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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. CINESIOLOGIA .................................................................................................... 4
2.1 O que é Cinesiologia e Por Que Estudá-La ................................................... 6
5. FISIOLOGIA ....................................................................................................... 30
5.1 Fisiologia Humana........................................................................................ 30
6. HISTÓRIA DA FISIOLOGIA................................................................................ 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42
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FACUMINAS
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INTRODUÇÃO
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CINESIOLOGIA
Figura 2
Fonte: Google
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descrever o movimento não era suficiente, necessitando assim de maiores
esclarecimento e complementação de estudos. A partir dessa necessidade, a
cinesiologia acabou se complementando com a biomecânica, que trata de assuntos
relacionados à área da física, trazendo assim informações importantes quanto à
execução dos movimentos, planos utilizados e também mecanismos de lesão que
podem ser executados pelo indivíduo.
Os estudos que complementam a cinesiologia envolvem os seguintes aspectos:
A biomecânica quando determina as forças internas relacionadas as músculos
e articulações e o resultado dessas forças (tensões geradas sobre as estruturas).
A biomecânica que determina as forças externas quando relacionadas à
quantidade e qualidade na mudança de posicionamento do corpo humano,
descrevendo assim as medidas cinemáticas e dinâmicas.
Cinemetria: grupo de parâmetros que estuda os movimentos através da aquisição
de imagens onde a execução facilitará a realização de cálculos através da posição,
orientação, velocidade e aceleração do corpo ou do segmento a ser analisado.
Dinamometria: todos os dados referentes as medidas de força e distribuição de
pressão são utilizadas para especificar o movimento em questão. Podem-se obter tais
dados através de plataformas de força, dinamômetros isocinéticos e transdutores de
força.
Eletromiografia: responsável por captar sinais elétricos responsáveis pela
ativação muscular durante o episódio de recrutamento e contração muscular. Os
dados necessários para a análise são coletados através de eletrodos posicionados
sobre os pontos específicos da musculatura que resultarão nos sinais necessários
para estudo.
Antropometria: determina as características e propriedades do organismo como
sistema locomotor com informações como dimensões, formas dos segmentos,
distribuição de massa, alavancas e demais dados necessários para os cálculos de
forças internas onde a estrutura é recrutada para execução.
A fisioterapia acaba tendo um grande aliado no estudo do movimento, uma vez
que a cinesiologia abrange conhecimentos muito mais complexos do que apenas
observar o movimento humano, mas sim entende-lo em sua totalidade, descrevendo-
o com detalhes minuciosos afim de entender sua funcionalidade e possíveis
mecanismos de lesão. A partir da compreensão de todos os campos envolvidos nos
estudos da cinesiologia, o profissional pode identificar, analisar e planejar
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procedimentos terapêuticos de acordo com as informações oferecidas através de tais
conhecimentos, facilitando assim a sua atuação, diagnóstico e tratamento adequados.
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Fonte:https://www.researchgate.net/publication/228328311_Desenvolvimento_
de_um_recurso_de_realidade_virtual_para_o_Ensino_a_Distancia_de_cinesiologia_das_articulacoes
_do_membro_superior/figures?lo=1&utm_ source=google&utm_medium=organic.
2.2 História da Cinésio
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Figura 3: Aristóteles
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/hBo83Hgkp2k-d9CjiSPPQ6gSz-
O9ppyTEYq8S14jsih2KKu_U4HtIpZyvKLzNkytqtgVBeCO39vDsZAqUrAYpGnMgDbCqfVacEECxdXTJ
_ fQH0WhTo3WI0-aeNTRVkPznDyDQ=s0-d.
Figura 4: Galeno
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Durante o Renascimento, por volta do ano de 1200, começaram a surgir
universidades pela Europa, sendo que em 1500 já existiam por volta de setenta
instituições (já parou para analisar que no ano de 1200, quando surgiram as primeiras
universidades, o Brasil nem sonhava em ser descoberto?). É por isso que essa época
se chama Renascimento, pois com a criação e o desenvolvimento dessas instituições
educacionais, a dedicação e a razão do conhecimento científico “RENASCERAM”.
Vários estudiosos dessa época contribuíram para esse renascimento,
consequentemente, para a cinésio, dentre eles, Leonardo da Vinci.
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fosse um boneco de ventríloquo, tendo uma visão analítica do movimento e
aproveitamento muscular. Além disso, trabalhou com dissecação de cadáveres e
produziu mais de duzentos desenhos relacionados à anatomia humana. Apesar de
todos esses trabalhos terem sido registrados, quando ainda era vivo, poucas pessoas
na época acompanharam e aproveitaram suas publicações, pois a linguagem utilizada
era muito difícil para pessoas leigas, por isso, só depois de 300 anos de sua morte
que seus trabalhos foram real e amplamente utilizados.
Figura 6: Um dos desenhos mais famosos de da vinci com relação à anatomia, este representa
a postura corporal
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Galilei (1564-1642); Alfonso Borelli (1608-1679); Isaac Newton (1642- 1727); James
Keill (1673-1719); William Cheselden (1688-1752); Marie François Bichat (1771-
1802); EadweardMuybridge (1830-1904); Étienne-Jules Marey (1830-1904); Jules
Amar (1879-1935) (RASCH; BURKE, 1977).
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VARIAÇÕES DE POSICIONAMENTO POSTURAL
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3.1 Centro Gravitacional e Equilíbrio Corporal
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de gravidade. O campo gravitacional do nosso planeta exerce uma força-peso
diretamente no centro gravitacional de nosso corpo, essa força-peso ocorre devido à
aceleração da gravidade que mantém ou altera o nosso equilíbrio. No corpo humano,
a coluna vertebral sustenta grande parte do peso corporal devido a sua flexibilidade e
resistência mecânica, suportando as alterações de cargas e sempre buscando a
estabilidade para a realização dos movimentos. Na figura a seguir pode-se ver a
diferença de um corpo em equilíbrio estável e instável em relação a sua base e ao
centro gravitacional.
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Todo movimento do corpo humano precisa de estabilidade para ser realizado.
Os tipos de equilíbrios supracitados (estável, instável e recuperado) fazem parte de
duas classificações mais globais de equilíbrio, que são: equilíbrio dinâmico (em
movimento) e o equilíbrio estático (parado).
Como comentamos anteriormente, há uma relação entre equilíbrio e centro de
gravidade, esta relação nos mantém estabilizados para realizar os diversos
movimentos. Acabamos de ter uma rápida noção conceitual de equilíbrio e agora
faremos o mesmo com relação ao centro de gravidade. Este é um ponto que alguns
chamam de ponto de equilíbrio, é um ponto único no nosso corpo, centralizado onde
todo o resto do corpo (seu peso) se encontra igualmente distribuído em todas as
direções. É exatamente nesse ponto que ocorre a aceleração da gravidade (força
peso), e adivinhe onde fica esse ponto? Quando estamos equilibrados, esse ponto se
encontra onde todas as linhas de eixo corporal (transverso, sagital e frontal, falaremos
desse assunto a seguir) se cruzam, próximo à cicatriz umbilical. Vale ressaltar que as
mulheres possuem o centro gravitacional um pouco mais abaixo que os homens.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-g9pXuPWfpb8/V2LmYqlMS-I/AAAAAAAAAGY/
anu0a6YyW_MB4ZjJXSoGz8CAJiv5R4rvwCLcB/s1600/CG.png.
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gravidade definido, traça-se uma linha gravitacional, relacionando a gravidade do
planeta, o ponto de gravidade do corpo e a base. Alguns fatores, além de postural e
movimento, podem também alterar o centro de gravidade do copo, como a idade, a
composição corporal (seja no aumento de volume muscular e/ou distribuição da
massa corporal), a expiração/inspiração etc.
A figura também apresenta imagens de objetos com seus respectivos centros
de gravidade, nesses casos, quando o objeto respeita uma total simetria (quadrado,
círculo, retângulo) em sua forma e seu peso é igualmente distribuído, o centro de
gravidade se encontra no centro geométrico do objeto, já nos objetos assimétricos
(formato irregular), o ponto de gravidade se localizará onde as linhas referentes ao
diâmetro, à altura e às linhas diagonais se cruzam.
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como a articulação do ombro, visualiza o corpo de cima para baixo, perpendicular ao
plano transversal; e o eixo anteroposterior, o próprio nome já sugere, este possibilita
o movimento adução e abdução, como a articulação do quadril, segue a linha sentido
anterior posterior do corpo, sendo perpendicular ao plano frontal. Na figura a seguir,
pode-se ver com clareza o posicionamento dos planos e eixos do corpo.
Figura 11: Exemplos de movimentos fundamentais com relação aos planos e eixos de
orientação corporal
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Fonte: http://md.intaead.com.br/geral/cinesiologia/img/img8.png. Acesso em: 2 jul. 2019.
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Quando analisamos um movimento, cinesiologicamente falando, muitas vezes
o único recurso que temos é o recurso visual e, assim, tentamos modificar algo em
um movimento para otimizar seu desempenho e aumentar sua eficácia. Obviamente,
a análise biomecânica e cinesiológica de um movimento pode ser da maneira mais
sofisticada e tecnológica possível, na qual requer diversos aparelhos dentro de um
laboratório, ou de uma maneira mais simples e real, de acordo com o nosso cotidiano.
Claro que cada particularidade de estudo envolve profissionais mais capacitados para
tal, no nosso caso, conseguir fazer uma análise de maneira simples com os
conhecimentos básicos conceituais já é o suficiente para melhorarmos o desempenho
de um atleta, corrigir um aluno e promover uma melhor qualidade de vida em
praticantes de exercícios. A partir desses conhecimentos e do objetivo de cada um,
cabe seguir o caminho da especialização específica para uma atuação excepcional.
Na cinésio podemos executar uma análise de maneira dedutiva ou indutiva.
Analisar de maneira dedutiva significa observarmos um movimento específico e suas
características baseado em um critério previamente definido, por exemplo:
escolhemos como critério a correção postural de um praticante de musculação,
solicitamos que o indivíduo faça um trabalho de remada curvada, então será analisado
o movimento da remada visando à correção da postura durante esse exercício, ou
seja, como esse movimento deve ser feito para se manter a postura correta. Já na
análise indutiva avaliamos o que é preciso para melhorar o desempenho de um
movimento, ou seja, significa analisar “o que fez” aquele movimento específico
escolhido ter melhor eficácia. Usando o exemplo da remada curvada, a análise
indutiva responderia à questão: “O que é possível fazer para essa remada ser
executada da melhor maneira?”.
Enfim, o tipo de análise dependerá do tipo de objetivo proposto, correção
estrutural ou aumento da performance, contudo, em ambas devemos ter um
conhecimento apurado da cinesiologia, considerar o princípio da individualidade e
especificidade e utilizar bases teóricas cientificamente provadas com criatividade para
a aplicação. Portanto, para analisarmos um movimento completo, devemos: dividir
esses movimentos em partes; cada parte deve possuir a descrição da atuação
articular e muscular; e definir quais critérios devem ser avaliados com relação ao
movimento escolhido.
4.1 Movimentos da Parte Superior do Plano Transverso Corporal
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Visando à parte superior do corpo em relação ao plano transverso, ela é
composta pelos movimentos da cintura escapular, dos ombros, dos cotovelos e da
coluna. Começando pelo movimento da cintura escapular (composta pelas escápulas
e clavículas), podemos dizer que esta é uma estrutura extremamente instável, porém
produtora de movimentos complexos, e toda sobrecarga imposta sobre ela será
transferida através da musculatura local para a coluna. Os movimentos oriundos
dessa estrutura têm origem na escápula, na qual a clavícula se movimenta apenas
para ajudar a escápula a se posicionar em relação à caixa torácica, seus movimentos
se resumem em rotação para cima e para baixo, retração, prostração, elevação e
depressão. No quadro a seguir, serão apresentados os músculos que participam do
movimento da cintura escapular, com sua origem, inserção e ação.
Tabela 1
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/.
Figura 12: Imagem dos músculos que atuam no movimento da cintura escapular e do ombro
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Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-XLzD4w16uQc/ TtrdlYyC4_I/AAAAAAAAALE/7u3eIIk4cCA/s1600/
OMBROEESC%25C3%2581PULA.jpg.
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quadro a seguir, pode-se observar a estrutura articular do ombro e os músculos
participantes.
Fonte: http://saude.culturamix.com/medicina/conheca-a-cinesiologiada-articulacao-do-ombro.
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Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/.
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Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/.
Figura 14
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Não precisamos mencionar aqui a importância que a mão exerce na vida do
ser humano e obviamente nos movimentos cotidianos e nas modalidades esportivas,
não é?
A mão e o punho possuem uma estrutura dimensional pequena, contudo, com
uma complexidade funcional extrema, possuindo 33 músculos e 27 ossos, que são
unificados por 24 articulações e executam movimentos de flexão, extensão, abdução,
adução e circundução. É claro que não apresentaremos aqui todos esses
componentes, lembre-se de que a ideia é apenas conhecer os principais músculos e
seus movimentos para termos uma análise cinesiológica mais contundente.
Falaremos agora sobre os movimentos da coluna, estes se resumem em flexão
e extensão da lombar e da cervical, flexão lateral e rotação. A coluna tem algumas
particularidades, além de ser composta por 33 vértebras, estas iniciam pela cabeça,
sendo estruturalmente menores do que as vértebras que terminam no quadril
(lombar), isso porque a maior carga (peso) é sustentada por essa região, além disso,
algumas partes da coluna explicam sua anatomia e ação em função da adaptação e
do funcionamento fisiológico, como é o caso das vértebras torácicas, que executam
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uma flexão menor para não comprimirem os órgãos. Outra particularidade é que entre
as vértebras existem os discos intervertebrais, que estão ali para ajudar na
movimentação e proteger o contato de uma vértebra com a outra.
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transverso de orientação corporal. Esta parte se resume aos movimentos da pelve,
joelho e tornozelo, envolvendo os seguimentos da coxa, perna e pé.
Iniciaremos pelos movimentos da cintura pélvica e coxa, formada por dois
ossos ilíacos subdivididos em osso ílio, ísquio e púbis. Essa região executa
movimentos de extensão, flexão, adução, abdução e rotação (lateral e medial) do
quadril, coxa e joelho, oferecendo também apoio com relação aos movimentos do
tronco e fazendo a ligação com os membros inferiores, ou seja, une o esqueleto
apendicular (nesse caso os membros inferiores) ao esqueleto axial (que é composto
pelo crânio, caixa torácica e coluna) através de músculos biarticulares, por isso, nessa
parte da descrição dos músculos e seus movimentos, serão denotados os principais
músculos responsáveis pelo movimento do quadril, da coxa, do joelho, da perna e do
pé.
Subsequentemente, o joelho é considerado uma estrutura complexa, apesar de
seus movimentos serem simples (flexão extensão e rotação (lateral e medial)), isso
porque além de unir o fêmur a outros dois ossos (tíbia e fíbula) através de uma cápsula
articular composta por meniscos e ligamentos, toda força imposta ao corpo e recebida
na coluna é direcionada aos joelhos, assim como todo impacto sofrido nas atividades
mais simples, como uma corrida ou caminhada, também causa repercussão nos
joelhos.
A estrutura do tornozelo e do pé, assim como a da mão, é composta por uma
grande variedade de componentes de diversos tamanhos, possui 26 ossos unidos por
33 articulações, essas articulações pertencem a cinco complexos articulares
(talocrural, interfásicas, tarsometatársicas, metatarsofalângicas e interfalângicas),
onde ocorrem vários movimentos articulares simultaneamente, dando origem aos
movimentos conjuntos chamados: dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão. É a
área de ligação do corpo com a base (com o chão), logo, há todo um equilíbrio e
formação para distribuir o peso do corpo de acordo com a realidade do sujeito
(andando, correndo, saltando).
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Figura 16: vista anterior de alguns músculos que atuam nos movimentos do quadril e dos
membros inferiores
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alguns outros fatores que devemos saber para aplicar a cinesiologia, visando ao
desempenho no exercício e no esporte.
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FISIOLOGIA
Fonte: Google
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o corpo. Dentre os processos estudados nessa área, podemos citar a digestão, a
excreção, a circulação e a respiração.
Fonte: Google.
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A fisiologia pode ser classificada conforme o seu objeto de estudo. A Fisiologia
Animal estuda o funcionamento dos organismos animais. Nessa área encontra-se a
Fisiologia Humana, voltada aos seres humanos.
Enquanto isso, a Fisiologia Vegetal se concentra nos vegetais. Assim, é
considerada como um ramo da botânica que estuda os processos que ocorrem em
plantas e de suas respostas às variações do meio ambiente.
Fisiologia Humana
O organismo humano é constituído de diversas partes, que em conjunto
garantem o seu funcionamento adequado.
O nível de organização do organismo humano é o seguinte: moléculas -
células - tecidos - órgãos - sistemas - organismo. Todos os níveis trabalham de
modo integrado, através de variadas e numerosas reações químicas.
No estudo da fisiologia humana, deve-se reconhecer o nível de organização do
organismo:
As moléculas são fundamentais para que ocorram as reações químicas e atuam
em nível celular;
A célula é a menor unidade estrutural e funcional;
Os tecidos são grupos de células semelhantes que realizam uma função particular;
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, formam os órgãos com funções
específicas e, geralmente com uma forma reconhecível;
Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função
comum;
Todos os sistemas funcionando de modo integrado compõem o organismo, um
indivíduo.
Fisiologia Vegetal
A fisiologia vegetal estuda todos os organismos vegetais e suas interações com
o ambiente (solo, clima, interações ecológicas).
Os vegetais também apresentam nível de organização composto por:
moléculas - células - tecidos - órgãos - sistemas e organismo. Essa organização, em
conjunto com as reações químicas, são fundamentais para o crescimento e
desenvolvimento das plantas.
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Entre os processos fisiológicos que garantem a sobrevivência dos vegetais,
destacam-se: fotossíntese, respiração, germinação e o transporte de água e
nutrientes.
Homeostase
A homeostase é intimamente relacionada com a fisiologia. É definida como a
capacidade do organismo em manter o seu ambiente interno em condição estável,
tanto em ritmo, como em composição química.
A homeostase garante um estado de independência relativa do organismo em
relação às oscilações do ambiente externo. Com isso, o organismo pode realizar suas
funções celulares, teciduais e dos sistemas, no momento, local, intensidade e duração
adequados.
Um exemplo de homeostase no organismo humano é o controle da temperatura
corporal. Em condições normais, a temperatura é por volta de 37º C, garantindo que
as funções do organismo ocorram normalmente.
Porém, um aumento da temperatura pode provocar alterações no
funcionamento de algumas atividades metabólicas. Assim, o corpo produz suor na
tentativa de resfriar e retornar a temperatura adequada.
Fonte: Google
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De acordo a fisiologia humana, o organismo do homem é constituído de
diferentes partes, que juntas garantem seu correto funcionamento. Ao todo, são seis:
1. Moléculas
As moléculas são consideradas estruturas fundamentais para que haja
reações químicas e o organismo consiga se formar e desenvolver suas funções com
excelência.
2. Células
As células são as menores unidades estruturais e funcionais de cada
organismo. Todo o corpo humano é composto por elas, que desempenham funções
diferentes.
3. Tecidos
Os tecidos se caracterizam por serem pequenos ou grandes agrupamentos
de células que se assemelham e se unem para realizar uma função específica para
o corpo.
4. Órgãos
Os órgãos representam a união de diferentes tecidos, de maneira a formar
estruturas que possuem funções particulares e são facilmente reconhecidas, seja
visivelmente ou por exames.
5. Sistema
O sistema ocorre quando órgãos relacionados e que desempenham papéis
semelhantes se unem para exercer uma função comum. Um ótimo exemplo disso
é o sistema digestivo.
6. Organismo
O organismo nada mais é que a junção de todos os órgãos funcionando de
maneira integrada, de modo a formar um indivíduo/ser humano. Quando se fala em
organismo, pensa-se sempre órgãos conectados, garantindo a vida.
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1. Sistema digestivo
Trata-se do sistema que atua na digestão de alimentos, extraindo deles
nutrientes essenciais para que o organismo consiga funcionar plenamente. Esse
sistema é composto por boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e
grosso, reto e ânus.
Fonte: Google
2. Sistema respiratório
É composto por órgãos que realizam os processos de inspiração e expiração,
assegurando o correto fluxo de ar no organismo, o que garante o funcionamento.
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Esse sistema é composto por pulmões (protegidos pela caixa torácica) e vias
respiratórias, contemplando cavidade nasal, boca, faringe, laringe, traqueia,
brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Fonte: Google
3. Sistema cardiovascular
É formado por artérias, veias e vasos capilares, bem como
coração. Também é chamado de sistema circulatório, sendo responsável pela
movimentação do sangue pelo corpo, de modo a transportar oxigênio e nutrientes
aos órgãos.
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Fonte: Google
4. Sistema nervoso
O sistema nervoso é composto por encéfalo e medula espinhal, nervos
cranianos e raquidianos, tendo como responsabilidade a captação, a interpretação e
o encaminhamento aos órgãos de sinais/mensagens, fazendo com que funcionem. É
graças a esse sistema que podemos nos movimentar.
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Fonte: Google
5. Sistema endócrino
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Fonte: Google
6. Sistema sensorial
Consiste nos cinco sentidos do corpo: audição, visão, olfato, paladar e
tato, possibilitando identificar odores e sabores, bem como assimilar características
visuais, auditivas e por tato.
Figura: Sistema sensorial
Fonte: Google
7. Sistema esquelético
Responsável por dar forma e sustentar todo o corpo, bem como proteger
órgãos, além de desempenhar papel representativo na movimentação, como andar e
pegar algo com as mãos.
Figura: sistema esquelético.
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Fonte: Google
Sistema muscular
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Contribui para a sustentação e estabilização do corpo, inclusive para a
movimentação e proteção dos ossos. Paralelamente, atua na regulagem da
temperatura corporal e no fluxo sanguíneo.
Fonte: Google
HISTÓRIA DA FISIOLOGIA
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O estudo da fisiologia iniciou-se na Grécia por volta de 2500 anos atrás. O
termo fisiologia é oriundo das palavras gregas phýsis e logos, que, juntas, significam
literalmente “conhecimento da natureza”.
Uma das figuras mais influentes no campo da fisiologia da Antiguidade
foi Cláudio Galeno (129-200 d.C.), um médico conhecido por tratar gladiadores.
Galeno realizou diversos trabalhos com animais e seguia uma doutrina conhecida
como “quatro humores”. Essa doutrina partia da ideia de que o corpo era formado por
quatro diferentes fluidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Segundo esse
médico, o coração, o fígado e o cérebro eram os principais órgãos do corpo humano.
Outra figura que merece destaque é Andreas Versalius (1514-1564), que
publicou, em 1543, a obra intitulada De HumaniCorporis Fabrica. Esse trabalho ficou
conhecido como um grande marco tanto no estudo da anatomia como para a fisiologia
moderna, iniciando uma nova forma de compreender o funcionamento do corpo.
Outro estudo que merece destaque é o de William Harvey (1578-1657). Ele
propôs a teoria de que o sangue circulava por todo o organismo graças ao
bombeamento garantido pelo coração. Até esse momento, a teoria mais aceita
afirmava que o sangue era constantemente produzido, e não que ele circulava pelo
corpo. O trabalho de Harvey, sem dúvidas, foi fundamental para a compreensão de
diversos outros processos fisiológicos.
O maior avanço dessa área da Biologia aconteceu, no entanto, ao longo do
século XIX, em especial na Alemanha e na França. Nessa época, houve o
entendimento da teoria celular e o desenvolvimento da fisiologia experimental. Nesse
último caso, devemos destacar os trabalhos de Claude Bernard, que é considerado
o pai da fisiologia experimental contemporânea e destacava a importância da
experimentação.
No século XX, diversos processos foram desvendados, e o entendimento da
bioquímica e da biologia molecular foi fundamental para o aprofundamento do
conhecimento em fisiologia. Com os avanços tecnológicos, essa área continua a
crescer e muitos processos ainda serão entendidos.
REFERÊNCIAS
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AMADIO, A. C. et al. Introdução à análise do movimento humano: descrição
eaplicação dos métodos de medição. Revista Brasileira de Fisioterapia, SãPaulo, v. 3,
n. 2, p. 41-54, 1999.
43
NORKIN, C. C.; WHITE, D. J. Medida da amplitude de movimento articular:um guia
para goniometria. Philadelphia: FA Davis Co, 1995.
PAIVA, L. Pronto pra guerra: preparação física específica para luta &
superação.OMPED, n. 1, p. 395-444, 2009.
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