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Brasília, 5 de agosto de 2021.

RELATÓRIO FONOAUDIOLÓGICO

Aos cuidados da SAÚDE CAIXA - CÂMARA;

PACIENTE: FLORALICE ALVES KNUST DATA DE NASCIMENTO: 30/09/1945


ENDEREÇO: SQS 302, BLOCO A, APT 503, ASA SUL, BRASÍLIA-DF
CONVÊNIO: ASSEFAZ
DIAGNÓSTICO MÉDICO: ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA – BULBAR (2018)
MOTIVO: ( ) ADTIVO (X) MENSAL (X) PRORROGAÇÃO ( ) ADMISSÃO

A paciente Floralice Alves Knust, de 75 anos de idade, com diagnóstico médico de


Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) de origem Bulbar encontra-se em sua residência em
sistema de internação domiciliar.

Paciente mantém-se a maior parte do tempo acordada/alerta, contactuante pelo


olhar, colaborativa, deambula sem auxílio e com dependência noturna de ventilação não
invasiva (BPAP). Apresenta nutrição/hidratação por via alternativa exclusiva (GTT), cuja
instalação e manutenção são realizadas por ela mesma.

Em relação à linguagem a paciente apresenta adequada compreensão, sem


dificuldades de memória, de atenção e concentração, orientada no tempo e espaço, sem
dificuldade de reconhecimento de pessoas, embora observada alteração da fonoarticulação
(disartria e disfonia). Durante a avaliação observou-se pouca resistência aos estímulos,
bastante empenho e atenção as orientações fonoaudiológicas e cansando-se com uma leve
frequência.

Na avaliação do sistema estomatognático, observa-se aspectos e postura adequados,


embora tônus, mobilidade e sensibilidade de lábios, língua e bochechas encontram-se
totalmente alterados.

Durante avaliação da função de deglutição observou-se grande dificuldade de realizar


o comando de forma automática, lentidão e imprecisão neuromotora, além da ausculta
cervical inadequada – paciente faz uso de medicamentos para controlar a sialorréia excessiva.
Tosse voluntária e reflexa presentes, embora pouquíssimo eficazes. Diante do quadro
neurológico avançado da doença de base da paciente, não foram realizadas demais testes para
observar o quadro disfágico.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Disartria, disfonia orgânica grave, disfagia orofaríngea


neurogênica grave (NÍVEL VII DO PARD e NÍVEL 1 DO FOIS).

A terapia fonoaudiológica tem por objetivo a manutenção da mobilidade, tônus e


sensibilidade das estruturas do sistema estomatognático a fim de promover estabilidade do
quadro clínico, bem como uma comunicação mais assertiva, no que tange os aspectos da
linguagem e ausência da oralidade. Portanto, o terapeuta tem o intuito de realizar uma
abordagem mais humanizada.
CONDUTA: Sugiro manter nutrição/hidratação por via alternativa exclusiva (GTT) e
intensificar fonoterapia domiciliar.

Faz-se então necessário a continuidade do atendimento fonoaudiológico domiciliar na


frequência de três vezes semanais, totalizando 13 sessões para o mês de setembro de 2021.

À disposição,

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