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CENTRO UNIVERSITARIO DO RECIFE

NUTRIÇÃO

Severino Carlos
Luciana Maria
Itamar Laurentino
Natássia Maria
Gither Alves
Jose Pedro
Priscila Ingrid

4° Período

NUTRIÇÃO CLINICA

RECIFE –PE
2023
Severino Carlos
Luciana Maria
Itamar laurentino
Natássia Maria
Gither Alves
Rute Alves
Pedro Araujo

DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES INTESTINAIS: DIARRÉIA, CONSTIPAÇÃO E


HEMORRÓIDAS

Nesse estudo sobre Dietoterapia nas alterações


intestinais voltado para diarreia, constipação e
hemorroidas obteremos o conhecimento de como
devemos proceder no tratamento nutricional nestas
irregularidades.

Prof. Raphaella mendes lima

RECIFE –PE
2023
NUTRIÇÃO CLINICA

DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES INTESTINAIS: DIARREIA, CONSTIPAÇÃO E HEMORROIDA.

RESUMO: As terapias dietéticas remodelam os padrões de consumo de alimentos e podem ser usadas como
única alternativa para tratamento de determinadas doenças ou para potencializar o tratamento de outras.
Objetiva-se compreender a dietoterapia como intervenção clínica para transtornos intestinais, como a diarreia,
constipação e as hemorroida, com uma interação nutricional bem eficaz poderemos obter bons resultados no
tratamento destas anomalia.

INTRODUÇÃO:

A dieta é um aspecto fundamental da vida diária e possui várias possibilidades. A capacidade de utilizar os
alimentos para tratar doenças é uma oportunidade única, de tal forma que a dieta é um alvo potencial para uma
intervenção profunda. Nesse sentido, as terapias dietéticas, que remodelam os padrões de consumo de
alimentos, podem alterar a exposição a substâncias deletérias, como aditivos alimentares; influenciar
diretamente a composição da microbiota intestinal; e também ter uma interferência direta no funcionamento do
sistema imunológico. Entretanto, como as terapias dietéticas podem ser empregadas sem prescrição nutricional,
há potencial perda de acompanhamento. Nesse contexto, sem a parceria com a equipe médica e nutricional, a
terapia dietética pode resultar em ingestão nutricional inadequada e falta de avaliação objetiva da remissão
clínica. Infelizmente, o padrão alimentar sofreu, nos últimos anos, alterações impulsionadas pelo processamento
industrial de alimentos e por transformações sociais, econômicas e culturais, gerando consequências como
excesso de peso, obesidade e aumentando a prevalência de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. Com base
nisso, as diretrizes alimentares oficiais foram formuladas em políticas de alimentação e nutrição, dando origem
aos Guias Alimentares para a População Brasileira.

Nesse cenário, as frutas e hortaliças começaram a ser mais valorizadas e associadas às intervenções clínicas, pois
são importantes fontes de vitaminas, minerais, fibras, além de apresentarem baixa densidade energética.
Podemos também agregar o uso de Prebióticos, Probióticos e Simbióticos com esta junção teremos uma flora
intestinal mais vigoroso, sendo assim o consumo em níveis adequados obteremos ótimos resultados, portanto,
um importante fator protetor para morbidade e mortalidade.

Nesse contexto, algumas patologias tratáveis, envolvendo diversos sistemas do organismo humano, podem ser
citadas, como: a diarreia, constipação e a hemorroida.

DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES INTESTINAIS: DIARREIA

Diarreia é o aumento do volume das fezes, aumento de aquosidade ou diminuição na consistência e aumento da
frequência das evacuações. Este fator é um sintoma e não uma doença e pode ter várias causas como, por
exemplo, procedimento cirúrgico no intestino, uso de medicamentos, infecções, intolerância a certos tipos de
alimentos e estresse. Muitas vezes, a diarreia é autolimitada, ou seja, se cura sozinha depois de alguns dias.

CAUSAS DE DIARREIA

Embora estejamos acostumados a relacionar diarreia à intoxicação alimentar, logo pensamos no que comemos
antes do ocorrido, tentando identificar algum alimento ingerido diferente do habitual, há muitas causas possíveis
por exemplo:
 Toxinas bacterianas como a do estafilococus;
 Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella;
 Infecções virais;
 Disfunção da motilidade do tubo digestivo;
 Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase;
 Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina C e alguns
medicamentos para o coração e câncer;
 Uso de antibióticos;
 Abuso de laxantes;
 Intolerância a derivados do leite pela dificuldade de digerir lactose (açúcar do leite);
 Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose.

TIPOS DE DIARREIA

 Diarreia comum: Caracteriza-se normalmente por provocar apenas fezes soltas e aguadas e durar no
máximo 2 semanas. Ocorre mais em crianças. Pode estar associada a uma combinação de estresse,
remédios e alimentos. Por exemplo, excesso de gorduras, de cafeína, mudança do tipo de água ingerida
ou mesmo ansiedade diante de acontecimentos importantes podem provocar esse tipo de diarreia;
 Diarreia infecciosa: Comum em crianças, provoca além dos sintomas da diarreia comum, febre, perda de
apetite e de energia. É causada geralmente por vírus e bactérias. Se não for habilmente tratada, pode até
demorar 7 dias para os sintomas desaparecerem;
 Diarreia crônica: Dura mais de 15 dias seguidas, mesmo que os casos de evacuações típicas de diarreia
sejam pontuais durante esse período. Nesses casos, é necessário investigar a causa. As mais frequentes
são intolerâncias alimentares como à lactose ou ao glúten e a síndrome do intestino irritável.
 Amebíase: Pode ocasionar desde leve dor de estômago e flatulência até febre, prisão de ventre,
debilidade física e fezes aguadas com manchas de sangue. É causada por um protozoário que invade o
sistema gastrintestinal transportado por água ou comida contaminada. Infecção típica dos trópicos,
manifesta-se também nos habitantes de regiões de clima temperado;
 Giardíase: Causada pela giárdia, um protozoário, seus sintomas variam da simples dor estomacal à
diarreia persistente ou à presença de fezes viscosas. Outros sintomas também podem aparecer como:
desconforto abdominal, eructação (arroto), dor de cabeça e fadiga. A giárdia espalha-se no aparelho
digestivo através da ingestão de água e alimentos contaminados. Também pode ser transmitida por
relações sexuais ou por excrementos;
 Intolerância à lactose: Algumas pessoas não conseguem digerir a lactose, açúcar encontrado no leite e
seus derivados, porque não produzem uma enzima chamada lactase. Entre seus sintomas, destacam-se
tanto diarreia quanto a prisão de ventre, gases e desarranjos estomacais.

ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS

FRUTAS: Abacaxi, abacate, ameixa, caqui, laranja, mamão, mexerica, manga, morango, melancia, melão, uva.

BEBIDAS: Leite e seus derivados (iogurte, queijo, coalhada, creme de leite) Chás (preto, verde, mate) Bebidas
alcoólicas, refrigerantes, café.

FOLHAS EM GERAL: Alface, rúcula, agrião, almeirão, espinafre, chicória, couve.

ALIMENTOS FORMADORES DE GASES: Feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, amendoim, couve-flor, brócolis,
rabanete, repolho, batata doce, alho, abóbora, abobrinha, aspargo, beterraba, cebola, milho verde, quiabo,
pepino, vagem.

GORDURAS: Carnes gordurosas, banha de porco, frituras, manteiga, margarina e embutidos (salame, mortadela,
presunto, bacon, linguiça).
ALIMENTOS INTEGRAIS, CEREAIS E SEMENTES: Arroz integral, pão integral, biscoito integral, macarrão integral,
granola, quinoa, linhaça, centeio e farelos.

EVITE TAMBÉM AS PIMENTAS E OS DOCES

ALIMENTOS QUE DEVEM SER PREFERIDOS

BEBIDAS: Água, soro caseiro, água de coco, limonada coada, suco de maçã sem casca e coado, chás de camomila,
erva-doce e hortelã sem adoçar. FRUTAS Banana, goiaba sem casca e sem semente, caju, maçã sem casca.

PÃO, MASSAS, ARROZ, TUBÉRCULOS: Arroz branco, pão francês, pão de forma, torrada, biscoito de polvilho, fubá,
biscoito de água e sal, macarrão, batata, mandioca, cará, inhame, cenoura, chuchu, creme ou água de arroz,
maisena, farinhas (trigo, mandioca, arroz).

CARNES: Cozidas, grelhadas ou assadas, carnes brancas e magras, como frango e peixe.

TEMPEROS: Ervas aromáticas (alecrim, hortelã, manjericão, coentro), alimentos pouco condimentados.

ÓLEOS: Óleos vegetais para cozinhar (sempre em pequena quantidade)

DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES INTESTINAIS: CONSTIPAÇÃO

CONSTIPAÇÃO

Constipação intestinal ou intestino preso, consiste em dificuldades para evacuar, evacuação incompleta ou com
fezes petrificadas, pela qual na maioria dos casos é causada pela má alimentação.

As pessoas que sofrem com esse mal, podem chegar a ficar dias e até mesmo semanas sem ir ao banheiro. Além
das dores e desconfortos no abdômen, a prisão de ventre pode causar vários outros transtornos ao organismo. A
pessoa fica mais irritada e as toxinas das fezes que ficam retidas no organismo se torna prejudicial para o corpo.

Quando nos alimentamos, o alimento ingerido passa pelo sistema digestivo, os nutrientes e água presentes nele
são absorvidos pelo organismo e o resto vai para o intestino. Tudo aquilo que não é aproveitado são excretado
em forma o bolo fecal.

O próprio organismo elimina tudo que é tóxico, de forma natural, por meio das contrações musculares na parede
intestinal. Quando surgi algum problema com esses movimentos, fica o acúmulo desses resíduos fecais no
intestino, o organismo reabsorve o resto da água e acontece o enrijecimento dos resíduos.

SITOMAS

O sintoma mais importante é a falta regular de evacuação. O ser humano saudável geralmente evacua pelo
menos uma vez por dia, podendo até ficar um dia ou outro sem, mas se passar disso, já é um sinal de constipação
intestinal.

É bem possível que uma pessoa evacue todos os dias e mesmo assim ainda tenha o transtorno, porém, é
considerado constipação intestinal, se a pessoa venha evacua menos de 3 vezes por semana.

Os principais sintomas de quem sofre com a prisão de ventre são fezes ressecadas e endurecidas, tendo o uso de
muito esforço para evacuar, sensação de inchaço e dor na região do abdome, com a evacuação incompleta, gazes,
irritabilidade e distúrbios digestivos.

TRATAMENTO
As frutas, os legumes e as verduras (por exemplo, mamão, tamarindo, laranja, ameixa, manga, folhas em geral)
são alimentos in natura e ótimas fontes de fibras e micronutrientes, além de ter baixa densidade energética.

Os cereais integrais como arroz integral, pão integral, centeio, aveia, sementes de linhaça, farelo de aveia e trigo,
dentre outros, também são boas alternativas para acrescentar a quantidade de fibras ingeridas.

DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES INTESTINAIS: HEMORROIDAS

HEMORROIDAS

O reto é a porção final do intestino grosso a qual faz parte do sistema digestivo, onde as fezes terminam de se
formar para serem, em seguida, expelidas pelo ânus. Essa região do organismo é repleta de veias e pequenos
vasos sanguíneos. Quando essas veias e pequenos vasos sanguíneos se dilatam e ficam inchados devido ao
esforço repetido para evacuar, a porção que sofre essa alteração é chamada pelos médicos de hemorroida ou de
varizes anais.
As hemorroidas podem ser externas, surgindo bem ao redor do ânus, ou podem ser internas, aparecendo entre o
reto e o ânus, no interior do corpo do indivíduo. Quando externas, se assemelham com varizes ou pelotas de
sangue, sendo visíveis na borda do ânus. Se forem internas, causam sintomas mais agudos e ficam acima do
esfíncter.
Existem quatro estágios para identificar a gravidade de uma hemorroida, que com o tempo pode evoluir se não
tratada.
 O primeiro grau não possui prolapso, o que quer dizer que não aparece no exterior.
 O segundo grau aparece no exterior, porém há o retorno espontâneo da hemorroida.
 O terceiro grau já é necessário o auxílio manual para retornar à condição normal.
 E no quarto grau há exteriorização e a hemorroida não retorna ao normal.

CAUSAS DAS HEMORROIDAS

Existem vários fatores que podem levar ao surgimento das hemorroidas, dentre as quais podemos enfatizar:
obesidade, sedentarismo, permanecer sentado por um longo tempo, resfriado, gravidez, dieta pobre em fibras e
trabalhos pesados com frequência (como levantamento de peso, por exemplo). Alguns ser humanos possuem
uma tendência genética que facilita a formação de hemorroidas.
As hemorroidas também podem ser causadas por conta de esforço intenso ao evacuar, o que pode acontecer
com pessoas com intestino preso (constipação).

SITOMAS DAS HEMORROIDAS

Entre os principais sintomas de hemorroidas, podemos destacar:

 sensação de calombo ou de saliência ao redor do ânus;


 dor ou ardor ao ir ao banheiro;
 coceira no ânus;
 sangramento anal (sangue aparece nas fezes, no papel higiênico ou mesmo na roupa íntima);
 ao evacuar, continuar com a sensação de que ainda há fezes para eliminar;
 diarreia crônica.

COMO PREVENIR AS HEMORROIDAS

Algumas medidas podem ser tomadas para prevenção da hemorroida, como:


 adotar uma dieta rica em fibras, vegetais, frutas e grãos;
 beber muito líquido;
 evitar segurar a vontade de evacuar;
 manter uma rotina de exercícios;
 não ficar sentado por muito tempo.

TRATAMENTO PARA HEMORROIDAS

Alguns alimentos indicados para quem tem hemorroida são:

 Cereais integrais, como arroz integral, macarrão integral, pão integral, aveia em flocos, amaranto e
quinoa;
 Sementes, como de abóbora, chia, linhaça e gergelim;
 Frutas com casca (quando possível), como melancia, laranja, kiwi, manga, caqui, tangerina e mamão;
 Legumes, como alface, tomate, rúcula, agrião, bertalha, couve, chuchu e abóbora;
 Oleaginosas, como amendoim, nozes, amêndoa e castanhas;
 Gorduras saudáveis, como azeite, óleo de abacate e óleo de linhaça;
 Leguminosas, como feijão, grão-de-bico, lentilha e soja;
 Proteínas com pouca gordura, como frango, peixe, ovos, peru e tofu;
 Laticínios magros, como leite desnatado, queijos brancos e iogurte desnatado.

É recomendado priorizar o consumo das frutas e legumes crus, quando possível, já que contém uma relevância de
fibras que a versão cozida não possui. Além disso, é importante também comer os alimentos ricos em fibras em
todas as refeições do dia, como pão integral no café da manhã, legumes no almoço e no jantar, e frutas nos
lanches e sobremesas, para assim ter um retorno positivo do tratamento e eliminando os sintomas o mais rápido
possivel.

O QUE EVITAR

Os alimentos que devem ser evitados nos casos de hemorroida são:

 Alimentos e bebidas com cafeína: Como café, chá verde, chá mate, chocolate e refrigerantes de cola;
 Alimentos ricos em gordura: Como pizza, sorvete, cachorro quente, hambúrguer, batata frita e refeições
do tipo fast food;
 Laticínios gordurosos: Como leite integral, iogurte integral e queijos amarelos;
 Alimentos com poucas fibras: Como pão branco, tapioca, arroz branco, macarrão branco;
 Proteínas com muita gordura: Como carne vermelha, cordeiro, porco e pato;

É recomendado também evitar bebidas alcoólicas, pimenta e outros condimentos picantes, porque podem causar
irritação no intestino, agravando os sintomas das hemorroidas.

CONCLUSÃO

Dadas às condições da presente pesquisa, obtemos que a dietoterapia é uma terapia muito utilizada pelos
nutricionistas e que tem bons resultados com a aplicação dessa terapia quando empregada de modo adequado.
Essa terapia atua como um adjuvante em momentos de restabelecimento do estado nutricional que pode ser
decorrente de alguma patologia específica. Como apresentado nesta pesquisa, A utilização da dietoterapia
contribui para inúmeros benefícios já que a introdução dessa terapia tem como função primordial de contribuir
para o restabelecimento do estado nutricional. Podemos apresentar inúmeros benefícios a qual se podem ser
destacados os seguintes: Auxilia no alívio de dores; contribui para restabelecer a saúde; reduz o mal-estar;
contribui para o alcance do peso adequado; Aumento da imunidade; Melhora as taxas de proteínas. Além de
proporcionar uma rápida melhora de alguns quadros de anomalias citados aqui nesta pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURGOS, M. G. P. A. et al. Doenças inflamatórias intestinais: o que há de novo em terapia nutricional? Revista
Brasileira de Nutrição Clínica, v. 23, n. 3, p 184-9, 2008.

DICHI, I.; BURINI, R. C. Desnutrição proteico-energética na doença inflamatória intestinal. Revista Brasileira de
Nutrição Clínica, v. 11, n. 1, p. 8-15, 1996.

LUCENDO AJ, De REZENDE LC. Importância da nutrição nas Doenças Inflamatórias Intestinais. Jornal mundial de
Gastroenterologia, v. 7, n. 15, p. 2081-2088, 2011.

GOH, O. Artigo de revisão: Nutrição e doença inflamatória intestinal adulta. Revista o Alimento Farmacêutico, v.
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Bafutto M. A importância da nutrição no tratamento das DII. In: IV Curso Pré- Congresso do GEDIIB– SBAD. Grupo
de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil; 2013 Nov 23; Goiânia. São Paulo: GEDIIB; 2013.

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