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1. Definição
A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória crônica de etiologia que pode
envolver fatores genéticos, ambientais e/ou imunológicos. Normalmente afeta o íleo distal
e o cólon, mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal de forma segmentar,
assimétrica e transmural com intensidade variável.
A doença começa com inflamação das criptas e dos abscessos, que progridem para
pequenas úlceras. Essas lesões e inflamações da mucosa podem evoluir para úlceras
profundas transversais e longitudinais com edema mucoso entre as úlceras.
1.1. Classificações
A DC pode-se apresentar-se em fase ativa ou fase remissiva e, para identificar, pode-
se utilizar como método o Índice de Harvey-Bradshaw, representado a seguir.
Somatória do score:
≤ 4: remissão
5-7: leve a moderada
≥ 8: moderada a grave
Também, pode-se apresentar em três tipos de intensidades clínicas, sendo elas:
Leve a moderada: pacientes ambulatoriais, capazes de tolerar alimentação via
oral, sem manifestações de desidratação, toxicidade, desconforto abdominal,
massa dolorosa, obstrução ou perda maior que 10 % do peso habitual;
Moderada a grave: pacientes que falharam em responder ao tratamento ou
aqueles com sintomas mais proeminentes de febre, perda de peso, dor
abdominal, náuseas ou vômitos intermitentes (sem achados de obstrução
intestinal), ou anemia significativa;
Grave a fulminante: pacientes com sintomas persistentes a despeito da
introdução de corticóide e/ou terapia biológica (ex., infliximabe, adalimumabe
etc), ou indivíduos que se apresentam com febre, vômitos persistentes,
evidências de obstrução intestinal, sinais de irritação peritoneal, caquexia ou
evidências de abscesso.
3. Diagnóstico
O diagnóstico da doença se baseia no conjunto de informações obtidas pela anamnese
e exame físico adequados, exames laboratoriais (biomarcadores sorológicos e fecais),
exames radiológicos, endoscópicos e anatomopatológicos. Alguns métodos utilizados,
são: Raio-X contrastado, colonoscopia, biópsia etc.
4. Sinais e sintomas
A DC habitualmente causa diarreia, cólica abdominal, frequentemente febre e, às
vezes, sangramento retal. Também podem ocorrer perda de apetite e perda de peso
subsequente. Podem ocorrer sintomas que não têm nada com o trato digestivo. Também
pode apresentar grande variedade de manifestações extra intestinais, sendo as mais
frequentes as cutâneas, articulares, oculares, bem como sintomas sistêmicos, sendo
algumas destas: artrite; aftas; olhos inflamados, vermelhos, feridos e sensíveis à luz;
desenvolvimento de erupções cutâneas ou doenças fúngicas dolorosas e avermelhadas
nas pernas.
Em geral, os sintomas mais frequentes que fazem os pacientes buscar atendimento
médico são a diarreia persistente, dor abdominal e a perda de peso.
5. Dietoterapia
b) Suplementação
LOCHS, H.; DEJONG, C.; HAMMARQVIST, F.; HEBUTERNE, X.; LEON-SANZ, M.;
SCHÜTZ, T.; VAN GEMERT, W.; VAN GOSSUM, A.; VALENTINI, L.; LÜBKE, H. ESPEN
Guidelines on Enteral Nutrition: gastroenterology. Clinical Nutrition, [S.L.], v. 25, n. 2, p.
260-274, abr. 2006. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.clnu.2006.01.007.