
ou na história. No entanto, deve ser simples, objetivo e atraente, ou seja,
deve dar uma boa imagem do lugar onde se passa a cena.
Os desenhos do cenário devem ser bem visíveis, por isso, grandes e colori-
dos. Ele precisa preencher todo o espaço onde os fantoches estarão, tanto
no comprimento quanto na largura. O pano de fundo do cenário pode ser
feito de feltro, tecido liso, TNT, papel, placas de E.V.A, etc. As ilustrações po-
dem ser feitas em feltro, tinta, desenho em papel (que será fixado com cola
ou fita adesiva no pano de fundo), etc.
• Trovoada: palco escuro com foco de luz que se acende e apaga, acom-
panhada do som característico (que pode ser produzido com chapas de
Raio-X)
2. O fantoche deve ser colocado no nível da boca da cena (Fig. 10). Cuidado
para não ir abaixando-o conforme seu braço se cansa de sustentá-lo!
• Fantoche de sucata
• Fantoche de mão
• Fantoche de meia
• tesoura
• Fita adesiva
Como fazer?
Resumo
Nesta aula, você conheceu o fantoche, recurso didático que as crianças ado-
ram! Também aprendeu os princípios básicos para planejar uma peça de
teatro de fantoches, partindo do estabelecimento do objetivo, a escolha do
tipo de fantoche, a elaboração dos diálogos da história. Viu como é possível
construir ou improvisar um palco, teve algumas dicas de cenário e efeitos
especiais (luz e som). Por fim, conheceu os diversos tipos de fantoches e de
materiais com os quais podem ser confeccionados, aprendeu a fazer um
modelinho bem simples, para começar a praticar.
Atividade de aprendizagem
1. O desafio para você nesta atividade é confeccionar fantoches, a partir
do tipo apresentado no subitem 16.2.1. Mas, caso sinta-se seguro, pode
escolher outro tipo e/ou material (a partir dos modelos citados no item
16.2), para a história que está abaixo. Um para cada personagem. De-
pois, grave em vídeo (pode ser com o celular) a encenação da sua peça.
A Estrelinha Azul
Tema: HIGIENE
Todas não: havia uma que estava feia, ainda muito suja! Era a Estrelinha
Azul.
- Venha cá, Estrelinha Azul. Como é que você está assim tão suja, tão
cheia de pó?
- Não sabe, então, que quando estamos limpinhas nossa luz é vista da Ter-
ra? A estas horas todos lá devem estar olhando para nós, achando nosso
céu lindo, lindo!
Mas, nem assim a estrelinha quis ficar limpa e fugiu depressa, toda suja,
procurando esconder-se de dona Lua. Escureceu mais ainda e o céu ficou
cheinho de estrelas brilhantes. Entretanto, havia um cantinho escuro onde
nada brilhava. Era o lugar da Estrelinha Azul Lá estava ela, mas tão suja,
que ninguém podia ver a sua luz. E assim estava o céu, quando no meio
da noite, passou o vento gritando:
Do lugar onde estava, dona Lua viu aquela luz azul fraquinha e, toda con-
tente, gritou bem alto:
Fonte: <http://educandocomcarinhoo.blogspot.com.br/2009/09/historia-infantil-tema-higiene.html>
• substituir a letra de uma música bem conhecida por uma mais apropriada
ao tema da aula.
Gênero literário As paródias têm sido utilizadas para inúmeros fins: para protestar, para divul-
refere-se aos tipos ou grupos
em que são classificadas as gar produtos e serviços (propaganda), para divertir e também para ensinar.
produções literárias. Por ter-se tornado um instrumento empregado em muitos ambientes e pro-
fissões, visando aos mais variados fins, é importante destacar que há uma
lei que regulamenta seu uso. A Lei 9.610/98, Art. 47, que diz: “São livres as
paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra ori-
ginária nem lhe implicarem descrédito”. Por isso, ainda que utilizadas com
muita frequência, é preciso cuidar para que isso não seja feito de forma
imprópria ou inadequada (DE BETTIO, 2015).
Lá no varejão
Todo mundo põe a mão
Suja de dinheiro e saliva do espirrão
REFRÃO:
Mas não é bem assim
Vou falar de coração
Não diga não precisa-a-a-a
REFRÃO:
Preste muita atenção
Nessa higienização
Pra que micro-organismos não entrem em ação
Ao final desta aula concluímos que a música por ser uma linguagem univer-
Para saber mais sobre o Projeto sal, que faz parte do dia a dia de todas as pessoas em todas as partes do
Alimento Seguro, da USP, e fazer
download das paródias, visite mundo, é um excelente recurso para ensinar e aprender. Percebemos, por-
o site <http://www.usp.br/
alimentoseguro/musicas.htm> tanto, que ela não serve apenas para o entretenimento, mas também para
Acesso em: out. de 2015. o aprendizado, pois, sendo uma atividade divertida e informal, traz consigo
muitas vantagens para o uso didático-pedagógico.
Resumo
Nesta aula, vimos que a música permite a interação e o desenvolvimento
das pessoas em seu meio social, e do indivíduo no ambiente social. Por isso,
a música é utilizada para fins diversos, devido ao seu alto poder de persua-
são, visto que, por meio dela pode-se transmitir não apenas palavras, mas
também emoções e conhecimentos nas mais diversas áreas da vida humana.
Sendo assim, se utilizada na educação, pode trazer grandes ganhos e van-
tagens didáticos, pois é um recurso simples e ao mesmo tempo dinâmico.
Atividade de aprendizagem
1. A partir dos exemplos de paródias citados nesta aula, escolha uma mú-
sica bem conhecida pelas pessoas de sua comunidade (uma das que co-
mumente tocam nas rádios) e escreva uma paródia dela, contendo orien-
tações sobre os cuidados para prevenir doenças respiratórias.
Você um dia imaginou que, como agente comunitário de saúde pudesse vir
a utilizar-se de um recurso tal como o teatro para promover ações relaciona-
das à promoção da saúde? Como você observou, existe uma infinidade de
recursos e estratégias que, como profissional da saúde, pode valer-se para
seus objetivos de educar a população com a qual trabalha.
Curiosidade
Goldschmidt (2010, p. 93), apud Stotz, David e Wong Un (2005, p.14), diz
que:
O teatro é uma das estratégias que vêm sendo utilizadas pelos profissionais
da saúde, mostrando-se muito eficiente para atrair o público e envolvê-lo na
aprendizagem. Essa arte tem uma forte relação com a área da saúde devido
ao fato de ambas estarem baseadas no corpo.
Resumo
Nesta aula, você conheceu um pouco sobre a história do teatro, assim como
suas características e potencialidades para ser utilizado como recurso edu-
cacional no desenvolvimento de projetos educativos, por meio de um tipo
específico chamado de teatro educativo ou pedagógico.
Atividade de aprendizagem
1. Pesquise na internet três peças teatrais que ONGs e órgãos de saúde têm
utilizado em projetos educativos em saúde. Cite o nome da peça, a enti-
dade que a utiliza e o objetivo educativo dessa peça.
Entidade: _________________________________________________________
Entidade: _________________________________________________________
Entidade: _________________________________________________________
• Para dar início, você pode utilizar uma dinâmica para “quebrar o gelo”,
facilitando assim a integração dos participantes. Ela pode envolver a te-
mática da discussão ou ter apenas o objetivo de descontrair o grupo.
Aula 20 – Recursos Educacionais: rodas de conversa e de leitura - parte VII 141 e-Tec Brasil
Roda de leitura é uma prática pedagógica que, fundamentalmente, está re-
lacionada ao estímulo à leitura por meio da interação grupal. Apesar de ser
normalmente realizado em círculo, de onde se origina o nome (roda), esse
recurso educacional permite outras disposições dos participantes, sentados
em semicírculo ou deitados no chão, leva-se em conta para isso a faixa etária
e o espaço disponível.
• Alguma coisa sobre a doença tratada no livro/livreto não ficou bem ex-
plicada?
Dialógico
relativo a diálogo, ou em que há Após conhecer as potencialidades da roda de conversa e a de leitura (como
diálogo; dialogal
recursos educacionais para projetos educativos em saúde), concluímos que
eles têm um diferencial que os coloca, ainda que sendo um dos recursos
mais comuns, entre os que produzem melhores resultados, visto que pro-
Resumo
Nesta aula, conhecemos dois importantes recursos educacionais para o de-
senvolvimento de um projeto educativo na comunidade, a roda de conversa
e a de leitura. A primeira, apesar de seu uso comum, tem grande potencial,
e questões importantes a serem consideradas para que alcance o êxito espe-
rado. A segunda, apesar de não ser pensada inicialmente para a educação
em saúde, pode ser utilizada, unindo na prática da leitura o entretenimento
e o acesso à informação.
Atividade de aprendizagem
1. Pesquise uma dinâmica para utilizar como “quebra gelo” e momento de
integração entre os participantes de uma roda de conversa, que ocorrerá
na Unidade de Saúde, em um dia de semana, à noite, com o tema 'Saúde
do Trabalhador'.
Anotações
Aula 20 – Recursos Educacionais: rodas de conversa e de leitura - parte VII 143 e-Tec Brasil
Aula 21 – Recursos educacionais:
TV e vídeo – parte VIII
Conteúdo:
Tempo de filmagem:
Resumo
Nesta aula, você conheceu um pouco mais sobre os meios de comunicação:
TV e vídeo. Compreendeu a importância deles como recursos educacionais
úteis no desenvolvimento de seus projetos educativos, além de reconhecer
algumas de suas vantagens e possíveis formas de utilizá-los.
Atividade de aprendizagem
Quanto ao tipo de conteúdo, procure na internet um vídeo, assista-o, depois
classifique-o, justificando a classificação de forma resumida.
Nome do vídeo:___________________________________________________________
Tipo de conteúdo:________________________________________________________
Justificativa: ______________________________________________________________
Por meio desta aula percebemos que a origem dos jogos é muito antiga. Po-
vos da antiguidade já os utilizavam com os mais diversos propósitos. Conclu-
ímos também que são ótimos recursos, que contribuem significativamente
para o processo de ensino-aprendizagem, inclusive quando não são criados
especialmente com a função educativa.
Resumo
Nesta aula, você conheceu um pouco sobre a origem dos jogos, sobre o que
caracteriza um jogo educativo e, assim, pôde compreender também como
esse tipo de jogo contribui com a aprendizagem, especialmente quando re-
lacionada à educação em saúde.
Atividade de aprendizagem
1. Cite duas contribuições dos jogos educativos, e explique sua aplicabilida-
de na educação em saúde.
Exemplo:
Tema: Vacina.
O outro grupo tem dois minutos para adivinhar, de acordo com as dicas,
e tem duas tentativas de “chutar” duas letras a cada palavra, exemplo: “a
primeira palavra tem letra U? E letra I?”, após usar as duas tentativas, encer-
ram-se as chances, e é preciso dizer qual é a palavra.
23.1.1.4 Quebra-cabeça
Ao ensinar sobre um tema, construa um quebra-cabeça com uma figura
referente a ele.
Exemplo:
23.1.1.5 Palavras-cruzadas
O educador monta um jogo de palavras-cruzadas e dá dicas para os parti-
cipantes. Para ter um ponto de partida, é possível que uma das palavras já
esteja preenchida.
Exemplo:
Tema: Higiene
Exemplo:
Portanto, vimos que os jogos educativos são uma ótima opção de recurso Conheça o jogo 'Trilha da
Saúde', desenvolvido pela
educacional para ser utilizado como reforço nos momentos de aprendiza- ANVISA. Você poderá conhecer
gem, por envolverem os participantes de forma lúdica e ao mesmo tempo todos os detalhes desse e de
outros jogos, e inclusive imprimir.
permitirem a simulação de situações reais, onde os conceitos e práticas em Acesse: <http://geralnasaude.
saúde serão vivenciados. com.br/zicas-zica/site-da-
anvisa-disponibiliza-jogos-
educativos/>
Resumo
Nesta aula, você teve a oportunidade de conhecer o conceito de jogos edu- Conheça alguns jogos
educativos sobre saúde no
cativos, entender como podem contribuir com o processo ensino-aprendiza- site Atividades Educativas,
disponível em: <http://www.
gem, além de conhecer alguns tipos de jogos e as possibilidades de uso em atividadeseducativas.com.
seus projetos educativos em saúde. br/index.php?procurar_
por=sa%FAde>
Atividade de aprendizagem
1. Escolha um tema a ser trabalhado com a sua comunidade. Em seguida,
crie um jogo no qual os conceitos trabalhados por você sejam relembra-
dos pelos participantes:
Tipo: _____________________________________________________________
Anotações
Os pacotes contêm outros programas que não serão apresentados aqui, por
não serem tão comumente utilizados na educação (PORTAL EDUCAÇÃO,
2015).
No Brasil, a internet vem se tornando cada dia mais um canal para a divul-
gação e a promoção de ações do governo, como de ONGs e de profissionais
de saúde, entre outros, gerando o e-saúde, expressão que designa a gama
de atividades relativas à saúde desenvolvidas via internet, baseadas nas tec-
nologias digitais, que vão desde serviços de saúde pública até comércio ele-
trônico em saúde.
Hipertexto Por meio dela pode-se ter acesso desde folhetos a livros inteiros, que podem
sistema de organização da
informação, no qual certas ser consultados online ou baixados em segundos, utilizados e reproduzidos
palavras de um documento virtualmente ou impressos pelo usuário. Nesse aspecto, nada se iguala à
estão ligadas a outros
documentos, exibindo o texto internet no quesito de biblioteca virtual mundial, cuja atualização é diária
quando a palavra é selecionada
(MICHAELIS, 2015). (SOARES, 2008). Nesse sentido, e com as devidas precauções relativas à
qualidade e idoneidade da informação, ela pode ser muito útil ao trabalho
do agente comunitário de saúde.
Resumo
Nesta aula, você pôde identificar alguns potenciais de uso da mídia informá-
tica na educação em saúde, especialmente os aplicativos do pacote Office,
bem como alguns recursos da internet e das redes sociais.
Atividade de aprendizagem
1. Pesquise na internet (em um site confiável!) sobre um tema em saúde
(a seu critério) e explore o aplicativo PowerPoint, criando uma pequena
apresentação com as informações da sua pesquisa.
Figura 25.1: recurso natural - folhas Figura 25.2: recursos natural - pedras
Fonte: LifeWithZeus / Morguefile Fonte: Diannehope / Morguefile
Figura 25.3: recursos natural - água Figura 25.4: recursos natural - pedras
Fonte: AngelSJ / Morguefile semipreciosas
Fonte: Isamadrid / Morguefile
GRAVURA
GRAVURA
ou
ou
DESENHO
DESENHO
GRAVURA
ou
DESENHO
TEXTO
TEXTO
Quanto à distribuição das informações nas páginas, bem como as suas ca-
racterísticas você pode basear-se na aula sobre cartazes, pois o padrão é o
mesmo.
O álbum seriado pode servir como um arquivo temático, já que suas folhas
são avulsas. Ao utilizá-lo, alguns cuidados são importantes, como por exem-
plo, colocá-lo sempre em lugar visível e não se esquecer de virar as folhas
conforme avança nos tópicos.
Obviamente, assim como outros meios, práticas e objetos não foram idea-
lizados com objetivo educativo, as HQs também entraram no rol de ferra-
mentas educativas ou de aprendizado devido à sua capacidade de articular
de forma genial o texto e a imagem.
Entre os aspectos que se destacam nas HQs estão o uso exagerados das
onomatopeias, que dão mais vida às palavras e dos recursos gráficos que
traduzem sentimentos e ideias, cuja verificação tem mostrado uma capaci-
dade de promover transformações conceituais e esclarecimentos à popula-
ção (CAMARGO, 2015). Figura
Fonte: htt
foto_250
As tirinhas, ainda que muito semelhantes às HQs, fazem parte de seu hi-
pergênero, os quadrinhos, que além de incluir as HQs, inclui também os
cartuns, as charges, as tiras cômicas, as tiras cômicas seriadas e as tiras se-
riadas (VARGAS & MAGALHÃES, 2012). Nas tirinhas predominam o humor,
Desse modo, vimos que além dos recursos convencionais, comumente uti-
lizados na educação, existem muitos outros que, ainda que não idealizados
para este fim, podem ser extremamente úteis e interessantes para trabalhar
as temáticas relacionadas à saúde, tais como elementos da natureza, obje-
tos recicláveis, o mural didático, o álbum seriado ou blocão, assim como as
histórias em quadrinhos e as tirinhas.
Resumo
Nesta aula, você pôde explorar alguns recursos educacionais não tão tradi-
cionais, mas que servem bem ao objetivo de educar em saúde. Entre eles,
algumas características do mural didático, do álbum seriado, assim como das
histórias em quadrinhos e as tirinhas, que são potenciais ferramentas para
serem utilizadas em seus projetos educativos.
Quando se organiza um trabalho a ser feito, o serviço fica mais fácil e os ob-
jetivos são alcançados. Quando queremos realizar uma ação educativa com
uma pessoa ou com um grupo de pessoas, é necessário nos organizarmos
para que esta atividade aconteça da melhor maneira possível e atinja seu
objetivo. Elaborar o projeto da ação que se pretende desenvolver, portanto,
é uma forma de organização.
Ele também pode ser definido como “um empreendimento planejado, orien-
tado a resultados, possuindo atividades com início e término, para atingir um
objetivo claro e definido” (ENAP, 2014, p. 7).
Apesar de ser utilizado nas mais distintas instâncias e com os mais diversos
propósitos, existem algumas características comuns a todos os projetos. São
elas:
• Título do trabalho
• Descrição do problema
• Metodologia
• Cronograma/quadro de atividades
• Resultados esperados
• Avaliação
Resumo
Nesta aula, você conheceu o conceito de projeto, viu quais são os objetivos e
indicadores de qualidade. Além disso, identificou quais são os componentes
indispensáveis para um projeto educativo em saúde.
Atividade de aprendizagem
1. Pesquise na internet ou na unidade de saúde mais próxima de sua casa,
um projeto educativo em saúde, e verifique quais componentes [citados
nesta aula] ele possui, e quais deles estão faltando. Registre suas desco-
bertas.
Anotações
Para confirmar sua percepção, você fez uma pesquisa em saúde e chegou
a um diagnóstico da situação e a uma percepção mais clara da realidade. A
partir daí será necessário estabelecer prioridades e concluir que ações você
precisa desenvolver.
Quando resolvemos fazer uma ação educativa com a comunidade onde tra-
balhamos é porque queremos sanar um problema que está acontecendo.
Por exemplo, a comunidade onde você trabalha está enfrentando uma epi-
demia de crianças com piolho. Isso é um problema sério, pois este parasita
pode levar as crianças a outras doenças.
Quando não sabemos ao certo o que é uma doença e o que ela causa é
necessário buscarmos informações em fontes confiáveis, tais como: livros,
profissionais de saúde da Unidade de Saúde onde se trabalha (enfermeiros e
médicos) e em sites confiáveis como o do Ministério da Saúde, por exemplo.
Os objetivos não devem ser muito longos e complexos. Quanto mais simples
e claros, melhor. Temos que ser realistas, nem todos vão aderir ao tratamen-
to, à mudança de comportamento e vão continuar com piolhos. Mas, no
exemplo dos piolhos, se eliminarmos uma quantidade significativa de casos
de infestação, já estaremos contribuindo, e muito, para o alívio do problema.
27.1.7 Público-alvo
Descreva quem são os participantes do projeto, caracterizando o grupo que
participará das atividades, em termos de idade, escolaridade, sexo e outros
atributos considerados. Por exemplo: o projeto destina-se a crianças de 01
a 12 anos de idade, da comunidade XX, matriculadas na creche e na escola
do bairro, no ano de XX.
27.1.9 Recursos
Neste item, você deverá relacionar primeiramente os recursos humanos, ou
seja, todos os profissionais que estarão envolvidos na execução do projeto
educativo.
27.1.10 Cronograma
Nesta etapa, você precisará analisar: Em quanto tempo o projeto será exe-
cutado? As ações ocorrerão diariamente? Uma vez por semana? Duas vezes
por semana? De acordo com o que for decidido, você pode elaborar um
cronograma de forma semelhante à tabela abaixo, dividido por semana ou
meses:
Público-alvo: Pg. 01
Objetivo geral
Período de realização Responsável Envolvidos (equipe) Parcerias Avaliação
Fonte: a autora (2015)
Resumo
Nesta aula, você teve a oportunidade de ver em detalhes cada componente
do projeto educativo e como organizar o cronograma de execução. Além
disso, viu como registrar as informações do seu plano de ação.
Atividade de aprendizagem
1. Chegou a hora de você colocar em prática o que aprendeu nas aulas
anteriores! A partir de um suposto problema de saúde identificado na
comunidade, elabore um projeto educativo, descrevendo em detalhes
cada uma das partes, inclusive montando o cronograma e a tabela do
plano de ação.
Planejamento
Revisão Ação
Avaliação e
Resultados Mensuração
Resumo
Nesta aula, você conheceu o que é avaliação, no âmbito de um projeto
educativo, compreendeu sua importância para um projeto bem-sucedido.
Também teve acesso aos tipos de avaliação existentes, a partir de diferentes
focos, como por exemplo: o momento, os resultados e os aspectos de cada
projeto. Além disso, pode ter ideia de algumas perguntas que podem ser
feitas a fim de verificar o andamento do projeto.
Atividade de aprendizagem
1. Utilizando-se do quadro modelo apresentado na aula passada, onde você
viu como organizar seu plano de ação, planeje uma estratégia de ação,
com seu respectivo objetivo específico e elabore uma pergunta que lhe
permita fazer uma avaliação de processo, para verificar o seu resultado
imediato.
Quando o aluno percebe que estes hábitos o ajudam a viver melhor, sem dú-
vida alguma, ele estará motivado a colocá-los em prática com regularidade.
Isso faz com que o educador seja o mediador entre aluno/família, renovando
e incentivando o interesse em se praticar corretamente os hábitos de higiene.
d) Dentes: Existe uma íntima relação entre dentes bem cuidados e boa
saúde. A pessoa com dentes estragados não mastiga direito; a qualquer
momento pode sofrer violentas dores; e existe sempre o perigo de doen-
ças muito sérias, como reumatismo infeccioso, que pode ter nos dentes
podres a sua origem. Mostre ao aluno que a cárie é o resultado da ação
dos micróbios sobre restos de alimentos retidos entre os dentes. Portan-
to, a limpeza correta dos dentes impede a formação das cáries. É impor-
tante mostrar aos alunos que os dentes de leite devem ser cuidados da
mesma forma que os dentes permanentes. Essa importância decorre não
só da necessidade de se criarem bons hábitos higiênicos, mas também do
fato de que o dente de leite estragado pode afetar o organismo, inclusive
prejudicando os novos dentes que virão. Destaque os fatores estéticos e
emocionais relacionados com os bons dentes: a beleza de um sorriso; o
mal-estar causado a si e aos outros pelo mau hálito.
Fonte: http://www.educacional.com.br/projetos/ef5a8/semsaude/defaut.asp
Programação
Fonte: <http://www.ufjf.br/proplamed/files/2010/08/Relat%C3%B3rio
-Feira-De-Sa%C3%BAde-de-Ub%C3%A1.pdf>
Metodologia:
Fonte: <http://frafem.gosp.org.br/index.php/canais-de-comunicacao/
bolsao-de-projetos/35-projetos-frafem/projetos-unidades/286-proje-
to-saude-e-qualidade-de-vida-do-idoso>
Resumo
Nesta aula, você teve acesso a cinco projetos educativos em saúde, desenvol-
vidos em diversas regiões do Brasil e com focos em públicos-alvo diferentes,
mas todos visando à promoção da saúde e a prevenção de doenças, e pôde
observar como os componentes foram detalhados e como cada proponente
organizou a forma de execução de seu plano de ação.
Anotações
d) Serviços:
e) Atividades realizadas:
g) Avaliação:
h) Lições aprendidas:
• Conhecimentos:
i) Relevância :
j) Eficácia:
k) Outros efeitos:
Resumo
Nesta aula, você aprendeu como se dá a última etapa de um bom projeto
educativo. Entendeu a importância da elaboração de um relatório final, que
permite, além de prestar contas aos envolvidos direta ou indiretamente nele,
serve para que se faça uma retrospectiva das transformações e mudanças
positivas e negativas, para expor os resultados obtidos, e para refletir sobre o
que isso significa para o futuro trabalho. Você também pode conhecer uma
sugestão de roteiro para o relatório final e algumas perguntas que podem
norteá-lo.
Atividade de aprendizagem
1. Você acabou de executar um projeto educativo na sua comunidade, que
tinha como tema a redução da obesidade em crianças de até 10 anos de
idade. Agora você precisa escrever o relatório final. Usando a sua imagi-
nação, responda cada item do roteiro apresentado nessa aula:
–– Local
–– Público-alvo
–– Período de execução
–– Objetivos do projeto
–– Justificativa
–– Método
–– Considerações finais
–– Referências
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Edilomar Leonart